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Demonstração de Resultado do Exercício na Contabilidade

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Aula 07
PC-PB (Agente) Contabilidade Geral -
2021 (Pós-Edital) - Profº Gilmar Possati
Autor:
Gilmar Possati
06 de Outubro de 2021
 
 
 
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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO 
Sumário 
1 – Demonstração do Resultado do Exercício ................................................................................................... 2 
1.1. Aspectos Introdutórios ............................................................................................................................ 2 
1.2. Estrutura (Lei n. 6.404/76) ...................................................................................................................... 2 
1.3. Estrutura (CPC 26) ................................................................................................................................... 9 
1.4. Formas de análise das despesas na DRE (subclassificação das despesas) ............................................ 12 
1.5. Apuração do Resultado do Exercício ..................................................................................................... 13 
2 – Questões Comentadas ............................................................................................................................... 15 
2.1.1. Aspectos Introdutórios ................................................................................................................... 15 
2.1.2. Deduções da Receita ...................................................................................................................... 16 
2.1.3. Descontos Condicionais x Descontos Incondicionais ..................................................................... 17 
2.1.4. Receita Líquida ............................................................................................................................... 17 
2.1.5. Lucro Bruto ..................................................................................................................................... 18 
2.1.6. Despesas Operacionais e Financeiras ............................................................................................. 25 
2.1.7. Outras receitas/Outras despesas ................................................................................................... 26 
2.1.8. Provisão para o Imposto de Renda ................................................................................................ 26 
2.1.9. Participações Estatutárias .............................................................................................................. 26 
2.1.10. Questões que exigem conhecimentos dos Pronunciamentos Contábeis .................................... 30 
3 – Lista das Questões Comentadas ................................................................................................................ 34 
4 – Gabarito ...................................................................................................................................................... 40 
 
 
Gilmar Possati
Aula 07
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1 – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
1.1. Aspectos Introdutórios 
A demonstração do resultado do exercício é a demonstração contábil que apresenta a confrontação entre 
receitas e despesas da entidade. Sendo assim, caso as receitas sejam maiores que as despesas, teremos a 
geração de lucro. Do contrário, teremos prejuízo. 
Mas, afinal qual o objetivo da DRE? 
A DRE objetiva evidenciar a situação econômica da entidade, medindo o desempenho da entidade. Em 
outras palavras, pode-se afirmar que a DRE procura evidenciar a composição do resultado gerado (lucro ou 
prejuízo) em um determinado período (geralmente um ano) a partir das operações da entidade. 
Outro aspecto importante a ser destacado é que a DRE integra o capital próprio, pois o lucro ou prejuízo 
obtido comporá o patrimônio líquido. Tal fato justifica o encerramento das contas que integram a DRE, ou 
seja, as contas são zeradas ao final do exercício financeiro. 
Pessoal, temos que ter o entendimento do previsto na Lei 6.404/76 sobre a estrutura da DRE. Trata-se do 
art. 187, que estabelece as informações mínimas a serem contidas nessa demonstração. A seguir temos um 
exemplo de DRE, de acordo com a estrutura descrita na Lei 6.404/76. 
1.2. Estrutura (Lei n. 6.404/76) 
Demonstração do Resultado do Exercício (Lei n. 6.404/76) 
Faturamento Bruto 
(-) IPI faturado 
(=) Receita Operacional Bruta 
(-) devoluções e vendas canceladas 
(-) abatimentos concedidos e descontos incondicionais 
(-) impostos e contribuições sobre as vendas e serviços (ICMS, ISS, Cofins, PIS/Pasep) 
(=) Receita Operacional Líquida 
(-) Custo da Mercadoria Vendida e dos Serviços Prestados 
(=) Resultado Operacional Bruto 
(-) Despesas Operacionais 
- Despesas com vendas 
- Despesas gerais e administrativas 
- Despesas financeiras 
- Resultado negativo de equivalência patrimonial 
- Variações monetárias passivas 
(+) Receitas Operacionais 
+ Receitas financeiras 
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+ Resultado positivo de equivalência patrimonial 
+ Variações monetárias ativas 
+ Receitas de aluguel 
+ Dividendos recebidos (investimentos avaliados pelo custo) 
(=) Resultado Operacional Líquido 
(+) Outras Receitas 
(-) Outras Despesas 
(=) Resultado antes do IR e CSLL 
 (-) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) 
(-) Imposto de Renda (IR) 
Resultado do Exercício antes das Participações 
(-) Participações 
Debêntures 
Empregados 
Administradores 
Partes Beneficiárias 
Contribuição p/ Fundos Assistência e Previdência Social dos empregados 
(=) Lucro Líquido do Exercício 
(÷) número de ações do capital social 
(=) Lucro Líquido por Ação do Capital 
Visto a estrutura da DRE passemos à análise de cada um dos itens. 
Faturamento Bruto 
O faturamento bruto não está descrito na Lei das S.As. No entanto, esta adaptação melhora a informação 
da demonstração, pois demonstra as diferenças entre o faturamento bruto e a receita bruta de vendas. 
Mas, afinal qual a diferença entre faturamento bruto e receita bruta? 
No faturamento bruto, além da receita bruta de vendas, inclui-se o Imposto sobre Produtos Industrializados 
(IPI) incidente na operação de venda. 
Receita Operacional Bruta 
A contabilização das receitas de vendas é realizada pelo valor bruto, ou seja, incluindo os impostos. 
Deduções da Receita Operacional Bruta 
Representam os fatos que alteram o valor das vendas, conforme discriminado a seguir: 
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Fatos que alteram o valor das Vendas 
▪ Vendas Anuladas ou Devolução de Vendas; 
▪ Abatimentos sobre Vendas; 
▪ Descontos Incondicionais Concedidos; 
▪ Impostos e contribuições sobre as vendas e serviços (ICMS, ISS, Cofins, PIS/Pasep) 
 
As vendas anuladas (devolução de vendas) representam todas as devoluções de vendas ocorridas dentro 
do exercício social. Destaca-se que as devoluções de vendas de exercícios anteriores são consideradas como 
despesas operacionais. 
O Abatimento sobre Venda representa os descontos que são concedidos posteriormente à entrega dos 
produtos. Geralmente, decorrem por defeitos de qualidade, quantidade e de transportes. Destaca-se que o 
abatimento é concedido após a emissão da nota fiscal. Assim, não afeta a base de cálculo dos impostos. 
 
Não confunda os descontos incondicionais (comerciais) com os descontos condicionais (financeiros). 
 
Descontos Incondicionais (comerciais): ocorrem no momento da compra (obtidos) ou da venda 
(concedidos), sendo destacados na própria nota fiscal. A palavra “incondicional” denota ausência de 
condições impostasao cliente para que tivesse direito ao desconto. 
Descontos Incondicionais Obtidos = redutora do CMV 
Descontos Incondicionais Concedidos = redutora da Receita de Vendas 
Descontos Condicionais (financeiros): ocorrem no momento da liquidação de uma dívida ou do recebimento 
de um direito, fato posterior à compra ou à venda. O desconto financeiro só ocorre mediante condição 
imposta ao devedor (geralmente quitação antes da data do vencimento). São reconhecidos como receita 
(obtidos) ou despesa financeira (concedidos). 
Os principais impostos e contribuições sobre as vendas e serviços são: ICMS, ISS, Cofins, PIS/Pasep. Destaca-
se que o IPI não é dedução da receita bruta. Conforme vimos, o IPI é considerado antes da receita bruta por 
ser um imposto “por fora”. 
Receita Operacional Líquida 
Representa as receitas brutas deduzidas das deduções acima estudadas. 
Custo da Mercadoria Vendida (CMV) 
Para o cálculo do CMV utilizamos a seguinte equação: 
CMV = Estoque inicial + compras líquidas – estoque final 
Lembrando que, nos termos do CPC 16 – Estoques, o valor de custo do estoque deve incluir todos os custos 
de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição 
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e localização atuais. Ademais, lembre que o custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, 
os impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de 
transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais 
e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na 
determinação do custo de aquisição. Nesse ponto vale destacar os fatos que alteram o valor das compras, 
conforme discriminado a seguir: 
 
Fatos que alteram o valor das Compras 
▪ Devolução de Compras ou Compras Anuladas 
▪ Abatimentos sobre Compras 
▪ Fretes e Seguros sobre Compras 
▪ Descontos Incondicionais Obtidos. 
Assim, temos; 
Compras Brutas 
(-) Devolução de Compras ou Compras Anuladas 
(-) Abatimentos sobre Compras 
(+) Fretes e Seguros sobre Compras 
(-) Descontos Incondicionais Obtidos 
(=) Compras Líquidas 
 
 
(SUFRAMA) Na DRE de uma empresa comercial, para a apuração do lucro bruto operacional, as deduções 
das vendas e o custo das mercadorias vendidas são subtraídos diretamente da receita bruta de vendas. 
Comentários 
A dedução do CMV parte das receitas líquidas e não das receitas brutas, conforme informa o item. Pessoal, 
no decorrer desta aula, vocês observarão que muitas questões são resolvidas com o simples conhecimento 
da estrutura da DRE, a exemplo desse item. 
Gabarito: Errado 
Resultado Operacional Bruto 
Representa as receitas líquidas deduzidas do CMV acima estudado. 
Despesas Operacionais 
As principais despesas operacionais são: 
▪ Despesas com vendas: englobam os gastos com promoção, colocação e distribuição dos produtos 
vendidos pela empresa. 
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▪ Despesas gerais e administrativas: englobam os gastos com a gestão da empresa. 
▪ Despesas financeiras: englobam os juros passivos, descontos condicionais concedidos, comissões 
passivas, juros sobre o capital próprio, entre outras. 
▪ Resultado negativo de equivalência patrimonial 
▪ Variações monetárias passivas 
(SUFRAMA) O conjunto de despesas administrativas e de vendas é também denominado despesas 
operacionais. 
Comentários 
Para fixar! Conforme vimos, as principais despesas operacionais são: 
Despesas com vendas: englobam os gastos com promoção, colocação e distribuição dos produtos vendidos 
pela empresa. 
Despesas gerais e administrativas: englobam os gastos com a gestão da empresa. 
Despesas financeiras: englobam os juros passivos, descontos condicionais concedidos, comissões passivas, 
juros sobre o capital próprio, entre outras. 
Resultado negativo de equivalência patrimonial 
Variações monetárias passivas 
Gabarito: Certo 
Receitas Operacionais 
As principais receitas operacionais são: 
▪ Receitas financeiras: englobam os juros ativos, os descontos condicionais obtidos, entre outras. 
▪ Resultado positivo de equivalência patrimonial 
▪ Variações monetárias ativas 
▪ Receitas de aluguel 
▪ Dividendos recebidos (investimentos avaliados pelo custo) 
Outras Receitas e Outras Despesas 
Compreendem os ganhos e perdas decorrentes das baixas de bens ou de direitos classificados nos grupos 
investimentos, imobilizado e intangível. Refere-se às antigas “Receitas Não Operacionais” e “Despesas Não 
Operacionais”. 
Nesse ponto, vale destacarmos o seguinte: 
Não há mais na Demonstração do Resultado do Exercício a expressão “resultados não operacionais”. 
Segundo o Manual FIPECAFI, 
A antiga classificação entre Resultado Operacional e Não Operacional não existe nas normas 
internacionais e nem mesmo mais na Lei das Sociedades por Ações; assim, deixou de existir no 
Brasil, passando a existir a segregação entre Resultados de Operações Continuadas e 
Resultados de Operações Descontinuadas. O art. 187 da Lei das Sociedades por Ações que antes 
abordava o "lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais", com a 
nova redação dada pela Lei nº 11.941/09, trata apenas do "lucro ou prejuízo operacional, 
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outras receitas e outras despesas". [..] No entanto, para fins tributários, a segregação entre 
Resultado Operacional e Não Operacional continua a existir, em função de várias figuras fiscais, 
como lucro de exploração e outras. 
Portanto, os ganhos e perdas decorrentes das baixas de bens ou de direitos classificados nos grupos 
investimentos, imobilizado e intangível atualmente devem ser considerados como “outras receitas/outras 
despesas”. Veja a questão abaixo. 
(MPU) Se uma empresa vender um ativo imobilizado, ela deverá reconhecer seu resultado — ganho ou 
perda — como resultado não operacional. 
Comentários 
Nesse caso, o ganho ou perda deverá ser considerado como “outras receitas/outras despesas”. 
Gabarito: Errado 
IR/CSLL 
O Imposto de Renda e a CSLL são calculados sobre o lucro do exercício. Destaca-se que a Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido (CSLL) destina-se ao financiamento da Seguridade Social. 
Participações 
Correspondem a parcelas do resultado do exercício destinadas aos proprietários de debêntures, a 
empregados, a administradores, aos proprietários de partes beneficiárias e a instituições ou fundos de 
assistência ou previdência de empregados. 
Destaca-se que a base de cálculo das participações é o resultado do exercício após as deduções, diminuído 
dos prejuízos acumulados e acrescido dos Juros sobre Capital Próprio. Segundo a Lei nº 6.404/76, 
Art. 190. As participações estatutárias de empregados, administradores e partes beneficiárias serão 
determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de 
deduzida a participação anteriormente calculada. 
Exemplo: 
Resultado do Exercício antes das participações = 600.000 
Prejuízos Acumulados = 100.000 
Participações Debêntures = 10% 
Participações Empregados = 10% 
Participações Administradores = 10% 
Participações Partes Beneficiárias = 10% 
Participações Fundos de Assistência = 10% 
Resultado do Exercício antes das participações 600.000 
(-) Prejuízos Acumulados (100.000) 
(=) Base de Cálculo Part. Deb. 500.000 
(-) Participações Debêntures (10%) (50.000) 
(=) Base de Cálculo Part. Empr. 450.000 
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(-) Participações Empregados (10%) (45.000) 
(=) Base de Cálculo Part. Adm. 405.000 
(-) Participações Administradores (10%) (40.500) 
(=) Base de Cálculo Part. Partes Benef. 364.500 
(-) Participações Partes Beneficiárias (10%) (36.450) 
(=) Base de Cálculo Part. Partes Benef. 328.050 
(-) Participações Fundos de Assistência (10%) (32.805) 
Observe que apesar de todas as participações corresponderem à taxa de 10%, o valor de cada uma delas é 
diferente, haja vista que a base de cálculo é sempre o resultado que sobra após a subtração da participação 
anterior. Destaca-se que a ordem acima apresentada deve ser rigorosamente cumprida. Assim, memorize: 
D → E → A → P → F 
Além disso, saiba que as taxas de cada participação podem ser diferentes, no entanto, não podem ser 
superiores a 10% do resultado do período. 
Um último detalhe: no cálculo das participações, retira-se os prejuízos acumulados. Porém, na DRE o prejuízo 
não entra. Na DRE fica: 
Resultado do Exercício antes das participações 600.000 
(-) Participações Debêntures (50.000) 
(-) Participações Empregados (45.000) 
(-) Participações Administradores (40.500) 
(-) Participações Partes Beneficiárias (36.450) 
(-) Participações Fundos de Assistência (32.805) 
(=) Lucro Líquido do Exercício 395.245 
Observe a questão abaixo: 
(SUFRAMA) A compensação do prejuízo acumulado deverá ser demonstrada na apuração do resultado do 
exercício, após a dedução do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro. 
Comentários 
Para fixar! A compensação do prejuízo acumulado não deve constar na estrutura da DRE. 
Gabarito: Errado 
Lucro Líquido do Exercício 
Depois de deduzidas todas as participações chega-se ao Lucro Líquido do Exercício (LLE). O LLE, então, é 
transferido para o patrimônio líquido, pois as receitas e despesas da entidade integram o chamado capital 
próprio. 
Lucro Líquido por Ação 
 O Lucro Líquido por Ação é a razão entre o LLE e o total de ações. 
Lucro Líquido por Ação = Lucro Líquido do Exercício/Total de ações 
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1.3. Estrutura (CPC 26) 
De forma complementar à Lei n. 6.404/76, o CPC 26 estabelece uma estrutura mínima para a DRE, 
obedecidas as determinações legais, composta por: 
(a) receitas; 
(b) custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos; 
(c) lucro bruto; 
(d) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas operacionais; 
(e) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método de equivalência 
patrimonial; 
(f) resultado antes das receitas e despesas financeiras 
(g) despesas e receitas financeiras; 
(h) resultado antes dos tributos sobre o lucro; 
(i) despesa com tributos sobre o lucro; 
(j) resultado líquido das operações continuadas; 
(k) valor líquido dos seguintes itens: 
(i) resultado líquido após tributos das operações descontinuadas; 
(ii) resultado após os tributos decorrente da mensuração ao valor justo menos despesas de venda ou na 
baixa dos ativos ou do grupo de ativos à disposição para venda que constituem a unidade operacional 
descontinuada. 
(l) resultado líquido do período. 
Ainda, de acordo com o CPC 26, devem ser divulgados na Demonstração Consolidada do Resultado do 
Exercício, como alocação do resultado do exercício os resultados líquidos atribuíveis: 
(i) À participação de sócios não controladores; e 
(ii) Aos detentores do capital próprio da empresa controladora. 
Como já estudamos a estrutura da DRE segundo a Lei n. 6.404/76, basta, nesse momento, saber as diferenças 
e novidades estabelecidas pelo CPC 26. 
A estrutura presente no CPC 26 estabelece a evidenciação, de forma destacada, do resultado proveniente 
da avaliação de investimentos pelo método da equivalência patrimonial, do resultado financeiro, além de 
destacar o resultado proveniente das operações continuadas e descontinuadas da entidade. 
Para podermos visualizar melhor essas diferenças, elaboramos um comparativo entre as duas estruturas. 
 
 
 
 
 
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DRE - Lei n. 6.404/76 x CPC 26 
Lei n. 6.404/76 CPC 26 
Receita Operacional Bruta 
(-) Deduções 
(=) Receita Operacional Líquida 
(-) CMV 
(=) Resultado Operacional Bruto 
(-) Despesas Operacionais 
- Despesas com vendas 
- Despesas gerais e administrativas 
- Despesas financeiras 
- Resultado negativo de equivalência patrimonial 
- Variações monetárias passivas 
(+) Receitas Operacionais 
+ Receitas financeiras 
+ Resultado positivo de equivalência patrimonial 
+ Variações monetárias ativas 
+ Receitas de aluguel 
+ Dividendos recebidos (investimentos avaliados 
pelo custo) 
(=) Resultado Operacional Líquido 
(+) Outras Receitas 
(-) Outras Despesas 
(=) Resultado antes do IR e CSLL 
(-) CSLL 
(-) IR 
(=) Resultado do Exercício antes das Participações 
(-) Participações 
Debêntures 
Empregados 
Administradores 
Partes Beneficiárias 
Fundos Assistência e Previdência Social dos 
empregados 
(=) Lucro Líquido do Exercício 
(÷) número de ações do capital social 
(=) Lucro Líquido por Ação do Capital 
 
 
 
Receitas 
(-) CMV 
(=) Resultado Operacional Bruto 
(-) Despesas com vendas 
(-) Despesas gerais e administrativas 
(-) Outras despesas 
(+) Outras receitas 
(+/-) Resultado de equivalência patrimonial 
 
(=) Resultado antes das receitas e despesas 
financeiras 
(-) Despesas financeiras 
(+) Receitas financeiras 
(=) Resultado antes dos tributos sobre o 
lucro 
(-) Despesa com tributos sobre o lucro 
(=) Resultado Líquido das Operações 
Continuadas 
(+/-) Resultado líquido das operações 
descontinuadas 
(=) Resultado Líquido do Período 
Vejamos as principais diferenças com os devidos detalhes. 
→ Receita Bruta x Receita Líquida 
Enquanto a Lei n. 6.404/76 inicia a DRE a partir da Receita Bruta, o CPC 26 já inicia da Receita Líquida. 
Esse conhecimento já foi alvo de exigência em concurso, conforme veremos nas questões comentadas. 
→ Segregação das despesas e receitas financeiras 
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Na estrutura disposta pelo CPC 26, temos o denominado “Resultado antes das Receitas e Despesas 
Financeiras”. A ideia é que essa segregação permita uma melhor análise econômica da entidade, pois 
proporciona uma melhor evidenciação do resultado de fato originado pelas suas operações. 
→ Resultado das Operações Descontinuadas 
Uma operação é considerada descontinuada quando a empresa encerra uma linha de produção específica. 
Segundo o CPC 31, 
32. Uma operação descontinuada é um componente da entidade que foi baixado ou está classificado 
como mantido para venda e 
(a) representa uma importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações; 
(b) é parte integrante de um único plano coordenado para venda de uma importante linha separada de 
negócios ou área geográfica de operações; ou 
(c) é uma controlada adquirida exclusivamente com o objetivo da revenda. 
Segundo o CPC 31, os resultados com operações descontinuadas não serão considerados como operacionais. 
É por esse motivo que aparecem na DRE após a provisão dos tributos. 
Não confunda com os ganhos e perdas decorrentes das baixas de bens ou de direitos classificados nos grupos 
investimentos, imobilizado e intangível que devem ser classificados como “Outras Receitas/Outras 
Despesas”. 
As operações descontinuadas decorrem de vendas relativas a linhas de negócios, operações, produtos ou 
atividades que a empresa “abandonou”, ou seja, que não existirãomais. 
→ Outras particularidades 
O CPC 26 aborda, ainda, dois outros aspectos relativos à DRE, quais sejam: 
1. A necessidade de divulgação, de forma separada, da natureza e montantes dos itens de receita e despesa 
quando estes são relevantes, conforme descrito no item 98: 
98. As circunstâncias que dão origem à divulgação separada de itens de receitas e despesas 
incluem: 
(a) reduções nos estoques ao seu valor realizável líquido ou no ativo imobilizado ao seu valor 
recuperável, bem como as reversões de tais reduções; 
(b) reestruturações das atividades da entidade e reversões de quaisquer provisões para gastos de 
reestruturação; 
(c) baixas de itens do ativo imobilizado; 
(d) baixas de investimento; 
(e) unidades operacionais descontinuadas; 
(f) solução de litígios; e 
(g) outras reversões de provisões. 
2. A necessidade de subclassificação das despesas, como pode ser constatado no item 101. Como esse ponto 
tem sido exigido com certa frequência, vamos abrir um tópico específico. 
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1.4. Formas de análise das despesas na DRE (subclassificação das despesas) 
Pessoal, cabe destacar que existem duas formas de análise das despesas na DRE, quais sejam: método da 
natureza da despesa e método funcional. 
Segundo o CPC 26, 
A primeira forma de análise é o método da natureza da despesa. As despesas são agregadas na 
demonstração do resultado de acordo com a sua natureza (por exemplo, depreciações, 
compras de materiais, despesas com transporte, benefícios aos empregados e despesas de 
publicidade), não sendo realocados entre as várias funções dentro da entidade. Esse método 
pode ser simples de aplicar porque não são necessárias alocações de gastos a classificações 
funcionais. 
A segunda forma de análise é o método da função da despesa ou do “custo dos produtos e 
serviços vendidos”, classificando-se as despesas de acordo com a sua função como parte do 
custo dos produtos ou serviços vendidos ou, por exemplo, das despesas de distribuição ou das 
atividades administrativas. No mínimo, a entidade deve divulgar o custo dos produtos e 
serviços vendidos segundo esse método separadamente das outras despesas. Esse método 
pode proporcionar informação mais relevante aos usuários do que a classificação de gastos por 
natureza, mas a alocação de despesas às funções pode exigir alocações arbitrárias e envolver 
considerável julgamento. 
E qual o critério utilizado no Brasil? 
Boa! Atualmente, por força da Lei n. 6.404/76, as empresas utilizam o método da função da despesa 
(funcional). 
Em nosso canal do YouTube “Contabilizando”, gravamos um vídeo abordando esse assunto. Confira aqui 
(https://www.youtube.com/watch?v=PUZVhcBrgzQ). 
(TELEBRAS) As despesas podem ser classificadas na demonstração do resultado do exercício de acordo 
com sua natureza ou função. 
Comentários 
Para fixar! A seguir, temos dois exemplos de classificação das despesas, adaptados do Manual FIPECAFI: 
Método - Função da Despesa Método – Natureza da Despesa 
Receita de Vendas 3.000 Receita de Vendas 3.000 
CMV (700) Variação do estoque de produtos acabados 300 
Lucro Bruto 2.300 Consumo de Matérias-Primas e Materiais 400 
Despesa de Vendas (50) Salários e Benefícios a Empregados 80 
Despesas Administrativas (230) Depreciações e Amortizações 150 
Outras Despesas (100) Despesas com Comissões 50 
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Resultado antes dos tributos 1.920 Outras Despesas 100 
 Total das Despesas (1080) 
 Resultado antes dos tributos 1.920 
Gabarito: Certo 
O CPC 26 destaca que outras rubricas e contas, títulos e subtotais devem ser apresentados na DRE quando 
tal apresentação for relevante para a compreensão do desempenho da entidade. 
Entretanto, a entidade não deve apresentar na DRE, ou em notas explicativas, rubricas, receitas ou 
despesas sob a forma de itens extraordinários. Também não se admite mais a figura das receitas e despesas 
não operacionais. A única discriminação é a dos resultados derivados das atividades descontinuadas. 
1.5. Apuração do Resultado do Exercício 
Meus camaradas, apurar o resultado do exercício consiste em verificar, por meio das contas de resultado 
(receitas e despesas), se houve lucro ou prejuízo durante o exercício social. 
De maneira simplificada, a Apuração do Resultado do Exercício (ARE) nada mais é do que a confrontação de 
receitas e despesas. Nesse sentido, caso as receitas superem as despesas, teremos um resultado positivo 
(lucro). Do contrário, teremos um resultado negativo (prejuízo). 
Existem duas formas de apurar o resultado do exercício, quais sejam: apuração extracontábil e apuração 
contábil. 
Na apuração extracontábil, basta efetuarmos o confronto das receitas e despesas. Exemplo: 
Receitas – R$ 1.000,00 
Despesas – R$ 800,00 
Logo, o resultado do exercício será de R$ 200,00 (1000,00 – 800,00). Veja que nesse caso temos um resultado 
positivo, pois o total das receitas superou o total das despesas. Houve, portanto, a geração de lucro. 
A apuração contábil, por sua vez, envolve um processo mais complexo, composto das seguintes etapas: 
1ª) Elaboração do Balancete de Verificação; 
2ª) Transferência dos saldos das contas de receitas e despesas para a conta transitória “Apuração do 
Resultado do Exercício – ARE” e apuração do saldo; 
Nessa etapa, a conta “ARE” receberá, a débito, os saldos das contas de despesas e, a crédito, os saldos das 
contas de receitas. Logo, temos o seguinte: 
Saldo da conta ARE devedor = resultado do exercício = prejuízo 
Saldo da conta ARE credor = resultado do exercício = lucro 
3ª) Transferência do saldo da conta “ARE” para uma conta do PL; 
Nessa etapa, se o saldo da conta “ARE” for credor, ele será transferido para a conta “Lucros Acumulados”. 
Se o saldo for devedor, haverá transferência para a conta “Prejuízos Acumulados”. Observe os lançamentos: 
Resultado Positivo (Lucro) Resultado Negativo (Prejuízo) 
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D – ARE 
C – Lucros Acumulados 
D – Prejuízos Acumulados 
C – ARE 
4ª) Elaboração do Balanço Patrimonial. 
Observação: Pessoal, o que explicamos acima é uma forma simplificada de apuração do resultado do 
exercício. Não consideramos, obviamente, todos os cálculos relativos aos tributos incidentes sobre o lucro 
líquido, as distribuições do lucro, além dos demais procedimentos necessários à apuração do resultado. 
 
 
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2 – QUESTÕES COMENTADAS 
Para essa aula, selecionamos questões em uma ordem racional de estudo, iniciando pelos aspectos 
introdutórios até chegar em exigências de DRE extraídas dos Pronunciamentos Contábeis. Posteriormente, 
selecionamos mais questões para fixação. 
2.1.1. Aspectos Introdutórios 
1. (CESPE/FUB/2014) O objetivo da DRE é evidenciar o desempenho da entidade. Essa demonstração é uma 
representação estruturada do total das receitas deduzidas as despesas e também abrange os ganhos e as 
perdas do período. 
Comentários 
Conforme vimos acima na parte introdutória da aula, a DRE apresenta a confrontação entre receitas e 
despesas da entidade (representação estruturada do total das receitas deduzidas as despesas). Abrange, 
portanto, os ganhos e as perdas do período. Sendo assim, caso as receitas sejam maiores que as despesas, 
teremos a geração de lucro. Do contrário, teremos prejuízo. 
Ademais, vimos que a DRE objetiva evidenciar a situação econômica da entidade, medindo o desempenho 
da entidade. Em outras palavras,pode-se afirmar que a DRE procura evidenciar a composição do resultado 
gerado (lucro ou prejuízo) em um determinado período (geralmente um ano) a partir das operações da 
entidade. 
Gabarito: Certo 
2. (CESPE/FUB/2014) De acordo com o regime de competência, a confrontação das receitas com as despesas 
deve ser realizada considerando as entradas e as saídas de caixa no período. 
Comentários 
Segundo o regime de competência os efeitos das transações e outros eventos devem ser reconhecidos nos 
períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. 
O item refere-se ao regime de caixa e não ao regime de competência. 
Gabarito: Errado 
3. (CESPE/SEFAZ-ES/2010) Na determinação do resultado do exercício, os valores das receitas e dos 
rendimentos ganhos no período somente serão computados quando forem realizados. 
Comentários 
Trata-se de exigência do disposto na Lei n. 6.404/76, senão vejamos: 
Art. 187. §1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: 
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; 
Gabarito: Errado 
4. (CESPE/TCU/2015) O custo das mercadorias vendidas é mensurado e apresentado de forma a demonstrar 
ao usuário, na DRE, o custo dos produtos acabados e o custo dos produtos em elaboração. 
Comentários 
O CMV está relacionado aos estoques da empresa. Representa a baixa efetuada nas contas dos estoques por 
vendas realizadas no período. O CMV é calculado por meio da seguinte fórmula: 
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CMV = Estoque Inicial + Compras líquidas – Estoque Final 
Logo, percebe-se que o CMV não é mensurado e apresentado de forma a demonstrar o custo dos produtos 
acabados e o custo dos produtos em elaboração. 
Gabarito: Errado 
2.1.2. Deduções da Receita 
 
Considerando as informações acima, extraídas da demonstração do resultado ao final do exercício social de 
determinada empresa comercial, julgue o item subsequente. 
5. (CESPE/MPU/2010) As deduções da receita (vendas canceladas, abatimentos e impostos incidentes 
sobre vendas) são inferiores a R$ 200.000,00. 
Comentários 
Para encontrar o valor das deduções, basta confrontar o valor da receita bruta de vendas com o valor da 
receita líquida de vendas. Assim, temos: 
Receita Bruta de Vendas 1.598.200,00 
(-) Deduções das Vendas ? 
(=) Receita Líquida de Vendas 1.407.900,00 
Logo, as deduções das vendas correspondem ao valor de R$ 190.300,00 (1.598.200,00 - 1.407.900,00) e, 
portanto, são inferiores a R$ 200.000,00. 
Gabarito: Certo 
6. (CESPE/SUFRAMA/2014) Na DRE de uma empresa comercial, para a apuração do lucro bruto operacional, 
as deduções das vendas e o custo das mercadorias vendidas são subtraídos diretamente da receita bruta de 
vendas. 
Comentários 
A dedução do CMV parte das receitas líquidas e não das receitas brutas, conforme informa o item. Pessoal, 
no decorrer desta aula, vocês observarão que muitas questões são resolvidas com o simples conhecimento 
da estrutura da DRE, a exemplo desse item. 
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Gabarito: Errado 
2.1.3. Descontos Condicionais x Descontos Incondicionais 
7. (CESPE/ANAC/2012) Suponha que determinada empresa ofereça um desconto de 6% sobre o valor das 
vendas realizadas a crédito caso seus clientes paguem suas parcelas com até dez dias de antecipação em 
relação ao vencimento. Nessa situação, ao elaborar a demonstração do resultado do exercício, a empresa 
deve deduzir o valor dos descontos concedidos da receita bruta. 
Comentários 
Não confunda os descontos incondicionais (comerciais) com os descontos condicionais (financeiros). 
Descontos Incondicionais (comerciais): ocorrem no momento da compra (obtidos) ou da venda 
(concedidos), sendo destacados na própria nota fiscal. A palavra “incondicional” denota ausência de 
condições impostas ao cliente para que tivesse direito ao desconto. 
Descontos Incondicionais Obtidos = redutora do CMV 
Descontos Incondicionais Concedidos = redutora da Receita de Vendas 
Descontos Condicionais (financeiros): ocorrem no momento da liquidação de uma dívida ou do recebimento 
de um direito, fato posterior à compra ou à venda. O desconto financeiro só ocorre mediante condição 
imposta ao devedor (geralmente quitação antes da data do vencimento). São reconhecidos como receita 
(obtidos) ou despesa financeira (concedidos). 
Do exposto, percebe-se que o desconto descrito na questão é um desconto condicional ou financeiro e, 
portanto, a empresa NÃO deve deduzir o valor da receita bruta. Observe que a condição nesse caso é que os 
seus clientes paguem suas parcelas com até dez dias de antecipação. 
Gabarito: Errado 
2.1.4. Receita Líquida 
8. (CESPE/SEFAZ-ES/2010) O valor da receita líquida é apurado deduzindo-se do valor da receita bruta das 
vendas e serviços os valores das deduções das vendas, dos abatimentos e dos impostos. 
Comentários 
Mais uma questão em que o simples conhecimento da estrutura da DRE resolve o nosso problema. 
Estruturando a DRE até a receita líquida, temos: 
Demonstração do Resultado do Exercício (Lei nº 6.404/76) 
Faturamento Bruto 
(-) IPI faturado 
(=) Receita Operacional Bruta 
(-) devoluções e vendas canceladas 
(-) abatimentos concedidos e descontos incondicionais 
(-) impostos e contribuições sobre as vendas e serviços (ICMS, ISS, Cofins, PIS/Pasep) 
(=) Receita Operacional Líquida 
Gabarito: Certo 
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9. (CESPE/ANAC/2012) A receita líquida é calculada pela subtração das despesas operacionais na receita 
bruta. 
Comentários 
A receita líquida é calculada pela subtração das deduções da receita bruta, que podem ser: impostos 
incidentes sobre a venda, vendas canceladas, vendas devolvidas, descontos incondicionais, etc. Para fixar, 
observe a estrutura da DRE: 
Demonstração do Resultado do Exercício (Lei n. 6.404/76) 
Faturamento Bruto 
(-) IPI faturado 
(=) Receita Operacional Bruta 
(-) devoluções e vendas canceladas 
(-) abatimentos concedidos e descontos incondicionais 
(-) impostos e contribuições sobre as vendas e serviços (ICMS, ISS, Cofins, PIS/Pasep) 
(=) Receita Operacional Líquida 
Gabarito: Errado 
10. (CESPE/FUB/2014) Considere que a empresa Core S.A. tenha gerado, no período, receita bruta de vendas 
de R$ 1.500, despesa de salários de R$ 100, despesa de depreciação de R$ 50, custo das mercadorias 
vendidas de R$ 675, despesa de ICMS de R$ 200, despesa de COFINS de R$ 50 e vendas canceladas de R$ 
100. Nessa situação hipotética, o valor da apuração da receita líquida dessa empresa, no período, será 
superior a R$ 1.100. 
Comentários 
Elaborando a DRE, temos: 
Receita Bruta de Vendas 1.500 
(-) Vendas canceladas (100) 
(-) ICMS (200) 
(-) COFINS (50) 
(=) Receita Líquida de Vendas 1.150 
Observação: As despesas de depreciação e de salários são despesas operacionais e aparecem 
posteriormente à receita líquida de vendas. Mais uma vez faz-se necessário que o candidato saiba a estrutura 
da DRE. 
Gabarito: Certo 
2.1.5. Lucro Bruto 
11. (CESPE/TCU/2015) Situação hipotética: As seguintes informações constam da demonstração do 
resultado do exercício da empresa XYZ S.A. referente ao exercício de 2014. 
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Assertiva: De acordo com esses dados, ao final do exercício de 2014, o lucro bruto apurado pela companhia 
foi superior a R$ 1.000.000,00 e o resultado anterior aos tributos sobre o lucro correspondeu a um prejuízo 
superior a R$ 200.000,00.Comentários 
Efetuando os cálculos, temos: 
Receita Operacional Bruta 4.196.300,00 
(-) devoluções e cancelamento de vendas (76.300,00) 
(-) desconto de abatimentos de vendas (7.300,00) 
(-) impostos sobre vendas (479.300,00) 
(=) Receita Operacional Líquida 3.633.400,00 
(-) Custo do Produto Vendido (2.678.380,00) 
(=) Resultado Operacional Bruto 955.020,00 
(-) Despesas Comerciais (150.340,00) 
(-) Despesas Administrativas (209.190,00) 
(-) Despesas Financeiras (921.580,00) 
(+) Receitas Financeiras 144.300,00 
(=) Resultado Operacional Líquido (181.790) 
(+) Outras Receitas 0,00 
(-) Outras Despesas 0,00 
(=) Resultado antes do IR e CSLL (181.790) 
Gabarito: Errado 
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12. (CESPE/TJ-SE/2014) Considerando-se os dados apresentados na tabela abaixo, relativos a uma empresa 
comercial, é correto afirmar que a demonstração do resultado do período apresentará lucro bruto superior 
a R$ 300.000,00. 
 
Comentários 
Trata-se de uma típica questão de cálculo da DRE. Pessoal, é de suma importância o conhecimento da 
estrutura da DRE. Sem esse conhecimento fica inviável resolvermos as questões. Efetuando o cálculo, temos: 
Faturamento 543.200 
(-) IPI no faturamento (27.000) 
(=) Receita Operacional Bruta 516.200 
(-) Devolução de vendas (10.800) 
(-) ICMS s/ vendas (43.400) 
(-) Abatimento de vendas (5.500) 
(=) Receita Operacional Líquida 456.500 
(-) CMV* (131.500) 
(=) Lucro Bruto 325.000 
* Cálculo do CMV 
CMV = Estoque Inicial + Compras Líquidas – Estoque Final 
CMV = 32.000 + (100.000 + 20.000 - 14.000) - 6.500 
CMV = 131.500 
Logo, é correto afirmar que a demonstração do resultado do período apresentará lucro bruto superior a R$ 
300.000,00, pois R$ 325.000,00 é maior que R$ 300.000,00. 
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e
 
 
 
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Gabarito: Certo 
13. (CESPE/SEFAZ-ES/2010) O valor do lucro bruto é determinado por meio da dedução do valor do custo 
das mercadorias e serviços do valor da receita líquida do período. 
Comentários 
Observe que o simples conhecimento da estrutura da DRE resolve o nosso problema. Estruturando a DRE até 
o lucro bruto, temos: 
Demonstração do Resultado do Exercício (Lei n. 6.404/76) 
Faturamento Bruto 
(-) IPI faturado 
(=) Receita Operacional Bruta 
(-) devoluções e vendas canceladas 
(-) abatimentos concedidos e descontos incondicionais 
(-) impostos e contribuições sobre as vendas e serviços (ICMS, ISS, Cofins, PIS/Pasep) 
(=) Receita Operacional Líquida 
(-) Custo da Mercadoria Vendida e dos Serviços Prestados 
(=) Resultado Operacional Bruto 
Logo, podemos afirmar que o valor do lucro bruto é determinado por meio da dedução do valor do custo das 
mercadorias e serviços do valor da receita líquida do período. 
Gabarito: Certo 
14. (CESPE/FUB/2014) O lucro bruto é o resultado da receita bruta das vendas deduzidas as devoluções, os 
cancelamentos, os abatimentos, os impostos sobre vendas e o custo das mercadorias vendidas. 
Comentários 
Para fixar! O item apenas descreve a estrutura da DRE até o lucro bruto. 
Demonstração do Resultado do Exercício (Lei nº 6.404/76) 
Faturamento Bruto 
(-) IPI faturado 
(=) Receita Operacional Bruta 
(-) devoluções e vendas canceladas 
(-) abatimentos concedidos e descontos incondicionais 
(-) impostos e contribuições sobre as vendas e serviços (ICMS, ISS, Cofins, PIS/Pasep) 
(=) Receita Operacional Líquida 
(-) Custo da Mercadoria Vendida e dos Serviços Prestados 
(=) Resultado Operacional Bruto 
Gabarito: Certo 
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15. (CESPE/MEC/2014) Lucro bruto é a diferença entre a receita de vendas líquida e o custo dos produtos e 
mercadorias vendidos e(ou) dos serviços prestados. Lucro líquido operacional é o valor do lucro antes de 
computados os resultados não operacionais e as despesas financeiras. 
Comentários 
A primeira parte da questão está certa, pois realmente o lucro bruto é calculado pela diferença entre a 
receita de vendas líquida (receita operacional líquida) e o CMV/CSP. Porém, a segunda parte da questão está 
errada. Observe novamente a estrutura da DRE: 
Demonstração do Resultado do Exercício (Lei n. 6.404/76) 
Faturamento Bruto 
(-) IPI faturado 
(=) Receita Operacional Bruta 
(-) devoluções e vendas canceladas 
(-) abatimentos concedidos e descontos incondicionais 
(-) impostos e contribuições sobre as vendas e serviços (ICMS, ISS, Cofins, PIS/Pasep) 
(=) Receita Operacional Líquida 
(-) Custo da Mercadoria Vendida e dos Serviços Prestados 
(=) Resultado Operacional Bruto 
(-) Despesas Operacionais 
- Despesas com vendas 
- Despesas gerais e administrativas 
- Despesas financeiras 
- Resultado negativo de equivalência patrimonial 
- Variações monetárias passivas 
(+) Receitas Operacionais 
+ Receitas financeiras 
+ Resultado positivo de equivalência patrimonial 
+ Variações monetárias ativas 
+ Receitas de aluguel 
+ Dividendos recebidos (investimentos avaliados pelo custo) 
(=) Resultado Operacional Líquido 
Veja que no cálculo do resultado operacional líquido (lucro líquido operacional) entram as despesas 
financeiras. Quanto aos resultados não operacionais no decorrer da aula trataremos com maiores detalhes. 
Por ora saiba que não há mais a segregação em operacional e não operacional. 
Gabarito: Errado 
16. (CESPE/PF/2014) O lucro bruto evidenciado na demonstração do resultado do exercício, representado 
pela diferença entre a receita líquida de vendas e o custo das mercadorias vendidas, é um exemplo da 
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aplicação da simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas, a qual se constitui como 
um pressuposto do princípio da competência. 
Comentários 
Conforme já sabemos, o lucro bruto de fato é evidenciado na DRE por meio da diferença entre a receita 
líquida de vendas e o CMV. Além disso, o regime de competência pressupõe a simultaneidade da 
confrontação de receitas e de despesas correlatas. 
Gabarito: Certo 
A partir da tabela abaixo, julgue os itens que se seguem, com base na legislação societária e nos critérios de 
elaboração da DRE. 
 
17. (CESPE/Suframa/2014) O lucro bruto da empresa é superior a R$ 750 milhões. 
Comentários 
Elaborando a DRE, temos: 
Receita de Vendas 1.879,40 
(-) Tributos sobre Vendas (300,00) 
(=) Receita Líquida 1.579,40 
(-) CMV (820,00) 
(=) Resultado Bruto 759,40 
Percebe-se que houve um lucro bruto de R$ 759,4 milhões, portanto, maior que R$ 750 milhões. 
Gabarito: Certo 
18. (CESPE/Suframa/2014) Considere que a tributação sobre o lucro represente 40% do lucro contábil da 
empresa. Nesse caso, o valor do tributo será superior a R$ 190 milhões. 
Comentários 
Receita de Vendas 1.879,40 
(-) Tributos sobre Vendas (300,00) 
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(=) Receita Líquida 1.579,40 
(-) CMV (820,00) 
(=) Resultado Bruto 759,40 
(-) Despesas Operacionais 
Despesas Com Vendas (180,00) 
Despesas Administrativas (125,00) 
Despesas Financeiras (124,50) 
(+) Receitas Operacionais 
Receitas Financeiras 93,00 
(+/-) Outras Receitas/Despesas 
Ganhos de Capital 5,00 
Receita Equivalência Patrimonial 35,00 
(=) Resultado Antes do IR/CSLL 462,90 
(-) Tributação sobre o Lucro (40%)185,16 
(=) Resultado Antes das Participações 277,74 
(-) Participações 0,00 
(=) Lucro Líquido do Exercício 277,74 
Observe que o valor do tributo é inferior a R$ 190 milhões. 
Gabarito: Errado 
19. (CESPE/TCU/2013) Determinada empresa comercial levantou, ao final do mês, os saldos contábeis 
apresentados a seguir, cujos valores estão em reais. Nesse caso, o custo da mercadoria vendida no mês é 
superior a R$ 4.300 e o lucro bruto é inferior a R$ 3.000. 
 
Comentários 
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Primeiramente, vamos calcular o valor do Custo das Mercadorias Vendidas (CMV): 
CMV = Estoque Inicial + Compras Líquidas – Estoque Final 
CMV = 1.000 + (5.000 – 100 – 300) – 1.000 
CMV = 4.600,00 
Logo, o CMV é maior que R$ 4.300,00. Até aqui o item está certo. 
Agora, vamos calcular o valor do Lucro Bruto: 
Venda de Mercadorias 9.200,00 
(-) Devolução de vendas (400,00) 
(-) ICMS sobre vendas (1.500,00) 
(=) Venda líquida 7.300,00 
(-) CMV (4.600,00) 
(=) Lucro bruto 2.700,00 
Logo, o lucro bruto realmente é menor que R$ 3.000,00 
Lembre-se que ICMS a recolher (obrigação/passivo) e ICMS a recuperar (direito/ativo) são contas 
patrimoniais e, portanto, não entram no cômputo do resultado do exercício. 
Gabarito: Certo 
2.1.6. Despesas Operacionais e Financeiras 
20. (CESPE/DPU/2016) Os juros pagos a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital 
próprio, poderão ser deduzidos na demonstração do resultado do exercício, sendo seu cálculo realizado 
sobre as contas do patrimônio líquido ajustado e limitado à variação, pro rata dia, da taxa de juros de longo 
prazo (TJLP). 
Comentários 
Os Juros sobre o Capital Próprio (JCP) são debitados em Despesas Financeiras, reduzindo o lucro a ser 
tributado. O cálculo dessa remuneração toma por base a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Segundo o 
Manual FIPECAFI, 
A TJLP representa, parcialmente, a correção monetária do capital próprio, sendo este um fator 
positivo, mas a possibilidade de pagá-lo aos sócios pode representar, na verdade, uma 
devolução do próprio capital. 
O Manual FIPECAFI destaca, ainda, que: 
A contabilização desses JCP como Despesas Financeiras, implica graves prejuízos à 
comparabilidade das demonstrações contábeis, já que, como esses juros são facultativos, 
algumas empresas os contabilizam e outras não. Além disso, a comparabilidade fica ainda mais 
prejudicada com a limitação de seu valor à metade do lucro do período ajustado ou à metade 
dos saldos iniciais de Reservas de Lucros, fazendo com que algumas empresas não possam 
considerá-los em sua integralidade. 
Gabarito: Certo 
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2.1.7. Outras receitas/Outras despesas 
21. (CESPE/MPU/2013) Se uma empresa vender um ativo imobilizado, ela deverá reconhecer seu resultado 
— ganho ou perda — como resultado não operacional. 
Comentários 
A questão trata sobre o grupo “outras receitas/outras despesas” da DRE. 
Outras Receitas e Outras Despesas 
Compreendem os ganhos e perdas decorrentes das baixas de bens ou de direitos classificados nos grupos 
investimentos, imobilizado e intangível. Refere-se às antigas “Receitas Não Operacionais” e “Despesas Não 
Operacionais”. 
Nesse ponto, vale destacar o seguinte: 
Não há mais na Demonstração do Resultado do Exercício a expressão “resultados não operacionais”. 
Segundo o Manual FIPECAFI, 
A antiga classificação entre Resultado Operacional e Não Operacional não existe nas normas 
internacionais e nem mesmo mais na Lei das Sociedades por Ações; assim, deixou de existir no 
Brasil, passando a existir a segregação entre Resultados de Operações Continuadas e 
Resultados de Operações Descontinuadas. O art. 187 da Lei das Sociedades por Ações que antes 
abordava o "lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais", com a 
nova redação dada pela Lei nº 11.941/09, trata apenas do "lucro ou prejuízo operacional, 
outras receitas e outras despesas". 
[..] 
No entanto, para fins tributários, a segregação entre Resultado Operacional e Não Operacional 
continua a existir, em função de várias figuras fiscais, como lucro de exploração e outras. 
Portanto, os ganhos e perdas decorrentes das baixas de bens ou de direitos classificados nos grupos 
investimentos, imobilizado e intangível atualmente devem ser considerados como “outras receitas/outras 
despesas”. Do exposto, percebe-se que o item está errado. 
Gabarito: Errado 
2.1.8. Provisão para o Imposto de Renda 
22. (CESPE/TRE-ES/2011) Se determinada empresa apresentou lucro no final do exercício, a provisão para o 
imposto de renda somente deverá ser constituída após o pagamento das participações estatutárias. 
Comentários 
Pessoal, essa questão o candidato resolvia apenas lembrando a estrutura da DRE. A Provisão para o Imposto 
de Renda é calculada antes das participações estatutárias. 
Gabarito: Errado 
2.1.9. Participações Estatutárias 
23. (CESPE/TCM-BA/2018) Conforme o disposto na Lei n. 6.404/1976, a participação de empregados no 
resultado líquido da empresa será efetivada se houver saldo positivo após a dedução de prejuízos e imposto 
sobre a renda. 
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40 
Comentários 
Nos termos da Lei n. 6.404/76, 
Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos 
acumulados e a provisão para o Imposto sobre a Renda. 
Gabarito: Certo 
24. (CESPE/TCM-BA/2018) A empresa Catex S.A., quando da finalização de seu resultado ao final do ano, 
apresentava lucro de R$ 288.500, antes do imposto sobre a renda, o qual seria de R$ 43.275. Na empresa, 
há acordo de participação nos resultados para empregados e diretores nos percentuais de 10% e 5%, 
respectivamente. 
Nessa situação hipotética, considerando-se o disposto na Lei n. 6.404/1976, o valor total a ser distribuído 
aos diretores é igual a R$ 11.035,13. 
Comentários 
Efetuando os cálculos, temos: 
Resultado antes do IR/CSLL 288.500,00 
(-) IR/CSLL (43.275,00) 
(=) Lucro antes das participações 245.225,00 
(-) Participação Empregados (10%) (24.522,50) 
(=) Base cálculo part. Adm. 220.702,50 
(-) Participação Administradores* (5%) 11. 035,13 
*Administradores = Diretores 
Gabarito: A 
25. (CESPE/ABIN/2018) Para fins de apuração da base de cálculo das participações estatutárias, o prejuízo 
acumulado e a provisão para o imposto de renda são deduzidos do resultado do exercício. Obrigatoriamente, 
a absorção do prejuízo deverá obedecer à seguinte ordem: lucros acumulados, reserva legal e reserva de 
lucros. 
Comentários 
A ordem para compensação está errada. Nos termos da Lei n. 6.404/76, 
Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos 
acumulados e a provisão para o Imposto sobre a Renda. 
Parágrafo único. O prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, 
pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem. 
 Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para: 
I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros (artigo 189, 
parágrafo único); 
Assim, temos a seguinte ordem para absorção do prejuízo: 
1º) Lucros Acumulados 
2º) Reservas de Lucros 
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3º) Reserva Legal 
4º) Reserva de Capital 
Gabarito: Errado 
26. (CESPE/TRE-ES/2011) A demonstração do resultado do exercício não abrange a forma como o lucro 
eventualmente apuradoserá distribuído, mas inclui as participações de debêntures, empregados, 
administradores e partes beneficiárias. 
Comentários 
A DRE de fato não abrange a forma como o lucro eventualmente apurado será distribuído, pois é a 
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) que evidencia a destinação do lucro líquido. 
Ademais, segundo a Lei nº 6.404/76, 
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: 
VI − as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na 
forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de 
empregados, que não se caracterizem como despesa; 
Gabarito: Certo 
27. (CESPE/ABIN/2010) A demonstração do resultado do exercício deve discriminar, entre outros itens, as 
participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de 
instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não 
se caracterizem como despesa. 
Comentários 
Segundo o art. 187, VI da Lei n. 6.404/76, 
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: 
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na 
forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de 
empregados, que não se caracterizem como despesa; 
Gabarito: Certo 
28. (CESPE/PF/2014) Os prejuízos acumulados e a provisão para o imposto sobre a renda constituída no 
exercício devem ser deduzidos do resultado do exercício para fins de cálculo das participações estatutárias 
de empregados. 
Comentários 
Segundo o art. 189 da Lei 6.404/1976, 
Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos 
acumulados e a provisão para o Imposto sobre a Renda. 
Gabarito: Certo 
29. (CESPE/PREVIC/2011) Quando há previsão no estatuto de determinada companhia para a participação 
dos empregados no lucro apurado, essa participação deve ser paga obrigatoriamente antes das parcelas 
relativas a administradores e partes beneficiárias. 
Comentários 
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Segundo a Lei n. 6.404/76, 
Art. 190. As participações estatutárias de empregados, administradores e partes beneficiárias serão 
determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de 
deduzida a participação anteriormente calculada. 
Pessoal, quando existe previsão no estatuto de determinada entidade para a participação dos empregados 
no lucro apurado, essa participação deve ser paga obrigatoriamente antes das parcelas relativas a 
administradores e partes beneficiárias, tendo em vista o disposto acima. 
Gabarito: Certo 
30. (CESPE/MPU/2010) O estatuto social de determinada empresa define que administradores, 
debenturistas, empregados e partes beneficiárias têm direito, cada um, a 10% do lucro do exercício. 
Em determinado exercício, o lucro da empresa, após os descontos de imposto de renda e contribuição social, 
foi de R$ 485.000,00, e o prejuízo acumulado, de R$ 155.000,00. 
Considerando a situação hipotética acima apresentada, é correto afirmar que o valor da participação dos 
administradores é R$ 26.730,00. 
Comentários 
Efetuando o cálculo, temos: 
Lucro Antes das Participações 485.000,00 
(-) Prejuízo Acumulado (155.000,00) 
(=) Base de Cálculo dos Debenturistas 330.000,00 
(-) Participação dos debenturistas (10%) (33.000,00) 
(=) Base de Cálculo dos Empregados 297.000,00 
(-) Participação dos Empregados (10%) (29.700,00) 
(=) Base de Cálculo dos Administradores 267.300,00 
(-) Participação dos Administradores (10%) (26.730,00) 
(=) Base de Cálculo das Partes Beneficiárias 240.570,00 
(-) Participação das Partes Beneficiárias (10%) (24.057,00) 
Lembre-se da ordem → DEAPF 
Debêntures 
Empregados 
Administradores 
Partes Beneficiárias 
Contribuição p/ Fundos Assistência e Previdência Social dos empregados 
Gabarito: Certo 
31. (CESPE/FUB/2014) Se uma entidade distribuir lucros aos empregados e administradores, antes de apurar 
o lucro líquido do exercício, será necessário deduzir as participações de empregados e administradores, 
sucessivamente e nessa ordem. 
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Comentários 
Trata-se do entendimento disposto no art. 190 da Lei nº 6.404/76: 
Art. 190. As participações estatutárias de empregados, administradores e partes beneficiárias serão 
determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de 
deduzida a participação anteriormente calculada. 
Gabarito: Certo 
32. (CESPE/MPU/2010) O estatuto social de determinada empresa define que administradores, 
debenturistas, empregados e partes beneficiárias têm direito, cada um, a 10% do lucro do exercício. Em 
determinado exercício, o lucro da empresa, após os descontos de imposto de renda e contribuição social, foi 
de R$ 485.000,00, e o prejuízo acumulado, de R$ 155.000,00. 
Considerando a situação hipotética acima apresentada, é correto afirmar que o valor da participação dos 
debenturistas é R$ 33.000,00. 
Comentários 
 Lucro Antes das Participações 485.000,00 
(-) Prejuízo Acumulado 155.000,00) 
(=) Base de Cálculo dos Debenturistas 330.000,00 
(-) Participação dos debenturistas (10%) (33.000,00) 
(=) Base de Cálculo dos Empregados 297.000,00 
(-) Participação dos Empregados (10%) (29.700,00) 
(=) Base de Cálculo dos Administradores 267.300,00 
(-) Participação dos Administradores (10%) (26.730,00) 
(=) Base de Cálculo das Partes Beneficiárias 240.570,00 
(-) Participação das Partes Beneficiárias (10%) (24.057,00) 
Gabarito: Certo 
2.1.10. Questões que exigem conhecimentos dos Pronunciamentos Contábeis 
33. (CESPE/STM/2018) Na demonstração de resultado, apesar de a legislação societária induzir a 
apresentação da despesa por função, ela também poderá ser apresentada de acordo com a sua natureza. 
Comentários 
Segundo o CPC 26, 
As despesas devem ser subclassificadas a fim de destacar componentes do desempenho que 
possam diferir em termos de frequência, potencial de ganho ou de perda e previsibilidade. Essa 
análise dever ser proporcionada em uma das duas formas descritas a seguir, obedecidas as 
disposições legais. 
A primeira forma de análise é o método da natureza da despesa. As despesas são agregadas na 
demonstração do resultado de acordo com a sua natureza (por exemplo, depreciações, 
compras de materiais, despesas com transporte, benefícios aos empregados e despesas de 
publicidade), não sendo realocados entre as várias funções dentro da entidade. Esse método 
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pode ser simples de aplicar porque não são necessárias alocações de gastos a classificações 
funcionais. 
A segunda forma de análise é o método da função da despesa ou do “custo dos produtos e 
serviços vendidos”, classificando-se as despesas de acordo com a sua função como parte do 
custo dos produtos ou serviços vendidos ou, por exemplo, das despesas de distribuição ou das 
atividades administrativas. No mínimo, a entidade deve divulgar o custo dos produtos e 
serviços vendidos segundo esse método separadamente das outras despesas. Esse método 
pode proporcionar informação mais relevante aos usuários do que a classificação de gastos por 
natureza, mas a alocação de despesas às funções pode exigir alocações arbitrárias e envolver 
considerável julgamento. 
Atualmente, por força da Lei n. 6.404/76, as empresas utilizam o método da função da despesa (funcional). 
Gabarito: Certo 
34. (CESPE/ABIN/2018)Na demonstração de resultado do exercício (DRE), as despesas devem ser 
subclassificadas. A escolha da classificação dos gastos pela função da despesa ou pelos gastos por natureza 
está baseada na capacidade de o método proporcionar informação mais confiável e mais relevante à 
entidade, cumpridas as determinações legais. 
Comentários 
Trata-se de exigência do item 105 do CPC 26, senão vejamos: 
A escolha entre o método da função das despesas e o método da natureza das despesas 
depende de fatores históricos e setoriais e da natureza da entidade. Ambos os métodos 
proporcionam uma indicação das despesas que podem variar, direta ou indiretamente, com o 
nível de vendas ou de produção da entidade. Dado que cada método de apresentação tem seu 
mérito conforme as características de diferentes tipos de entidade, este Pronunciamento 
Técnico estabelece que cabe à administração eleger o método de apresentação mais relevante 
e confiável, atendidas as exigências legais. Entretanto, dado que a informação sobre a natureza 
das despesas é útil ao prever os futuros fluxos de caixa, é exigida divulgação adicional quando 
for usada a classificação com base no método da função das despesas. 
Gabarito: Certo 
35. (CESPE/MPU/2013) As sociedades anônimas de capital aberto devem iniciar a apresentação da DRE pela 
receita líquida. 
Comentários 
Observe que quando a banca fala “conforme normatização contábil em vigor”, devemos considerar na 
resolução os Pronunciamentos do CPC. Assim, de acordo com o CPC 26, 
82. A demonstração do resultado do período deve, no mínimo, incluir as seguintes rubricas, 
obedecidas também as determinações legais: 
(a) receitas; 
(b) custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos; 
(c) lucro bruto; 
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40 
[...] 
O item (a) acima descrito refere-se à receita líquida e não à receita bruta. De acordo com o CPC 30 – Receitas, 
para fins de divulgação na Demonstração do Resultado do Exercício, a receita inclui somente os ingressos 
brutos de benefícios econômicos recebidos e a receber pela entidade quando originários de suas próprias 
atividades. As quantias cobradas por conta de terceiros – tais como tributos sobre vendas, tributos sobre 
bens e serviços e tributos sobre valor adicionado não são benefícios econômicos que fluam para a entidade 
e não resultam em aumento do patrimônio líquido. Portanto, são excluídos da receita. 
A divulgação da receita na Demonstração do Resultado do Exercício deve ser feita a partir das receitas 
conforme conceituadas nesta Norma. A entidade deve fazer uso de outras contas de controle interno, como 
“Receita Bruta Tributável”, para fins fiscais e outros. 
Em suma: 
Lei das S.As (Lei 6404/76): inicia a DRE a partir da Receita Bruta, demonstrando as deduções de vendas para 
chegar na receita líquida. 
CPC 26: já inicia da Receita Líquida. Na prática, observa-se que as empresas estão publicando suas 
Demonstrações do Resultado iniciando da receita líquida, conforme modelo preconizado no CPC 26. 
Gabarito: Certo 
36. (CESPE/FUB/2014) A demonstração do resultado do exercício (DRE) inicia-se pela receita líquida de 
vendas e não apresenta a receita bruta e as deduções da receita. 
Comentários 
Para fixar! Observe que a questão se refere ao CPC e, conforme estudamos, a estrutura da DRE segundo o 
CPC é diferente daquela prevista pela legislação societária. Lembre-se que enquanto a Lei n. 6.404/76 inicia 
a DRE a partir da Receita Bruta, o CPC 26 já inicia da Receita Líquida. 
Gabarito: Certo 
37. (CESPE/ANTAQ/2014) A elaboração da demonstração do resultado do exercício pelo método funcional 
não exime a empresa da divulgação adicional de informações das despesas segundo sua natureza. 
Comentários 
Trata-se de exigência do disposto no CPC 26, senão vejamos: 
104. As entidades que classificarem os gastos por função devem divulgar informação adicional sobre 
a natureza das despesas, incluindo as despesas de depreciação e de amortização e as despesas com 
benefícios aos empregados. 
Gabarito: Certo 
38. (CESPE/TRE-ES/2011) Entre as circunstâncias que possibilitam a exclusão de determinados itens dos 
resultados líquidos do período, incluem-se a correção de erros e o efeito de alterações nas políticas 
contábeis. 
Comentários 
Pessoal, a questão exige conhecimentos do disposto no CPC 26, senão vejamos: 
89. Alguns Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações do CPC especificam 
circunstâncias em que determinados itens podem ser excluídos dos resultados líquidos do 
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período. O Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e 
Retificação de Erro trata de duas dessas circunstâncias, a saber: a correção de erros e o efeito 
de alterações nas políticas contábeis. Outros Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e 
Orientações do CPC requerem ou permitem que outros resultados abrangentes que se 
enquadram na definição de receitas e despesas da Estrutura Conceitual para Elaboração e 
Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro sejam excluídos do resultado líquido. 
Cabe destacar que todos os itens de receitas e despesas devem ser reconhecidos nos períodos a que se 
referirem no resulto do período a menos que um ou mais Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e 
Orientações do CPC requeiram ou permitam procedimento diverso. Exemplo dessa situação é justamente o 
disposto acima. 
Gabarito: Certo 
39. (CESPE/CADE/2014) Mesmo que a empresa sofra efeitos de várias atividades, transações e outros 
eventos que se distingam em termos de frequência, potencial de ganho ou perda e previsibilidade, a 
divulgação dos componentes do desempenho não ocorrerá na demonstração do resultado do exercício 
(DRE), visto que a sua estrutura não permite alteração das nomenclaturas e da ordem prevista em 
pronunciamento técnico próprio. 
Comentários 
Segundo o CPC 26, 
85. Outras rubricas e contas, títulos e subtotais devem ser apresentados na demonstração do 
resultado abrangente e na demonstração do resultado do período quando tal apresentação for 
relevante para a compreensão do desempenho da entidade. 
86. Em função dos efeitos das várias atividades, transações e outros eventos da entidade 
diferirem em termos de frequência, potencial de ganho ou perda e previsibilidade, a divulgação 
dos componentes do desempenho ajuda na compreensão do desempenho alcançado e a fazer 
projeções de futuros resultados. Outras rubricas devem ser incluídas na demonstração do 
resultado abrangente e na demonstração do resultado do período, sendo as nomenclaturas 
utilizadas e a ordenação das rubricas modificadas quando seja necessário para explicar os 
elementos de seu desempenho. Os fatores a serem considerados incluem a relevância, a 
natureza e a função dos componentes das receitas e despesas dessas demonstrações. Por 
exemplo, uma instituição financeira modifica as nomenclaturas acima referidas a fim de 
fornecer a informação que é relevante para as operações de uma instituição financeira [...].. 
Gabarito: Errado 
 
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3 – LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS 
1. (CESPE/FUB/2014) O objetivo da DRE é evidenciar o desempenho da entidade. Essa demonstração é uma 
representação estruturada do total das receitas deduzidas as despesas e também abrange os ganhos e as 
perdas do período. 
2. (CESPE/FUB/2014) De acordo com o regime de competência, a confrontação das receitas com as despesas 
deve ser realizada considerando as entradas e as saídas de caixa no período. 
3. (CESPE/SEFAZ-ES/2010) Na determinação do resultado do exercício, os valoresdas receitas e dos 
rendimentos ganhos no período somente serão computados quando forem realizados. 
4. (CESPE/TCU/2015) O custo das mercadorias vendidas é mensurado e apresentado de forma a demonstrar 
ao usuário, na DRE, o custo dos produtos acabados e o custo dos produtos em elaboração. 
 
Considerando as informações acima, extraídas da demonstração do resultado ao final do exercício social de 
determinada empresa comercial, julgue o item subsequente. 
5. (CESPE/MPU/2010) As deduções da receita (vendas canceladas, abatimentos e impostos incidentes 
sobre vendas) são inferiores a R$ 200.000,00. 
6. (CESPE/SUFRAMA/2014) Na DRE de uma empresa comercial, para a apuração do lucro bruto operacional, 
as deduções das vendas e o custo das mercadorias vendidas são subtraídos diretamente da receita bruta de 
vendas. 
7. (CESPE/ANAC/2012) Suponha que determinada empresa ofereça um desconto de 6% sobre o valor das 
vendas realizadas a crédito caso seus clientes paguem suas parcelas com até dez dias de antecipação em 
relação ao vencimento. Nessa situação, ao elaborar a demonstração do resultado do exercício, a empresa 
deve deduzir o valor dos descontos concedidos da receita bruta. 
8. (CESPE/SEFAZ-ES/2010) O valor da receita líquida é apurado deduzindo-se do valor da receita bruta das 
vendas e serviços os valores das deduções das vendas, dos abatimentos e dos impostos. 
9. (CESPE/ANAC/2012) A receita líquida é calculada pela subtração das despesas operacionais na receita 
bruta. 
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10. (CESPE/FUB/2014) Considere que a empresa Core S.A. tenha gerado, no período, receita bruta de vendas 
de R$ 1.500, despesa de salários de R$ 100, despesa de depreciação de R$ 50, custo das mercadorias 
vendidas de R$ 675, despesa de ICMS de R$ 200, despesa de COFINS de R$ 50 e vendas canceladas de R$ 
100. Nessa situação hipotética, o valor da apuração da receita líquida dessa empresa, no período, será 
superior a R$ 1.100. 
11. (CESPE/TCU/2015) Situação hipotética: As seguintes informações constam da demonstração do 
resultado do exercício da empresa XYZ S.A. referente ao exercício de 2014. 
 
Assertiva: De acordo com esses dados, ao final do exercício de 2014, o lucro bruto apurado pela companhia 
foi superior a R$ 1.000.000,00 e o resultado anterior aos tributos sobre o lucro correspondeu a um prejuízo 
superior a R$ 200.000,00. 
12. (CESPE/TJ-SE/2014) Considerando-se os dados apresentados na tabela abaixo, relativos a uma empresa 
comercial, é correto afirmar que a demonstração do resultado do período apresentará lucro bruto superior 
a R$ 300.000,00. 
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13. (CESPE/SEFAZ-ES/2010) O valor do lucro bruto é determinado por meio da dedução do valor do custo 
das mercadorias e serviços do valor da receita líquida do período. 
14. (CESPE/FUB/2014) O lucro bruto é o resultado da receita bruta das vendas deduzidas as devoluções, os 
cancelamentos, os abatimentos, os impostos sobre vendas e o custo das mercadorias vendidas. 
15. (CESPE/MEC/2014) Lucro bruto é a diferença entre a receita de vendas líquida e o custo dos produtos e 
mercadorias vendidos e(ou) dos serviços prestados. Lucro líquido operacional é o valor do lucro antes de 
computados os resultados não operacionais e as despesas financeiras. 
16. (CESPE/PF/2014) O lucro bruto evidenciado na demonstração do resultado do exercício, representado 
pela diferença entre a receita líquida de vendas e o custo das mercadorias vendidas, é um exemplo da 
aplicação da simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas, a qual se constitui como 
um pressuposto do princípio da competência. 
A partir da tabela abaixo, julgue os itens que se seguem, com base na legislação societária e nos critérios de 
elaboração da DRE. 
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17. (CESPE/Suframa/2014) O lucro bruto da empresa é superior a R$ 750 milhões. 
18. (CESPE/Suframa/2014) Considere que a tributação sobre o lucro represente 40% do lucro contábil da 
empresa. Nesse caso, o valor do tributo será superior a R$ 190 milhões. 
19. (CESPE/TCU/2013) Determinada empresa comercial levantou, ao final do mês, os saldos contábeis 
apresentados a seguir, cujos valores estão em reais. Nesse caso, o custo da mercadoria vendida no mês é 
superior a R$ 4.300 e o lucro bruto é inferior a R$ 3.000. 
 
20. (CESPE/DPU/2016) Os juros pagos a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital 
próprio, poderão ser deduzidos na demonstração do resultado do exercício, sendo seu cálculo realizado 
sobre as contas do patrimônio líquido ajustado e limitado à variação, pro rata dia, da taxa de juros de longo 
prazo (TJLP). 
21. (CESPE/MPU/2013) Se uma empresa vender um ativo imobilizado, ela deverá reconhecer seu resultado 
— ganho ou perda — como resultado não operacional. 
22. (CESPE/TRE-ES/2011) Se determinada empresa apresentou lucro no final do exercício, a provisão para o 
imposto de renda somente deverá ser constituída após o pagamento das participações estatutárias. 
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23. (CESPE/TCM-BA/2018) Conforme o disposto na Lei n. 6.404/1976, a participação de empregados no 
resultado líquido da empresa será efetivada se houver saldo positivo após a dedução de prejuízos e imposto 
sobre a renda. 
24. (CESPE/TCM-BA/2018) A empresa Catex S.A., quando da finalização de seu resultado ao final do ano, 
apresentava lucro de R$ 288.500, antes do imposto sobre a renda, o qual seria de R$ 43.275. Na empresa, 
há acordo de participação nos resultados para empregados e diretores nos percentuais de 10% e 5%, 
respectivamente. 
Nessa situação hipotética, considerando-se o disposto na Lei n. 6.404/1976, o valor total a ser distribuído 
aos diretores é igual a R$ 11.035,13. 
25. (CESPE/ABIN/2018) Para fins de apuração da base de cálculo das participações estatutárias, o prejuízo 
acumulado e a provisão para o imposto de renda são deduzidos do resultado do exercício. Obrigatoriamente, 
a absorção do prejuízo deverá obedecer à seguinte ordem: lucros acumulados, reserva legal e reserva de 
lucros. 
26. (CESPE/TRE-ES/2011) A demonstração do resultado do exercício não abrange a forma como o lucro 
eventualmente apurado será distribuído, mas inclui as participações de debêntures, empregados, 
administradores e partes beneficiárias. 
27. (CESPE/ABIN/2010) A demonstração do resultado do exercício deve discriminar, entre outros itens, as 
participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de 
instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não 
se caracterizem como despesa. 
28. (CESPE/PF/2014) Os prejuízos acumulados e a provisão para o imposto sobre a renda constituída no 
exercício devem ser deduzidos do resultado do exercício para fins de cálculo das participações estatutárias 
de empregados. 
29. (CESPE/PREVIC/2011) Quando há previsão no estatuto de determinada companhia para a participação 
dos empregados no lucro apurado, essa participação deve ser paga obrigatoriamente antes das parcelas 
relativas a administradores e partes beneficiárias. 
30. (CESPE/MPU/2010) O estatuto social de determinada empresa define que administradores, 
debenturistas, empregados e partes beneficiárias têm direito, cada um, a 10% do lucro do exercício. 
Em determinado exercício, o lucro da empresa, após os descontos de imposto de renda e contribuição social, 
foi de

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