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Livro-Texto Unidade IV

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143
NOÇÕES DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
Unidade IV
7 DIETAS E NUTRIENTES NOS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS
7.1 Dieta e nutrientes para diferentes situações estéticas e enfermidades
Para alcançar um ideal de beleza, pessoas procuram diferentes métodos para alcançar suas metas, 
através de dietas, exercícios físicos, plásticas, cirurgias, entre outros. E há quem considere que a mulher 
brasileira é campeã na busca de um corpo perfeito (SCHNEIDER, 2009).
Para pacientes e clientes para os quais a imagem corporal é requisito para a atividade profissional, 
como jornalistas, modelos, recepcionistas etc. é válida a implantação de um protocolo de atendimento 
estético que englobe o todo.
Esse protocolo deve atender à exigência de cada grupo individual conforme a particularidade de 
cada segmento em questão. Por exemplo: no segmento da moda, podem existir diferentes estereótipos 
corporais considerados ideais de acordo com regiões ou localidades no mundo, e isso deve ser respeitado 
e individualizado tanto do ponto de vista nutricional quanto estético.
7.1.1 Linha de pesquisa em nutrição estética
Atualmente a busca e o aperfeiçoamento do conhecimento que envolve nutrição em estética 
concentra-se em alguns pontos, como:
• Pele: estudo com enfoque no aspecto preventivo e terapêutico, em enfermidades e distúrbios 
como: acne, dermatites, estrias, cicatrização, hidratação da pele.
• Envelhecimento cutâneo: estuda os nutrientes a serem utilizados na prevenção do estresse 
oxidativo, formação dos radicais livres, e uso de nutrientes antioxidantes.
• Síndrome da desarmonia corporal: é o conjunto de condições clínicas que inclui a celulite 
(nome popular dado à hidrolipodistrofia ou lipodistrofia ginoide), a flacidez cutânea, a gordura 
localizada e a obesidade. Em relação a esse conjunto de condições clínicas, procura-se identificar 
aspectos dietéticos relacionado ao seu desenvolvimento em forma de terapia nutricional isolada 
ou associada aos demais procedimentos estéticos.
• Cabelos e unhas: estuda as deficiências nutricionais primárias ou secundárias relacionadas às 
unhas e aos cabelos.
144
Unidade IV
• Saúde da mulher: é a linha que pretende verificar a relação com os aspectos particulares da saúde 
da mulher, independentemente de quais sejam: transtorno pré-menstrual, menarca, climatério, 
menopausa com repercussões de alteração do consumo alimentar e do estado nutricional que 
possa resultar em desordens estéticas (flacidez, rugas etc.).
7.1.1.1 Pele
A pele ou cútis é o manto de revestimento do organismo, indispensável à 
vida e que isola os componentes orgânicos do meio exterior. Ela representa 
12% do peso seco total do corpo, com aproximadamente 4,5 quilos, é o 
maior sistema de órgãos expostos ao meio ambiente. Embora ela represente 
menos de 15% do peso do corpo, é considerada o maior órgão humano, 
pois a sua extensão corresponde a uma área de dois metros quadrados 
(MENDONÇA; RODRIGUES, 2011, p. 69).
A pele é constituída por três camadas bem unidas: epiderme, derme e hipoderme. Todas são 
importantes para o corpo, e cada uma tem características e funções diferentes.
Epiderme
É a camada mais externa da pele. A principal função da epiderme é formar uma barreira protetora do 
corpo, protegendo contra danos externos e dificultando a saída de água (do organismo) e a entrada de 
substâncias e de micróbios no organismo. Na epiderme estão os melanócitos, as células que produzem 
melanina, o pigmento que dá cor à pele.
Derme
É a camada intermediária da pele, formada por fibras de colágeno, elastina e gel coloidal, que 
conferem tonicidade, elasticidade e equilíbrio à pele. Além disso possuem grande quantidade de vasos 
sanguíneos e terminações nervosas, as quais recebem os estímulos do meio ambiente e os transmitem ao 
cérebro, através dos nervos. Esses estímulos são traduzidos em sensações, como dor, frio, calor, pressão, 
vibração, cócegas e prazer.
Hipoderme
É a terceira e última camada da pele, formada basicamente por células de gordura. Sendo assim, 
sua espessura é bastante variável, conforme a constituição física de cada pessoa. Ela apoia e une a 
epiderme e a derme ao restante do seu corpo. Além disso, a hipoderme mantém a temperatura do corpo 
e acumula energia para o desempenho das funções biológicas.
As principais funções da pele são:
• Proteção (função mecânica): a queratina da pele protege os tecidos subjacentes contra 
micro-organismos, calor e substâncias químicas.
145
NOÇÕES DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
• Regulação da temperatura corporal: contribui para a regulação homeostática da temperatura 
corporal, liberando o suor em sua superfície e ajustando o fluxo sanguíneo na derme.
• Síntese de vitamina D: a exposição da pele à radiação UV possibilita a síntese de vitamina D na 
forma de colecalciferol. Essa forma de vitamina é convertida em sua forma ativa, o calcitriol, que 
auxilia na absorção de cálcio e fósforo do trato gastrointestinal para o sangue.
• Sensações cutâneas: são aquelas que se manifestam na pele, incluindo as táteis (toque, 
pressão, vibração de cócegas), as térmicas (calor e frio) e a dor (indicação de dano tecidual 
iminente ou real).
• Excreção e absorção: a pele em geral desempenha um pequeno papel na excreção, a 
eliminação de substâncias do corpo; e na absorção, a passagem de materiais externos para as 
células corporais.
Na adolescência, a presença de cravos e espinhas está relacionada ao conhecimento de quatro 
fatores básicos que podem causar esse distúrbio: a produção exagerada de sebo, a hiperproliferação 
de células da pele, o aumento da multiplicação de bactérias da espécie Propionibacterium acnes e 
a inflamação da pele. Esses eventos combinados são essenciais à instalação da acne e podem sofrer 
influência da alimentação.
Sabe-se que uma pele saudável depende de uma hidratação adequada, bem como de uma boa 
camada externa de lipídios que garanta o pH ácido suficiente para proteger a pele de agentes nocivos 
externos. Esses aspectos da pele dependem de fatores endógenos e exógenos, entre eles: envelhecimento, 
exposição solar, exposição a produtos químicos, dietas inadequadas, especialmente com ingestão elevada 
de alimentos ricos em gorduras e açúcar.
Parte dos estudos demonstram que os problemas da pele estão ligados à deficiência nutricional, ou 
seja, ao consumo inadequado de vitaminas, minerais e ácidos graxos essenciais que causam diversas 
manifestações dermatológicas.
Acne
A palavra acne deriva da grega “Akmé”, o que significa eflorescência ou 
ponto de elevação. Pode ser definida com uma doença multifatorial e 
manifesta-se clinicamente pela aparição de cravos, pápulas, pústulas, 
nódulos, cistos e abcessos que podem deixar uma sequência de cicatrizes 
e sequelas não só físicas, mas psicológicas importantes. É uma doença de 
predisposição genética e tendência hereditária. A chance do filho de pais 
com quadro de acne é de 50%. A acne ocorre em todas as raças, porém com 
menor intensidade entre negros e orientais. Costuma ser mais grave no sexo 
masculino (SCHNEIDER, 2009, p. 142).
146
Unidade IV
Fatores que predispõem o aparecimento da acne:
• Consumo excessivo de refrigerantes, açúcares e fast-foods e redução na ingestão de 
frutas e hortaliças.
• Uso de dietas monótonas ou modismo alimentar e a não realização do café da manhã.
• Consumo excessivo de alimentos ricos em ômega-6 resulta em acne por serem precursores de 
inflamação celular.
• A falta de ácido pantotênico torna o metabolismo dos ácidos graxos deficiente, o que leva o óleo 
a depositar-se nas glândulas sebáceas e nos ductos dos folículos, resultando na inflamação.
• Dieta com alto índice glicêmico (carboidratos refinados), estresse emocional e a puberdade são 
fatores importantes no desenvolvimento da acne em adolescentes.
• O excesso de leite de vaca e seus derivados, dietas ricas em gordura saturada somado à falta de 
antioxidantes estão relacionados com o aparecimento da acne em jovens e adultos.
Tratamento
Uma dieta balanceada e livre de alimentosprocessados com privilégio de alimentos in natura ou 
minimamente processados ricos em fibras, vitaminas, minerais, proteínas e ômega-3 possuem papel 
interessante no tratamento da acne.
O consumo de alimentos com baixo índice glicêmico, como: cereais integrais, frutas frescas, 
legumes, carnes magras, peixes e outros alimentos ricos em ômega-3 podem ser considerados alimentos 
anti-inflamatórios, potencializando o efeito no tratamento.
• Ômega-3: é um nutriente essencial, pois estudos mostram sua eficácia na diminuição da 
inflamação e na prevenção de hiperqueratinização dos folículos sebáceos e redução do risco 
de acne.
Principais fontes de ômega-3: peixes de água salgada como arenque, salmão, atum, sardinha e 
linguado, nozes, amêndoas, óleo de canola, chia, linhaça. Eles atuam na suavização da aparência das 
manchas de pele e ajudam a reduzir as linhas de expressão e rugas.
• Zinco: auxilia diminuindo a produção de sebo, um dos principais desencadeadores da acne, inibindo 
a 5-alfarredutase, enzima responsável pela conversão de testosterona em dihidroxitestosterona e 
que possui ação anti-inflamatória, pois é essencial para a enzima antioxidante SOD-1 (superóxido 
dismutase citosólica), encarregado de reduzir o radical superóxido a peróxido de hidrogênio e 
oxigênio, estimular o sistema imunológico e favorecer a renovação celular e a cicatrização.
147
NOÇÕES DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
Principais fontes de zinco: carnes vermelhas, frutos do mar, algas, ostras, fontes proteicas de forma 
geral, gérmen e farelo de grãos integrais.
• Vitamina A: é essencial para a manutenção de uma pele saudável e do equilíbrio hormonal 
adequado. Atua na síntese de novos tecidos, auxilia no tratamento de abscessos, acne e 
queda de cabelo.
Principais fontes de vitamina A: fígado, gema de ovo, provitamina A, betacaroteno (cenoura, 
moranga, abóbora madura, manga e mamão etc.).
• Vitamina B6: reduz a acne ao regular os hormônios implicados em seu desenvolvimento.
Principais fontes da vitamina B6: é encontrada em maior proporção em alimentos de origem animal, 
como carnes, vísceras, leite e derivados. E em menor proporção; em nozes, cereais integrais, batata, aveia 
e gérmen de trigo.
• Magnésio: potencializa a troca de substância entre as células (atua no metabolismo glicídico 
ao incorporar glicose na forma de glicose-6-fosfato na célula), atua na formação de tecidos, 
participa do trabalho muscular (contração).
Principais fontes de magnésio: nozes, leguminosas, milho, cenoura, frutos do mar.
• Selênio: protege as células dos radicais livres, evita a flacidez tecidual e o envelhecimento da pele 
causada pelo sol.
Principais fontes de selênio: grãos integrais, frutos do mar e castanha do Pará.
Dietas com alto consumo de carga glicêmica (CG) e índice glicêmico (IG) parecem exacerbar a 
ocorrência de acne, enquanto dietas de baixa CG e baixo IG promovem redução significativa do número 
de lesões, sugerindo uma associação entre quadros de hiperinsulinemia e a ocorrência de acne vulgar.
Envelhecimento cutâneo
A luz solar, ao atingir a pele desprotegida, com ação cumulativa da radiação UV, provoca um processo 
complexo associado a reações químicas e morfológicas.
A radiação UV pode ativar componentes do sistema imune cutâneo, gerando resposta inflamatória 
por distintos mecanismos, tais como: ativação direta de queratinócitos e outras células que liberam 
mediadores inflamatórios e redistribuição e liberação de autoantígenos sequestrados de células 
danificadas pela radiação UV.
Podemos definir a fotoproteção como um elemento profilático e terapêutico frente aos efeitos 
danosos da radiação UV. Como modelo de fotoproteção, podemos citar o uso de protetores solares, 
vestimentas protetoras e exposição restrita à luz solar.
148
Unidade IV
O uso do protetor bloqueia a radiação solar, contudo quando isso está associado a uma alimentação 
balanceada e rica em nutrientes com ação fotoprotetora e antioxidantes, fortalece os sistemas de defesa 
das células, principalmente contra as inflamações e os radicais livres.
 Observação
Radicais livres são moléculas instáveis, que apresentam um elétron que 
tende a se associar de maneira rápida a outras moléculas de carga positiva 
com as quais pode reagir ou oxidar. Eles são um dos principais aceleradores 
do envelhecimento cutâneo.
Os principais compostos fotoprotetores são:
• Flavonoides: têm ação antioxidante mais ativa, sendo capazes de sequestrar os radicais livres. 
Incluem os compostos quercetina, luteolina e ácido elágico. Principais fontes alimentares são: 
vegetais, abacaxi, morangos, chá preto, chá verde e vinho tinto.
• Carotenoides: o betacaroteno, precursor de vitamina A, atua na formação de melatonina, pigmento 
responsável por dar cor à pele, tornando-se fundamental para a sua proteção. Principais fontes 
alimentares: cenoura, abóbora, mamão, manga e vegetais verdes escuros como couve, espinafre e 
agrião, por conter clorofila, um subtipo de carotenoide.
• Vitamina C: é um poderoso antioxidante e ajuda a estimular o crescimento de novas células 
cutâneas e participa de diversos processos metabólicos, entre eles a formação do colágeno, que 
tem a estrutura de suas fibras quebradas devido à exposição ao sol. A estrutura dos fibroblastos e 
do colágeno protege a pele da ação dos raios ultravioletas. Principais fontes alimentares: acerola, 
goiaba, abacaxi, morango e caju.
• Vitamina E: protege as estruturas celulares do ataque de radicais livres, evitando danos à pele. 
Principais fontes de alimento: azeite, amêndoas, castanhas do Pará (rica em selênio) e outros.
• Polifenóis: neutralizam os radicais livres gerados pela radiação UVA/UVB e protegem a pele 
contra danos celulares e câncer de pele. Principais fontes de alimento: frutas vermelhas, cebolas, 
chocolate amargo e chá verde.
O envelhecimento cutâneo é um processo biológico complexo que afeta várias camadas da 
pele, embora a maioria dessas mudanças seja percebida apenas na derme. Não há alterações 
evidentes na estrutura do estrato córneo e ocorre até certos pontos poucas alterações na 
espessura da epiderme.
 
149
NOÇÕES DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
 Lembrete
A queratina é uma proteína normal nas unhas e nos cabelos que ajuda 
na proteção e no crescimento.
Os fatores que contribuem para o envelhecimento cutâneo são, de acordo com Pujol (2011):
• Estilo de vida: a pele reflete quando o indivíduo está cansado, mal alimentado ou estressado 
em nível físico ou emocional. Portanto, quando a pele não recebe atenção e cuidados 
necessários, uma das consequências é o envelhecimento prematuro. A aparência da pele 
pode determinar conclusões a respeito da idade cronológica e refletir a saúde e os hábitos 
de um indivíduo.
• Hábitos alimentares: o excesso de peso e hábitos não saudáveis podem levar o indivíduo 
à obesidade. Uma das principais consequências é o aumento do risco de infecções cutâneas 
e de linfedemas, que contribuem para maior morbidade nessa população. Em pacientes 
hospitalizados, a obesidade leva ao aumento do risco de úlceras de pressão, além do retardo 
na cicatrização.
• Tabagismo: pode provocar alterações na pele, sendo que a nicotina apresenta-se com um 
composto responsável pela diminuição do fluxo sanguíneo causado por uma estimulação da 
vasopressina no vaso, promovendo efeito vasoconstritor. Além disso, ao levar à isquemia crônica 
dos tecidos, gera lesões nas fibras elásticas e diminuição da síntese de colágeno, razão pela qual 
as rugas são bem marcadas. Estudos apontam que as mulheres fumantes são mais suscetíveis ao 
envelhecimento pelo tabagismo do que os homens, em decorrência da diminuição do hormônio 
feminino na pele causada pela nicotina.
• Sedentarismo: a prática de atividades físicas regulares promove o aumento da força e do tônus 
muscular, aumento da densidade óssea, da capacidade aeróbica e o consumo máximo de oxigênio 
são benefícios que se relacionam de forma direta com a saúde da pele.
• Fatores hormonais: influenciam o envelhecimento principalmentena menopausa/climatério, 
período em que ocorrem alterações como hipoestrogenismo (o estrógeno na pele tem a 
função sobre o colágeno), ou seja, a queda dos estrógenos circulantes. Ocorrem alterações 
na pele, como ressecamento, diminuição da elasticidade e afinamento. Nos casos em que 
existe um histórico de exposição solar excessiva, podem-se observar manchas, rugas e até 
fragilidade da pele.
• Estresse: sob condição de estresse, a pele pode diminuir sua velocidade de reparo, passando a 
permitir a permeação de diferentes substâncias e facilitando a perda de água do organismo. Isso 
permite um gatilho para o disparo de outros processos deletérios sobre a pele.
150
Unidade IV
Quadro 17 – Alterações funcionais causadas pelo envelhecimento 
da pele e escolha alimentar indicada para tratamento
Alteração 
funcional Função Nutriente Fonte alimentar
Menor capacidade 
anti-inflamatória
Antioxidantes e 
anti-inflamatórios Polifenóis
Frutas vermelhas arroxeadas, conhecidas como 
berries, uvas, frutas cítricas, chá verde
Antioxidantes e protetores 
 do DNA
Vegetais crucíferos 
ricos em vitamina 
C, E e K
Alho, abacate, cebola, açafrão, rúcula, couve, brócolis, 
couve de Bruxelas, repolho, couve-flor e agrião 
Boa para evitar a inflamação 
da pele Vitamina A Cenoura, tomate, manga, beterraba, couve etc.
Menor resposta 
imunológica
Ajuda na produção de 
glóbulos brancos Vitamina C
Frutas cítricas, como laranja, acerola, kiwi, tomate, 
além de brócolis, couve e pimentão verde e vermelho
Atua de maneira decisiva na 
modulação da resposta imune Zinco
Carne, cereais integrais, castanhas, sementes e 
leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico)
Cicatrização 
deficiente 
Reduz a inflamação, 
facilitando a cicatrização Ômega-3 Sardinha, salmão, atum, sementes de chia, linhaça
Melhora a qualidade da pele 
formada Vitamina E
Semente de girassol, avelã ou amendoim, óleos 
vegetais, ovo, folhas verde escuras
Melhora a qualidade de 
regeneração dos tecidos Aminoácido Valina Soja, castanha do Pará, cevada, berinjela etc.
Importante na formação do 
colágeno, que ajuda a pele a 
ficar mais firme
Vitamina C Laranja, morango, abacaxi, kiwi
Menor elasticidade 
Atuam para garantir a 
sustentação e a elasticidade 
dos tecidos
Proteínas
Gelatina: tem função estrutural responsável por 
manter elasticidade e tensão entre as células. 
Colágeno
Alimentos antioxidantes (agem 
contra os radicais livres) Vitaminas A, C e E
Frutas e vegetais amarelos-alaranjados, como 
cenoura, mamão, abóbora, laranja, kiwi, sementes e 
oleaginosas, como amêndoas e amendoim
Menor produção 
de vitamina D 
Fortalece o sistema imunológico, possui propriedades 
antimicrobianas, previne a acne e outros tipos de 
infecção e são anti-inflamatórias
Fonte: sol (banho de sol por pelo menos 15 minutos 
por dia, sem usar protetor solar), gema de ovo, 
fígado, manteiga, creme de leite e pescados gordos
Adaptado de: Pujol (2011).
Síndrome da desarmonia corporal
Machado et al. (2011, p. 472) explicam que:
O conjunto de alguns dos problemas de beleza corporal é denominado 
síndrome da desarmonia corporal (SDC) e inclui a presença do fibroedema 
geloide (FEG), da adiposidade localizada, do aumento de gordura corporal 
total e da flacidez muscular, que frequentemente estão associados e, por 
isso, os tratamentos estéticos não devem considerar esses fenômenos 
isoladamente, a fim de promover ou manter a harmonia corporal.
151
NOÇÕES DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
Hidrolipodistrofia (celulite)
O termo celulite foi utilizado na década de 70 para designar uma certa 
aparência da pele e aparecia frequentemente no meio médico e na imprensa 
leiga. Alguns outros termos são utilizados para designar a celulite, na tentativa 
de adequar o nome às alterações histomorfológicas encontradas: fibro edema 
geloide, lipoesclerose nodular, hidrolipodistrofia ginoide, paniculopatia 
edemato-fibroesclerótica e paniculose (BACELAR; VIEIRA, 2006, p. 441).
A etiologia da celulite é considerada multifatorial, no entanto pode ser dividida em fatores: 
predisponentes, determinantes e condicionantes.
• Fatores predisponentes: são aqueles que possivelmente originam a celulite. Pode aparecer mais 
de um ao mesmo tempo, são eles: genético, idade, sexo e desequilíbrio hormonal.
— Genético: são fatores fornecidos pela presença de genes múltiplos com capacidade de 
expressão na pele do tecido celular subcutâneo de certas regiões, dependendo de uma aptidão 
individual à capacidade de resposta.
— Idade: com o passar dos anos há um aumento natural do tecido adiposo, sobretudo 
nas mulheres. Esse tecido adiposo excedente tende a se depositar nos braços, quadris, 
glúteos e coxas.
— Sexo e desequilíbrio hormonal: maior incidência nas mulheres, pois apresentam um número 
duas vezes maior de adipócitos do que os homens, além de estarem diretamente ligadas ao 
estrógeno, principal hormônio presente sobre fator do equilíbrio hormonal.
— Uma pessoa que tem fator predisponente para celulite também pode ser influenciada pelo 
meio, ou seja, por um fator determinante.
• Fatores determinantes: os principais fatores são:
— Sedentarismo: a falta de exercícios físicos reduz o consumo de energia pelo corpo, o que facilita 
as sobras alimentares que serão transformadas em gorduras. Também ocorre uma diminuição da 
massa magra seguida por um aumento da massa gorda, levando ao aumento da flacidez na pele.
— Maus hábitos alimentares: comer mais que o necessário, assim como dietas ricas em gorduras 
ou carboidratos ou maus hábitos alimentares (comer muito à noite e não comer de dia, por 
exemplo) aumentam a síntese e o armazenamento de gorduras, favorecendo a celulite.
— Constipação intestinal: quando o material fecal fica retido mais tempo nos intestinos, ocorre 
o crescimento das colônias de bactérias patogênicas e a redução das bactérias intestinais 
normais. As bactérias patogênicas geram a decomposição do material fecal e a liberação de 
substâncias tóxicas indesejáveis, levando à constipação.
152
Unidade IV
— Tabagismo: favorece o aparecimento de celulite ou o seu aumento, principalmente por alteração 
na microcirculação, diminuição da oxigenação tecidual e aumento da formação de radicais livres.
— Excesso de peso: também está correlacionado com o aparecimento de celulites; por esse 
motivo, manter um peso adequado, realizar uma alimentação balanceada e realizar atividade 
física regularmente garantem uma diminuição do aparecimento das celulites.
• Fatores condicionantes: são aqueles que, a partir de fatores predisponentes e determinantes, 
podem gerar percepções hemodinâmicas em locais que favorecem o aumento das celulites, 
podendo ser definidos com: aumento da pressão capilar, acúmulo de tecido adiposo, dificuldade 
de reabsorção linfática e aumento da permeabilidade capilar, com favorecimento da transudação 
linfática nos espaços intersticiais (SCHNEIDER, 2009).
A dieta tem como objetivo a redução do tecido adiposo, melhorar a função intestinal e diminuir a 
retenção hídrica. Deve ser rica em fibras, frutas e vegetais, cereais complexos (integrais). Perder peso 
também pode ser um aliado ao tratamento.
Quadro 18 – Alimentos que auxiliam no tratamento da celulite
Componentes da dieta Atuação Fonte
Fibras insolúveis
Fibras solúveis 
Atuam na prevenção de doenças intestinais como 
constipação, hemorroidas e câncer de colón
Contribuem na prevenção e no tratamento da 
obesidade e na regulação da glicemia
Cereais integrais, leguminosas, hortaliças 
com talos e frutas com casca
Prebióticos Ativam a microflora intestinal, favorecendo o bom funcionamento do intestino
Extraídos de vegetais como: raiz de 
chicória e batata yacon
Probióticos
Favorecem as funções gastrointestinais e atuam no 
crescimento das bactérias benéficas ao organismo 
(bifidobactérias e lactobacilos)
Leites fermentados, iogurte e outros 
produtos lácteos fermentados
Potássio Atua na regulação e equilíbrio dos líquidos corporais Damasco, uva passa, tâmara, verduras e legumescrus
Ferro Ajuda no combate à celulite por favorecer a oxigenação do sangue
Carnes, vísceras, gema de ovo, 
leguminosas, vegetais verde-escuros, açaí
Ômega-3 Melhora a circulação, auxilia no combate às reações inflamatórias e protege os vasos sanguíneos
Salmão, bacalhau, sardinha, atum e 
semente de linhaça
Fitoestrógenos Compostos bioativos - possuem propriedades semelhantes aos hormônios (estrogênio) Soja e derivados 
Polifenóis Protegem os vasos sanguíneos, combatem os radicais livres e auxiliam no combate a celulite
Frutas vermelhas arroxeadas conhecidas 
como berries, uvas, frutas cítricas, chá 
verde, romã
Chás desintoxicantes Auxiliam na queima de gordura corporal e amenizam a celulite. É diurético e eliminador de toxinas
Chá de salsa parrilha, de dente de leão, 
de alecrim e chá verde
Chás anticelulíticos
São diuréticos e ajudam a eliminar as toxinas
O ideal é diversificar, para que o organismo não crie 
hábitos e o chá deixe de fazer efeito
Chá de cavalinha, castanha da Índia e 
chá de menta, chá dente de leão, chá de 
limão, chá verde etc.
Hidratação Favorece as trocas celulares, o transporte de nutrientes pelo organismo e a destoxificação por meio da urina Água, sucos naturais etc.
Adaptado de: Schneider (2009).
153
NOÇÕES DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
Para combater a celulite, devemos evitar os seguintes alimentos:
• Doces: levam ao aumento da reserva de gordura, favorecendo o aparecimento da celulite.
• Gorduras: desencadeiam processos inflamatórios na pele e provocam um acúmulo de gordura.
• Cafeína: leva à desidratação do organismo. Quando em excesso, prejudica a circulação.
• Sódio: pode levar à retenção de líquidos, influenciando formação de celulite. O ideal é não 
consumir mais 2 g de sódio por dia (1 colher de chá). Leia os rótulos.
• Álcool: pode prejudicar a circulação sanguínea e causar retenção de líquidos. Além disso, o álcool 
é automaticamente transformado em gordura.
 Observação
A dieta adequada para prevenção da celulite deve ser rica em alimentos 
de baixo índice glicêmico, frutas, vegetais (ricos em fibras alimentares 
e prebióticos), leite e derivados (ricos em probióticos) e alimentos 
anti-inflamatórios e antioxidantes.
Alopecia
O cabelo é uma fibra morta que tem a função de proteger o couro cabeludo. É composto de queratina 
e proteínas, as quais têm a finalidade de mantê-lo macio e hidratado.
Conforme o tempo e diversos fatores, o cabelo passa por transformações causando danos físicos e 
químicos que comprometem a beleza dos fios.
A alopecia areata (AA) é uma afecção crônica dos folículos pilosos e 
das unhas, de etiologia desconhecida, provavelmente multifatorial com 
evidentes componentes autoimunes e genéticos. Determina queda 
dos cabelos e/ou pêlos, por interrupção de sua síntese, sem que ocorra 
destruição ou atrofia dos folículos, motivo pelo qual pode ser reversível 
(RIVITTI, 2005, p. 49).
O crescimento capilar é um processo complexo que envolve a atividade do folículo piloso e seu ciclo. 
Durante a fase anágena hiperproliferativa, o folículo piloso precisa de um equilíbrio fisiológico para que 
o ciclo capilar se mantenha normal e os fios cresçam saudáveis.
A perda de cabelos, ou alopecia, é uma consequência de alterações no folículo piloso. Se as alterações 
da matriz capilar forem transitórias e não destrutivas, ocorre um novo crescimento. Entretanto, se as 
154
Unidade IV
alterações provocarem a destruição da matriz, o resultado será a formação de escaras ou atrofia, que 
acaba por produzir alopecia permanente.
O número total de folículos no homem adulto fica em torno de cinco milhões, sendo que um milhão 
encontra-se na cabeça e cem mil no couro cabeludo. O pelo compõe-se de uma parte livre, a haste, e 
uma porção intradérmica, a raiz. Ele apresenta três diferentes tipos de células epiteliais de dentro para 
fora da haste pilosa: medular, cortical e a cutícula.
Os pelos cumprem um ciclo característico, em que se alternam períodos de crescimento e repouso. 
Eles não crescem de modo contínuo, estando sempre em constante modificação. As três fases de 
crescimento dos pelos são: 
1. Anágena: o período de crescimento do cabelo, sendo intensa a divisão celular – as células dentro 
da raiz são ativas e o novo cabelo é formado. Este processo permanecerá ativo por de dois a seis 
anos no couro cabeludo. Essa fase corresponde de 80 a 90% dos fios, com uma taxa média de 
crescimento de um centímetro por mês.
2. Catágena: um período de transição, com divisão celular menos intensa. Os pelos diminuem 
seu tamanho até um terço, ficam mais superficiais. Este ciclo tem lugar ao longo de duas a 
três semanas e corresponde a cerca de 1% dos fios. Encerra o crescimento e a raiz do cabelo se 
desprende da papila. 
3. Telógena: a fase de repouso e de eliminação, em que os fios estão mais superficiais. Duração de 
dois a três meses, corresponde de 10% a 20% dos fios. Nesta fase, o cabelo cai, sendo empurrado 
por um novo folículo que nasce no mesmo local.
O número médio de fios de cabelos está em torno de 100 a 150 mil, a média de perda diária é de 50 
a 100 fios nos adultos, e a de crescimento ao redor de 35 mm por dia. Os cabelos das mulheres crescem 
mais rápido do que os dos homens.
O enfraquecimento dos fios de cabelos leva à alopecia. Suas causas são determinadas por 
muitos fatores, os quais podem incluir fatores genéticos e hormonais que irão determinar os tipos 
diversos de alopecia.
Diversas causas podem levar à alopecia, como: algumas doenças autoimunes, de tipo lúpus ou 
crônicas, como a diabetes e o hipotireoidismo. Anemia e câncer também podem provocar a alopecia, 
mudanças hormonais bruscas, problemas emocionais e dietas rigorosas.
A alopecia pode ser classificada em congênita e hereditária (cicatriciais e não cicatriciais) e alopecias 
adquiridas (cicatriciais e não cicatriciais).
155
NOÇÕES DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
As principais etiopatogenias podem ser exemplificadas em:
• Cicatriciais:
— Por agentes físicos ou químicos.
— Infecciosas: fúngica, bacteriana viral e protozoária.
— Neoplasias: linfomas, tumores metastáticos e carcinomas.
Dermatoses de origem incerta ou síndromes clínicas: pseudopeleda de Brocq, foliculite dissecante, 
lúpus eritematosos e sarcoidose.
• Não cicatriciais:
―— Alopecia traumática: por pressão, tração e tricotilomania.
— Alopecia difusas ou eflúvio telógeno: hormonal, nutricional, estresse fisiológico, drogas e 
doenças cutâneas locais.
— Alopecia areata.
Alopecia androgênica
Queda de cabelo produzida pela ação dos hormônios andrógenos circulares. As duas principais causas 
da queda permanente dos cabelos são a hereditariedade e os hormônios masculinos. Ambos promovem 
a atrofia dos folículos (bulbos) capilares e aceleram a queda definitiva.
Alopecia areata
É uma doença caracterizada por uma queda de cabelo rápida, que normalmente ocorre na cabeça, 
mas que também pode acontecer em outras regiões do corpo que tenham pelos, como sobrancelha, 
barba, pernas e braços. 
Eflúvio telógeno
É a queda difusa de cabelos e pelos do corpo que acontece quando os folículos anágenos (fase 
de crescimento) passam prematuramente, para a fase de descanso (telógenos) devido a diversos 
fatores como: estresse, doença crônica, nutrição deficiente e/ou dieta deficiência de ferro, drogas e 
cirurgias (anestesia).
As três alopecias citadas anteriormente podem estar associadas às questões nutricionais. A deficiência 
de nutrientes retarda a fase de crescimento (anágena) e acelera a fase de descanso (telógena) levando 
à queda de cabelo.
156
Unidade IV
Alguns nutrientes fazem parte dos fios de cabelos, como: proteínas (alfa-queratina), ferro, cobre, 
zinco, iodo, aminoácidos, lipídios e água.
A ação da nutrição e dietética no sentido de identificar, prevenir e tratar a carência de deficiências 
nutricionais primárias ou secundárias estão relacionadas às unhas e aos cabelos, pois ambos são 
formados pelas proteínas fibrosas chamadas de queratina.
A queratina compõe a camada exterior da pelee do cabelo. Qualquer tipo de deficiência de 
macronutrientes, especialmente a proteína e micronutrientes (ferro, vitaminas do complexo B, zinco e 
outros) irão afetar as unhas e o cabelo.
De acordo com Schneider (2009) e Pujol (2011), as principais deficiências de nutrientes que 
promovem a queda dos cabelos são:
• Proteínas: as proteínas do cabelo têm a forma espiralada (alfa-queratina) que dá sustentação 
ao cabelo, a qual fica imersa na matriz que é composta por células proteicas ricas em tirosina e 
pelas ligações químicas de hidrogênio. Pontes dissulfeto (S–S) e ligações iônicas, são responsáveis 
pela estabilidade estrutural, pela forma do cabelo e pela resistência mecânica dos fios. Cerca de 
88% dos cabelos são compostos por proteínas, sendo que 27% dos aminoácidos que formam 
a estrutura da proteína dos cabelos são compostos pelos aminoácidos essenciais (fenilalanina, 
isoleucina, triptofano, metionina, leucina, valina, lisina e treonina) – uma deficiência nesses 
aminoácidos leva à diminuição da velocidade de crescimento dos cabelos com afinamento dos 
cabelos e influência na diferenciação dos cabelos.
• Aminoácido cistina e cisteína: queratina é principal proteína do cabelo que tem a forma 
tridimensional de a-hélice (alfa-queratina), constituída de cerca de 15 aminoácidos, sendo os 
aminoácidos sulfurados (cisteína e cistina) os mais importantes pois atuam construção dos fios, 
que ajudam no desenvolvimento das cabelos e também contra a queda capilar. Cerca de 15% da 
proteína queratina é composta pelos aminoácidos cisteína e cistina, sendo importantes também 
para a pele e cabelo. Fontes alimentares: carne bovina, clara de ovo, peixe, carne suína, oleaginosas, 
leguminosas, leite e derivados.
• Colágeno hidrolisado: encontra-se na estrutura dos tecidos conjuntivos, cartilaginosos e 
fibrosos, como pele, ossos, tendões, dentes, vasos sanguíneos, unhas, cabelos etc. O colágeno 
hidrolisado associado com os aminoácidos sulfurados e com o silício tem demonstrado benefícios 
ao cabelo como: estímulo ao crescimento e desenvolvimento dos fios com maior diâmetro. Fontes 
alimentares de colágeno: gelatina e carnes, ossos, cartilagens, tendões de carne, frango e peixe, 
geleia de mocotó. Fontes alimentares trigo, aveia, arroz, banana e feijão.
• Zinco: é um fator de crescimento e desenvolvimento do cabelo. Sua deficiência pode causar 
cabelos finos, quebradiços, sem brilho e avermelhado. No tratamento da alopecia o zinco também 
é utilizado com a finalidade de atuar na síntese das proteínas e na conversão dos hormônios 
tireoidianos, sendo a alteração desses uma das causas de alopecia. Fontes alimentares: carnes 
157
NOÇÕES DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
bovinas, de frango e peixe, camarão, ostras, fígado, grãos integrais, castanhas, cereais, legumes e 
tubérculos, leite e derivados, ostras, marisco, cereais, nozes e feijão.
• Ferro: é um mineral importante para a saúde do cabelo, pois sua deficiência, mesmo na ausência 
da anemia, está associada à queda difusa de cabelos. Como diagnóstico e tratamento da queda de 
cabelos, frequentemente solicitam-se exames bioquímicos com ferritina, ferro sérico e hemograma. 
Manter os níveis de ferro auxilia na prevenção de queda de cabelo (eflúvio telógeno) e evita que 
ocorra o comprometimento da barreira capilar. Fontes alimentares: carne bovina, vísceras, feijão, 
beterraba, vegetais verde-escuros.
• Biotina: é importante para o desenvolvimento do folículo piloso. Sua deficiência causa alopecia 
difusa e despigmentação dos cabelos. A biotina tem propriedade antioxidante, e atua na saúde da 
pele, dos cabelos e do sistema nervoso. A ingestão excessiva de álcool, café, ovo cru e antibióticos 
compromete os níveis de biotina e sua absorção no organismo. Fontes alimentares: ovos inteiros, 
fígado bovino, fígado de porco, rim bovino e fígado de galinha.
• Vitamina B12: responsável pela ativação da síntese da queratina, promove a formação do 
caroteno, que é encarregado do crescimento, resistência e fortalecimento dos fios, do cabelo 
e das unhas. A deficiência da B12 gera um quadro de alopecia, engrisalhamento precoce, 
ressecamento cutâneo e fragilidade das unhas. O baixo consumo de vegetais, excesso de café, 
laxantes e antibióticos contribuem para sua deficiência. Fontes alimentares: alimentos de 
origem animal como: carnes em geral, fígado, ovos, peixes, produtos lácteos.
• Selênio: mantém integridade de unhas e cabelos. Sua falta causa perda de cabelo e deixa as unhas 
frágeis e sujeitas a fungos. Como mineral antioxidante previne os danos aos folículos capilares 
causados pela poluição e raios UV. O selênio é utilizado no tratamento de caspa e seborreia e 
associado à higiene da parte córnea do couro cabeludo. Sua deficiência pode causar clareamento 
dos cabelos e miopatia, entretanto, com uma suplementação adequada existe a possibilidade 
da recuperação da cor dos cabelos e cura da miopatia. Fontes alimentares: castanha do Pará 
(principal fonte), cogumelos, frutos do mar, fígado, leveduras, cereais e espécies crucíferas como 
mostarda, repolho, brócolis e couve-flor.
• Água: importante para o cabelo e pele. A cutícula do fio dos cabelos tem a função 
importante na retenção de água no cabelo, sendo que os aminoácidos sãos responsáveis por 
hidratar a cutícula. As características de um cabelo sem hidratação são a falta de brilho e o 
ressecamento dos fios.
O cabelo, além de ser um adorno, tem a função de proteger a cabeça dos raios solares, o que é feito 
através da melanina presente nele, a qual é também responsável pela sua coloração. Os nutrientes 
citados anteriormente são elementos importantes na síntese e na qualidade da fibra capilar e podem 
ser obtidos de forma geral através de uma alimentação rica e diversificada enfatizando as proteínas e 
outros micronutrientes que atuam em conjunto.
158
Unidade IV
 Saiba mais
Para conhecer mais sobre o assunto, leia:
BRENNER, F. M.; SEIDEL, G.; HEPP, T. Entendendo a alopecia 
androgenética, Surg. Cosmet. Dermatol., Rio de Janeiro, v. 3, n. 4, p. 329-337, 
2011. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/2655/265522077008.
pdf. Acesso em: 7 set. 2020.
8 ALIMENTOS FUNCIONAIS
Os alimentos funcionais são aqueles que, ao serem consumidos nas dietas, além de prover suas 
funções nutricionais, produzem alguns efeitos metabólicos e fisiológicos no organismo. Estes é que vêm 
sendo estudados, principalmente nas patologias, como em casos de câncer, diabetes, hipertensão, mal de 
Alzheimer, doenças ósseas, cardiovasculares, inflamatórias e intestinais. Para que os alimentos funcionais 
sejam eficazes, é preciso que seu uso seja regular e também que isso esteja associado ao aumento da 
ingestão de frutas, verduras, cereais integrais, carne, bebida de soja e alimentos ricos em ômega-3.
Na década de 1980, vigorosamente ligada à cultura alimentar oriental, quando a população acreditava 
no poder terapêutico da combinação de uma dieta balanceada e do poder das ervas, pesquisas apoiadas 
pelo governo japonês mostravam as potencialidades de alguns alimentos influenciarem as funções 
fisiológicas humanas. Como consequência desses resultados, o Ministério da Saúde e Bem-estar japonês 
estabeleceu uma categoria de alimentos para o uso dietético especial, que podiam associar o seu consumo 
a alguns efeitos benéficos de saúde em sua rotulagem. Esses alimentos foram denominados “foods for 
specified health use”, comumente conhecidos como FOSHU e definidos como qualquer alimento que 
cumpra a função de causar um impacto positivo na saúde, aumentar o desempenho físico ou melhorar 
o estado mental de um indivíduo, além da adição do seu valor nutritivo.
Mas para poder descrever essas alegações nos rótulos dos produtos, os fabricantes necessitavam 
passar por uma análise e aprovação governamental, devendo atender a diversas exigências. Estas 
descrevem que o consumo do alimento deve exercer um efeito melhorador ou regulador de algum 
processo biológico ou mecanismo de prevenção a uma doença específica; ser um ingredienteou alimento 
convencional (não comprimidos ou cápsulas) e ser consumido como integrante de uma dieta normal.
Na mesma época, a FDA permitia alegações de “redução de risco de doenças” em alimentos que 
contivessem evidência objetiva, comprovada publicamente e aceita por especialistas de correlações 
entre os nutrientes ou alimentos de uma dieta e os efeitos propostos.
Em 1998 já havia onze correlações aprovadas entre os alimentos ou seus componentes e o controle 
de doenças, por exemplo, dietas com alto teor de cálcio e redução de osteoporose; baixo teor de gorduras 
saturadas, colesterol ou gordura; poliálcool e redução de cárie dentária; fibras solúveis e redução de 
doenças coronárias.
159
NOÇÕES DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
Com a disseminação de informações sobre esses alimentos nos últimos anos, os termos “alimentos funcionais”, 
“nutracêuticos”, “farmaconutrientes” ou “integradores dietéticos” passam a ser utilizados indiscriminadamente, 
tanto no meio científico como no mercadológico e pela população em geral, para fazer referência a esse 
novo tipo de alimento. A FDA, nos Estados Unidos, possui uma categoria de produtos alimentícios similares à 
dos nutracêuticos no Canadá, a qual é denominada “alimento medicinal (medical food)”, definido como um 
alimento formulado para ser consumido ou administrado sob a supervisão de um médico, com o objetivo de 
promover uma dieta específica para uma doença ou condição para a qual necessidades nutricionais distintas, 
baseadas em princípios científicos reconhecidos, são estabelecidas após uma avaliação médica.
Apesar de serem considerados alimentos, e sujeitos às mesmas normatizações dos convencionais, 
eles não possuem os requisitos legais de rotulagem referentes às alegações nutricionais ou de saúde. 
Os alimentos funcionais diferem dos nutracêuticos por serem formulados e processados para a 
alimentação parcial ou exclusiva de pacientes via oral ou enteral, que, devido a problemas terapêuticos 
ou de saúde, não têm condições normais de metabolização de uma dieta tradicional. Já em relação aos 
alimentos funcionais, os Estados Unidos não possuem uma definição específica ou regulamentação 
para eles, que são regulados no mesmo contexto dos alimentos convencionais pela FDA.
No entanto, a organização estabeleceu três categorias de alegações relacionadas às propriedades 
funcionais dos alimentos, referentes à saúde, ao conteúdo de nutrientes e à estrutura ou funcionalidade.
As alegações de saúde descrevem a relação entre um alimento, um componente dele ou um ingrediente 
de um suplemento dietético e a redução do risco de uma doença ou condição relacionada à saúde. Para 
poder apresentar essa alegação, é fundamental a existência de um componente específico relacionado ao 
controle de uma doença; afirmações sobre o papel de categorias genéricas, tais como frutas ou vegetais, 
sobre a saúde não são consideradas alegações de saúde, mas, sim, de orientação dietética. As alegações de 
conteúdo de nutrientes se referem à apresentação do teor de substâncias dietéticas ou nutrientes de um 
produto em si ou comparado a outro alimento, através de termos como “livre de”, “alto” e “baixo” ou 
“mais”, “reduzido” etc. Essas alegações só podem ser utilizadas para aqueles nutrientes ou substâncias 
dietéticas que possuam um valor estabelecido para a dose diária.
As alegações de estrutura ou funcionalidade referem-se ao papel de 
nutrientes ou ingredientes dietéticos que afetam a estrutura normal 
ou funcional do corpo, como, por exemplo, quando se diz que cálcio é 
importante para o desenvolvimento de ossos fortes. Essas alegações também 
podem caracterizar como o componente atua sobre uma determinada 
função, como afirmar que fibras mantêm a regularidade do intestino ou 
antioxidantes mantêm a integridade celular. Esse mesmo tipo de alegação 
permite descrever um benefício relacionado a uma doença causada pela 
deficiência de um determinado nutriente, desde que seja informada a 
importância dessa doença. Podemos citar como exemplo o escorbuto, 
causado pela falta de vitamina C. Isso nos Estados Unidos. No Brasil, a 
situação da regulamentação de alimentos é ainda mais complexa do que 
em outros países do mundo (DUARTE, 2019, p. 72).
160
Unidade IV
Segundo a Portaria n. 398/1999, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da 
Saúde, podemos definir alimento funcional como: “alimento ou ingrediente que além das funções 
nutricionais básicas, quando consumido como parte de uma dieta habitual, possui efeitos metabólicos 
e/ou fisiológicos e/ou benéficos à saúde, devendo ser seguro para consumo em supervisão médica”.
A Portaria SVS/MS n. 811/2013, do Ministério da Saúde, cita como compostos bioativos presente 
em alimentos com alegação de propriedade funcional: ômega-3, licopeno, luteína, zeaxantina, fibras 
alimentares: beta-glucana, dextrina resistente, frutooligossacarídeo (FOS), goma guar parcialmente 
hidrolisada, inulina, lactulose, polidextrose, psillium e quitosana; fitoesterois, polióis (manitol, xilitol 
e sorbitol), e cepas de probióticos que incluem Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus casei shirota, 
Lactobacillus casei variedade rhamnosus, Lactobacillus casei variedade defensis, Lactobacillus paracasei, 
Lactococcus lactis, Bifidobacterium bifidum, Bifidobacterium animallis (incluindo a subespecie B. lactis), 
Bifidobacterium longum e Enterococcus faecium e proteína de soja.
A seguir, temos o resumo das alegações aprovadas pela Anvisa em relação aos alimentos funcionais.
Ácidos graxos
Quadro 19 – Alegações de propriedade funcional 
de ácidos graxos aprovadas pela Anvisa
Ômega-3
Alegação
Auxilia na manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos, desde que associado a uma alimentação equilibrada e 
hábitos de vida saudáveis.
Requisitos específicos
Esta alegação somente deve ser utilizada para os ácidos graxos ômega-3 de cadeia longa provenientes de óleos de 
peixe (EPA – ácido eicosapentaenoico e DHA – ácido docosahexaenoico).
O produto deve apresentar no mínimo 0,1 g de EPA e/ou DHA na porção ou em 100 g ou 100 ml do produto 
pronto para o consumo, caso a porção seja superior a 100 g ou 100 ml.
Os processos devem apresentar laudo de análise, utilizando metodologia reconhecida, com o teor dos 
contaminantes inorgânicos em ppm: mercúrio, chumbo, cádmio e arsênio. Utilizar como referência o 
Decreto n. 55.871/65 (ANVISA, 1965), categoria de outros alimentos.
No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos anteriormente 
mencionados devem ser atendidos conforme recomendação diária do produto pronto para o consumo conforme 
indicação do fabricante.
A tabela de informação nutricional deve conter os três tipos de gorduras: saturadas, monoinsaturadas e 
poli-insaturadas, discriminando abaixo das poli-insaturadas o conteúdo de ômega-3 (EPA e DHA).
No rótulo do produto deve ser incluída a advertência em destaque:
“Pessoas que apresentem doenças ou alterações fisiológicas, mulheres grávidas ou amamentando (nutrizes) 
deverão consultar o médico antes de usar o produto”.
Adaptado de: Anvisa (2014).
161
NOÇÕES DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
Carotenoides
Quadro 20 – Alegações de propriedade funcional 
de carotenoides aprovadas pela Anvisa
Licopeno
Alegação
Tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Seu consumo deve estar associado a uma 
alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.
Requisitos específicos
A quantidade de licopeno contida na porção do produto pronto para consumo deve ser declarada no rótulo, 
próximo à alegação.
No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, deve-se declarar a quantidade na 
recomendação diária do produto pronto para o consumo conforme indicação do fabricante.
Apresentar o processo detalhado de obtenção e padronização da substância, incluindo solventes e outros 
compostos utilizados.
Apresentar laudo com o teor do(s) resíduo(s) do(s) solvente(s) utilizado(s).
Apresentar laudocom o grau de pureza do produto.
Luteína
Alegação
Tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Seu consumo deve estar associado a uma 
alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.
Requisitos específicos
A quantidade de luteína contida na porção do produto pronto para consumo deve ser declarada no rótulo, 
próximo à alegação.
No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, deve-se declarar a quantidade na 
recomendação diária do produto pronto para o consumo conforme indicação do fabricante.
Apresentar o processo detalhado de obtenção e padronização da substância, incluindo solventes e outros 
compostos utilizados.
Apresentar laudo com o teor do(s) resíduo(s) do(s) solvente(s) utilizado(s).
Apresentar laudo com o grau de pureza do produto.
Zeaxantina
Alegação
Tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Seu consumo deve estar associado a uma 
alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.
Requisitos específicos
A quantidade de zeaxantina contida na porção do produto pronto para consumo deve ser declarada no rótulo, 
próximo à alegação.
No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, deve-se declarar a quantidade na 
recomendação diária do produto pronto para o consumo conforme indicação do fabricante.
Apresentar o processo detalhado de obtenção e padronização da substância, incluindo solventes e outros 
compostos utilizados.
Adaptado de: Anvisa (2014).
162
Unidade IV
Fibras alimentares
Quadro 21 – Alegações de propriedade funcional 
de fibras alimentares aprovadas pela Anvisa
Fibras alimentares
Alegação
Auxiliam no funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e 
hábitos de vida saudáveis.
Requisitos específicos
Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3 g de 
fibras se o alimento for sólido ou 1,5 g se for líquido.
Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de fibras alimentares.
No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, esses requisitos devem ser 
atendidos na recomendação diária do produto pronto para o consumo conforme indicação do fabricante.
Quando apresentadas isoladas em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em 
destaque e em negrito, deve constar no rótulo do produto:
“O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.
Beta-glucana
Alegação
Auxilia na redução da absorção de colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e 
hábitos de vida saudáveis.
Requisitos específicos
Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3 g 
de beta-glucana se o alimento for sólido ou 1,5 g se for líquido; aprovado para a beta-glucana presente na aveia.
Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de beta-glucana, abaixo de “fibras 
alimentares”.
Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em 
destaque e em negrito, deve constar no rótulo do produto:
“O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.
Dextrina resistente
Alegação
Auxilia no funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e 
hábitos de vida saudáveis.
Requisitos específicos
Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3 g de 
dextrina resistente se o alimento for sólido ou 1,5 g se for líquido.
No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos devem ser atendidos 
na recomendação diária do produto pronto para o consumo conforme indicação do fabricante.
O uso do ingrediente não deve ultrapassar 30 g da recomendação diária do produto pronto para consumo, 
conforme indicação do fabricante.
Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de dextrina resistente abaixo de “fibras 
alimentares”.
Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em 
destaque, deve constar no rótulo do produto:
“O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.
163
NOÇÕES DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
Frutooligossacarídeo – FOS
Alegação
Contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e 
hábitos de vida saudáveis.
Requisitos específicos
Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3 g de 
FOS se o alimento for sólido ou 1,5 g se for líquido.
No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos devem ser atendidos 
na recomendação diária do produto pronto para o consumo conforme indicação do fabricante.
Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de frutooligossacarídeo abaixo de “fibras 
alimentares”.
O uso do ingrediente não deve ultrapassar 30 g da recomendação diária do produto pronto para consumo, 
conforme indicação do fabricante.
Quando apresentado isolado em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em 
destaque, deve constar no rótulo do produto:
“O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.
Goma guar parcialmente hidrolisada
Alegação
Auxilia no funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e 
hábitos de vida saudáveis.
Requisitos específicos
Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3 g de 
goma guar parcialmente hidrolisada se o alimento for sólido ou 1,5 g se for líquido.
No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos devem ser atendidos 
na recomendação diária do produto pronto para o consumo conforme indicação do fabricante; aprovado apenas 
para a goma guar parcialmente hidrolisada obtida da espécie vegetal.
Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade abaixo de “fibras alimentares”.
Caso o produto seja comercializado na forma isolada, em sachê ou pó, por exemplo, a empresa deve informar no 
rótulo a quantidade mínima de líquido em que o produto deve ser dissolvido.
Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em 
destaque, deve constar no rótulo do produto:
“O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.
Inulina
Alegação
Contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e 
hábitos de vida saudáveis.
Requisitos específicos
Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3 g de 
inulina se o alimento for sólido ou 1,5 g se for líquido.
No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos devem ser atendidos 
na recomendação diária do produto pronto para o consumo conforme indicação do fabricante.
Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade abaixo de “fibras alimentares”.
O uso do ingrediente não deve ultrapassar 30 g da recomendação diária do produto pronto para consumo 
conforme indicação do fabricante.
Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em 
destaque, deve constar no rótulo do produto:
“O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.
164
Unidade IV
Lactulose
Alegação
Auxilia no funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e 
hábitos de vida saudáveis.
Requisitos específicos
Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3 g de 
lactulose se o alimento for sólidoou 1,5 g se for líquido.
No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos devem ser atendidos 
na recomendação diária do produto pronto para o consumo conforme indicação do fabricante.
Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de lactulose abaixo de “fibras alimentares”.
Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em 
destaque, deve constar no rótulo do produto:
“O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.
Polidextrose
Alegação
Auxilia no funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e 
hábitos de vida saudáveis.
Requisitos específicos
Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3 g de 
polidextrose se o alimento for sólido ou 1,5 g se for líquido.
No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos devem ser atendidos 
na recomendação diária do produto pronto para o consumo conforme indicação do fabricante.
Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de polidextrose abaixo de “fibras 
alimentares”.
Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em 
destaque, deve constar no rótulo do produto:
“O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.
Psillium ou psyllium
Alegação
Auxilia na redução da absorção de gordura. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e 
hábitos de vida saudáveis.
Requisitos específicos
Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção diária do produto pronto para consumo forneça no mínimo 
3 g de psillium se o alimento for sólido ou 1,5 g se for líquido.
No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos devem ser atendidos 
na recomendação diária do produto pronto para o consumo conforme indicação do fabricante.
A única espécie já avaliada é o da Plantago ovata. Qualquer outra espécie deve ser avaliada quanto à segurança 
de uso.
Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a sua quantidade abaixo de “fibras alimentares”.
Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em 
destaque, deve constar no rótulo do produto:
“O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.
Quitosana
Alegação
Auxilia na redução da absorção de gordura e colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação 
equilibrada e hábitos de vida saudáveis.
165
NOÇÕES DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
Quitosana
Requisitos específicos
Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3 g de 
quitosana se o alimento for sólido ou 1,5 g se for líquido.
No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos devem ser atendidos 
na recomendação diária do produto pronto para o consumo conforme indicação do fabricante.
Os processos devem apresentar laudo de análise, utilizando metodologia reconhecida, com o teor dos 
contaminantes inorgânicos em ppm: mercúrio, chumbo, cádmio e arsênio. Utilizar como referência o 
Decreto n. 55.871/1965 (ANVISA, 1965), categoria de outros alimentos.
Deve ser apresentado laudo de análise com a composição físico-química, incluindo o teor de fibras e de cinzas.
Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a sua quantidade abaixo de “fibras alimentares”.
No rótulo deve constar a seguinte frase de advertência, em destaque:
“Pessoas alérgicas a peixes e crustáceos devem evitar o consumo deste produto”.
Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em 
destaque, também deve constar no rótulo do produto:
“O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.
Adaptado de: Anvisa (2014).
Fitoesteróis
Quadro 22 – Alegações de propriedade funcional de 
fitoesteróis aprovadas pela Anvisa
Fitoesteróis
Alegação
Auxiliam na redução da absorção de colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada 
e hábitos de vida saudáveis.
Requisitos específicos
A porção do produto pronto para consumo deve fornecer no mínimo 0,8 g de fitoesteróis livres. Quantidades 
inferiores poderão ser utilizadas desde que comprovadas na matriz alimentar.
A recomendação diária do produto, que deve estar entre 1 a 3 porções/dia, deve garantir a ingestão entre 1 a 3 
gramas de fitoesteróis livres por dia.
Na designação do produto deve ser incluída a informação “… com fitoesteróis”.
A sua quantidade contida na porção do produto pronto para consumo deve ser declarada no rótulo, próximo à 
“alegação”.
Os fitoesteróis referem-se tanto aos esteróis e estanóis livres quanto aos esterificados. Deve-se apresentar o 
processo detalhado de obtenção e padronização da substância, incluindo solventes e outros compostos utilizados.
Apresentar laudo com o teor do(s) resíduo(s) do(s) solvente(s) utilizado(s).
Apresentar laudo com o grau de pureza do produto e a caracterização dos fitoesteróis/fitoestanóis presentes.
No rótulo devem constar as seguintes frases de advertência, em destaque:
“Pessoas com níveis elevados de colesterol devem procurar orientação médica”.
“Os fitoesteróis não fornecem benefícios adicionais quando consumidos acima de 3 g/dia”.
“O produto não é adequado para crianças abaixo de cinco anos, gestantes e lactentes”.
Adaptado de: Anvisa (2014).
166
Unidade IV
Probióticos
Quadro 23 – Alegações de propriedade funcional 
de probióticos aprovadas pela Anvisa
Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus casei shirota, Lactobacillus casei variedade rhamnosus, 
Lactobacillus casei variedade defensis, Lactobacillus paracasei, Lactococcus lactis, Bifidobacterium 
bifidum, Bifidobacterium animallis (incluindo a subespécie B. lactis), Bifidobacterium longum, 
Enterococcus faecium
Alegação
O probiótico (indicar a espécie do microrganismo) contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve 
estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.
Requisitos específicos
A quantidade mínima viável para os probióticos deve estar situada na faixa de 108 a 109 unidades formadoras 
de colônias (UFC), na recomendação diária do produto pronto para o consumo conforme indicação do fabricante. 
Valores menores podem ser aceitos, desde que a empresa comprove sua eficácia.
A documentação referente à comprovação de eficácia deve incluir laudo de análise do produto que comprove 
a quantidade mínima viável do microrganismo até o final do prazo de validade e teste de resistência da cultura 
utilizada no produto à acidez gástrica e aos sais biliares.
A quantidade do probiótico em UFC, contida na recomendação diária do produto pronto para consumo, deve ser 
declarada no rótulo, próximo à “alegação”.
Os microrganismos Lactobacillus delbrueckii (subespécie bulgaricus) e Streptococcus salivarius (subespécie 
thermophillus) foram retirados da lista tendo em vista que, além de serem espécies necessárias para produção de 
iogurte, não possuem efeito probiótico cientificamente comprovado.
Adaptado de: Anvisa (2014).
As alegações funcionais consistem na manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos, ação 
antioxidante que protege as células contra os radicais livres, além de auxiliar no funcionamento 
intestinal, no equilíbrio da flora intestinal, na redução da absorção de gorduras e colesterol – sempre 
enfatizando que o consumo desses compostos deve estar associado a uma alimentação equilibrada e a 
hábitos de vida saudáveis (VIZZOTTO; KROLOW; TEIXEIRA, 2010).
O conceito de alimentos funcionais está intimamente relacionado ao conceito de nutracêuticos, o 
que leva a indústria farmacêutica e cosmética a atuar de forma imponente nesse cenário da nutrição e 
estética, estimulando a ingestão de compostos bioativos naforma de cápsulas com fins estéticos, tendo 
em vista que muitas das alegações funcionais contribuem com a redução dos distúrbios estéticos; por 
exemplo, o ômega-3 no caso de acne e celulite (COZZOLINO, 2016).
 Saiba mais
Para saber mais sobre o assunto, leia:
GUPTA, P. K.; MITAL, B. K.; GARG, S. K. Preparation and evaluation of 
acidophilus yogurt. Journal of Food Science and Technology, Mysore, v. 34, 
n. 2, p. 168-170, 1997.
167
NOÇÕES DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
 Lembrete
A linhaça (Linum usitatissimum) é a maior fonte de ácidos graxo 
ômega-3 do Reino Vegetal. É estudada como uma possível aliada na 
redução de risco de doenças crônicas não transmissíveis (DNCT).
 Resumo
Nesta unidade foram discutidas as principais enfermidades e 
situações estéticas que podem levar aos distúrbios na pele, cabelo, unha, 
envelhecimento precoce. Entre os fatores ambientais que atuam de forma 
negativa, podemos citar: estilo de vida, hábitos alimentares, tabagismo, 
sedentarismo e ganho de peso. Para o tratamento da acne, celulite e 
alopecia foram discutidas a importância do ômega-3 na diminuição da 
inflamação e na prevenção de hiperqueratinização dos folículos sebáceos 
e da redução do risco de acne. O zinco ajuda a reduzir a produção de sebo, 
as vitaminas A e B6 atuam na manutenção da pele e na queda do cabelo 
através da regulação dos hormônios andrógenos.
Também foi apontada a importância dos alimentos antioxidantes, 
anti-inflamatórios e o consumo de alimentos de baixo IG no tratamento 
estético. Esses alimentos funcionam para proteger as células dos radicais 
livres, na formação de tecidos e na prevenção da flacidez e do envelhecimento 
precoce. Em todos os tratamentos descritos, foi mostrada a importância das 
proteínas e dos aminoácidos essenciais, como a cistina, que atua na construção 
dos fios de cabelo, unha e que ajudam no desenvolvimento e na síntese de 
novos tecidos agindo para garantir a sustentação e a elasticidade dos tecidos.
Ao final, foi apresentada a importância dos alimentos funcionais que 
produzem efeitos benéficos à saúde, além de suas funções nutricionais 
básicas, podendo desempenhar um papel potencialmente benéfico na 
redução do risco de doenças crônicas degenerativas, como câncer e diabetes, 
entre outras. Para que seus benefícios sejam alcançados, é necessário que 
seu consumo seja regular. A maioria dos estudos apontam vegetais, frutas 
e cereais integrais como os principais alimentos que contêm grande parte 
dos componentes ativos presentes nos alimentos funcionais. Portanto, 
esperamos ter contribuindo para o entendimento do que é uma alimentação 
equilibrada e adequada em nutrientes e de como ela pode ser utilizada 
como tratamento complementar a técnica utilizada pelo profissional da 
Estética e Cosmética.
168
Unidade IV
 Exercícios
Questão 1. (Enade 2019, adaptada) Durante a gestação, a mulher experiencia modificações 
fisiológicas e emocionais importantes, uma vez que o corpo materno se ajusta para possibilitar o 
crescimento do bebê.
Com relação às alterações estéticas que acontecem durante a gravidez, avalie as afirmações a seguir.
I – A oleosidade cutânea e a acne são alterações que surgem devido ao aumento da produção 
de sebo pelas glândulas sebáceas e de suor pelas glândulas sudoríparas, que, juntas, formam o 
manto hidrolipídico.
II – O surgimento de melasma gestacional se deve ao aumento da progesterona e da relaxina, que, 
juntas, elevam a produção de melanina.
III – O edema, frequente no período gestacional, decorre de fatores hormonais próprios desse período 
e também da compressão da veia cava inferior pelo volume do útero gravídico.
IV – As estrias são decorrentes de alterações hormonais e do estiramento da pele, e, inicialmente, são 
vermelhas ou arroxeadas.
É correto o que se afirma em:
A) I e II, apenas.
B) I e III, apenas.
C) II e IV, apenas.
D) III e IV, apenas.
E) I, II, III e IV.
Resposta correta: alternativa D.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa incorreta.
Justificativa: a oleosidade na pele e a acne na gravidez surgem pelo aumento dos níveis de 
progesterona – as alterações de hormônios sexuais são as causadoras da acne gestacional.
169
NOÇÕES DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa: a relaxina não está relacionada com o melasma gestacional. O melasma caracteriza-se 
pela hiperpigmentação melânica irregular, sendo a luz solar, a predisposição genética e as influências 
hormonais fatores etiológicos importantes.
III – Afirmativa correta.
Justificativa: o edema na gravidez ocorre por fatores hormonais (que aumentam a elasticidade das 
veias) e pela compressão da veia cava inferior pelo útero.
IV – Afirmativa correta.
Justificativa: as estrias gravídicas estão associadas com a modificação hormonal que ocorre na 
gestação, e se desenvolvem quando há estiramento da pele. No início são avermelhadas, evoluem para 
nacaradas, e se tornam esbranquiçadas.
Questão 2. (Enade 2016, adaptada) Um esteticista é procurado por uma cliente de pele negra que 
deseja a suavização de algumas rugas da face e não quer se submeter a processos agressivos. O profissional 
sugeriu-lhe um plano de tratamento com a realização de peeling químico superficial com ácido glicólico 
10%. Considerando essa situação, avalie as afirmativas a seguir e a relação proposta entre elas.
I – A proposta de aplicação do ácido glicólico 10%, feita pelo esteticista, adequa-se à expectativa da 
cliente por ser um procedimento menos agressivo e indicado a esse fototipo cutâneo.
PORQUE
II – O uso do ácido glicólico 10%, bem como de outras formas de peelings não profundos, contribui 
para a eliminação das camadas mais superficiais da epiderme e, assim, estimula a renovação celular e a 
suavização das rugas.
A respeito dessas afirmativas, assinale a opção correta.
A) I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
B) I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
C) I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
D) I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
E) I e II são proposições falsas.
Resposta correta: alternativa D.
170
Unidade IV
Análise das afirmativas
I – Afirmativa incorreta.
Justificativa: o ácido glicólico não deve ser aplicado em peles com fototipo acima do nível III 
(classificação de Fitzpatrick de tipos de pele). O ácido glicólico pode fotossensibilizar a pele e agravar o dano.
II – Afirmativa correta.
Justificativa: o ácido glicólico é um alfa-hidroxiácido extraído da cana-de-açúcar que pode favorecer 
a biossíntese de glicosaminoglicanas dérmicas e outras substâncias responsáveis pela diminuição de 
rugas finas. O peeling com ácido glicólico ocasiona uma leve descamação da pele e promove o efeito de 
renovação celular.
171
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 2
PALERMO, J. R. Bioquímica da nutrição. São Paulo: Atheneu, 2014. Adaptada.
Figura 3
PALERMO, J. R. Bioquímica da nutrição. São Paulo: Atheneu, 2014. p. 75.
Figura 4
PALERMO, J. R. Bioquímica da nutrição. São Paulo: Atheneu, 2014. Adaptada.
Figura 6
PALERMO, J. R. Bioquímica da nutrição. São Paulo: Atheneu, 2014. p. 95.
Figura 8
MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, R., J. L. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. 13. ed. Elsevier: 
Barcelona, 2012. p. 392.
Figura 9
PHILIPPI, S. Pirâmide dos alimentos: fundamentos básicos da nutrição. Barueri: Manole, 2014. p. 19.
Figura 10
ALMEIDA, J. C. et al. Revisão sistemática de dietas de emagrecimento: papel dos componentes 
dietéticos. Arq. Bras. Endocrinol. Metab., São Paulo, v. 53, n.5, p. 663-687, 2009. Disponível em: http://
www.scielo.br/pdf/abem/v53n5/20.pdf. Acesso em: 25 set. 2020. Adaptada.
Figura 11
MUSSOI, T, D. Avaliação nutricional na prática clínica: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2019. p. 83.
Figura 12
A) LOPES, A. L.; RIBEIRO, G. S. Antropometria aplicada à saúde e ao desempenho esportivo: uma 
abordagem a partir da metodologia ISAK. Riode Janeiro: Rubio, 2014. p. 80.
172
B) LOPES, A. L.; RIBEIRO, G. S. Antropometria aplicada à saúde e ao desempenho esportivo: uma 
abordagem a partir da metodologia ISAK. Rio de Janeiro: Rubio, 2014. p. 80.
Figura 13
MUSSOI, T. D. Avaliação nutricional na prática clínica: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2019. p. 104.
Figura 14
MUSSOI, T. D. Avaliação nutricional na prática clínica: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2019. p. 105.
Figura 15
MUSSOI, T. D. Avaliação nutricional na prática clínica: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2019. p. 105.
Figura 16
MUSSOI, T. D. Avaliação nutricional na prática clínica: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2019. p. 106.
REFERÊNCIAS
Textuais
ALMEIDA, J. C. et al. Revisão sistemática de dietas de emagrecimento: papel dos componentes 
dietéticos. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, São Paulo, v. 53, n. 5, p. 663-687, 
2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abem/v53n5/20.pdf. Acesso em: 20 jan. 2020.
ALMEIDA, P. A.; PIRES, C. M. R. A importância do treinamento intervalado em programas de redução 
de peso e melhoria da composição corporal. Revista Digital Buenos Aires, ano 13, n. 119, abr. 2008. 
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173
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174
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