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Manutenção e Cuidados com a Pele/Mucosas 1 🩹 Manutenção e Cuidados com a Pele/Mucosas https://s3-us-west-2.amazonaws.com/secure.notion-static.com/78712347-7cf a-4abf-a1dd-1428a266dbac/Feridas.pdf Referência: potter 9ª ed. p. 4417 Sumário Esfacelo Escara Exsudato Lesão por Pressão Locais mais comuns Protocolo de Prevenção - Avaliação do Risco Patogênese Intensidade da Pressão Duração da Pressão Tolerância do Tecido Fatores de Risco Classificação Estágio I Estágio II Estágio III Estágio IV Não estadiável/não classificada Lesão do Tecido Profundo Suspeita Lesão por pressão relacionada a dispositivos médicos Tecido de granulação Cicatrização https://www.notion.so/signed/https%3A%2F%2Fs3-us-west-2.amazonaws.com%2Fsecure.notion-static.com%2F78712347-7cfa-4abf-a1dd-1428a266dbac%2FFeridas.pdf?table=block&id=494d7c19-daa8-4e2f-b3d1-bd6ed1b79263&spaceId=bdd78452-91c3-4b91-8b34-7ad6f17deaf7&userId=7b8cd75b-7355-45de-af28-4811379a6422&cache=v2 https://www.notion.so/2aa5cdebf9784deab74841a4582d16a6#ee49e682ab10446a847045173a68817c https://www.notion.so/2aa5cdebf9784deab74841a4582d16a6#ee49e682ab10446a847045173a68817c https://www.notion.so/2aa5cdebf9784deab74841a4582d16a6#3a871c01eb7f4ec5b564f2f565adb7b4 Manutenção e Cuidados com a Pele/Mucosas 2 Lesão por Pressão ↳ Localizada na pele e em outro tecido subjacente, geralmente sobre uma proeminencia óssea, como resultado de uma pressão ou pressão em combinação com cisalhamento e/ou atrito. A pressão é a principal causa. O tecido recebe oxigênio e nutrientes e elimina os resíduos metabólicos através do sangue. A pressão intensa e prolongada afeta o metabolismo celular ↓ ou destruindo o fluxo sanguíneo, resultando em isquemia tecidual e, por fim, morte do tecido. Locais mais comuns Isquiática (24%) Sacrococígea (23%) Trocantérica (15%) Calcânea (8%) Maléolos laterais (7%) Cotovelos (3%) Região Occipital (1%) Região Escapular (1%) Protocolo de Prevenção - Avaliação do Risco Pessoas restritas ao leito ou cadeira de rodas Escala de Norton ou Braden Identifique todos os fatores individuais de risco Protocolo de Prevenção Cuidados com a Pele e Tratamento Precoce Controle de umidade Limpeza Não friccionar Hemostasia Fase Inflamatória Fase Proliferativa Maturação Complicações Infecção Tipos de drenagem Manutenção e Cuidados com a Pele/Mucosas 3 Produtos de pele neutro e hipoalergênicos Otimização da nutrição e hidratação Educação Redução da Carga mecânica e utilização de superfícies de suporte Reposicionamentos no leito (no mínimo de 2/2h) Uso de colchão pneumático Decúbitos laterais de 30º (↓ pressão sobre o trocanter) Cabeceira da cama sempre inferior a 30º (↓ tração área sacrococcígea) Uso de almofadas em espuma para evitar contato direto das superfícies ósseas (joelhos) Elevação dos calcanhares Patogênese 3 fatores relacionados com a pressão contribuem para o desenvolvimento da lesão por pressão: 1 - Intensidade da Pressão 2 - Duração da Pressão 3 - Tolerância do Tecido Intensidade da Pressão ❗Intervalo de pressão capilar normal: 15 a 32 mmHg Se a pressão aplicada sobre um capilar excede a pressão capilar normal e o vaso é obstruído por um período prolongado, a isquemia tecidual pode ocorrer. Se o paciente tem sensação reduzida e não pode responder ao desconforto da isquemia, a isquemia tecidual e a morte do tecido ocorrem. Após um período de isquemia tecidual, se a pressão for aliviada e o fluxo sanguíneo retornar, a pele fica vermelha. O efeito dessa vermelhidão é a vasodilatação, chamada de hiperemia. Como avaliar uma área de hiperemia? Pressione o dedo sobre a área afetada. Se embranquecer e o eritema voltar ao retirar o dedo, a hiperemia é transitória e é uma tentativa de superar o episódio isquêmico = hiperemia branqueável. Se não embranquecer = eritema não branqueável → provável dano tecidual profundo. Manutenção e Cuidados com a Pele/Mucosas 4 O branqueamento ocorre quando os tons de vermelho normais do paciente de pele clara estão ausentes. Quais são os primeiros sinais de dano da pele? Induração, consistência de borracha (rigidez menor do que o normal) e ↑ de calor no local da lesão, em compração às áreas vizinhas. Ao longo do tempo, conforme os tecidos se tornam mais danificados, a área se torna + fria ao toque. Como procurar por lesões em pacientes de pele escura? Após aplicar uma leve pressão, procure uma área + escura que a da pele ao redor ou que esteja esticada, brilhante ou endurecida. Verifique se há alterações localizadas na textura e temperatura da pele. Cor Permanece inalterada e não branqueia quando a pressão é aplicada Se o paciente já teve uma lesão por pressão, essa área da pele pode ser + clara que a cor original As áreas localizadas da inflamação podem assumir uma cor de berinjela (azul-arroxeado ou violeta), em vez de aparecer avermelhada Temperatura A área circunscrita da pele intacta pode ser quente ao toque. À medida que a cor do tecido muda, a pele intacta fica fria ao toque. A inflamação é detectada ao fazer comparações com a pele ao redor. Aspecto Pode ocorrer um edema com induração e parecer retesado e brilhante. Em estágio I pode mostrar baixa resiliênci. Documentar se o tecido na palpação é pantanoso ou mole quando comparado à pele ao redor. Palpação A área circundante pode ser sensível ou delicada ao toque ou pode ser dura ou rugosa na palpação. Duração da Pressão Pressão baixa durante um período prolongado e pressão de alta intensidade durante um curto período são 2 preocupações. Ambos os tipos danificam o tecido. A pressão prolongada obstrui o fluxo sanguíneo e os nutrientes e contribui com a morte celular. Manutenção e Cuidados com a Pele/Mucosas 5 Quais são as implicações clínicas da duração da pressão? Quantidade da pressão (verificação da pele para hiperemia de não branqueamento) e determinação da quantidade de tempo que um paciente tolera a pressão (verificar para ter certeza, após aliviar a pressão, que a área afetada embranqueceu). Tolerância do Tecido A capacidade do tecido para suportar a pressão depende da integridade do tecido e das estruturas de suporte. Os fatores extrínsecos de cisalhamento, atrito e umidade afetam a capacidade da pele de tolerar a pressão: quanto maior o grau em que os fatores extrínsecos estiverem presentes, mais suscetível a pele será a danos causados pela pressão. O segundo fator: capacidade das estruturas cutâneas subjacentes (vasos sanguíneos, colágeno) de ajudar a redistribuir a pressão. Fatores sistêmicos: má nutrição, envelhecimento aumentado, estado de hidratação e pressão arterial baixa afetam a tolerância do tecido à pressão aplicada externamente. Fatores de Risco Percepção sensorial prejudicada Mobilidade comprometida Alteração no nível de consciência Cisalhamento ↳ movimento de deslizamento da pele e do tecido subcutâneo enquanto o músculo adjacente e o ossos estão imóveis Atrito ↳ força de 2 superfícies movendo-se uma através da outra Umidade ↳ reduz a resistência da pele para outros fatores físicos como a força de pressão e/ou cisalhamento. Classificação Avaliação: localização da ferida dimensões da ferida descrição do exsudato Manutenção e Cuidados com a Pele/Mucosas 6 profundidade do envolvimento do tecido (estadiamento) tipo condição da pele ao redor percentual aproximado do tecido no leito da ferida ↳ Sistema de estadiamento: descreve a profundidade da lesão por pressão no ponto da coleta. As lesões por pressão não progridem de um estágio III para I; uma ulcera de estágio III demonstrando sinais de cicatrização é descrita como uma úlcera por pressão do estágio III em cicatrização. Estágio I Pele intacta apresenta vermelhidão não branqueável. Descoloração da pele, calor, edema, dureza ou dor. Em peles + escuras, pode manifestar-se com tonalidade: vermelho, azul ou púrpura. Estágio II Perda parcial da espessura da epiderme, derme ou ambas, lesão superficial e aberta com um leito da ferida vermelho-róseo sem esfacelo. Superfical,brilhante ou seca. A presença de hematomas indica lesão do tecido profundo. Manutenção e Cuidados com a Pele/Mucosas 7 Estágio III Perda da espessura total do tecido, a gordura subcutânea pode ser visível; porém o osso, o tendão e o músculo NÃO são expostos. Pode haver esfacelo; profundidade varia pela localização anatômica. Estágio IV Na perda da espessura total do tecido com osso, tendão ou músculo exposto, a gordura subcutânea pode estar visível; porém o osso, tendão e músculo NÃO são expostos. Pode haver esfacelo ou escara. Muitas vezes inclui enfraquecimento e encapsulação. Podem estender-se para as estruturas musculares e/ou de suporte (ex: fáscia, tendã ou cápsula articular), possibilitando a ocorrência de osteomielite ou osteíte. O osso/músculo exposto é visível ou diretamente palpável. Manutenção e Cuidados com a Pele/Mucosas 8 Não estadiável/não classificada Perda da espessura total do tecido em que a profundidade real de uma úlcera é completamente obscurecida pelo esfacelo (amarelo, bege, cinza, verde ou marrom) e/ou escara (bege, marrom ou reta) no leito da ferida não é estadiável. Até que o esfacelo e/ou escara suficiente sejam removidos para expor a base de uma ferida, a verdadeira profundidade não pode ser determinada. A escara estável (seca, aderente, intacta, sem eritema ou flutuação) nos calcanhares serve como “a cobertura natural (biológica) do corpo” e não deve ser removida. Lesão do Tecido Profundo Suspeita A lesão do tecido profundo suspeita é um área localizada roxa ou marrom da pele intacta descolorida ou uma bolha cheia de sangue causada por uma lesão do tecido mole subjacente causada por pressão e/ou cisalhamento. A área pode ser Manutenção e Cuidados com a Pele/Mucosas 9 precedida pelo tecido que está dolorida, firme, mole, pantanosa, mais quente ou + fria em comparação ao tecido adjacente. Pode começar como uma bolha fina sobre um leito da ferida escura. A ferida pode evoluir ainda + e ficar coberta por uma fina escara. A evolução pode ser rápida. expondo camadas adicionais de tecido, mesmo com tratamento ideal. Lesão por pressão relacionada a dispositivos médicos Deve ser classificada de acordo com os estágios Tecido de granulação ↳ tecido vermelho e úmido composto por novos vasos sanguíneos, cuja presença indica a progresso rumo à cicatrização Esfacelo ↳ tecido mole amarelo ou branco, possui substância fibrosa ligada ao leiro da ferida, deve ser removido antes da ferida poder cicatrizar. Necrose úmida. Escara ↳ tecido preto, marrom, bege ou necrótico, precisa ser removida antes que a cicatrização possa prosseguir. Necrose seca. Exsudato ↳ deve descrever a quantidade, cor, consistência e o odor da drenagem da ferida e é parte da sua coleta de dados. Exsudato em excesso indica a presença de https://www.notion.so/2aa5cdebf9784deab74841a4582d16a6#ee49e682ab10446a847045173a68817c https://www.notion.so/2aa5cdebf9784deab74841a4582d16a6#ee49e682ab10446a847045173a68817c https://www.notion.so/2aa5cdebf9784deab74841a4582d16a6#3a871c01eb7f4ec5b564f2f565adb7b4 Manutenção e Cuidados com a Pele/Mucosas 10 infecção. Manutenção e Cuidados com a Pele/Mucosas 11 Cicatrização A cicatrização de uma ferida de espessura total possui 4 fases: hemostasia, inflamatória, proliferativa e maturação. Hemostasia Controla a perda de sangue Estabelece o controle bacteriano Manutenção e Cuidados com a Pele/Mucosas 12 ↳ Vasos sanguíneos lesionados se contraem e as plaquetas se reúnem para parar o sangramento → os coágulos formam uma matriz de fibrina = fornece estrutura p/ o reparo celular posteriormente Fase Inflamatória ↳ Tecido danificado e os mastócitos secretam histamina = vasodilatação dos capilares circundantes e movimentação/migração de soro e leucócitos p/ os tecidos danificados → rubor (vermelhidão), edema, calor e latejamento. Leucócitos de ação primária = neutrófilo: começa a inferir bactérias e pequenos detritos Segundo leucócito = monócito: se transforma em macrófago = limpam a ferida das bactérias, células mortas e detritos por fagocitose. Os macrófagos continuam o processo de limpeza dos detritos de uma ferida e de liberação dos fatores de crescimento que atraem os fibroblastos = sintetiza o colágeno (aparece no 2º dia). Fase Proliferativa Aparecimento de novos vasos sanguíneos Começa e dura de 3 a 24 dias Atividades: Preenchimento de uma ferida com tecido de granulação Contração da ferida Ferida ressurgindo por epitelização Fibroblastos = proporciona a matriz de granulação → colágeno se mistura com o tecido de granulação = matriz que suporta a reepitelização. As células epiteliais migram pelas bordas da ferida para ressurgir. Em ferida limpa: 1. Leito vascular restabelecido = tecido de granulação 2. A área é preenchida com tecido de reposição = colágeno, contração e tecido de granulação 3. Superfície é reparada = epitelização Manutenção e Cuidados com a Pele/Mucosas 13 Maturação Fase final da cicatrização A cicatriz de colágeno continua a reorganizar e ganhar força por vários meses. Uma ferida cicatrizada geralmente n tem força elástica. As fibras de colágenos são submetidas à remodelação ou reorganização. Tecido cicatricial contém menos melanócitos = cor mais clara do que a pele normal Complicações Como detectar uma hemorragia interna? Procure por distensão ou inchaço da parte do corpo afetada, uma mudança no tipo e na quantidade de drenagem de um dreno cirúrgico ou sinais de choque hipovolêmico. O que é um hematoma? Coleção localizadda de sangue sob os tecidos. Pode aparecer como um inchaço, mudança de cor, sensação dou calor que muitas vezes leva a uma descoloração azulada. ❗ Um hematoma perto de uma grande artéria ou veia é perigoso, porque a pressão do hematoma em expansão obstrui o fluxo sanguíneo. Infecção ↳ Sinais clínicos: Eritema Aumento da quantidade de drenagem Mudança na aparência da drenagem (espessa, mudança de cor, presença de odor) Calor, dor ou edema periferida. Febre e aumento de leucócitos Tipos de drenagem Manutenção e Cuidados com a Pele/Mucosas 14
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