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INDISCIPLINA ESCOLAR E SUAS CONSEQÜÊNCIAS PARA A PRÁTICA DOCENTE Ana Claudia Gonzaga1 Gleycy Oliveira de Araujo2 Bruno Marones3 Resumo O objetivo central deste artigo científico é analisar a Indisciplina Escolar e suas consequências para a prática docente, os desafios que professores têm enfrentado em sala de aula no Ensino Fundamental l. O trabalho foi organizado na sequencia a seguir: Introdução, Percurso Metodológico, Conceituando Indisciplina, As Causas e Consequências da Indisciplina para o Aprendizado, Estratégias que os Professores Utilizam para Minimizar a Indisciplina Escolar, O professor e seu oficio na atualidade. A metodologia utilizada foi uma pesquisa de cunho qualitativo. O instrumento de coletas de dados foi um questionário semi estruturado. Os resultados indicaram que as professoras sabem identificar a indisciplina, mas demonstraram não saber como estimular a interação social e a aprendizagem com uma aula expositiva, para nós isso é um indício da necessidade de maior formação continuada para esses educadores. Palavras-chave: Escola, Indisciplina e Prática Docente. Abstract The central objective of this scientific article is to analyze the School Indiscipline and its consequences for the teaching practice, the challenges that teachers have faced in the classroom in Elementary School. The work was organized as follows: Introduction, Methodological Course, Conceptualizing Indiscipline, The Causes and Consequences of Indiscipline for Learning, Strategies Teachers Use to Minimize School Indiscipline, The teacher and his office in the present time. Results and Analysis and Final Considerations. The methodology used was a qualitative research. The instrument of data collection was a semi structured questionnaire. The results indicated that the teachers know how to identify the indiscipline. But they have shown that they do not know how to stimulate social interaction and learning with an expositive class. For us, this is an indication of the need for further education for these educators. Keywords: School, Indiscipline and Teaching Practice. 1 Graduanda do curso de pedagogia da faculdade Joaquim Nabuco campos recife. Email: ana8110@hotmail.com 2 Graduanda do curso de pedagogia da faculdade Joaquim Nabuco campos recife. Email: oagleycy@hotmail.com 3 Mestre em Educação pela UFPE; Especialista em História do Nordeste pela Universidade Católica de Pernambuco; Graduado em História pela Fundação de Ensino Superior de Olinda. Email. brunomarones@gmail.com mailto:brunomarones@gmail.com 2 INTRODUÇÃO Nosso trabalho busca entender como a indisciplina tem interferido no trabalho do professor e como tem se apropriado de conhecimentos para conseguir combater a indisciplina na sala de aula com seus alunos. E que ações podem ser tomadas pelo professor, já que a indisciplina é um dos fatores que mais chamam atenção no contexto escolar nos dias atuais. Na atualidade a escola tem culpado a família que por sua vez culpa a escola ou a sociedade e enquanto não se chega a um consenso acabam prejudicando quem está no centro, já que é o aluno quem é o mais prejudicado nesse contexto, pois tem sua formação comprometida. Nessa perspectiva construímos a seguinte problemática: Que desafios o docente tem enfrentado em sala de aulas devido à indisciplina escolar? A indisciplina tem tomado grandes proporções nos dias atuais, interferindo o processo de ensino e aprendizagem dos alunos em salas. Muitos professores têm buscado meios para dar aulas sem ser interrompidos pela indisciplina. Os professores precisam refletir sobre sua postura para não transferir a culpa do fracasso escolar para o aluno e acabar rotulando-o, pois nós sabemos que os professores lidam com crianças e adolescentes que naturalmente tem dificuldades em compreender o que sentem e não tem maturidade para resolver seus conflitos. A indisciplina não é resultados de fatores isolados, mas de fatores diversos que influenciam o desenvolvimento de criança e adolescente em sala de aula. Segundo Vasconcelos. Muitos problemas de indisciplina têm origem na questão do desrespeito, expressados por parte dos alunos que entram e saem da sala sem pedir licença, que conversam diversos assuntos paralelos, que são violentos contra colegas, que não fazem os exercícios propostos e ignoram a autoridade do professor; e dissimulado por parte dos professores, que ao rotular seus alunos acabam inviabilizando o processo de ensino- aprendizagem. Então a indisciplina parece também surgir da confrontação entre discente e docente. Saberes que deveriam ser integrados enfrentam- se, impedindo que ocorra o processo de aprendizagem. Uma disputa de poderes em que quem sabe mais nem sempre sai ganhando e quem sabe menos não se importa de perder ou ganhar, quer mesmo é provocar o confronto. (1997, p. 245). 3 Para que possamos responder nosso problema de pesquisa elencamos os seguintes objetivos específicos: Conceituar a Indisciplina; Apontar as Causas e consequências da indisciplina para o aprendizado; Descrever estratégias que os professores utilizam para minimizar a indisciplina escolar. Assim nosso trabalho se justifica, pois buscará refletir como o professor pode lidar com a indisciplina para que seu trabalho possa ser facilitado e com isso os alunos possam de fato aprender. METODOLOGIA Para embasar nosso artigo foram utilizados os principais autores, Celso Antunes, Celso dos Santos Vasconcellos e Silvia Parrat-Dayn. Nosso percurso metodológico parte de uma abordagem qualitativa. Segundo Minayo (2001,p.14). Pesquisa qualitativa preocupa-se, portanto, com aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais. Para embasar teoricamente este artigo utilizamos a pesquisa bibliográfica. Segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66) A pesquisa bibliográfica trata-se do levantamento, seleção e documentação de toda bibliografia já publicado sobre o assunto que está sendo pesquisados, em livros, revistas, jornais, boletins, monografias, teses, dissertações, material cartográficos, com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre o mesmo. Após construir nosso aporte teórico, realizamos nossa pesquisa de campo. Na perspectiva de Gonçalves pesquisa de campo é o tipo de pesquisa que pretende buscar a informação diretamente com a população pesquisada. Exige do pesquisador um encontro mais direto. O pesquisador precisa ir ao espaço onde o fenômeno ocorre, ou ocorreu e reunir um conjunto de informações a serem documentadas [...].(2001,p.67). Enquanto instrumento de coletas de dados, recorremos aos questionários. Para Gil (1999, p.128) questionário pode ser definido “como a técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões [...]”. 4 Nosso lócus foi uma instituição de ensino fundamental localizada no Recife, esta possui o ensino em dois turnos manhã e tarde. Realizamos a coleta de dados com a aplicação de questionário, aplicamos para cinco professoras do gênero feminino, ambas com graduação no curso de pedagogia, suas idades variam entre vinte e cinco e cinquenta anos. As professoras P.A, P.B, P.C, P.D e P.E, atuam a mais de 5 anos na área lecionando, na instituição atual as mesmas lecionam a mais de 3anos. CONCEITUANDO A INDISCIPLINA Indisciplina significa transgressão de regras que visam o bem comum. Podemos compreender que a indisciplina pode ser relacionada a todo comportamento da criança em sala que não esteja dentro do padrão de um bom relacionamento com os alunos e com professor na educação formal, ou seja, tudo que venha interferir na sua aprendizagem, podendoser definida como uma falta de limites, desrespeito, até mesmo por uma falta de interesse pelo conteúdo. Em uma visão geral podemos definir que a indisciplina é uma falta de regras imposta aos indivíduos dentro da sociedade, que por sua vez não foi e não esta sendo trabalhada essa indisciplina dentro da escola ou qualquer meio social. Para Parrat-Dayan. O Conceito de indisciplina é definido em relação ao conceito de disciplina, que na linguagem corrente significa regra de conduta comum a uma coletividade para manter a boa ordem e por extensão, a obediência a regra [...}. Assim, o conceito de disciplina está relacionado com a existência de regras, e o de indisciplina, com desobediência a essas regras (SILVIA PARRAT-DAYAN, 2008, p.18) O conceito de indisciplina muda de acordo com o ambiente, cultural, social e época, quando questionarmos a indisciplina temos que pensar em um âmbito geral, não existe um modelo de indisciplina são distintas direções, assim entendemos que o problema não é o aluno mais todo um contexto em que ele está inserido, podendo variar de acordo com a visão do professor, para alguns indisciplina pode ser conversas, falta de atenção, para outros isso não caracteriza uma ação de indisciplina. Para Parrat-Dayan Como toda criação cultural, o conceito de indisciplina não é estático, nem uniforme, nem universal. A indisciplina relaciona-se com um conjunto de 5 valores e expectativas que variam ao longo da história, entre culturas diferentes, nas diferentes classes sociais. No plano individual, a palavra disciplina pode ter significados diferentes, e se, para um professor, indisciplina é não ter caderno organizado; para outro, uma turma será caracterizada como indisciplinada se não fizer silêncio absoluto e, já para um terceiro, a indisciplina até poderá ser vista de maneira positiva, considerada sinal de criatividade de construção de conhecimentos. (SILVIA PARRAT-DAYAN, 2008, p.19) Entendemos que a indisciplina é um problema mundial desde décadas passadas, tudo está relacionado numa ação de construção no meio social, quando falamos no ambiente escolar, essa relação professor e aluno, existem outras causas que entendemos como indisciplina, podendo estar relacionada à falta de recursos da escola ou professor ou falta de comportamento do aluno, quando não ocorre essa interação da escola, o professor ou aluno, podemos entender que a indisciplina é de fato um problema interno. As causas internas podem ser vistas no ambiente escolar e nas condições de ensino-aprendizagem, na relação professo/aluno, no perfil dos alunos e na capacidade que eles têm de se adaptar aos esquemas da escola [..] (Ibid, p.56) Quando falamos da indisciplina escolar, pensamos por que ela ocorre, pode ser por causa da educação da família, da escola ou do professor. Sabemos que a família é o princípio de toda a formação da criança onde se constrói toda a educação inicial, mas vivenciamos famílias desestruturadas, família que terceiriza a educação, repassando a responsabilidade para a escola e para indivíduos que são apenas coadjuvantes nesse processo de formação, o professor, que por sua vez desempenha um importante papel como mediadora numa sociedade que é modificada constantemente, o professor precisa desenvolver habilidades durante sua formação para que sua atuação ocorra de maneira segura e eficaz principalmente no que se refere à indisciplina para Vasconcellos Percebemos muitas famílias desestruturadas, desorientadas, com hierarquia de valores invertida em relação à escola, transferindo responsabilidades suas para a escola [...], a família não está cumprindo sua tarefa de fazer a iniciação civilizatória: estabelecer limites, desenvolver hábitos básicos (CELSO VASCONCELLOS, 1995, p.22). Durante décadas a educação formal era acumulada nos professores que tinha de repassar os conteúdos para alunos memorizava sem qualquer tipo de reflexão ou indagação dos mesmos, com exigência para cumprimento nas atividades, que eram 6 repassada e memorizada para os estudos de questionários para avaliações. Essa prática pedagógica em nada contribui para o aspecto cognitivo do aluno no âmbito escolar. O que esperamos hoje dos professores no contexto educacional é uma prática pedagógica onde, visa à formação do indivíduo, no saber em formular perguntas e respostas, respeita opiniões, saber dialoga diante outro individuo e a sociedade, assim o papel do professor e grande importância para desenvolver da aula, se os professores utilizarem métodos tradicionais, ultrapassados vamos perceber uma falta de interesse maior dos alunos com a aula, assim criança estará mais dispersa em sala, não tendo a atenção, o interesse devido a aula, o professor precisa buscar meios para inovar a sala e suas aula, é o que esperamos do professor na atualidade mesmo com os grande obstáculo da educação. O professor não apenas transmite uma informação ou faz perguntas, mas também ouve os alunos. Deve dar-lhes atenção e cuidar para que aprendam a expressar-se, a expor opiniões e dar respostas. O trabalho docente nunca é unidirecional. As respostas e opiniões mostram como eles estão reagindo à atuação do professor, às dificuldades que encontram na assimilação dos conhecimentos. Servem, também, para diagnosticar as causas que dão origem a essas dificuldades. (LIBÂNEO, 1994, p.250). Entendemos que a realidade educacional tem uma grande defasagem onde há escolas despreparadas, falta de mobilidade, falta de professores qualificados, falta de recursos, salas lotadas entre outras. Mas será a escola que vai trazer essa atribuição para o professor, sabendo que a mesma é um sistema com intenção formal de ensino, onde precisa incentivar o grupo social a participar ativamente e efetivamente de sua proposta, planejando e desenvolvendo projetos com métodos, práticas pedagógicas, para o corpo docente, buscar e desenvolver em sala seus objetivos como professor, com conversações, reuniões, encontros semanais, projetos que possa envolver, dinamizar, não só o trabalho do professor em sala, mais também o aluno participativo, assim levando sua prática, métodos, para seus alunos, com mais competência e habilidade, dessa forma evitando momento de tensões em sala com os alunos e para a escola, assim a escola ajudará totalmente as metas e objetivos, para relação com professor, podendo evitar momentos de indisciplinares não só na sala mais toda área escolar. O planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades em termos de organização e coordenação 7 em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. (LIBÂNEO. 1994). A contribuição da família Não é de hoje que se discute a relação escola x família no meio acadêmico, escolar e social. A nova dinâmica familiar impõe que tradicionais modelos e padrões, seguidos por séculos, se desfaçam em curto período de tempo, uma das expressivas mudanças, que se refletiu diretamente na escola, é a nova concepção de família. Atualmente, existem famílias dentro de famílias, com as separações e os novos casamentos, aquele núcleo familiar mais tradicional tem dado lugar a diferentes convívios familiar vivendo sob o mesmo teto. Esses novos contextos familiares geram, muitas vezes, uma sensação de insegurança e até mesmo de abandono, pois a ideia de um pai e de uma mãe é visto cuidadores dá lugar a diferentes pais e mães “gerenciadores” de filhos que nem sempre são seus e não estão preparados para lidar com essas criança, muitas vezes os responsável “gerenciadores”, não estão preparados de indagar, acompanhar a criança. A família precisa ter uma participação ativa na escola desde o momento em que matricula à criança na escola. É preciso se inteirar das práticas pedagógicas, das regras de conduta etc. Dialogar em casa sobre asregras de conduta da escola, procurar saber como é o convívio da criança com ambiente educacional é de primordial importância para que o aluno possa ter uma conduta de cooperação com a escola. A melhor postura de uma família ao matricular uma criança na escola é conhecer os procedimentos quanto á avaliação do rendimento escolar, às práticas formativas, ao sistema de ensino e ao modo de convivência. É nessa oportunidade que as famílias podem dar sua contribuição à escola, pois, entendendo como a escola é, podem, no decorrer do tempo, propor mudanças e compreender melhor as situações. (WERNECK, 2005, p. 38). Assim como acompanhar seu desenvolvimento nos conteúdos é importante que a família contribua para formação cidadã da criança junto com a escola, dessa forma trabalhando em conjunto ficará mais fácil atingir nossos objetivos relacionados à disciplina e a indisciplina. 8 O importante para as escolas é que as exceções não se transformem em regras, e para as famílias, que elas entendam que uma escola é uma comunidade que tem proposta de filosofia educacional, ou pelo menos deveria ter, sendo impossível atender sempre aos casos particulares. (WERNECK, 2005, p. 39) Causas e Consequências da Indisciplina para o Aprendizado Não existe uma única causa para a indisciplina são vários os fatores. Como já dissemos a indisciplina está associada aos não cumprimentos das regras. A sociedade mudou não vivemos como no século passado onde as escolas tinham padrões militares, onde os alunos não podiam sequer formular seus próprios argumentos. As causas da indisciplina podem ser de fora da escola ou de dentro dela. As causas de fora quando existe influência da cultura, da mídia, da violência ou ainda vinda do contexto familiar como brigas, divórcio, desentendimentos diversos e há ainda alguns pais que simplesmente não educam seus filhos e os criam de forma que eles crescem sem saber que existem limites e regras que precisam ser cumpridas. As causas para a indisciplina pode ter origem externa ou interna à escola. As causas externas podem ser vistas na relativa influencia dos meios de comunicação, na violência social e também no ambiente familiar o divorcio, a droga, o desemprego, a pobreza, a moradia inadequada, a ausência de valores, a autonomia familiar, a desistência por parte de alguns pais de educar seus filhos, a permissividade sem limites, a violência domestica e a agressividade de alguns pais com os professores podem estar na raiz do problema. (SILVIA PARRAT-DAYAN, 2008, p.55) As crianças estão a todo o momento sendo influenciadas pela internet, televisão e celular que competem diretamente com a educação escolar e familiar, cabendo a pais e educadores direcioná-los para aproveitar os recursos tecnológicos de forma a contribuir para seu desenvolvimento como cidadãos. (...) crianças precisam sim aderir a regras e estas somente podem vir de seus educadores, pais ou professores. Os „limites‟ implicados por estas regras não devem ser apenas interpretados no seu sentido negativo: o que não poderia ser feito ou ultrapassado. Devem também ser entendidos no seu sentindo positivo: o limite situa, dá consciência de posição ocupada dentro de algum espaço social – a família, a escola, e a sociedade como um todo. (LA TAILLE, 1996, p.9) As causas internas são as que acontecem dentro da escola onde existem conflitos entre professores e alunos, e falta de regras claras e objetivas dentro da instituição onde geralmente não possuem um diálogo que o gerem cooperação dos 9 seus alunos para que possam se sentir respeitados como individuo que também possam ajudar a formular algumas regras. A sociedade mudou seus hábitos, seus costumes, mas continuamos a achar que os alunos estão na escola somente para ouvir e cumprir com as regras estabelecidas. Passou-se bruscamente de um regime baseado em proibições e sanções para um sistema de conveniência, no qual se privilegia o contrato entre os membros do sistema educativo mais não se aprendeu ainda como aplicar esse novo sistema. Voltar para autoritarismo não é a formula de voltar para indisciplina. Fomentar o diálogo, as atitudes de cooperação e integração de valores pode ser um caminho. (SILVIA PARRAT-DAYAN, 2008, p.58) Estamos entediando nossas crianças e jovens trabalhando no século XXI com modelos de docência do século IX. Muitas são as crianças que não gostam da escola. São crianças indisciplinadas porque ficam entediadas, porque são obrigadas a permanece nas escolas e não compreendem nada do que fazem; são alunos agressivos às vezes por serem rejeitados por um sistema que não se adapta aos seus desejos, alunos em transito entre uma família desunida em sociedade em crise, alunos desrespeitosos para com o professor e para com o saber, sem encontrar interesse nenhum em aprender, alunos que estão em rupturas de sentidos. (Ibid, p.59). Consequências para aprendizagem relacionados a indisciplina são recorrentes, muitos professores se queixam de ter que parar a aula para conter atos indisciplinados que atrapalham o bom andamento da aula. O aluno indisciplinado além de não se manter atento ao conteúdo proposto acaba tirando a atenção dos demais. Ninguém consegue aprender em meio à bagunça, as conversas e brincadeiras e descumprindo regras. Mas como sabemos a indisciplina faz parte do contexto sócio educacional. A disciplina e a indisciplina são inerentes à escola. O professor atua na construção nas ferramentas que permitam pensa, refletir e analisar todos os aspectos desse tema que preocupa não apenas o professor, mas também o aluno. Se a classe é um caos não se pode ensina nem aprender. (Ibid, p.130) Esse tipo de situação nas escolas sempre vai existir por tanto cabe ao professor e a escola buscar meios de atuação para que, de alguma forma a indisciplina possa até ser parte importante na educação dos seus alunos. Estratégia que os professores utilizam para minimizar a indisciplina escolar 10 A escolar precisa desenvolver uma relação com o professor para que possa ser refletida e assim encontrar ideias significativas que some no desenvolvimento e organização, mantendo uma postura em sala. O professor precisa estabelecer uma relação de convivência com o aluno em sala, essa relação tem papel fundamental no processo continuo do aluno como; participação, expor ideias, forma opiniões e a interação, tanto com relação aos colegas em sala e também para a motivação do próprio professor, saber que o seu papel não é só conduzir, mais sim desenvolver indivíduos democráticos na sociedade. O professor não apenas transmite uma informação ou faz perguntas, mas também ouve os alunos. Deve dar-lhes atenção e cuidar para que aprendam a expressar-se, a expor opiniões e dar respostas. O trabalho docente nunca é unidirecional. As respostas e opiniões mostram como eles estão reagindo à atuação do professor, às dificuldades que encontram na assimilação dos conhecimentos. Servem, também, para diagnosticar as causas que dão origem a essas dificuldades. (LIBÂNEO, 1994, p.250). Estabelecer regras é de fundamental importância logo no primeiro dia de aula. Regras de boa convivência haverá em todos os lugares e no ambiente escolar não pode ser diferente, pois a convivência em grupo precisa ser estabelecida para existir reciprocidade. Segundo Parrat Dayan (2008). As regras podem ser elaboradas pensando que o ideal escolar se alicerça sobre quatro valores fundamentais: respeito por si mesmo, pelo outro, pelos meios, pelo trabalho. Lembrando que sempre que as regras forem cumpridas é preciso elogiá-los, pois é mais importante do que os punir por não as cumprir. O professor precisa entender que indisciplina na sala de aula será sempre um dos desafios da sua carreira como educador ele terá que buscar meios, estratégias e principalmente o diálogo aberto com os alunos, terá que trabalharisso diariamente da mesma forma como ele trabalha seu plano de aula, sempre antecipadamente. Existe métodos desenvolvidos por Celso Antunes que podem auxiliar o professor no seu dia a dia obtendo assim maior sucesso no seu trabalho, citamos abaixo alguns. Preparação das aulas 11 Preparar as aulas de forma antecipada, ter seu plano de aula atualizado de forma cuidadosa e interessante, de forma que prenda a atenção deles com exemplos do dia a dia da rotina dele. Postura Ter uma postura firme com bastante expressividade na voz, não fique sentado olhe nos olhos, aproxime-se, questione, peça a opinião deles. Não fique parado num canto da sala mexa-se. Atenção para o desinteresse Fique sempre atento ao que mais aguça o interesse deles pela aula, da mesma forma tenha atenção ao que tira o interesse para que não se repita. Pedir a cooperação deles Valorizá-los pedindo a ajuda deles no andamento da aula, como ajudantes do dia, ou mesmo distribuindo uma função para cada um de acordo com suas habilidades e interesses. Assim eles aprendem regras de cooperação além de ensinar ao mesmo tempo em que aprendem. Ouça seus alunos Eles necessitam que você dê atenção ao que falam ficar só ouvindo é cansativo deixe-os interagir de acordo com o que sabem. Quando se sentem respeitados a tendência é respeitar. Mantenha uma rotina e uma boa organização da sala de aula A sala precisa estar sempre em ordem, para que provoque conforto aos olhos. Manter uma rotina em turmas com menos idade é de grande importância como: o dia da leitura, dia de aula externa etc. 12 Apresentação pessoal Cuide-se de forma que esteja sempre bem apresentado aos seus alunos demonstrando respeito, da mesma forma cuide dos seus materiais e tudo que lhe pertence e para que de exemplo de ser um bom profissional, não deixando com isso de ser descontraído com eles. Cuidar da sua apresentação dignificando a importância e o sentido do ato pedagógico, o professor pode trabalhar de maneira mais descontraída, mas não deve esquecer que é um profissional, que dignifica uma função. (ANTUNES, 2002, p. 32) Calma Procure sempre manter a calma por mais difícil que pareça em algumas situações é você quem deve estar no controle por isso demonstre serenidade. Observá-los O que gostam, que música ouvem, o tipo do programa que assistem quais seus interesses culturais e políticos, para que dessa forma a interação com eles seja facilitada. Não importa se você ensina Matemática ou Química. Conhecer seu aluno, dispor de um verdadeiro portfólio individual, onde coleciona dados, fatos, mapas, gráficos, registros, opiniões, observações e, se possível, até mesmo uma foto mesmo “xerocopiada” é mais que importante. (Ibid, p. 59) Autoestima Trabalhe a autoestima suas dos seus alunos, elogiando-os e dando oportunidade deles se descobrirem e de serem descobertos nas suas respectivas habilidades. isso demonstra respeito para com eles e esse respeito será retribuído. A melhor escola do mundo seria aquela onde todas as pessoas descobrissem em si mesma a alegria de ser, o entusiasmo em viver, não existe jardineiro, padeiro, barbeiro, professor e aluno feliz sem a autoetima de querer-se bem.. (Ibid, p. 31) 13 Aulas demonstrativas Planeje as aulas de forma que você possa utilizar outros recursos que saia da rotina livro, quadro e caderno. Mostrar como funciona a respiração das plantas com um saquinho de supermercado, um desenho do Chico Bento para falar sobre a zona rural. Não falta opção basta pesquisar e planejar suas aulas. Cumpra as promessas Sempre que prometer algo para turma cumpra não espere ser cobrado, isso gera confiança dos alunos em você e cria respeito mútuo. Tenha bom humor A rotina cansativa de todos os dias sentar por mais de quatro horas numa cadeira e ainda ter que enfrentar o mau humor do professor não é nada fácil. Tenha bom humor além de ser mais prazeroso para você será sem dúvida para os alunos. Objetivos Deixe claro qual o objetivo da aula, assim sabendo onde devem chegar ficará mais fácil saber de que ferramentas precisam para alcançar o que estão procurando. Organize sua classe Uma classe organizada ínsita o aluno a organização, onde há organização estará presente tranquilidade e bem estar. A sala organizada diz muito sobre o professor sua postura e seu cuidado e zelo com seus alunos. Uma sala de aula com lugares definidos e organizados consensualmente e consensualmente alterados sempre que necessário pode parecer uma pequena Suíça. Por que fazer de sua sala de aula uma Uganda, se é possível organizá-la como Austrália? (ANTUNES, 2002, p. 27) Buscar fontes de auxílio 14 Procurar fontes de pesquisas confiáveis que possam auxiliar o modo como prepara sua aula, de que maneira eles aprendem mais, o que agrega conhecimento ao mesmo tempo em que proporciona satisfação na aprendizagem. Variar métodos de escolha a melhor opção de aula de acordo com a temática do conteúdo, no gráfico abaixo podemos observar de que forma o conteúdo é mais bem assimilado. Renove-se 15 Determinadas técnicas não funcionaram para todas as turmas e faixas etárias é preciso um aprofundamento e um olhar voltado sempre para entender a dinâmica da turma que você está lecionando no momento. Conhecer novas técnicas e se manter atualizado aos novos métodos pedagógicos. O bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vidas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, duvidas, suas incertezas. (FREIRE,1996, p.96). O professor e seu ofício na atualidade Muito se cobra do professor na atualidade sua função mudou, ele não é mais o detentor do saber e suas funções atuais vão além do conteúdo proposto nos livros didáticos. Sua nova função tem muito a contribuir com a sociedade que espera mais dos seus cidadãos, então cabe a esse novo profissional se capacitar para além dos conteúdos, lidar com seres em formação social, moral, ética, e que em sua complexidade gerará conflitos quando questionados ou quando questionarem o sistema, a política, a educação etc. O atual profissional da educação terá que mediar esses conflitos ressaltando sempre que a ética precisa prevalecer. Esse educador ensinará aos seus alunos além dos conhecimentos do saber pedagógicos, conhecimentos para sua formação como cidadãos. Trata-se de um educador ator e não executor. Esse novo educador deve ser especialista da aprendizagem e adotar uma pedagogia do tipo construtivista e diferenciada; em outras palavras: o educador, além de transmitir o saber também ensina o seus alunos a serem atores de suas respectivas formações e, dessa forma, conseguem ajudá-los a se construírem como sujeitos. (PARRAT-DAYAN, 2008, p.111) É diferente a atuação do professor de hoje e o professor de 30 ou 40 anos atrás, pois os alunos são de gerações muito distintas, há 30 anos não era permitidos os alunos falarem na sala de aula, não podiam questionar, nada era sentar e obedecer as regras. Os alunos de hoje são cercado por conhecimentos de diversas áreas não só na escola, mas através de aplicativos da era digital. Eles questionam tudo e hoje eles têm mais autonomia para pensar e discutir ideias e conceitos. Cabe ao professor entender que hoje sua função é mais complexa e muito mais importante por isso precisa buscar o diálogo constante e trazer para sala de aula a 16 realidade desse aluno que tem interesse em tecnologia, que gosta de ser ouvido, e quer ter uma participação ativa. O educador atual deve buscar atividades diferenciadas e incentivá-los a trabalhar em equipe. O educador nãomais, simplesmente, transmitir o conhecimento; ele também deve saber o que fazer para ajudar as crianças na construção, por elas próprias, de seus conhecimentos. Enfim, existem uma forte indicação para que o educador desenvolva atividades multidisciplinares e que trabalhem em equipe com seus alunos. (PARRAT-DAYAN, 2008. P.107) O novo profissional da educação precisa ser inovador, se utilizar das tecnologias, ser um entusiasta de seus alunos e conseguir extrair o melhor deles. Esse profissional deve saber que sua profissão inclui está atento aos problemas que surgirem e procurar a melhor solução para esses problemas que são comuns na sua profissão, pois o seu trabalho é com pessoas distintas e complexas. O educador devera, como profissional, reunir um conjunto de competências que o leve a elaborar conceitos e aplicá-los. O novo profissional deverá saber identificar um problema, apresentá-lo e encontrar uma solução. (Ibid, p.113) Um dos resultados significativos provenientes das pesquisas em formação de professores é o que indica um dos obstáculos para o professor adotar uma atividade docente inovadora e criativa, além da já discutida falha no mínimo de conteúdo, são suas ideias, sobre ensino e aprendizagem, “as ideias do senso comum”. Sua profissão precisa ser redefinida e requer dele uma conscientização de que sua prática também precisa ser repensada, precisa estar atento as exigências que se faz atualmente no seu campo de trabalho estar aberto aos conhecimentos de pesquisa que estão sendo produzidos na sua área. O educador deve ser um eterno aprendiz da sua própria pratica, e buscar uma formação continuada (CARVALHO e PEREZ, 2001, p.111). Resultado e Análise de dados As professoras que participaram desta pesquisa são formadas ambas com graduação no curso de pedagogia, suas idades variam entre vinte e cinco e cinquenta anos. As professoras P.A, P.B, P.C, P.D e P.E, atuam a mais de 5 anos na área lecionando, na instituição atual as mesmas lecionam a mais de 3anos, elas dizem que enfrentou dificuldades enormes no primeiro ano em que iniciou sua carreira como educadora, na escola atual não foi diferente. Após a coleta, realizamos a análise a partir da leitura dos dados, onde podemos observar que as professoras conseguem entender que a indisciplina é uma 17 falta de limites o não cumprimento das regras, quando partimos para o contexto educacional onde abordamos em nosso questionário de forma precisa, nos embasamos nos questionamentos mais influentes de acordo com cada dado coletado, chegamos a três importantes indicadores: A atribuição da responsabilidade pela indisciplina do aluno. A indisciplina prejudica a aprendizagem dos alunos e O que é preciso fazer para evitar atos de indisciplina. A atribuição da responsabilidade pela indisciplina do aluno. Nesta questão as professoras PA, PC, PD e PE entram em um consenso nas respostas, pois responderam que a responsabilidade e da família que se omite que não impõe limites e não tem controle sobre as crianças. De acordo com as escrita dos questionários das professoras, percebemos que elas conseguem entender que a indisciplina é realmente um não cumprimento dessas regras que se iniciam na família, que a escola tem o papel de desenvolver quanto uma educação formal levando em conta o que a criança trás em seus conhecimentos, então as mesmas deixam claro que a responsabilidade inicial seria da família. Abaixo temos o que dizem em sua escrita. (P.A) Atribuio a familia a que ele convive e parte do professor quando faltalhe dominio. (P.C) Aos familiares pela omissão pela educação dos filho, onde limites não existem. (P.D) Aos responsaveis pela educação e criação dos alunos. (P.E) Indisciplina tem inicio na família como a divergência de valores mas pode agravar-se na escola devido ao não acato de regras pelo aluno . Sabemos que a indisciplina não acontece apenas em sala mais sim em todo meio social, tanto na família quanto na escola e professor, todos precisam estar preparados para lidar com crianças. [...] tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar as crianças para o mundo; no entanto, a família tem suas particularidades que a diferenciam da escola, e suas necessidades que a aproximam dessa mesma instituição. A escola tem sua metodologia e filosofia para educar uma criança, no entanto ela necessita da família para concretizar o seu projeto educativo. (PAROLIM, 2003, p. 99) 18 Entendemos que a família da inicio a criação cultural aos valores no desenvolver inicial da criança, nesse momento é que elas terão noção de desenvolvimento às regras em suas relações, com diálogo, colaboração no convívio familiar. A escola esta responsável para uma educação formal que é desenvolver o conhecimento e relações no convívio social, isso sendo desenvolvidos junto ao corpo docente da escola. Os professores desenvolvendo sempre um bom planejamento, em uma perspectiva de desenvolvimento integral do aluno, tendo boa didática, um bom relacionamento, sabendo que essas características são de grande importância para o processo da aprendizagem de alunos participativos, aprendendo a desenvolver e respeitar as regras imposta pela escola e os professores. A escola precisa utilizar maneiras possíveis para sempre estar com a interação com a família e a comunidade, para desenvolver papeis fundamentais no desenvolvimento da interação da criança no grupo social. A escola nunca educará sozinha, de modo que a responsabilidade educacional da família jamais cessará. Uma vez escolhida a escola, a relação com ela apenas começa. É preciso o diálogo entre escola, pais e filhos. (REIS, 2007, p. 6) A indisciplina prejudica a aprendizagem dos alunos. Neste ponto percebemos que ambas também responderam que sim, que a prejudicam todos os alunos, tanto os indisciplinados e demais colegas que perdem atenção, interesse em sala, por esses atos, de acordo com as leituras entendemos que todas as professoras não possuem estratégia para evitar atos de indisciplina, como a conversação, sair da sala frequentemente entre outros atos de indisciplina, elas precisam de renova suas aulas, fugindo das aulas padrão, com atividades lúdicas, expositivas que os tire da cadeira e do quadro negro, vejamos as escritas4 das professoras abaixo. (P.A) sim tirando atenção dos demais prejudicando o aprendizado da turma e a motivação do professor. 4 Todas as respostas citadas acima estão de acordo com os questionários que foram respondidos pelas Professoras levando em conta erros ortográficos. 19 (P.B) Sim.através da falta de interesse pelo aprendizado, causando assim, alguns problemas que levam ao aluno a fadiga e a irresponsabilidade diante do aprendizado. A pessoa indisciplina leva tempo para ser corrigida. (P.C) Sim, por falta de atenção conversações fora de hora na sala de aula mal comportamento e também pela falta de respeito as regras. (P.D) Claro. Muita vezes os colegas pedem pra ele se calarem-se comportarem. Torna-se dificil o rendimento escolar. (P.E) Sim a indisciplina prejudica o aprendizado, pois o próprio comportamento do aluno impedem . Trabalhos produtivos em sala de aula. Quando falamos da indisciplina no âmbito educacional temos que aprender a desenvolver métodos de trabalhar com o conhecimento prévio da criança. Precisa também da interação da família, ela precisa atuar nesse momento, buscando o dialogo com o professor e a escola. Já o professor é o agente principal nesse momento, deverá buscar maneira de ensinar, desenvolvendo práticas educacionais de forma dinâmica, despertando o interesse do aluno, respeitando o desenvolvimento, a interação, cooperação, trazendo atrativos e interesse da criança no conteúdo em sala em diversas formas, planejando suas aulas, fazendo comque as crianças participem, buscando inovar-se sempre na sua prática, assim acabando conversações, maus comportamentos em sala, falta interesse entre outros. Trata-se de respeitar o aluno, de desenvolver sua personalidade, de estimular o espírito de criatividade e de formar seu caráter; além de possibilitar a abertura para interesses intelectuais, artísticos e sociais. Trata- se, também de favorecer o espírito de cooperação de preparar a criança para torna-se cidadão, ou seja, dar a ela uma formação integral. (PARRAT- DAYAN, 2008, p.110) O que é preciso fazer para evitar atos de indisciplina. No ultimo ponto entendemos que todos entram em consenso, dizendo que ambas as professoras precisam elaborar atividades lúdicas, atrativas para os alunos. Isso de acordo com suas falas abaixa podemos observar. (P.B) Elaborar mais atividades e que o aluno não tenha tempo para realizar coisas desagradáveis que seja prejudicial a ele e seus companheiros. Ensina-los a trabalhar com tempo, mostra-lhes que ele possui grandes competências. (P.C) Ter compromisso, se preocupar com a disciplina, ter respeito, responsabilidades, ter comportamento com o grupo, criando contrato e regras claras e que precisarão ser cumpridas. (P.D) Conquista-lo com elogios tentando mostra-lo que está não é a melhor maneira para o seu aprendizado, pois eles podem se prejudicarem. (P.E) Depois de identificar os atos de indisciplina, vale conhecer a realidade familiar do aluno assim a escola e família podem trabalhar juntos para amenizar e resolver os casos de indisciplina. 20 Entendemos que todas as professoras não possuem estratégia para evitar atos de indisciplinas, tais como: fugindo das aulas padrão, com atividades lúdicas, expositivas que os tire da cadeira e do quadro negro, o interesse maior dos professores na atualidade é aplicação dos conteúdos diários, onde possa assim entregar seus materias todos atualizados, ou melhor, desenvolver de acordo com o planejamento, o sistema educacional. Nesse momento o professor precisa se preocupar com a formação integral da criança, com as práticas a serem desenvolvida em sala, o professor precisa desconstruir o que a realidade educacional vem nos mostrando, saber interagir com uma sala heterogenia, sabendo que é o protagonista de suas aula, ele precisa manter uma boa relação, ter alguns hábitos para que possa evitar tais transtornos em sala e na formação de seus alunos, também ajuda para “combater” atos indisciplinares, buscar sempre ser pontual nas aulas, buscando dicas entre o corpo docente, aulas alternativas onde a criança possa interagir e aprender tendo interesse pelo conteúdo. Considerações Finais O resultado do trabalho tratou de um tema amplo, não só em nosso campo de pesquisa, mais em todas as escolas ocorre esse problema, entendemos que as professoras que participaram da nossa pesquisa, parecem não estar preparadas para lidar com o que esta enfrentando atualmente um problema do qual, demonstram não ter habilidade para enfrentar a Indisciplina na sala e suas consequências, sabendo que precisam desenvolver estratégias para resolvê-la, de acordo com desenvolvimento do nosso trabalho conceituamos que a indisciplina ela não é estática, o meio onde a criança convive, vai influência, o que constrói de conhecimento para o mundo, não será fácil para o professor desenvolver competências para criar maneiras que possa trabalhar com as criança em sala. O professor hoje em dia não pode ser mais apenas um transmissor de conhecimentos, precisa exercer com sucesso sua obrigação de construtor de conhecimentos, trazerem responsabilidade para as suas aulas, assim entendemos é 21 que elas não têm preparo necessário em suas práticas docente, existindo também uma defasagem na escola, em sua formação. Percebemos na realidade que os alunos em sala continuam com os mesmo problemas falta de atenção, conversação, falta de interesse entre outros, isso percebemos com as professoras que participaram da pesquisa, não é diferente com os profissionais atuais. O que percebemos que na atualidade a formação dos professores ainda é precária, desfragmentadas, onde é exposta uma realidade ultrapassada da atualidade, são propostas para trabalhar, desenvolver em sala com alunos completamente diferente de sua formação, são métodos, e propostas que para nossa atualidade educacional esta muito distante da realidade da formação do docente. Quando trazemos o conceito da indisciplina entendemos que a família. Escola, professor e estado precisa trabalhar em conjunto, para que a educação ocorra de maneira que, o discente aprenda a absorve os sentidos as coisas impostas na sociedade em seu dia a dia. Assim continuamos vendo as mesmas práticas sendo aplicadas nas escolas, e o professor sem um preparo adequado para lidar com o contexto na formação do individuo, quando se refere à educação formal, apenas estão preocupados em repassar os conteúdos. Atribuindo a família a culpa pela indisciplina que o impede de exercer seu trabalho, porém não busca ações para que ele mesmo possa se torna o protagonista na resolução desse problema. O estado tem sua responsabilidade, a família também tem sua responsabilidade, porém no que cabe ao professor fazer ele não tem feito, que é buscar métodos e ações para minimizar indisciplina por fim exercer o seu trabalho com mais tranquilidade e qualidade, buscando orientar seus alunos a serem cidadãos responsáveis. Referências AQUINO, Júlio Groppa. A desordem na relação professoraluno: indisciplina, moralidade e conhecimento. In: AQUINO, Júlio Groppa (Org.). Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Sammus. 1996 22 CARVALHO, A. M; GIL PEREZ, Daniel. O saber e o saber fazer dos professores. In: CASTRO, A. D; CARVALHO, A.M.P. (Org.). Ensinar e ensinar Didática para a escola fundamental e média. São Paulo: Pioneira - Thompson Learning, 2001. ANTUNES, Celso. Professor bonzinho Aluno Difícil A questão da Indisciplina na sala de aula. São Paulo: Vozes, 2002. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 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Como Enfrentar a Indisciplina na Escola. São Paulo: Editora Contexto, 2009. Tradução: Silvia Beatriz Adoue e Augusto Juncal. REIS, Risolene Pereira. In. Mundo Jovem, nº. 373. Fev. 2007, p.6. VASCONCELLOS, Celso dos. Disciplina: Construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. 14ª ed. São Paulo: Libertad, 2000. WERNECK, Hamilton. Pulso Forte Coração que Ama a Indisciplina tem jeito. Ed. DP&A R J 2005. WEIL, P. G. A Criança, o lar e a escola – guia prático de relações humanas e psicológicas para pais e professores. Petrópolis: Vozes, 1984. Apêndice 1. O que é indisciplina para você? 2. O que caracteriza um /a aluno/a indisciplinado/a?3. Quais as principais causas da indisciplina na sala de aula e em outros espaços da escola? 4. A quem você costuma atribuir a responsabilidade pela indisciplina do aluno? 24 5. A indisciplina na sala de aula prejudica o aprendizado dos alunos? Como? 6. O que é preciso fazer para evitar atos de indisciplina na sala de aula e em outros espaços da escola? 7- Quais os casos mais comuns de indisciplina na sua sala?
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