ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - DIREITO PROCESSUAL PENAL (1)

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ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISONADA – DIREITO PROCESSUAL 
PENAL 
NATHALIA DIAS FONSECA – RA 7317018 – TURMA 003206D02 
 
ANÁLISE DO TEXTO A FILOSOFIA DE AGAMBEN, O TERRORISMO DE 
BIN LADEN E O DIREITO PENAL DO INIMIGO: UM ESTUDO DE FRONTEIRAS 
ENTRE A PROTEÇÃO E A PUNIÇÃO 
 
Agamben aborda o tema do terrorismo após Bin Laden e como se perpetuou o 
surgimento do termo “direito penal do inimigo”, este trata o terrorista sem caracterizá-lo como 
pessoa, somente como algo a se combater. 
Desta forma, sob a perspectiva do autor, o terrorista perde seus direitos de 
cidadão, aquele que tem respeitado os direitos humanos, assim é ultrapassado os limites 
definidos pelo Estado Democrático de Direito. 
A aplicação deste novo direito foi como justificativa da guerra ao terror, que se 
iniciou após o ataque destinado aos Estado Unidos em setembro 2001. Após ao fatídico dia, o 
qual o objetivo dos terroristas eram atacar o estado, houve a vigência do estado de exceção, 
aquele que suspende o direito à vida afim de se defender da ameaça. 
Contudo, o que seria para proteção acabou sendo um novo ataque. A caçada ao 
terrorista Bin Laden com o objetivo de matá-lo, fato que se concretizou, retirou qualquer 
qualidade dele como indivíduo que possui direitos, sendo que o ataque comandado por ele não 
foi destinado a cidadãos específicos e sim ao Estado, desta feita, se evidencia que os EUA, ao 
ser atacado não somente se defende, mas começa a perseguir indivíduos específicos, apesar 
destes não cessarem o terrorismo. 
Então, o que deveria ser voltado a justiça, passa a feri-la. Assim, ocorre a 
violação do direito fundamental a vida e ampla defesa, aquele garantido na Constituição 
Federal, fato que não deveria se perpetuar. 
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
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LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em 
geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e 
recursos a ela inerentes...” 
O direito individual passa a ser suspenso em função da justificativa de “defesa” 
do Estado. Assim, observação a característica do “home sacer”, aquele que é tão impuro que 
perde a jurisdição humana, desta maneira o Estado de exceção retira do indivíduo seus direitos. 
O funcionamento do Estado na Guerra aso Terror, pune a liberdade do cidadão, sua 
forma de pensar e os direitos processuais. Na legislação brasileira, o acusado tem direitos, até mesmo o 
já condenado, de modo a que não é possível que seja retirado ou suspenso o direito fundamental dos 
indivíduos sob qualquer situação, afinal a estrutura normativa é sustentada sobre a supremacia da 
Constituição Federal. 
A fase em que os Estado Unidos vivem atualmente fere estes direitos, refletindo que 
não se trata mais de um Estado de direito e sim um Estado Totalitário, retirando a condição de cidadão 
e tornando em finalidades políticas do Estado.