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DESCRIÇÃO AULA DORMENCIA

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SLIDE 1 
Na aula de hoje veremos sobre a dormência e vigor de sementes 
Vamos a dormência primeiramente. 
SLIDE 2 
Antes de introduzirmos ao estudo da dormência vamos relembrar o conteúdo da 
aula passada sobre germinação de sementes: 
A formação da semente se da pela fusão ou união dos gametas masculinos e 
femininos, a partir dai temos a formação do zigoto, que passa por um processo 
de crescimento e diferenciação, e se torna um embrião maduro. 
SLIDE 3 
Esse embrião maduro passará por alguns processos, no caso das sementes 
ortodoxas (que são aquelas que sobrevivem a secagem e congelamento durante 
a conservação ex situ- fora do local de origem), esses processos permitiram que 
a semente ortodoxa entre no chamado repouso fisiológico ou criptobiose (que é 
um processo realizado diante de condições adversas. Nesse estado, elas 
cessam a atividade metabólica, de modo que não se desenvolvem até que as 
condições se tornem favoráveis novamente), mas através do que? 
 Primeiramente da redução ou perda do seu conteúdo de água livre e depois da 
diminuição do consumo de oxigênio por consequência da diminuição do 
processo de respiração a ação de inibidores (é aqui, que entra a questão da 
dormência que nós iremos ver daqui para frente), e também a baixa atividade do 
metabolismo, principalmente através das proteínas com ação enzimática. Então 
para permanecer no processo de quiescência que é estimulado na ausência de 
um dos principais fatores para a retomada do crescimento do eixo embrionário 
ou da germinação como a falta de água, ou falta de temperatura, ou ausência de 
oxigênio suficiente, para que o processo de germinação possa ocorrer. Se na 
presença de todos esses fatores, uma semente viva e apta a germinar, não 
germinar, nós entendemos que ela esta sofrendo a ação de algum mecanismo 
de bloqueio, mecanismo de bloqueio esse denominado de dormência. 
SLIDE 4 
Então qual a diferença de quiescência para dormência? 
 Enquanto a dormência seria causada por um bloqueio situado na 
própria semente ou unidade de dispersão, a quiescência seria provocada 
pela ausência ou insuficiência de um ou mais fatores externos 
(particularmente, condições atmosféricas, temperatura e água), necessários à 
germinação. 
SLIDE 5 
Quando a dormência esta ativa o processo de germinação não ocorre, então a 
partir de agora nós vamos entender como que ocorre a dormência, quais os tipos 
de dormência e como superá-las. 
SLIDE 6 
Um fator muito importante a ser levado em consideração é não confundir a 
dormência, com sementes mal formadas ou sementes mortas. Para isso 
podemos visualizar esta foto que demonstra através de imagens de raio-x o que 
ocorre com a semente em função da sua conformação. No primeiro caso nós 
temos uma semente bem formada sem nenhum tipo de dano dando origem a 
uma plântula normal. No segundo caso nos temos uma semente que tem um 
pequeno dano no embrião, Então ela dará origem a uma plântula, mas essa 
plântula não terá uma boa formação. No terceiro caso a semente está mal 
formada, assim ela não irá germinar. E por fim nos temos as chamadas sementes 
chochas ou sementes vazias, que são aquelas sementes que não possuem o 
embrião, então pelo raio-X vemos que não há estruturas de desenvolvimento 
aqui dentro, mesmo que semeada ela não ira se desenvolver. Então há uma 
diferença bem grande entre dormência e sementes mal formadas ou mortas, na 
dormência essa primeira plântula que não possui nenhum tipo de problema ou 
uma má formação, não irá germinar mesmo sob condições ideais, ai entra ação 
dos mecanismos de bloqueio que causam ou provocam a chamada dormência. 
SLIDE 7 
Para entender a dormência primeiro nós precisamos conceitua-la. O conceito de 
dormência se baseia na condição de uma semente viável, ou seja, lembrando 
novamente da aula de germinação, a semente tem que estar viva, que quando 
na presença de fatores ambientais propícios tais como temperatura, umidade e 
ambiente gasoso adequado para germinação ela vai continuar com seus 
processos fisiológicos bloqueados, toda dormência tem um período variável em 
função da espécie, é uma característica genética, tornando-se menos intenso 
com o decorrer do tempo até que ele seja superado. Em relação a nomenclatura 
o correto é dizer superação de dormência e não quebra da dormência, pois nem 
toda dormência é uma dormência mecânica a qual você retira a estrutura física 
que impede o desenvolvimento da semente e ela irá germinar. Nós temos 
processos de inibição através de hormônio, que é quando o hormônio existente 
não pode ser quebrado, ele passa a ser superado por outro hormônio que ira 
estimular o processo de desenvolvimento e germinação. Então atentem o nome 
correto é a superação de dormência. 
SLIDE 8 
Continuando com os conceitos, a suspensão temporária do processo de 
germinação, não e acidental, ela resulta da ação de mecanismos físicos ou 
fisiológicos que são bloqueadores do processo de germinação, e tem uma razão 
para isso que voou explicar mais a frente. Bom, o homem através do 
melhoramento genético vem selecionando a ausência da dormência nas 
sementes, principalmente naquelas de interesse econômico, de forma que 
algumas espécies não sobrevivem mais de forma autônoma no ambiente, como 
é o caso do milho moderno, que nós conhecemos, ele não consegue se 
desenvolver no campo e manter descendentes férteis sem a ação do homem, 
ele precisa ser colhido e replantado para que possa se manter vivo. 
SLIDE 9 
Mas qual é a relação entre dormência e sobrevivência? 
Aqui há um fator muito importante de uma das vantagens da dormência para 
espécies vegetais, em termos de sobrevivência a dormência é fundamental. Lá 
no inicio do processo de desenvolvimento das sementes, vocês devem lembrar 
que as sementes são um organismo impar e que tem característica de distribuir 
a germinação ao longo do tempo e espaço através de mecanismos de dispersão, 
e através dos mecanismos de dormência à germinação é distribuída ao longo do 
tempo. Isso para que ocasionalmente uma semente possa germinar em uma 
condição mais favorável ao desenvolvimento da plântula. Caso não haja 
dormência e se tenham condições ideais, todas as sementes irão germinar ao 
mesmo tempo. E isso para evolução não é interessante, pois pode haver 
adversidades que podem acarretar no processo de extinção de uma espécie, 
após a germinação, durante o desenvolvimento da plântula. Por isso a 
característica de dormência foi selecionada através dos anos naturalmente e ela 
é um mecanismo importante de sobrevivência e perpetuação. Sendo assim, a 
dormência é uma habilidade da semente para retardar sua germinação, até que 
as condições sejam adequadas. 
SLIDE 10 
Lembrando também que dentre as modificações bioquímicas e fisiológicas que 
ocorrem no processo, uma delas em especial é a dormência, ou seja, são 
alterações bioquímicas e fisiológicas que causam a ação desse mecanismo de 
bloqueio, impedindo a germinação de sementes mesmo em condições ideais. 
Ela é a estratégia principal de sementes denominadas pioneiras (um termo 
utilizado para se referir às espécies vegetais que podem colonizar ecossistemas 
inóspitos para outras espécies, em que as condições são pouco favoráveis para 
a sobrevivência. Elas são capazes de se manter perfeitamente desenvolvidas 
em locais com poucos nutrientes e água), ou também aquelas chamadas de 
clímax (são espécies de maior porte, além de mostrar alta eficiência entre 
produção e consumo de nutrientes. Nela encontramos as espécies que são 
melhores competidoras em um local), para que no momento de recomposição 
de uma mata ou de uma determinada área, essas sementes que estavam 
sombreadas permanecem com seus mecanismos de desenvolvimento 
bloqueados, a partir do momento que se abre uma clareira ou que se limpa a 
área, a luz atinge a semente, e essa semente passa a germinar, compondo a 
região. 
SLIDE 11 
O processo dedormência versus germinação. 
Nós temos que falar de germinação quando falamos de dormência e vice e versa, 
pois são processos contínuos intimamente ligados, a germinação não ocorre se 
a dormência estiver presente, e a dormência só pode ocorrer se o processo de 
germinação estiver em desenvolvimento. A relação entre elas se da através do 
equilíbrio entre substâncias inibidoras e substancias promotoras de 
desenvolvimento do embrião. Como inibidores temos o acido abscísico e 
cumarinas, já como substâncias promotoras, as giberelinas como principal 
hormônio, tem atuação de promover o desenvolvimento do embrião e iniciar o 
processo de germinação como também de reduzir a resistência dos tecidos que 
envolvem o embrião, permitindo o desenvolvimento da raiz primaria e parte 
aérea, sendo assim para que haja germinação é necessário que ocorra o 
reestabelecimento do equilíbrio favorável das giberelinas, sendo esta a 
superação da dormência e amolecimento da casca da semente. 
SLIDE 12 
Quais as vantagens da superação da dormência? 
 Primeiramente a sobrevivência da espécie, como nós falamos antes, a exemplo 
das espécies de clima árido ou semiárido, por exemplo, as espécies do cerrado, 
que passam por um período de seca ou até pela presença de fogo e outras 
condições indesejáveis para o desenvolvimento de uma planta, sendo assim não 
e ideal que todas as sementes produzidas nessas situações germinem ao 
mesmo tempo, outro fator importante é impedir a germinação das sementes 
dentro da própria mãe, a exemplo de espécies que possuem frutos carnosos 
como o mamão e o maracujá, em que seria extremamente desvantajoso para a 
espécie, se as sementes germinassem dentro do fruto. Pois no fruto existem 
condições ideais de umidade, temperatura e substâncias para que essa semente 
germine. Então não seria vantajosa para a espécie a germinação antes do 
processo de dispersão. Assim a dormência que ocorre durante o processo de 
maturação impedindo a germinação na própria planta mãe é uma condição 
substancial de desenvolvimento e perpetuação da espécie. Já as desvantagens 
são para o homem, principalmente quando nós falamos em termos de 
agricultura, devido a dificuldade de conseguir que todas as plantas germinem ao 
mesmo tempo, como podemos ver nas lavouras de soja, plantada. Imagine, se 
cada uma dessas sementes germinasse numa época ou período diferente?! 
Seria praticamente impossível aplicar os tratos culturais para o desenvolvimento 
da cultura. Assim a principal desvantagem da dormência se da para o homem, 
em termos de agricultura causando desuniformidade na emergência de 
plântulas, longos períodos para sua superação. No caso da avaliação da 
qualidade de sementes no laboratório, seria praticamente impossível determinar 
a porcentagem de germinação dessas sementes num curto intervalo de tempo 
e, além disso, há uma maior dificuldade no controle de plantas invasoras ou das 
chamadas plantas daninhas que são aquelas consideradas estrategistas. 
Portanto as plantas daninhas em sua maioria possuem sim mecanismos de 
bloqueio ativados e constantes nas suas sementes, portanto sementes de 
plantas daninhas possuem sim mecanismos de dormência ativados. 
Slide 13 
Quais os tipos de dormência de sementes? 
Quanto aos tipos de dormência, nós temos a chamada dormência primaria ou 
endógena (dentro – interior - relacionado ao próprio embrião) que é dita como 
natural, ela tem origem genética, ela é hereditária e ocorre por ocasião do 
processo de maturação dessas sementes. Ela impede a germinação na planta 
mãe, como nos citamos antes, e normalmente é superada ao longo do 
armazenamento. 
SLIDE 14 
Já a dormência secundaria ou exógena (fora – exterior - extra-embrionária é 
causada primariamente pelo tegumento, pelo endocarpo, pelo pericarpo e/ou por 
órgãos extraflorais, em geral por pouca ou nenhuma participação direta do 
embrião na sua superação) é induzida por fatores ambientais, ela se da por 
condições desfavoráveis ocorridas após o processo de maturação e ela é dita 
induzida pelo ambiente tais como, excesso de temperatura, falta de agua ou ate 
mesmo algum estresse fisiológico que essa planta passe. 
SLIDE 15 
Assim temos aquela dormência chamada tegumentar ou exógena e embrionária 
ou endógena, que em geral podem ocorrer de forma independente ou 
simultânea, e são classificadas como: 
dormência física: representada pela impermeabilidade do tegumento a agua ou 
a gases; 
dormência química: representada por ação de inibidores do pericarpo; 
dormência mecânica: aquela que apresenta resistência tegumentar impedindo o 
crescimento ou desenvolvimento do embrião em condições ideias; 
a morfológica: que se da pela imaturidade do embrião ou dos tecidos que 
compõe esse embrião; 
e por fim a dormência fisiológica: que é um mecanismo fisiológico de inibição do 
embrião. 
SLIDE 16 
Quais são as causas dessas dormências? 
Nós temos três sistemas causadores de dormência, sendo eles: 
o sistema de controle de entrada de água no interior da semente; 
O sistema de controle do desenvolvimento do eixo embrionário; 
E o sistema de controle do equilíbrio entre substancias promotoras e inibidoras 
do crescimento e desenvolvimento. 
SLIDE 17 
Vamos aos exemplos do acionamento do bloqueio – dormência: 
Primeiro no caso do embrião rudimentar ou imaturo: 
são estruturas do embrião do tecido meristemático, pouco desenvolvidas ou 
ainda não totalmente desenvolvidas que impediram o desenvolvimento desse 
embrião; 
no caso de dureza tegumentar: devido a condições de armazenamento ela 
impede a saída do embrião; 
inibidores químicos presentes no tegumento: como cafeína, cocaína, ácidos, 
óleos e outros. A maioria desses são compostos fenólicos altamente solúveis em 
agua, por isso que a dormência consegue ser superada ao longo do tempo para 
algumas espécies, basta deixar essas sementes em agua corrente por 24 horas 
ou ate menos que a dormência é superada. 
Impermeabilidade do tegumento a líquidos: essas sementes ela possui alguma 
substancia como no caso suberinas, ligninas ou cutinas que impedem a entrada 
de agua, essas substancias são depositadas na testa do pericarpo ou na 
membrana nucelar, que repelem a agua ou simplesmente impedem a entrada de 
água fazendo com que as sementes não retomem o seu desenvolvimento 
através do processo de embebisão, ela é mais comum nas leguminosas como 
no caso do guandu, da mucuna preta ou ate mesmo na soja. As sementes são 
denominadas de sementes duras e não absorvem agua em condições 
adequadas para tal absorção, e no caso da soja nós observamos ainda hoje em 
torno de 1% das sementes avaliadas com o processo de dormência através da 
dureza ou impedimento da entrada de agua. no teste de germinação quando 
abrimos os rolos para avaliação você observa que a semente esta com a forma 
redonda e brilhosa, ou seja, ela não absorveu a agua. 
E o ultimo exemplo a impermeabilidade a gases: lembra que nós vimos na aula 
de germinação que o oxigênio é fundamental para o desenvolvimento do 
embrião? ou seja, o processo de germinação é exigido em pequenas 
quantidades de oxigenio, mas é altamente limitante, então se há uma resistência 
quanto a entrada ou saída de gases, o processo de germinação não ira ocorrer 
de forma uniforme, Segundo pesquisas realizadas por EDWARD et al (1973), a 
presença de compostos fenólicos principalmente na casca, sendo eles floridizin, 
acido clorogenico, acido paracumaril químico. Outros fatores que podem causar 
a impermeabilidade a gases são a espessura da casca, o tamanho da semente, 
a posição dos meristemas e a temperatura. 
Para a maioria das espécies denominadas de grandes culturas ou de culturas 
econômicas, aquelas que não possuem dormência mecânica como no caso da 
impermeabilidade a agua, irão absorver a agua, entretanto na fase em que 
deveriam ocorrer a produção da raiz primaria por ação do acido abscísico ocorrea manutenção do processo de dormência ate que ele seja superado. 
SLIDE 18 
Quais são os métodos de superação de dormência utilizados hoje? 
Os principais métodos são: estratificação térmica: principalmente através do 
meio úmido ou seja, com substrato úmido a baixas temperaturas próximo ao 
ponto de congelamento a exemplo de 5°c por 30 dias ; 
a exposição a luz: nos devemos lembrar que existem sementes denominadas 
fotoblasticas positivas que são aquelas que respondem a germinação na 
presença de luz; fotoblasticas negativas que respondem a germinação ou 
superação da dormencia no escuro; e as intermediarias que as vezes são como 
positivas e as vezes negativas. Lembrando que para que a semente seja 
sensível a luz temos que entender o funcionamento dessas estruturas 
denominadas de fitocromos. Os fitocromos são cromo proteínas solúveis em 
citoplasma celular no eixo embrionário. Que atuam na liberação de citicininas 
permitindo ou não a germinação. Os fitocromos são denominados de forma ativa 
ou inativa. A forma inativa é chamada de p660 por possuir um pico de absorção 
no espectro de 660 nanometros, quando esse fitocromo é exposto a irradiação 
de cor vermelha ele passa para sua forma ativa chamada de p 730, esse 
fitocromo não absorve mais a luz do comprimento de onda vermelha, 
promovendo germinação nas sementes fotoblasticas positivas. Então quando o 
p660 é irradiado com comprimento de onda 660 ele passa para sua forma ativa 
e a semente fotoblastica positiva terá o processo de retomada do crescimento 
do eixo embrionário, promovendo a sua germinação. Já o p730 se for exposto a 
radiação vermelho distante ou ao escuro ele passa para sua forma inativa 
retornando ao p660 e no caso das fotoblasticas positivas não mais irão germinar. 
Escarificação mecânica: quando das sementes denominadas de duras, em que 
nós podemos remover essa camada que impede o desenvolvimento do embrião 
ou a camada que impede a entrada de agua e/ou gases, então a utilização de 
lixas ou abrasão com areia promovem o rompimento do tecido lignificado 
favorecendo assim a absorção de água e retomada do processo de germinação. 
Existem tambem a escarificação ácida, muito usual de sementes forrageiras 
como no caso das braquiárias, e ela ocorre da mesma forma de escarificação 
mecânica, só que, por ação de um produto químico no caso de um acido forte 
ou chamado acido sulfúrico, lembrando que sempre após o processo de 
escarificação, esse acido deve ser neutralizado. 
Outros exemplos de processos para superação da dormencia é o uso de agua 
quente; lavagem em água corrente; o processo de secagem; o pre esfriamento; 
termoperiodo ou termoestratificação; e a ação de microorganismo como no caso 
das orquídeas. 
Recapitulando então. Somente sementes ortodoxas passam pelo processo de 
quiescência e/ou dormência. 
SLIDE 19 
Vigor 
Como o vigor pode influenciar dentro do padrão de germinação? Níveis distintos 
de vigor terão comportamentos muito diferentes em condições extremas? 
o vigor “segura” a semente em condições adversas, e está relacionado a energia 
inicial que a semente tem disponível para germinar, emergir, e ter seu 
desenvolvimento. Com o vigor médio a 80% mais o tratamento de sementes 
consegue-se aguentar cerca de uma semana sem chuvas, sem nenhum dano 
ao embrião. A semente mesmo com alto vigor, após germinar e chegar a camada 
superficial e encontra temperatura de 50 °C do solo, não consegue prolongar seu 
desenvolvimento e perece, por isso a importância da palhada no solo. Alguns 
produtores preferem ao invés de deixar a camada de palhada no solo, aumentar 
a profundidade do plantio das sementes, essa profundidade também influência 
no vigor, mesmo que a semente possua alto vigor, não irá apresentar-se vigorosa 
em campo, ou ate mesmo não conseguirá emergir, pois esse aumento em 
profundidade, também aumenta o gasto de energia que será necessário. 
Existem casos que aumentam a profundidade para 7 cm. Uso de um bom 
tratamento e sementes de alto vigor fornece a semente condições de aguentar 
a esses tipos de adversidades, sem necessidade de alteração nos processos de 
plantio. 
SLIDE 20 
Teste de vigor de sementes 
O teste de vigor, testa a semente em condições adversas, o teste de 
envelhecimento acelerado é um teste que se coloca a semente em câmara de 
aquecimento em temperatura alta e em ambiente úmido (41°C a 48 horas). Essa 
semente absorve a água do ambiente e começa a reidratação e a partir dai o 
metabolismo começa a acelerar. Quando retiramos do ambiente adverso e 
colocamos para germinar, as que germinam plântulas normais mesmo com essa 
condição são consideradas vigorosas (depois fazemos o calculo da porcentagem 
do lote). Determinamos a capacidade de armazenamento mas também temos 
uma ideia de como se comportara no campo. Tambem temos o teste de 
condutividade elétrica que medimos o quanto de corrente elétrica passa dentro 
da semente, em função do quanto de nutrientes que passa da semente para o 
solo, então a semente que perde muito nutriente para o solo é menos vigorosa, 
por perder açúcar, sais minerais, vitaminas e proteinas que seriam utilizadas 
para o arranque e desenvolvimento da plantas, então o vigor é a capacidade que 
a semente tem de ir para o campo e germinar de forma rápida e uniforme, que é 
isso que queremos, todas crescendo juntas para a lavoura seguir de forma 
adequada. 
 
SLIDE 21 
Para falar de vigor precisamos entender seu conceito, e a conceituação do vigor 
é algo muito discutido, as primeiras tentativas para conceituar destacavam a 
habilidade da semente para germinar em condições desfavoráveis e a evolução 
do estudo demonstrou que o vigor de sementes traduzem um potencial de seu 
desempenho, assim muitos pesquisadores trouxeram a sua própria definição de 
vigor, entre os conceitos aplicados sobre os atributos da qualidade da semente 
temos alguns que se destacam, como Isley (1957) que diz que o vigor é a ação 
conjunta de todos os atributos da semente que permite a obtenção de stands 
sob condições favoráveis de campo; já schoorel em 1960 diz que o termo vigor 
deve ser definido em concessão com a capacidade de germinação, uma 
semente é considerada mais ou menos vigorosa na dependência da sua 
habilidade para originar plântulas normais sob certas condições sub otimas, já 
delouche e caldwell, 1960, tambem disseram que o vigor é a soma de todos os 
atributos da semente que favorecem um rápido e uniforme desenvolvimento e 
estabelecimento dessas plantas a campo. Woodstok, 1965 disse que o vigor é 
um estado de boa saúde e robustez natural da semente que permite germinação 
rápida e completa sobre uma larga faixa de condições de ambiente; já grabe 
1966 disse que um conceito de vigor não pode ser emitido simplesmente em 
termos de germinação, uma definição completa deve incluir o comportamento 
durante o armazenamento e efeitos sobre a produção bem mais abrangente que 
este.] 
 E assim por diante segue em vários conceitos de vigor que se sobrepõe em 
assuntos, mas que nem sempre são conclusivos. Por tanto, a definição do vigor 
ainda é hoje algo muito contraditório, entretanto o vigor ele vem sendo sempre 
muito exigido pelos produtores rurais na entrega dos lotes de sementes como 
um complemento do teste de germinação que nós vimos nas aulas passadas 
que feito sob condições ideais. 
SLIDE 22 
O que nos temos que entender é que o vigor é a expressão da capacidade dessa 
semente germinar sobre condições ótimas ou não ótimas ou seja sobre uma 
amplitude de condições de campo por isso que o teste de emergência a campo 
realizado nas propriedades rurais antes da semeadura é muito elucidativo em 
termos do potencial de desempenho daquele lote na área onde ele será 
plantado. 
SLIDE 23 
Um fator importante de se levar em consideração são as diferenças entre vigor 
e germinação 
O potencial de germinação ou a germinação das sementes é calculadosob 
condições ideias, ele avalia se a plântula possui estruturas essenciais para o 
desenvolvimento do embrião que tem a capacidade de dar origem a plântula 
produtiva, isso só ira se repetir se condições muito próximas aquelas condições 
onde o teste de germinação foi realizado acontecerem a campo, e nós sabemos 
que isso normalmente não acontece. Já o vigor é uma característica fisiológica 
que é definida geneticamente e que governa a capacidade dessa semente 
germinar de forma rápida e uniforme isso ocorrendo em condições de campo sob 
condições ideais e ate certo ponto em condições não ideais, mas por que ate 
certo ponto? porque uma semente mesmo vigorosa não tolera temperatura 
excessivas acima de 45°c no solo e também a falta de agua após o inicio do 
processo de embebeçam. Assim se nos somarmos a capacidade de germinação 
juntamente com o vigor nos temos o chamado potencial fisiológico de 
desenvolvimento dessas sementes. 
SLIDE 24 
Nesse gráfico podemos observar de forma bem clara as variações entre 
potencial ou porcentagem de germinação das sementes e emergência de 
plântulas a campo então aqui nos temos um numero de amostras porque esse 
trabalho avaliou 94 amostras de sementes de lotes submetidos a fiscalização do 
comercio de sementes de soja no estado do missisipi USA. E aqui nos temos a 
porcentagem de germinação variando de menos 40% de 40-49% 59-59% até 
acima de 90% então observem aqui, dos 94 lotes avaliados das 94 amostras 
todas estavam com germinação acima de 80% então essas barras mostram que 
nos tínhamos dos 94 aproximadamente 30 lotes com germinação acima de 90% 
e em torno de 65 lotes entre 80-89% de germinação. Germinação esta avaliada 
em laboratório sob condições ideais. A emergência das plântulas a campo a 
distribuição é bem diferente, esses 94 lotes que tinham acima de 80% de 
germinação apresentaram a campo variações de acima de 90% até variações 
abaixo de 40 % então a uma distribuição na sua capacidade de emergir e dar 
origem a uma plântula normal a campo. Isso é o efeito da interação da qualidade 
da semente com um ambiente a qual ela esta esposta. 
SLIDE 25 
Essa outra tabela tras um exemplo hipotético da variação da germinação em 
diferentes condições ambientais então aqui nos temos 2 lotes que apresentam a 
mesma porcentagem de germinação realizada em laboratório sob condições 
ideais, esses mesmos dois lotes foram semeados em três locais distintos a partir 
dai nos podemos observar as variações do vigor da emergência das plântulas a 
campo, então o primeiro lote apresentou germinação de 88 no ambiente a e o 
segundo de 87 ; no ambiente b essa emergência de plântulas apresentou uma 
outra % e no ambiente c considerando um ambiente menos propicio para 
germinar a expressão da emergência de plântulas a campo e bem variável 
portanto os resultados de germinação em condições ideais eles não são 
parâmetro para que nos possamos avaliar o desenvolvimento dessas plântulas 
a campo. 
SLIDE 26 
 Esse outro exemplo hipotético mostra como o vigor apresenta uma quda muito 
mais acentuada quando comparado com a germinação na mesma forma que nos 
vimos na tabela anterior um lote que apresenta 98% de germinação e 80% de 
vigor ao longo do armazenamento a queda do vigor é mais acentuada sendo que 
após 4 meses de armazenamento a germinação se mantem ainda em 98% e o 
vigor já caiu para 63% e assim por diante ate culminar na morte da semente 
SLIDE 27 
Para que possamos avaliar o vigor das semente nos temos que aplicar alguns 
testes que simulam condições ambientais adversas a semente, sob condições 
de estresse e alguns testes de avaliação diretos que avaliam desde a taxa de 
deterioração das sementes ate se as suas estruturas moleculares ou de 
membranas estão adequadas. Qual é o objetivo do teste de vigor? 
Primeiramente detectar diferenças significativas em lotes com poderes de 
germinativos semelhantes, aquilo que nos vimos na tabela anterior, e isso se da 
atraves do desempenho da sementes após a semeadura e do potencial de 
armazenamento dessa semente pois é no armazenamento que a semente pode 
perder toda a sua qualidade incluindo a sua capacidade de germinação. 
SLIDE 28 
Os testes de vigor são classificados em 4 formas, primeiramente os testes que 
avaliam o potencial físico das sementes, os testes fisiologicos os testes 
bioquímicos e os testes de resistência AO estresse 
SLIDE 29 
Os testes físicos eles avaliam os aspectos morfológicos e ou físicos das 
Sementes a exemplo do tamanho, a massa unitária a densidade a cor o teste de 
raio x , para verificar como as estrututras internas das sementes estão sem fazer 
sua destruilão. Uma desvantagem desses testes físicos que na maioria das 
vezes são subjetivos, eles podem não apresentar relação direta com o vigor. 
SLIDE 30 
Testes fisiológicos: avaliam atividades fisiológicas ligadas ao vigor. São mais 
expressivos a exemplo da classificação do vigor de plântulas a primeira 
contagem da germinação a velocidade de germinação e emergência de plântulas 
a campo, o crescimento de plântulas, a transferência de matéria seca, ou a 
precocidade de emissão de raiz primaria. 
SLIDE 31 
Testes bioquímicos: avaliar as atividade bioquímicas ligadas ao vigor das 
sementes: o teste de tetrazólio é o mais utilizado no mundo para avaliar o vigor 
e a viabilidade da semente como nos podemos ver nessa primeira foto, o teste 
de condutividade elétrica que se baseia na integridade das membranas ele avalia 
a condutividade das solução de embebição da semente, tambem temos o teste 
de lixiviação de potássio, a atividade respiratória, a atividade da descarboxilase 
do acido glutâmico, a avaliação de aldeídos voláteis, e tambem de ácidos graxos 
livres. 
SLIDE 32 
Teste de resistência ao estresse: dentre os testes de resistência ao estresse nos 
temos aqueles que avaliam o desempenho das sementes em condições 
desfavoraveis como o teste de envelhecimento acelerado, a deterioração 
controlada, teste de frio, germinação a baixa temperatura, imersão em água 
quente, teste de submersão, imersão em solução osmótica/toxicas. 
SLIDE 33 
Qual é a característica de um bom teste de vigor, todo o bom teste de vigor ele 
deve ser simples, objetivo rápido reproduzível (protocolo pode ser repetido em 
diferentes laboratórios obtendo-se o mesmo resultado) e de baixo custo. 
Assim cumprindo com esses requisitos o teste de vigor se enquadra como 
favorável a sua adaptação e utilização num laboratório de rotina para verificação 
da qualidade e comparação dos lotes que serão comercializados.

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