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sistema digestório tutoria 3 3 (1)

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O sistema digestório contribui para a homeostasia do corpo ao 
fragmentar alimentos em substâncias menores que podem ser 
absorvidas e utilizadas pelas células do corpo. Também possui a 
capacidade de absorver água, vitaminas e minerais, e eliminar escórias 
metabólicas do corpo. 
Os alimentos que nós consumimos contém inúmeros nutrientes que são 
utilizados para formar novos tecidos corporais e reparar tecidos 
danificados. A comida também é importante pois é nossa única fonte de 
energia química. Entretanto, a maioria dos alimentos que nós consumimos 
possuem moléculas que são muito grandes e não podem ser utilizadas 
pelas células do corpo. Dessa forma, os alimentos precisam ser clivados 
em moléculas menores para que essas possam ser utilizadas pelo nosso 
corpo, em um processo chamado de digestão. Os órgãos que são 
envolvidos nesse processo são compostos por tubos que vão da boca ao 
ânus. 
 
Objetivo 01: Conhecer a anatomia e a fisiologia do Sistema Digestório. 
 
 Aspectos gerais do sistema digestório 
➢ Identificar os órgãos e os sistemas do sistema digestório 
➢ Descrever os processos básicos realizados pelo sistema 
digestório. 
 
Dois grupos formam a composição do sistema digestório: o canal 
alimentar e os órgãos digestórios acessórios. 
O canal alimentar é um tubo contínuo que vai da boca ao ânus, e é 
composto pela boca, a maior parte da faringe, o esôfago, o estômago, o 
intestino delgado e o intestino grosso. Mede 5-7 m na pessoa viva e 7-
9 m no cadáver, por conta do tônus muscular. 
Os órgãos digestórios acessórios incluem os dentes, a língua, as glândulas 
salivares, o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas. Os dentes ajudam na 
fragmentação física dos alimentos, a língua auxilia na deglutição e na 
mastigação. Os outros órgãos digestórios não entram em contato direto 
com os alimentos, apenas secretam substâncias que fluem para o canal 
alimentar por meio de ductos, contribuindo, dessa forma, para a 
decomposição química dos alimentos (glândulas salivares, fígado, vesícula 
biliar e o pâncreas). 
As contrações musculares que acontecem no canal alimentar ajudam a 
fragmentar o alimento, impulsioná-lo até o ânus e dissolvê-lo, quando há 
a mistura com os líquidos secretados no canal alimentar. As enzimas que 
são secretadas pelos ODA e as células que revestem o CA fragmentam 
os alimentos quimicamente. 
➢ Funções do sistema digestório: 
 
 
1- Ingestão: Colocar água e alimentos na boca; 
2- Secreção: água, ácido, tampões e enzimas (7l) secretados 
pelos ODA e pelas células nas paredes do CA. 
3- Mistura e propulsão: MOTILIDADE – Mistura e movimentação 
4- Digestão: 
• Digestão mecânica; 
• Digestão química: grandes moléculas de carboidratos, 
lipídios, proteínas e ácidos nucleicos são clivadas em 
moléculas menores por meio da hidrólise. As enzimas 
digestórias produzidas pelas glândulas salivares, língua, 
estômago, pâncreas e intestino delgado catalisam essas 
reações catabólicas. 
Poucas substâncias alimentares podem ser absorvidas sem 
digestão química (íons, água, vitamina, colesterol e água). 
5- Absorção: Entrada nas células epiteliais do revestimento do 
lúmen do CA dos líquidos, íons e produtos da digestão ingeridos 
ou secretados que passam para o sangue ou linfa e circulam 
até as células do corpo. 
6- Defecção: O material eliminado (escórias metabólicas, 
substâncias não digeridas, bactérias, células descamadas da 
túnica mucosa do CA e materiais digeridos que não foram 
absorvidos ao longo do CA). São as fezes. 
 Camadas do canal alimentar 
➢ Descrever a estrutura e função das camadas que formam a 
parede do canal alimentar. 
Desde a parte inferior do esôfago até o canal anal, a parede do canal 
alimentar tem o mesmo arranjo básico de quatro camadas de tecido: 
Túnica mucosa, a tela submucosa, a túnica muscular e a túnica serosa ou 
túnica adventícia. 
Túnica mucosa 
A túnica mucosa que também é chamada de revestimento do canal 
alimentar, é uma membrana mucosa, constituída por três camadas: 
epitélio que tem contato direto com o conteúdo do canal alimentar; uma 
camada de tecido conjuntivo (lâmina própria); e por uma camada fina de 
músculo liso (lâmina muscular da mucosa). 
 
1- O epitélio que constitui a boca, faringe, esôfago e canal anal é 
feito por epitélio escamoso estratificado não queratinizado e 
tem como principal função a proteção; o revestimento do 
estômago e dos intestinos é de epitélio colunar simples, que 
atua na secreção e na absorção. As zônulas de oclusão evitam 
os extravasamentos intercelulares no epitélio colunas simples. 
A taxa de renovação dessas células é rápida (5 a 7 dias). 
Temos entre as células epiteliais células exócrinas que 
secretam muco e líquidos para a luz do CA, e várias células 
enteroendócrinas, que secretam hormônios. 
2- A lâmina própria é constituída por tecido conjuntivo areolar 
contendo muitos vasos sanguíneos e linfáticos (vias de 
transporte para outras partes do corpo dos nutrientes 
absorvidos no CA), apoia o epitélio e liga-o à lâmina muscular 
da mucosa. Também contém a maior parte das células do 
tecido linfoide associado a mucosa (MALT), que contém células 
imunológicas que tem função de proteção. O MALT é 
encontrado em todo o CA, principalmente nas tonsilas, no 
intestino delgado, no apêndice vermiforme e no intestino 
grosso. 
3- A fina camada de fibras musculares lisas (lâmina muscular da 
mucosa) produz pequenas microvilosidades na túnica mucosa 
do estômago e do intestino delgado, que por meio dos 
movimentos de contração, aumenta a área de superfície para 
a digestão e absorção. Dessa forma, todas as células 
absortivas entram em contato com o conteúdo do canal 
alimentar. 
Tela submucosa 
A tela submucosa é composta por tecido conjuntivo areolar que liga a 
túnica mucosa à camada muscular. Contém muitos vasos sanguíneos e 
linfáticos que receber as moléculas absorvidas. Além disso, contém uma 
extensa rede de neurônios (u). Pode conter glândulas e tecidos linfáticos. 
Túnica muscular 
A túnica muscular da boca¸ faringe e partes superior e média do esôfago 
contém músculo esquelético que produz a deglutição involuntária (ex.: 
músculo esfíncter do ânus). O restante do canal alimentar, a túnica 
muscular, é composta por músculo liso, que consiste em duas lâminas: 
1- Camada interna de fibras circulares; 
2- Camada externa de fibras longitudinais. 
Essas contrações contribuem na fragmentação do alimento, na mistura 
às secreções digestórias e no seu transporte. 
Entre as camadas da túnica muscular está a segunda camada de plexo 
de neurônios: o plexo mientérico. 
Túnica cerosa 
As partes do CA que estão suspensas na cavidade abdominal possuem 
uma camada superficial chamada túnica venosa, que é uma membra 
composta por tecido conjuntivo areolar e epitélio escamoso simples 
(mesotélio). A túnica serosa também forma uma parte do peritônio 
(peritônio visceral). O esôfago não possui túnica serosa; apenas uma 
camada de tecido conjuntivo areolar (Túnica adventícia). 
 
 Inervação do canal alimentar 
➢ Descrever o suprimento nervoso do canal alimentar 
O CA é regulado por dois conjuntos de nervos: 
• Sistema nervoso entérico (intrínseco); 
• Divisão autônoma do sistema nervoso (extrínseco). 
Sistema nervoso entérico 
O sistema nervoso entérico é o “encéfalo do intestino”, com 
aproximadamente 100 milhões de neurônios que vão do esôfago até o 
ânus e está organizado em dois plexos: plexo mioentérico (plexo de 
Auerbach) e o plexo submucoso. 
Os plexos do SNE consistem em neurônios motores, interneurônios e 
neurônios sensitivos. 
-Neurônios motores do plexo mioentérico: irrigam as camadas de 
músculos lisos longitudinais e circulares da túnica muscular e por isso 
controlam a motilidade do canal alimentar(frequência e força da 
contração da túnica muscular). 
-Neurônios motores do plexo submucoso: irrigamas células secretoras 
do epitélio da túnica mucosa, controlando as secreções dos órgãos do 
canal alimentar. 
-Interneurônios: interligam os neurônios dos plexos submucoso e 
mioentérico 
-Neurônios sensitivos: irrigam o epitélio da túnica mucosa e detectam 
estímulos do lúmem alimentar, possuem químiorreceptores ( respondem 
a determinadas substâncias das substâncias do lúmen), e 
mecanorreceptores (receptores de estiramento – distensão do CA). 
 
 
 
 
 
 
Divisão autônoma do sistema nervoso 
Os neurônios do SNE estão sujeitos à regulação pelos neurônios da DASI. 
Os neurônios parassimpáticos fazem contato com os neurônios do SNE, 
outros inervam diretamente no músculo liso e glândulas. A estimulação 
dos nervos parassimpáticos que inervam no CA causa aumento da 
secreção e motilidade, pelo aumento na atividade dos neurônios do SNE. 
Os neurônios simpáticos fazem sinapse com os neurônios do plexo 
mioentérico e plexo submucoso, causando diminuição da motilidade e 
secreção pela inibição dos neurônios do SNE. Quando a pessoa está com 
raiva, medo e ansiedade pode retardar a digestão por estimulação dos 
sistemas simpáticos. 
 
 Peritônio 
➢ Descrever o peritônio e suas pregas 
O peritônio é a maior túnica serosa do corpo; é composto por um epitélio 
escamoso simples (mesotélio) com uma cama de tecido conjuntivo areolar 
(subjacente). 
É dividido em duas camadas: Peritônio parietal e peritônio visceral. 
O peritônio parietal reveste a parede da cavidade abdominal, já o 
peritônio visceral abrange alguns dos órgãos da cavidade e constitui sua 
túnica serosa. 
Existe também um espaço entre as partes parietal e visceral, chamada 
cavidade peritoneal. Nessa cavidade tem-se o líquido seroso lubrificante, 
que pode acumular, distender a cavidade peritoneal e causar a ascite. 
 
Alguns órgãos que ficam na parede posterior do abdome, são recobertos 
por peritônio apenas anteriormente, ficando de fora da cavidade 
peritoneal (“atrás do peritônio). São denominados órgãos parietais (rins, 
colo ascendente e descendente do intestino grosso, o duodeno do 
intestino delgado e o pâncreas. 
O peritônio contém grandes pregas que se entrelaçam entre as 
vísceras, elas ligam os órgãos entre si e às paredes da cavidade 
abdominal. Também contém vasos sanguíneos e linfáticos, além de nervos 
que suprem os órgãos abdominais. 
Existem três pregas peritoneais principais: omento maior, ligamento 
falciforme, omento menor, mesentério e mesocolo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Omento maior: reveste o colo transverso e as serpentinas do 
intestino delgado como um “avental de gordura”. É uma dupla 
camada de gordura que se dobra sobre si mesma, tendo 4 
camadas. Contém muito tecido adiposo, e aumenta conforme 
o indivíduo ganha peso (“barriga de cerveja”). Contém 
linfonodos que fornecem células de defesa que combatem 
infecções do canal alimentar. 
2. Ligamento falciforme: insere o fígado à parede abdominal 
anterior e diafragma. O fígado é o único órgão digestório 
inserido a parede abdominal anterior. 
3. Omento menor: é uma prega anterior na túnica serosa do 
estômago e duodeno e conecta o estômago e o duodeno ao 
fígado. É a via pra os vasos sanguíneos que chegam ao fígado 
e contém a veia porta do fígado, a artéria hepática comuns e 
o ducto colédoco, junto com alguns linfonodos. 
4. Mesentério: é uma prega em forma de leque do peritônio e 
liga o jejuno e o íleo do intestino delgado à parede posterior do 
abdome. É a maior prega peritoneal, e normalmente está cheia 
de gordura, e contribui bastante para o abdome volumoso em 
obesos. Possui duas camadas, que possuem vasos sanguíneos 
linfáticos e linfonodos entre suas camadas. 
5. Mesocolo: são duas pregas separadas do peritônio que ligam o 
colo tranverso e colo sigmoide do intestino à parede posterior 
do abdome. Também abriga vasos sanguíneos e linfáticos para 
o intestino. Juntamente ao mesentério, o mesocolo mantém os 
intestinos frouxamente no lugar, o que possibilita o movimento 
conforme as contrações musculares. 
 
 Boca 
➢ Identificar a localização das glândulas salivares e descrever as 
funções de suas secreções 
➢ Descrever a estrutura e as funções da língua 
➢ Identificar as partes de um dente normal e comparar as 
dentições decídua e permanente. 
A boca também é chamada de cavidade oral ou cavidade bucal, é formada 
pelas bochechas (paredes laterais), que são recobertas por pele 
externamente e por túnica mucosa internamente (epitélio escamoso 
estratificado não queratinizado). Também é constituídas pelos palatos 
duro e mole e língua. As bochechas terminam anteriormente com os 
lábios. 
 
 
Glândulas salivares 
A glândula salivar é uma glândula que libera uma secreção chamada saliva 
na cavidade oral. Normalmente, é secretada na quantidade suficiente 
para limpar a boca e os dentes e manter a umidade das túnicas mucosas 
da boca. Mas, ao alimento entrar na boca, a secreção aumenta e lubrifica 
o alimento, além de dissolver, iniciando processo de decomposição química 
dos alimentos. 
A túnica mucosa na boca possui pequenas glândulas salivares que liberam 
a saliva de forma direta ou indireta (pequenos ductos) na cavidade oral. 
Nesse caso nós temos as glândulas labial (lábios), bucal (bochecha), 
palatina (palato) e as glândulas linguais na língua, todos possuem uma 
pequena contribuição para a saliva. 
 
Entretanto, a maior parte da saliva é secretada por glândulas maiores, 
que se encontram além da túnica mucosa da boca, em ductos que levam 
até à cavidade oral. Existem três glândulas salivares maiores: glândulas 
parótidas, submandibulares e sublinguais. As glândulas parótidas estão 
localizadas anteriormente à orelha e secreta saliva para a cavidade oral 
por meio do ducto parotídeo. As glândulas submandibulares, são inferiores 
ao corpo da mandíbula, os ductos submandibulares passam sob a tuúnica 
mucosa e secretam saliva para a cavidade oral. As glândulas sublinguais 
ficam abaixo da língua e superiormente às glândulas submandibulares, e 
secretam saliva por meio dos ductos sublinguais menores. 
Composição e funções da saliva 
Quimicamente, a saliva é composta por água ( 99,5%) e por solutos 
(0,5%). Os solutos incluem sódio, o potássio, o cloreto, o bicarbonato e o 
fosfato, além de alguns gases dissolvidos e substâncias orgânicas, como 
a ureia, o ácido úrico, o muco, a imoglobulina A, a enzima bacteriolítica e 
a amilase salivar, uma enzima digestória que atua sobre o amido. Nem 
todas as glândulas salivares fornecem os mesmos ingredientes. 
A água na saliva fornece um meio para a dissolução de alimentos. Os íons 
cloretos da saliva ativam a amilase (enzima que inicia a decomposição do 
amido na boca em maltose, maltotrise e a-dextrina). Os íons bicarbonato 
e fosfato tamponam alimentos ácidos que entram na boca, regulando 
seu pH ( 6,35-6,85). As glândulas salivares ajudam a remover moléculas 
residuais do corpo. O muco lubrifica o alimento para que ele possa ser 
movido. A imunoglobulina A impede a ligação de microrganismos, evitando 
que eles penetrem no epitélio e enzima lisozima mata as bactérias. 
Entetando, não estão presentes para matar todas as bactérias da boca. 
Salivação: 
A secreção da saliva é denominada salivação e é controlada pela divisão 
autônoma do sistema nervoso. A quantidade de saliva varia 
consideravelmente (1000 a 1500 ml). A estimulação parassimpática vai 
promover a salivação moderada, o que mantem as túnicas mucosas e a 
boca úmida, dessa forma é engolida e usada para lubrificar o esôfago e 
então reabsorvida, para evitar a desidratação. A estimulação simpática 
(estresse) diminui a secreção de saliva e acaba ressecando a boca, o que 
causa a sensação de sede. 
Inflamação e aumento das glândulas parótidas, causada pelo vírus da 
caxumba (paramixovírus): caxumba 
Língua 
A língua é um órgão digestivo acessório compostopor músculo 
esquelético e recoberto por túnica mucosa. Forma o assoalho da cavidade 
oral. 
A face superior e lateral da língua são recobertas por papilas, que 
contém papilas gustativas, que são os receptores para a gustação. 
Dentes 
São órgãos digestórios acessórios localizados nos soquetes dos 
processos alveolares da mandíbula e da maxila que são recobertos pela 
gengiva. Esses soquetes são revestidos pelo ligamento periodontal (tecido 
conjuntivo fibroso denso) que ancora os dentes às paredes do soquete 
e age como um amortecedor na mastigação. 
 
ESTUDAR DENTES POSTERIORMENTE 
 
Digestão mecânica e química da boca 
A digestão mecânica na boca resulta do processo de mastigação, em que 
o alimento é manipulado pela língua, triturado pelos dentes e misturado 
com a saliva. Desse modo o alimento é transformado a uma massa macia 
e flexível, facilmente engolida, o bolo alimentar. 
Duas enzimas, a amilase salivar (glândula salivar) e a lipase lingual, 
contribuem com a digestão química que ocorre na boca. Iniciam a digestão 
clivando os amidos em moléculas menores (maltose dissacarídea e 
maltotriose trissacarídea). Também é secretada a lipase lingual (glândulas 
linguais) que tornam-se ativas no ambiente ácido do estomago, clivando 
os triglicerídios em ácidos graxos e diglicerídios. 
 
. Faringe 
➢ Descrever a localização e a função da faringe. 
 
Após o alimento ser engolido ele passa da boca para a faringe. A faringe 
é como um tubo composto por músculo esquelético e túnica mucosa, que 
se estende dos cóanos a laringe (anteriormente) e ao esôfago 
posteriormente. É dividida em três partes: parte nasal da faringe 
(exclusiva do sistema respiratório), parte oral e parte laríngea da faringe, 
que fazem parte do sistema respiratório e digestório. A comida que é 
engolida passa para as partes oral e laríngea da faringe; as contrações 
musculares dessa áreas ajudam a impulsionar o alimento para o esôfago. 
 
. Esôfago 
➢ Descrever a localização, anatomia, histologia, e funções do 
esôfago. 
O esôfago (posteriormente à traqueia) é um tubo muscular colábavel de 
aproximadamente 25 cm de comprimento que vai desde a extremidade 
da parte laríngea da faringe até entrar no diafragma através do hiato 
esofágico. E termina na parte superior do estômago. 
Histologia do esôfafo 
A túnica mucosa do esôfago é constituída de epitélio estratificado 
pavimentoso não queratinizado; lâmina própria (tecido conjutivo areolar e 
lâmina muscular da mucosa (músculo liso). 
 
Próximo ao estômago, a túnica mucosa do esôfago também contém 
glândulas mucosas. 
O epitélio de revestimento (estratificado pavimentoso não queratinizado) 
dos lábios, boca,língua, parte oral da faringe laringe esôfago, confere 
uma proteção à abrasão causada pelo alimento que é mastigado. A tela 
submucosa contém tecido conjuntivo areolar que contém vasos 
sanguíneos e glândulas mucosas. A túnica muscular do terço superior do 
esôfago é de músculo esquelético, o terço intermediário é de músculo 
esquelético e lis, e o terço inferior é de músculo liso. 
Nas duas extremidades do esôfago, a túnica muscular se torna mais 
estreita e forma do esfíncteres, o esfíncter do esofágico superior, 
regula o movimento do bolo alimentar da faringe para o esôfago (músculo 
esquelético), e o esfíncter esofágico inferior e regula a passagem do 
esôfago para o estomago (musculo liso). A camada superficial é a túnica 
adventícia, já que o tecido conjuntivo areolar não é recoberta por 
mesotélio e o TCA funde-se ao tecido conjuntivo das estrutas 
adjacentes, inserindo o esôfago nessas estruturas que o circundam 
O esôfago secreta muco e transporta o bolo alimentar ao estomago. Não 
produz enzimas digestórias nem realiza absorção. 
 
. Deglutição 
➢ Descrever as três fases da deglutição 
O movimento do alimento da boca para o estômago é denominada 
deglutição, que é o ato de engolir. A deglutição é facilitada pela secração 
de saliva e muco e envolve a boca, a faringe e o esôfago. 
A deglutição ocorre em três fases: 
1. Fase voluntária: é quando o bolo alimentar passa da boca para 
a parte oral da faringe. O bolo alimentar é forçado a passar 
para a cavidade oral da faringe e pelo movimento para cima 
e para baixo efetuado pela língua- contato com o palato; 
2. Fase faríngea: a passagem INVOLUNTÁRIA do bolo alimentar 
pela faringe até o esôfago. O bolo alimentar vai estimular 
receptores existentes na parte oral da faringe, que enviam 
impulsos para o centro de deglutição no bulbo e parte inferior 
do tronco encefálico. Esses impulsos retornam e fazem com 
que o palato mole e a úvula se movam para cima 9impedir que 
o alimento vá para a parte nasal da faringe). Além disso a 
epiglote fecha a abertura da laringe, que impede que o bolo 
alimentar entre para o sistema respiratório. O esfíncter 
esofágico superior relaxa, e o bolo alimentar vai para o 
estômago; 
 
3. Fase esofágica: passa INVOLUNTÁRIA do bolo alimentar 
através do esôfago até o estomago. Essa fase inicia-se 
quando o bolo alimentar entra no esôfago. Esse movimento é 
realizado por meio do peristaltismo que é uma série de 
contrações e relaxamentos coordenados (bulbo) que acaba 
empurrando o conteúdo alimentar para a frente. O movimento 
peristáltico ocorre da seguinte forma: 
a) No início do esôfago, as fibras musculares 
circulares se contraem, comprimindo a parede 
esofágica e comprimindo o bolo alimentar em 
direção ao estômago; 
b) As fibras longitudinais também se contraem, o que 
encurtar esta seção inferior e empurra as 
paredes para fora que recebem o bolo alimentar. 
Esses movimentos são repetidos em ondas até que 
o bolo alimentar chegue ao estômago. 
c) O esfíncter esofágico inferior relaxa e o bolo 
alimentar se move para o estomago. 
 
. Estômago 
➢ Descrever a localização, anatomia, histologia e funções do 
estômago. 
 
O estômago é um alargamento do canal alimentar forma de J, inferior 
ao diafragma no abdome. Liga o esôfago ao duodeno, que é parte inicial 
do intestino delgado, e serve como uma câmara de mistura e 
reservatório de retenção, forçando, em momentos adequados, 
quantidades de material até o intestino delgado. O estômago é a parte 
mais distensível do canal alimentar, e pode acomodar uma grande 
quantidade de comida. No estômago, a digestão de triglicerídeos e amido 
continua e a de proteínas inicia. O bolo alimentar que antes era sólido, 
agora á liquido, e determinadas substâncias são absorvidas. 
1. Mistura a saliva, os alimentos e o suco gástrico para formar 
o quimo. 
2. Serve como reservatório para o alimento antes da liberação 
para o intestino delgado. 
3. Secreta suco gástrico, que contém HCl (mata bactérias e 
desnatura proteínas), pepsina (começa a digestão de 
4. proteínas), fator intrínseco (auxilia na absorção de vitamina 
B12) e lipase gástrica (auxilia na digestão de 
5. triglicerídios). 
6. Secreta gastrina no sangue. 
Anatomia do estômago 
 
O estômago tem quatro regiões principais: 
• Cárdia: Região que circunda a abertura do estomago ao 
esôfago; 
• Fundo gástrico: A região superior arredondada à esquerda da 
cardia; 
• Corpo gástrico: Inferior ao fundo gástrico fica a grande parte 
central do estomago; 
• Parte pilórica: Dividida em três regiões ( antro pilórico, que liga 
o corpo ai estomago; o canal pilórico, que leva à terceira região: 
o canal pilórico que conecta o estômago ao duodeno. 
Quando o estômago está vazio, a túnica mucosa forma pregas, que 
podem ser vistas a olho nu, são as pregas gástricas. 
O piloro se comunica ao duodeno por meio de um esfíncter de musculo 
liso (músculo esfíncter do piloro). 
A margem medial côncavado estomago é chamada de curvatura menor, 
e a convexa lateral é chamada de curvatura maior. 
❖ Bebês: piloroespasmo- fibras do músculo esfíncter do piloro 
não relaxam e o alimento não passa para o intestino delgado 
– estomago muito cheio – vômitos frequentes para aliviar. 
 
Histologia do estomago 
A parede do estomago é formado pelas camadas básicas do canal 
alimentar: túnica mucosa, tela submucosa, túnicas musculares e túnica 
serosa, porém apresenta algumas modificações. A superfície da túnica 
mucosa é uma camada de células epiteliais colunares simples (células 
mucosas da superfície). A túnica mucosa também contém a lâmina 
própria (tecido conjuntivo areolar) e lâmina muscular da mucosa (músculo 
liso). As células epiteliais se estendem até lâmina própria, onde formam 
colunas de células secretoras, chamadas glândulas gástricas. Essas 
glândulas gástricas fluem para as criptas gástricas, e, em seguida para 
o lúmen do estômago. 
 
 
As glândulas gástricas contem 3 tipos de células exócrinas que secretam 
para o lúmen do estomago: células mucosas do colo, células principais 
gástricas e células parietais. 
1. Mucosas do colo: muco; 
2. Células principais gástricas: muco, pepsinogênio e lipase 
gástrica; 
3. Células parietais: fator intrínseco (absorção vitamina B12) e 
ácido clorídrico. 
As secreções dos três tipos celulares juntos formam o suco gástrico 
(2000- 3000 ml/dia) 
Também temos uma célula endócrina, a célula secretora de gastrina, que 
secreta o hormônio para a circulação sanguínea, que estimula vários 
aspectos da atividade gástrica. 
Três camadas adicionais encontram-se profundamente à túnica mucosa: 
a tela submucosa (TCA), a túnica muscular, que, nesse caso, possui 3 
camadas de musculo liso, ao invés de duas (camada externa: camada 
longitudinal; camada circular média e uma camada de fibras oblíquas 
internas, no corpo gástrico). 
A túnica serosa é composta por epitélio escamoso simples (mesotélio) e 
TCA, que faz parte do peritônio visceral. 
Digestão mecânica e química no estômago 
Movimentos de propulsão (corpo gástrico para o antro pilórioco) e 
retropropulsão (corpo pilórico até o corpo gástrico) misturam o suco 
gástrico ao conteúdo gástrico, formando a quimo. Esses movimentos 
continuam repetidamente, até que a quimo tenha partículas 
suficientemente pequenas que possam passar pelo óstio pilórico 
(esvaziamento gástrico), que é lento, pois só vão 3ml por vez. 
 
QUÍMICO PRÓXIMA TUTORIA! 
 
. Pâncreas 
➢ Descrever a localização, a anatomia histologia e função do 
pâncreas 
Do estômago, o quimo passa para o intestino delgado, e a digestão química 
que ocorre no intestino delgado depende da atividade do pâncreas, do 
fígado e da vesícula biliar. 
Anatomia do pâncreas 
Morfologia: o pâncreas é uma glândula retroperitoneal do SGI, possui 12-
15 cm de comprimento e 2,5 cm de espessura. Fica localizado 
posteriormente à curvatura maior do intestino delgado. Possui uma 
cabeça, que é a porção expandida do órgão, um corpo que é central e 
ligado ao duodeno por 2 ductos e uma cauda que é afilada 
Os sucos pancreáticos são secretados pelas células exócrinas em 
pequenos ductos que se juntam para formar dois ductos maiores: ducto 
pancreático (Ducto de Wirsung) e o ducto pancreático acessório, que 
levam as secreções até o intestino delgado. Na maior parte das pessoas 
o ducto pancreático se une ao ducto de colédoco (fígado e vesícula biliar) 
e entra no duodeno como um ducto comum, que é a ampola 
hepatopancreática, que se abre em uma elevação da túnica mucosa no 
duodeno do intestino delgado chamada de papila maior do duodenonono. 
Essa passagem é regulada por massa de músculo liso que circunda a 
ampola maior do duodeno que é o músculo esfíncter da ampola 
hepatopancreática (esfíncter de Oddi). O ducto pancreático acessório 
(ducto de Santorini), sai do pâncreas e esvazia-se no duodeno mais 
superiormente. 
 
Histologia do pâncreas 
O pâncreas é formado por pequenos aglomerados de células epiteliais 
glandulares que são divididas em dois grupos: 
As células exócrinas (99%) são chamadas de ácinos e secretam o suco 
pancreático (mistura de enzimas digestórias e liquídos) e constituem a 
porção exócrina do órgão. 
As células endócrinas (1%) são chamadas de ilhotas pancreáticas (ilhotas 
de Langerhans), formam a porção endócrina do pâncreas, secretas 
glucagon, insulina, somatostina e polipeptídeo pancreático. 
Composição do suco pacreático 
O pâncreas produz diariamente uma média de 1220-1500 ml de suco 
pancreático. O suco pancreático é um liquido claro e incolor que consiste 
principalmente em água, alguns sais, bicarbonato de sódio e várias 
enzimas. O bicarbonato de sódio dá ao suco um caráter alcalino (7,1 a 
8,2), que tampona o suco gástrico acido no quimo, interrompe a ação da 
pepsina do estomago e cria o pH adequado para a ação das enzimas 
digestórias no intestino delgado. 
 
. Fígado e vesícula biliar 
➢ Descrever a localização anatomia, histologia e funções do 
fígado e da vesícula biliar 
 
Morfologia: O fígado é a glândula mais pesada do corpo (1,4kg). É o 
segundo maior órgão, e está localizado inferiormente ao diafragma. 
Já a vesícula biliar é um saco em forma de pera que está localizado 
em uma depressão da face posterior do fígado. Mede de 7 a 10 cm de 
comprimento e normalmente pende da margem inferior anterior do 
fígado. 
Anatomia do fígado e da vesícula biliar 
 
 
O fígado é quase totalmente recoberto por peritônio visceral e é 
completamente coberto por uma camada de tecido conjuntivo denso 
irregular que se encontra profundamente ao peritônio. 
O fígado é dividido em dois lobos principais: lobo hepático direito grande e 
lobo hepático esquerdo menor. Esses lobos são separados pelo ligamento 
falciforme, que se estende da face inferior do diafragma e passa entre 
os dois lobos, ajudando a suspender o fígado na cavidade abdominal. 
Também temos os lobos quadrado e caudado, que pertencem ao lobo 
hepático esquerdo menor. 
Na margem livre do ligamento falciforme nós temos o ligamento redondo, 
que é um remanescente da veia umbilical do feto e liga o fígado ao umbigo. 
Os ligamentos coronários direito e esquerdo, contribuem es suspender o 
fígado na cavidade abdominal. 
 
As partes da vesícula biliar são: O fundo da vesícula biliar, que se projeta 
inferiormente e ultrapassa a margem inferior do fígado; o corpo d 
vesícula biliar que é a parte central e se projeta no sentido superior e o 
fundo da vesícula biliar, que é a parte afunilada e, também, se projeto 
superiormente. 
Histologia do fígado e da vesícula biliar 
O fígado é composto por vários componentes: 
1. Hepatócitos: São as principais células funcionais do fígado e 
realizam funções secretoras, metabólicas e endócrinas. São 
células epiteliais que compões 80 % do fígado. 
a) Formam arranjos tridimensionais complexos 
chamados laminas hepáticas que são placas de 
hepatócitos limitadas por espações vasculares 
revestidos por endotélio chamados de sinusoides 
hepáticos. 
b) As lâminas hepáticas são estruturas irregulares 
altamente ramificadas. 
c) Os sulcos nas membranas entre os hepatócitos 
vizinhos fornecem espaço para os canalículos 
biliares, para os quais os hepatócitos secretam bile, 
que é um liquido amarelo ou verde-oliva secretado 
pelos hepatócitos, atua como um produto de 
excreção e como uma secreção digestória. 
2. Canalículos da bile: São pequenos ductos que ficam entre os 
hepatócitos que coletam a bile produzida por eles. 
a) Dos canalículos a bile passa para os dúctulos biliares 
-> ductos biliares (se unem) -> ductos hepáticos 
direito e esquerdo (se unem e saem do fígado) -> 
ducto hepático comum. 
b) O ducto hepático comum junta-se ao ducto cístico 
da vesícula biliar e formam o ducto colédoco, até 
chegarem no intestino delgado para participar da 
digestão. 
3. Sinusoideshepáticos: Os sinusoides hepáticos são capilares 
sanguíneos altamente permeáveis quen ficam entre as fileiras 
de hepatócitos recebem sangue oxigenado de ramos da 
artéria hepática e sangue venoso rico em nutrientes de ramos 
da veia porta do fígado ( traz o sangue venoso dos OGI para 
o fígado). 
a) Esses sinusoides vão se juntar até desbocar na veia 
central-> veias hepáticas -> veia cava inferior. 
b) Também teremos os fagócitos fixos (células 
estreladas do fígado) que vão funcionar como 
células de defesa no sangue que flui do canal 
alimentar. 
 
Juntos, o ducto biliar, um ramo da artéria hepática e um ramo da veia 
hepática são chamados de tríade portal. 
 
 
 
A túnica mucosa da vesícula por composta por epitélio colunar simples 
disposto em pregas. 
Não dispões de tela submucosa. 
A túnica muscular é composta de fibras de musculo liso. A contração 
dessas fibras ejeta o conteúdo da vesícula biliar para o ducto cístico. 
O revestimento é de peritônio visceral. 
Tem função de armazenar e concentrar a bile produzida pelo fígado.. 
No processo de concentração a túnica mucosa absorve agua e íons 
Suprimento sanguíneo para o fígado 
O fígado recebe sangue oxigenado pela artéria hepática e pela veia porta 
recebe sangue venoso contendo nutrientes, fármacos, microrganismos 
e toxinas que vem do canal alimentar. O oxigênio e os nutrientes são 
absorvidos pelos hepatócitos e os produtos dos hepatócitos e os 
nutrientes que ainda são necessários, são secretados de volta para o 
sangue venoso -> veia central -> veia hepática. 
 
 
. Intestino delgado 
➢ Descrever a localização e a estrutura do intestino delgado 
➢ Identificar as funções do intestino delgado. 
A maior parte da absorção e da digestão dos alimentos ocorre no 
intestino delgado, por conta disso, trata-se de um órgão extremamente 
adaptado, tanto pelo seu comprimento, quanto pela ocorrência de 
microvilosidades, pregas circulares e vilosidades que aumentam a área de 
superfície para que ocorra essa absorção e essa digestão. 
O intestino delgado começa no músculo esfíncter do piloro do estômago, 
serpenteia a parte central e inferior da cavidade abdominal e se abre 
no intestino grosso. Possui 2,5 cm de diâmetro e cerca de 3 m de 
comprimento na pessoa viva e 6,5 na pessoa morta, por perca do tônus 
muscular. 
• As segmentações misturam o quimo com os sucos digestórios 
e colocam a comida em contato com a túnica 
• mucosa para a absorção; o peristaltismo impulsiona o quimo ao 
longo do intestino delgado. 
• Completa a digestão de carboidratos, proteínas e lipídios; inicia 
e completa a digestão de ácidos nucleicos. 
• Absorve aproximadamente 90% da água e dos nutrientes que 
passam pelo sistema digestório 
Anatomia do intestino delgado 
O intestino delgado é dividido em três regiões: duodeno, jejuno e íleo. 
• O duodeno é a parte imediatamente após o músculo esfíncter 
do piloro do estômago, é retroperitoneal, tem forma de C e a 
parte mais curta (25 cm). O nome duodeno significa 12, pois o 
seu comprimento é comparado a largura de 12 dedos. Vai até 
o jejuno. 
• O jejuno é a parte que vem após o duodeno, tem comprimento 
de aproximadamente 1 m e se estende até o ílio. Tem o nome 
de jejuno pois significa vazio, e assim é encontrado no 
momento da morte 
• A última parte é o ílio, é a parte mais longa do intestino delgado 
(2m) e junta-se ao intestino grosso em um esfíncter de 
músculo liso, o óstio ileal. 
 
 
Histologia do intestino delgado 
A parede do intestino delgado é composta pelas mesmas quatro camadas 
que formam a maior parte do canal alimentar: túnica mucosa, tela 
submucosa, túnica muscular e túnica serosa. 
. A túnica mucosa é composta por uma camada de células epiteliais, lâmina 
própria e lâmina muscular da mucosa. A túnica mucosa é composta por 
epitélio colunar simples que contém alguns tipos celulares: células 
absortivas, células caliciformes, células enteroendócrina e células de 
Paneth. 
1. Células absortivas: liberam enzimas que digerem o alimento e 
contém microvilosidades que absorvem os nutrientes no quimo 
do ID; 
2. Células caliciformes: secretam muco; 
3. Células de Paneth: secretam lisozima, atuam na regulação da 
população microbiana; 
4. Células eteroendócrina: (S,CCK,K) que secretam hormônios 
secretina, colecistocinina e polipeptídeo inibidor gástrico. 
A túnica mucosa do intestino delgado contém muitas fendas profundas 
revestidas por epitélio glandular, são as glândulas intestinais e secretam 
muco intestinal. 
A lâmina própria do intestino delgado contém tecido conjutivo areolar o 
MALT abundante. Os nódulos solitários são abundantes na parte distal do 
íleo, assim como os nódulos linfáticos agragados. A lâmina muscular 
própria é constituída de musculo liso. 
A tela submucosa contem glândulas duodenais, que secreta muco alcalino 
-> neutralizar ácido gástrico no quimo. A túnica muscular é constituída 
por duas camadas de musculo liso, a externa (longitudinal) que é mais 
espessa e a camada interna (circulares). 
 
O intestino delgado possui características especiais que aumentam a sua 
capacidade de absorção e digestão, promovendo estruturas especiais: 
pregas circulares, as vilosidades e as microvilosidades 
As pregas circulares são pregas da túnica submucosa e tela submucosa. 
Vão de perto da extremidade proximal do duodeno e terminam próximo 
da porção média do íleo. Essas pregas aumentam a capacidade de 
absorção pelo aumento da superfície de contato que a superfície do 
intestino vai fazer com o quimo e também, pelo fato do quimo se mover 
em espiral, em vez de linha rela pelo intestino delgado. 
Nós também temos as vilosidades, que são projeções da túnica mucosa, 
mais numerosas (0,5-1mm) e aumentam muito a superfície de contato 
com o quimo, dando à túnica mucosa um aspecto aveludo. Essas 
vilosidades são recobertas por células epiteliais e tem uma lâmina própria 
que contém uma arteríola, uma vênula, uma rede capilar e um vaso 
lactífero (capilar linfático). Os nutrientes que são absorvidos já passam 
pela parede desses capilares e vão para o sangue ou para a linfa. 
Também existem as microvilosidades, que são as projeções da membrana 
apical livre das células absortivas. São projeções cilídrincas (1 um de 
comprimento), são aproximadamente 200 milhões de microvilosidade por 
mm². Aumentam substancialmente a área de superfície da mebrna 
plasmática da célula 
 
 
 
. Intestino grosso 
➢ Descrever a anatomia, a histologia e as funções do intestino 
grosso. 
Anatomia do intestino delgado 
O intestino grosso tem aproximadamente 1,5 m de comprimento e 6.5 
cm de diâmetro nos seres humanos vivos e nos cadáveres. Está ligado à 
parede posterior abdome pelo mesocolo e se estende do íleo ao anus 
(camada dupla de peritônio). Está separado em quatro regiões principais: 
o ceco, o colo o reto e o canal anal. 
1. A agitação das saculações do colo, o peristaltismo e o 
peristaltismo da massa movem o conteúdo do colo para o reto. 
2. As bactérias do intestino grosso convertem as proteínas em 
aminoácidos, clivam os aminoácidos e produzem Salgumas 
vitaminas B e vitamina K. 
3. Absorção de um pouco de água, íons e vitaminas. 
4. Formação das fezes. 
5. Defecação (esvaziamento do reto). 
A passagem dos materiais do intestino delgado para o intestino grosso 
se dá por uma prega de tecido mucoso chamada de óstio ileal. 
Inferiormente ao óstio do íleo, temos uma bolsa chamada ceco (6cm). 
Anexado ao ceco temos um tubo espiralado (8cm), o apêndice 
vermiforme. 
A extremidade aberta do ceco se funde a um tubo longo chamado de 
colo. Esse colo vai ser dividido em 4 partes: ascendente, transverso 
retroperitoneais), descendente e sigmoide. . 
O colo ascendente sobe pelo lado direito do abdome até chegar na face 
inferior do fígado e vira para a esquerda, formando a flexura direita do 
colo. A partirdaí o colo cruza o abdome até o lado esquerdo, formando 
o colo transverso, que faz uma curva para baixo, formando a fissura 
esquerda do colo (baço). Daí continua descendo até o nível da crista ilíaca 
como o colo descendente. O colo sigmoide começa perto da crista ilíaca 
e segue medialmente em direção à linha medial, terminado com o reto. 
O reto mede aproximadamente 15 cm de comprimento e se situa 
anteriormente ao sacro e ao cóccix. A túnica mucosa do canal analé 
disposta em pregas longitudinais (colunas anais) contém rede de artérias 
e veias. A abertura do canal anal para o exterior (ânus) é controlada pelo 
músculo esfíncter interior (involuntário- musc. Liso) e pelo musculo 
esfíncter exterior (voluntário- musc. Esquelético). Esses músculos ficam 
abertos durante a eliminação das fezes. 
Histologia do intestino delgado 
A parede do intestino grosso apresenta as mesmas camadas básicas: 
túnica mucosa, tela submucosa, túnica muscular e túnica serosa. 
A túnica mucosa é composta por epitélio colunar simples, lâmina própria 
(TCA) e lâmina muscular da mucosa (músculo liso). O epitélio contém células 
absortivas (absorvem água e íons) e células caliciformes (secretam muco 
para lubrificar a passagem do conteúdo no colo). Essas células estão 
localizadas nas glândulas intestinais tubulares longas e retas, que se 
estendem na túnica mucosa. Também são encontrados nódulos linfáticos. 
Na comparação com o intestino delgado não há tantas adaptações que 
aumentam a área de superfície (intestino delgado), mas existem 
microvilosidades na parte apical das células absortivas. Por isso há mais 
absorção no intestino grosso do que no intestino delgado. 
 
A tela submucosa é constituída de tecido conjuntivo areolar. A túnica 
muscular consiste em uma camada externa de músculo liso longitudinal, e 
a camada interna consiste em músculo liso circular. 
As partes dos músculos longitudinais são espessas formando as tênias 
do colo, que são separadas por espaço sem músculo/pouco longitudinal. 
As contrações dessas bandas formam essas bolsas (saculações do colo). 
A túnica camada de músculo liso circular situa-se entre as tênias do colo. 
A túnica serosa está associada ao peritônio visceral que forma pequenas 
bolsas cheias de gordura, associadas a tênia do colo, os apêndices 
omentais do colo. 
 
FONTE: PRINCÍPIOS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA - TORTORA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivo 02: Conhecer a estrutura a classificação e a função dos 
carboidratos e lipídeos. 
 
. Carboidratos__ 
Os carboidratos e seus derivados, também chamados de glicídios, 
açucares ou hidratos de carbono, são as moléculas orgânicas mais 
abundantes na terra e possuem grande variedade de funções 
energéticas, informativas e estruturais. 
Funções: Reserva energética, composição dos ácidos nucleicos, 
componentes estruturais de muitos organismos, proteção, sinais de 
localização celular, lubrificação de juntas esqueléticas e adesão 
intercelular. 
Carboidratos podem ser: 
• POLI-HIDROXIALDEÍDOS: várias hidroxilas e uma carbonila 
aldeíca; 
• POLI-HIDROXICETONAS: várias hidroxilas e uma carbonila 
cetônica . 
A fórmula empírica empírica para a maioria dos carboidratos é: 
CH20n n>3 
Alguns podem conter enxofre, fósforo e nitrogênio. 
Podem ser classificados em: monossacarídeos , oligossacarídeos e 
polissacarídeos. 
Monossacarídeos 
São os carboidratos mais simples. Podem ser chamados de aldoses ou 
cetoses, segundo o grupo funcional que apresenta (aldeído ou cetona). 
São simples, não hidrolisáveis, não ramificados, hidrossolúveis e tem 
apenas ligações simples entre os seus carbonos. 
De acordo com o número de carbonos podem ser classificados como: 
trioses (3), tetroses (4), pentoses(5), hexoses (6) e heptoses. (7) 
Os monossacarídeos mais simples são as duas trioses: gliceraldeído 
(aldose) e a dihidroxicetona (cetose). O gliceraldeído apresenta um 
carbono assimétrico, dando origem aos isômeros D e L. 
Os outros monossacarídeos são teoricamente derivados destas trioses 
mais simples, os que são biologicamente mais importantes apresentam 
configuração D. 
 
A pentose possui uma grande importância, já que formam a ribose e a 
desoxirribose, já que são monossacarídeos de função estrutural que 
formam a estrutura dos ácidos nucleícos (DNA e RNA); 
As hexoses também possuem uma grande importância já que formam a 
glicose que é um dos carboidratos mais importantes; frutose que é o 
açúcar das frutas e a galactose que é o “açúcar do leite”. 
 
Oligossacarídeos 
Os monossacarídeos podem se ligar por meio da ligação glicosídica, 
formando oligossacarídeos e polissacarídeos. 
A diferença entre oligossacarídeos e os polissacarídeos é que os 
oligossacarídeos apresentam de 2 a 10 monossacarídeos, enquanto os 
polissacarídeos apresentam mais de 10 monossacarídeos ligados pela 
ligação glicosídica. 
Os oligossacarídeos mais abundantes são os que apresentam 2 
monossacarídeos, os chamados dissacarídeos 
GLICOSE + FRUTOSE= SACAROSE – açúcar e está presente em grandes 
quantidades na cana de açúcar e na beterraba. 
GLICOSE+ GALACTOSE = LACTOSE – predomina no leite 
 
Polissacarídeos 
Os polissacarídeos são os carboidratos que apresentam mais de 10 
monossacarídeos (polímeros- centenas a milhares) em sua estrutura e 
são classificados de acordo com a sua função. 
 
Homopolissacarídeos: única espécie monomérica em toda a molécula- 
amido, glicogênio, celulose, insulina e quitina. 
Hereropolissacarideos: diferentes espécies de monossacarídeos-
glicosaminoglicano, ácido hialurônico. 
 
 
Energética: fornecem energia 
Glicogênio (várias glicoses): reserva energética em alguns animais, 
principalmente nos humanos (encontrado no fígado e nos músculos) -> 
quando há a necessidade de energia o glicogênio é quebrado em várias 
glicoses e utilizado como fonte de energia; 
Estruturual: compõem algumas estruturas 
Glicosaminoglicano: mantém os tecidos hidradados pois atraem água. 
 
 
 
 
 
 
 
. Lípideos 
Os lipídeos são moléculas relativamente pequenas, que apresentam uma 
grande força de atração entre si (interações hidrofóbicas. Saõ um grupo 
de compostos quimicamente diversos que apresentam a baixa solubilidade 
em água como uma característica que os definem, são apolares. 
Muitos lipídios são compostos anfipáticos, apresentam na molécula uma 
porção apolar e outra porção polar. 
Possui as seguintes funções: 
• Armazenamento de energia (caráter secundário), 
• Compõe membranas biológicas, 
• Isolante térmico, elétrico e mecânico, 
• Moléculas mensageiras (hormônios e vitaminas). 
Ácidos graxos 
Constituem a forma mais simples de lipídeos, e é encontrado 
principalmente no plasma. 
São ácidos carboxílicos com cadeias hidrocarbonadas variando de 4 a 35 
carbonos, sendo que o grupo carboxila (-COOH) constitui a parte polar da 
cadeia, enquanto a cadeia carbônica constitui a parte apolar (anfipáticas). 
R- COOH 
 
ÁCIDO GRAXO COM 18 CARBONOS 
NÃO APRESENTA DUPLAS LIGAÇÕES SATURADOS 
SATURADOS produtos de origem animal -soluvel 
MONOSSATURADOS óleos de oliva, abacate 
INSATURADOS- óleos de sementes vegetais (óleo de soja) +soluvel 
 
Triacilgliceróis 
Triglicerídeos, gorduras, gorduras neutras. 
Compostos por três ácidos graxos, cada um em ligação éster com uma 
molécula de glicerol. 
Simples: ácidos graxos do mesmo tipo 
Misto: dois ou três tipos diferentes de ácidos graxos. 
Funções: reserva energética, transporte e absorção de vitaminas, 
isolante térmico 
Estrutura: Glicerol + ligação éster + 3 ácidos graxos 
Cerídeos 
As ceras biológicas são ésteres de ácidos graxos saturados e insaturados 
de cadeia longa com álcoois de cadeia longa. Seus pontos de fusão são, 
geralmente, maisaltos do que os dos triacilgliceróis 
Glicerofosfolipídeos 
Também chamados de fosfoglicerídeos, são lipídeos polares de 
membrana nos quais 3 ácidos graxos se ligam ao 1 e ao 2° carbono do 
glicerol e um grupo fortemente polar está unido por ligação fosfodiéster 
ao 3° carbono. É componente da bicamada lipídica. 
 
 
Esfingolipídios 
De forma semelhante aos glicerofosfolipídeos, também têm um grupo 
cabeça polar e duas caudas apolares; contudo não contêm glicerol. 
FALTA ESTUDAR! 
 
Esteróides 
São lipídios estruturais que apresentam um núcleo esteroide 
característico em sua estrutura 
Esse núcleo é tetracíclico, contendo 4 anéis fusionados, 3 com 6C e 1 
com 5C. 
Atuam como constituintes das membranas e são precursores de 
hormônios. 
 
Colesterol 
-Principal esteroide nos tecidos animais e serve como precursor à 
síntese de todos os outros hormônios. 
-Hidrofóbico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivo 03: Pontuar as alterações clínicas causadas pelo excesso de 
lipídios e carboidratos. 
 
. Atelosclerose 
A atelosclerose é um quadro clínico no qual depósitos irregulares de 
gordura se desenvolvem nas paredes das artérias de médio e grande 
porte, levando à redução ou bloqueio do fluxo sanguíneo; 
Causa lesão nas paredes das artérias; 
Hipertensão arterial, tabagismo, diabetes e níveis elevados de colesterol 
no sangue contribuem para a lesão; 
Prevenção: parar de fumar, melhorar sua dieta e fazer exercícios 
físicos. 
Acúmulo de gordura nas artérias se dá pelo alto teor de colesterol no 
sangue, o que varia de acordo com a alimentação. 
 
O nível alto de colesterol no sangue pode causar lesões nas paredes das 
artérias (endotélio). Quando esse revestimento é ferido, os leucócitos 
(monócitos + células T) são ativados e saem da corrente sanguínea até 
chegar no local da lesão. Lá são transformado em células espumosas que 
coletam os materiais gordurosos (colesterol). 
Com o tempo, as células do musculo liso movem-se para o revestimento 
da parede e se multiplicam nessa região. Esse acumulo de materiais vai 
formar o arteroma. Que podem diminuir ou bloquear o fluxo sanguíneo. 
 
 
INGESTÃO DE CARBOIDRATOS E LIPÍDEOS: QUAIS AS 
CONSEQUÊNCIAS PARA O RISCO CARDIOVASCULAR? 
Emanuela B. Caeres1 
 
 
 
 
 
 
 
. Obesidade 
 
O consumo excessivo da gordura saturada de origem animal provoca uma 
inflamação no hipotálamo, a região do cérebro que controla a fome e a 
saciedade. Isso destrói os neurônios e a pessoas não se sente mais 
saciada e come mais. O que pode causar a obesidade. 
 
Associação brasileira de nutrição - Excesso de gordura prejudica o 
cérebro e pode provocar doenças

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