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NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA NOVA AMÉRICA 
 
 
Av. Pastor Martin Luther King Jr. nº 126, sala 300-D, Del Castilho/RJ 
CEP: 20.765-971 - TEL: (21) 3296-6743 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 34ª VARA CRIMINAL DA 
COMARCA DA CAPITAL DO RIO DE JANEIRO/RJ 
 
 
 
 
Processo nº xxx 
 
 
 
 
 
 
HEITOR RODRIGUES, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, 
por intermédio de seu advogado infra-assinado, com procuração em anexo, 
interpor 
 
 
RECURSO DE APELAÇÃO 
 
 
 
 com fulcro no art. 593, I, do Código de Processo Penal, em face da respeitável 
sentença prolatada por este douto juízo a quo, que condenou Leonardo por 
tentativa de roubo majorado pelo uso de arma de fogo. 
 
Em sequência, requer seja o recurso recebido e encaminhado ao Egrégio 
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, já com as razões inclusas, 
com as garantias de estilo. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Data ___/___/____ 
Advogado (a) 
OAB/UF 
 
 
 
 
file:///C:/npj/Documents/NPJ.docx
 
NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA NOVA AMÉRICA 
 
 
Av. Pastor Martin Luther King Jr. nº 126, sala 300-D, Del Castilho/RJ 
CEP: 20.765-971 - TEL: (21) 3296-6743 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS. 
 
 
APELANTE: Heitor Rodrigues 
APELADO: Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro 
 
 
PROCESSO nº xxx 
 
 
RAZÕES DE RECURSO DE APELAÇÃO 
 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
 
1. DOS FATOS 
 
Desejando comprar um novo carro, Leonardo, 20 anos, decidiu praticar um 
crime de roubo em um estabelecimento comercial, com a intenção de subtrair o 
dinheiro constante do caixa. Sozinho, dirigiu-se ao estabelecimento comercial, 
nele ingressou e, no momento em que restava apenas um cliente, simulou 
portar arma de fogo e o ameaçou de morte, o que fez com que este cliente 
saísse. 
 
Após, antes de subtrair qualquer quantia do caixa, Leonardo notou que havia 
apenas um funcionário e que utilizava cadeira de rodas. Arrependido, Leonardo 
deixa o local sem nada subtrair, mas, já do lado de fora da loja, foi 
surpreendido por policiais militares. Estes realizam a abordagem, verificam que 
não havia nenhuma arma com ele. 
 
O Ministério Público requereu a conversão da prisão em flagrante em 
preventiva e denunciou Leonardo como incurso nas sanções penais do Art. 
157, § 2º, inciso I, c/c o Art. 14, inciso II, ambos do Código Penal. 
 
O juiz da 34ª Vara Criminal da comarca da capital do Rio de Janeiro/RJ 
converteu a prisão em flagrante em preventiva e recebeu a denúncia, sendo 
que o processo teve o seu prosseguimento regular. 
 
O homem ameaçado de morte jamais fora ouvido em juízo. Em juízo, o 
apelante confirma integralmente os fatos, destacando que se arrependeu do 
crime que praticaria. Constavam no processo a Folha de Antecedentes 
Criminais do acusado sem qualquer anotação e a Folha de Antecedentes 
Infracionais, ostentando uma representação pela prática de ato infracional 
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NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA NOVA AMÉRICA 
 
 
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análogo ao crime de tráfico, com decisão definitiva de procedência da ação 
socioeducativa. 
 
Em memoriais o Ministério Público requereu a condenação nos termos da 
denúncia. 
 
O advogado do apelante, contudo, renunciou aos poderes, razão pela qual, de 
imediato, o magistrado abriu vista para a Defensoria Pública apresentar 
alegações finais. 
 
Em sentença, o juiz julgou procedente a pretensão punitiva estatal. 
 
No momento de fixar a pena-base, reconheceu a existência de maus 
antecedentes em razão da representação julgada procedente em face de 
Heitor Rodrigues enquanto era inimputável, aumentando a pena em 06 meses 
de reclusão. 
 
Na terceira fase, incrementou o magistrado em 1/3 a pena, justificando ser 
desnecessária a apreensão de arma de fogo, bastando a simulação de porte 
do material diante do temor causado à vítima. Com a redução de 1/3 pela 
modalidade tentada, a pena final ficou acomodada em 4 (quatro) anos de 
reclusão. 
 
O regime inicial de cumprimento de pena foi o fechado, justificando o 
magistrado que o crime de roubo é extremamente grave e que atemoriza os 
cidadãos de Belo Horizonte todos os dias. 
 
Intimado, o Ministério Público apenas tomou ciência da decisão. 
 
2. DOS DIREITOS 
 
 
2.1. Preliminares 
 
 
a) Da nulidade 
 
Em sede de alegações finais, o advogado constituído do apelante renunciou, 
sendo que o douto magistrado a quo abriu vista para a Defensoria Pública 
apresentar alegações finais. Ocorre que, diante da renúncia do advogado 
constituído, Leonardo deveria ter sido intimado para que optasse entre a 
constituição de novo defensor ou que ficasse assistido pela Defensoria Pública. 
Ao não intimar o acusado para que optasse pela constituição de novo 
advogado, o magistrado violou os princípios da ampla defesa, sendo que houve 
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evidente prejuízo, pois as alegações finais foram apresentadas sem nenhum 
contato do Defensor Público com o acusado. 
 
Assim, cabível é a nulidade da sentença e de todo o processo desde o 
momento da apresentação das alegações finais. 
 
 
2.2 Do mérito 
 
 
a) Da desistência voluntária 
 
O réu se arrependeu e desistiu de praticar o delito antes mesmo de sua 
consumação ao ver o funcionário do estabelecimento com dificuldades de 
locomoção. Assim, está caracterizada a desistência voluntária, nos termos do 
art. 15, do Código Penal, e o acusado só responde pelos atos já 
praticados. Certo que não deve se levantar a hipótese da tentativa do delito, 
pois a tentativa se configura quando, iniciada a execução, o crime não se 
consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. O que houve foi 
desistência voluntária, que não se confunde com a tentativa. 
 
Assim, como houve desistência voluntária, Heitor apenas responderia pelos 
atos já praticados. Restou comprovado o crime de ameaça ao cliente que 
estava no local, contudo ele jamais fora ouvido em juízo. O crime de ameaça, 
previsto no art. 147 do Código Penal, é de ação pública condicionada a 
representação, como esta nunca ocorreu, Leonardo não pode ser condenado 
por este delito pela ocorrência da decadência. Isto posto, deve o apelante ser 
absolvido do crime de roubo. 
 
 
2.3 Da subsidiariedade 
 
 
Na rara hipótese de ser mantida a condenação do apelante, com base no 
princípio da eventualidade expomos os seguintes argumentos: 
 
 
a) Dosimetria da Pena 
 
 
No momento de fixar a pena-base, o juízo a quo reconheceu a existência de 
maus antecedentes em razão da representação julgada procedente em face de 
Heitor enquanto era inimputável, aumentando a pena em 06 meses de 
reclusão. Ocorre que a decisão definitiva de procedência da ação 
socioeducativa não deve ser considerada como maus antecedentes, 
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fundamentando o aumento de pena acima do mínimo legal. Assim, a pena 
deve ser fixada em seu mínimo legal. 
 
No que diz respeito à segunda fase da dosimetria deve ser reconhecida a 
atenuante da menoridade relativa prevista no art. 65, I do Código Penal, sendo 
que Leonardo possui apenas 20 anos de idade. Também deve se reconhecer a 
atenuante da confissão espontânea, prevista no art. 65, III, d, do Código Penal. 
 
No que diz respeito a terceira fase da dosimetria da pena, deve ser afastada a 
incidência da causa de aumento de pena pelo uso de arma de fogo, pois não 
há nenhuma prova de sua utilização nem mesmo o laudo pericial, requisito 
fundamental na apuração do fato, nos termos do art. 158, do Código de 
Processo Penal. 
 
 
b) Do regimemenos gravoso 
 
 
A opinião do julgador sobre a gravidade abstrata do crime não é motivação 
idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a 
pena aplicada, nos termos da súmula 718 do Supremo Tribuna Federal, sendo 
que à luz da súmula 719 do Supremo Tribunal Federal a imposição de regime 
mais severo do que a pena aplicada exige motivação idônea. Deve, portanto, 
ser aplicado o regime aberto ou semi-aberto, a depender da pena aplicada. 
 
c) Da suspensão condicional da pena 
 
 
Deve ser reconhecida a redução máxima de 2/3 da tentativa, devido ao iter 
criminis percorrido, o que enseja a aplicação da suspensão condicional da 
pena. 
 
 
3. PEDIDOS 
 
 
Diante de todo o exposto, requer aos Nobres Julgadores, o PROVIMENTO do 
presente recurso, bem como a reforma da sentença a fim de: 
 
a) nulidade da sentença proferida pelo juízo a quo e de todo o processo desde 
apresentação das alegações finais; 
 
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NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA NOVA AMÉRICA 
 
 
Av. Pastor Martin Luther King Jr. nº 126, sala 300-D, Del Castilho/RJ 
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b) reconhecimento da desistência voluntária, nos moldes do art. 15 do Código 
Penal; 
 
c) absolvição de Heitor; 
 
d) fixação da pena em seu mínimo legal; 
 
e) reconhecimento das atenuantes da menoridade relativa (art. 65, I, do Código 
Penal) e da confissão espontânea (art. 65, III, d, do Código Penal); 
 
f) a aplicação do regime aberto ou semi-aberto, a depender da pena aplicada, 
pelo reconhecimento das súmulas 718 e 719, ambas do Supremo Tribunal 
Federal; 
 
g) provimento do recurso com a consequente expedição do alvará de soltura. 
 
Nestes termos 
Pede deferimento 
 
 
Data ___/___/___ 
Advogado(a) 
OAB/UF 
 
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