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ÉTICA E SUSTENTABILIDADE 
Atividade Individual 
Julho, 2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Elaborado por: Mirella Valente 
Disciplina: Ética e Sustentabilidade 
Turma: 0522-2_2 
 
 
 
 
 
 
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Tópicos desenvolvidos 
Para realização do trabalho e produção de relatório descritivo de ações empresariais que 
contribuam para a diminuição dos abusos exercidos contra o indivíduo e a coletividade, 
serão abordados os seguintes tópicos: 
 
• Ações ou estratégias comumente utilizadas pelas empresas para assegurar a sua 
integridade; 
• Obstáculos apresentados pela cultura organizacional para a inclusão de medidas 
básicas de proteção aos direitos individuais e coletivos; 
• Efeitos ou impactos de ações empresariais antiéticas (caracterizadas pelo 
desrespeito) para os stakeholders e a sociedade e; 
• Soluções que as empresas podem implementar para garantir, de forma ética, os 
direitos individuais e coletivos. 
 
 
 
 
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Apresentação e objetivo 
A ética está intimamente relacionada com os valores e a moral do ser, ou seja, de 
comportamentos. Uma vez que o homem se organiza socialmente perante a sociedade, 
surgem acordos a fim de fomentar uma convivência harmoniosa. É nesse contexto que o 
comportamento se estrutura. A ética pressupõe como referencial o consenso estabelecido 
de forma prévia em cada cultura. A moral, sustentada por valores e juízos é adquirida com a 
experiência de vida e, claramente, experiências se diferem, o que significa que os conflitos 
gerados fazem parte da estrutura natural humana. [3] 
 
O conceito da globalização interfere diretamente na mudança comportamental. Em uma 
realidade disruptiva e extremamente competitiva, observa-se o início de uma era com novos 
valores, uma nova moral e ética, baseada em competência, lucro e produtividade. Nesse 
caminho, também são perceptíveis perdas de identidade individual, coletiva e controle sobre 
ações. 
 
Nesse contexto, as avaliações sobre responsabilidade social ganham espaço, construindo a 
ideia de que uma cultura e clima organizacionais coerentes com critérios e valores morais, 
financeiros, éticos e legais voltados aos colaboradores e consumidores, são fundamentais 
para um impacto, retorno e imagem positivos. 
 
De acordo com Francisco Gomes de Mattos [3], “a responsabilidade social é uma exigência 
básica à atitude e ao comportamento ético, através de práticas que demonstrem que a 
empresa possui uma alma, cuja preservação implica solidariedade e compromisso social”. 
 
Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo elucidar e propor ideias e soluções para 
que a empresa em estudo, VBN, adote boas práticas éticas para melhorar a relação com 
seus colaboradores, clientes e investidores, inibindo abusos individuais e coletivos. 
 
 
 
 
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Desenvolvimento 
Ações comumente utilizadas: 
 
Muito se fala sobre a Predisposição Ética como forma de ação ou estratégia por parte das 
empresas, que se viabiliza através da sensibilidade social, da percepção de valor e da 
relevância do bem moral. A predisposição está inteligada com o conceito de consciência 
ética, ou seja, a capacidade de avaliar e julgar. Empresas que pautam-se em elementos 
como a liberdade, dignidade, igualdade e direitos humanos em sinergia, se colocam à frente 
no mercado. 
 
Como exemplo, a empresa Boticário é amplamente reconhecida pelo comprometimento com 
a responsabilidade ético sócio-ambiental em todas as ações que permeiam seu negócio. 
Defendem que, mais do que gerar valor e impacto positivo na reputação e imagem da 
marca, a comunicação é o meio fundamental para compartilhar com todos os públicos, 
aquilo que o Grupo Boticário realmente acredita: o poder da diversidade e a importância da 
representatividade. O bem-estar social defendido pelo Grupo amplia horizontes e alimenta 
sonhos. [4] 
 
A Consultoria britânica EIRIS, por sua vez, responsável pelos índices de sustentabilidade 
das bolsas de Londres e Johanesburgo, avaliou a governança corporativa de empresas 
como a Puma, que de acordo com a consultoria, representa um bom exemplo em ética nos 
negócios. O relatório diz que possuem “excepcionais sistemas de gestão ambiental, 
transparência ao relatar suas iniciativas sustentáveis e uma política global de igualdade de 
oportunidades para seus funcionários”. [2] 
 
O Banco Inter, na linha do proposto, possui um Programa de Integridade que foi instituído 
levando em consideração ações, normas e diretrizes internas sustentadas por pilares de 
prevenção, detecção e correção de ações inadequadas, antiéticas ou desconformidades 
com leis, regulamentações e normativos, que possam prejudicar o patrimônio, a reputação 
e/ou a imagem do Banco. [1] 
 
Obstáculos: 
 
Como obstáculo para inclusão de medidas básicas de proteção aos direitos individuais e 
coletivos, temos a resistência, principalmente da alta liderança, pelo medo do resultado e 
falta de aderência às estratégias. É função da empresa entender, ter escuta-ativa, debater e 
mitigar riscos ou resistências por meio de seus líderes. 
 
Muito embora a cultura e a burocracia de certas organizações sejam barreiras para a 
inovação, um aspecto muito questionado é se toda a inovação traz benefício. A transposição 
desse obstáculo pode ser feita através de um comitê ou pessoas engajadas e com expertise 
sobre o negócio e o tema da integridade. Criar uma cultura de aprendizagem constante é 
 
 
 
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relevante para os colaboradores se conscientizarem sobre seus papéis e o impacto de suas 
funções dentro e fora da empresa. 
 
Efeitos: 
 
Efeitos ou impactos de ações antiéticas dentro de uma organização podem ser fatais. Isto 
porque a empresa perde sua credibilidade no mercado, o que, por consequência, atinge os 
stakeholders que não enxergam mais vantagens em investir no negócio. 
 
Uma decisão só deve ser implementada se houver respaldo na verdade, na justiça, moral, 
honestidade e a legalidade, seja dentro da própria empresa, mas também fora de suas 
fronteiras. 
 
Soluções: 
 
Acerca do exposto e, a fim de garantir de forma ética, os direitos individuais e coletivos, aa 
empresa VBN deve desenvolver programas de integridade adequadas à realidade da 
organização. Para tanto, os líderes e gestores devem conscientizar-se da necessidade do 
projeto e benefícios advindos com a implementação. 
 
Destaca-se que a implantação isolada de um código de ética, certamente não garante que 
as pessoas internalizem e pratiquem os valores nele estabelecidos. Para que haja de fato 
uma integração da ética à cultura da empresa e tornar-se parte indissociável das relações, 
outras ações conjuntas também são importantes. 
 
Um programa assertivo deve levar em consideração o negócio em si, suas particularidades 
e riscos. O foco para construção deve ser o respeito no desenvolvimento humano. 
 
Para assegurar o sucesso do programa, certos pilares devem ser solidificados; dentre eles: 
o comprometimento e apoio da alta liderança; um grupo ou comitê responsável e dotado de 
autonomia, imparcialidade e recursos humanos e financeiros para atuação; o conhecimento 
do negócio, da estrutura organizacional e riscos para eventuais atos lesivos praticados 
(canal de comunicação aberta); a transparência, clara e objetiva com todos os 
colaboradores e a sociedade; um código de ética e conduta constantemente atualizado; 
treinamento e monitoramento de resultados e indicadores de performance. 
 
Paralelamente, é indiscutível a importância da comunicação integrada como pilares 
estratégicos da implantação, sustentação e manutenção da ética empresarial e, por isso, 
esse processo deve ter um bom gerenciamento por profissionais amplamente capacitados. 
Atualmente no mercado existem muitos cursos e treinamentos específicos e personalizados 
voltados ao tema.Uma solução interessante a ser aplicada em conjunto com outras 
estratégias seria a promoção de certificação por meio de parcerias. 
 
 
 
 
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No mais, diversas empresas fornecem iniciativas em relação ao desenvolvimento de um 
programa de ética e Compliance, assim como a Deloitte, embasadas e aderentes às 
exigências da Lei nº 12.846/2013 e do Decreto 8.420/15. 
 
Considerações finais e recomendações 
Conforme exposto através do presente trabalho, não há “receita pronta” para a implantação 
de um programa de ética empresarial. Os critérios e estratégias dependem da visão e 
necessidade particular da empresa. O que se discute frequentemente é que uma política 
bem estruturada e implementada carrega inúmeros benefícios voltados à reputação, 
engajamento e sustentabilidade da organização. 
 
O tema é extenso e merece revisitação constante. Cada vez mais surge a necessidade de 
se alcançar o crescimento de forma social e legalmente responsável, assumindo uma 
postura responsável pelas decisões e práticas assumidas internamente e externemnte. O 
cumprimento da ética vai além do atendimento das obrigações legais; e, o presente projeto 
buscou elucidar caminhos para tanto. 
 
A cultura da conduta ética e do cumprimento ganha mais espaço e importância nos dias de 
hoje. Coibir decisões em não conformidade e gerir o negócio em compliance segundo a 
ética empresarial são alicerces da sustentabilidade das empresas no mundo empresarial. 
 
 
 
 
 
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Referências bibliográficas 
 
 
[1] BANCO INTER. Ações do Programa de Integridade no Inter., 2022. Disponível em: 
https://blog.bancointer.com.br/programa-de-integridade-no-inter. Acesso em: 01 julho. 2022. 
 
[2] BARBOSA, Vanessa. As 10 melhores empresas em ética nos negócios., 2016. Disponível em: 
https://exame.com/negocios/as-10-melhores-empresas-em-etica-nos-negocios/. Acesso em: 02 julho. 
2022. 
 
[3] COSENZA, Orlando Nunes. Ética, Ética Empresarial e Responsabilidade Social: Reflexões e 
Recomendações. Rio de Janeiro. Disponível em: http://api.adm.br/artigos/wp-
content/uploads/2007/07/enegep_7.pdf. Acesso em: 01 julho. 2022. 
 
[4] GRUPO BOTICÁRIO. Desempenho Social., 2022. Disponível em: 
https://relatoriogrupoboticario.com.br/desempenho-social-2/Acesso em: 02 julho. 2022. 
 
[5] GRUPO BOTICÁRIO. Desempenho Social., 2022. Disponível em: 
https://relatoriogrupoboticario.com.br/desempenho-social-2/Acesso em: 02 julho. 2022. 
https://exame.com/negocios/as-10-melhores-empresas-em-etica-nos-negocios/