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Manual Mercados Financeiros de Capitais

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MANUAL DO CURSO DE LICENCIATURA 
EM 
CONTABILIDADE E AUDITORIA 
 
3º Ano 
Disciplina:MERCADOS FINANCEIROS E DE CAPITAIS 
Código: ISCED31-ECOCEF014 
Total Horas/1o Semestre: 125 
Créditos (SNATCA): 5 
Número de Temas: 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTITUTO SUPER 
 
 
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - ISCED 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Mercado 
 Financeiro e de Capitais 
 
i 
Direitos de autor (copyright) 
Este manual é propriedade doInstituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) e 
contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou total 
deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, gravação, 
fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Instituto Superior de Ciências 
e Educação a Distância (ISCED). 
A não observância do acima estipuladoo infractor é passível a aplicação de processos judiciais 
em vigor no País. 
 
 
 
 
 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) 
Direcção Académica 
Rua Dr. Almeida Lacerda, No 212 Ponta - Gêa 
Beira - Moçambique 
Telefone: +258 23 323501 
Cel: +258 82 3055839 
Fax: 23323501 
E-mail:isced@isced.ac.mz 
Website:www.isced.ac.mz 
Agradecimentos 
O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) agradece a colaboração dos 
seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual: 
 
 
Autor a Laura Bule , mestrada em Contabilidade e Auditoria 
Coordenação 
Design 
 
Financiamento e Logística 
 
Revisão Científica 
Revisão Ling u ística 
Local de Publicação 
 
Direcção Académica do ISCED 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância ( ISCED ) 
 
Instituto Africano de Promoção da Educação a Distancia (IAPED) 
 
Manuel Carlitos , mestre em Economia e Gest ã o. 
ISCED_BEIRA 
 
http://www.isced.ac.mz/
http://www.isced.ac.mz/
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Mercado 
 Financeiro e de Capitais 
 
ii 
Índice 
Visão geral 1 
 
Bem-vindo à Disciplina/Módulo de Mercado Financeiro e de Capitais ............................... 1 
Objectivos do Módulo ..................................................................................................................... 1 
Objectivos Específicos ................................................................................................................... 1 
Quem deveria estudar este módulo ............................................................................................. 1 
Como está estruturado este módulo .............................................................................................2 
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação ........................................................................ 3 
Comentários e sugestões ....................................................................................................3 
Ícones de actividade ........................................................................................................... 4 
Habilidades de estudo ........................................................................................................4 
Precisa de apoio? .................................................................................................................6 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) .............................................................................. 7 
Avaliação ......................................................................................................................................... 8 
TEMA – I: CONSIDERAÇÕES GERAIS. 9 
 
UNIDADE Temática 1.1.Introdução, Considerações Gerais à Disciplina: natureza, 
objectivos e Princípios................................................................... Error! Bookmark not defined. 
Introdução ....................................................................................... Error! Bookmark not defined. 
Desenvolvimento 10 
 
Capital de giro ............................................................................................................................... 11 
Capital de giro .................................................................................................................... 12 
Finalidade de Capital de giro ......................................................................................... 13 
Tipo de Capital de giro ................................................................................................................ 15 
Capital de giro bruto ......................................................................................................... 15 
Capital de giro líquido ....................................................................................................... 15 
Capital giro próprio ........................................................................................................... 16 
Gestao de Capital de giro .......................................................................................................... 16 
Objectivo da Gestão de Capital de giro ...................................................................... 16 
Problemas para solucionar o Capital de giro ................................................................ 17 
Necessidade de Capital de giro ...................................................................................... 18 
Metododologia de Gestão do Capital de giro ..............................................................19 
Em Resumo .................................................................................................................................... 20 
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 Financeiro e de Capitais 
 
iii 
TEMA – II: Mercado financeiro: 25 
 
1.1 Conceitos básicos do Mercado Financeiro ........................ Error! Bookmark not defined. 
1.1.1 Mercado Monetário e de Crédito ......................................................................... 26 
1.1.2 Mercado Cambial .....................................................................................................27 
1.1.3 Mercado de Capitais ............................................................................................... 27 
1.2 Noções de Ciência Econômica .............................................................................................. 28 
1.2.1 Escassez ...................................................................................................................... 28 
1.2.2 Custos .......................................................................................................................... 29 
1.2.3 Conceito Marginal .................................................................................................... 29 
1.3 Conceitos básicos de Renda, Investimento e Poupança ................................................... 31 
1.3.1 Renda ......................................................................................................................... 31 
1.3.2 Investimento ............................................................................................................... 31 
1.3.3 Poupança ................................................................................................................... 32 
1.4 Desenvolvimento econômico e intermediação financeira ................................................ 32 
A ECONOMIA E OS MERCADOS FINANCEIROS .................................................................... 44 
2. MOEDA: CONCEITOS E FUNÇÕES ........................................................................................ 452.1 Funções da Moeda ................................................................................................................. 45 
2.2 Mercado de Capitais ............................................................................................................. 47 
2.2.1 Subscrição de acções ............................................................................................... 54 
2.2.1.1 Acções .......................................................................................................... 54 
2.2.2 Emissão e subscrição de acções ............................................................................. 55 
SISTEMA FINANCEIRO: FACTORES FAVORÁVEIS À EFICIÊNCIA ALOCATIVA ................... 36 
FUNÇÕES DO SISTEMA FINANCEIRO ....................................................................................... 39 
Crescimento económico e desenvolvimento .................................................................... 40 
Crescimento economico e desenvolvimento .............. Error! Bookmark not defined. 
Desenvolvimento do Sistema Financeiro e Crescimento Econômico: abordagens 
tradicionais ..................................................................................................................................... 42 
Desenvolvimento do Sistema Financeiro e Crescimento Econômico: abordagem pós 
keynesiana ...................................................................................................................................... 33 
Sumário ........................................................................................... Error! Bookmark not defined. 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO ........................................... Error! Bookmark not defined. 
TEMA – III: MERCADO DE CAPITAIS. 50 
 
UNIDADE Temática 1.1.Operaçoes e repasses 50 
 
Introdução ....................................................................................................................................... 50 
Mercado de Capitais .................................................................................................................... 50 
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 Financeiro e de Capitais 
 
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Desenvolvimento ............................................................................................................................ 51 
Mercado de Créditos.......................................................................................................... 56 
Mercados de Títulos ............................................................................................................ 56 
Mercado Primário e Secundário ................................................................................................. 56 
Mercado Primário................................................................................................................ 56 
Mercado Secundário........................................................................................................... 57 
Produtos financeiros ................................................................................ Error! Bookmark not 
defined. Produtos Financeiros Complexos ..................................................................58 
Conceito de certificados de depósito bancário - cdb e recibo de depósito 
bancário - rdb ..................................................................................................................... 60 
Desconto de duplicatas - contabilização ..................................................................... 62 
Tratamento Contabilistica ............................................................................................... 62 
Conceitos de factoring ...................................................................................................... 63 
Factoring .............................................................................................................................. 65 
O que faz uma empresa de factoring? ..........................................................................65 
Mercado à Vista de Acções ........................................................ Error! Bookmark not 
defined. Mercado Aberto ou Mercado Secundário .............................................................. 71 
Mercado de Acções ...................................................................................................................... 71 
Mercado de Balcão ....................................................................................................................... 71 
Mercado de Capitais .................................................................................................................... 72 
Mercado de Opções ..................................................................................................................... 72 
Mercado de Swaps ....................................................................................................................... 72 
Acção .............................................................................................................................................. 72 
Mercado a Vista ............................................................................................................................ 73 
Mercado a termo ........................................................................................................................... 74 
Mercado Futuro .............................................................................................................................. 74 
Mercado de Opções ..................................................................................................................... 75 
Indicadores de acção .................................................................................................................... 76 
Indicador Preço / Lucro ...................................................................................................... 76 
Limitações deste indicador:................................................................................................ 77 
Indicador Preço / Valor Patrimonial Ajustado ........................................................... 77 
Limitações deste indicador:................................................................................................ 78 
Indicador Dívida / Capital Social ................................................................................... 78 
Limitações deste indicador:................................................................................................ 78 
Fluxo de Caixa Líquido – FCL ......................................................................................... 78 
Limitações deste indicador:................................................................................................ 79 
Retorno Sobre Capital Social (ROE) .............................................................................. 79 
Limitações deste indicador:................................................................................................ 80 
Abertura de Capital ...................................................................................................................... 80 
O que é e para que serve: ............................................................................................... 80 
BM&FBOVESPA Mmercado Principal: ............................................................................. 81 
Oferta pública ..................................................................................................................... 81 
Estimativa de custos de emissão: ...................................................................................... 82 
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 Financeiro e deCapitais 
 
v 
TEMA V:DERIVATIVOS 85 
 
Unidade Tematica 5.1. 85 
 
Introdução ....................................................................................... Error! Bookmark not defined. 
Tipologia de contratos derivativos ............................................................................................. 89 
Os principais tipos de contrato derivativo são: ......................................................... 89 
RISCOS ENVOLVIDOS NO USO DE DERIVATIVOS .............................................................. 90 
EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DESSES INSTRUMENTOS ............................................. 91 
TEMA VI: RISCO OPERACIONAL 102 
 
 
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 Financeiro e de Capitais 
 
1 
Visão geral 
Bem-vindo à Disciplina/Módulo de Mercado Financeiro e de Capitais 
 
Objectivos do Módulo 
Ao terminar o estudo deste módulo de Mercado Financeiro de Capitais, o aluno deverá ser 
capaz de:Entender os mecanismos e processos de elaboração do orçamento empresarial. 
Conhecer os fundamentos da intermediação financeira, a estruturação e os processos do 
sistema financeiro nacional, o mercado de capitais, os produtos financeiros, o mercado a vista 
de acções e o mercado de derivativos. Analisar as estratégias sustentáveis de operações no 
mercado financeiro internacional. 
 
 
 Definir Capital de giro e orçamento empresarial; 
 Fazer um breve percurso histórico da disciplina; 
 Conhecer os indicadores, necessidades e fontes de 
 financiamento de capital de giro; 
Objectivos  Conhecer os processos metodológicos de Específicos orçamentação 
empresarial; 
 
 Saber a geração interna dos recursos financeiros. 
 
 
 
 
Quem deveria estudar este módulo 
Este Módulo foi concebido para estudantes do 3º ano do curso de licenciatura em Contabilidae 
e Auditoria do ISCED e outros como Gestão de Recursos Humanos, Administração, etc. Poderá 
ocorrer, contudo, que haja leitores que queiram se actualizar e consolidar seus conhecimentos 
nessa disciplina, esses serão bem vindos, não sendo necessário para tal se inscrever. Mas 
poderá adquirir o manual. 
 
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 Financeiro e de Capitais 
 
2 
Como está estruturado este módulo 
Este módulo de Mercado financeiro e de Capitais, para estudantes do 3º ano do curso de 
licenciatura em Contabilidade e Auditoria, à semelhança dos restantes do ISCED, está 
estruturado como se segue: 
Páginas introdutórias 
 Um índice completo. 
 Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, 
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer 
para melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia 
esta secção com atenção antes de começar o seu estudo, 
como componente de habilidades de estudos. 
 
Conteúdo destaDisciplina/módulo 
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua 
vez comporta certo número de unidades temáticas ou 
simplesmente unidades,. Cada unidade temática se 
caracteriza por conter uma introdução, objectivos, 
conteúdos. 
No final de cadaunidade temática ou do próprio tema, são 
incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, 
só depois é que aparecem os exercícios de avaliação. 
Os exercícios de avaliação têm as seguintes caracteristicas: 
Puros exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos 
e actividades práticas algumas incluido estudo de caso. 
 
Outros recursos 
A equipa dos académicoa e pedagogos do ISCED, pensando 
em si, num cantinho, recóndito deste nosso vasto Moçambique 
e cheio de dúvidas e limitações no seu processo de 
aprendizagem, apresenta uma lista de recursos didácticos 
adicionais ao seu módulo para você explorar.Para tal o 
ISCED disponibiliza na biblioteca do seu centro de recursos 
mais material de estudos relacionado com o seu curso como: 
Livros e/ou módulos,CD, CD-ROOM, DVD. Para elém deste 
material físico ou electrónico disponível na biblioteca, pode 
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 Financeiro e de Capitais 
 
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ter acesso a Plataforma digital moodle para alargar mais 
ainda as possibilidades dos seus estudos. 
 
 
 
 
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação 
Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram-se no 
final de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos 
exercícios de auto-avaliação apresntam duas caracteristicas: 
primeiro apresentam exercícios resolvidos com detalhes. 
Segundo,exercícios que mostram apenas respostas. 
Tarefas de avaliaçãodevem ser semelhantes às de 
autoavaliação mas sem mostrar os passos e devem obedecer o 
grau crescente de dificuldades do processo de aprendizagem, 
umas a seguir a outras. Parte das terefas de avaliação será 
objecto dos trabalhos de campo a serem entregues aos 
tutores/docentes para efeitos de correcção e subsequentemente 
nota. Também constará do exame do fim do módulo. Pelo que, 
caro estudante, fazer todos os exercícios de avaliação é uma 
grande vantagem. 
 
Comentários e sugestões 
Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre 
determinados aspectos, quer de natureza científica, quer de 
natureza diadáctico-Pedagógica, etc, sobre como deveriam ser 
ou estar apresentadas. Pode ser que graças as suas observações 
que, em gozo de confiança, classificamo-las de úteis, o próximo 
módulo venha a ser melhorado. 
 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas 
margens das folhas. Estes icones servem para identificar 
diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar 
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uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, 
uma mudança de actividade, etc. 
 
Habilidades de estudo 
O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a aprender. 
Aprender aprende-se. 
Durante a formação e desenvolvimento de competências, para 
facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, 
implicará empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os 
bons resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes 
eeficazes. Por isso é importante saber como, onde e quando 
estudar. Apresentamos algumas sugestões com as quais 
esperamos que caro estudante possa rentabilizar o tempo 
dedicado aos estudos, procedendo como se segue: 
1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de leitura. 
2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 
3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilação 
crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 
4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua 
aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o 
padrão. 
5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou 
as de estudo de caso se existirem. 
IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo, 
respectivamentecomo, onde e quando...estudar, como foi referido no início 
deste item, antes de organizar os seus momentos de estudo reflicta sobre 
o ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo melhor em 
casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de manhã/de 
tarde/fins de semana/ao longo da semana? Estudo melhor com 
música/num sítio sossegado/num sítio barulhento!? Preciso de intervalo em 
cada 30 minutos, em cada hora, etc. 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido 
estudado durante um determinado período de tempo; Deve 
estudar cada ponto da matéria em profundidade e passar só ao 
seguinte quando achar que já domina bem o anterior. 
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 Financeiro e de Capitais 
 
5 
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder 
ler e estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor 
opção é juntar o útil ao agradável: Saber com profundidade 
todos conteúdos de cada tema, no módulo. 
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por 
tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora 
intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso 
(chama-se descanso à mudança de actividades). Ou seja que 
durante o intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos 
das actividades obrigatórias. 
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual 
obrigatório, pode conduzir ao efeito contrário: baixar o 
rendimento da aprendizagem. Por que o estudante acumula um 
elevado volume de trabalho, em termos de estudos, em pouco 
tempo, criando interferência entre o conhecimento, perde 
sequência lógica, por fim ao perceber que estuda tanto mas não 
aprende, cai em insegurança, depressão e desespero, por se 
achar injustamente incapaz! 
Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma 
avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda 
sistemáticamente, não estudar apenas para responder a questões 
de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo, 
estude pensando na sua utilidade como futuro profissional, na 
área em que está a se formar. 
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e 
que matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo 
livre que resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, 
decidindo quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras 
actividades. 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois 
será uma necessidade para o estudo das diversas matérias que 
compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode 
ajudar a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil 
identificar as partes que está a estudar e pode escrever 
conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, nomes, pode 
também utilizar a margem para colocar comentários seus 
relacionados com o que está a ler; a melhor altura para 
sublinhar é imediatamente a seguir à compreensão do texto e 
não depois de uma primeira leitura; Utilizar o dicionário sempre 
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 Financeiro e de Capitais 
 
6 
que surja um conceito cujo significado não conhece ou não lhe é 
familiar; 
 
Precisa de apoio? 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, 
o material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas 
dúvidas como falta de clareza, alguns erros de concordância, 
prováveis erros ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, 
páginas trocadas ou invertidas, etc. Nestes casos, contacte os 
serviços de atendimento e apoio ao estudante do seu Centro de 
Recursos (CR), via telefone, sms, E-mail, se tiver tempo, escreva 
mesmo uma carta participando a preocupação. 
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes 
(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua 
aprendizagem com qualidade e sucesso.Dai a relevância da 
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se 
torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, 
estudante – CR, etc. 
As sessões presenciais são um momento em que você caro 
estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff 
do seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do ISCED 
indigetada para acompanhar as suas sessões presenciais.Neste 
período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza 
pedagógica e/ou administrativa. 
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 
30% do tempo de estudos a distância, é de muita importância, 
na medida em que permite lhe situar, em termos do grau de 
aprendizagem com relação aos outros colegas. Desta maneira 
ficará a saber se precisa de apoio ou precisa de apoiar aos 
colegas. Desenvolver hábito de debater assuntos relacionados 
com os conteúdos programáticos, constantes nos diferentes temas 
e unidade temática, no módulo. 
 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, 
actividades e auto avaliação), contudo nem todas deverão ser 
entregues, mas é importante que sejam realizadas. As tarefas 
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 Financeiro e de Capitais 
 
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devem ser entregues duas semanas antes das sessões presenciais 
seguintes. 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação 
do estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos 
de campo, conta e é decisiva para ser admitido ao exame final 
da disciplina/módulo. 
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os 
mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente. 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, 
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, 
respeitando os direitos do autor. 
O plágio 1 é uma violoção do direito intelectual do(s) 
autor(es).Uma transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do 
texto de um autor, sem o citar é considerado plágio. A 
honestidade, humildade científica e o respeito pelos direitos 
autoriais devem caracterizar a realização dos trabalhos e seu 
autor (estudante do ISCED). 
 
 
 
Avaliação 
Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância, 
estando eles fisicamente separados e muito distantes do 
docente/tutor!? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja 
uma avaliação mais fiável e concistente. 
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam 
com um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar 
os conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto 
presencial conta com um máximo de 10%) do total de tempo do 
módulo. A avaliação do estudante consta detalhada do 
regulamentada de avaliação. 
 
1 Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade 
intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização. 
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 Financeiro e de Capitais 
 
8 
Os trabalhos de campo por si realizados, durante estudo de 
aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de 
frequência para ir aos exames. 
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou 
modulo e decorrem durante as sessões presenciais. Os exames 
pesam no mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de 
frequência, determinam a nota final com a qual o estudante 
conclui a cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) trabalhos 
e 1 (um) (exame). 
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados como 
ferramentas de avaliação formativa. 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de 
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as 
recomendações, a identificação das referências bibliográficas 
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. 
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento 
de Avaliação. 
TEMA – I: CONSIDERAÇÕES GERAIS. 
UNIDADE Temática 1.1. Introdução, Considerações Gerais à 
Disciplina: natureza, objectivos e Principios. 
UNIDADE Temática1.2. Capital de giro e Orçamento empresarial 
UNIDADE Temática1.3. Conceito, administração, indicadores, 
necessidades e fontes de financiamento do capital de giro. 
UNIDADE Temática 1.4: Aspectos gerais, metodologia,índices e 
tomadas de decisões orçamentárias; 
Unidade Temática 1.5. Geração interna de recursos financeiros. 
UNIDADE Temática 1.4. EXERCÍCIOS deste tema 
 
 
 
UNIDADE Temática 1.1.Introdução, Considerações Gerais à Disciplina: natureza, 
objectivos e Princípios. 
 
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 Financeiro e de Capitais 
 
9 
Introdução 
 
As interpretações teóricas sobre a influência do sistema financeiro para 
o crescimento são variadas e, em geral, controversas. Por um lado, a 
abordagem convencional, entendida como aquela que trata o mercado 
financeiro como locus da intermediação de capital (enquanto recursos 
reais) entre poupadores e investidores, entende o sistema financeiro 
como um intermediário de recursos cuja existência é justificada 
principalmente por seu papel de diversificar as oportunidades de 
alocação dos recursos, minimizar os custos de agenciamento e mitigar os 
efeitos dos custos de informação e de transação no processo de 
intermediação. 
 
Por outro lado, a abordagem heterodoxa, sobretudo de orientação 
keynesiana, admite que a moeda e as instituições financeiras têm um 
papel crucial no funcionamento e na dinâmica de uma economia 
empresarial. Ademais, reconhece a importância do sector financeiro ao 
entender como se dá a fragilidade do sistema capitalista. 
 
Na abordagem deste módulo, grande parte da importância do sistema 
financeiro está relacionada à decisão de investir a partir do 
descasamento entre o financiamento e o retorno do investimento. Isso 
porque os agentes tendem a tomar seus recursos junto ao sistema 
financeiro por períodos curtos de tempo a uma dada taxa de juros. 
 
No entanto, como o investimento é uma actividade que oferece retornos 
de longo prazo, esses agentes têm que buscar formas de 
refinanciamento ou de rolar suas dívidas. Portanto, cabe às instituições 
e aos mercados financeiros o papel de diversificar os activos ofertados 
aos poupadores, bem como o de administrar as estruturas passivas e 
activas com prazos de maturação distintos. 
 
A partir dos estudos do Sistema financeiro no ISCED, caro estudante será 
capaz de entender o conceito de Capital de giro e sua importância para 
gerenciamento de uma empresa, bem como os seus componentes. 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Mercado 
 Financeiro e de Capitais 
 
10 
 
 Registar: todos os factos que ocorrem e podem ser 
 
 
Objectivos 
específicos 
 
representados em valor monetário; 
 Organizar: um sistema de controle adequado à empresa; 
 Demonstrar: com base nos registros realizados, expor 
periodicamente por meio de demonstrativos, a situação 
econômica, patrimonial e financeira da empresa; 
 Analisar: os demonstrativos financeiros com a finalidade 
de apuração dos resultados obtidos pela empresa; 
 Acompanhar: a execução dos planos econômicos da 
empresa, prevendo os pagamentos a serem realizados, 
as quantias a serem recebidas de terceiros e alertando 
para eventuais problemas; 
 Entendere aplicar na prática os princípios e natureza da 
Contabilidade Geral; 
 
 
Desenvolvimento 
 
Capital de giro 
O capital de giro é o montante de recursos necessários para que 
empresa possa desempenhar suas actividades operacionais a 
curto prazo, onde é representado pelos recursos exigidos para 
financiar as necessidades operacionais de uma empresa. Ele é 
extremamente importante para as empresas, pois é através 
desses recursos que a empresa mantém em funcionamento a curto 
prazo. 
 
A Gestão de Capital de giro é freqüentemente visto como um 
indicador de liquidez e tem participação relevante no 
desempenho operacional da empresa. Através desse indicador 
pode se verificar a situação financeira de uma empresa a curto 
prazo. 
Segundo a ADEMPE (1997, p. 130), onde foi feita uma analogia 
sobre o termo, o Capital de Giro de uma empresa é: 
Como a rotação do motor de um carro. Quanto mais giros 
tiver o motor, mais potência tem. Quanto menos giros tiver 
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 Financeiro e de Capitais 
 
11 
o motor, menos potência tem. Ou seja: quanto mais Capital 
(dinheiro) girar a empresa, mais potência tem. Quanto 
menos Capital (dinheiro) girar a empresa, menos potência 
tem. 
 
O Capital de giro está directamente associado às fontes, as 
quais a empresa necessita para financiar seu crescimento. O 
Capital de giro está também sujeito a exposições e riscos 
oriundos de múltiplas áreas, tais como recebíveis, contas a 
pagar, gerenciamento de estoques, gerenciamento de caixa, etc. 
Em cada uma dessas áreas encontramos diferentes desafios no 
que tange ao alcance da liquidez necessária, à obtenção do 
processo mais eficiente, à adoção de novas tecnologias e à 
avaliação da qualidade do Capital de giro no Balanço 
Patrimonial. 
 
As empresas procuram vantagens competitivas especialmente em 
condições econômicas desafiantes, o que torna mais evidente a 
importância de um gerenciamento eficiente do Capital de giro. 
Cada quantia economizado no Capital de giro pode contribuir 
para uma melhor rentabilidade do investimento. O Capital de 
giro é base de todo negócio financeiro. 
 
É administrado em empresas de pequeno, médio e grande porte. 
Capital de giro é o montante estipulado, empregado à 
aplicação dos meios de produção, de forma que a empresa 
complete o ciclo operacional. A administração do Capital de giro 
significa à administração das contas dos elementos giro, ou seja, 
dos activos e passivos circulantes, tais como as contas caixa, 
estoques, contas a receber e contas a pagar e todo o seu 
gerenciamento financeiro, com objectivo de manter e determinar 
o nível de rentabilidade e liquidez. 
 
O estudo do Capital de giro é fundamental para o 
administrador financeiro e para profissionais que actuam na 
área financeira de um modo geral. Com o qual à revisão da 
literatura, o estudo não teve a pretensão de apresentar uma 
ampla revisão de literatura, mas abordou os principais conceitos 
e características da administração do Capital de giro. 
 
Este módulo busca uma melhor elucidação a cerca do Capital de 
giro, conceitos de grandes pensadores na área de 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Mercado 
 Financeiro e de Capitais 
 
12 
Contabilidade e por que não de administração visto que essas 
duas profissões estão cada vez andando mais próximas. 
Propomos também soluções para os problemas oriundos do 
Capital de giro e soluções para o mesmo. Haja vista, que o 
principal motivo de preocupação da estabilidade de uma 
empresa vem da confiabilidade que o Capital de giro fornece 
para a empresa. Uma vez que para investimento financeiro o 
ponto a ser analisado é o Capital de giro. 
 
O Capital de giro se bem provisionado pode levar uma empresa 
ao sucesso empresarial e financeiro. Por outro lado seu descaso 
pode causar sérios problemas. 
 
 
Capital de giro 
Como desenvolvimento do capitalismo e o surgimento dos bancos 
comerciais e as transações comerciais entre as empresas, fez-se 
necessário que as mesmas possuíssem algo que lhes 
proporcionasse a possibilidade de medir os devedores e cumprir 
como seus compromissos financeiros, conhecido como balanço 
patrimonial da situação financeira, porém este passa a não 
satisfazer as necessidades dos credores. Surge então um 
demonstrativo auxiliar, o qual ressaltava as mudanças na 
posição financeira das empresas e recebe a denominação de 
demonstração de fontes e aplicação de recursos. 
 
A Contabilidade em si, destaca a necessidadede se classificar 
os activos de acordo com sua liquidez, conseqüentemente, os 
credores costumam ter mais interesse na liquidez da empresa e 
na suficiência de seu Capital de giro. 
 
Um demonstrativo como o de origens e aplicações de recursos 
lhes são mais ou tão importante quanto ao balanço geral e 
demonstrativo de resultado. Desta forma, o comportamento do 
credor de curto prazo, pode se entender melhor o porquê da 
distinção dos activos e passivos em corrente e não corrente. A 
partir de então, o Capital de giro passa a servir de base para 
se determinar a liquidez das empresas e a ser definido com a 
diferença entre o activo corrente e passivo corrente. 
 
Segundo FESS (1966), no mínimo dois tipos de análise podem ser 
fornecidos. “A apresentação de um montante do Capital de giro, 
que indica uma medida da margem ou disponibilidade avaliável 
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 Financeiro e de Capitais 
 
13 
para se fazer as obrigações á vencer no dia a dia (análise 
estática) e a apresentação do fluxo de Capital de giro para os 
períodos passados e o fluxo esperado para cobrir períodos 
futuros (análise dinâmica)”. 
 
O Conceito, a avaliação e a análise de Capital de giro ficam 
prejudicados por causa desses dois factores, pois estes 
necessitam de uma tradução clara do que é de facto corrente e 
não-corrente. 
 
 
Finalidade de Capital de giro 
A Finalidade do Capital de Giro é saciar a empresa de recursos 
financeiros necessários para a realização de suas operações e 
é formado pelos valores em Caixa, Estoques, Contas a Receber, 
é fornecido pelos Sócios, por meio do Capital Próprio e Lucros 
Acumulados e, por meio de terceiros, como Bancos e 
Fornecedores. 
 
A importância do Capital dentro das empresas é muito grande, 
pois este representa o valor factual e dos recursos demandados 
pela empresa, para financiar o seu ciclo de operações, pelo qual 
englobam as necessidades de circulação identificadas de 
aquisição de matérias-primas até a venda e recebimento de 
produtos. 
 
A eficácia do Capital de Giro transmite equilíbrio, lucratividade 
e, vitalidade ao Capital de funcionamento, traz também 
prosperidade a célula social. 
 
A movimentação de disponibilidade financeira é sempre uma 
preocupação constante para as empresas, assim também para 
o pessoal ligado a área financeira. 
 
Muitos empresários desconhecem o que é fundamental na gestão 
da sua empresa e, acabam perdendo muitas oportunidades e, 
até possibilidades de aumento de mercado, de lucro, de 
produtividade, etc. 
 
O Capital de giro deve ser acompanhado permanentemente, 
pois este sofre os diversos impactos no sistema econômico 
enfrentado pela empresa de forma contínua. O estoque de uma 
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 Financeiro e de Capitais 
 
14 
empresa é formado e mantido em função das necessidades do 
mercado consumidor, este está sempre sofrendo mudanças de 
investimentos, quanto maior a necessidade de investimento nos 
estoques, mais recursos financeiros a empresa deverá ter. 
 
As contas a receber são resultados das vendas realizadas a 
prazo. O cliente leva o seu produto e lhe devolve o recurso 
financeiro. Portanto, quanto mais prazo você oferece ao cliente 
ou quanto maior for a parcela de vendas a prazo no seu 
facturamento, mais recursos financeiros a empresa deverá ter.É 
nas contas correntes bancárias e no Caixa que fica concentrada 
a parcela dos recursos financeiros da empresa disponíveis, ou 
seja, que a empresa pode utilizar a qualquer tempo para honrar 
os seus compromissos diversos. 
 
Dependendo do saldo inicial, das entradas e das saídas, pode 
ocorrer uma falta ou uma sobra desses recursos em um momento 
específico, dia ou semana. 
 
Neste sentido as decisões de compras e vendas não podem ser 
tomadas sem nenhum critério. É necessário que haja sempre uma 
análise e uma avaliação se a empresa dispõe de recursos 
financeiros para isso. 
 
Se for tomada uma decisão de compra em excesso, a empresa 
deverá ter uma quantidade maior de recursos financeiros. Se for 
tomada uma decisão de dar mais prazo para os clientes nas 
vendas a prazo, também a empresa precisará de mais recursos 
financeiros. Se esse recurso não existe a empresa acabará tendo 
de utilizar recursos emprestados, de bancos, fornecedores ou 
outras fontes, o que irá gerar uma necessidade de pagamentos 
de juros, diminuindo a margem de lucro do negócio. 
 
Portanto, administrar o Capital de giro da empresa significa 
avaliar o momento actual, as faltas e sobras de recursos 
financeiros e os reflexos gerados por decisões tomadas na 
empresa em relação a compras, vendas e administração do 
Caixa. 
 
As dificuldades relacionadas ao Capital de Giro ocorrem por 
causa de factores que afectam as empresas como: Redução de 
vendas, Crescimento de Inadimplência, Aumento das despesas 
financeiras, Aumento dos custos, enfim. 
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 Financeiro e de Capitais 
 
15 
 
Tipo de Capital de giro 
Capital de giro bruto 
O Capital de bruto compreende se pelo total do activo 
circulante, mais precisamente pelas contas estoque, valores a 
receber, caixa e outros. 
 
 
Capital de giro líquido 
O Capital de giro liquido é obtido pala diferença entre o activo 
circulante e passivo circulante. Através dessa operação podemos 
analisar se empresa possui uma folga financeira positiva, 
podendo liquidar seu exigível a curto prazo, ou Capital de giro 
liquido negativo não podendo honrar suas dívidas a curto prazo. 
(GITMAN, 1987). 
 
 
Capital giro próprio 
Conforme Tófoli (2008) “O Capital Circulante Próprio revela, 
basicamente, os recursos próprios da empresas que estão 
financiados suas actividades correntes – o activo circulante.” 
Corresponde a parcela de Capital da empresa (Sócios), que 
esta sendo usado para financiar os elementos activo circulante 
como duplicatas a receber (créditos). 
 
 
Gestão de Capital de giro 
A Gestão Capital de giro trata dos activos e passivos correntes 
(circulantes) identificados como aqueles capazes de serem 
convertidos em Caixa no prazo de um ano, onde envolve 
basicamente a decisões de compra e venda tomada de decisão 
pelo gestor financeiro e, outras diversas actividades 
operacionais e financeiras. Os activos circulantes, comumente 
chamados de Capital giro, representam a proporção do 
investimento total da empresa que circula, afim de financiar 
operações, como, caixa, estoques, contas a receber, etc. Os 
passivos circulantes representa de curto prazo por que incluem 
todas as dívidas vencem no prazo máximo de um ano que 
incluem valores devidos fornecedores, bancos, funcionário e 
governo. 
 
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 Financeiro e de Capitais 
 
16 
O objectivo da administração financeira de curto prazo é gerir 
cada activo circulante (estoques, contas a receber, caixa e 
aplicações financeira a curto prazo) e cada passivo circulante 
(contas a pagar, despesas a pagar e, instituições financeira a 
pagar a curto prazo, de maneira a alcançar um equilíbrio entre 
rentabilidade e risco que contribua positivamente para valor da 
empresa. (GITMAN, 2004, p. 510). 
 
Evidentemente, se as actividades de seus vários elementos 
ocorressem de forma sincronizada, não haveria necessidade de 
se manterem recursos aplicados em Capital de giro e não teria 
finalidade estudar sobre o Capital de giro. 
 
 
Objectivo da Gestão de Capital de giro 
Conforme Tófoli (2008) visto que o objectivo da gestão da 
Capital de giro é alcançar um equilíbrio entrerentabilidade e 
risco, pelo facto das operações de produção, venda e cobrança 
não serem sincronizadas entre si, o Capital de giro divide-se em: 
 
a) Fixo ou Permanente – o Capital de giro fixo ou 
Permanente refere-se ao volume mínimo de necessário para 
manter a empresa em condições normais de funcionamento. 
 
b) Variável ou Sazonal – é definido pelas necessidades 
adicionais e temporais de recursos verificados em determinados 
período, onde se exige compras antecipadas de estoques, maior 
tardança das contas a receber, recursos do disponível em 
trânsito, maiores volumes de vendas em certos períodos do ano 
etc. 
 
Problemas para solucionar o Capital de giro 
Consideram-se algumas soluções para os problemas do Capital 
de Giro. 
 
• A formação de uma reserva financeira para enfrentar 
situações inesperadas no sistema financeiro da empresa. 
Esta deveria ser a prioridade económica fundamental da 
empresa, pois os recursos destinados a essas reservas 
seriam aplicados no mercado financeiro, onde as taxas 
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 Financeiro e de Capitais 
 
17 
de juros seriam maiores que a taxa de rentabilidade de 
Capital fixo. 
• Redução do ciclo econômico, este reduz o tempo 
necessário para a transformação da matéria-prima 
adquiridos em produtos ou serviços. A redução do ciclo 
econômico depende do apoio de funções como 
produção, operação e logística, por não ser uma situação 
exclusivamente financeira. 
 
• Controle da inadimplência, para este problema seria 
necessário uma atenção especial a qualidade das 
vendas ao número dessas vendas. Para as vendas 
acrédito também será necessário uma redução para o 
prazo de pagamento estipulado aos clientes. 
 
• Não se endividar com muita facilidade, porque na 
tentativa de acabar com a insuficiência do Capital de 
Giro, as empresas tendem a recorrer a empréstimos de 
custos muito elevados. 
 
• Financiamentos de Capital de Giro poderá resolver o 
problema em um primeiro momento, mas gera outro 
problema que decorre o seu pagamento. 
 
• Prorrogar o perfil de endividamento para que a 
empresa consiga adiar as saídas do Caixa e melhorar o 
seu Capital de Giro, desta forma permitindo que a 
empresa se ajuste financeiramente. 
 
• Reduzir os custos para este efeito, é recomendado a 
diminuição de gastos sem grandes prejuízos para 
rendimento das actividades da empresa. 
 
A solução mais ampla para o problema de Capital de Giro 
encontra-se na recuperação da lucratividade da empresa e na 
recomposição de seu fluxo de Caixa. Sendo assim, os problemas 
de Capital de Giro de uma empresa necessitam mais do que 
medidas financeiras, como estratégias, operações e práticas 
gerenciais, apesar de apresentar-se razoávelmente estável no 
decorrer do tempo. 
 
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 Financeiro e de Capitais 
 
18 
 
Necessidade de Capital de giro 
 
A necessidade de Capital de giro é um dos maiores desafios do 
administrador financeiro. Um elevado volume de Capital de giro 
irá desviar recursos financeiros que poderiam ser investidos nos 
activos permanentes da empresa. Por outro lado, o Capital de 
giro muito reduzido restringirá a capacidade de operação e de 
vendas da empresa. 
 
A necessidade de Capital de giro pode ser estimada de dois 
modos: 
• com base no ciclo financeiro ou; 
• com utilização dos demonstrativos contabilisticos 
(balanço patrimonial) 
O Capital de giro é fortemente influenciado pelas incertezas a 
todo tipo de actividade empresarial. Por esse motivo, a empresa 
deve sempre ter uma reserva financeira para enfrentar os 
eventuais problemas que podem surgir. 
 
Quanto maior for a reserva financeira, menores serão as 
possibilidades de crises financeiras, ou seja, menor será o risco 
da empresa deixar de honrar seus compromissos financeiros a 
curto prazo, nas datas de seus vencimentos. 
 
Percebemos que somente os activos permanentes proporcionam 
a rentabilidade satisfatória para a empresa. A rentabilidade 
obtida pela reserva de Capital de giro aplicada no mercado 
financeiro não constitui a actividade-fim das empresas 
nãofinanceiras. 
 
O administrador financeiro deve buscar, manter um equilíbrio 
entre o volume necessário à manutenção da reserva de Capital 
de giro e o valor a ser aplicado no activo permanente da 
empresa. Deve lembrar que a rentabilidade da empresa pode 
esperar por uma recuperação de lucros, mas que o Capital de 
giro não pode esperar. 
 
Sem o lucro, a empresa fica prejudicada, desta forma, sem o 
Capital de giro, ela desaparece. Por fim, concluímos que as 
empresas de um modo geral necessitam de uma reserva de 
Capital de giro e que este é de fundamental importância para 
o sucesso das empresas. 
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 Financeiro e de Capitais 
 
19 
 
Metodologia de Gestão do Capital de giro 
Os indicadores de prazos médios ou conhecidos também como 
indicadores de actividade, através deles se permitem conhecer 
a política de compra e venda adpotada pela empresa, 
podendo, dessa forma, contar a eficiência com que os recursos 
alocados estão sendo administrados. 
 
Uma boa Gestão do Capital de giro envolve imprimir alta 
rotação (giro) ao circulante, tornando mais dinâmico seu fluxo de 
operações. Este incremento de actividade no Capital de giro 
proporciona, de forma favorável à empresa, menor necessidade 
de imobilização de Capital no activo circulante e consequente 
ao aumento da rentabilidade. (ASSAF, 2010,p.19) 
 
Na Gestão de Capital de giro através dos prazos médios, é 
possível verificar quanto tempo, em média, a empresa demora 
a receber suas vendas a prazo, renovar seus estoques e pagar 
seus fornecedores. Essas ferramentas são de grande importância 
para gestão do Capital de giro e recebem a denominação de 
Prazo Médio de Recebimento de Vendas, Prazo Médio de 
Renovação de Estoques, e Prazos Médios de Pagamento de 
Compras. Esses indicadores devem ser analisados em 
conjuntamente, sua análise isoladamente não representam 
informações e sim um simples dado. 
 
A análise desses três índices conjuntamente forma o Ciclo 
Operacional e o Ciclo Financeiro ou Ciclo de Caixa, elementos 
fundamentais na elaboração de estratégias gerenciais e 
avaliação do comportamento das actividades da empresa. 
 
De acordo com Tófoli (1945). “A má administração dos prazos 
médios afecta directamente o resultado e a liquidez da 
empresa.” 
Através dos índices de actividade é possível medir a velocidade 
a que as Contas são convertidas em vendas ou em entradas e 
saídas de Caixa. 
 
 
 
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 Financeiro e de Capitais 
 
20 
Em resumo 
Nesta unidade apresentamos de maneira geral e simplificada, 
a importância do Capital de giro para as empresas, sua origem, 
analisa e mostra como solucionar alguns problemas com o 
Capital de giro dentro das empresas, através de maneiras 
simples e medidas que podem ser efectuadas dentro até mesmo 
da administração das mesmas, sendo que estas devem ser 
eficientes e precisas, investiga de diversos factores e opiniões 
diversificadas as várias maneiras de se obter problemas 
relacionados ao Capital de giro, por falta muitas vezes de 
orientação de seus administradores ou até mesmo de 
desconhecer qual a sua real importância, para o então, Capital 
de giro, pois este poderá solucionar problemas futuros e até 
salvar as empresas, de uma futura falência, vendo dessa forma, 
com certeza os empresários optariam pela obtenção deste 
Capital de giro, sendo que este não se aplicaria apenaspara 
as micro e pequenas empresas, mas também para as empresas 
de um modo geral, pois todas, apesar de possuírem problemas 
diversificados com o Capital de giro, todas necessitam de 
resolvê-los, independente de serem ou não micro ou pequena 
empresa; a solução porém, esta ao alcance de todos, 
necessitando apenas de coragem de alguns, habilidades 
específicas de outros, para que se formem uma reserva de 
Capital de giro e assim previnam de danos futuros, 
endividamentos e preocupações desnecessários. 
 
Concluímos que uma determinada empresa ao iniciar suas 
actividades ela recebe dois tipos de investimentos, um 
considerado investimento fixo que servirá para a aquisição dos 
itens componentes do activo imobilizado. 
 
Outra parte dos investimentos irá para uma reserva de recursos 
financeiros que serão utilizados conforme as necessidades 
financeiras da empresa ao longo do tempo é o que chamamos 
de Capital de giro. Esses recursos ficam alocados nos estoques, 
nas contas a receber, no Caixa ou na Conta corrente bancária. 
 
O Capital de giro é o fluxo de Caixa de direitos e obrigações 
que se identifica nas demonstrações contabilistícas de uma 
empresa em um determinado período de tempo e que o Capital 
de giro tem sua formação nas contas patrimoniais que se 
encontram no activo circulante e no passivo circulante. Sendo que 
este é de muitíssima importância dentro das empresas, pois pode 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Mercado 
 Financeiro e de Capitais 
 
21 
solucionar problemas futuros, que muitas vezes pode levar as 
empresas à falência. 
 
A falta deste, acarretará na insuficiência de recursos destinados 
a problemas eventuais futuros para que se obtenha a 
continuidade da empresa. 
 
Compreendemos também que a má administração do Capital de 
giro afectará o fluxo de Caixa da empresa e que é fundamental 
a realização de uma administração directa e precisa dos 
estoques e dos créditos para que haja o êxito da administração 
do Capital de giro. 
 
O equilíbrio na Gestão do Capital de giro deve ser buscado 
procurando se controlar as variáveis aumentativas e diminutivas, 
o que fará com que as empresas tenham uma prorrogação de 
vida. 
 
Percebemos que os contadores possuem 
 fundamental importância para a eficácia de Capital de giro, pois 
são estes profissionais que vão trazer as orientações necessárias 
sobre os importantes fenômenos circulatórios. 
 
Analisamos que os conceitos financeiros e contabilísticas vieram 
de pontos clássicos da economia; o Capital circulante foi o 
conceito criado como o oposto do Capital fixo. Adam Smith e 
principalmente David Ricardo foram os primeiros a estudar essa 
matéria de uma forma científica própria da ciência econômica. 
 
O Capital de giro está directamente associado às fontes, as quais 
a empresa necessita para financiar seu crescimento. Sendo que 
este também está sujeito a exposições e riscos oriundos de 
múltiplas áreas, tais como recebíveis, contas à pagar, 
gerenciamento de estoques, gerenciamento de Caixa, etc. 
 
Em cada uma dessas áreas encontramos diferentes desafios no 
que diz respeito ao alcance da liquidez necessária, à obtenção 
do processo com maior eficiência, à adpoção denovas 
tecnologias e à avaliação da qualidade do Capital de giro no 
balanço patrimonial. 
 
As empresas procuram e necessitam de vantagens competitivas 
especialmente de condições financeiramente desafiantes, o que 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Mercado 
 Financeiro e de Capitais 
 
22 
torna mais evidente a importância de um gerenciamento 
eficiente do Capital de giro. Cada montante economizado no 
Capital de giro pode contribuir para uma melhor rentabilidade 
do investimento. 
O Capital de giro é base de todo negócio financeiro. É 
administrado em empresas de pequeno, médio e grande porte. 
 
Capital de giro é o montante estipulado, empregue à aplicação 
dos meios de produção, deforma que a empresa complete o ciclo 
operacional. A administração do Capital de giro significaà 
administração das contas dos elementos dos activos e passivos 
circulantes, tais como as contas Caixa, estoques, contas a receber 
e contas a pagar e todo o seu gerenciamento financeiro, com 
objectivo de manter e determinar o nível de rentabilidade e 
liquidez. O estudo do Capital de giro, é fundamental para o 
administrador financeiro e para profissionais que actuam na 
área financeira de um modo geral. 
 
 
Exercícios de AUTO-AVALIAÇÃO 
 
GRUPO-1 (Com respostas detalhadas) 
1. O que entendes por Capital de giro? 
2. Qual é a importância de Capital de giro numa empresa? 
3. Qual é a analogia que se faz ao Capital de giro de acordo 
com ADEMPE? 
4. Mencione os riscos a que o Capital de giro está sujeito? 
5. Identifique os objectivos específicos desta unidade temática. 
6. Diga, em que é que cada quantia economizada de Capital 
de giro pode contribuir? 
7. Indique o significado de administração de Capital de giro.? 
8. Qual é o aspecto que se deve ter em conta quando se faz um 
investimento financeiro? 
 
 
Respostas: 
1. Rever o último parágrafo da página 10: 
2. Rever o último parágrafo da página10; 
3. Rever a 1º parágrafo da página 11; 
4. Rever o 1º parágrafo da página 117; 
5. Rever objectivos específicos constantes da página 116; 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Mercado 
 Financeiro e de Capitais 
 
23 
6. Rever o parágrafo 3º da página 11 
7. Rever o 4º parágrafo da página 11; 
8. Rever o parágrafo 1º da página 11 
 
 
 
Grupo 2 (Respostas sem detalhes) 
 
1. A finalidade de Capital de giro é: Só uma 
das seguintes respostas é correcta. 
a) Saciar a empresa de recursos financeiros 
b) melhorar a empresa de recursos humanos 
c) Aumentar os recursos financeiros da empresa 
d) Nenhuma das opções 
 
 
2. A importância do Capital dentro das empresas é: 
Só uma das seguintes respostas é correcta. 
 
a) Muito pequena 
b) Muito grande 
c) Pouco significativa 
d) Nenhuma das alternativas 
 
 
3. Os seguintes dados: 
a) Redução de vendas, 
b) Crescimento de Inadimplência, 
c) Aumento das despesas 
financeiras, 
d) Aumento dos custo 
 
Correspondem a: 
____ As dificuldades relacionadas ao Capital de Giro; ____ As 
facilidades relacionadas ao Capital de giro ____ As vantagens de 
Capital de giro ____ Importancia de Capital de giro 
 
4. Só um dos seguintes elementos é verdadeiro, A gestão de 
Capital de giro trata de: 
 
____ Activos e passivos a prazo 
____ Activos e passivos correntes 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Mercado 
 Financeiro e de Capitais 
 
24 
 ____ Activos e passivos simples 
____ Nenhuma das alternativas 
 
 
 
GRUPO-3 (Exercícios de GABARITO) 
 
1. Apresente os tipos de de Capital de giro que conheces? 
2. Fale do objectivo da gestão de Capital de giro? 
3. Qual é a diferença entre capital de giro fixo e Capital de giro 
variável ou sazonal ? 
4. Diferencie a etnografia da etnologia? 
5. Investigue os problemas para soluccionar Capital de giro. 
6. Indique a metodologia de gestão de Capital de giro. 
7. Fale da necessidade de Capital de giro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEMA – II: Mercado financeiro: 
Unidade Temática 2.1: Conceitos básicos do Mercado 
Financeiro 
Unidade Temática 2.2. Desenvolvimento, crescimento econômico 
e intermediação financeira; 
Unidade Temática 2.3. Meios de pagamento – demanda e 
criação de moeda; Políticas econômicas monetária, fiscal, 
cambial e formação de juros; 
Unidade Temática 2.4. Sistema financeiro nacional – subsistemasnormativo e de intermediação – títulos e papeis negociados; 
Mercado monetário. 
Unidade Temática 2.5: Exercícios do Tema 
 
 
UNIDADE Temática 2.1. Conceitos básicos do Mercado financeiro 
 
ISCED CURSO: CONTABILIDADE E AUDITORIA; 30 Ano Disciplina/Módulo: Mercado 
 Financeiro e de Capitais 
 
25 
Introdução 
O Mercado Financeiro, também chamado de Sistema Financeiro 
ou Bancário, forma o conjunto de instituições e operações que 
promovem o fluxo de recursos entre os agentes financeiros. É o 
mercado de demandantes e fornecedores de fundos em que os 
ganhos dos fornecedores são os juros pagos pelos demandantes. 
Os mercados financeiros básicos são: mercado monetário e de 
crédito, mercado cambial e mercado de Capitais. 
Agentes financeiros: são as instituições, como bancos de 
investimentos, comerciais, corretoras de valores, entre outras, que 
realizam as transações financeiras. 
Demandantes: são os tomadores de recursos, isto é, aqueles que 
captam recursos no mercado financeiro. 
Fornecedores: são os investidores ou poupadores de recursos. 
Por sua vez, o Mercado Monetário e de Crédito envolve 
principalmente as transações com instrumentos de dívida ou 
títulos negociáveis de curto e médio prazos. As transações que 
promovem o fluxo de recursos de curto prazo acontecem porque 
algumas pessoas, empresas, governo ou instituições financeiras 
possuem disponibilidades de recursos para aplicação por curtos 
períodos de tempo, geralmente um ano. Ao mesmo tempo, 
existem também pessoas, empresas, governo ou instituições 
financeiras em situação contrária, ou seja, necessitam de recursos 
para cobrir alguma necessidade temporária. Dessa forma 
acontece o fluxo de recursos, por meio das transações entre as 
instituições financeiras e seus clientes, que depositam recursos, 
fazem aplicações financeiras de curto prazo, enquanto outros 
captam empréstimos também de curto prazo: os conhecidos 
empréstimos de Capital de giro, desconto de duplicatas, entre 
outros. 
Instrumentos de dívida: correspondem aos contratos e transações 
de empréstimos. Títulos negociáveis: duplicatas, letras de 
câmbio, notas promissórias, entre outros. 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
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26 
Desenvolvimento 
2.1.1 Mercado financeiro 
Envolve 
principalmente as 
transações com 
instrumentos de 
dívida ou títulos 
negociáveis de curto e 
médio prazos. As 
transações que 
promovem o fluxo de 
recursos de curto 
prazo acontecem 
porque algumas 
pessoas, empresas, 
governo ou instituições financeiras possuem disponibilidades de 
recursos para aplicação por curtos períodos de tempo, 
geralmente um ano. Ao mesmo tempo, existem também pessoas, 
empresas, governo ou instituições financeiras em situação 
contrária, ou seja, necessitam de recursos para cobrir alguma 
necessidade temporária. Dessa forma acontece o fluxo de 
recursos, por meio das transações entre as instituições financeiras 
e seus clientes, que depositam recursos, fazem aplicações 
financeiras de curto prazo, enquanto outros captam empréstimos 
também de curto prazo: os conhecidos empréstimos de Capital de 
giro, desconto de duplicatas, entre outros. 
 
2.1.2 Mercado Cambial 
Inclui as operações de conversão de moeda de um País pela de 
outro, principalmente em função das transações comerciais entre 
eles. Ou seja, quando acontecem as importações, o fornecedor 
deve ser pago com a moeda do País de origem; para tanto, o 
importador fornece o valor da aquisição em Reais e a instituição 
financeira, por meio do Banco Central, troca esse valor pela 
moeda do País que forneceu a mercadoria, processando assim 
a conversão da moeda. Outro exemplo importante é a troca de 
moeda quando as pessoas viajam ou enviam recursos para o 
exterior. 
 
Objectivos 
específicos 
 
 
 Conceituar: Mercados financeiros; 
 Descrever: Desenvolvimento, crescimento económico 
e intermediação financeira 
 Discutir: os Meios de pagamento, demanda e 
criação de moeda; Políticas económicas monetárias, 
fiscal, cambial e formação de juros; 
 Entender: Sistema financeiro nacional, subsistemas 
normativo e de intermediação, títulos e papéis 
negociados; Mercado monetário. 
 
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Instrumentos de dívida: correspondem aos contratos e transações 
de empréstimos. 
Títulos negociáveis: duplicatas, letras de câmbio, notas 
promissórias, entre outros. 
 
2.1.3 Mercado de Capitais 
As transações de longo prazo, usualmente, são realizadas pelo 
Mercado de Capitais, que transaciona títulos de dívidas ou de 
acções, relativos a empreendimentos. Nesse mercado estão 
inclusos a emissão de títulos de empresas e órgãos 
governamentais, os títulos de participação accionária ou 
propriedade em empresas, e títulos de dívida de longo prazo. 
Exemplo comum é a emissão de acções por empresas para 
negociação em Bolsa de Valores, as chamadas empresas de 
Capital aberto. 
Para estudar o mercado financeiro é necessário o entendimento 
de alguns aspectos básicos da ciência econômica e a relação 
existente entre os agregados e os agentes econômicos, em 
especial, os intermediários financeiros e o fluxo dos activos 
financeiros tais como poupança, investimentos, entre outros. 
 
2.2 Noções de Ciência Econômica 
A Ciência Econômica é a Ciência Social que estuda como a 
sociedade age para alcançar seus ideais, utilizando-se de 
recursos escassos. Está dividida em macroeconomia e 
microeconomia. 
A microeconomia corresponde ao estudo do comportamento de 
consumidores e produtores e o mercado no qual interagem. 
Preocupa-se com a determinação dos preços e quantidades em 
mercados específicos. 
A macroeconomia estuda o comportamento que determina 
acções para grandes agregados, consumo nacional, investimento 
agregado, exportação, nível geral dos preços, entre outras. Seu 
objectivo é delinear uma política econômica e preocupa-se com 
a resolução de questões como inflação e desemprego. 
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A Ciência Econômica procura entender como as pessoas utilizam 
os recursos produtivos escassos: Terra, Capital e Trabalho, para 
realizar as transações de troca, inclusivé de moeda, para atingir 
seus objectivos. Para tanto, utiliza-se de três elementos básicos: 
a escassez de recursos, os custos e o conceito marginal. 
 
2.2.1 Escassez 
Corresponde à falta dos factores de produção tais como: 
mãode-obra, capital, terra, matéria-prima, entre outros. A 
escassez é gerada em virtude de as necessidades humanas 
serem ilimitadas e a disponibilidade dos recursos, limitada. Um 
exemplo amplamente discutido actualmente é a falta de água 
potável no mundo, pois, com a poluição dos rios e fontes naturais, 
este recurso, fundamental para sobrevivência da humanidade, 
está comprometido. Nesse sentido, a Ciência Econômica estuda 
os caminhos a serem seguidos para manutenção dos recursos 
escassos, mantendo-se elevada a satisfação da Sociedade. 
 
2.2.2 Custos 
Usualmente corresponde ao valor pago por algo que 
adquirimos, produtos, mercadorias, serviços e outros. Para as 
Ciências Econômica e Financeira, custos correspondem não 
apenas ao valor pago por um produto ou mercadoria, mas 
também aos custos de oportunidade, que correspondem, em 
última instância, ao “sacrifício” que se faz em deixar de adquirir 
ou produzir um produto para obter outro. 
Custo de oportunidade corresponde a tudo aquilo de que se 
abre mão para obter algo. Por exemplo,quando uma pessoa 
deixa de comprar café para adquirir pão. No mercado 
financeiro corresponde principalmente aos ganhos que se deixa 
de obter em um determinado investimento para poder investir 
em outra opção. 
 
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2.2.3 Conceito Marginal 
Consiste na produção ou nos ganhos adicionais conseguidos em 
virtude de uma unidade adicional de produção. Por exemplo, 
em uma empresa, um funcionário tem capacidade diária de 
produzir 10 unidades de um determinado produto e assim o faz. 
Se, em algum período, ele conseguir produzir uma unidade sem 
gerar custos adicionais, dizemos que ele conseguiu uma unidade 
marginal de produção. 
Considerando os elementos básicos de estudo da Ciência 
Econômica e o objectivo de encontrar os caminhos correctos para 
o bem-estar social, três problemas econômicos fundamentais 
devem ser resolvidos, em uma economia desenvolvida ou não: 
a) O que e quanto produzir: consiste em definir o produto 
e a respectiva quantidade que será produzida em função da 
disposição das pessoas em adquiri-lo; 
b) Como produzir: refere-se a identificar o processo de 
produção que proporcionará a melhor produtividade e; 
c) Para quem produzir: diz respeito à distribuição, isto é, 
determinar onde o produto será distribuído, em função da renda 
dos consumidores. 
Das relações de trocas entre os agentes econômicos, por 
mercadorias ou recursos monetários, nascem as leis da Oferta e 
da Demanda. 
Oferta corresponde à quantidade de bens ou serviços que os 
produtores estão dispostos a colocar no mercado, em função da 
quantidade do bem que as pessoas estão dispostas a adquirir, 
dos custos de produção e da capacidade de produção deste 
bem. 
Demanda é a quantidade de bens e serviços que as pessoas 
estão dispostas a adquirir, com base na sua renda, gosto, 
disponibilidade e importância do bem para sua satisfação. 
A combinação da oferta e da demanda determina os preços e 
o tamanho do mercado. 
Os modelos de formação de preços têm como base a análise do 
equilíbrio parcial ou geral, que dependem também da renda 
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dos consumidores, do investimento que os investidores estão 
dispostos a realizar e da poupança economizada pelos agentes 
econômicos. 
A procura do equilíbrio dos preços em função da demanda e da 
oferta, aliada à procura da formação de riqueza, promove o 
fluxo, recurso das sociedades, em todos os níveis e sectores, 
gerando a renda, os investimentos e a poupança. Surgem, assim, 
os mercados financeiro e de Capitais, que envolvem a compra e 
venda de “papéis”. 
 
2.3 Conceitos básicos de Renda, Investimento e Poupança 
2.3.1 Renda 
Corresponde essencialmente à receita em dinheiro auferida 
pelos agentes que participam do processo produtivo de uma 
economia e equivale à remuneração dos serviços prestados ou 
investimentos realizados, como: salários, juros, lucro, entre outros. 
A soma de todos os salários, juros, lucro, entre outros, pagos em 
um determinado País, corresponde à renda deste e equivale 
dizer que corresponde ao total de produtos gerados pelo país. 
Os tipos de renda de um País são: a renda interna ou produto 
interno e a renda nacional ou produto nacional. 
1.3.1.1 A primeira corresponde ao total de renda gerada ou 
produto produzido em um país. É o total de salários, juros, 
aluguéis, lucros, entre outros, pagos pelos agentes econômicos, 
em um País, em um determinado período de tempo. 
1.3.1.2 A segunda, isto é, a renda ou produto nacional além do 
total de salários, juros, aluguéis, lucros, entre outros, pagos em 
um País, inclui, também, os valores internalizados em função das 
transferências realizadas entre pessoas e/ou instituições de um 
País com as de outro. Em resumo, corresponde a toda renda 
pertencente ao País e não só a produzida nele. 
Renda interna = Produto interno = produto gerado no País, a valores 
de mercado. 
Renda nacional = Produto nacional = produto gerado no País mais 
as entradas por transferência. 
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2.3.2 Investimento 
A Ciência Econômica conceitua investimento como os recursos 
destinados para criação de riqueza em função das alternativas 
que promovem o aumento efectivo da capacidade produtiva de 
um País, tanto de bens como de serviços. Os investimentos podem 
ser efectuados em estoques de produtos ou mercadorias ou em 
bens de Capital, que correspondem às máquinas, equipamentos 
e outros. 
Os investimentos em estoques de produtos e mercadorias visam 
às transações comerciais entre os agentes econômicos, com o 
objectivo de promover lucros aos investidores. Os investimentos 
em máquinas e equipamentos visam à produção de novos bens 
e serviços, possibilitando não só a geração de lucro, mas também 
a de riqueza. 
 
2.3.3 Poupança 
Poupança = valor não gasto na aquisição de bens e serviços. 
A poupança é a parcela da renda não consumida pelos agentes 
econômicos na aquisição de bens e serviços. Ela realimenta todo 
o processo produtivo por meio dos diversos instrumentos de 
intermediação do mercado financeiro, que captam a poupança 
disponível e a reconduzem ao sistema produtivo por meio das 
diversas formas de crédito. 
A avaliação da actividade de uma economia é feita por meio 
de variáveis macroeconômicas identificadas essencialmente no 
produto interno que, como já vimos, correspondem aos valores, 
a preço de mercado, dos bens e serviços finais produzidos e 
realizados no ambiente interno do País. 
O produto interno é definido como bruto e denominado Produto 
Interno Bruto (PIB), quando não for descontada a depreciação 
dos bens utilizados na produção. Quando se subtrai valor da 
depreciação, que corresponde ao desgaste dos bens utilizados 
na produção dos produtos, determina-se o Produto Interno 
Líquido (PIL). 
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PIB = produto gerado no País a valor de mercado. PIL = 
produto gerado no País a valor de mercado (-) depreciação. 
Depreciação = valoração dos desgastes das máquinas e 
equipamentos utilizados na produção. 
 
2.4 Desenvolvimento econômico e intermediação financeira 
O desenvolvimento econômico é um conceito amplo e engloba 
não só as variáveis de crescimento econômico, que envolve a 
expansão quantitativa da capacidade produtiva, mas também 
bem-estar social, isto é: “elevadas condições de vida da 
população de um País”. Uma economia desenvolvida 
apresenta, além da elevada produtividade, condições 
favoráveis de saúde, educação, lazer, renda, entre outras, para 
a população. 
Nesse contexto, a intermediação financeira tem papel importante, 
pois direcciona recursos de unidades superavitárias , financiando 
unidades com carência de Capital para investimento, promovendo 
transferência e circulação de moeda. 
Conforme já citado no início deste Capítulo, as transferências 
acontecem quando as pessoas, empresas e governo, em função 
da não-utilização total da renda, promovem a poupança 
(superavitários) desses recursos, auferindo juros. Por sua vez, as 
instituições financeiras realimentam o sistema, repassando essas 
poupanças para os tomadores necessitados de recursos 
(deficitários), que captam recursos pagando juros. 
Quando a interação entre poupadores e tomadores de recursos 
for eficiente, as intermediações financeiras ajudarão a promover 
o crescimento econômico. 
Desenvolvimento do Sistema Financeiro e Crescimento Econômico: 
abordagem pós keynesiana

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