Buscar

Livro de metodologia científica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

nas Áreas das Ciências Biológicas e da Saúde
Haroldo Ferreira
Outros Títulos de Interesse
A Odontologia à Luz do Direito
André Luis Nigre 
A Prática Médica no Interior do Brasil
Clóvis Eduardo Ramos Tomasi
Bioética e Enfermagem
William Malagutti
Elaboração de Teses e Dissertações
Fátima Namen
Ética, Pesquisa e Políticas Públicas
Flavia Mori Sarti /
Gislene Aparecida dos Santos
Nutrição Experimental
Tereza Ibrahim
O Atuar do Cirurgião-Dentista
André Luis Nigre
O Atuar Médico – Direitos e
Obrigações, 3a ed.
André Luis Nigre
Saiba mais sobre estes e outros títulos em 
nosso site: www.rubio.com.br
Sobre o Autor
Nutricionista pela Universidade Federal 
de Pernambuco (UFPE).
Especialista em Saúde Materno-Infantil 
pela Universidade de São Paulo (USP).
Mestre em Nutrição pela UFPE.
Doutor em Saúde Pública pela Fundação 
Oswaldo Cruz (FioCruz).
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do 
CNPq.
Professor Associado da Faculdade de Nu-
trição (FANUT) da Universidade Federal 
de Alagoas (UFAL).
Professor Permanente do Programa de 
Pós-Graduação em Nutrição da FANUT/
UFAL.
Conselheiro do Conselho Nacional de Se-
gurança Alimentar e Nutricional (CONSEA).
Conselheiro do Conselho Estadual de Segu-
rança Alimentar e Nutricional de Alagoas.
Presidente da Associação Alagoana de Nu-
trição (ALNUT).
H
a
r
o
l
d
o
 
F
e
r
r
e
i
r
a
Como transpor os resultados de seus estudos da maneira correta quan-
do é chegado o momento de redigir um trabalho? As orientações sobre 
a confecção de trabalhos acadêmicos são tantas e tão dispersas que o 
objetivo deste manual, completo e elucidativo, é ser a base para a con-
sulta de normas e preceitos que permeiam a redação científi ca.
Nesse ponto, Redação de Trabalhos Acadêmicos nas Áreas das Ciências 
Biológicas e da Saúde visa suprir a necessidade, presente em todas as 
áreas acadêmicas, de uniformizar e tornar inteligíveis as publicações 
científi cas. Deu-se tratamento especial às normas que regem os traba-
lhos publicados no campo das Ciências Biológicas e da Saúde, podendo 
também servir de guia para a padronização de trabalhos em outras áreas 
de conhecimento.
São apresentadas, de forma objetiva e didática, questões relativas aos 
projetos de pesquisa, trabalhos de conclusão de curso de graduação, 
dissertações, teses e artigos de revisão, além de diretrizes para a utili-
zação dos programas Word® e PowerPoint® e a pesquisa em sites, como 
PubMed, SciELO e BIREME. Em outras palavras, um item fundamental 
para elaborar trabalhos acadêmicos.
Redação de
Trabalhos Acadêmicos
n
a
s
 
Á
r
e
a
s
 
d
a
s
 
C
i
ê
n
c
i
a
s
 
B
i
o
l
ó
g
i
c
a
s
 
e
 
d
a
 
S
a
ú
d
e
R
e
d
a
ç
ã
o
 
d
e
 
T
r
a
b
a
l
h
o
s
 
A
c
a
d
ê
m
i
c
o
s
Capa – Redação de Trabalhos Acadêmicos.indd 1Capa – Redação de Trabalhos Acadêmicos.indd 1 18/10/2011 12:19:5118/10/2011 12:19:51
Redação de Trabalhos Acadêmicos nas 
Áreas das Ciências Biológicas e da Saúde
HARoldo dA SilvA FeRReiRA
Nutricionista pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Especialista em Saúde Materno-Infantil pela Universidade de São Paulo (USP).
Mestre em Nutrição pela UFPE.
Doutor em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz).
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq.
Professor Associado da Faculdade de Nutrição (FANUT) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da FANUT/UFAL.
Conselheiro do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA).
Conselheiro do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional de Alagoas.
Presidente da Associação Alagoana de Nutrição (ALNUT).
Redação de Trabalhos Acadêmicos nas Áreas das Ciências Biológicas e da Saúde
Copyright © 2012 Editora Rubio Ltda.
ISBN 978-85-64956-05-6
Todos os direitos reservados.
É expressamente proibida a reprodução
desta obra, no todo ou em partes,
sem a autorização por escrito da Editora.
Produção e Capa
Equipe Rubio
editoração eletrônica
Elza Maria da Silveira Ramos
dados internacionais de Catalogação na Publicação (CiP) 
(Câmara Brasileira do livro, SP, Brasil)
Ferreira, Haroldo da Silva 
 Redação de trabalhos acadêmicos nas áreas das ciências biológicas 
e da saúde / Haroldo da Silva Ferreira. -- Rio de Janeiro : Editora Rubio,
2011.
  Bibliografia.
 ISBN 978-85-64956-05-6
  1. Monografias acadêmicas - Redação 2. Pesquisa - Metodologia 3. Saúde - Pesquisa  
4. Trabalhos de Conclusão de Cursos (TCC) I. Título. 
 
11-11526 CDD-001.42
Índices para catálogo sistemático:
1. Monografias acadêmicas : Produção : Metodologia da pesquisa  001.42
2. Pesquisa : Metodologia  001.42
3. Trabalhos de conclusão de curso de graduação :  
Produção : Metodologia da pesquisa  001.42
Editora Rubio Ltda.
Av. Franklin Roosevelt, 194 s/l 204 – Castelo
20021-120 – Rio de Janeiro – RJ
Telefax: 55(21) 2262-3779 • 2262-1783
E-mail: rubio@rubio.com.br
www.rubio.com.br
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Ao meu pai (in memoriam), Aristides Miguel, que foi um exemplo de 
obstinação em busca de seus objetivos.
À minha mãe, Neusa Ferreira, cujo colo, até hoje, representa meu porto 
seguro.
À minha esposa, Monica Lopes, que sempre me deu carinho e apoio 
incondicional.
Às minhas filhas, Suzana Danielly, Juliana Maria, Carla Mariana, Maria 
Clara; ao meu filho, João Pedro; e à minha neta, Flavinha, que são a 
razão da minha vida.
A todos, dedico este trabalho com muito amor e carinho.
dedicatória
Ao meu colega de trabalho, Prof. José de Souza Leão, que fez a leitura 
crítica da versão preliminar e participou com valiosas sugestões.
À Profa. Monica Lopes, que contribuiu na edição das figuras apresenta-
das no Capítulo 6, Informática Aplicada à Investigação Científica.
Aos meus alunos que, em sua ânsia de aprender, sempre me motivaram 
a fazer o mesmo.
Aos profissionais da Editora Rubio, que em muito melhoraram o conteú- 
do do texto final do livro com seu minucioso trabalho de revisão e suas 
inúmeras sugestões apresentadas.
A todos, os meus mais sinceros agradecimentos.
Agradecimentos
O fazer ciência envolve um conjunto de normas, protocolos e rubricas 
próprias, a fim de que este se faça uniforme e democraticamente inter-
cambiado entre a comunidade de cientistas, leitores, pesquisadores e 
seus difusores.
Neste sentido, a questão da linguagem da ciência se torna primor-
dial. Desvios do padrão de conhecimento compartilhado podem provo-
car incompreensões mútuas e recíprocas, capazes de prejudicar o esfor-
ço de partilha implícito em toda a atividade de pesquisa.
Assim, Redação de Trabalhos Acadêmicos nas Áreas das Ciências Bio-
lógicas e da Saúde se reveste de importância e valia ímpares. Se em to-
das as áreas há a premissa da necessária uniformização das publicações 
científicas rumo à disseminação inteligível do conhecimento; no campo 
das Ciências Biológicas e da Saúde, este esforço se torna ainda mais per-
tinente.
A contemporaneidade nos oferta conquistas inegáveis e inimaginá-
veis em todos os campos do saber. E nos domínios do conhecimento 
das Ciências Biológicas e da Saúde, este conhecimento cada vez mais se 
amplia e se refina, com colaboração indelével da academia, das universi-
dades e dos centros de pesquisa.
Seja em nível de graduação ou de pós-graduação, a diversidade de 
trabalhos acadêmicos nesta seara vem experimentando uma valiosa e 
producente elevação quantitativa e qualitativa. Ressalte-se o fato de que 
o volume de publicações – de papers a teses de doutorado – vem tam-
bém registrando grande crescimento, em especial em nosso país. Nossa 
Universidade Federal de Alagoas se orgulha em também integrar este 
contexto de produção científica em crescente.
Quantos alunos e alunas de graduação e de pós-graduação não são 
acometidos por dúvidas quanto à forma correta de redigir e de transpor 
para a superfície dos editores de textos os resultados de seus estudos?
Quantos alunos e alunas não são vitimados pelo caráter disperso das 
orientações quanto a estaescrita, nem sempre aglutinadas de modo didáti-
co e aprofundado em uma única publicação guia, completa e elucidativa?
E são justamente estas lacunas que a presente publicação pretende 
preencher e preenche com clareza e justiça. O empreendimento de es-
Prefácio
clarecer tópicos do vasto universo da metodologia científica é um dos 
meios para se primar pela qualidade indispensável e pela contundên-
cia salutar no desenvolvimento científico e tecnológico. Daí, trabalhos 
como este, redigido com empenho pelo professor Haroldo da Silva 
Ferreira, possuem o valor imensurável de contribuir, de modo global, 
com a ciência e com a academia.
Ressalte-se que a dimensão da presente obra não se resume ao texto 
científico em si, como comumente se conhece. Isto porque a abordagem 
do professor Haroldo trata desde a proposição do projeto de pesqui-
sa, etapa essencial em qualquer itinerário de descoberta e investigação 
científica, à apresentação de trabalhos com recursos computacionais de 
multimídia, há muito comuns no universo de escolas e universidades.
Se a meta alagoana – e também nacional – é aumentar os índices 
de formação em nível superior na graduação e na pós-graduação com 
garantia de qualidade e de inserção no cenário brasileiro e mundial, te-
mos com esta publicação um elemento de diferencial competitivo. Isto 
porque ao ofertar generosamente o passo a passo rumo a tornar público 
os resultados de horas, dias, meses e anos de dedicação a um objeto de 
pesquisa, este manual extrapola seus objetivos formais compondo uma 
ampla diretriz de apresentação do conhecimento elaborado por pesqui-
sadores das Ciências Biológicas e da Saúde.
Possamos contar em nossa Universidade Federal de Alagoas, assim 
como nas demais instituições de ensino superior e pesquisa nacionais, 
com feitos valorosos como este que originou o livro. Ademais, podemos 
também ver o exemplo desta iniciativa ser disseminado entre os outros 
domínios do conhecimento e áreas de estudo, já que é fato a necessidade 
de se estimular este debate para o bem da ciência.
Honra-nos escrever estas linhas de abertura porque, além do inegá-
vel mérito acadêmico, esta obra sistematiza e coletiviza os ensinamentos 
que o professor Haroldo vem, há anos, dividindo com nossos alunos e 
alunas. Trata-se de uma obra que nasceu do solo sagrado da sala de aula 
e se expande agora em texto na busca por dirimir dúvidas e orientar 
estudantes Brasil afora.
Certamente uma iniciativa que engrandece nossa instituição, fo-
menta a produção científica e permite o diálogo de setores de estudo 
específicos com seus públicos-alvo e com os demais segmentos da socie-
dade, beneficiados com mais este apoio rumo à escrita, à leitura e à com- 
preensão da ciência.
Eurico de Barros Lôbo Filho
Vice-Reitor (2003-2011), Reitor eleito (2011-2014) 
da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
Este manual é resultado de textos produzidos pelo autor na disciplina 
“Metodologia Científica Aplicada ao Trabalho de Conclusão de Curso 
(TCC)” e no módulo “Metodologia do Trabalho Científico”, pertencen-
tes, respectivamente, ao Curso de Graduação em Nutrição e ao Mestra-
do em Nutrição da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de 
Alagoas (UFAL).
Sua publicação objetiva atender à necessidade de nortear o trabalho 
de orientadores e alunos na elaboração de trabalhos acadêmicos rea-
lizados no âmbito das instituições de ensino e pesquisa das áreas das 
Ciências Biológicas e da Saúde. Pretende-se que, com o uso deste ma-
terial, eles estejam aptos a trabalhar de acordo com as normas vigentes 
e os preceitos da redação científica, reduzindo as dificuldades e o tem-
po investido nessa tarefa. Portanto, haverá mais tempo disponível para 
maior atenção ao conteúdo e à contribuição científica advinda dessas 
investigações.
No contexto deste manual, trabalho acadêmico diz respeito aos tex-
tos elaborados por alunos, sob supervisão de um orientador, como exi-
gência curricular para conclusão de cursos, bem como os projetos de 
pesquisa que os precedem e artigos científicos que os sucedem. Serão 
abordadas em específico questões relativas aos projetos de pesquisa, tra-
balhos de conclusão de curso de graduação, dissertações, teses, artigos 
originais e artigos de revisão, documentos estes assim definidos:
 � Projeto de pesquisa: documento que descreve o planejamento de 
um processo de investigação científica, enfatizando a questão a ser 
resolvida no contexto de um tema específico e apresentando os ob-
jetivos, as razões que justificam sua realização, o caminho metodo-
lógico a ser utilizado, os recursos necessários e o cronograma de 
desenvolvimento das atividades.
 � Trabalho de conclusão de curso: documento que representa o resul-
tado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto esco-
lhido, o qual deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, do 
módulo, do estudo independente, do curso, do programa e de outros 
ministrados. É recomendado aos alunos que o tema escolhido para 
Apresentação
estudo seja um assunto ou área de interesse a ser investigado do 
qual o aluno tenha afinidade. Deve ser feito sob a coordenação de 
um orientador.*
 � Dissertação: documento que representa o resultado de um trabalho 
experimental ou da exposição de um estudo científico retrospectivo, 
de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objeti- 
vo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o 
conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade 
de sistematização do candidato. É feito sob a orientação de um dou-
tor e visa à obtenção do título de mestre.*
 � Tese: documento que representa o resultado de um trabalho expe-
rimental ou da exposição de um estudo científico de tema único e 
bem delimitado. Deve ser elaborado com base em investigação ori-
ginal, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em 
questão. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor) e visa 
à obtenção do título de doutor.*
 � Artigo original: divulga os resultados inéditos de pesquisas e per-
mite a reprodução destes resultados dentro das condições citadas 
no mesmo.**
 � Artigos de revisão: destinam-se à avaliação descritiva e analítica de 
um tema, tendo como suporte a literatura relevante de artigos já 
publicados, devendo-se levar em conta as relações, a interpretação e 
a crítica dos estudos analisados.**
Exceto para os artigos, tomou-se como referencial o conjunto de 
normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT), fórum oficial reconhecido pelo governo brasileiro para o es-
tabelecimento de normas técnicas e que representa o Brasil na Orga-
nização Internacional para Padronização (ISO, do inglês International 
Standards Organization).
Em virtude da atual tendência das instituições em adotar o modelo 
com inclusão de artigos em substituição ao estilo monográfico para ela-
boração dos trabalhos acadêmicos, criou-se uma seção destinada a tratar 
dessa abordagem. Pelo mesmo motivo, um capítulo foi introduzido com 
a finalidade de tratar das diretrizes para redação de artigos científicos. 
Neste, considerando a globalização no processo de produção e divulga-
ção científica, adotaram-se as recomendações contidas no documento ela- 
borado pelo Comitê Internacional de Editores de Periódicos Médicos 
*Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14724: informação e documentação: tra-
balhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2011.
**Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil. Instruções aos autores. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/revistas/rbsmi/pinstruc.htm>. Acessado em: 20 de janeiro de 2011.
(International Committee of Medical Journal Editors), denominado Re-
quisitos Uniformes para Manuscritos Submetidos a Periódicos Biomé-
dicos (Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical 
Journals).*
Espera-se que o conteúdo apresentado seja útil aos objetivos pro-
postos, contribuindo para facilitar e qualificar a produção científica de 
alunose docentes das instituições de ensino e pesquisa das áreas das 
Ciências Biológicas e da Saúde. Alerta-se, contudo, para a existência de 
um viés decorrente da formação do autor, fundamentado na Epidemio-
logia e nos métodos quantitativos.
Todas as críticas e sugestões serão muito bem-vindas. Considerando 
o caráter dinâmico do conhecimento e da redação científica, um traba-
lho desta natureza demanda atualizações periódicas, oportunidade em 
que o feedback dos leitores será levado em consideração.
*International Committee of Medical Journal Editors. Uniform Requirements for Manus- 
cripts Submitted to Biomedical Journals. The New England Journal of Medicine 1997; 
336(4):309-16.
Sumário
 1 Projeto de Pesquisa .......................................................... 1
Introdução ........................................................................ 1
Escolha do tema ............................................................... 2
Estrutura do projeto de pesquisa ....................................... 4
Informações adicionais .................................................... 35
Normas gerais de formatação .......................................... 36
 2 Trabalhos Acadêmicos de Conclusão de Curso 
	 (Estilo	Monográfico) ...................................................... 41
Introdução ...................................................................... 41
Estrutura do trabalho ...................................................... 42
 3 Trabalhos Acadêmicos de Conclusão de Curso 
	 (Modelo	com	Inclusão	de	Artigos) .................................. 67
Introdução ...................................................................... 67
Estrutura do trabalho ...................................................... 68
 4 Citação, Sistema de Chamada e Referências ................... 75
Introdução ...................................................................... 75
Citação ........................................................................... 76
Sistema de chamada (apresentação de autores no texto) .. 79
Referência Bibliográfica ................................................... 85
Referência ....................................................................... 94
 5 Estrutura e Diretrizes para a Elaboração 
	 de	um	Artigo	Científico ................................................... 95
Introdução ...................................................................... 95
Artigo original ................................................................. 98
Artigo de revisão ........................................................... 111
Publicação em eventos científicos .................................. 120
Referências ................................................................... 128
 6	 Informática	Aplicada	à	Investigação	Científica .............. 131
Introdução .................................................................... 131
Utilização do Word na edição de textos ........................ 131
Utilização do Powerpoint® para elaboração de pôster ..... 143
Ferramentas para pesquisa bibliográfica ......................... 150
Referências ................................................................... 174
Apêndices
 A Modelo de Projeto de Pesquisa (Projeto de 
 Trabalho de Conclusão de Curso) ................................. 175
 B esboço de Trabalho Acadêmico de Conclusão de 
	 Curso	(Dissertação	em	Estilo	Monográfico) ................. 207
 C esboço de Trabalho Acadêmico de Conclusão de 
 Curso (Tese em estilo com inclusão de Artigos) ........... 235
Anexos
 A Procedimentos Adotados pelo Programa de 
 Pós-Graduação em Nutrição da UFAl para 
 dar entrada no Pedido de diploma .............................. 261
 B	 Conflito	de	Interesses ................................................... 263
 Índice Remissivo ........................................................... 265
Projeto de Pesquisa 1
“A imaginação é mais importante que o conhecimento”
Albert Einstein
| INTRODUÇÃO
A maioria dos cursos de formação acadêmica impõe ao aluno, como 
requisito para conclusão, a elaboração e apresentação de um trabalho 
científico. No caso dos cursos de graduação, essa é, quase sempre, a 
primeira vez que o aluno se defronta com a necessidade de um trabalho 
dessa natureza. Alguns desses alunos tiveram a oportunidade de partici-
par de programas ou estágios de iniciação científica, chegando ao final 
do curso com maior nível de maturidade para o cumprimento dessa 
tarefa. Contudo, mesmo nesses casos, poucos passaram pela experiência 
de “pensar” e escrever o projeto que deu origem à investigação realizada, 
haja vista que, na maior parte dos casos, tais projetos são definidos e 
redigidos a priori pelos respectivos orientadores.
Entre os objetivos encontrados com maior frequência nos textos 
que definem as diretrizes relacionadas às competências e habilidades 
desejáveis na formação dos profissionais dos mais diferentes cursos 
está a capacidade de desenvolver pesquisa científica. Sem dúvida, para 
atingir tal objetivo, esses cursos deveriam estar estruturados para tra-
balhar o método científico e o desenvolvimento do raciocínio crítico 
do início à sua concretização. Como nem tudo é perfeito, só no final do 
curso muitos alunos se deparam com a necessidade da pesquisa. Isso 
quase não ocorre na pós-graduação (mestrado e doutorado), já que a 
ideia de produção científica está intrinsecamente relacionada à exis-
tência desses cursos e, portanto, seus alunos já iniciam o curso preo-
cupados com a pesquisa que irão desenvolver para gerar suas teses ou 
dissertações.
Seja qual for a situação, torna-se evidente a importância dessa etapa 
na formação do aluno. Para isso, será necessário capacitá-lo e motivá-lo 
de modo sistemático para a investigação científica, cujo êxito, por sua 
 Redação de Trabalhos Acadêmicos nas Áreas das Ciências Biológicas e da Saúde4
continuará sendo efetuada durante todas as etapas de realização do estu-
do, finalizando, apenas, quando todo o trabalho de redação do relatório 
final estiver concluído. Contudo, é recomendável que já no projeto seja 
apresentado um capítulo denominado Revisão da Literatura, elemento 
quase sempre obrigatório no relatório final - quase sempre porque em 
algumas instituições pode ser substituído por um artigo de revisão.
A Figura 1.1 esquematiza a sequência de eventos que culmina com a 
redação do projeto de pesquisa.
| ESTRUTURA DO PROJETO DE PESQUISA
O projeto de pesquisa é o planejamento de uma investigação, seja qual 
for a sua natureza ou finalidade. Define os caminhos e procedimentos 
na abordagem a um certo problema ou objeto de estudo. Uma pesquisa 
bem planejada não garante o seu sucesso, mas, com certeza, é impres-
cindível para a realização de um trabalho de boa qualidade. O projeto 
em sua íntegra deverá apresentar a estrutura indicada na Figura 1.2.
Parte externa
A Norma Brasileira (NBR) 14724:2011 da Associação Brasileira de Nor-
mas Técnicas (ABNT) não faz referência ao projeto de pesquisa, mas, 
FIgURA 1.1 
FIgURA 1.2 
Fluxo de eventos até a 
redação do projeto de 
pesquisa
Itens da estrutura de um 
projeto de pesquisa
Projeto de Pesquisa 5
por analogia aos demais trabalhos acadêmicos e conforme recomendava 
a NBR 14724:2005, a capa deixou de fazer parte dos elementos pré-tex-
tuais, passando a compor o que nessa nova versão se denomina “parte 
externa” (nos demais trabalhos acadêmicos a lombada também recebeu 
o mesmo tratamento).
CAPA
Devem constar os dados da instituição, título do projeto, nome do autor, 
local e ano de publicação. Como opção, pode-se introduzir a logomarca 
da instituição (Figura 1.3).
FIgURA 1.3 
Modelo de capa para 
projeto de pesquisa
 Redação de Trabalhos Acadêmicos nas Áreas das Ciências Biológicas e da Saúde10
seguida a numeração progressiva dos títulos e subtítulos, os quais de-
vem reproduzir com fidelidade o que está no texto.
Numeração progressiva
Para evidenciar a sistematização do conteúdo do trabalho, sugere-se a nu-meração progressiva para as seções do texto.3 Os títulos dos capítulos (se-
ções primárias), tais como Introdução, Revisão da Literatura, Métodos etc., 
por serem as principais divisões do texto, devem iniciar em folha distinta, 
precedida (opcionalmente) de uma folha de rosto específica (Figura 1.6).
Destacam-se de maneira gradativa os títulos e subtítulos dos capítu-
los, utilizando-se os recursos de negrito, itálico e caixa alta. Utiliza-se 
na digitação o tamanho de fonte 12 em todos os níveis. A formatação e 
a numeração que aparecem no sumário devem ser as mesmas reproduzi-
das, respectivamente, ao longo do texto. Exemplo:
1 SEÇÃO PRIMÁRIA (TÍTULO 1) – CAIXA ALTA, NEGRITO
1.1 SEÇÃO SECUNDÁRIA (TÍTULO 2) – CAIXA ALTA, normal
1.2.1 Seção terciária (Título 3) – Caixa baixa (exceto 1a letra), 
negrito
1.2.2.1 Seção quaternária (Título 4) – Caixa baixa (exceto 1a letra), 
normal
1.2.2.2.1 Seção quinária (Título 5) – Caixa baixa (exceto 1a letra), itálico
É preciso redobrar os cuidados para que títulos e subtítulos e a devida 
numeração atribuída no sumário sejam reproduzidos com fidedignidade 
no corpo do trabalho.
Os títulos sem indicativo numérico (errata, agradecimentos, lista 
de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumos, 
sumário, referências, glossário, apêndices, anexos e índice) devem ser 
centralizados, redigidos com fonte Arial ou Times New Roman, corpo 
14 e em negrito.
FIgURA 1.6 
Exemplo de folha de rosto 
anterior aos capítulos do 
trabalho
 Redação de Trabalhos Acadêmicos nas Áreas das Ciências Biológicas e da Saúde24
População, amostra e amostragem
 � População: é o conjunto de indivíduos que ocupa uma certa área 
em um determinado intervalo de tempo. Em estatística, representa 
a totalidade de indivíduos dentro de uma área de amostragem deli-
mitada no espaço e no tempo sobre a qual serão feitas inferências. 
 � Amostra: consiste em um subconjunto retirado da população a fim 
de que seu estudo possa fornecer informações sobre aquela popula-
ção. Se essa amostra foi obtida de forma adequada, chega-se a resul-
tados que podem ser imputados à população.
 � Amostragem: quando se realiza um estudo quase nunca são exami-
nados todos os elementos da população em que se está interessado. 
Isso decorre de motivos operacionais, financeiros e de tempo, entre 
outros. Todavia, pode-se trabalhar com uma parte da população e, 
a partir das estimativas realizadas nesse subconjunto, estender os 
resultados para a devida população. Para isso, a amostra deve ser 
planejada de modo adequado, o que se faz por meio de amostragem, 
que é a técnica para se obter uma amostra de uma população.
Uma amostra bem planejada visa não só ser representativa do uni-
verso do qual foi retirada, mas, também, reduzir o erro amostral decor-
rente da variabilidade que cada amostra pode apresentar em relação a 
outras amostras e ao próprio universo e, ainda, eliminar a presença de 
vieses que possam levar a conclusões equivocadas.
Portanto, em um levantamento amostral devem-se definir com ob-
jetividade a característica a ser pesquisada e a população de interesse.
Um dos meios de se conseguir representatividade é fazer com que o 
processo de amostragem seja, de alguma maneira, aleatório, ou seja, to-
talmente ao acaso, evitando-se a parcialidade (vício ou viés) na seleção.
QUADRO 1.1 Caracterização dos principais estudos epidemiológicos
Classificação Nome Unidade de análise
Observacional
Descritivo
Relato de caso Indivíduos
Série temporal Indivíduos/coletividades
Analítico
Ecológico Agregado 
Transversal Indivíduos
Casos e controles Indivíduos
Coorte Indivíduos
Experimental
Ensaio clínico randomizado 
controlado
Indivíduos (pacientes)
Ensaio de campo Indivíduos (saudáveis)
Ensaio comunitário Indivíduos saudáveis de uma comunidade
Projeto de Pesquisa 37
O projeto deve ser digitado em papel A4 (210mm × 297mm), fonte 
Times New Roman ou Arial, corpo 12 para o texto e em espaço de 1,5 
nas entrelinhas. No caso das citações diretas longas (quando ocupam 
mais de três linhas) e nas notas de rodapé, utilizar fonte com corpo 10 e 
espaço 1 nas entrelinhas.
O layout de página é definido no formato retrato, com margens de 
3cm à esquerda e na parte superior e de 2cm à direita e na parte inferior. 
Quando houver necessidade de configurar a página para o formato “pai-
sagem” (em geral para incluir tabelas, figuras etc.), a margem superior 
(na qual ocorrerá a fixação no processo de encadernação) deverá passar 
a ter 3cm, mantendo as demais 2cm (Figura 1.9)
Todas as folhas do projeto, a partir da folha de rosto, devem ser con-
tadas em sequência, mas não numeradas. A numeração é colocada, a 
partir da primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no 
canto superior direito da página.
A NBR 14724:2011 faculta a possibilidade de imprimir nos dois la-
dos da folha, exceto para os elementos pré-textuais. Neste caso, seguem-
se as seguintes normas de paginação e configuração de página:
 � Os elementos pré-textuais devem iniciar no anverso da folha, com 
exceção dos dados internacionais de catalogação na publicação (fi-
cha catalográfica) que devem vir no verso da folha de rosto.
 � As folhas com os elementos pré-textuais devem ser contadas, mas 
não numeradas (considerar apenas o anverso, já que não haverá im-
pressão no verso).
 � As margens devem ser para o anverso, esquerda e superior de 3cm 
e direita e inferior de 2cm; para o verso, direita e superior de 3cm e 
esquerda e inferior de 2cm.
 � A numeração das páginas deve ser colocada no anverso da folha, no 
canto superior direito; e no verso, no canto superior esquerdo.
FIgURA 1.8 
Exemplos de alguns 
tipos de gráficos
Fonte: SOUNIS, 1975.12
Projeto de Pesquisa 39
FIgURA 1.9 
(continuação)
No Capítulo 6, Informática Aplicada à Investigação Científica apre-
sentam-se alguns procedimentos para formatação do documento utili-
zando-se o software Word® para Windows®.
| REFERêNCIAS
 1. Minayo MCS. Pesquisa Social: Teoria, Método e Criatividade. 6. ed. Petrópolis: 
Editora Vozes; 1996.
 2. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6028: informação e documenta-
ção: Resumo: Apresentação. Rio de Janeiro; 2003.
 3. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6024: Informação e Documenta-
ção: Numeração progressiva das seções de um documento escrito: Apresentação. 
Rio de Janeiro; 2003.
 4. Barros AJP, Lehfeld NAS. Projeto de pesquisa: propostas metodológicas. Petrópo-
lis: Vozes; 1999.
 5. Almeida Filho N, Rouquayrol MZ. Elementos de metodologia epidemiológica. 
In: Epidemiologia & Saúde. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2003. p. 
149-177.
 6. Ferreira LM. (Coord.). Orientação normativa para elaboração e apresentação de 
teses. São Paulo: Livraria Médica Paulista Editora; 2008. 84 p.
Trabalhos Acadêmicos 
de Conclusão de Curso 
(Estilo Monográfico) 2
“Ninguém caminha sem aprender a caminhar, 
sem aprender a fazer o caminho caminhando, 
refazendo e retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar.”
Paulo Freire
| INTRODUÇÃO
Neste capítulo, serão abordadas as questões relativas à estrutura, à forma 
e ao conteúdo dos trabalhos acadêmicos de conclusão de curso, sejam 
de graduação (conhecidos como TCC), de especialização ou decorren-
tes dos cursos de mestrado (dissertações) e doutorado (teses). Salvo 
diferenciais específicos determinados pelas instituições em que os traba-
lhos são realizados, todos apresentam a mesma configuração; só diferem 
no nível de complexidade exigido na definição do objeto de estudo e 
nas abordagens metodológicas e analíticas. No caso específico das teses, 
demandadas para conclusão de cursos de doutorado, a originalidade do 
estudo é um dos requisitos, enquanto para os trabalhos de conclusão de 
curso e dissertações não há essa exigência. Assim estimado, neste texto, 
o termo “trabalho de conclusão” será empregado de modo indistinto 
para se referir ao TCC, à dissertação e à tese. Quando for necessário, será 
chamada a atenção paraeventuais diferenças relacionadas a esses traba-
lhos. Contudo, considerando a tendência crescente das instituições de 
ensino de substituir o estilo monográfico pelo modelo com inclusão 
de artigos, esse estilo específico será tratado no Capítulo 3, Trabalhos 
Acadêmicos de Conclusão de Curso (Modelo com Inclusão de Artigos).
Para os iniciantes em pesquisa, segundo Barros & Lehfeld (1986),1,
é mais importante que se preocupem em aplicar o método científico 
do que em enfatizar os resultados obtidos em seu trabalho de con-
clusão. O objetivo desses principiantes deve ser aprender a percorrer 
as fases do método científico e a colocar em operação técnicas de 
investigação, tornando-se, nesse processo, cada vez mais capacitado 
a realizar pesquisas. O estudante, apoiando-se em observações, aná-
lise e conclusões obtidas por meio de uma reflexão crítica, vai, aos 
poucos, formando o seu espírito científico, processo este que requer 
Trabalhos Acadêmicos de Conclusão de Curso (Estilo Monográfico) 45
FIgURA 2.3 
Exemplo de lombada para 
trabalhos acadêmicos de 
conclusão de curso
Trabalhos Acadêmicos de Conclusão de Curso (Estilo Monográfico) 59
alterações da proposta inicial, as quais, apesar disso, ainda são estreita-
mente relacionadas. Nesse caso, o autor deverá “problematizar” em sua 
introdução de modo a se articular com a nova realidade. Na realidade 
do trabalho acadêmico ocorre, também, necessidade de mudar por com-
pleto o projeto proposto, e nessa situação é óbvio que toda a introdução 
deverá ser refeita.
Em quaisquer circunstâncias do trabalho acadêmico, a introdução terá 
sempre a função de fornecer informações sobre a natureza, a importância 
e as razões para a realização da pesquisa. Para isso, diversos subitens são 
FIgURA 2.13 
Sequência em 
que os elementos 
pré-textuais, além 
da capa, devem 
ser organizados 
no corpo 
do trabalho 
acadêmico 
de conclusão de 
curso
Trabalhos Acadêmicos de 
Conclusão de Curso (Modelo 
com Inclusão de Artigos) 3
“A ciência não passa do bom-senso exercitado e organizado.”
Aldous Huxley
| INTRODUÇÃO
A principal fonte de produção científica no Brasil são os programas de 
pós-graduação vinculados à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal 
de Nível Superior (CAPES), órgão pertencente ao Ministério da Educa-
ção (MEC).1 No rigoroso sistema de avaliação adotado por esse órgão, a 
ênfase recai sobre a quantidade e a qualidade da publicação procedente 
do que é pesquisado pelos docentes e alunos desses programas.2 Nesse 
processo, os cursos que receberem notas menores do que 3 não são auto-
rizados a funcionar ou são descredenciados se já estiverem em operação.
Esse sistema de avaliação tem gerado enorme pressão no âmbito 
das instituições que dispõem de cursos de mestrado e/ou doutorado. 
Para serem bem-sucedidas nesse processo, suas coordenações requerem 
de seus docentes uma produção científica compatível com as exigências 
da CAPES para que, pelo menos, se mantenham em seu atual conceito. 
Assim, o docente que não conseguir publicar certo número de artigos 
em revistas de boa qualificação (na maioria, pelo menos três artigos por 
triênio) é descredenciado do curso, ficando impossibilitado de receber e 
orientar novos alunos.
Sem dúvida, esses programas buscam estratégias que se baseiam 
em suas avaliações internas, objetivando fomentar a produção cien-
tífica do seu grupo. Nessas avaliações, percebeu-se que muitas dis-
sertações e/ou teses de boa qualidade cumprem, apenas, a função 
burocrática estabelecida como norma para a conclusão do curso. Isso 
ocorre muito em virtude de o aluno, ao final do curso, retornar ao 
seu local e rotina de trabalho e, em grande parte das vezes, não ter 
qualquer motivação para transformar seu trabalho de conclusão em 
artigo científico, tornando possível sua publicação em um periódico 
especializado.
Trabalhos Acadêmicos de Conclusão de Curso (Modelo com Inclusão de Artigos) 69
três (elementos pré-textuais, elementos textuais e elementos pós-textu-
ais), conforme descrito na Figura 2.1 do capítulo anterior. Para a parte 
externa, não existem diferenças entre os dois modelos. Logo, aqui serão 
abordados apenas os componentes da parte interna.
Parte interna
ElEMEnTos Pré-TExTuAIs
Praticamente não existem diferenças entre os dois modelos, trabalhos 
acadêmicos de conclusão de curso em estilo monográfico e em modelo 
com inclusão de artigo, de maneira que as diretrizes para sua formatação 
e redação podem ser consultadas nos itens respectivos do Capítulo 2, 
Trabalhos Acadêmicos de Conclusão de Curso (Estilo Monográfico).
Uma atenção especial deve ser dada à elaboração do resumo (e, por 
conseguinte, do abstract), uma vez que neste deverá constar, além das 
abordagens já citadas, um esclarecimento sobre como o trabalho está 
organizado, enfatizando os títulos dos artigos inseridos, seus objetivos, 
métodos, principais resultados e conclusões. No final, apresentam-se 
as conclusões do trabalho como um todo, conclusões estas articuladas 
com os objetivos propostos no início do resumo. Para distingui-lo dos 
resumos relativos aos artigos que serão inseridos no capítulo de resulta-
dos, este será denominado Resumo geral, conforme consta no exemplo 
a seguir (Figura 3.1).
ElEMEnTos TExTuAIs
Os elementos textuais são representados pelos seguintes itens:
 � Apresentação.
 � Revisão da literatura. (Pode ser substituída por um artigo de revisão, 
mas, nesse caso, este capítulo não existirá, e o respectivo artigo apa-
recerá no capítulo de resultados.)
 � Métodos.
 � Resultados (artigo de revisão opcional ou substituto do capítulo de 
revisão da literatura; artigo original).
 � Considerações finais.
Apresentação
Texto preliminar que, em um trabalho de conclusão cujo estilo seja o 
de inclusão de artigos, substitui a tradicional introdução constante nos 
trabalhos em estilo monográfico. Todavia, mantém as mesmas funções 
esperadas de uma boa introdução. A justificativa para a utilização dessa 
nomenclatura baseia-se no fato de que os artigos introduzidos represen-
Citação, Sistema de 
Chamada e Referências 4
“O homem branco riscou na areia um círculo pequeno e falou ao pele 
vermelha: Isto é o que os índios sabem. Depois, riscando um círculo 
maior em torno do pequeno, acrescentou: E isto é o que o branco sabe. O 
selvagem tomou o bastão e traçou um círculo ainda maior, abrangendo 
ambos os círculos, e disse: Isto é o que branco e vermelho não sabem.”
Carl Sandburg
| INTRODUÇÃO
Citações são menções no texto a informações obtidas de outros traba-
lhos, cuja função é esclarecer ou fundamentar os argumentos ou análi-
ses do autor.1 Na redação científica, o texto deve ter embasamento na 
literatura ou nos resultados do próprio trabalho. Qualquer frase intro-
duzida sem atender a essas características deve deixar evidente que de-
corre da interpretação ou especulação do autor, ou seja, nada pode ficar 
sem fundamentação. Assim, toda informação constante de um texto que 
tenha sido extraída de outro texto é denominada “citação”, e a fonte 
original deve ser obrigatoriamente identificada por meio de um “sistema 
de chamada” que remete à respectiva referência. Esta é definida como 
“um conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um 
documento, que permite a sua identificação individual”.2 Por exemplo:
Considerando os riscos e benefícios advindos da utilização da mul-
timistura, não se justifica sua utilização como estratégia de pre-
venção da desnutrição. (FERREIRA; CAVALCANTE; ASSUNCAO, 
2010).
FERREIRA, H. S.; CAVALCANTE, S. A.; ASSUNCAO, M. L. Compo-
sição química e eficácia da multimistura como suplemento dietéti-
co: revisão da literatura. Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, suppl. 2, 
p. 3207-3220, 2011. 
O texto “Considerando os riscos [...] prevenção da desnutrição” é 
uma citação.
O texto entre parênteses “(FERREIRA; CAVALCANTE; ASSUN-
CAO, 2010)” representa o sistema de chamada, neste caso, no forma-
Citação, Sistema de Chamada e Referências 79
Observação:quando houver dois ou mais autores na mesma citação, 
como neste caso, estes são colocados em ordem alfabética.
Citação da citação
É a citação direta ou indireta de um texto em que não se teve acesso ao 
original. Não deve ser uma situação rotineira, pois todo esforço deve 
ser empreendido para se obter acesso ao texto original que se preten-
de citar. Dependendo da situação, o autor ao utilizar uma citação da 
citação pode ser induzido a erro se o contexto em que as informações 
foram lidas diferir daquele em que o autor original as publicou. Con-
tudo, algumas vezes é quase impossível obter o documento primário e, 
diante da importância da utilização daquela informação, lança-se mão 
deste recurso. 
No texto, coloca-se o sobrenome do autor e ano de publicação do 
documento em que não se teve acesso ao original, seguido da expressão 
apud (citado por) e, em seguida, o sobrenome do autor e ano de publi-
cação do documento efetivamente consultado. Exemplo:
Segundo Batista-Filho (1991 apud FERREIRA, 2000, p. 129), “é 
provável que nenhuma outra situação do processo saúde-doença 
esteja tão estreitamente associada às condições socioeconômicas 
como o estado nutricional”.
Ou
É provável que “nenhuma outra situação do processo saúde-doen-
ça esteja tão estreitamente associada às condições socioeconômi-
cas como o estado nutricional” (BATISTA FILHO, 1991 apud FER-
REIRA, 2000, p.129).
Observe-se que, nesse exemplo de citação da citação, há um trecho 
entre aspas, indicando uma transcrição literal. Portanto, trata-se de uma 
citação da citação em relação ao documento original, mas citação direta 
em relação ao documento consultado. Tal aspecto justifica a inclusão do 
número da página do trabalho consultado no local em que se encontra 
o trecho citado. Caso contrário, se não houvesse tido transcrição literal 
(citação indireta), não seria necessário incluir tal informação. 
 SISTEMA DE CHAMADA 
(APRESENTAçãO DE AuTORES NO TExTO)
De acordo com a ABNT, as citações devem ser indicadas no texto por um 
sistema de chamada, que pode ser numérico ou autor-data. Qualquer 
 Redação de Trabalhos Acadêmicos nas Áreas das Ciências Biológicas e da Saúde94
ABNT Vancouver
PAFFER, A. T. et al. Association between child 
malnutrition and maternal common mental disorders: 
the potential role of associated disability. Journal of 
Epidemiology and Community Health. London, 2010. 
In press. Disponível em: http://jech.bmj.com/citmg
r?gca=jech;jech.2010.108266v1. Acesso em: 10 fev. 
2010.
Paffer AT, Paula CS, Ferreira HS, Vieira RC, Miranda, 
CT. Association between child malnutrition and 
maternal common mental disorders: the potential 
role of disability. J Epidemiol Community Health. 
2010 Nov; [Epub ahead of print; cited 2011 Fev 
10]. Available from: http://jech.bmj.com/citmgr? 
gca=jech;jech.2010.108266v1
| REFERêNCIAS
 1. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10520: informação e documenta-
ção: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro; 2002.
 2. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023: informação e documenta-
ção: referências: elaboração. Rio de Janeiro; 2002.
 3. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10520: informação e documenta-
ção: citação em documentos: apresentação. Rio de Janeiro; 2002.
 4. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10520: informação e documenta-
ção: citação em documentos: apresentação. Rio de Janeiro; 2002.
 5. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023: informação e documenta-
ção: referências: elaboração. Rio de Janeiro; 2002.
 6. International Committee of Medical Journal Editors. Uniform Requirements for 
Manuscripts Submitted to Biomedical Journals. N Eng J Med 1997; 336(4):309-
16.
 7. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023: informação e documenta-
ção: referências: elaboração. Rio de Janeiro; 2002.
 8. Spector N. Manual para a redação de teses, projetos de pesquisa e artigos cientí-
ficos. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001.
 9. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6032: Abreviação de títulos de 
periódicos e publicações seriadas: Rio de Janeiro; 1989.
Estrutura e Diretrizes 
para a Elaboração de 
um Artigo Científico 5
"Não se chegará jamais à paz com um mundo dividido entre a abundância 
e a miséria, o luxo e a pobreza, o desperdício e a fome. É preciso acabar 
com essa desigualdade social."
Josué de Castro
| INTRODUÇÃO
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em sua norma brasi-
leira (NBR) 6022,1 define artigo científico como uma publicação de auto-
ria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos 
e resultados nas diversas áreas do conhecimento. Nesse mesmo documen-
to, figuram normas que definem sua estrutura e formatação. Contudo, ao 
se elaborar o artigo, é preciso respeitar a regulamentação própria de cada 
revista. Por essa razão, é recomendável que os autores definam com an-
tecedência para qual revista o artigo será submetido, para, desde o início, 
efetuarem a redação segundo os devidos moldes. Todavia, na maioria das 
vezes, os autores elaboram o texto usando uma formatação genérica e, só 
após a conclusão dessa etapa, considerando as especificidades do assunto 
abordado, a relevância e a qualidade do texto produzido (segundo sua 
percepção), escolhem a revista mais adequada para submissão. Em segui-
da, consultam a seção Instruções aos autores (disponível nos sites ou no 
final dos exemplares na versão impressa da revista) para que todo o texto 
seja revisado conforme as normas editoriais ali definidas. Portanto, é esse 
formato genérico que será tratado no presente Capítulo.
Nota 1: as revistas científicas apresentam diferentes níveis de qua-
lidade na área de conhecimento em que publicam. O indicador 
utilizado com maior abrangência para discriminar esses níveis é o 
chamado “fator de impacto”, uma medida calculada levando-se 
em conta fatores como o número de artigos publicados em deter-
minado periódico e o número de citações a esses artigos no mes-
mo intervalo de tempo. Quanto maior o fator de impacto, maior o 
prestígio da revista e, em consequência, a dificuldade que os auto-
res têm em conseguir que seus artigos sejam ali publicados.
Estrutura e Diretrizes para a Elaboração de um Artigo Científico 111
fIGURA 5.2 
Prevalência estimada 
(%) das modalidades 
de aleitamento materno 
segundo idade da criança. 
Distrito federal, 1994. A 
prevalência de aleitamento 
artificial foi obtida por 
diferença (100 – somatório 
das prevalências das demais 
modalidades de aleitamento 
materno, estimadas pela 
transformação logito). 
Os tipos de aleitamento 
materno foram definidos 
nos seguintes termos: 
a) aleitamento exclusivo: 
crianças alimentadas 
somente apenas no seio 
materno, sem uso de água, 
chás e sucos; 
b) aleitamento 
predominante: crianças 
alimentadas no seio 
materno, às quais 
foram administradas, 
também, água, chá 
e suco, de maneira 
isolada ou associada; 
c) aleitamento parcial: 
crianças alimentadas no 
seio materno e às quais já 
era administrado o leite de 
vaca, independentemente 
da introdução de água, 
chá, suco ou cereais e; 
d) aleitamento artificial: 
crianças que não estavam 
sendo alimentadas no seio 
materno
Fonte: adaptado de 
Sena et al., 2002.13
TíTULOS E LEGENDAS
Nota: na preparação do manuscrito para submissão, apresenta-se 
cada figura, quadro ou tabela em folha à parte. No caso das figu-
ras, outra página é reservada para indicação dos títulos e legendas.
| ARTIGO DE REvISÃO
Conceito
A ABNT1 define artigo de revisão como uma publicação que resume, 
analisa e discute informações já publicadas, fato este que o distingue do 
artigo original que apresenta temas ou abordagens originais.
Classificação
Os artigos de revisão se classificam em:
 � Revisão narrativa.
 � Revisão sistemática com ou sem metanálise.
REvISÃO NARRATIvA
Os artigos de revisão narrativa se distinguem daqueles classificados 
como de revisão sistemática em virtude de seusobjetivos e, em conse-
quência, dos métodos empregados em sua elaboração. Ao contrário dos 
artigos de revisão sistemática, são publicações que, necessariamente, 
não visam responder a uma pergunta específica ou testar uma hipótese. 
Sua proposta é descrever e discutir o que existe de mais avançado em 
relação a um determinado assunto (estado da arte).6
Estrutura e Diretrizes para a Elaboração de um Artigo Científico 115
O símbolo da Colaboração Cochrane é formado por uma fi-
gura que representa, em sua parte central, um gráfico de me-
tanálise de sete ensaios clínicos randomizados. A metanálise 
que serviu de modelo para a figura foi relativa a um estudo 
sobre gravidez e cuidados perinatais. Cada linha horizontal 
simboliza o resultado de um desses trabalhos. Eles procura-
vam responder à pergunta: o uso de corticosteroides no período 
próximo ao nascimento de bebês prematuros diminui a mortalidade 
neonatal? O resultado dessa metanálise indicou uma resposta 
afirmativa para a questão e isso está representado em gráfico 
pelo losango na parte inferior esquerda do gráfico.
Tal estudo permitiu adotar essa prática clínica como conduta 
baseada em evidências, com um saldo de muitas vidas salvas 
em todo o mundo.
Fonte: Centro Cochrane do Brasil.19
Recomenda-se que a revisão sistemática seja efetuada em sete passos 
(Cochrane Handbook):18
 � Formulação da pergunta: como em qualquer outra pesquisa, uma 
revisão sistemática deve ser iniciada com a formulação de uma per-
gunta que norteará a elaboração do projeto, cuja realização terá 
como propósito encontrar a resposta adequada a essa indagação.
 � Localização e seleção dos estudos: devem ser utilizadas todas as 
fontes de busca para localização e identificação dos estudos de rele-
vância para a área de estudo em questão (MEDLINE, SciELO, Co-
chrane Controlled Trials Database etc.). Para cada uma dessas fontes 
utilizadas deve ser detalhada a estratégia de busca utilizada.
 � Avaliação crítica dos estudos: são critérios para determinar a vali-
dade dos estudos selecionados. Essa avaliação crítica permite deter-
minar quais estudos serão utilizados na revisão. Os que não preen-
cherem os critérios de qualidade deverão ser citados, com a devida 
explicação do motivo de sua exclusão. 
 � Coleta de dados: devem ser observadas nos estudos e resumidas to-
das as variáveis estudadas, além das características do método, dos 
participantes e dos desfechos de interesse, que permitirão determi-
nar a possibilidade de comparação dos estudos selecionados.
 � Análise e apresentação dos resultados: os estudos deverão ser agru-
pados segundo suas semelhanças (características em comum). Cada 
um desses agrupamentos deverá ser preestabelecido no projeto, bem 
como a forma de apresentação gráfica e numérica, para facilitar o 
entendimento do leitor. Quando aplicado um método estatístico na 
análise e na síntese dos resultados dos estudos incluídos, tem-se uma 
revisão sistemática com metanálise.
Informática Aplicada à 
Investigação Científica 6
“Um homem se humilha 
Se castram seu sonho 
Seu sonho é sua vida 
E a vida é trabalho 
E sem o seu trabalho 
Um homem não tem honra 
E sem a sua honra 
Se morre, se mata!”
Gonzaguinha
| INTRODUÇÃO
Com o avanço tecnológico observado no campo da informática, existe 
uma infinidade de aplicativos que são executados na internet, bem como 
diversos softwares de grande utilidade na prática científica. O objetivo 
deste capítulo é apresentar algumas dessas ferramentas, ilustrando os 
procedimentos básicos para sua utilização.
No que diz respeito ao emprego desses recursos, pode-se comparar 
com o aprender a andar de bicicleta. Por mais que se domine a teoria, só 
se aprende mesmo na prática. Assim, neste capítulo não se tem a preten-
são de oferecer um “curso” de informática, mas apenas mostrar o ponto 
de partida. O caminho a ser seguido será construído pelo “caminhar” 
individual de cada leitor à frente de seu computador.
| UTILIZAÇÃO DO WORD NA EDIÇÃO DE TEXTOS
O Microsoft Office Word é um processador de texto criado por Richard 
Brodie em 1989 para ser utilizado em computadores com o sistema 
operacional DOS. Mais tarde foram criadas versões para o Microsoft 
Windows (1989) e outros sistemas operacionais. Hoje em dia, faz parte 
do conjunto de aplicativos do Microsoft Office.
Entre a infinidade de aplicações desse software, neste texto serão de-
talhadas aquelas relacionadas à formatação do trabalho acadêmico.
Antes de tudo, será necessário conhecer melhor a interface do pro-
grama, de maneira mais específica da versão conhecida como Word 
2007. A Figura 6.1 reproduz a chamada “faixa de opções”, em que se 
destacam as “guias”, os “botões de comando” e os “grupos de comando”.
Dentro de cada uma das guias, encontram-se grupos de tarefas com-
postos por botões de comando. No caso apresentado na Figura 6.1, os 
 Redação de Trabalhos Acadêmicos nas Áreas das Ciências Biológicas e da Saúde134
Procedimento:
 � Coloque o cursor sobre o parágrafo a ser formatado.
 � Na guia “Início”, acione o grupo “Parágrafo”.
 � Na caixa de diálogo correspondente (Figura 6.3), no campo “Geral”, 
no item “Alinhamento” marque “Justificada”.
 � No campo “Recuo”, marque 8cm à esquerda.
 � Em “Espaçamento entre linhas” marque 1,5 linha.
 � Pressione “OK”.
O texto original assumirá a seguinte aparência:
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Facul-
dade de Nutrição da Universidade Federal de Alagoas como requi-
sito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Nutrição.
Exemplos de aplicação desse procedimento podem ser visualizados 
nas Figuras 1.4 e 2.4 (Modelos de folha de rosto para projetos e trabalhos 
acadêmicos de conclusão de curso), respectivamente, nos Capítulos 1 e 2, 
Projeto de Pesquisa e Trabalhos Acadêmicos de Conclusão de Curso (Estilo 
Monográfico), respectivamente.
Definição de tipo e tamanho de fonte
O usuário pode elaborar seu texto definindo uma infinidade de fontes e 
em diversos tamanhos: 
FIGURA 6.3 
Caixa de diálogo 
“Parágrafo”
 Redação de Trabalhos Acadêmicos nas Áreas das Ciências Biológicas e da Saúde138
 � Após esse procedimento, todas as páginas serão consecutivamente 
numeradas em seu canto superior direito. Posicione o cursor sobre 
o número de página que não deve aparecer e dê dois cliques, o que 
acionará a guia “Design” e respectivos grupos e botões de comando. 
Ative “Primeira Página Diferente”, conforme demonstrado na Figura 
6.7. O número de página deixará de ser apresentado.
 � Repita o procedimento nas demais páginas nas quais não devem ser 
apresentados os respectivos números de página.
Algumas pessoas com dificuldade em realizar esse procedimento, 
preferem preparar o texto em documentos distintos: um arquivo para os 
elementos pré-textuais e outro para os elementos textuais. Nesse caso 
surge um novo problema. No arquivo dos elementos textuais, ao se in-
serir a numeração de página, esta será iniciada pelo número 1, quando 
o correto seria o valor seguinte ao número de páginas dos elementos 
pré-textuais. Neste caso, procede-se da seguinte maneira:
 � Acione a guia “Inserir” e, após, clique no botão “Número de Página”; 
escolha a opção “Formatar Números de Página”. No quadro que se 
abre, defina qual número deve ser apresentado na página especifi-
cada (Figura 6.8) e clique em “OK”: a página receberá a numeração 
que foi definida e as seguintes, a numeração subsequente.
Elaboração de tabelas
Duas formas permitem a elaboração de tabelas, partindo ambas da guia 
“Inserir” e, depois “Tabela”. A partir dessa sequência, escolhe-se “Inserir 
Tabela” ou “Desenhar Tabela”. Como se verifica na Figura 6.9, exis-
te, ainda, a opção “Tabelas Rápidas”, em que tabelas pré-configuradas 
encontram-se disponíveis.
FIGURA 6.7 
Configuração de numeração 
de página
Informática Aplicada à Investigação Científica 141
FIGURA 6.11 
FIGURA 6.12 
FIGURA 6.13 
Caixa de diálogo para 
inserção de linhas ou 
colunas
Caixa de diálogo “Mesclar 
Células”
Caixa de diálogo“Dividir 
Células”
TABELA 6.1 Tabela inicial
Municípios Amostra
Prevalência de anemia
Leve Moderada Grave Total
n (%) n (%) n (%) n (%)
Maceió 2.000 180 9,0 80 4,0
Arapiraca 1.500 180 12,0 75 5,0
TABELA 6.2 Tabela com células mescladas e com células divididas
Municípios Amostra
Prevalência de anemia
Leve Moderada Grave Total
n (%) n (%) n (%) n (%)
Maceió 2.000 180 9,0 80 4,0 40 2,0 300 15,0
Arapiraca 1.500 180 12,0 75 5,0 45 3,0 300 20,0
Informática Aplicada à Investigação Científica 143
Para esta última alternativa, marque/desmarque os botões laterais do 
campo “Visualização”. A tabela corretamente configurada deveria ter a 
seguinte aparência:
Tabela – Prevalência de anemia em crianças menores de 5 anos de idade, segundo 
município de residência e grau de severidade
Municípios Amostra
Prevalência de anemia
Leve Moderada Grave Total
n (%) n (%) n (%) n (%)
Maceió 2000 180 9,0 80 4,0 40 2,0 300 15,0
Arapiraca 1500 180 12,0 75 5,0 45 3,0 300 20,0
Fonte: dados fictícios.
 
Outra alternativa interessante e muito útil para a edição de tabelas é 
a utilização dos botões de comando disponíveis na guia “Design”. Esta 
guia só aparece disponível quando o cursor está no interior de uma ta-
bela. Ao fazer isso e clicar na guia “Design”, a faixa de opções assume a 
seguinte aparência (Figura 6.16):
Ao acionar o botão “Desenhar Tabela”, o cursor do mouse assume 
um formato de lápis. Com ele é possível “desenhar” novas células, li-
nhas ou colunas. Caso já existam, mas não estejam apresentadas (função 
bordas), basta clicar ou arrastar o lápis sobre a linha e elas aparecem 
para impressão. Logo, a função dividir células pode ser executada facil-
mente com essa funcionalidade.
Efeito oposto é obtido ao se acionar o botão “Borracha”. O cursor 
assume a aparência de uma borracha com a qual se pode apagar linhas 
e, portanto, mesclar células.
Observe-se, ainda, na Figura 6.16, a existência de uma série de bo-
tões com os quais se pode editar a figura: alterar a cor e a espessura das 
linhas, criar padrões predefinidos, alterar a cor de preenchimento no 
interior das células etc.
 UTILIZAÇÃO DO POWERPOINT® PARA 
ELABORAÇÃO DE PÔSTER
O PowerPoint®, um dos aplicativos que integram o Microsoft Office, é 
um programa que permite a criação e a exibição de apresentações. Seu 
objetivo é informar sobre um determinado tema, fazendo uso de ima-
gens, sons, textos e vídeos que podem ser animados de diferentes ma-
FIGURA 6.16 
Faixa de opções Design de 
tabelas
Informática Aplicada à Investigação Científica 149
A Figura 6.24 ilustra alguns slides com planos de fundo configurados 
conforme as diversas alternativas anteriormente mencionadas.
Conforme já alertado, os tons utilizados nos planos de fundo podem 
se confundir com os que foram empregados nos textos e figuras que deve- 
rão ser apresentados no pôster. Para evitar tal inconveniente, procede-se 
da seguinte forma:
 � Clique com o botão direito do mouse para ativar a caixa de diálogo 
“Formatar Plano de Fundo”.
 � No último item da caixa de diálogo, em que consta um controle des-
lizante denominado “transparência”, faça o devido ajuste até obter 
uma boa visualização de todos os elementos constantes do banner. 
Veja na Figura 6.25 a distinção entre dois slides, sendo o primeiro 
sem atenuação da transparência e o segundo com redução de 50% 
dessa propriedade.
Concluída a elaboração do banner, é fundamental verificar o resulta-
do final no modo “Visualização de Impressão” antes de salvar o material 
para impressão (em virtude das dimensões do pôster, esse trabalho cos-
tuma ser realizado por empresas especializadas). Isso é importante, pois 
em muitas ocasiões o que se vê no modo de edição não é exatamente o 
que será visto no modo de impressão. Além disso, quanto à resolução 
das figuras, fotos etc., elas podem ser adequadas para impressão em uma 
folha de papel ofício, mas não em um banner. Para isso, clique no Botão 
Office (ícone no canto superior esquerdo da tela), vá em “Imprimir” e 
depois em “Visualização de Impressão”. O banner será mostrado na tela 
exatamente como será impresso.
Outra alternativa, também recomendada, é imprimir o arquivo no 
formato reduzido no tamanho de uma folha de papel (ofício ou A4): 
FIGURA 6.24 
Slides configurados com 
diferentes preenchimentos 
de planos de fundo. Sólido 
(A); gradual (B); textura 
(C); imagem de
arquivo (D); imagem do 
Clip-art (E)
Informática Aplicada à Investigação Científica 159
 � Já no âmbito da janela em que consta o resumo do artigo em questão, 
clique sobre o nome da revista (como indicado pela seta na Figura 
6.39). Na caixa de diálogo que surgir, clique na opção “NLM Catalog”.
 � Aparecerá uma tela com todas as informações sobre a revista, tal 
como seu título completo e abreviado, local de edição, entre várias 
outras informações (Figura 6.40).
FIGURA 6.36 
FIGURA 6.37 
FIGURA 6.38 
Indicação do endereço da 
página do PubMed
Digitação da revista de 
interesse no “campo de 
pesquisa”
Janela do PubMed 
indicando resultados para 
a procura de artigos pelo 
critério “American Journal 
of Clinical Nutrition”
 Redação de Trabalhos Acadêmicos nas Áreas das Ciências Biológicas e da Saúde168
Ao clicar em um dos serviços, no do LILACS, por exemplo, apresen-
tam-se as 878 referências ali localizadas. A Figura 6.53 demonstra esse 
resultado.
Da mesma forma, no SciELO é possível realizar a seleção e o envio 
das referências selecionadas para e-mail, impressão ou exportação, con-
forme informações já disponibilizadas.
Nem todos os documentos que são localizados na BIREME estão 
disponíveis na íntegra em formato eletrônico. Em alguns casos, apenas o 
acesso ao resumo e/ou abstract é disponibilizado. Se a leitura do material 
na íntegra for necessária, o usuário deverá lançar mão de alguns meios, 
que serão discutidos em seção mais adiante.
Realizando buscas pelo Dot.Lib
A Dot.Lib distribui conteúdo acadêmico e profissional on-line a várias 
instituições em todo o mundo, nos mais variados formatos de publica-
ções eletrônicas. Em seu site é possível realizar busca por periódicos, 
FIGURA 6.53 
Página de resultados de 
uma pesquisa na BIREME, 
utilizando-se o termo 
“anemia crianças” pelo 
método “por palavras”, na 
opção “LILACS”

Continue navegando