Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Tópicos Integradores Farmacologia – Casos Clínicos / Endodontia Endodontia É a especialidade da Odontologia que trata de prevenção, diagnóstico e tratamento das enfermidades da polpa e das suas repercussões sobre os tecidos da região periapical. Trata da morfologia, fisiologia e patologia da polpa dental e dos tecidos periapicais (leões endodônticos podem gerar lesões periapicais). Logo, podemos considerar um tratamento endodôntico também é um tratamento cirúrgico, afinal, a polpa do dente que será extirpada, é um tecido conjuntivo. O COMPROMETIMENTO PULPAR PODE GERAR SINTOMATOLOGIA DOLORODA (provocada ou espontânea) – NORMAL QUE OCORRA UM PROCESSO INFLAMATÓRIO NA REGIÃO PERIAPICAL Além disso, Debris da instrumentação, com presença de bactérias e suas toxinas, tecido necrótico e raspas de dentina, assim como as soluções irrigadoras, também podem ser levados para os tecidos periapicais e ocasionar uma resposta inflamatória local. TRATAMENTO ENDODÔNTICO: → ASSINTOMÁTICO (PROCESSO CRÔNICO – NECROSE); → SINTOMÁTICO: Procedimentos eletivos: Tratamento endodôntico de dentes permanentes (com polpa viva ou necrosada), assintomáticos, cuja anatomia não ofereça maiores dificuldades para a instrumentação. • Dor leve a moderada - ANALGÉSICOS ⎯ Dipirona Sódica 500mg a 1g de 4 em 4h; ⎯ Ibuprofeno 200mg de 6 em 6h; ⎯ Paracetamol 750mg de 6 em 6h. • Analgesia Pré Operatória: ⎯ Dexametasona 4mg - 1 comprimido Dose única – 30 a 45 min antes do procedimento. / Assim como nos procedimentos de exodontia. • Analgesia Pós Operatória: ⎯ Dipirona Sódica 500mg a 1g de 4 em 4h; ⎯ Ibuprofeno 200mg de 6 em 6h. Em casos que não há características de infecção, não prescreve antibióticos. Em alguns casos pode ser feito CAPEAMENTO. Os medicamentos devem ser prescritos antes da abertura coronária. Procedimentos de Urgência As condições pulpares e periapicais que requerem tratamento endodôntico de urgências são as: → PULPITES IRREVERSIVEIS: • Sintomáticas: o tratamento requer o pronto alívio da dor, invariavelmente está presente de forma espontânea. ANESTESIA → ABERTURA → MEDICAÇÃO Para SANAR a dor imediata (causada pelos gazes que estão presos no canal) → DRENAGEM Prioriza que a drenagem seja feita por vias normais e não periféricas. MEDICAÇÃO PÓS- OPERATÓRIA IMEDIATO: → Dipirona Sódica 500mg a 1g de 4 em 4h pelo período de 24h (primeira dose administrada no consultório); → Caso a dor persista após 24h: permanece com Dipirona Sódica 500mg a 1g de 4 em 4h e Nimesulida 100 mg de 12 em 12h por 3 dias. → NECROSES COM OU SEM ENVOLVIMENTO PERIAPICAL: Ainda que o dente envolvido não se apresente responsivo a estímulos como frio ou calor, ele ainda pode conter tecido vital inflamado no interior dos canais. Por esse motivo e para maior conforto do paciente, a anestesia local deve ser sempre realizada. MEDICAÇÃO PÓS OPERATÓRIO IMEDIATO: → Dipirona Sódica 500mg a 1g de 4 em 4h; → Nimesulida 100 mg de 12 em 12h. → PERIODONTITES APICAIS AGUDAS- PERECIMENTITES: Inflamação no ligamento causada por trauma oclusal (restauração alta, por ex.). • Sem envolvimento pulpar – Trauma Oclusal: Ajuste Oclusal + Dipirona Sódica 500mg a 1g de 4 em 4h • Com envolvimento pulpar – Necrose – Dente Crescido: Em casos de dor espontânea e moderada (suportável): → Pré Operatória: Dexametasona 4mg - 1 comprimido Dose única – 30 a 45 min antes do procedimento → Pós Operatória: Dipirona Sódica 500mg a 1g de 4 em 4h. → ABSCESSO APICAL AGUDO: A dor de caráter espontâneo, severa e contínua, aliada ou não ao aumento de volume na região apical do dente envolvido, é um sinal e sintoma frequente de abscesso apical agudo. TRATAMENTO O tratamento dos abscessos deve ser direcionado à descontaminação do local. Em primeiro lugar, deve-se tratar o efeito (o abscesso), para numa segunda etapa tratar a causa (o dente), que é o reservatório das bactérias. A eliminação da coleção purulenta consiste em estabelecer uma via de drenagem que depende, fundamentalmente, da localização do abscesso. Compressa com água morna pode ajudar em casos de abcessos mais “duros” → TORNÁ-LOS FLUTUANTES Abcessos → Intraósseos: Inicialmente, a formação da coleção purulenta ocorre na região periapical, circunscrita ao ápice radicular, e o acesso para a drenagem normalmente é pela via do canal radicular. → Submucosos: O aumento do volume de pus e sua natural migração em busca de uma via de saída (formação de fístula) levam o exsudato purulento para a superfície da mucosa oral. ⎯ Inicialmente: O pus se concentra abaixo do periósteo e, posteriormente, ao romper esta barreira, abaixo do tecido epitelial mucoso, provocando um aumento significativo de volume no fundo de sulco (flutuação). ⎯ No caso de abscessos localizados, com pequeno volume de pus, nem sempre é necessária a colocação de um dreno cirúrgico. A drenagem varia de acordo com a localização dos abcessos Normalmente quando é via fora do dente, há necessidade de deixar o dreno no local (pode utilizar luva ou pedaço de lençol de borracha em forma de “T” USO DE MEDICAMENTOS NO TRATAMENTO DOS ABCESSOS DOSE INICIAL → Dose inicial de ataque dos antibióticos (para adultos ou crianças com peso corporal > 30 kg) → Abscessos apicais em fase inicial: Amoxicilina 1g - Pacientas com história de alergia às penicilinas: Claritromicina 500mg → Abscessos apicais em fases mais avançadas: Amoxicilina 1g+ metronidazol 250mq - Pacientes com história de atorgia às penicilinas: Clindamicina 600mg. O USO DE ANTIBIÓTICOS AJUDAM NÃO PIORAR A GRAVIDADE DOS CASOS. DOSES DE MANUTENÇÃO – DURANTE O TRATAMENTO → Abscessos apicais em fase inicial: Amoxicilina 500 mg a cada 8 horas - Pacientes com história de alergia às penicilinas: Claritromicina 250mg a cada 12 horas amoxicilina → Abscessos apicais em fases mais avançadas: - Opção 1: Amoxicilina 500mg + metronidazol 250 mg, a cada 8 horas - Opção 2: Clavulin → Pacientes com história de alergia às penicilinas: - Claritromicina 250 mg a cada 12 horas ou - Clindamicina 300 mg a cada 8 horas Quando o dentista pode prescrever antibióticos? Os antibióticos são recomendados quando o sistema de defesa do paciente não está sendo capaz de controlar o processo infeccioso sozinho: → Pacientes portadores de doenças metabólicas (p. ex., diabetes) ou imunossuprimidos (p. ex., leucemia, AIDS); → Sinais locais de disseminação da infecção (linfadenite, celulite facial, limitação da abertura de boca); → Manifestações sistêmicas da infecção (febre, taquicardia, falta de apetite e mal-estar geral).
Compartilhar