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E-book 2 Renata Cardillo Homem de Mello COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL Neste E-Book: INTRODUÇÃO ���������������������������������������������� 3 DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL �������������������������������������4 CULTURA ORGANIZACIONAL ����������������12 DIVERSIDADE, CULTURA E ORGANIZAÇÃO ������������������������������������������19 CLIMA ORGANIZACIONAL ���������������������24 CONSIDERAÇÕES FINAIS ���������������������� 32 SÍNTESE �������������������������������������������������������34 2 INTRODUÇÃO Neste módulo, abordaremos o desenvolvimento organizacional, suas relações e a importância de mudanças que ocorrem dentro de uma organização. No entanto, é necessário ter em mente que a única maneira de mudar as organizações é transformando sua “cultura”, isto é, alterando os sistemas de vida, crenças de valores e respeito nos relacionamento entre as pessoas. É preciso lidar com as diversida- des multiculturais, podendo aceitar (e se sensibilizar com) as diferenças entre os integrantes, fato que propiciará um clima organizacional favorável para a produtividade e maior desempenho na organização. 3 DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL Atualmente, a sociedade se transforma de maneira dinâmica, as mudanças são cada vez mais amplas e frequentes, o que leva as organizações a encontrarem novas demandas e desafios que exigem agilidade e dinamismo. Para tanto, o desenvolvimento organi- zacional tornou-se o instrumento por excelência na busca pela conquista de maior eficiência – condição imprescindível no mundo atual, caracterizada pela intensa competição em nível nacional e internacional. Nesses tempos em que os valores evoluem rapida- mente e os recursos se tornam escassos, é cada vez mais necessário entender o que influencia o desem- penho dos indivíduos no trabalho, então, utilizar esse instrumento para alcançar a excelência, para atingir maior eficiência organizacional, é fundamental. É como uma fórmula para enfrentar, com sucesso, a competitividade crescente e complexa. Não fazê-lo significaria perder eficácia, eficiência e até mesmo desaparecer do mundo organizacional. Em suma, o “desenvolvimento organizacional engloba uma série de intervenções, de mudança planejada, que bus- cam melhorar a eficácia organizacional e aumentar o bem-estar dos funcionários”, (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010 p. 572) Considerando o pensamento de Senge (1999), po- demos afirmar que o sentido de realizar mudanças 4 organizacionais vem da finalidade de cumprir o ob- jetivo de sua existência. As organizações existem em interação com ambientes internos e externos, sujeitando-se às instabilidades. Desse modo, a ve- locidade de atualização das tecnologias, a mutação cultural das forças de trabalho, a redistribuição de poder econômico e a globalização passaram a exigir das organizações um novo tipo de reação. A observação da real necessidade de mudar pode ser valiosa para a identificação do objeto da mudança e para a construção de uma nova estratégia. Contudo, o grande desafio é transpor as crises e tornar os resultados duradouros, permeados na cultura da organização. Para isso, é preciso atentar-se para os pontos que impedem esta permanência. É relevante o entendimento de que o que funcionou no passado foram produtos das condições vigen- tes e, diante das novas condições, há necessidade de mudar. Portanto, uma questão é repetidamente levantada, em qualquer tipo de negócio: Precisamos mudar! Nenhuma empresa escapa dessa necessi- dade; ainda que o funcionamento e o desempenho causem a impressão de permanência, uma análise mais apurada identificará indícios de modificações. Alguns são mais visíveis, pois alteram característi- cas evidentes – como quadros de crescimentos ou quando decide se reposicionar, modificando a forma de atuar, ou mesmo quando altera procedimentos técnicos e administrativos. 5 As mudanças intencionais ou radicais são mais evi- dentes; no entanto, não são únicas e nem mais im- portantes. Por essa razão, não se pode subestimar o processo de mudança contínuo, aquele que constitui a dinâmica de vida e de existência de uma empresa. Conforme Chiavenato (2004), o grande erro organi- zacional é tratar a mudança como episódio isolado e pensar que pode ser administrada de forma cir- cunstancial. Desde a década de 1970, a teoria das organizações oferecia pouco espaço no tratamento do tema. Quando abordava, ressaltava apenas as- pectos negativos, sem trazer meios para lidar com o fenômeno. Naquele período, a teoria era produzida especialmente para grandes corporações industriais. Elas tinham como paradigma a estabilidade – que era considerada sinônimo de perenidade, permanência no tempo e no espaço. Isto é, “as firmas” deveriam ser administradas de forma a permanecer grandes e poderosas. É importante ressaltar que, naquela época, o para- digma de estabilidade não negava que as empresas estavam em mudança constante, mas pressupunham que as alterações poderiam ser sempre harmônicas e sutis. E que elas eram incrementais e nunca de- sestabilizariam o desempenho organizacional. As mudanças em grande escala – que envolvessem diversas áreas ou que alterassem diferentes proces- sos, impactando pessoas – eram encaradas como crises de alto risco e geradoras de conflitos inadmi- nistráveis. Por essa razão, o esforço da administra- ção deveria estar na manutenção do status quo; e, 6 caso uma modificação de grande magnitude fosse absolutamente inevitável, ela deveria ocorrer num mínimo espaço organizacional possível. Como podemos perceber, a mudança era vista como um “mal necessário” e refletia um processo adminis- trativo no qual o controle era a função mais importan- te. Nessa perspectiva, o sucesso era assegurado pela capacidade de reproduzir rotinas e procedimentos. A inovação, mesmo quando valorizada como expressão da modernidade, deveria ser afastada, pois com ela vinha a fragmentação da ordem. Como visão de futuro e desenvolvimento organiza- cional, Chiavenato (2004) expõe fatores que serão dominantes nas empresas dos próximos anos: tec- nologia, informação, globalização, serviços e conhe- cimento. No campo tecnológico, a abrangência será maior e mais veloz, não restringindo mais as classes sociais. Essa ampliação trará uma inevitável subs- tituição de ações humanas por ações mecânicas. Todas as operações manuais serão realizadas pelos computadores, implicando assim o aperfeiçoamento intelectual do homem – que passa a se dedicar a atividades voltadas ao conhecimento. Em relação à informação, a velocidade de dissemi- nação possibilitará a mobilidade do trabalho, não sendo mais necessária a permanência do colabora- dor no escritório, podendo executar suas atividades virtualmente. A contratação direta será substituída pela terceirização, poupando recursos financeiros e garantindo a qualidade dos serviços. Enfim, o acesso 7 rápido permitirá que as informações sejam aplicadas de forma construtiva para o posicionamento estra- tégico da organização. No campo econômico, ele afirma que há uma trans- formação nos limites da competição. Antes, a preo- cupação era restrita aos ramos de produção, regiões de atuação da empresa, e público consumidor com necessidades bem definidas. Hoje, a abertura das fronteiras – impulsionadas pela globalização e as oportunidades internacionais – tem levado as empre- sas a se estruturarem de forma global, direcionando seus objetivos a um público totalmente demandante e imprevisível nas relações concorrenciais. O autor afirma ainda que a forte expansão do mer- cado de serviços propiciada pela racionalização e automação dos processos de trabalho tem levado à escassez de empregos em empresas industriais, nascendo daí uma tendência de desenvolvimento direcionado às médias e pequenas empresas, em razão do enxugamento das grandes indústrias. A visão sobre as mudanças deve valorizar a multi- disciplinaridade do conhecimento: a integração entre as variáveis de administrar a mudançacomo fenô- meno passível de condução, de ser encarada como um impulso humano de romper com a estabilidade para obter novos cenários, trazendo o novo – em comportamentos, estratégias e estruturas. Robbins, Judge e Sobral (2010), apontam que o proces- so de mudanças pressupõe que o esforço de direção organizacional deve estar voltado para o aperfeiçoa- 8 mento contínuo, e não para estabilidade de normas e regras previamente definidas, visto que esse processo de transição do hoje para o amanhã envolve forças po- sitivas e negativas – as quais devem ser identificadas e tratadas adequadamente –, permitindo que a mudan- ça se efetive. Então, as mudanças e o comportamen- to organizacional são resultantes do confronto entre forças impulsionadoras (que promovem mudanças) e forças restritivas (que procuram manter o status quo, evitando qualquer situação de mudança). Assim, enquanto as forças impulsionadoras empur- ram a organização em determinada direção, as forças de restrição procuram conter, reduzir ou anular as forças de impulso. Muitas vezes, é a redução das forças restritivas o meio mais eficaz de encorajar mu- danças e aumentar o desempenho da organização. Dessa forma, baseando-se na Teoria do Campo de Força, pode-se afirmar que um programa de mudança planejada destina-se a criar ou aumentar as forças impulsionadoras e, ao mesmo tempo, remover ou enfraquecer as forças restritivas ou de resistências. Vamos descrever o processo de mudança por meio de três fases, com base na Teoria do Campo de Forças: o descongelamento, a mudança e o reconge- lamento. A fase do descongelamento ocorre quando a necessidade de mudança se torna óbvia, para que possa ser rapidamente entendida e aceita. A fase da mudança ocorre quando há a descoberta e a ado- ção de novas atitudes, valores e comportamentos que são promovidos por intermédio de processos de identificação e internalização. Nesta fase, as novas 9 ideias e práticas são aprendidas de modo que as pessoas passam a pensar e a executar de uma nova maneira. E a última fase, o recongelamento, significa a incorporação do novo padrão de comportamento por meio de mecanismos de suporte e de reforço, de modo que ele se torne a nova norma, ou seja, signifi- ca que o aprendido foi integrado à prática. Então, para que a mudança tenha sucesso, é necessário que as pessoas se libertem das práticas antigas. A mudança de atitude e o recongelamento do novo procedimento, isto é, aprender e agir num ciclo contínuo. Assim, a partir do conhecimento das forças atuan- tes para a transformação dos objetivos, poderá ser selecionada a estratégia mais adequada e desenhar o processo de mudança, dentro das exigências de mercado. É assim que as estratégias de um bom desenvolvimento organizacional atuam, buscando alcançar uma mudança planejada na organização, de acordo com as necessidades, demandas de mercado ou demandas da própria organização. Dessa forma, a atenção pode ser focada nos modos de ação de certos grupos (e sua eficiência), na melhoria das re- lações humanas, nos fatores econômicos e de custo (equilíbrio custo-benefício), nas relações entre os grupos, no desenvolvimento das equipes humanas, na liderança, entre outros. Ou seja, quase sempre, nos valores, atitudes, relações e clima organizacional. Em suma, sobre as pessoas, mais do que sobre os objetivos, estrutura e técnicas da organização: o desenvolvimento organizacional se concentra essencialmente no lado humano da empresa. Sua 10 área fundamental de ação é, portanto, aquela que está relacionada aos recursos humanos da ins- tituição. A importância dada ao Desenvolvimento Organizacional deriva do fato de que os recursos humanos são decisivos para o sucesso ou fracasso de qualquer organização. Consequentemente, sua gestão é fundamental para o sucesso empresarial, começando pela adaptação da estrutura da organiza- ção (organograma), seguida por uma gestão eficiente dos grupos de trabalho (equipes e liderança), e de- senvolvendo relações humanas que impedirão confli- tos (e também resolvê-los rapidamente e em tempo hábil, quando há evidências de seu surgimento), ou seja, “os métodos do desenvolvimento organizacional valorizam o crescimento humano e organizacional, processos colaborativos e participativos e um es- pírito investigativo [...] e coloca uma grande ênfase nas maneiras subjetivas como as pessoas veem o ambiente.” (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010 p. 574) Então, como você pôde observar, o coração do de- senvolvimento organizacional está pautado nas mu- danças e visa a melhorar a eficiência das empresas. O progresso e a mudança precisam estar alinhados com as crenças, sistemas e com os procedimentos que regem a organização. No entanto, é necessário ter em mente que a única maneira de produzir mu- danças verdadeiras nas organizações é por meio da mudança de sua “cultura”, que quer dizer modificar: significados, representações e imaginários. Podcast 1 11 https://nv.instructuremedia.com/fetch/QkFoYkIxc0hhUVFTM0k4RU1Hd3JCMEdEbm1BPS0tNjBjNGY5MjQ4YmFhYTEzNzMzZWMyNTQxNzUzMDc0OWE5M2I3Yjk2Zg.mp4 CULTURA ORGANIZACIONAL A cultura é um processo histórico – produto de cons- trução social do sistema de significados, articulado por meio de signos e símbolos que, quando assimi- lados, afetam operacionalmente o cotidiano, molda o comportamento, confere uma forma e identidade peculiar à vida dos indivíduos. A cultura é um con- junto integrado de padrões comportamentais que comprometem nosso modo de relacionar-se e nos- sa maneira de fazer as coisas. O que é próprio de um grupo social, que é aprendido dentro do grupo e transmitido às futuras gerações. De acordo com Tyler (apud LARAIA, 2006, p. 25), cul- tura – em seu contexto epistemológico – é a abran- gência de todos os costumes de um povo, sendo “todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capa- cidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade”. Dessa forma, em uma organização, a cultura será efetivamente tudo o que determina e tem influência e direcionamento no com- portamento individual e no comportamento grupal. Cultura é definida como os valores, hipóteses e crenças que os membros da organização têm em comum e que modelam como eles percebem um sistema de significados compartilhado por grande parte dos membros de uma organização. É o que 12 distingue uma organização da outra no pensar e no agir – na organização processual e na metodológica dos acontecimentos para alcançar os resultados. Constata-se também que as definições de cultura são identificadas com os sistemas dinâmicos da organização, uma vez que os valores podem ser mo- dificados, como efeito da aprendizagem contínua dos indivíduos. Eles também são importantes nos processos de sensibilização para adotar a mudança como parte da cultura organizacional. Robbins, Judge e Sobral (2010) definem que a cultura organizacional se refere a um sistema de valores par- tilhado pelos integrantes de uma organização, e que existem sete características básicas que traduzem a essência da cultura de uma organização: 1. Inovação: é o nível de estímulo aos funcioná- rios para criarem, inovarem e assumirem riscos na organização. 2. Atenção aos detalhes: é o nível que os funcio- nários apresentam de: precisão, análise e atenção aos detalhes. 3. Orientação para os resultados: é o nível que os responsáveis pela organização direcionam para os resultados, sem levar em conta as técnicas e os processos empregados para seu atingimento. 4. Foco na pessoa: é o nível em que os responsáveis pela organização consideram todas as decisões – no impacto sobre as pessoas. 13 5. Foco na equipe: é o nível em que o desenvolvi- mento das atividades de trabalho é organizado – no atingimento de metas das equipes. 6. Agressividade: é o nível em que se estimula para que as pessoas sejam mais competitivas e agressi- vas, ao invés de tranquilas. 7. Estabilidade: é o nívelem que as atividades orga- nizacionais enfatizam a manutenção das condições propícias – ao invés do crescimento, propriamente dito. Essas características se inter-relacionam dentro de um continuum, que vai do mais baixo para um grau mais elevado. Então, para os autores, as organiza- ções que utilizam essas sete características con- seguem revelar a complexidade da cultura organi- zacional e, como combinadas, criam organizações extremamente diferentes. SAIBA MAIS Para que você possa compreender as relações da cultura organizacional com o sistema de crenças do dirigente da organização, observando também as características citadas acima, assista ao vídeo A História da Amazon - A História de Jeff Bezos - Histórias de Sucesso, um case de sucesso a partir das ideias de Jeff Bezos. Disponível em: ht- tps://www.youtube.com/watch?v=ttU4V7i_mmo 14 https://www.youtube.com/watch?v=ttU4V7i_mmo https://www.youtube.com/watch?v=ttU4V7i_mmo A partir desse vídeo, podemos perceber que, nes- sa relação, se a organização “cria” uma cultura im- posta – e sem a participação dos indivíduos que a compõem – e supõe que está sendo gerenciada e utilizada para fins predefinidos, tem-se um enten- dimento muito limitado e particularizado do que é cultura, apresentando uma visão simplista diante da complexidade e da abrangência do conceito de cultura humana. A Cultura Organizacional também é criticada quando, na tentativa de minimizar o confli- to de interesses entre: o lucro e o desenvolvimento humano, a produtividade e a cooperação, a homo- geneidade do pensamento e a criatividade, supõem criar novos símbolos – e mesmo a figura do mito –, como se esses elementos fossem decorrentes da vontade dos dirigentes da empresa e pudessem ser manipulados segundo os objetivos unilaterais da organização. Chiavenato (2004) refere-se à cultura organizacional como algo que não é perceptível, tocado ou contem- plado com os olhos, mas recebe seus efeitos e con- sequências; por isso, cita que a cultura se assemelha a um iceberg: a parte acima do nível do mar são as decorrências concretas de uma cultura, a parte tan- gível – tais como as estruturas físicas, os prédios, as tecnologias, as descrições de cargos e as políti- cas de gestão. Por outro lado, o que está abaixo do nível do mar, no submerso, são as partes intangí- veis e invisíveis, que são decorrentes dos aspectos psicológicos e sociológicos da cultura da empresa. Essa relação com o iceberg é unicamente porque a 15 “cultura organizacional apresenta várias camadas, tornando-se necessário conhecê-la em todos esses níveis”. Até porque, quanto mais profunda a camada submersa, mais complexo e mais difícil de compre- ender os detalhes e maior será a dificuldade para que as mudanças ocorram. Observe a figura abaixo: Aspectos formais e abertos • Estrutura Organizacional • Títulos e descrições de cargos • Objetivos e estratégias • Tecnologia e práticas operacionais • Políticas e diretrizes de pessoal • Métodos e procedimentos • Medidas de produtividade física e financeira Aspectos informais e ocultos • Padrões de influenciação e de poder • Percepções e atitudes das pessoas • Sentimentos e normas de grupos • Crenças, valores e expectativas • Padrões de integração informais • Normas grupais • Relações afetivas Componentes visíveis e publica- mente observáveis, orientados para aspectos operacio- nais e de tarefas Componentes invisíveis e cobertos, afetivos e emocionais, orientados para aspectos sociais e pesicológicos Figura 1: O Iceberg da Cultura Organizacional. Fonte: Chiavenato (2004, p. 323) Você também poderá perceber que, nessa relação, as organizações sempre se depararam com altera- ções, amadurecimentos e mudanças, no decorrer dos anos, até porque a cultura, muitas vezes, reflete o que 16 aquele grupo aprendeu ao longo de sua história, quais foram as situações, os problemas e as soluções que encontraram. Assim, a essência da cultura de uma empresa é construída e precisa estar expressa de forma clara para o mercado. Assim, estará se apre- sentando do modo como planeja e implementa seus negócios, e também da forma como trata seus fun- cionários, clientes, e o grau de interação estabelecido e alinhado com o mercado no qual está inserida. Nessa perspectiva de diferenciação da cultura de uma organização para outra, temos elementos que são predominantemente estruturados para orientar as estratégias e que trazem o delineamento e a estra- tégia individual de cada organização para o mercado competitivo, que são: missão, visão e valores. Franklin, Fincowsky e Krieger (2011) descrevem es- ses itens como: MISSÃO • A missão é a identidade da organi- zação para perseguir seus objetivos. VISÃO • Visão é a imagem futura que uma organização desenvolve sobre si mesma, colocando-a numa perspecti- va de médio a longo prazo. VALORES • Os valores são os pontos principais para o desenvolvimento da identidade instituicional. Figura 2: Elementos Organizacionais. Fonte: elaborado pela autora com base nos autores Franklin, Fincowsky e Krieger. 17 REFLITA Perceba que, quando a empresa explicita esses elementos, fica claro que ela demonstra tanto para os clientes internos quanto externos onde estará no futuro. Como queremos que nossos usuários nos vejam? Quais são os pressupostos e princípios que regem a estrutura organizacio- nal e, consequentemente, o que leva à mudança de sistemas e à implementação de crenças, valo- res e formas aceitas de relacionamento entre as pessoas? Podemos observar que há grande ênfase em geren- ciar a cultura organizacional que foi definida e comu- nicada aos demais níveis da empresa pelo fundador e “aperfeiçoada” pelo aprendizado ao longo dos anos de existência no mercado. 18 DIVERSIDADE, CULTURA E ORGANIZAÇÃO Como estudado anteriormente, os comportamentos dentro de uma empresa são norteados pela cultura organizacional, porém, as pessoas não são iguais. Cada uma traz em si experiências próprias, valores e crenças que interferem na maneira de agir e pensar, diferenciando-se das demais. Essa diversidade está presente no cotidiano das empresas e compete ao gestor perceber as diversidades e a heterogeneidade existentes no grupo e trabalhar para que elas inter- firam o mínimo possível no andamento corporativo. A diversidade apresentada pelas pessoas está liga- da à idade, etnia, religião, deficiência, entre outras. Robbins (2010) apresenta a diversidade em dois ní- veis: nível superficial, que são diferenças facilmente identificadas (idade, sexo, etnia, entre outras), mas que não necessariamente representa o pensar e o agir de um indivíduo; e o nível profundo, que, con- forme as pessoas vão se conhecendo no ambiente de trabalho, tendem a enaltecer as diferenças de valores, personalidades e preferências de trabalho. A correta interpretação desses níveis de diversidade possibilitará ao gestor observar, conhecer e gerenciar de maneira correta as pessoas, seja no processo de negociação interna (com seus colaboradores), seja 19 no processo de negociação externa (com clientes, fornecedores, mercado). Muitos pontos são obser- vados dentro de uma empresa para que as pessoas possam se relacionar melhor com seus colegas. Todavia, os indivíduos em geral, baseados pelas suas crenças e valores, tendem a discriminar outros indiví- duos no processo, por não os aceitar. Isso colabora para um afastamento dos indivíduos, dificultando todo e qualquer processo de negociação. Qual a relação da cultura com a diversidade? Compreender o conceito de cultura é entender que existe uma diversidade de visões de mundo e de práticas sociais e, a partir disso, respeitar todas elas. Esse é um dos pontos fundamentais em qualquer organização, o grau que a cultura inclui e envolve a diversidade, e o quanto está aberto para que qualquer pessoa possa realizar o trabalho. SAIBA MAIS Por meio desse vídeo, você poderá entender o que estamos falando sobre diversidade no am- bienteorganizacional. https://www.youtube.com/watch?v=CRy_rvU2zQ8 Dentro de uma organização, são inúmeras as diver- sidades encontradas e, por consequência, diversas formas de discriminação. Entre os problemas mais populares encontramos: assédio sexual, assédio moral, intimidação, gozação e insultos, exclusão, 20 https://www.youtube.com/watch?v=CRy_rvU2zQ8 entre outros. Esses comportamentos discrimina- tórios dificultam qualquer processo de relação no ambiente profissional, pois, se o indivíduo se sente excluído ou desrespeitado, dificilmente irá colaborar e/ou agregar algo à outra parte. É muito comum vermos gestores, de forma equivoca- da, alimentarem um comportamento discriminatório, acreditando que irão melhorar o desempenho de suas equipes, mas que, na verdade, estão colaborando para o aumento da discriminação entre as partes envolvidas. Até porque “discriminação significa reco- nhecer uma diferença entre coisas, deixar que nosso comportamento seja influenciado por estereótipos sobre grupos de pessoas” e, muitas vezes, os ges- tores incentivam a competição, ou acabam fazendo joguinhos entre os membros de uma mesma equipe, sem perceber está silenciosamente incentivando discórdia entre eles. (ROBBINS, 2010, p. 40) SAIBA MAIS Para que possa identificar como essas questões dos atributos diferenciados e das relações com a diversidade são importantes, convido você a ler esse artigo sobre: As equipes mais criativas têm um tipo específico de diversidade cultural. Disponível em https://hbrbr.uol.com.br/equipes- -criativas-diversidade-cultural. Acesso em: 23 jul. 2019. 21 https://hbrbr.uol.com.br/equipes-criativas-diversidade-cultural/ https://hbrbr.uol.com.br/equipes-criativas-diversidade-cultural/ Uma outra forma de trabalharmos as diversidades nas organizações é abordar e incentivar o desenvol- vimento das habilidades individuais que são neces- sárias para o desempenho profissional; pois, dessa forma, poderão ser sanadas as limitações individuais de cada integrante da equipe ou do setor como um todo. Outro ponto que devemos observar é a diversida- de dos grupos. Para que o gestor possa respeitar e aproveitar ao máximo a diversidade dos grupos, o processo de comunicação deve funcionar de maneira que nenhum indivíduo se sinta discriminado ou não entenda seu papel na empresa. Em não acontecen- do isso, o grupo pode interpretar que a diversidade é algo que lhe prejudica e este fato interferir no seu grau de motivação. Na realidade, quando a empresa observa que as diversidades são molas propulsoras para que ela possa melhorar o seu desempenho, o grupo consegue negociar melhor suas deficiências e virtudes sem excluir ninguém. Então, implementar e gerir a diversidade nas organi- zações promove o Multiculturalismo, além de facilitar a perceção do quanto, de fato, as pessoas também são impactadas pelo ambiente e pelo clima orga- nizacional. É preciso sempre ter em mente que as pessoas também são responsáveis pelo impacto da mesma forma que são impactadas pelo clima, ou seja, as pessoas na organização diante da cultura e da diversidade contribuem para a geração do clima no ambiente organizacional. 22 SAIBA MAIS Para que você possa aprofundar mais essas questões de diversidade e atitudes discriminató- rias e todas as suas características, sugiro que você leia o Capítulo 2: Diversidade nas organiza- ções, do livro Comportamento Organizacional – teoria e prática no contexto brasileiro, disponível na sua Biblioteca Virtual. 23 CLIMA ORGANIZACIONAL Discute-se muito, atualmente, sobre as relações do clima organizacional e da cultura nas organizações; como os aspectos da cultura interferem de fato nas relações com o clima e vice-versa. Entre as consequ- ências de tratar a cultura sob a perspectiva e pressu- postos da cultura organizacional estão: a limitação da criatividade em um ambiente onde o pensamento é heterogêneo; o custo do estresse em conciliar os interesses individuais e organizacionais sob padrões de comportamento desejados; e a idealização da empresa sobre as atitudes comportamentais dese- jadas em relação aos indivíduos. Essa questão desperta o interesse dos estudiosos do campo do comportamento organizacional e tem sido chamada de maneiras diferentes: ambiente, clima organizacional, clima, etc. No entanto, apenas nas últimas décadas fizeram esforços para explicar sua natureza e tentar medir o clima organizacional, que é visto como um elemento-chave para a percepção que o trabalhador tem das estruturas e processos que ocorrem em um local de trabalho. 24 REFLITA Como a Cultura organizacional afeta o Clima de uma organização? Entendendo como cultura organizacional o pa- drão geral de comportamentos, crenças e valores compartilhados pelos membros de uma organi- zação, o clima organizacional é literalmente afe- tado por essa cultura, pois se tiver uma posição extremamente autocrática o impacto direto e as percepções nos indivíduos refletirão diretamente os aspectos comportamentais apreensivos e ou temerários diante dessa cultura opressora. Você provavelmente já percebeu que as relações en- tre gerentes e funcionários de alguns setores são ex- tremamente fluídas e, em outros setores, amarradas. Consequentemente, é nítido que o modo de gestão, a cultura, e o clima de uma organização afetam todos os membros, de alguma forma. Por isso, falar de clima organizacional tem sido um tema de grande importância para quase todas as organizações, especialmente as que buscam uma melhoria contínua de seu ambiente, a fim de alcançar um aumento de produtividade, sem perder de vista o recurso humano. O ambiente em que uma pessoa executa seu trabalho diário, o tratamento que um líder pode ter com seus subordinados, a relação entre os funcionários da empresa, e até mesmo o relacionamento com for- 25 necedores e clientes são elementos formadores do que chamamos de Clima Organizacional. Isso pode ser um link ou um obstáculo ao bom desempenho da organização como um todo. As percepções e respostas que compõem o clima organizacional originam-se em uma grande variedade de fatores. Alguns envolvem fatores de liderança e práticas de gestão (tipos de supervisão: autoritária, participativa, etc.). Outros fatores estão relaciona- dos ao sistema formal e estrutura da organização (relações de dependência sistema de comunicação, promoções, salários, etc.). Outras são as consequ- ências do comportamento de trabalho (sistemas de incentivos, interação apoio social com outros mem- bros etc.). SAIBA MAIS Para que você possa entender melhor a relevân- cia dos aspectos do clima organizacional na re- lação com os funcionários e a produtividade, convido você a ler o artigo Como a qualidade do clima organizacional pode afetar o desempenho dos colaboradores de uma empresa pública em Boa Vista. Disponível em: https://www.aedb.br/ seget/arquivos/artigos15/33422466.pdf Acesso em: 22 jul. 2019. Para os autores Robbins, Judge e Sobral (2010), o “cli- ma organizacional refere se às percepções comuns que os funcionários de uma organização têm com 26 relação à empresa e ao ambiente de trabalho” (p. 505). Para Nacife (2019, p. 8), o “clima organizacional constitui-se na caracterização da atmosfera psicoló- gica percebida pelos colaboradores que influencia a motivação e a satisfação na organização.” Baseado no conceito dado pelos autores, você pode perceber que clima organizacional é a expressão pessoal da percepção de que o clima se refere às características do ambiente onde os membros da organização atuam. Essas características são per- cebidas – direta ou indiretamente – pelos membros que atuam nesse ambiente, e isso determina o clima organizacional, pois cada indivíduo tem uma percep- ção diferente do ambiente. O clima organizacional também afeta diretamente o psicológico e pode ser, inclusive, por questões de uma mudança temporária nas atitudes das pessoas – o que pode ser devido a várias razões: dias finaisde fechamento mensal e anual, processo de redução de pessoal, aumento geral de salários, etc. É notório que, quando a motivação das pessoas aumenta, há uma melhora do clima organizacional, uma vez que há um desejo de trabalhar e, quando a motivação diminui, também diminuem as relações e a produti- vidade, seja por frustração ou por algum motivo que impossibilite satisfazer a necessidade. O estado de ânimo das pessoas é regido pelo estado de espírito que percebem no seu entorno. Por exem- plo, se uma pessoa em um dia específico está com problemas familiares, embora sejam questões de 27 cunho pessoal, essas questões afetarão diretamente o seu desempenho e suas relações no ambiente orga- nizacional. A apatia e a desmotivação dessa pessoa afetarão diretamente os demais colaboradores que estarão a sua volta. Então, fica claro que para se trabalhar em uma empresa (e, especialmente, em equipe) existe uma reação em cadeia? Porque justa- mente cada integrante de uma equipe desempenha uma função que, muitas vezes, está interligada com as demais. Figura 3: Dominós enfileirados. Fonte: Unsplash. Podcast 2 O clima organizacional, juntamente com as estrutu- ras e características organizacionais e os indivíduos que o compõem, forma um sistema interdependente e altamente dinâmico. Um clima bom ou clima or- ganizacional ruim terá consequências para a orga- 28 https://unsplash.com/photos/bHZ2_D4bTfg https://nv.instructuremedia.com/fetch/QkFoYkIxc0hhUVFSM0k4RU1Hd3JCMEdEbm1BPS0tYjQwNjg0MzBmMjAzMTU2YTUyNDJjY2YxZWYyYzkzY2Q3YTIwMDNiNg.mp4 nização, em um nível positivo ou negativo. Entre as consequências positivas podemos citar o seguin- te: realização, afiliação, poder, produtividade, baixa rotatividade, satisfação, adaptação, inovação, etc. Entre as consequências negativas podemos desta- car: desajuste, alta rotatividade, absenteísmo, pouca inovação, baixa produtividade, etc. Outro exemplo que podemos destacar para ilustrar. Você já entrou em uma empresa de call center? Já observou como existem vários banners, adereços e figuras coloridas, até mesmo temáticas, de acordo com cada época do ano? Esse fato se dá justamente porque a relação dos atendentes com os atendimen- tos é sempre muito estressante. Dessa forma, as empresas de call center encontraram uma forma de criar um clima mais lúdico e com possibilidades de acolhimento. Além disso, cada atendente pode de- corar sua estação de trabalho da forma que mais lhe convém, justamente para que possam se sentir mais acolhidos em seus ambientes de trabalho individuais. FIQUE ATENTO Em uma mesma organização, podemos encon- trar diferentes escalas de climas organizacionais, de acordo com os diferentes setores e com as li- deranças que atuam em cada um desses setores, haja vista que o clima organizacional é resultante das variáveis culturais e, quando são alteradas, ocasionam alterações no clima organizacional. Essas variações também podem ocorrer interna- mente, dentro de cada setor. 29 O clima de uma organização deve facilitar a reali- zação da pessoa (empregado) como um indivíduo único. O próprio assunto original provoca direitos dinâmicos, capazes de afirmar as autonomias indi- viduais e responsabilidades sociais. Esforçar-se por um cenário em que a realização pessoal possibilita a realização da empresa, na qual os funcionários veem a organização como parte deles, seu mundo, sua história. Sentem que as suas experiências estão ligadas a essa instituição. É preciso ter sempre em mente que um clima que, embora seja verdade, deve tender para o crescimento e o desenvolvimento da organização. Privilegiar o crescimento da pessoa e o objetivo final das instituições. Há uma série de aspectos que influenciam o ambien- te de trabalho dos funcionários, entre eles: estilos de liderança, clareza na definição de objetivos, a forma como a tomada de decisões é gerenciada, os proce- dimentos, a comunicação e a estrutura típica de uma organização que influencia no comportamento de trabalho de um empregado e que são normalmente associados como incidentes no Comportamento Organizacional. Por sua vez, conceitos como: caráter, meio ambiente, moral, ecologia e, em outros casos, os significados de cultura, liderança e satisfação são identificados, especialmente o último, porque é comum conceber como equivalente; em parte, por- que os primeiros instrumentos de medição do clima foram construídos com base em itens de questio- nários destinados a avaliar a satisfação. Mas não podemos esquecer que um bom clima organizacio- 30 nal vai além de boas condições físicas no local de trabalho, abrangendo também aspectos emocionais, espirituais e morais. Em conclusão, a elaboração do clima organizacio- nal de um processo altamente complexo se dá de- vido à dinâmica da organização, do ambiente e dos fatores humanos. Muitas empresas e instituições reconhecem que um dos seus principais ativos é o seu fator humano. E, para ter certeza da força de seus recursos humanos, as organizações precisam ter mecanismos de medição periódica do clima or- ganizacional que estejam vinculados à motivação da equipe e, como observado anteriormente, isso pode afetar o comportamento e o desempenho de trabalho correspondentes. Portanto, sabemos que o processo de clima organi- zacional exige um conhecimento profundo do assun- to, criatividade, em síntese, de todas as coisas que o compõem. O clima organizacional deve oferecer qualidade de vida no trabalho. 31 CONSIDERAÇÕES FINAIS Nesta unidade, abordamos o Desenvolvimento Organizacional, que também pode ser visto como uma ferramenta que, por meio da análise interna da organização e do meio ambiente, permite obter in- formações que orientam os dirigentes na adoção de um caminho ou estratégia de mudança, em dire- ção a uma evolução, de acordo com as demandas da empresa, para alcançar a eficiência de todos os elementos que a constituem para obter o sucesso organizacional. Isso é necessário para que uma or- ganização esteja capacitada ou tenha os elementos necessários para entrar para competir no mundo atual. Para utilizar essa ferramenta é necessário concebê-la a partir da importância da estratégica dos recursos humanos da organização e o que isso implica, sen- do preciso levar em conta os aspectos que influen- ciam o desempenho dos elementos que compõem a organização, tais como o desenvolvimento indi- vidual e grupal, os recursos necessários, o tempo necessário, para de fato facilitar o desenvolvimento organizacional e, consequentemente, o atingimento dos resultados, bem como a formação de uma cul- tura organizacional, quesito responsável por refletir a mentalidade e a identidade dos membros do corpo diretivo, através de meios formais e informais – que 32 são missão, visão e valores – e que ficam explícitas na atuação dos dirigentes, gestores e funcionários. Aceitar a diversidade nas organizações não é somen- te lidar com as diferentes culturas ou etnias, é saber respeitar pessoas com culturas e ideias diferentes das suas. A diversidade só acontece quando é res- peitada a diferença nas experiências dos indivíduos. A diversidade é importante para o clima se tornar mais criativo e inovador, a diversidade influencia o sucesso da empresa e atua diretamente nas rela- ções pessoais e profissionais dos indivíduos dentro da organização, bem como também é responsável pela influência no clima organizacional, que busca tornar compatível, viabilizar, harmonizar e integrar as necessidades e os objetivos da empresa e daqueles que a compõem para que todos possam compor uma boa relação de trabalho e que possam se sentir satisfeitos no ambiente de trabalho. 33 SÍNTESE COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL • O comportamento organizacional teve seus estudos no período indus- trial, em que o foco era a produção e não as pessoas. • Ele estuda os fatores que afetam o comportamento individual e de grupo nas organizações e como as organizações gerenciam seus ambien- tes.• Fornece um conjunto de ferramentas – teorias e conceitos – para com- preender, analisar, descrever e gerenciar atitudes e comportamentos nas organizações. • Como campo de estudo do que as pessoas fazem nas organizações e como influenciam seu comportamento na dinâmica e na forma de equilibrar o trabalho, no seu crescimento e na busca de metas e objetivos pessoais e profissionais. • O comportamento organizacional canaliza suas ações de maneira orde- nada e sistemática para levar as pessoas e organizações a realizarem todo o seu potencial. • Características do CO: 1. Descreve como as pessoas se comportam em diferentes condições. 2. Entenda a razão de como as pessoas se comportam. 3. Preveja o comportamento futuro das pessoas. 4. Controle o comportamento das pessoas. 5. Melhore o desempenho das pessoas. Referências Bibliográficas & Consultadas BRUNING, Camila; RASO, Cristiane Cecchin Monte; PAULA, Alessandra. Comportamento organi- zacional e intraempreendedorismo. Curitiba: InterSaberes, 2015. [Biblioteca Virtual] CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento orga- nizacional: a dinâmica do sucesso das organiza- ções. Barueri: Malone, 2014. [Biblioteca Virtual] FINCOWSKY, Enrique B. Franklin; KRIEGER, Mario José. Comportamiento organizacional: enfoque para América Latina. México: Pearson Educación, 2011. JUNG, Milton; KYRILLOS, Leny. Comunicar para liderar. São Paulo: Contexto, 2015. [Biblioteca Virtual] LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 19. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006. 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