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Doenças do trato Gastrointestinal inferior constipação intestinal Diarréia e síndrome do intestino irritável

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Nutrologia
Doenças do trato Gastrointestinal inferior –constipação intestinal
Diarréia e síndrome do intestino irritável
Informações importantes: história de alteração na massa corporal, medicações usadas (incluindo suplementos), sinais e sintomas de possíveis deficiências nutricionais 
Constipação intestinal 
Trata-se de uma alteração do trânsito intestinal, principalmente do intestino grosso, caracterizada por redução no numero de evacuações, presença de fezes endurecidas e/ou esforço a evacuação 
É uma das doenças gastrointestinais a mais comuns e te um impacto significativo na qualidade de vida. A etiologia é multifatorial e complexa. 
A constipação funcional é prevalente em adultos do gênero feminino, em idosos, obeso e em baixas condições socioeconômicas 
Classificação: 
Trânsito normal (primaria): constipação funcional mais comum (no máximo 72h) 
Causas: estilo de vida e dieta
· 
· Falta de fibras na dieta 
· Baixa ingestão de líquidos
· Consumo excessivo de alimentos industrializados 
· Uso de suplementos de ferro e cálcio 
· Falta de exercícios físicos
· Uso excessivo de laxativos 
· Adiamento da urgência de defecar 
Trânsito lento (secundaria): definida como trânsito de fezes pelo colón por mais de 5 dias. Geralmente resulta de distúrbios de motilidade colonica (comprometimento neural, doença de chagas, uso de opióides) 
Disfunção anorretal ou disfunção do assoalho pélvico (secundaria) 
Causas: transtornos de motilidade intestinal 
· 
· Hipotireoidismo
· Doença de chagas
· Gastroparesia 
· Doenças neurológicas (esclerose múltipla)
· Transtornos no assoalho pélvico (gestação) 
· Uso crônico de opiáceos (pacientes oncológicos ou com dor crônica) 
· Síndrome do intestino irritável 
Critérios diagnósticos para constipação funcional (Roma IV)
Devem estar acontecendo pelo menos a 6 meses 
1) Obrigatório incluir 2 ou mais dos seguintes: 
-Esforço na evacuação em 25% das vezes
-Fezes cibalicas ou endurecida em pelo menos 25% 
-Sensação de evacuação incompleta em pelo menos 25%
-Manobras manuais em pelo menos 25%
-Menos de 3 evacuações por semana em pelo menos 25%
2) Fezes soltas raramente presentes em o uso de laxativos 
3) Critérios insuficientes para síndrome do colón irritável 
Avaliação: 
Inicial com uma anamnese detalhada 
-Avaliar se existe perda ponderal 
-Perguntar sobre uso de medicamentos e doenças associadas 
-Duração dos sintomas – se inicio recente, investigar 
Importante investigar qualidade da alimentação, ingestão diária de líquidos e fibras e pratica de exercícios físicos 
Exames complementares devem ser realizados de acordo com as queixas do paciente 
- Exames de laboratório, como hemograma e sangue oculto nas fezes, e de imagem – enema opaco, colonoscopia e tempo de trânsito das fezes – são importantes para determinar as causas do distúrbio, estabelecer o diagnóstico diferencial e conduzir o tratamento.
Tratamento: 
1- Tratar a causa – constipação é um sintoma e não patologia 
2- Tratamento do sintoma: não farmacológico // farmacológico 
Não farmacológico: pratica de exercícios físicos; ingerir pelo menos 2L de líquidos/dia; manter ingestão diária de fibras – 25 a 30 g/dia; ingerir bebida cafeinada quente logo pela manha. 
Farmacológico: 
Laxativos osmóticos: estimulam a absorção de água no intestino com o objetivo de amolecer as fezes e facilitar a passagem pelo reto. Efeito demora de 2 a 3 dias para ser notado. “puxam” o liquido para luz intestinal – PEG
Laxativos estimulantes: não usar por tempo prolongado. Estimulam o movimento do intestino, o que promove o acumulo de água dentro do órgão, hidratando mais as vezes e facilitando sua eliminação. Sai ação inicia 6 a 12 horas após. Seu uso crônico pode provocar lesão no plexo miontérico, levando a dismotilidade colonica 
Secretagogos intestinais ou laxativos procineticos: Atuam de forma seletiva na ativação dos canais de cloro, contribuindo para o aumento do fluxo de líquidos para dentro do intestino.  
São a terapia farmacológica de preferência para constipação de trânsito normal e lento
Diarreia: 
Eliminação de mais de 3 evacuações com fezes amolecidas ou liquidas por dia. 
Aguda – até 4 semanas de duração 
Crônica – mais de 4 semanas 
História clinica: Importante questionar: frequência de evacuações/dia, presença ou não de sintomas associados (dor abdominal, vômitos, etc), tempo de incidência; uso de medicamentos (uso de antibióticos – modificação na flora intestinal); perda recente de peso; presença de muco ou sangue
Exame físico: Avaliar peso corporal e IMC; avaliar estado de hidratação; avaliar presença de edema, que pode indicar mal absorção e desnutrição (diarreia crônica). Ainda na inspeção: avaliar proptose – hipertireoidismo. Palpação – importante avaliar presença de visceromegalias
Exames laboratoriais: hemograma, ferritina; ionograma; Coprocultura (suspeita de infecção); teste respiratório (deficiência de lactase); anticorpo antitransglutaminase IgA (doença celíaca); colonoscopia 
Tratamento:
· Oferta de líquidos e eletrólitos suficiente para repor as perdas: água de coco (rica em potássio); bebidas isotônicas; sopas e caldos 
· Realimentação precoce – não existe evidencia demonstrando benefícios de dietas restritivas
· Evitar leites e derivados 
· Evitar fibras insolúveis (cereais integrais, grâos , etc) (aceleram o trânsito intestinal);
· No período de remissão, usa-se probióticos para recuperação da flora bacteriana
· Doença celíaca – abolir alimentos que contém glúten – trigo, centeio e cevada
· Tratar a causa específica
Diarreia osmótica: ocorre devido a presença no intestino de solutos osmoticamente ativos. Exemplo: intolerância lactose (deficiência da lactase; doença celíaca – uma das principais causas) 
Diarreia secretória: ocorre secreção ativa de eletrólitos e água pelo epitélio intestinal. Exemplo: infecções por bactérias ou vírus 
Diarreia exsudativa: associada a lesão na mucosa que levam a eliminação de muco ou sangue nas fezes. Exemplo: colite ulcerativa; enterite por radiação 
Doença celíaca: 
Uma das principais causas de diarreia. Caracteriza-se por uma reação imunológica da mucosa ao glúten. Além da diarreia podem ocorrer: má digestão; dor abdominal e distúrbios do crescimento 
Diagnostico: anticorpo IgA anti transglutaminase; dosar IgA total; endoscopia digestiva alta com biopsia de duodeno 
Síndrome do intestino irritável 
Acometimento intestinal funcional crônico de origem desconhecida. É considerado um transtorno funcional, já que os exames não mostram alterações 
Caracterizada por alterações dos hábitos intestinal e dores abdominais, além de presença de gazes e distensão abdominal, sem alterações estruturais detectáveis 
Fisiopatologia: 
· Existe uma associação com o estresse crônico, transtorno de ansiedade e/ou depressão; 
· A flora instetinal parese estar alterada
· Existe uma alteração da motilidade intestinal 
· Influencia de fatores genéticos 
· Infecção previa 
· Sensibilidade a alimentos: má absorção de carboidratos; intolerância a lactose, frutose e sorbitol; intolerância ao glúten (sem doença celíaca)
Critérios diagnósticos: 
· Dor abdominal recorrente (ao menos 1 dia/semana nos últimos 3 meses; com inicio há 6 meses) 
· A dor está associada a no mínimo 2 dos 3 sintomas
-Dor ao defecar
-Mudança na frequência das evacuações
-Mudança na consistência das fezes 
· Ausência dos seguintes sinais de alerta: 
- Mudança recente no hábito intestinal; 
-Evidência de sangramento gastro-intestinal (melena ou hematoquesia);
-Dor noturna ou perda fecal;
-HF de ca colorretal ou doença inflamatória intestinal;
-Massa abdominal palpável ou linfadenopatia;
-Presença de anemia ferropriva
-Presença de sangue oculto nas fezes
-Idade > 50 anos
-Perda importante de peso
· O diagnóstico é feito através de uma história clinica detalhada (pela presença dos critérios Roma IV na ausência dos sinais de alarme descritos anteriormente). Não existe um marcador ou exame específico para diagnóstico
Exames complementares: hemograma; pesquisa de sangue oculto nas fezes; colonoscopia se necessário; sorologia paradoença celíaca;
Calpronectina fecal - diagnóstico diferencial crucial entre doença inflamatória intestinal e a síndrome do intestino irritável em pacientes com sintomas gastrointestinais crônicos.;
Lactoferrina fecal - é uma proteína existente no citoplasma dos granulócitos que estatisticamente está mais elevada na Doença de Crohn
Tratamento:
1- Alterações dietéticas: A dieta deve ser individualizada de acordo com as queixas do paciente; aumentar a ingestão de fibras dietéticas solúveis - frutas, cereais, legumes e vegetais (as insolúveis podem exacerbar a dor abdominal). Alguns pacientes relatam piora dos sintomas com a ingestão de alimentos contendo glúten, mesmo sem doença celíaca – nestes pacientes, o glúten deve ser evitado. 
Deve-se investigar quais alimentos pioram os sintomas e evita-los. Alguns alimentos costumam ser pouco tolerados, como: cafeína, lactose, frutose, sorbitol e álcool. Aumentar a ingestão de água e fibras solúveis, principalmente em pacientes com constipação. 
Dieta pobre em FODMAPs (carboidratos de cadeia curta): todos esses tipos de alimentos são pouco absorvidos pelo intestino delgado, o que acaba levando a uma produção excessiva de gases, causando dor e diarreia.
2- Tratamento sintomático: Dor e desconforto abdominais: antiespasmódicos, antidepressivos tricíclicos e inibidores da receptação de serotonina. 
Constipação intestinal: suplementos de fibras, PEG; emolientes fecais. 
Diarréia: loperamida;

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