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Luana Jucá - TXIV Neoplasias benignas e malignas do corpo uterino Doenças benignas do corpo uterino: • Leiomiomas • Adenomiose • Pólipos endometriais Leiomiomas: • Miomas uterinos • Tumores ginecológicos benignos mais comuns em mulheres na transição menopáusica • Acredita-se que afetem 70% das mulheres em idade reprodutiva SÃO: • Arredondados • Brancos nacarados • Firmes • Elásticos • Células alongadas de músculo liso • Agregadas em feixe • Atividade mitótica rara Miomas subserosos: • Originam-se dos miócitos adjacentes à serosa uterina • Seu crescimento é direcionado para o exterior Miomas intramurais: Crescimento centrado dentro das paredes uterinas Miomas submucosos: • Estão próximos do endométrio • Crescem e se projetam em direção ao interior da cavidade uterina Miomas pediculados: Presos apenas por uma haste Epidemiologia: • Cerca de 80% das mulheres desenvolvem durante a vida • A prevalência aumenta ao longo dos anos durante a transição menopáusica • Pico por volta dos 50 anos • Mais de 600 mil histerectomias são realizadas nos EUA por ano, e a principal indicação são os LEIOMIOMAS Luana Jucá - TXIV • Problema de saúde pública • Mulheres afrodescendentes: maior prevalência, diagnóstico e indicação de histerectomia mais precoces • Frequência de diagnóstico 3x maior nas negras que nas caucasianas. Fatores de risco: • Idade da menarca • Paridade • Hábitos de vida • IMC Fisiopatologia: • Único miócito progenitor • Doença monoclonal o Cada tumor apresenta origem citogenética diferente o A mutação primária que inicia a gênese do tumor é desconhecida ( cromossomos 6, 7, 12 e 14) o Os hormônios esteróides sexuais estimulam o desenvolvimento e a manutenção do crescimento o Compostos por fibrilas de colágeno alteradas o Matriz extracelular anormal em comparação com o miométrio adjacente o Aumento da rigidez do mioma em comparação com o miométrio normal Manifestações Clínicas: • Assintomáticas • Sintomáticas: queixas estão relacionadas com o número, o tamanho e a localização de seus miomas o Sangramento uterino anormal o Dismenorréia o Dor pélvica o Infertilidade o Miomas volumosos compressão sobre órgãos adjacentes: bexiga, cólon e ureteres • O sintoma mais comum é o SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL • Os distúrbios hemorrágicos são típicos de miomas submucosos ou intramurais que abaulem a cavidade endometrial • O sangramento excessivo pode causar impacto significativo na qualidade de vida das mulheres • Fator desencadeante de outras patologias. Diagnóstico: • Podem ser detectados pelo exame físico • Exames de imagem: ultrassonografia (US) e ressonância magnética (RM) • US: mais utilizado baixo custo e acessibilidade • Sensibilidade de 65% a 99% Luana Jucá - TXIV Aspectos ultrassonográficos: magens hipo e hiperecóicas • Padrão vascular característico • Contorno periférico da vascularização • Doppler é útil para fazer o diagnóstico diferencial com massas pélvicas ou pólipos endometriais • Limitação: operador-dependente Ressonância magnética: • Método mais caro • Avalia mais precisamente o tamanho, número e localização dos miomas • Pode diferenciar os leiomiomas dos leiomiossarcomas e adenomiose • Utilizada quando a imagem ultrassonográfica está prejudicada. Lesões suspeitas de malignidade: • A US deve ser o primeiro método a ser solicitado • A presença de lesão grande, única, de crescimento progressivo, degeneração cística e vascularizações periférica e central • A RM é um método valioso para avaliação pré-operatória • Não há dados que recomendem a utilização da TC para a diferenciação entre leiomiossarcoma e mioma Tratamento: Conduta expectante: pacientes assintomáticas ou com sintomas mínimos e que não almejam fertilidade futura seguimento adequado Tratamento medicamentoso • Alívio dos sinais e sintomas • Redução do tamanho dos tumores • Manutenção ou melhoria da fertilidade Medicamentos utilizados • ACHO • Progestogênios • Dispositivo intra-uterino liberador de levonorgestrel • Ácido tranexâmico • Anti-inflamatórios não esteroides • Análogos do GnRH • Moduladores seletivos dos receptores de progesterona • Moduladores seletivos dos receptores de estrogênio Tratamento cirúrgico • Oferece solução definitiva para os miomas • São mais invasivos e podem apresentar complicações • Poupadoras de fertilidade: miomectomia • Não poupadoras: histerectomia Luana Jucá - TXIV Miomectomia aberta Miomectomia por laparoscopia Miomectomia por via histeroscópica Histerectomia Adenomiose: • Invasão benigna do endométrio no miométrio • Útero difusamente aumentado • Apresenta glândulas e estroma endometriais ectópicos Epidemiologia: • Sua incidência exata não é conhecida • 20 a 30% dos espécimes de histerectomia • Mulheres na quarta e quinta décadas de vida • A endometriose ocorre em 6% a 22% das pacientes com adenomiose • 35 a 55% das pacientes com miomatose apresentam adenomiose concomitante Luana Jucá - TXIV Fatores de Risco: • Exposição ao estrogênio • Gravidez • Cirurgia uterina Fisiopatologia: • Invaginação do endométrio basal • O endométrio ectópico contém enzima AROMATASE • Enfraquecimento do miométrio em razão do trauma decorrente de cirurgia uterina prévia • A invaginação também pode ocorrer a partir de um fenômeno imune aberrante no tecido afetado Manifestações Clínicas: • São heterogêneas • Sangramento uterino anormal • Dismenorreia • Dispareunia • Dor pélvica crônica Diagnóstico: • Especificidade do exame clínico é pobre • Útero com volume aumentado e doloroso à mobilização pode sugerir a presença da doença • O diagnóstico é feito por análise histológica de peças oriundas de histerectomia • Alguns estudos demonstram que a biópsia do miométrio por histeroscopia ou laparoscopia pode ser utilizada. Ultrassonografia • Cistos no miométrio • Ecotextura miometrial heterogênea • Focos maldefinidos de ecotextura miometrial anormal • Útero aumentado de volume • Estrias lineares hipoecóicas no miométrio • Interface entre miométrio e endométrio difusamente indistinta Tratamento: • Padrão-ouro: histerectomia • Grande desafio: tratamento conservador • Ablação endometrial • Excisão dos focos de adenomiose Pólipos Endometriais: • Tumores benignos da mucosa endometrial • Formados por um eixo de estroma rodeado por epitélio cilíndrico • Únicos ou múltiplos • Sésseis ou pediculados • Cor e dimensões variáveis Luana Jucá - TXIV Fisiopatologia • A origem e a patogênese não são bem conhecidas • Sugere-se a possível contribuição de fatores hereditários genéticos e familiares • Anomalias nos cromossomos 6 e 12 Fatores de Risco: • Idade avançada • Obesidade • Uso de tamoxifeno Manifestações Clínicas: • Pós-menopausa: 70 a 75% são assintomáticas • O sangramento uterino anormal é o sintoma mais comum 68% dos casos • Sangramento menstrual aumentado • Sangramento intermenstrual • Sangramento pós-coito • Sangramento pós-menopausa • Dor: menos comum Diagnóstico: • Ultrassonografia transvaginal • Histerossonografia • Histeroscopia Prognóstico: • Benignos • Algum risco de transformação maligna • Incidência do carcinoma varia de 0,3% a 4,8% • Os pólipos podem regredir de maneira espontânea • Taxa de regressão em 1 ano foi de 27% Tratamento: • Deve ser levado em conta os sintomas, o período reprodutivo e o uso de medicamentos • Polipectomia • Resolver a sintomatologia e excluir a presença de qualquer potencial de transformação neoplásica Câncer de Endométrio: • Estimativa nos EUA: 60.050 casos em 2016 • Mortalidade: 7.780 casos • Brasil: 3° lugar entre os tumores ginecológicos primários • 2016: 6950 casos • Incidência: 6,74 casos/ 100.000 mulheres • Média de idade de 62 anos ao diagnóstico • 4% em mulheres com menos de 40 anos • Incidem com mais frequência na raça branca • Maior mortalidade entre as afro-americanas • Maior prevalência em sociedades com hábitos de vida ocidentaisRastreamento e Diagnóstico: Pacientes assintomáticas suspeita pela ultrassonografia Luana Jucá - TXIV Diagnóstico: • Todas as mulheres na menopausa com sangramento genital devem ser submetidas à propedêutica do endométrio para afastar o câncer endometrial • Pacientes mais jovens com sangramento abundante, irregular ou acíclico devem ser investigadas • Coleta ambulatorial com cateter de Pipelle • Cureta de Novak • Aspiração endometrial à vácuo • Histeroscopia Histeroscopia • Realização de biópsia no sítio de maior suspeição • Avaliação da extensão do tumor • Avalia a endocérvice com magnificação • Estimar o grau de invasão miometrial Estadiamento: Estadio 1: tumor confinado ao corpo uterino Estadio II: tumor invade estroma cervical Estadio III: tumor com extensão local e/ou regional Estadio IV: tumor com invasão de bexiga/reto ou metástase à distância Tratamento recomendado: • Histerectomia total com salpingooforectomia bilateral • Linfadenectomia pélvica e paraórtica • Radioterapia • Quimioterapia • Transição da infância à idade adulta; • Ocorre dos 8 – 13 anos; • Período que as meninas crescem (estirão crescimento) e adquire capacidade de reprodução (ovulação). • Ocorre reativação do eixo H-H-O, desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários por meio da telarca e pubarca. • Ocorre retorno da produção de FSH e LH estimulando os ovários a produzirem estrogênio e progesterona. • A idade em que ocorre a puberdade tem influência direta sobre estatura final da mulher. • O determinismo da puberdade está associada a diversos fatores: genético, obesidade, saúde em geral, fatores ambientais e disruptores endócrinos. Puberdade Precoce Luana Jucá - TXIV Desenvolvimento Puberal: Classificação de Marshall e Tarnner, 1969 • Caracteres sexuais secundários surgem antes dos 8 anos de idade em meninas (2 a 2,5 desvios- padrão da idade média). • CLASSIFICAÇÃO: ✓ PUBERDADE PRECOCE INCOMPLETA ( telarca / adrenarca / menarca isolado) ✓ PUBERDADE PRECOCE COMPLETA ( telarca + pubarca + menarca) ✓ Central (gonadotrofina – dependente) ✓ Periférica (gonadotrofina – independente) Isossexual ou Heterossexual Puberdade Precoce Incompleta: Puberdade Precoce Completa Central: • Gonadotrofinas – dependente (FSH e LH) • Idiopática em 80 – 90 % dos casos. • 10 % são causadas por tumores SNC. Puberdade Precoce Completa Periférica SÍNDROME MCCUNE-ALBRIGHT: • Mutação somática ativadora no gene da subunidade alfa da proteína Gs levando à ativação crônica da adenilciclase com estímulo contínuo da função endócrina. Luana Jucá - TXIV • A presença de cistos ovarianos funcionais levam a secreção de estradiol e sangramento vaginal. • TRÍADE: ✓ PUBERDADE PRECOCE PERIFÉRICA ✓ MANCHAS CAFÉ COM LEITE ✓ DISPLASIA FIBRÓTICA POLIOSTÓTICA Diagnóstico • Anamnese • Exame Físico ANAMNESE • Evolução dos eventos puberais (ordem, início) • Correlação com a idade da puberdade de familiares • Questionar sobre cefaleia, alteração visual, trauma ou doença prévia de SNC • Questionar sobre exposição a hormônios EXAME FÍSICO • Peso e altura • Velocidade crescimento ano ( cm/ano) • Exame de campo visual e fundo de olho para avaliar o comprometimento do SNC • Exame dermatológico para avaliar manchas café com leite presentes na SMA • Exame abdominal (massas?) • Avaliação critério de Tanner Avaliação Secundária: • Raio – X mãos e punhos ( bração não dominante) • Dosagens hormonais ✓ LH, FSH e ESTRADIOL (avaliação inicial, diferenciar causa central de periférica) ✓ Níveis de LH > 0,6UI/L indicam ativação do eixo H-H-O (causa central) ✓ ESTRADIOL ALTO com FSH e LH baixos indicam causa periférica ✓ Teste de estímulo GnRh: dosagem de LH dosagem seriada de LH (tempos 0, 15min, 30 min, 45 min) após estímulo com 100 mcg de GnRH endovenoso. Realizado na suspeita de causa central com níveis LH normais. ✓ Testosterona total e livre, androstenediona, S- DHEA • USG pélvica / TC / RNM de pelve • RNM de crânio Luana Jucá - TXIV Tratamento: OBJETIVOS • Permitir que a criança atinja a estatura normal de um adulto. • Evitar consequências psicológicas negativas. TRATAMENTO PUBERDADE CENTRAL Tratamento é mantido até o momento ideal para a menarca (Controvérsias) TRATAMENTO PUBERDADE PERIFÉRICA Definição: • É o descenso dos órgão pélvicos através da parede vaginal. • Também conhecido por Prolapso de órgãos pélvicos Fatores de Risco: • Multiparidade • Tabagismo • Obesidade • Anorexia • Idade Distopia Genital e Incontinência Urinária Luana Jucá - TXIV Fundamentos Anatômicos Teoria integral: Assoalho pélvico é uma estrutura única, os elementos musculofasciais e ligamentos atuam em conjunto para micção, evacuação e continência. Suspensão (ligamentos) • Anterior: Pubovesicouterinos • Posterior: Uterossacros • Laterais: Cardinais Sustentação (músculos) Terminologias em desuso, mas que ainda são encontradas: • Cistocele: Descida da bexiga • Retocele: Protrusão do reto pela parede vaginal • Uterocele: Descida do útero pelo introito vaginal • Enterocele: Herniação do intestino delgado pela parede vaginal Quadro Clínico: Queixas mais comuns: • Vaginais: Sensação de “bola”, massa ou saliência pela vagina; “pressão”; • Urinários: micção intermitente; esforço abdominal na micção; urgência; incontinência urinária (IU); • Sexuais: Dispareunia; obstrução; flacidez; redução de libido; constrangimento estético Exame Físico: • Informar que vai realizar exame físico e pedir consentimento • Esvaziar a bexiga antes do exame físico • Realizar inspeção estática; • Manobras de aumento da pressão abdominal (Valsalva) • Tentar reproduzir o maior grau de prolapso • Observar e registrar situações de incontinência; Classificação de Baden- Walker: Considera a carúncula himenal ponto de referência: • Grau 0- Sem prolapso • Grau 1- Prolapso antes da carúncula himenal • Grau 2- Prolapso na carúncula himenal • Grau 3- Prolapso ultrapassa a carúncula himenal parcialmente • Grau 4- Prolapso ultrapassa a carúncula himenal completamente Luana Jucá - TXIV Classificação POP- Q Tratamento: CONSERVADOR • Medidas gerais • Pessários Vaginais • Fisioterapia pélvica TRATAMENTO CIRÚRGICO Complicações Cirúrgicas: • Lesões viscerais (0-3,5%) • Lesão vascular, hemorragia, hematomas (5,2%) • Infecção/abscesso • Fístulas • Dor (1,9-24,4%) • Recorrência (até 30%) • Reoperação (6-29%) • Dispareunia • Obstrução/disfunção miccional (12%) Incontinência Urinária: • É a perda involuntária de urina. • Etiologia multifatorial, é elemento gerador de exclusão social, interferindo na saúde física e mental da paciente e comprometendo sua qualidade de vida. • Mulheres jovens: 12 – 42% • Mulheres pós-menopausa: 17 – 55% Fatores de risco: • História familiar • Tabagismo • Obesidade • Aumento da paridade • Menopausa • Cirurgias urogenitais prévias • Doenças crônicas Luana Jucá - TXIV Inervação do Trato Genital inferior Classificação: • Incontinência urinária de esforço: Perda involuntária, após risos, tosse, espirro ou exercício físico. • Incontinência urinária de urgência: Perda involuntária, com sensação de urgência, bexiga hiperativa. • Incontinência urinária mista: Perda involuntária, urgência + esforço • Incontinência por transbordamento: Pressão intravesical excede a pressão uretral. • Incontinência por desvio: Presença de fístulas urogenitais. • Incontinência funcional ou transitória: Presença de infecções, fármacos, mobilidade restrita, demência. Anamnese: • Comorbidades? DPOC, Diabetes mellitus • Tabagista? • Obesidade • História obstétrica • Litíase Renal • ITU de repetição • Investigar uso de: Benzodiazepínicos, Diuréticos, Bloqueadores do canal de CA, IECA • Você perde urina quando tosse, espirra ou ri? • Você alguma vez já sentiu uma necessidade forte e não conseguiu chegar ao banheiro? • Quantas vezes ao dia você urina? • Você já molhou a cama? Exame Físico: • Pad test (testedo absorvente) • O teste positivo: variações maiores que 1 g no peso do absorvente. • Q-tip test (teste do cotonete) ✓ Inserção de um cotonete lubrificado pela uretra até o nível do colo vesical, ver a modificação angular com o esforço, acima de 30 graus esta alterado. • Urina residual ✓ Realizar aspiração com sonda, volume normal 50ml. Luana Jucá - TXIV Exame Físico uroginecológico: • Exame vulvar com avaliação de pele, meato uretral e trofismo genital. • Avaliação de prolapsos • Teste da perda urinária (Valsalva) Exames: • EAS / Urocultura • Diário miccional: Horário, episódios, quantidade de liquido ingerido. • USG colo vesical: 1cm hipermotilidade. • Cistoscopia: Suspeita de SBD, uretrites, cálculos, divertículos. • Avaliação Urodinâmica • Videourodinâmica Avaliação Urodinâmica: • Pressão de perda menor que 60cm de H2O: Defeito esficteriano intrínseco • Pressão de perda maior que 90cm de H2O: hipermobilidade do colo vesical • Contrações não inibidas do detrusor: Bexiga hiperativa (urgência) Tratamento Conservador: • Medidas comportamentais e reeducação vesical • Perda de peso • Reeducação alimentar e ingesta hídrica • Corrigir constipação • Reabilitação da musculatura pélvica (Kegel) • Biofeedback • Eletroestimulação • Pessários Tratamento Farmacológico: • Duloxetina 80 mg/d 12 semanas • Estrogênio tópico Tratamento Cirúrgico • Objetivo: Reposicionamento do colo vesical e sustentação da uretra. • Técnicas mais utilizadas: ✓ Cirurgia de Sling (+ usados) ✓ Colpofixações retropúbicas (BURCH)- hipermobilidade do colo vesical ✓ Injeções periuretrais de colágeno: Aumentam a resistência da uretra Tratamento Clínico: • Cloridrato de oxibutinina:2,5 mg 3 ×/dia, VO (Bloq. Receptores M3) • Tolterodina 1 a 2mg 2x/d VO (Bloq. Receptores M1 e M3) • Cloridrato de imipramina: 25 a 75 mg ao dia, VO (IUM) • Toxina botulínica p/ casos idiopáticos (20 a 30 pontos) • Acupuntura Luana Jucá - TXIV • SOP: A US como Hipótese Diagnóstica deve ser associado com a clínica. • É a principal causa de infertilidade (NÃO FAZ PARTE DA CLÍNICA) feminina manifestada frequentemente na adolescência e caracterizada por anovulação e hiperandrogenismo clínico e/ou laboratorial. Tem padrão clínico e laboratorial heterogêneo. • A mulher tem dificuldade para engravidar • Pode ser infértil • Apresenta um espectro de características clínicas associadas, porém variáveis, como: ✓ Sinais cutâneos de hiperandrogenismo (hirsutismo, acne moderada a grave). ✓ Irregularidade menstrual ((oligomenorreia – período de 24 à 32 dias), amenorreia e sangramento irregular). ✓ Ovários policísticos (um ou ambos) ✓ Obesidade (Não vai estar presente sempre) e resistência a insulina. ✓ Menstruação a cada 45 dias A SOP deve ser considerada em todas as adolescentes com queixa de acne resistente, irregularidade menstrual, hirsutismo e obesidade pelos seguintes riscos futuros: • Síndrome metabólica • Doença cardiovascular • Diabetes tipo 2 SOP • Câncer de endométrio • Infertilidade Etiologia: Desconhecida Mulheres com SOP geralmente apresentam ciclos mais regulares após os 40 anos DIETA E ACADEMIA MELHORAM A QUALIDADE DE VIDA Critérios diagnósticos: TEM QUE TER 2 CRITÉRIOS • Amenorreia • Oligoamenorreia (irregularidade menstrual) • Oligoanovulação • Anovulação • Hiperandrogenismo • Acne ou Hisurtismo USG COM OVÁRIOS POLICÍSTICO NÃO É CRITÉRIO ISOLADO Critérios Diagnósticos: deve ser revisto 8 anos após a menarca nas adolescentes • Disfunção Ovulatória • Oligoanovulação por 1 a 2 anos • Sinais Clínicos de Hiperandrogenismo Luana Jucá - TXIV Manifestações Clínicas: • Disfunção menstrual: amenorreia, oligomenorreia e sangramento anormal. Atraso na menacme. • Hiperandrogenismo: clinico (acne, hirsutismo, calvície androgênica) ou laboratorial. Virilização com engrossamento da voz e clitorimegalia devem ser investigados por outras causas (NÃO VAI ACONTECER NA SOP) VAI TER SOP DURANTE TODA A VIDA Hirsutismo: 4 pontos para orientais e 6 pontos para outras etnias (INCLUSIVE BRASILEIRAS). • Problemas metabólicos e Risco cardiovascular: 40- 80% acima do peso ou obesas e resistência à insulina (30% magras e 70% obesas). • Risco de Diabetes tipo 2 (AUMENTA A PRODUÇÃO DE TESTOSTERONA NO OVÁRIO QUE LEVAS AS MANIFESTAÇÕES HIPERANDROGÊNICAS) e doença coronariana. • Esteato-hepatite não alcoólica e apneia do sono. • Transtorno do humor: epressão e ansiedade. Diagnóstico: Com a presença de 2 ou 3 critérios diagnósticos faz- se diagnóstico diferencial com outras causas de anovulação e hiperandrogenismo para fechar o diagnóstico de SOP, portanto não há exames laboratoriais específicos para SOP. TEM QUE FAZER DIAGNÓSTICO DE EXCLUSÃO • Câncer de endométrio • Infertilidade Etiologia: Desconhecida Mulheres com SOP geralmente apresentam ciclos mais regulares após os 40 anos DIETA E ACADEMIA MELHORAM A QUALIDADE DE VIDA Tratamento: Mitos e verdades ou meias verdades? • Infertilidade não é o mesmo que esterilidade, o mais correto seria falar em subfertilidade. • Anticoncepcional é parte importante do tratamento Objetivos • Melhora dos efeitos androgênicos (acne, hirsutismo e perda de cabelo); • Prevenção da hiperplasia endometrial e risco de câncer de endométrio; • Melhorar o metabolismo dos carboidratos e diminuir o risco de diabetes tipo 2 e doença cardiovascular; • Contracepção para as mulheres que não desejam engravidar; • Indução da ovulação para as mulheres que desejam engravidar; Luana Jucá - TXIV • Mudanças no estilo de vida: dieta e atividade física com perda de peso ✓ Melhora a resistência a insulina ✓ Melhora hiperandrogenismo • Contraceptivos orais combinados: (ALÉM DE PROTEÇÃO DO ENDOMÉTRIO, EVITA O CÂNCER DO ENDOMÉTRIO • São a base do tratamento das mulheres com SOP para ✓ Hiperandrogenismo ✓ Disfunção menstrual e ✓ Contracepção Tratamento: pacientes que não desejam gestar • Disfunção menstrual, contracepção e proteção endometrial (anticoncepcionais orais combinados, progestagenio intermitente ou contínuo ou DIU hormonal\Mirena, metformina – DIMINUI A RESISTÊNCIA A INSULINA) • Hiperandrogenismo: • Hirsutismo: anticoncepcional oral combinado, espironolactona (ANTI-ANDROGÊNICO USADO NOS CASO DE ACNE E HISURTISMO), finasterida, ciproterona, agonistas do GnRH, eflornitina creme, remoção mecânica. • Acne e alopecia androgenênica: tratamento compartilhado com dermatologia. • Anormalidades metabólicas: ✓ Obesidade: mudança no estilo de vida com dieta e atividade física (5-10% restaura os ciclos regulares), cirurgia bariátrica. ✓ Resistencia a insulina e Diabetes tipo 2: idem à obesidade, metformina, pioglitazona, rosiglitazona, liraglutide • Anormalidades metabólicas: ✓ Dislipidemia: sinvastatina, atorvastatina ✓ Apneia do sono: perda de peso e CPAP ✓ Esteatohepatite não alcoólica: perda de peso e metformina • Depressão e ansiedade: psicoterapia, psiquiatra e psicofármacos • Perda de peso: 5-10% regularizam o ciclo menstrual porém não todas terão resposta. • Hiperandrogenismo: ✓ anticoncepcional oral combinado, uso por 3-4 meses prévio ao tratamento de indução pode aumentar a resposta ovariana e taxas de gravidez (POR CURTO PERÍODO PARA TRATAR O HIPERANDROGENISMO. ✓ Acne e alopecia androgenênica: tratamento compartilhado com dermatologia • Indução da ovulação: ✓ Letrozol (MAIS UTILIZADO; MELHOR RESPOSTA): 5mg ao dia por 5-7 dias a partir do 3 dia da menstruação. Off-label (QUE NÃO ESTA EM BULA). ✓ Clomifeno: 50-200mg ao dia por 5-7 dias a partir do 3 dia da menstruação com 80% e 40% de ovulação e gravidez (O PREPARO DO ENDOMÉTRIO NÃO É TÃO BOM). Luana Jucá - TXIV ✓ Metformina: 1000-2000mg dia uso continuo até atraso menstrual (FACILITA A OVULAÇÃO ASSOCIADO COM AS 2 MEDICAÇÕES ACIMAS). ✓ Gonadotrofina: em baixas doses tem mais taxas de ovulação e gravidez (72 e 45%) que as anteriores porém com maior risco de hiperestimulação ovariana (VAITER A MESMA FUNÇÃO DO FSH – ESTIMULA OS OVÁRIOS). • Indução da ovulação: ✓ GnRH: aplicação pulsátil tem sido usado na Europa, não nos EUA, taxas de ovulação e gravidez de 56 e 40%. • Cirurgia laparoscópica: drealing ovariano (eletrocauterização ovariana) comparado a gonadotrofina na resposta desejada. • Fertilização in vitru: na falha dos anteriores, maior risco de hiperestimulação, estratégia de transferir embriões congelados. PACIENTES ACIMA DOS 35 ANOS FAZ FIV LESÕES BENIGNAS: • Nódulo • Inflamação • Dor • Fluxo Papilar LESÕES BENIGNAS E MALIGNAS MAMÁRIAS • NÓDULOS Definido como tumor presente na glândula mamária, palpável ou não ao exame clínico, podendo ter conteúdo cístico (líquido) ou sólido. ✓ Queixa mais comum, 60 % dos atendimentos. ✓ Predominantemente benigno até 3 década de vida. ✓ Após menopausa, necessário diferenciação. ✓ Os nódulos palpáveis mais comuns são os cistos e os fibroadenomas. EPIDEMIOLOGIA: ✓ 25 – 30 anos tem componente hereditário FIBROADENOMA X CISTOS (Geralmente são + profundos) FIBROADENOMA hipoecogênico Luana Jucá - TXIV CISTOS (Fica anecoico, pretinho) OUTROS DIAGNÓSTICOS Tumor filoides • Crescimento rápido, lesões proliferativas fibroepiteliais e maior celularidade do estroma. • Aparecem entre 30 – 50 anos. • Apresentam recorrência. Harmatoma (fibroadenolipoma) • Diagnosticada por exames de imagem (USG), correspondem a tumores bem delimitados de limites precisos. Esteatonecrose • Massa irregular, firme e nodular associada geralmente à retração cutânea. • Secundárias a trauma ou processo cirúrgico prévio TUMOS FILOIDES: tem a mesma origem de um fibroadenoma • Característica de fibroadenoma com crescimento rápido. • Comportamento, benigno, boderleine e maligna de acordo com o número de mitoses e celularidade do estroma. • Pode ter um comportamento: RISCO DE MALIGNIDADE Se tiver vegetativo, septos, debris ABORDAGEM – CISTOS • Cistos simples e não palpáveis – tranquilizar paciente • Cistos palpáveis – PAAF (punção aspirativa agulha fina) – GUIADA POR USG • Citologia deve ser solicitada em casos suspeitos. • Exérese cirúrgica deve ser restrita aos casos de cistos complexos (conteúdo sólido). Tem componente sólido Sugestivo de Malignidade Luana Jucá - TXIV ABORDAGEM NÓDULOS (SÓLIDOS) – ULTRASSONOGRAFIA REPRESENTAÇÃO NÓDULO BENIGNO – USG Imagem nodular, ovalada, orientação horizontal, margem circunscrita, limites precisos, hipoecóica, sem efeito acústico posterior, medindo 1,10 x 0,50 cm. Nódulo sólido. ABORDAGEM – NÓDULOS (SÓLIDOS) • Nódulos com imagem suspeita, todos devem ser submetidos à biópsia percutânea, independentemente da idade. • Exérese cirúrgica deve ser reservada aos casos sintomáticos, sobretudo nos nódulos maiores que 2 cm. (RETIRADA EM CASOS SINTOMÁTICOS) TODO HOMOGÊNEO ALTURA É MENOR QUE A ALTURA Todo homogêneo DOR • A causa da dor mamária não é totalmente conhecida. • Componente psicológico da mastalgia deve sempre ser considerado – “Cancerofobia”. • Não se deve considerar a dor mamária APENAS problema de ordem emocional. ✓ Cíclica: relacionada ao ciclo menstrual – MASTALGIA ✓ Acíclica: não tem relação com o ciclo menstrual ✓ Extramamária: de origem não mamária CAUSAS DOR MAMÁRIA Causas de mastalgia acíclica • Hipertrofia mamária • Macrocistos • Tomboflebites ( síndrome de Mondor) • Cirurgia mamária prévia • Ectasia ductal • Mastites • Trauma • Gestação • Nódulos grandes • Medicamentos (anticoncepcional) • Neoplasia Luana Jucá - TXIV **Podem dar MASTALGIA CAUSAS DE MASTALGIA: Causas de dor Extramamária • Dor muscular • Costocondrite ( síndrome de Tietze) • Neurite intercostal • Bursite escapular • Radiculopatia cervical • Trauma parede torácica • Herpes zoster • Pericardite • DRGE • Úlcera péptica • Infarto TRATAMENTO – MASTALGIA **ESTUDOS NÃO DEMONSTRARAM SUPERIORIDADE EM RELAÇÃO AO PLACEBO NO USO DE : ÓLEO DE PRÍMULA, AINES. Alimentação balanceada Ômega 3 e Vitamina E FLUXO PAPILAR • Descarga ou derrame papilar (FAZ A PESQUISA) • Exteriorização espontânea de material (DESCARGA OU DERRAME PLEURAL) fluido pela papila mamária fora do ciclo gravídico-puerperal. • Quando a saída de material se dá pela expressão mamária, é denominada de secreção. DETERMINAR AO EXAME: • Lateralidade (uni ou bilateral); • Número de orifícios (único ou múltiplos); • Aparecimento (espontâneo ou provocado à expressão); • Aspecto macroscópico (lácteo, purulento, multicolorido, esverdeado, marrom ou amarelado, viscoso, cristalino, seroso, hemorrágico). CLASSIFCAÇÃO DO DERRAME PAPILAR Fisiológico • Coloração escura, multiductal. Pseudoderrame (Mamilos invertidos – secreção) • Secreção produzida por mamilos invertidos, eczema. Patológico • Uniductais, espontâneo, aquoso ou sanguíneo Luana Jucá - TXIV CARACTERÍSTICAS SUSPEITAS AO EXAME: • Unilateral • Espontâneo • Uniductal • Hemorrágico sero-hemorrágico cristalino • Pacientes idosas • Sexo masculino CAUSAS DE DERRAME PAPILAR PROCESSOS INFLAMATÓRIOS DA MAMA • Incidência de mastites é inversamente proporcional à qualidade do atendimento básico de saúde, uma vez que são dependentes de fatores higiênicos, de saneamento e dietéticos da população. • Ocorrem em qualquer faixa etária sendo mais comuns na faixa etária entre 18 e 50 anos. Classificação: • 1. AGUDA ( evolução < 30 dias ) (PÓS-PARTO) • 2. CRÔNICA ( evolução > 30 dias ou recorrência • após tratamento). Podem ser infecciosas e não infecciosas. Ela está grávida? Puérpera? Hiperprolactinemia MASTITE AGUDA PUERPERAL • Período de amamentação, entre a segunda e quinta semana do puerpério. • Acometa mais as primigestas e após cesarianas eletivas. • Porta de entrada é por fissuras nas papilas causadas pela amamentação (pega incorreta). ▪ Os germes mais relacionados à infecção: ✓ Staphylococcus aureus ✓ Staphylococcus epidermidis ✓ Espécies de Streptococcus. ✓ Pode estar associado: Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e o Proteus Mirabillis MASTITE CRÔNICA (ACIMA DOS 30 DIAS) Mais comuns São causas imunológicas Vão dar na biópsia Luana Jucá - TXIV LESÕES PRECURSORAS (INTERMEDIÁRIAS) DO CÂNCER DE MAMA Associadas com a transformação local para carcinoma ou probabilidade significativa de surgimento de câncer em outra porção do mesmo órgão, ou do contralateral. LESÃO PRECURSORA CÂNCER DE MAMA Agulha Maior Ambulatório Tirar o nódulo e uma margem/um setor da mama Devido aos altos níveis de estrogênio antigos Conversão de androgênio em estrogênio FATORES DE RISCO: • Biópsia mamária com atípia ou carcinoma in situ • Densidade mamária elevada • Irradicação torácica antes dos 30 anos • Menarca precoce • Menopausa tardia • Ausência de amamentação FATOR DE RISCO FAMILIAR FATOR DE RISCO HEREDITÁRIO • Câncer de mama <40 anos (Tem componente hereditário) • Síndrome da predisposição genética de mama e ovário (mutações de BRCA1 e BRCA2) • Síndrome de Li Fraumeni (mutação de TP53); • Síndrome de Cowden (mutação de PTEN); • Síndrome de câncer gástrico difuso hereditário (mutação deCDH1) • Síndrome de Peutz Jeghers (mutação de STK11). • Outros genes com mutações associadas ao câncer de mama, embora mais raras, são PALB2, CHECK2, ATM, BRIP1, RAD51C, RAD51D e NBN. Luana Jucá - TXIV MUTAÇÃO BRCA 1 E BRCA 2 • 50% dos casos de câncer de mama hereditário • Determinam risco cumulativo alto para o desenvolvimento de câncer de mama e ovário • BRCA1 o risco cumulativo é de 72% (mama) e 44%(ovário) • BRCA2 é de 69% (mama) e 17% (ovário). SUSPEITAR QUANDO... • Nódulos geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos. • Edema cutâneo semelhante à casca de laranja; • Retração cutânea; • Dor; • Inversão do mamilo, hiperemia, descamação ou ulceração do mamilo; • Secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea. • Secreção transparente, podendo ser rosada ouavermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos. • Linfonodos palpáveis na axila. Sai de 1 pontinho FATORES PROGNÓSTICOS CIRURGIA REDUTORA DE RISCO • Mastectomias bilaterais redutoras de risco (MBRR): indicadas em mulheres sem câncer de mama (preserva pele e complexo aeropapilar). • Mastectomias contralaterais redutoras de risco (MCRR): indicadas em pacientes com câncer de mama unilateral. • Salpingooforectomia bilateral redutora de risco (SOBRR), realizada em mulheres com ou sem câncer de mama com mutação BRCA 1 e 2. CIRURGIA REDUTORA DE RISCO QUEM PODE OPERAR? 1. Mulheres que apresentam alto risco para o câncer de mama 2. Portadoras de síndromes hereditárias associadas aos cânceres de mama e/ou ovário Só retira o tecido glandular Luana Jucá - TXIV 3. Lesões de alto risco na impossibilidade de quimioprevenção 4. Mulheres que foram submetidas a radioterapia em tórax antes dos 30 anos, para tratamento de doenças linfoproliferativas MODALIDADES TERAPEUTICAS CÂNCER DE MAMA • CIRURGIA (MASTECTOMIA/ QUADRANTECTOMIA/ SETORECTOMIA) • RADIOTERAPIA • QUIMIOTERAPIA • HORMONIOTERAPIA (ESTROGÊNIO E PROGESTERONA – FAZ PESQUISA DE RECEPTORES PERGUNTA: AUTO – EXAME DAS MAMAS É EFICAZ PARA DETECTAR CÂNCER DE MAMA? NÃOOOOO! DEFINIÇÃO: • Dor não cíclica com duração de pelo menos 6 meses • Localizada na pelve anatômica ou na parede abdominal anterior ou na região lombar ou nádegas • Suficientemente intensa para interferir com atividades habituais ou necessitar de cuidados médicos • Não enquadram neste diagnóstico mulheres com câncer, gestantes ou dispaurenia isoladas DOR PÉLVICA CRÔNICA ETIOLOGIA SISTEMAS ACOMETIDOS DOR PÉLVICA CRÔNICA Anamnese: DOR: • Localização • Irradiação • Intensidade • Tipo: pontada, cólica, queimação • Inicio • Duração • Melhora com.. • Piora com.. Luana Jucá - TXIV • Dispareunia • Queixas urinárias • Evacuações • Antecedentes cirúrgicos • Relacionada ao ciclo menstrual Exame Físico: • Peso / IMC • Postura Exame Ginecológico: • Regular • Procurando achados sugestivos DIAGNÓSTICO: INVESTIGAR AS CAUSAS SINAIS DE ALERTA - CÂNCER Exames laboratoriais: • Urina/Urinocultura • Parasitológico de fezes • Pesquisa de clamídia Exames de Imagem: • Radiografia de coluna e bacia • Ultrassonografia pélvica, abdome e vias urinarias • Ressonância magnética pélvica • LAPAROSCOPIA é o padrão ouro quando apesar de todos os exames nenhuma causa foi encontrada. TRATAMENTO Deve ser realizado de acordo com a etiologia encontrada. CONSTIPAÇÃO INTESTINAL – DIAGNÓSTICO Critérios diagnostico (dois de): • Tensão durante pelo menos 25% das defecações • Fezes encaroçadas ou duras em pelo menos 25% das defecações • Sensação de evacuação incompleta em pelo menos 25% das defecações • Sensação de obstrução/bloqueio anorretal em pelo menos 25% das defecações • Manobras manuais para facilitar pelo menos 25% das defecações (por exemplo, evacuação digital, suporte do assoalho pélvico) • Menos que tres defecações por semana * Criterios cumpridos nos últimos tres meses com início do síntoma pelo menos seis meses antes do diagnostico Luana Jucá - TXIV Orientações gerais: • Adequar ingesta hídrica • Adequar ingesta de fibras • Exercícios físicos. Associar facilitadores: • Lubrificantes: óleo mineral 15 – 30ml dia • Osmóticos ✓ Leite de magnésia 20ml dia ✓ Lactulose 15 – 30ml dia SÍNDROME INTESTINO IRRITADO – DIAGNOSTICO CRITERIOS DIAGNOSTICOS • Dor ou desconforto abdominal recorrente por pelo menos 3 dias por mês nos últimos 3 meses associado com 2 ou mais itens seguintes: • Melhora com defecação • Início associado com a mudança ne frequência de fezes • Início associado com a mudança na forma (aparência) das fezes * Critérios cumpridos nos últimos 3 meses com início do sintoma pelo menos 6 meses antes do diagnostico. TRATAMENTO SÍNDROME DA BEXIGA DOLOROSA Etiologia: • Desconhecida • Ativação de mastócitos • Aumento da permeabilidade da mucosa • Tabagismo • Endometriose Definição: • Dor pélvica crônica, desconforto ou pressão associado • Duração de pelo menos 6 meses • Acompanhada a outro sintoma do trato urinário inferior como urgência ou frequência • Diagnósticos diferenciais devem ser excluídos Quando pedir EXAMES? • Urina 1 e Urocultura: SEMPRE PEDIR • US de rins e vias urinarias: se hematúria + idade maior que 50 anos • Cistoscopia: Queixas urinárias importantes • Biopsia vesical: Se houver lesão na cistoscopia (Estudo Anatomopatológico) SÍNDROME DA BEXIGA DOLOROSA DIAGNOSTICO: Cistoscopia: Ulcera de Hunner: lesões na mucosa vesical avermelhados com vascularização aumentada em torno de uma cicatriz central Luana Jucá - TXIV SÍNDROME DA BEXIGA DOLOROSA – TRATAMENTO: SÍNDROME MIOFASCIAL ABDOMINAL: DOR PÉLVICA CRÔNICA: • Constipação intestinal • Síndrome intestino irritado • Síndrome da bexiga dolorosa • Síndrome miofascial abdominal • Endometriose RASTREAMENTO E DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DO COLO UTERINO Além da presença do vírus HPV outros fatores importantes estão relacionados ao desenvolvimento do câncer de colo como: • Relacionados ao próprio vírus ( subtipo, carga viral, infecção única ou múltipla); • Baixa inmunidade por diversos fatores (adquiridos ou inatos); • Tabagismo • Iniciação sexual precoce • Múltiplos parceiros • multiparidade • Uso de contraceptivos orais • Idade ( menores ou maiores de 30 anos) • Associação de outras ISTs; **TIPOS FREQUENTES: 6, 11, 16, 18 **PODE CONVIVER COM O HPV SEM VORAR CÂNCER **PARA EVOLUÇÃO TEM QUE ENTRAR OUTROS FATORES DE RISCO RASTREAMENTO DO CÂNCER DE COLO UTERINO Poucas linhagens de cânceres têm definidas tão claramente um fator etiológico prevenível como o câncer de colo uterino, no entanto este continua sendo o mais frequente câncer nos países subdesenvolvidos e em algumas regiões do Brasil como Norte/Nordeste. Luana Jucá - TXIV A presença dos Vírus Papilomas Humanos (HPV) de alto-risco principalmente o 16 e 18 (70% dos casos), mas não exclusivamente, são claramente determinantes na gêneses das lesões precursoras que darão origem a neoplasia malignas no colo uterino. PREVENÇÃO: • Primária: A vacinação contra o HPV de alto-risco • Secundária: A pesquisa do HPV por biologia molecular e o rastreamento de lesões precursoras através da colpocitologia oncótica (preventiva, PCCU) VACINAÇÃO CONTRA HPV: • A vacina disponível no SUS/Brasil é a tetravalente com os subtipos 16/18 de alto-risco e 6/11 de baixo-risco em 3 doses (0 – 6 – 60 meses) para as seguintes populações alvo: ✓ Meninas 9 a 14 anos ✓ Meninos 11 a 14 anos • Homens e mulheres inmunosuprimidas (HIV, transplantados e em tratamento de câncer) 9 a 45 anos • Na rede privada geralmente estão disponíveis com os subtipos 16/18; • No Brasil adotou-se recomendação da OMS entre 25-64 anos de idade e periodicidade anual, podendo ser realizado com intervalos de 3 anos após 2 exames seguidos negativos. ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA Amostra insatisfatória para avaliação: • Material acelular ou hipocelular (<10% do esfregaço) • Leitura prejudicada (>75% do esfregaço) por sangue, piocitos, ressecamento, contaminantes externos ou superposição de células. Amostra satisfatória: • Células em quantidade representativa, distribuídas, fixadas e coradas; • Presença de céulas glandulares, escamosas e metaplásicas • Gestantes podem e devem realizar o exame, inclusive do endocérvice; • Mulheres na menopausa podem necessitar de estrogênio para adequar a amostra; • Histerectomizadas por patologias benignas podem ser excluídas e as com historia de lesões precursoras seguidas igual às com útero. SITUAÇÕES ESPECIAIS: • Gestantes podem e devem realizar o exame inclusive do endocérvice; • Mulheres na menopausa podem necessitar de estrogênio para adequar a amostra; • Histerectomizadas por patologias benignas podem ser excluídas e as com historia de lesões precursoras seguidas igual às com útero. Luana Jucá - TXIV• Mulheres sem atividade sexual não precisam ser rastreadas; • Imunosuprimidas (HIV, inmunosupressores, transplantadas, câncer, corticóide), realizar rastreamento anual após dois exames semestrais normais e colposcopia indicada em algumas diretrizes. HIV com CD4 menor que 200.000 manter rastreamento semestral. RASTREAMENTO DO CÂNCER DE COLO UTERINO: Classificação Citológica Brasileira (2006) • Alterações benignas • Atipias de significado indeterminado (ASCUS/ASGUS) • LSIL: lesão intraepitelial de baixo-grau (NIC I) • HSIL: lesão intraepitelial de alto-grau (NIC II/NIC III/in situ) • HSIL/AIS: lesão intraepitelial de alto-grau/ adenocarcinoma in situ • Carcinoma invasor DIAGNÓSTICO Se baseia no tripé citologia, colposcopia e biópsia: Citologia: Papanicolau, PCCU (preventivo do câncer de colo uterino), preventivo, colpocitologia oncótica (CO). Colposcopia (exame direto do colo uterino através de um microscópio com utilização de substâncias químicas como ácido acético e lugol que farão reação com as proteínas e a glicose presente nas células facilitando a observação da lesão e indicando o local exato para realização da biópsia quando necessária). Biópsia: idealmente toda biópsia deveria ser guiada por colposcopia após aplicação de ácido acético, exceção nos casos de carcinoma invasivo em que a lesão é visível a olho nu. ** REAÇÃO POSITIVA AO LUGOL: Não tem lesão **REAÇÃO NEGATIVA AO LUGOL: Tenho lesão **LESÃO TEM BASTANTE GLICOSE Luana Jucá - TXIV TRATAMENTO DAS LESÕES DE ALTO-GRAU, QUANDO INDICADAS: • Crioterapia: Destruição tecidual com transdutor de gás nitrogênio • Eletrocauterização • Cirurgia de Alta frequência (CAF): retirada da zona de transformação • Conização: Retirada cirúrgica da ectocérvice. **Se margens livres realizar seguimento conforme protocolo CÂNCER DE COLO UTERINO: • Confirmado o diagnóstico histopatológico através da biópsia a paciente será encaminhada ao centro de referência oncológica (UNACON) onde se procederá ao estadiamento clínico para decisão terapêutica, para tal estadiamento são utilizados: • Exame físico da pelve; • Exames de imagem como TC de abdome, RNM de pelve e TC ou RX de tórax; • O câncer de colo tem duas linhagens: adenocarcinoma (células glandulares do canal • cervical) e carcinoma de células escamosas (células escamosas do ectocérvice), sendo o primeiro mais agressivo e de mais difícil diagnóstico precoce). • Todo sangramento irregular deve ser investigado pensando em afastar neoplasia do colo. HISTERECTOMIA: Tratamento: A definição do tratamento depende do estadiamento clínico, sendo que mais de uma modalidade pode ser aceita para o mesmo estadiamento. Importante observar se existe desejo de gestar • IA2: Traquelectomia radical ou Histerectomia radical tipo II • IB1: Traquelectomia radical ou Histerectomia radical tipo III • IB2, IIA1: Histerectomia radical ou Quimioradioterapia • IB3, IIA2: QT + RT + avaliar histerectomia Luana Jucá - TXIV • IIB – IVA: QT + RT • IVB: doença metastática, o tratamento é somente paliativo CAUSAS: • Libido • Excitação • Orgasmo • Dor-Dispaurenia • A dor sexual geralmente contribui para distúrbios de desejo e excitação. EXEMPLO: DIP, Endometriose, Vulvovaginite. PAPEL DOS ESTROGÊNIOS: • Fogachos e Insônia: dois sintomas que levam a alterações sexuais principalmente libido. • Síndrome genito-urinária: atrofia genital com dispareunia (FALTA DE ESTROGÊNIO) ABORDAGEM CLÍNICA: Abordar o início dos sintomas: • Nascimento/bebê • Endometriose • Menopausa • Incontinência I/F • Infidelidade • Depressão (tanto a tratada como a não tratada) • Má imagem corporal • Antidrpressivos • Câncer FATORES DE RISCO: • Saúde física e mental • Parto/puerpério/Infertilidade • Endometriose/Miomas • Obesidade/Cistite Crônica/Dor crônica/IRC/Câner • Doenças neurológicas/Epilepsia DIAGNÓSTICO • Anamnese • Exame Físico TRATAMENTO/TERAPIA: • Terapia de casal e terapia sexual • Psicoterapia e psicofarmacologia ✓ PRESCREVER: Bupropiona ✓ NÃO PRESCREVER: Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS) /Ansiolíticos • Mudança no estilo de vida ✓ Fadiga/estresse ✓ Sono/privacidade/cuidado dos filhos ✓ Noite de encontro/novidades SEXUALIDADE FEMININA Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33
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