Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
O sistema digestório contribui para a homeostasia do corpo ao fragmentar alimentos em substâncias menores que podem ser absorvidas e utilizadas pelas células do corpo. Também possui a capacidade de absorver água, vitaminas e minerais, e eliminar escórias metabólicas do corpo. Os alimentos que nós consumimos contém inúmeros nutrientes que são utilizados para formar novos tecidos corporais e reparar tecidos danificados. A comida também é importante pois é nossa única fonte de energia química. Entretanto, a maioria dos alimentos que nós consumimos possuem moléculas que são muito grandes e não podem ser utilizadas pelas células do corpo. Dessa forma, os alimentos precisam ser clivados em moléculas menores para que essas possam ser utilizadas pelo nosso corpo, em um processo chamado de digestão. Os órgãos que são envolvidos nesse processo são compostos por tubos que vão da boca ao ânus. Objetivo 01: Conhecer a anatomia e a fisiologia do Sistema Digestório. Aspectos gerais do sistema digestório ➢ Identificar os órgãos e os sistemas do sistema digestório ➢ Descrever os processos básicos realizados pelo sistema digestório. Dois grupos formam a composição do sistema digestório: o canal alimentar e os órgãos digestórios acessórios. O canal alimentar é um tubo contínuo que vai da boca ao ânus, e é composto pela boca, a maior parte da faringe, o esôfago, o estômago, o intestino delgado e o intestino grosso. Mede 5-7 m na pessoa viva e 7- 9 m no cadáver, por conta do tônus muscular. Os órgãos digestórios acessórios incluem os dentes, a língua, as glândulas salivares, o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas. Os dentes ajudam na fragmentação física dos alimentos, a língua auxilia na deglutição e na mastigação. Os outros órgãos digestórios não entram em contato direto com os alimentos, apenas secretam substâncias que fluem para o canal alimentar por meio de ductos, contribuindo, dessa forma, para a decomposição química dos alimentos (glândulas salivares, fígado, vesícula biliar e o pâncreas). As contrações musculares que acontecem no canal alimentar ajudam a fragmentar o alimento, impulsioná-lo até o ânus e dissolvê-lo, quando há a mistura com os líquidos secretados no canal alimentar. As enzimas que são secretadas pelos ODA e as células que revestem o CA fragmentam os alimentos quimicamente. ➢ Funções do sistema digestório: 1- Ingestão: Colocar água e alimentos na boca; 2- Secreção: água, ácido, tampões e enzimas (7l) secretados pelos ODA e pelas células nas paredes do CA. 3- Mistura e propulsão: MOTILIDADE – Mistura e movimentação 4- Digestão: • Digestão mecânica; • Digestão química: grandes moléculas de carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos nucleicos são clivadas em moléculas menores por meio da hidrólise. As enzimas digestórias produzidas pelas glândulas salivares, língua, estômago, pâncreas e intestino delgado catalisam essas reações catabólicas. Poucas substâncias alimentares podem ser absorvidas sem digestão química (íons, água, vitamina, colesterol e água). 5- Absorção: Entrada nas células epiteliais do revestimento do lúmen do CA dos líquidos, íons e produtos da digestão ingeridos ou secretados que passam para o sangue ou linfa e circulam até as células do corpo. 6- Defecção: O material eliminado (escórias metabólicas, substâncias não digeridas, bactérias, células descamadas da túnica mucosa do CA e materiais digeridos que não foram absorvidos ao longo do CA). São as fezes. Camadas do canal alimentar ➢ Descrever a estrutura e função das camadas que formam a parede do canal alimentar. Desde a parte inferior do esôfago até o canal anal, a parede do canal alimentar tem o mesmo arranjo básico de quatro camadas de tecido: Túnica mucosa, a tela submucosa, a túnica muscular e a túnica serosa ou túnica adventícia. Túnica mucosa A túnica mucosa que também é chamada de revestimento do canal alimentar, é uma membrana mucosa, constituída por três camadas: epitélio que tem contato direto com o conteúdo do canal alimentar; uma camada de tecido conjuntivo (lâmina própria); e por uma camada fina de músculo liso (lâmina muscular da mucosa). 1- O epitélio que constitui a boca, faringe, esôfago e canal anal é feito por epitélio escamoso estratificado não queratinizado e tem como principal função a proteção; o revestimento do estômago e dos intestinos é de epitélio colunar simples, que atua na secreção e na absorção. As zônulas de oclusão evitam os extravasamentos intercelulares no epitélio colunas simples. A taxa de renovação dessas células é rápida (5 a 7 dias). Temos entre as células epiteliais células exócrinas que secretam muco e líquidos para a luz do CA, e várias células enteroendócrinas, que secretam hormônios. 2- A lâmina própria é constituída por tecido conjuntivo areolar contendo muitos vasos sanguíneos e linfáticos (vias de transporte para outras partes do corpo dos nutrientes absorvidos no CA), apoia o epitélio e liga-o à lâmina muscular da mucosa. Também contém a maior parte das células do tecido linfoide associado a mucosa (MALT), que contém células imunológicas que tem função de proteção. O MALT é encontrado em todo o CA, principalmente nas tonsilas, no intestino delgado, no apêndice vermiforme e no intestino grosso. 3- A fina camada de fibras musculares lisas (lâmina muscular da mucosa) produz pequenas microvilosidades na túnica mucosa do estômago e do intestino delgado, que por meio dos movimentos de contração, aumenta a área de superfície para a digestão e absorção. Dessa forma, todas as células absortivas entram em contato com o conteúdo do canal alimentar. Tela submucosa A tela submucosa é composta por tecido conjuntivo areolar que liga a túnica mucosa à camada muscular. Contém muitos vasos sanguíneos e linfáticos que receber as moléculas absorvidas. Além disso, contém uma extensa rede de neurônios (u). Pode conter glândulas e tecidos linfáticos. Túnica muscular A túnica muscular da boca¸ faringe e partes superior e média do esôfago contém músculo esquelético que produz a deglutição involuntária (ex.: músculo esfíncter do ânus). O restante do canal alimentar, a túnica muscular, é composta por músculo liso, que consiste em duas lâminas: 1- Camada interna de fibras circulares; 2- Camada externa de fibras longitudinais. Essas contrações contribuem na fragmentação do alimento, na mistura às secreções digestórias e no seu transporte. Entre as camadas da túnica muscular está a segunda camada de plexo de neurônios: o plexo mientérico. Túnica cerosa As partes do CA que estão suspensas na cavidade abdominal possuem uma camada superficial chamada túnica venosa, que é uma membra composta por tecido conjuntivo areolar e epitélio escamoso simples (mesotélio). A túnica serosa também forma uma parte do peritônio (peritônio visceral). O esôfago não possui túnica serosa; apenas uma camada de tecido conjuntivo areolar (Túnica adventícia). Inervação do canal alimentar ➢ Descrever o suprimento nervoso do canal alimentar O CA é regulado por dois conjuntos de nervos: • Sistema nervoso entérico (intrínseco); • Divisão autônoma do sistema nervoso (extrínseco). Sistema nervoso entérico O sistema nervoso entérico é o “encéfalo do intestino”, com aproximadamente 100 milhões de neurônios que vão do esôfago até o ânus e está organizado em dois plexos: plexo mioentérico (plexo de Auerbach) e o plexo submucoso. Os plexos do SNE consistem em neurônios motores, interneurônios e neurônios sensitivos. -Neurônios motores do plexo mioentérico: irrigam as camadas de músculos lisos longitudinais e circulares da túnica muscular e por isso controlam a motilidade do canal alimentar(frequência e força da contração da túnica muscular). -Neurônios motores do plexo submucoso: irrigamas células secretoras do epitélio da túnica mucosa, controlando as secreções dos órgãos do canal alimentar. -Interneurônios: interligam os neurônios dos plexos submucoso e mioentérico -Neurônios sensitivos: irrigam o epitélio da túnica mucosa e detectam estímulos do lúmem alimentar, possuem químiorreceptores ( respondem a determinadas substâncias das substâncias do lúmen), e mecanorreceptores (receptores de estiramento – distensão do CA). Divisão autônoma do sistema nervoso Os neurônios do SNE estão sujeitos à regulação pelos neurônios da DASI. Os neurônios parassimpáticos fazem contato com os neurônios do SNE, outros inervam diretamente no músculo liso e glândulas. A estimulação dos nervos parassimpáticos que inervam no CA causa aumento da secreção e motilidade, pelo aumento na atividade dos neurônios do SNE. Os neurônios simpáticos fazem sinapse com os neurônios do plexo mioentérico e plexo submucoso, causando diminuição da motilidade e secreção pela inibição dos neurônios do SNE. Quando a pessoa está com raiva, medo e ansiedade pode retardar a digestão por estimulação dos sistemas simpáticos. Peritônio ➢ Descrever o peritônio e suas pregas O peritônio é a maior túnica serosa do corpo; é composto por um epitélio escamoso simples (mesotélio) com uma cama de tecido conjuntivo areolar (subjacente). É dividido em duas camadas: Peritônio parietal e peritônio visceral. O peritônio parietal reveste a parede da cavidade abdominal, já o peritônio visceral abrange alguns dos órgãos da cavidade e constitui sua túnica serosa. Existe também um espaço entre as partes parietal e visceral, chamada cavidade peritoneal. Nessa cavidade tem-se o líquido seroso lubrificante, que pode acumular, distender a cavidade peritoneal e causar a ascite. Alguns órgãos que ficam na parede posterior do abdome, são recobertos por peritônio apenas anteriormente, ficando de fora da cavidade peritoneal (“atrás do peritônio). São denominados órgãos parietais (rins, colo ascendente e descendente do intestino grosso, o duodeno do intestino delgado e o pâncreas. O peritônio contém grandes pregas que se entrelaçam entre as vísceras, elas ligam os órgãos entre si e às paredes da cavidade abdominal. Também contém vasos sanguíneos e linfáticos, além de nervos que suprem os órgãos abdominais. Existem três pregas peritoneais principais: omento maior, ligamento falciforme, omento menor, mesentério e mesocolo. 1. Omento maior: reveste o colo transverso e as serpentinas do intestino delgado como um “avental de gordura”. É uma dupla camada de gordura que se dobra sobre si mesma, tendo 4 camadas. Contém muito tecido adiposo, e aumenta conforme o indivíduo ganha peso (“barriga de cerveja”). Contém linfonodos que fornecem células de defesa que combatem infecções do canal alimentar. 2. Ligamento falciforme: insere o fígado à parede abdominal anterior e diafragma. O fígado é o único órgão digestório inserido a parede abdominal anterior. 3. Omento menor: é uma prega anterior na túnica serosa do estômago e duodeno e conecta o estômago e o duodeno ao fígado. É a via pra os vasos sanguíneos que chegam ao fígado e contém a veia porta do fígado, a artéria hepática comuns e o ducto colédoco, junto com alguns linfonodos. 4. Mesentério: é uma prega em forma de leque do peritônio e liga o jejuno e o íleo do intestino delgado à parede posterior do abdome. É a maior prega peritoneal, e normalmente está cheia de gordura, e contribui bastante para o abdome volumoso em obesos. Possui duas camadas, que possuem vasos sanguíneos linfáticos e linfonodos entre suas camadas. 5. Mesocolo: são duas pregas separadas do peritônio que ligam o colo tranverso e colo sigmoide do intestino à parede posterior do abdome. Também abriga vasos sanguíneos e linfáticos para o intestino. Juntamente ao mesentério, o mesocolo mantém os intestinos frouxamente no lugar, o que possibilita o movimento conforme as contrações musculares. Boca ➢ Identificar a localização das glândulas salivares e descrever as funções de suas secreções ➢ Descrever a estrutura e as funções da língua ➢ Identificar as partes de um dente normal e comparar as dentições decídua e permanente. A boca também é chamada de cavidade oral ou cavidade bucal, é formada pelas bochechas (paredes laterais), que são recobertas por pele externamente e por túnica mucosa internamente (epitélio escamoso estratificado não queratinizado). Também é constituídas pelos palatos duro e mole e língua. As bochechas terminam anteriormente com os lábios. Glândulas salivares A glândula salivar é uma glândula que libera uma secreção chamada saliva na cavidade oral. Normalmente, é secretada na quantidade suficiente para limpar a boca e os dentes e manter a umidade das túnicas mucosas da boca. Mas, ao alimento entrar na boca, a secreção aumenta e lubrifica o alimento, além de dissolver, iniciando processo de decomposição química dos alimentos. A túnica mucosa na boca possui pequenas glândulas salivares que liberam a saliva de forma direta ou indireta (pequenos ductos) na cavidade oral. Nesse caso nós temos as glândulas labial (lábios), bucal (bochecha), palatina (palato) e as glândulas linguais na língua, todos possuem uma pequena contribuição para a saliva. Entretanto, a maior parte da saliva é secretada por glândulas maiores, que se encontram além da túnica mucosa da boca, em ductos que levam até à cavidade oral. Existem três glândulas salivares maiores: glândulas parótidas, submandibulares e sublinguais. As glândulas parótidas estão localizadas anteriormente à orelha e secreta saliva para a cavidade oral por meio do ducto parotídeo. As glândulas submandibulares, são inferiores ao corpo da mandíbula, os ductos submandibulares passam sob a tuúnica mucosa e secretam saliva para a cavidade oral. As glândulas sublinguais ficam abaixo da língua e superiormente às glândulas submandibulares, e secretam saliva por meio dos ductos sublinguais menores. Composição e funções da saliva Quimicamente, a saliva é composta por água ( 99,5%) e por solutos (0,5%). Os solutos incluem sódio, o potássio, o cloreto, o bicarbonato e o fosfato, além de alguns gases dissolvidos e substâncias orgânicas, como a ureia, o ácido úrico, o muco, a imoglobulina A, a enzima bacteriolítica e a amilase salivar, uma enzima digestória que atua sobre o amido. Nem todas as glândulas salivares fornecem os mesmos ingredientes. A água na saliva fornece um meio para a dissolução de alimentos. Os íons cloretos da saliva ativam a amilase (enzima que inicia a decomposição do amido na boca em maltose, maltotrise e a-dextrina). Os íons bicarbonato e fosfato tamponam alimentos ácidos que entram na boca, regulando seu pH ( 6,35-6,85). As glândulas salivares ajudam a remover moléculas residuais do corpo. O muco lubrifica o alimento para que ele possa ser movido. A imunoglobulina A impede a ligação de microrganismos, evitando que eles penetrem no epitélio e enzima lisozima mata as bactérias. Entetando, não estão presentes para matar todas as bactérias da boca. Salivação: A secreção da saliva é denominada salivação e é controlada pela divisão autônoma do sistema nervoso. A quantidade de saliva varia consideravelmente (1000 a 1500 ml). A estimulação parassimpática vai promover a salivação moderada, o que mantem as túnicas mucosas e a boca úmida, dessa forma é engolida e usada para lubrificar o esôfago e então reabsorvida, para evitar a desidratação. A estimulação simpática (estresse) diminui a secreção de saliva e acaba ressecando a boca, o que causa a sensação de sede. Inflamação e aumento das glândulas parótidas, causada pelo vírus da caxumba (paramixovírus): caxumba Língua A língua é um órgão digestivo acessório compostopor músculo esquelético e recoberto por túnica mucosa. Forma o assoalho da cavidade oral. A face superior e lateral da língua são recobertas por papilas, que contém papilas gustativas, que são os receptores para a gustação. Dentes São órgãos digestórios acessórios localizados nos soquetes dos processos alveolares da mandíbula e da maxila que são recobertos pela gengiva. Esses soquetes são revestidos pelo ligamento periodontal (tecido conjuntivo fibroso denso) que ancora os dentes às paredes do soquete e age como um amortecedor na mastigação. ESTUDAR DENTES POSTERIORMENTE Digestão mecânica e química da boca A digestão mecânica na boca resulta do processo de mastigação, em que o alimento é manipulado pela língua, triturado pelos dentes e misturado com a saliva. Desse modo o alimento é transformado a uma massa macia e flexível, facilmente engolida, o bolo alimentar. Duas enzimas, a amilase salivar (glândula salivar) e a lipase lingual, contribuem com a digestão química que ocorre na boca. Iniciam a digestão clivando os amidos em moléculas menores (maltose dissacarídea e maltotriose trissacarídea). Também é secretada a lipase lingual (glândulas linguais) que tornam-se ativas no ambiente ácido do estomago, clivando os triglicerídios em ácidos graxos e diglicerídios. . Faringe ➢ Descrever a localização e a função da faringe. Após o alimento ser engolido ele passa da boca para a faringe. A faringe é como um tubo composto por músculo esquelético e túnica mucosa, que se estende dos cóanos a laringe (anteriormente) e ao esôfago posteriormente. É dividida em três partes: parte nasal da faringe (exclusiva do sistema respiratório), parte oral e parte laríngea da faringe, que fazem parte do sistema respiratório e digestório. A comida que é engolida passa para as partes oral e laríngea da faringe; as contrações musculares dessa áreas ajudam a impulsionar o alimento para o esôfago. . Esôfago ➢ Descrever a localização, anatomia, histologia, e funções do esôfago. O esôfago (posteriormente à traqueia) é um tubo muscular colábavel de aproximadamente 25 cm de comprimento que vai desde a extremidade da parte laríngea da faringe até entrar no diafragma através do hiato esofágico. E termina na parte superior do estômago. Histologia do esôfafo A túnica mucosa do esôfago é constituída de epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado; lâmina própria (tecido conjutivo areolar e lâmina muscular da mucosa (músculo liso). Próximo ao estômago, a túnica mucosa do esôfago também contém glândulas mucosas. O epitélio de revestimento (estratificado pavimentoso não queratinizado) dos lábios, boca,língua, parte oral da faringe laringe esôfago, confere uma proteção à abrasão causada pelo alimento que é mastigado. A tela submucosa contém tecido conjuntivo areolar que contém vasos sanguíneos e glândulas mucosas. A túnica muscular do terço superior do esôfago é de músculo esquelético, o terço intermediário é de músculo esquelético e lis, e o terço inferior é de músculo liso. Nas duas extremidades do esôfago, a túnica muscular se torna mais estreita e forma do esfíncteres, o esfíncter do esofágico superior, regula o movimento do bolo alimentar da faringe para o esôfago (músculo esquelético), e o esfíncter esofágico inferior e regula a passagem do esôfago para o estomago (musculo liso). A camada superficial é a túnica adventícia, já que o tecido conjuntivo areolar não é recoberta por mesotélio e o TCA funde-se ao tecido conjuntivo das estrutas adjacentes, inserindo o esôfago nessas estruturas que o circundam O esôfago secreta muco e transporta o bolo alimentar ao estomago. Não produz enzimas digestórias nem realiza absorção. . Deglutição ➢ Descrever as três fases da deglutição O movimento do alimento da boca para o estômago é denominada deglutição, que é o ato de engolir. A deglutição é facilitada pela secração de saliva e muco e envolve a boca, a faringe e o esôfago. A deglutição ocorre em três fases: 1. Fase voluntária: é quando o bolo alimentar passa da boca para a parte oral da faringe. O bolo alimentar é forçado a passar para a cavidade oral da faringe e pelo movimento para cima e para baixo efetuado pela língua- contato com o palato; 2. Fase faríngea: a passagem INVOLUNTÁRIA do bolo alimentar pela faringe até o esôfago. O bolo alimentar vai estimular receptores existentes na parte oral da faringe, que enviam impulsos para o centro de deglutição no bulbo e parte inferior do tronco encefálico. Esses impulsos retornam e fazem com que o palato mole e a úvula se movam para cima 9impedir que o alimento vá para a parte nasal da faringe). Além disso a epiglote fecha a abertura da laringe, que impede que o bolo alimentar entre para o sistema respiratório. O esfíncter esofágico superior relaxa, e o bolo alimentar vai para o estômago; 3. Fase esofágica: passa INVOLUNTÁRIA do bolo alimentar através do esôfago até o estomago. Essa fase inicia-se quando o bolo alimentar entra no esôfago. Esse movimento é realizado por meio do peristaltismo que é uma série de contrações e relaxamentos coordenados (bulbo) que acaba empurrando o conteúdo alimentar para a frente. O movimento peristáltico ocorre da seguinte forma: a) No início do esôfago, as fibras musculares circulares se contraem, comprimindo a parede esofágica e comprimindo o bolo alimentar em direção ao estômago; b) As fibras longitudinais também se contraem, o que encurtar esta seção inferior e empurra as paredes para fora que recebem o bolo alimentar. Esses movimentos são repetidos em ondas até que o bolo alimentar chegue ao estômago. c) O esfíncter esofágico inferior relaxa e o bolo alimentar se move para o estomago. . Estômago ➢ Descrever a localização, anatomia, histologia e funções do estômago. O estômago é um alargamento do canal alimentar forma de J, inferior ao diafragma no abdome. Liga o esôfago ao duodeno, que é parte inicial do intestino delgado, e serve como uma câmara de mistura e reservatório de retenção, forçando, em momentos adequados, quantidades de material até o intestino delgado. O estômago é a parte mais distensível do canal alimentar, e pode acomodar uma grande quantidade de comida. No estômago, a digestão de triglicerídeos e amido continua e a de proteínas inicia. O bolo alimentar que antes era sólido, agora á liquido, e determinadas substâncias são absorvidas. 1. Mistura a saliva, os alimentos e o suco gástrico para formar o quimo. 2. Serve como reservatório para o alimento antes da liberação para o intestino delgado. 3. Secreta suco gástrico, que contém HCl (mata bactérias e desnatura proteínas), pepsina (começa a digestão de 4. proteínas), fator intrínseco (auxilia na absorção de vitamina B12) e lipase gástrica (auxilia na digestão de 5. triglicerídios). 6. Secreta gastrina no sangue. Anatomia do estômago O estômago tem quatro regiões principais: • Cárdia: Região que circunda a abertura do estomago ao esôfago; • Fundo gástrico: A região superior arredondada à esquerda da cardia; • Corpo gástrico: Inferior ao fundo gástrico fica a grande parte central do estomago; • Parte pilórica: Dividida em três regiões ( antro pilórico, que liga o corpo ai estomago; o canal pilórico, que leva à terceira região: o canal pilórico que conecta o estômago ao duodeno. Quando o estômago está vazio, a túnica mucosa forma pregas, que podem ser vistas a olho nu, são as pregas gástricas. O piloro se comunica ao duodeno por meio de um esfíncter de musculo liso (músculo esfíncter do piloro). A margem medial côncavado estomago é chamada de curvatura menor, e a convexa lateral é chamada de curvatura maior. ❖ Bebês: piloroespasmo- fibras do músculo esfíncter do piloro não relaxam e o alimento não passa para o intestino delgado – estomago muito cheio – vômitos frequentes para aliviar. Histologia do estomago A parede do estomago é formado pelas camadas básicas do canal alimentar: túnica mucosa, tela submucosa, túnicas musculares e túnica serosa, porém apresenta algumas modificações. A superfície da túnica mucosa é uma camada de células epiteliais colunares simples (células mucosas da superfície). A túnica mucosa também contém a lâmina própria (tecido conjuntivo areolar) e lâmina muscular da mucosa (músculo liso). As células epiteliais se estendem até lâmina própria, onde formam colunas de células secretoras, chamadas glândulas gástricas. Essas glândulas gástricas fluem para as criptas gástricas, e, em seguida para o lúmen do estômago. As glândulas gástricas contem 3 tipos de células exócrinas que secretam para o lúmen do estomago: células mucosas do colo, células principais gástricas e células parietais. 1. Mucosas do colo: muco; 2. Células principais gástricas: muco, pepsinogênio e lipase gástrica; 3. Células parietais: fator intrínseco (absorção vitamina B12) e ácido clorídrico. As secreções dos três tipos celulares juntos formam o suco gástrico (2000- 3000 ml/dia) Também temos uma célula endócrina, a célula secretora de gastrina, que secreta o hormônio para a circulação sanguínea, que estimula vários aspectos da atividade gástrica. Três camadas adicionais encontram-se profundamente à túnica mucosa: a tela submucosa (TCA), a túnica muscular, que, nesse caso, possui 3 camadas de musculo liso, ao invés de duas (camada externa: camada longitudinal; camada circular média e uma camada de fibras oblíquas internas, no corpo gástrico). A túnica serosa é composta por epitélio escamoso simples (mesotélio) e TCA, que faz parte do peritônio visceral. Digestão mecânica e química no estômago Movimentos de propulsão (corpo gástrico para o antro pilórioco) e retropropulsão (corpo pilórico até o corpo gástrico) misturam o suco gástrico ao conteúdo gástrico, formando a quimo. Esses movimentos continuam repetidamente, até que a quimo tenha partículas suficientemente pequenas que possam passar pelo óstio pilórico (esvaziamento gástrico), que é lento, pois só vão 3ml por vez. QUÍMICO PRÓXIMA TUTORIA! . Pâncreas ➢ Descrever a localização, a anatomia histologia e função do pâncreas Do estômago, o quimo passa para o intestino delgado, e a digestão química que ocorre no intestino delgado depende da atividade do pâncreas, do fígado e da vesícula biliar. Anatomia do pâncreas Morfologia: o pâncreas é uma glândula retroperitoneal do SGI, possui 12- 15 cm de comprimento e 2,5 cm de espessura. Fica localizado posteriormente à curvatura maior do intestino delgado. Possui uma cabeça, que é a porção expandida do órgão, um corpo que é central e ligado ao duodeno por 2 ductos e uma cauda que é afilada Os sucos pancreáticos são secretados pelas células exócrinas em pequenos ductos que se juntam para formar dois ductos maiores: ducto pancreático (Ducto de Wirsung) e o ducto pancreático acessório, que levam as secreções até o intestino delgado. Na maior parte das pessoas o ducto pancreático se une ao ducto de colédoco (fígado e vesícula biliar) e entra no duodeno como um ducto comum, que é a ampola hepatopancreática, que se abre em uma elevação da túnica mucosa no duodeno do intestino delgado chamada de papila maior do duodenonono. Essa passagem é regulada por massa de músculo liso que circunda a ampola maior do duodeno que é o músculo esfíncter da ampola hepatopancreática (esfíncter de Oddi). O ducto pancreático acessório (ducto de Santorini), sai do pâncreas e esvazia-se no duodeno mais superiormente. Histologia do pâncreas O pâncreas é formado por pequenos aglomerados de células epiteliais glandulares que são divididas em dois grupos: As células exócrinas (99%) são chamadas de ácinos e secretam o suco pancreático (mistura de enzimas digestórias e liquídos) e constituem a porção exócrina do órgão. As células endócrinas (1%) são chamadas de ilhotas pancreáticas (ilhotas de Langerhans), formam a porção endócrina do pâncreas, secretas glucagon, insulina, somatostina e polipeptídeo pancreático. Composição do suco pacreático O pâncreas produz diariamente uma média de 1220-1500 ml de suco pancreático. O suco pancreático é um liquido claro e incolor que consiste principalmente em água, alguns sais, bicarbonato de sódio e várias enzimas. O bicarbonato de sódio dá ao suco um caráter alcalino (7,1 a 8,2), que tampona o suco gástrico acido no quimo, interrompe a ação da pepsina do estomago e cria o pH adequado para a ação das enzimas digestórias no intestino delgado. . Fígado e vesícula biliar ➢ Descrever a localização anatomia, histologia e funções do fígado e da vesícula biliar Morfologia: O fígado é a glândula mais pesada do corpo (1,4kg). É o segundo maior órgão, e está localizado inferiormente ao diafragma. Já a vesícula biliar é um saco em forma de pera que está localizado em uma depressão da face posterior do fígado. Mede de 7 a 10 cm de comprimento e normalmente pende da margem inferior anterior do fígado. Anatomia do fígado e da vesícula biliar O fígado é quase totalmente recoberto por peritônio visceral e é completamente coberto por uma camada de tecido conjuntivo denso irregular que se encontra profundamente ao peritônio. O fígado é dividido em dois lobos principais: lobo hepático direito grande e lobo hepático esquerdo menor. Esses lobos são separados pelo ligamento falciforme, que se estende da face inferior do diafragma e passa entre os dois lobos, ajudando a suspender o fígado na cavidade abdominal. Também temos os lobos quadrado e caudado, que pertencem ao lobo hepático esquerdo menor. Na margem livre do ligamento falciforme nós temos o ligamento redondo, que é um remanescente da veia umbilical do feto e liga o fígado ao umbigo. Os ligamentos coronários direito e esquerdo, contribuem es suspender o fígado na cavidade abdominal. As partes da vesícula biliar são: O fundo da vesícula biliar, que se projeta inferiormente e ultrapassa a margem inferior do fígado; o corpo d vesícula biliar que é a parte central e se projeta no sentido superior e o fundo da vesícula biliar, que é a parte afunilada e, também, se projeto superiormente. Histologia do fígado e da vesícula biliar O fígado é composto por vários componentes: 1. Hepatócitos: São as principais células funcionais do fígado e realizam funções secretoras, metabólicas e endócrinas. São células epiteliais que compões 80 % do fígado. a) Formam arranjos tridimensionais complexos chamados laminas hepáticas que são placas de hepatócitos limitadas por espações vasculares revestidos por endotélio chamados de sinusoides hepáticos. b) As lâminas hepáticas são estruturas irregulares altamente ramificadas. c) Os sulcos nas membranas entre os hepatócitos vizinhos fornecem espaço para os canalículos biliares, para os quais os hepatócitos secretam bile, que é um liquido amarelo ou verde-oliva secretado pelos hepatócitos, atua como um produto de excreção e como uma secreção digestória. 2. Canalículos da bile: São pequenos ductos que ficam entre os hepatócitos que coletam a bile produzida por eles. a) Dos canalículos a bile passa para os dúctulos biliares -> ductos biliares (se unem) -> ductos hepáticos direito e esquerdo (se unem e saem do fígado) -> ducto hepático comum. b) O ducto hepático comum junta-se ao ducto cístico da vesícula biliar e formam o ducto colédoco, até chegarem no intestino delgado para participar da digestão. 3. Sinusoideshepáticos: Os sinusoides hepáticos são capilares sanguíneos altamente permeáveis quen ficam entre as fileiras de hepatócitos recebem sangue oxigenado de ramos da artéria hepática e sangue venoso rico em nutrientes de ramos da veia porta do fígado ( traz o sangue venoso dos OGI para o fígado). a) Esses sinusoides vão se juntar até desbocar na veia central-> veias hepáticas -> veia cava inferior. b) Também teremos os fagócitos fixos (células estreladas do fígado) que vão funcionar como células de defesa no sangue que flui do canal alimentar. Juntos, o ducto biliar, um ramo da artéria hepática e um ramo da veia hepática são chamados de tríade portal. A túnica mucosa da vesícula por composta por epitélio colunar simples disposto em pregas. Não dispões de tela submucosa. A túnica muscular é composta de fibras de musculo liso. A contração dessas fibras ejeta o conteúdo da vesícula biliar para o ducto cístico. O revestimento é de peritônio visceral. Tem função de armazenar e concentrar a bile produzida pelo fígado.. No processo de concentração a túnica mucosa absorve agua e íons Suprimento sanguíneo para o fígado O fígado recebe sangue oxigenado pela artéria hepática e pela veia porta recebe sangue venoso contendo nutrientes, fármacos, microrganismos e toxinas que vem do canal alimentar. O oxigênio e os nutrientes são absorvidos pelos hepatócitos e os produtos dos hepatócitos e os nutrientes que ainda são necessários, são secretados de volta para o sangue venoso -> veia central -> veia hepática. . Intestino delgado ➢ Descrever a localização e a estrutura do intestino delgado ➢ Identificar as funções do intestino delgado. A maior parte da absorção e da digestão dos alimentos ocorre no intestino delgado, por conta disso, trata-se de um órgão extremamente adaptado, tanto pelo seu comprimento, quanto pela ocorrência de microvilosidades, pregas circulares e vilosidades que aumentam a área de superfície para que ocorra essa absorção e essa digestão. O intestino delgado começa no músculo esfíncter do piloro do estômago, serpenteia a parte central e inferior da cavidade abdominal e se abre no intestino grosso. Possui 2,5 cm de diâmetro e cerca de 3 m de comprimento na pessoa viva e 6,5 na pessoa morta, por perca do tônus muscular. • As segmentações misturam o quimo com os sucos digestórios e colocam a comida em contato com a túnica • mucosa para a absorção; o peristaltismo impulsiona o quimo ao longo do intestino delgado. • Completa a digestão de carboidratos, proteínas e lipídios; inicia e completa a digestão de ácidos nucleicos. • Absorve aproximadamente 90% da água e dos nutrientes que passam pelo sistema digestório Anatomia do intestino delgado O intestino delgado é dividido em três regiões: duodeno, jejuno e íleo. • O duodeno é a parte imediatamente após o músculo esfíncter do piloro do estômago, é retroperitoneal, tem forma de C e a parte mais curta (25 cm). O nome duodeno significa 12, pois o seu comprimento é comparado a largura de 12 dedos. Vai até o jejuno. • O jejuno é a parte que vem após o duodeno, tem comprimento de aproximadamente 1 m e se estende até o ílio. Tem o nome de jejuno pois significa vazio, e assim é encontrado no momento da morte • A última parte é o ílio, é a parte mais longa do intestino delgado (2m) e junta-se ao intestino grosso em um esfíncter de músculo liso, o óstio ileal. Histologia do intestino delgado A parede do intestino delgado é composta pelas mesmas quatro camadas que formam a maior parte do canal alimentar: túnica mucosa, tela submucosa, túnica muscular e túnica serosa. . A túnica mucosa é composta por uma camada de células epiteliais, lâmina própria e lâmina muscular da mucosa. A túnica mucosa é composta por epitélio colunar simples que contém alguns tipos celulares: células absortivas, células caliciformes, células enteroendócrina e células de Paneth. 1. Células absortivas: liberam enzimas que digerem o alimento e contém microvilosidades que absorvem os nutrientes no quimo do ID; 2. Células caliciformes: secretam muco; 3. Células de Paneth: secretam lisozima, atuam na regulação da população microbiana; 4. Células eteroendócrina: (S,CCK,K) que secretam hormônios secretina, colecistocinina e polipeptídeo inibidor gástrico. A túnica mucosa do intestino delgado contém muitas fendas profundas revestidas por epitélio glandular, são as glândulas intestinais e secretam muco intestinal. A lâmina própria do intestino delgado contém tecido conjutivo areolar o MALT abundante. Os nódulos solitários são abundantes na parte distal do íleo, assim como os nódulos linfáticos agragados. A lâmina muscular própria é constituída de musculo liso. A tela submucosa contem glândulas duodenais, que secreta muco alcalino -> neutralizar ácido gástrico no quimo. A túnica muscular é constituída por duas camadas de musculo liso, a externa (longitudinal) que é mais espessa e a camada interna (circulares). O intestino delgado possui características especiais que aumentam a sua capacidade de absorção e digestão, promovendo estruturas especiais: pregas circulares, as vilosidades e as microvilosidades As pregas circulares são pregas da túnica submucosa e tela submucosa. Vão de perto da extremidade proximal do duodeno e terminam próximo da porção média do íleo. Essas pregas aumentam a capacidade de absorção pelo aumento da superfície de contato que a superfície do intestino vai fazer com o quimo e também, pelo fato do quimo se mover em espiral, em vez de linha rela pelo intestino delgado. Nós também temos as vilosidades, que são projeções da túnica mucosa, mais numerosas (0,5-1mm) e aumentam muito a superfície de contato com o quimo, dando à túnica mucosa um aspecto aveludo. Essas vilosidades são recobertas por células epiteliais e tem uma lâmina própria que contém uma arteríola, uma vênula, uma rede capilar e um vaso lactífero (capilar linfático). Os nutrientes que são absorvidos já passam pela parede desses capilares e vão para o sangue ou para a linfa. Também existem as microvilosidades, que são as projeções da membrana apical livre das células absortivas. São projeções cilídrincas (1 um de comprimento), são aproximadamente 200 milhões de microvilosidade por mm². Aumentam substancialmente a área de superfície da mebrna plasmática da célula . Intestino grosso ➢ Descrever a anatomia, a histologia e as funções do intestino grosso. Anatomia do intestino delgado O intestino grosso tem aproximadamente 1,5 m de comprimento e 6.5 cm de diâmetro nos seres humanos vivos e nos cadáveres. Está ligado à parede posterior abdome pelo mesocolo e se estende do íleo ao anus (camada dupla de peritônio). Está separado em quatro regiões principais: o ceco, o colo o reto e o canal anal. 1. A agitação das saculações do colo, o peristaltismo e o peristaltismo da massa movem o conteúdo do colo para o reto. 2. As bactérias do intestino grosso convertem as proteínas em aminoácidos, clivam os aminoácidos e produzem Salgumas vitaminas B e vitamina K. 3. Absorção de um pouco de água, íons e vitaminas. 4. Formação das fezes. 5. Defecação (esvaziamento do reto). A passagem dos materiais do intestino delgado para o intestino grosso se dá por uma prega de tecido mucoso chamada de óstio ileal. Inferiormente ao óstio do íleo, temos uma bolsa chamada ceco (6cm). Anexado ao ceco temos um tubo espiralado (8cm), o apêndice vermiforme. A extremidade aberta do ceco se funde a um tubo longo chamado de colo. Esse colo vai ser dividido em 4 partes: ascendente, transverso retroperitoneais), descendente e sigmoide. . O colo ascendente sobe pelo lado direito do abdome até chegar na face inferior do fígado e vira para a esquerda, formando a flexura direita do colo. A partirdaí o colo cruza o abdome até o lado esquerdo, formando o colo transverso, que faz uma curva para baixo, formando a fissura esquerda do colo (baço). Daí continua descendo até o nível da crista ilíaca como o colo descendente. O colo sigmoide começa perto da crista ilíaca e segue medialmente em direção à linha medial, terminado com o reto. O reto mede aproximadamente 15 cm de comprimento e se situa anteriormente ao sacro e ao cóccix. A túnica mucosa do canal analé disposta em pregas longitudinais (colunas anais) contém rede de artérias e veias. A abertura do canal anal para o exterior (ânus) é controlada pelo músculo esfíncter interior (involuntário- musc. Liso) e pelo musculo esfíncter exterior (voluntário- musc. Esquelético). Esses músculos ficam abertos durante a eliminação das fezes. Histologia do intestino delgado A parede do intestino grosso apresenta as mesmas camadas básicas: túnica mucosa, tela submucosa, túnica muscular e túnica serosa. A túnica mucosa é composta por epitélio colunar simples, lâmina própria (TCA) e lâmina muscular da mucosa (músculo liso). O epitélio contém células absortivas (absorvem água e íons) e células caliciformes (secretam muco para lubrificar a passagem do conteúdo no colo). Essas células estão localizadas nas glândulas intestinais tubulares longas e retas, que se estendem na túnica mucosa. Também são encontrados nódulos linfáticos. Na comparação com o intestino delgado não há tantas adaptações que aumentam a área de superfície (intestino delgado), mas existem microvilosidades na parte apical das células absortivas. Por isso há mais absorção no intestino grosso do que no intestino delgado. A tela submucosa é constituída de tecido conjuntivo areolar. A túnica muscular consiste em uma camada externa de músculo liso longitudinal, e a camada interna consiste em músculo liso circular. As partes dos músculos longitudinais são espessas formando as tênias do colo, que são separadas por espaço sem músculo/pouco longitudinal. As contrações dessas bandas formam essas bolsas (saculações do colo). A túnica camada de músculo liso circular situa-se entre as tênias do colo. A túnica serosa está associada ao peritônio visceral que forma pequenas bolsas cheias de gordura, associadas a tênia do colo, os apêndices omentais do colo. FONTE: PRINCÍPIOS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA - TORTORA Objetivo 02: Conhecer a estrutura a classificação e a função dos carboidratos e lipídeos. . Carboidratos__ Os carboidratos e seus derivados, também chamados de glicídios, açucares ou hidratos de carbono, são as moléculas orgânicas mais abundantes na terra e possuem grande variedade de funções energéticas, informativas e estruturais. Funções: Reserva energética, composição dos ácidos nucleicos, componentes estruturais de muitos organismos, proteção, sinais de localização celular, lubrificação de juntas esqueléticas e adesão intercelular. Carboidratos podem ser: • POLI-HIDROXIALDEÍDOS: várias hidroxilas e uma carbonila aldeíca; • POLI-HIDROXICETONAS: várias hidroxilas e uma carbonila cetônica . A fórmula empírica empírica para a maioria dos carboidratos é: CH20n n>3 Alguns podem conter enxofre, fósforo e nitrogênio. Podem ser classificados em: monossacarídeos , oligossacarídeos e polissacarídeos. Monossacarídeos São os carboidratos mais simples. Podem ser chamados de aldoses ou cetoses, segundo o grupo funcional que apresenta (aldeído ou cetona). São simples, não hidrolisáveis, não ramificados, hidrossolúveis e tem apenas ligações simples entre os seus carbonos. De acordo com o número de carbonos podem ser classificados como: trioses (3), tetroses (4), pentoses(5), hexoses (6) e heptoses. (7) Os monossacarídeos mais simples são as duas trioses: gliceraldeído (aldose) e a dihidroxicetona (cetose). O gliceraldeído apresenta um carbono assimétrico, dando origem aos isômeros D e L. Os outros monossacarídeos são teoricamente derivados destas trioses mais simples, os que são biologicamente mais importantes apresentam configuração D. A pentose possui uma grande importância, já que formam a ribose e a desoxirribose, já que são monossacarídeos de função estrutural que formam a estrutura dos ácidos nucleícos (DNA e RNA); As hexoses também possuem uma grande importância já que formam a glicose que é um dos carboidratos mais importantes; frutose que é o açúcar das frutas e a galactose que é o “açúcar do leite”. Oligossacarídeos Os monossacarídeos podem se ligar por meio da ligação glicosídica, formando oligossacarídeos e polissacarídeos. A diferença entre oligossacarídeos e os polissacarídeos é que os oligossacarídeos apresentam de 2 a 10 monossacarídeos, enquanto os polissacarídeos apresentam mais de 10 monossacarídeos ligados pela ligação glicosídica. Os oligossacarídeos mais abundantes são os que apresentam 2 monossacarídeos, os chamados dissacarídeos GLICOSE + FRUTOSE= SACAROSE – açúcar e está presente em grandes quantidades na cana de açúcar e na beterraba. GLICOSE+ GALACTOSE = LACTOSE – predomina no leite Polissacarídeos Os polissacarídeos são os carboidratos que apresentam mais de 10 monossacarídeos (polímeros- centenas a milhares) em sua estrutura e são classificados de acordo com a sua função. Homopolissacarídeos: única espécie monomérica em toda a molécula- amido, glicogênio, celulose, insulina e quitina. Hereropolissacarideos: diferentes espécies de monossacarídeos- glicosaminoglicano, ácido hialurônico. Energética: fornecem energia Glicogênio (várias glicoses): reserva energética em alguns animais, principalmente nos humanos (encontrado no fígado e nos músculos) -> quando há a necessidade de energia o glicogênio é quebrado em várias glicoses e utilizado como fonte de energia; Estruturual: compõem algumas estruturas Glicosaminoglicano: mantém os tecidos hidradados pois atraem água. . Lípideos Os lipídeos são moléculas relativamente pequenas, que apresentam uma grande força de atração entre si (interações hidrofóbicas. Saõ um grupo de compostos quimicamente diversos que apresentam a baixa solubilidade em água como uma característica que os definem, são apolares. Muitos lipídios são compostos anfipáticos, apresentam na molécula uma porção apolar e outra porção polar. Possui as seguintes funções: • Armazenamento de energia (caráter secundário), • Compõe membranas biológicas, • Isolante térmico, elétrico e mecânico, • Moléculas mensageiras (hormônios e vitaminas). Ácidos graxos Constituem a forma mais simples de lipídeos, e é encontrado principalmente no plasma. São ácidos carboxílicos com cadeias hidrocarbonadas variando de 4 a 35 carbonos, sendo que o grupo carboxila (-COOH) constitui a parte polar da cadeia, enquanto a cadeia carbônica constitui a parte apolar (anfipáticas). R- COOH ÁCIDO GRAXO COM 18 CARBONOS NÃO APRESENTA DUPLAS LIGAÇÕES SATURADOS SATURADOS produtos de origem animal -soluvel MONOSSATURADOS óleos de oliva, abacate INSATURADOS- óleos de sementes vegetais (óleo de soja) +soluvel Triacilgliceróis Triglicerídeos, gorduras, gorduras neutras. Compostos por três ácidos graxos, cada um em ligação éster com uma molécula de glicerol. Simples: ácidos graxos do mesmo tipo Misto: dois ou três tipos diferentes de ácidos graxos. Funções: reserva energética, transporte e absorção de vitaminas, isolante térmico Estrutura: Glicerol + ligação éster + 3 ácidos graxos Cerídeos As ceras biológicas são ésteres de ácidos graxos saturados e insaturados de cadeia longa com álcoois de cadeia longa. Seus pontos de fusão são, geralmente, maisaltos do que os dos triacilgliceróis Glicerofosfolipídeos Também chamados de fosfoglicerídeos, são lipídeos polares de membrana nos quais 3 ácidos graxos se ligam ao 1 e ao 2° carbono do glicerol e um grupo fortemente polar está unido por ligação fosfodiéster ao 3° carbono. É componente da bicamada lipídica. Esfingolipídios De forma semelhante aos glicerofosfolipídeos, também têm um grupo cabeça polar e duas caudas apolares; contudo não contêm glicerol. FALTA ESTUDAR! Esteróides São lipídios estruturais que apresentam um núcleo esteroide característico em sua estrutura Esse núcleo é tetracíclico, contendo 4 anéis fusionados, 3 com 6C e 1 com 5C. Atuam como constituintes das membranas e são precursores de hormônios. Colesterol -Principal esteroide nos tecidos animais e serve como precursor à síntese de todos os outros hormônios. -Hidrofóbico Objetivo 03: Pontuar as alterações clínicas causadas pelo excesso de lipídios e carboidratos. . Atelosclerose A atelosclerose é um quadro clínico no qual depósitos irregulares de gordura se desenvolvem nas paredes das artérias de médio e grande porte, levando à redução ou bloqueio do fluxo sanguíneo; Causa lesão nas paredes das artérias; Hipertensão arterial, tabagismo, diabetes e níveis elevados de colesterol no sangue contribuem para a lesão; Prevenção: parar de fumar, melhorar sua dieta e fazer exercícios físicos. Acúmulo de gordura nas artérias se dá pelo alto teor de colesterol no sangue, o que varia de acordo com a alimentação. O nível alto de colesterol no sangue pode causar lesões nas paredes das artérias (endotélio). Quando esse revestimento é ferido, os leucócitos (monócitos + células T) são ativados e saem da corrente sanguínea até chegar no local da lesão. Lá são transformado em células espumosas que coletam os materiais gordurosos (colesterol). Com o tempo, as células do musculo liso movem-se para o revestimento da parede e se multiplicam nessa região. Esse acumulo de materiais vai formar o arteroma. Que podem diminuir ou bloquear o fluxo sanguíneo. INGESTÃO DE CARBOIDRATOS E LIPÍDEOS: QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS PARA O RISCO CARDIOVASCULAR? Emanuela B. Caeres1 . Obesidade O consumo excessivo da gordura saturada de origem animal provoca uma inflamação no hipotálamo, a região do cérebro que controla a fome e a saciedade. Isso destrói os neurônios e a pessoas não se sente mais saciada e come mais. O que pode causar a obesidade. Associação brasileira de nutrição - Excesso de gordura prejudica o cérebro e pode provocar doenças
Compartilhar