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Cargas móveis: Determinação do Trem-tipo Prof.: Raul Lobato UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLOGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: ESTRUTURAS DE PONTES Seção Longitudinal NBR 7187 MANUAL DE PROJETO DE OBRAS DE ARTE ESPECIAIS - DNER COMP. = 35 m B. = 5 mB. = 5 m Detalhe Cortina/Transversina Seção Transversal - Apoio Seção Transversal – Meio do vão Carga móvel rodoviária Carga móvel Pontes rodoviárias e passarelas: NBR 7188:2003 • Pontes: • Classe 45: na qual a base do sistema é um veículo-tipo de 450 kN de peso total; • Classe 30: na qual a base do sistema é um veículo-tipo de 300 kN de peso total; • Classe 12: na qual a base do sistema é um veículo-tipo de 120 kN de peso total. Obs.: classes diferentes ficar a critérios dos órgãos com jurisdição sobre as pontes Carga móvel rodoviária Carga móvel Pontes rodoviárias e passarelas: NBR 7188:2003 • Passarelas: • Classe única, na qual a carga móvel é uma carga uniformemente distribuída de intensidade p=5 kN/m² (500 kgf/m²), não majorada pelo coeficiente de impacto. Obs.: classes diferentes ficar a critérios dos órgãos com jurisdição sobre as pontes Carga móvel rodoviária • Os trens-tipo compõe-se de um veículo de cargas uniformemente distribuídas CLASSE DA PONTE VEÍCULO CARGA UNIFORMEMENTE DISTRIBUÍDA TIPO PESO TOTAL P P’ DISPOSIÇÃO DA CARGA KN TF kN/m² Kgf/m² kN/m² Kgf/m² 45 45 450 45 5 500 3 300 CARGA P EM TODA A PISTA CARGA P’ NOS PASSEIOS 30 30 300 30 5 500 3 300 12 12 120 12 4 400 3 300 Carga móvel rodoviária • Os trens-tipo compõe-se de um veículo de de cargas uniformemente distribuídas Carga móvel rodoviária UNIDADE TIPO 45 TIPO 30 TIPO 12 QUANTIDADE DE EIXOS EIXO 3 3 2 PESO TOTAL DO VEÍCULO KN-TF 450-45 300-30 120-12 PESO DE CADA RODA DIANTEIRA KN-TF 75-7,5 50-5 20-2 PESO DE CADA RODA TRASEIRA KN-TF 75-7,5 50-5 40-4 PESO DE CADA RODA INTERMEDIÁRIA KN-TF 75-7,5 50-5 - LARGURA DE CONTATO B1 DE CADA RODA DIANTEIRA M 0,50 0,40 0,20 LARGURA DE CONTATO B2 DE CADA RODA INTERMEDIÁRIA M 0,50 0,40 0,30 COMPRIMENTO DE CONTATO DE CADA RODA M 0,20 0,20 0,20 ÁREA DE CONTATO DE CADA RODA M² 0,20 x b 0,20 x b 0,20 x b DISTÂNCIA ENTRE OS EIXOS M 1,50 1,50 3,00 DISTÂNCIA ENTRE OS CENTROS DE RODA DE CADA EIXO M 2,00 2,00 2,00 Carga móvel rodoviária Emil de Souza Sánchez filho D. Sc. Pontes de Concreto Estrutural 1 pontes 18 Definida a classe da ponte (seu veículo-tipo e cargas de multidão) deve-se determinar a sua disposição sobre o tabuleiro para se obter as solicitações extremas, máximas ou mínimas, atuantes no elemento estrutural. Coloca-se as cargas móveis transversalmente e se obtém as reações, máximas e mínimas, nas vigas principais. Com essas reações disposta ao longo do eixo das longarinas tem-se um conjunto de carga móveis convencionais, que é o trem-tipo. Linhas de influência Preparo do trem-tipo pontes 19 Linhas de influência das reações Pontes com duas longarinas Com esse procedimento tem-se que: 1) a posição relativa e a magnitude das cargas são constantes; 2) o deslocamento dessas cargas ao longo do eixo da longarina dá-se nas posições mais desfavoráveis. Esse é um procedimento simplificado e a favor da segurança, pois a distribuição de carga não é linear. pontes 20 Linhas de influência das reações Pontes com duas longarinas A não linearidade ocorre por haver uma colaboração entre as vigas para resistir à carga, com transmissão de uma parcela dessa carga para a viga descarregada. Tem-se, aproximadamente, que a viga carregada resiste de 70% a 80% da carga aplicada. pontes 21 Pontes com duas longarinas Esse tipo de seção transversal foi muito usado, e hoje se usa mais lajes pré-moldadas protendidas, devido principalmente aos custos de formas e escoramento. Ressalta-se que é uma seção muito eficaz. Linhas de influência das reações Valores característicos: Mk =Mg+Mq =momentos de flexão. Vk =Vg+Vq =forças cortantes; g=cargas permanentes; q=cargas móveis. pontes Linhas de influência Mostram como uma determinada solicitação numa seção varia quando uma carga concentrada se move sobre a estrutura. As abscissas representam as posições da carga móvel e as ordenadas representam os respectivos valores da solicitação. Por meio das linhas de influência são avaliados os efeitos das cargas móveis concentradas ou distribuídas (total ou parcialmente), que permitem determinar os seus máximos e mínimos. 22 30 pontes Linhas de influência Obter a envoltória dos momentos de flexão, máximo e mínimo, de uma viga bi-apoiada com 12 m de vão indicando os valores nas seções (1), (2), (3). Peso próprio da viga: g=20 kN/m 200 kN 100 kN 10 kN/m Exemplo 1 Note Julius Texto Explicativo 3 31 pontes Linhas de influência 20 kN/m 270 360 270 Diagrama de momento de flexão devido ao peso próprio: Mg(kNm) kNm ,q M g 360 8 001220 8 22 2 kNm , MM gg 270 2 00320 3120 2 31 kN , RRA 120 2 001220 3 A B Exemplo 1 julius Texto Explicativo Rb 32 pontes Linhas de influência 200 kN Momento de flexão máximo devido à carga móvel Seção (1): kNm, , .,,Mmáx 735252 2 0012 105011002522001 100 kN 10 kN/m 5013 2 009252 2 003252 501 69 252 252 912 3 2 2 1 1 , ,,,, A , , , Coordenadas e área da LI: Exemplo 1 Note Julius Carimbo Note Julius Carimbo Note Julius Carimbo Note Julius Seta Note Julius Seta Note Julius Seta Note Julius Seta 33 pontes Linhas de influência Momento de flexão total na Seção (1) e Seção (1´ ): peso próprio+ carga móvel. kNmMtotal 1005735270 1 Momento de flexão total na Seção (2): 200 kN 100 kN 10 kN/m2 501003 21 ,, kNm, , . ,,Mmáx 930003 2 0012 10 5011000032002 kNmMtotal 1290930360 2 Exemplo 1 34 pontes Linhas de influência OBS.: um efeito máximo ocorre quando uma das forças concentradas atuar em um dos pontos angulosos da linha de influência. 270 1290 1005 1005 270 360 Envoltória de momento de flexão (kNm). Exemplo 1 35 pontes Linhas de influência Exemplo 2 Obter a envoltória forças cortantes g=20 kN/m g=20 kN/m 10 kN/m 100 kN 100 kN 36 pontes Linhas de influência Exemplo 2 Linha de influência de Q na seção D. 750 0010 507 250 0010 502 21 , , , L a , , , L a kN,, ,, . ,,,, .V D,mín 8821250100 2 502250 10 2 502250 2 507750 20 kN,, , ,, . ,,,, .V D,máx 13203500100 507100 2 507750 10 2 502250 2 507750 20 Note Julius Texto Explicativo 0,75 Distribuição dos esforços na direção transversal Para o cálculo de elementos da pontes, as cargas dos VEÍCULOS e da MULTIDÃO são utilizadas em conjunto, formando os chamados “trens-tipo”. O TREM-TIPO da ponte é sempre colocado no sentido longitudinal da parte e a sua AÇÃO, uma determinada seção do elemento a calcular, é obtido por meio do carregamento da correspondente “LINHA DE INFLUÊNCIA” conforme determina a NBR 7188 (1984). Diz ainda a mesma normativa que, no cálculo de longarinas, lajes, etc., para obter efeitos mais DESFAVORÁVEIS deve-se encostar a roda do veículo no GUARDA-RODAS. Preparo do trem-tipo • Exemplo C45 CLASSE DA PONTE VEÍCULO CARGA UNIFORMEMENTE DISTRIBUÍDA TIPO PESO TOTAL P P’ DISPOSIÇÃO DA CARGA KN TF kN/m² Kgf/m² kN/m² Kgf/m² 45 45 450 45 5 500 3 300 CARGA P EM TODA A PISTA CARGA P’ NOS PASSEIOS 30 30 300 30 5 500 3 300 12 12 120 12 4 400 3 300 Distribuição dos esforços na direção transversal Admite-se para pré-dimensionamento que a linha de DISTRIBUIÇÃO TRANSVERSAL de carga (LDTC) seja a linha de influência de REAÇÃO DE APOIO deuma viga bi-apoiada com balanços, uma vez que a rigidez da longarina está desconsiderada neste cálculo simplificado. Carga móvel rodoviária UNIDADE TIPO 45 TIPO 30 TIPO 12 QUANTIDADE DE EIXOS EIXO 3 3 2 PESO TOTAL DO VEÍCULO KN-TF 450-45 300-30 120-12 PESO DE CADA RODA DIANTEIRA KN-TF 75-7,5 50-5 20-2 PESO DE CADA RODA TRASEIRA KN-TF 75-7,5 50-5 40-4 PESO DE CADA RODA INTERMEDIÁRIA KN-TF 75-7,5 50-5 - LARGURA DE CONTATO B1 DE CADA RODA DIANTEIRA M 0,50 0,40 0,20 LARGURA DE CONTATO B2 DE CADA RODA INTERMEDIÁRIA M 0,50 0,40 0,30 COMPRIMENTO DE CONTATO DE CADA RODA M 0,20 0,20 0,20 ÁREA DE CONTATO DE CADA RODA M² 0,20 x b 0,20 x b 0,20 x b DISTÂNCIA ENTRE OS EIXOS M 1,50 1,50 3,00 DISTÂNCIA ENTRE OS CENTROS DE RODA DE CADA EIXO M 2,00 2,00 2,00 Faixa do trem-tipo (carga veículo) Faixa do trem-tipo (carga veículo) 𝑀𝑣𝑖𝑔𝑎 2 = 0 → − 75 × 6,20 − 75 × 4,20 + 5,4 × 𝑅𝑣𝑖𝑔𝑎 1 = 0 → 𝑅𝑣𝑖𝑔𝑎 1 = 144,44 𝑘𝑁 Faixa do trem-tipo (carga distribuída) Faixa do trem-tipo (carga distribuída) 𝑀𝑣𝑖𝑔𝑎 2 = 0 → − 3 × 0,10 × 6,75 − 5 × 3,7 × 1,85 + 5,4 × 𝑅𝑣𝑖𝑔𝑎 1 = 0 → 𝑅𝑣𝑖𝑔𝑎 1 = 6,71 𝑘𝑁 𝑚 Faixa fora do trem-tipo (carga distribuída) Note Julius Carimbo Faixa fora do trem-tipo (carga distribuída) 𝑀𝑣𝑖𝑔𝑎 2 = 0 → − 3 × 0,60 × 6,5 − 5 × 6,2 × 3,10 + 5,4 × 𝑅𝑣𝑖𝑔𝑎 1 = 0 → 𝑅𝑣𝑖𝑔𝑎 1 = 19,96 𝑘𝑁 𝑚 Carga móvel rodoviária UNIDADE TIPO 45 TIPO 30 TIPO 12 QUANTIDADE DE EIXOS EIXO 3 3 2 PESO TOTAL DO VEÍCULO KN-TF 450-45 300-30 120-12 PESO DE CADA RODA DIANTEIRA KN-TF 75-7,5 50-5 20-2 PESO DE CADA RODA TRASEIRA KN-TF 75-7,5 50-5 40-4 PESO DE CADA RODA INTERMEDIÁRIA KN-TF 75-7,5 50-5 - LARGURA DE CONTATO B1 DE CADA RODA DIANTEIRA M 0,50 0,40 0,20 LARGURA DE CONTATO B2 DE CADA RODA INTERMEDIÁRIA M 0,50 0,40 0,30 COMPRIMENTO DE CONTATO DE CADA RODA M 0,20 0,20 0,20 ÁREA DE CONTATO DE CADA RODA M² 0,20 x b 0,20 x b 0,20 x b DISTÂNCIA ENTRE OS EIXOS M 1,50 1,50 3,00 DISTÂNCIA ENTRE OS CENTROS DE RODA DE CADA EIXO M 2,00 2,00 2,00 Trem-tipo (Corte CC) julius Retângulo Cargas móveis: Determinação do Trem-tipo E-mail: raul.lobatto@hotmail.com UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLOGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: ESTRUTURAS DE PONTES
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