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nas Áreas das Ciências Biológicas e da Saúde Haroldo Ferreira Outros Títulos de Interesse A Odontologia à Luz do Direito André Luis Nigre A Prática Médica no Interior do Brasil Clóvis Eduardo Ramos Tomasi Bioética e Enfermagem William Malagutti Elaboração de Teses e Dissertações Fátima Namen Ética, Pesquisa e Políticas Públicas Flavia Mori Sarti / Gislene Aparecida dos Santos Nutrição Experimental Tereza Ibrahim O Atuar do Cirurgião-Dentista André Luis Nigre O Atuar Médico – Direitos e Obrigações, 3a ed. André Luis Nigre Saiba mais sobre estes e outros títulos em nosso site: www.rubio.com.br Sobre o Autor Nutricionista pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Especialista em Saúde Materno-Infantil pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Nutrição pela UFPE. Doutor em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz). Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Professor Associado da Faculdade de Nu- trição (FANUT) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da FANUT/ UFAL. Conselheiro do Conselho Nacional de Se- gurança Alimentar e Nutricional (CONSEA). Conselheiro do Conselho Estadual de Segu- rança Alimentar e Nutricional de Alagoas. Presidente da Associação Alagoana de Nu- trição (ALNUT). H a r o l d o F e r r e i r a Como transpor os resultados de seus estudos da maneira correta quan- do é chegado o momento de redigir um trabalho? As orientações sobre a confecção de trabalhos acadêmicos são tantas e tão dispersas que o objetivo deste manual, completo e elucidativo, é ser a base para a con- sulta de normas e preceitos que permeiam a redação científi ca. Nesse ponto, Redação de Trabalhos Acadêmicos nas Áreas das Ciências Biológicas e da Saúde visa suprir a necessidade, presente em todas as áreas acadêmicas, de uniformizar e tornar inteligíveis as publicações científi cas. Deu-se tratamento especial às normas que regem os traba- lhos publicados no campo das Ciências Biológicas e da Saúde, podendo também servir de guia para a padronização de trabalhos em outras áreas de conhecimento. São apresentadas, de forma objetiva e didática, questões relativas aos projetos de pesquisa, trabalhos de conclusão de curso de graduação, dissertações, teses e artigos de revisão, além de diretrizes para a utili- zação dos programas Word® e PowerPoint® e a pesquisa em sites, como PubMed, SciELO e BIREME. Em outras palavras, um item fundamental para elaborar trabalhos acadêmicos. Redação de Trabalhos Acadêmicos n a s Á r e a s d a s C i ê n c i a s B i o l ó g i c a s e d a S a ú d e R e d a ç ã o d e T r a b a l h o s A c a d ê m i c o s Capa – Redação de Trabalhos Acadêmicos.indd 1Capa – Redação de Trabalhos Acadêmicos.indd 1 18/10/2011 12:19:5118/10/2011 12:19:51 Redação de Trabalhos Acadêmicos nas Áreas das Ciências Biológicas e da Saúde HARoldo dA SilvA FeRReiRA Nutricionista pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Especialista em Saúde Materno-Infantil pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Nutrição pela UFPE. Doutor em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz). Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Professor Associado da Faculdade de Nutrição (FANUT) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da FANUT/UFAL. Conselheiro do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA). Conselheiro do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional de Alagoas. Presidente da Associação Alagoana de Nutrição (ALNUT). Redação de Trabalhos Acadêmicos nas Áreas das Ciências Biológicas e da Saúde Copyright © 2012 Editora Rubio Ltda. ISBN 978-85-64956-05-6 Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução desta obra, no todo ou em partes, sem a autorização por escrito da Editora. Produção e Capa Equipe Rubio editoração eletrônica Elza Maria da Silveira Ramos dados internacionais de Catalogação na Publicação (CiP) (Câmara Brasileira do livro, SP, Brasil) Ferreira, Haroldo da Silva Redação de trabalhos acadêmicos nas áreas das ciências biológicas e da saúde / Haroldo da Silva Ferreira. -- Rio de Janeiro : Editora Rubio, 2011. Bibliografia. ISBN 978-85-64956-05-6 1. Monografias acadêmicas - Redação 2. Pesquisa - Metodologia 3. Saúde - Pesquisa 4. Trabalhos de Conclusão de Cursos (TCC) I. Título. 11-11526 CDD-001.42 Índices para catálogo sistemático: 1. Monografias acadêmicas : Produção : Metodologia da pesquisa 001.42 2. Pesquisa : Metodologia 001.42 3. Trabalhos de conclusão de curso de graduação : Produção : Metodologia da pesquisa 001.42 Editora Rubio Ltda. Av. Franklin Roosevelt, 194 s/l 204 – Castelo 20021-120 – Rio de Janeiro – RJ Telefax: 55(21) 2262-3779 • 2262-1783 E-mail: rubio@rubio.com.br www.rubio.com.br Impresso no Brasil Printed in Brazil Ao meu pai (in memoriam), Aristides Miguel, que foi um exemplo de obstinação em busca de seus objetivos. À minha mãe, Neusa Ferreira, cujo colo, até hoje, representa meu porto seguro. À minha esposa, Monica Lopes, que sempre me deu carinho e apoio incondicional. Às minhas filhas, Suzana Danielly, Juliana Maria, Carla Mariana, Maria Clara; ao meu filho, João Pedro; e à minha neta, Flavinha, que são a razão da minha vida. A todos, dedico este trabalho com muito amor e carinho. dedicatória Ao meu colega de trabalho, Prof. José de Souza Leão, que fez a leitura crítica da versão preliminar e participou com valiosas sugestões. À Profa. Monica Lopes, que contribuiu na edição das figuras apresenta- das no Capítulo 6, Informática Aplicada à Investigação Científica. Aos meus alunos que, em sua ânsia de aprender, sempre me motivaram a fazer o mesmo. Aos profissionais da Editora Rubio, que em muito melhoraram o conteú- do do texto final do livro com seu minucioso trabalho de revisão e suas inúmeras sugestões apresentadas. A todos, os meus mais sinceros agradecimentos. Agradecimentos O fazer ciência envolve um conjunto de normas, protocolos e rubricas próprias, a fim de que este se faça uniforme e democraticamente inter- cambiado entre a comunidade de cientistas, leitores, pesquisadores e seus difusores. Neste sentido, a questão da linguagem da ciência se torna primor- dial. Desvios do padrão de conhecimento compartilhado podem provo- car incompreensões mútuas e recíprocas, capazes de prejudicar o esfor- ço de partilha implícito em toda a atividade de pesquisa. Assim, Redação de Trabalhos Acadêmicos nas Áreas das Ciências Bio- lógicas e da Saúde se reveste de importância e valia ímpares. Se em to- das as áreas há a premissa da necessária uniformização das publicações científicas rumo à disseminação inteligível do conhecimento; no campo das Ciências Biológicas e da Saúde, este esforço se torna ainda mais per- tinente. A contemporaneidade nos oferta conquistas inegáveis e inimaginá- veis em todos os campos do saber. E nos domínios do conhecimento das Ciências Biológicas e da Saúde, este conhecimento cada vez mais se amplia e se refina, com colaboração indelével da academia, das universi- dades e dos centros de pesquisa. Seja em nível de graduação ou de pós-graduação, a diversidade de trabalhos acadêmicos nesta seara vem experimentando uma valiosa e producente elevação quantitativa e qualitativa. Ressalte-se o fato de que o volume de publicações – de papers a teses de doutorado – vem tam- bém registrando grande crescimento, em especial em nosso país. Nossa Universidade Federal de Alagoas se orgulha em também integrar este contexto de produção científica em crescente. Quantos alunos e alunas de graduação e de pós-graduação não são acometidos por dúvidas quanto à forma correta de redigir e de transpor para a superfície dos editores de textos os resultados de seus estudos? Quantos alunos e alunas não são vitimados pelo caráter disperso das orientações quanto a estaescrita, nem sempre aglutinadas de modo didáti- co e aprofundado em uma única publicação guia, completa e elucidativa? E são justamente estas lacunas que a presente publicação pretende preencher e preenche com clareza e justiça. O empreendimento de es- Prefácio clarecer tópicos do vasto universo da metodologia científica é um dos meios para se primar pela qualidade indispensável e pela contundên- cia salutar no desenvolvimento científico e tecnológico. Daí, trabalhos como este, redigido com empenho pelo professor Haroldo da Silva Ferreira, possuem o valor imensurável de contribuir, de modo global, com a ciência e com a academia. Ressalte-se que a dimensão da presente obra não se resume ao texto científico em si, como comumente se conhece. Isto porque a abordagem do professor Haroldo trata desde a proposição do projeto de pesqui- sa, etapa essencial em qualquer itinerário de descoberta e investigação científica, à apresentação de trabalhos com recursos computacionais de multimídia, há muito comuns no universo de escolas e universidades. Se a meta alagoana – e também nacional – é aumentar os índices de formação em nível superior na graduação e na pós-graduação com garantia de qualidade e de inserção no cenário brasileiro e mundial, te- mos com esta publicação um elemento de diferencial competitivo. Isto porque ao ofertar generosamente o passo a passo rumo a tornar público os resultados de horas, dias, meses e anos de dedicação a um objeto de pesquisa, este manual extrapola seus objetivos formais compondo uma ampla diretriz de apresentação do conhecimento elaborado por pesqui- sadores das Ciências Biológicas e da Saúde. Possamos contar em nossa Universidade Federal de Alagoas, assim como nas demais instituições de ensino superior e pesquisa nacionais, com feitos valorosos como este que originou o livro. Ademais, podemos também ver o exemplo desta iniciativa ser disseminado entre os outros domínios do conhecimento e áreas de estudo, já que é fato a necessidade de se estimular este debate para o bem da ciência. Honra-nos escrever estas linhas de abertura porque, além do inegá- vel mérito acadêmico, esta obra sistematiza e coletiviza os ensinamentos que o professor Haroldo vem, há anos, dividindo com nossos alunos e alunas. Trata-se de uma obra que nasceu do solo sagrado da sala de aula e se expande agora em texto na busca por dirimir dúvidas e orientar estudantes Brasil afora. Certamente uma iniciativa que engrandece nossa instituição, fo- menta a produção científica e permite o diálogo de setores de estudo específicos com seus públicos-alvo e com os demais segmentos da socie- dade, beneficiados com mais este apoio rumo à escrita, à leitura e à com- preensão da ciência. Eurico de Barros Lôbo Filho Vice-Reitor (2003-2011), Reitor eleito (2011-2014) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Este manual é resultado de textos produzidos pelo autor na disciplina “Metodologia Científica Aplicada ao Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)” e no módulo “Metodologia do Trabalho Científico”, pertencen- tes, respectivamente, ao Curso de Graduação em Nutrição e ao Mestra- do em Nutrição da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Sua publicação objetiva atender à necessidade de nortear o trabalho de orientadores e alunos na elaboração de trabalhos acadêmicos rea- lizados no âmbito das instituições de ensino e pesquisa das áreas das Ciências Biológicas e da Saúde. Pretende-se que, com o uso deste ma- terial, eles estejam aptos a trabalhar de acordo com as normas vigentes e os preceitos da redação científica, reduzindo as dificuldades e o tem- po investido nessa tarefa. Portanto, haverá mais tempo disponível para maior atenção ao conteúdo e à contribuição científica advinda dessas investigações. No contexto deste manual, trabalho acadêmico diz respeito aos tex- tos elaborados por alunos, sob supervisão de um orientador, como exi- gência curricular para conclusão de cursos, bem como os projetos de pesquisa que os precedem e artigos científicos que os sucedem. Serão abordadas em específico questões relativas aos projetos de pesquisa, tra- balhos de conclusão de curso de graduação, dissertações, teses, artigos originais e artigos de revisão, documentos estes assim definidos: � Projeto de pesquisa: documento que descreve o planejamento de um processo de investigação científica, enfatizando a questão a ser resolvida no contexto de um tema específico e apresentando os ob- jetivos, as razões que justificam sua realização, o caminho metodo- lógico a ser utilizado, os recursos necessários e o cronograma de desenvolvimento das atividades. � Trabalho de conclusão de curso: documento que representa o resul- tado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto esco- lhido, o qual deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, do módulo, do estudo independente, do curso, do programa e de outros ministrados. É recomendado aos alunos que o tema escolhido para Apresentação estudo seja um assunto ou área de interesse a ser investigado do qual o aluno tenha afinidade. Deve ser feito sob a coordenação de um orientador.* � Dissertação: documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou da exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objeti- vo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato. É feito sob a orientação de um dou- tor e visa à obtenção do título de mestre.* � Tese: documento que representa o resultado de um trabalho expe- rimental ou da exposição de um estudo científico de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em investigação ori- ginal, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor) e visa à obtenção do título de doutor.* � Artigo original: divulga os resultados inéditos de pesquisas e per- mite a reprodução destes resultados dentro das condições citadas no mesmo.** � Artigos de revisão: destinam-se à avaliação descritiva e analítica de um tema, tendo como suporte a literatura relevante de artigos já publicados, devendo-se levar em conta as relações, a interpretação e a crítica dos estudos analisados.** Exceto para os artigos, tomou-se como referencial o conjunto de normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), fórum oficial reconhecido pelo governo brasileiro para o es- tabelecimento de normas técnicas e que representa o Brasil na Orga- nização Internacional para Padronização (ISO, do inglês International Standards Organization). Em virtude da atual tendência das instituições em adotar o modelo com inclusão de artigos em substituição ao estilo monográfico para ela- boração dos trabalhos acadêmicos, criou-se uma seção destinada a tratar dessa abordagem. Pelo mesmo motivo, um capítulo foi introduzido com a finalidade de tratar das diretrizes para redação de artigos científicos. Neste, considerando a globalização no processo de produção e divulga- ção científica, adotaram-se as recomendações contidas no documento ela- borado pelo Comitê Internacional de Editores de Periódicos Médicos *Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14724: informação e documentação: tra- balhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2011. **Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil. Instruções aos autores. Disponível em: <http://www.scielo.br/revistas/rbsmi/pinstruc.htm>. Acessado em: 20 de janeiro de 2011. (International Committee of Medical Journal Editors), denominado Re- quisitos Uniformes para Manuscritos Submetidos a Periódicos Biomé- dicos (Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals).* Espera-se que o conteúdo apresentado seja útil aos objetivos pro- postos, contribuindo para facilitar e qualificar a produção científica de alunose docentes das instituições de ensino e pesquisa das áreas das Ciências Biológicas e da Saúde. Alerta-se, contudo, para a existência de um viés decorrente da formação do autor, fundamentado na Epidemio- logia e nos métodos quantitativos. Todas as críticas e sugestões serão muito bem-vindas. Considerando o caráter dinâmico do conhecimento e da redação científica, um traba- lho desta natureza demanda atualizações periódicas, oportunidade em que o feedback dos leitores será levado em consideração. *International Committee of Medical Journal Editors. Uniform Requirements for Manus- cripts Submitted to Biomedical Journals. The New England Journal of Medicine 1997; 336(4):309-16. Sumário 1 Projeto de Pesquisa .......................................................... 1 Introdução ........................................................................ 1 Escolha do tema ............................................................... 2 Estrutura do projeto de pesquisa ....................................... 4 Informações adicionais .................................................... 35 Normas gerais de formatação .......................................... 36 2 Trabalhos Acadêmicos de Conclusão de Curso (Estilo Monográfico) ...................................................... 41 Introdução ...................................................................... 41 Estrutura do trabalho ...................................................... 42 3 Trabalhos Acadêmicos de Conclusão de Curso (Modelo com Inclusão de Artigos) .................................. 67 Introdução ...................................................................... 67 Estrutura do trabalho ...................................................... 68 4 Citação, Sistema de Chamada e Referências ................... 75 Introdução ...................................................................... 75 Citação ........................................................................... 76 Sistema de chamada (apresentação de autores no texto) .. 79 Referência Bibliográfica ................................................... 85 Referência ....................................................................... 94 5 Estrutura e Diretrizes para a Elaboração de um Artigo Científico ................................................... 95 Introdução ...................................................................... 95 Artigo original ................................................................. 98 Artigo de revisão ........................................................... 111 Publicação em eventos científicos .................................. 120 Referências ................................................................... 128 6 Informática Aplicada à Investigação Científica .............. 131 Introdução .................................................................... 131 Utilização do Word na edição de textos ........................ 131 Utilização do Powerpoint® para elaboração de pôster ..... 143 Ferramentas para pesquisa bibliográfica ......................... 150 Referências ................................................................... 174 Apêndices A Modelo de Projeto de Pesquisa (Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso) ................................. 175 B esboço de Trabalho Acadêmico de Conclusão de Curso (Dissertação em Estilo Monográfico) ................. 207 C esboço de Trabalho Acadêmico de Conclusão de Curso (Tese em estilo com inclusão de Artigos) ........... 235 Anexos A Procedimentos Adotados pelo Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFAl para dar entrada no Pedido de diploma .............................. 261 B Conflito de Interesses ................................................... 263 Índice Remissivo ........................................................... 265 Projeto de Pesquisa 1 “A imaginação é mais importante que o conhecimento” Albert Einstein | INTRODUÇÃO A maioria dos cursos de formação acadêmica impõe ao aluno, como requisito para conclusão, a elaboração e apresentação de um trabalho científico. No caso dos cursos de graduação, essa é, quase sempre, a primeira vez que o aluno se defronta com a necessidade de um trabalho dessa natureza. Alguns desses alunos tiveram a oportunidade de partici- par de programas ou estágios de iniciação científica, chegando ao final do curso com maior nível de maturidade para o cumprimento dessa tarefa. Contudo, mesmo nesses casos, poucos passaram pela experiência de “pensar” e escrever o projeto que deu origem à investigação realizada, haja vista que, na maior parte dos casos, tais projetos são definidos e redigidos a priori pelos respectivos orientadores. Entre os objetivos encontrados com maior frequência nos textos que definem as diretrizes relacionadas às competências e habilidades desejáveis na formação dos profissionais dos mais diferentes cursos está a capacidade de desenvolver pesquisa científica. Sem dúvida, para atingir tal objetivo, esses cursos deveriam estar estruturados para tra- balhar o método científico e o desenvolvimento do raciocínio crítico do início à sua concretização. Como nem tudo é perfeito, só no final do curso muitos alunos se deparam com a necessidade da pesquisa. Isso quase não ocorre na pós-graduação (mestrado e doutorado), já que a ideia de produção científica está intrinsecamente relacionada à exis- tência desses cursos e, portanto, seus alunos já iniciam o curso preo- cupados com a pesquisa que irão desenvolver para gerar suas teses ou dissertações. Seja qual for a situação, torna-se evidente a importância dessa etapa na formação do aluno. Para isso, será necessário capacitá-lo e motivá-lo de modo sistemático para a investigação científica, cujo êxito, por sua Redação de Trabalhos Acadêmicos nas Áreas das Ciências Biológicas e da Saúde4 continuará sendo efetuada durante todas as etapas de realização do estu- do, finalizando, apenas, quando todo o trabalho de redação do relatório final estiver concluído. Contudo, é recomendável que já no projeto seja apresentado um capítulo denominado Revisão da Literatura, elemento quase sempre obrigatório no relatório final - quase sempre porque em algumas instituições pode ser substituído por um artigo de revisão. A Figura 1.1 esquematiza a sequência de eventos que culmina com a redação do projeto de pesquisa. | ESTRUTURA DO PROJETO DE PESQUISA O projeto de pesquisa é o planejamento de uma investigação, seja qual for a sua natureza ou finalidade. Define os caminhos e procedimentos na abordagem a um certo problema ou objeto de estudo. Uma pesquisa bem planejada não garante o seu sucesso, mas, com certeza, é impres- cindível para a realização de um trabalho de boa qualidade. O projeto em sua íntegra deverá apresentar a estrutura indicada na Figura 1.2. Parte externa A Norma Brasileira (NBR) 14724:2011 da Associação Brasileira de Nor- mas Técnicas (ABNT) não faz referência ao projeto de pesquisa, mas, FIgURA 1.1 FIgURA 1.2 Fluxo de eventos até a redação do projeto de pesquisa Itens da estrutura de um projeto de pesquisa Projeto de Pesquisa 5 por analogia aos demais trabalhos acadêmicos e conforme recomendava a NBR 14724:2005, a capa deixou de fazer parte dos elementos pré-tex- tuais, passando a compor o que nessa nova versão se denomina “parte externa” (nos demais trabalhos acadêmicos a lombada também recebeu o mesmo tratamento). CAPA Devem constar os dados da instituição, título do projeto, nome do autor, local e ano de publicação. Como opção, pode-se introduzir a logomarca da instituição (Figura 1.3). FIgURA 1.3 Modelo de capa para projeto de pesquisa Redação de Trabalhos Acadêmicos nas Áreas das Ciências Biológicas e da Saúde10 seguida a numeração progressiva dos títulos e subtítulos, os quais de- vem reproduzir com fidelidade o que está no texto. Numeração progressiva Para evidenciar a sistematização do conteúdo do trabalho, sugere-se a nu-meração progressiva para as seções do texto.3 Os títulos dos capítulos (se- ções primárias), tais como Introdução, Revisão da Literatura, Métodos etc., por serem as principais divisões do texto, devem iniciar em folha distinta, precedida (opcionalmente) de uma folha de rosto específica (Figura 1.6). Destacam-se de maneira gradativa os títulos e subtítulos dos capítu- los, utilizando-se os recursos de negrito, itálico e caixa alta. Utiliza-se na digitação o tamanho de fonte 12 em todos os níveis. A formatação e a numeração que aparecem no sumário devem ser as mesmas reproduzi- das, respectivamente, ao longo do texto. Exemplo: 1 SEÇÃO PRIMÁRIA (TÍTULO 1) – CAIXA ALTA, NEGRITO 1.1 SEÇÃO SECUNDÁRIA (TÍTULO 2) – CAIXA ALTA, normal 1.2.1 Seção terciária (Título 3) – Caixa baixa (exceto 1a letra), negrito 1.2.2.1 Seção quaternária (Título 4) – Caixa baixa (exceto 1a letra), normal 1.2.2.2.1 Seção quinária (Título 5) – Caixa baixa (exceto 1a letra), itálico É preciso redobrar os cuidados para que títulos e subtítulos e a devida numeração atribuída no sumário sejam reproduzidos com fidedignidade no corpo do trabalho. Os títulos sem indicativo numérico (errata, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumos, sumário, referências, glossário, apêndices, anexos e índice) devem ser centralizados, redigidos com fonte Arial ou Times New Roman, corpo 14 e em negrito. FIgURA 1.6 Exemplo de folha de rosto anterior aos capítulos do trabalho Redação de Trabalhos Acadêmicos nas Áreas das Ciências Biológicas e da Saúde24 População, amostra e amostragem � População: é o conjunto de indivíduos que ocupa uma certa área em um determinado intervalo de tempo. Em estatística, representa a totalidade de indivíduos dentro de uma área de amostragem deli- mitada no espaço e no tempo sobre a qual serão feitas inferências. � Amostra: consiste em um subconjunto retirado da população a fim de que seu estudo possa fornecer informações sobre aquela popula- ção. Se essa amostra foi obtida de forma adequada, chega-se a resul- tados que podem ser imputados à população. � Amostragem: quando se realiza um estudo quase nunca são exami- nados todos os elementos da população em que se está interessado. Isso decorre de motivos operacionais, financeiros e de tempo, entre outros. Todavia, pode-se trabalhar com uma parte da população e, a partir das estimativas realizadas nesse subconjunto, estender os resultados para a devida população. Para isso, a amostra deve ser planejada de modo adequado, o que se faz por meio de amostragem, que é a técnica para se obter uma amostra de uma população. Uma amostra bem planejada visa não só ser representativa do uni- verso do qual foi retirada, mas, também, reduzir o erro amostral decor- rente da variabilidade que cada amostra pode apresentar em relação a outras amostras e ao próprio universo e, ainda, eliminar a presença de vieses que possam levar a conclusões equivocadas. Portanto, em um levantamento amostral devem-se definir com ob- jetividade a característica a ser pesquisada e a população de interesse. Um dos meios de se conseguir representatividade é fazer com que o processo de amostragem seja, de alguma maneira, aleatório, ou seja, to- talmente ao acaso, evitando-se a parcialidade (vício ou viés) na seleção. QUADRO 1.1 Caracterização dos principais estudos epidemiológicos Classificação Nome Unidade de análise Observacional Descritivo Relato de caso Indivíduos Série temporal Indivíduos/coletividades Analítico Ecológico Agregado Transversal Indivíduos Casos e controles Indivíduos Coorte Indivíduos Experimental Ensaio clínico randomizado controlado Indivíduos (pacientes) Ensaio de campo Indivíduos (saudáveis) Ensaio comunitário Indivíduos saudáveis de uma comunidade Projeto de Pesquisa 37 O projeto deve ser digitado em papel A4 (210mm × 297mm), fonte Times New Roman ou Arial, corpo 12 para o texto e em espaço de 1,5 nas entrelinhas. No caso das citações diretas longas (quando ocupam mais de três linhas) e nas notas de rodapé, utilizar fonte com corpo 10 e espaço 1 nas entrelinhas. O layout de página é definido no formato retrato, com margens de 3cm à esquerda e na parte superior e de 2cm à direita e na parte inferior. Quando houver necessidade de configurar a página para o formato “pai- sagem” (em geral para incluir tabelas, figuras etc.), a margem superior (na qual ocorrerá a fixação no processo de encadernação) deverá passar a ter 3cm, mantendo as demais 2cm (Figura 1.9) Todas as folhas do projeto, a partir da folha de rosto, devem ser con- tadas em sequência, mas não numeradas. A numeração é colocada, a partir da primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da página. A NBR 14724:2011 faculta a possibilidade de imprimir nos dois la- dos da folha, exceto para os elementos pré-textuais. Neste caso, seguem- se as seguintes normas de paginação e configuração de página: � Os elementos pré-textuais devem iniciar no anverso da folha, com exceção dos dados internacionais de catalogação na publicação (fi- cha catalográfica) que devem vir no verso da folha de rosto. � As folhas com os elementos pré-textuais devem ser contadas, mas não numeradas (considerar apenas o anverso, já que não haverá im- pressão no verso). � As margens devem ser para o anverso, esquerda e superior de 3cm e direita e inferior de 2cm; para o verso, direita e superior de 3cm e esquerda e inferior de 2cm. � A numeração das páginas deve ser colocada no anverso da folha, no canto superior direito; e no verso, no canto superior esquerdo. FIgURA 1.8 Exemplos de alguns tipos de gráficos Fonte: SOUNIS, 1975.12 Projeto de Pesquisa 39 FIgURA 1.9 (continuação) No Capítulo 6, Informática Aplicada à Investigação Científica apre- sentam-se alguns procedimentos para formatação do documento utili- zando-se o software Word® para Windows®. | REFERêNCIAS 1. Minayo MCS. Pesquisa Social: Teoria, Método e Criatividade. 6. ed. Petrópolis: Editora Vozes; 1996. 2. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6028: informação e documenta- ção: Resumo: Apresentação. Rio de Janeiro; 2003. 3. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6024: Informação e Documenta- ção: Numeração progressiva das seções de um documento escrito: Apresentação. Rio de Janeiro; 2003. 4. Barros AJP, Lehfeld NAS. Projeto de pesquisa: propostas metodológicas. Petrópo- lis: Vozes; 1999. 5. Almeida Filho N, Rouquayrol MZ. Elementos de metodologia epidemiológica. In: Epidemiologia & Saúde. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2003. p. 149-177. 6. Ferreira LM. (Coord.). Orientação normativa para elaboração e apresentação de teses. São Paulo: Livraria Médica Paulista Editora; 2008. 84 p. Trabalhos Acadêmicos de Conclusão de Curso (Estilo Monográfico) 2 “Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho caminhando, refazendo e retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar.” Paulo Freire | INTRODUÇÃO Neste capítulo, serão abordadas as questões relativas à estrutura, à forma e ao conteúdo dos trabalhos acadêmicos de conclusão de curso, sejam de graduação (conhecidos como TCC), de especialização ou decorren- tes dos cursos de mestrado (dissertações) e doutorado (teses). Salvo diferenciais específicos determinados pelas instituições em que os traba- lhos são realizados, todos apresentam a mesma configuração; só diferem no nível de complexidade exigido na definição do objeto de estudo e nas abordagens metodológicas e analíticas. No caso específico das teses, demandadas para conclusão de cursos de doutorado, a originalidade do estudo é um dos requisitos, enquanto para os trabalhos de conclusão de curso e dissertações não há essa exigência. Assim estimado, neste texto, o termo “trabalho de conclusão” será empregado de modo indistinto para se referir ao TCC, à dissertação e à tese. Quando for necessário, será chamada a atenção paraeventuais diferenças relacionadas a esses traba- lhos. Contudo, considerando a tendência crescente das instituições de ensino de substituir o estilo monográfico pelo modelo com inclusão de artigos, esse estilo específico será tratado no Capítulo 3, Trabalhos Acadêmicos de Conclusão de Curso (Modelo com Inclusão de Artigos). Para os iniciantes em pesquisa, segundo Barros & Lehfeld (1986),1, é mais importante que se preocupem em aplicar o método científico do que em enfatizar os resultados obtidos em seu trabalho de con- clusão. O objetivo desses principiantes deve ser aprender a percorrer as fases do método científico e a colocar em operação técnicas de investigação, tornando-se, nesse processo, cada vez mais capacitado a realizar pesquisas. O estudante, apoiando-se em observações, aná- lise e conclusões obtidas por meio de uma reflexão crítica, vai, aos poucos, formando o seu espírito científico, processo este que requer Trabalhos Acadêmicos de Conclusão de Curso (Estilo Monográfico) 45 FIgURA 2.3 Exemplo de lombada para trabalhos acadêmicos de conclusão de curso Trabalhos Acadêmicos de Conclusão de Curso (Estilo Monográfico) 59 alterações da proposta inicial, as quais, apesar disso, ainda são estreita- mente relacionadas. Nesse caso, o autor deverá “problematizar” em sua introdução de modo a se articular com a nova realidade. Na realidade do trabalho acadêmico ocorre, também, necessidade de mudar por com- pleto o projeto proposto, e nessa situação é óbvio que toda a introdução deverá ser refeita. Em quaisquer circunstâncias do trabalho acadêmico, a introdução terá sempre a função de fornecer informações sobre a natureza, a importância e as razões para a realização da pesquisa. Para isso, diversos subitens são FIgURA 2.13 Sequência em que os elementos pré-textuais, além da capa, devem ser organizados no corpo do trabalho acadêmico de conclusão de curso Trabalhos Acadêmicos de Conclusão de Curso (Modelo com Inclusão de Artigos) 3 “A ciência não passa do bom-senso exercitado e organizado.” Aldous Huxley | INTRODUÇÃO A principal fonte de produção científica no Brasil são os programas de pós-graduação vinculados à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), órgão pertencente ao Ministério da Educa- ção (MEC).1 No rigoroso sistema de avaliação adotado por esse órgão, a ênfase recai sobre a quantidade e a qualidade da publicação procedente do que é pesquisado pelos docentes e alunos desses programas.2 Nesse processo, os cursos que receberem notas menores do que 3 não são auto- rizados a funcionar ou são descredenciados se já estiverem em operação. Esse sistema de avaliação tem gerado enorme pressão no âmbito das instituições que dispõem de cursos de mestrado e/ou doutorado. Para serem bem-sucedidas nesse processo, suas coordenações requerem de seus docentes uma produção científica compatível com as exigências da CAPES para que, pelo menos, se mantenham em seu atual conceito. Assim, o docente que não conseguir publicar certo número de artigos em revistas de boa qualificação (na maioria, pelo menos três artigos por triênio) é descredenciado do curso, ficando impossibilitado de receber e orientar novos alunos. Sem dúvida, esses programas buscam estratégias que se baseiam em suas avaliações internas, objetivando fomentar a produção cien- tífica do seu grupo. Nessas avaliações, percebeu-se que muitas dis- sertações e/ou teses de boa qualidade cumprem, apenas, a função burocrática estabelecida como norma para a conclusão do curso. Isso ocorre muito em virtude de o aluno, ao final do curso, retornar ao seu local e rotina de trabalho e, em grande parte das vezes, não ter qualquer motivação para transformar seu trabalho de conclusão em artigo científico, tornando possível sua publicação em um periódico especializado. Trabalhos Acadêmicos de Conclusão de Curso (Modelo com Inclusão de Artigos) 69 três (elementos pré-textuais, elementos textuais e elementos pós-textu- ais), conforme descrito na Figura 2.1 do capítulo anterior. Para a parte externa, não existem diferenças entre os dois modelos. Logo, aqui serão abordados apenas os componentes da parte interna. Parte interna ElEMEnTos Pré-TExTuAIs Praticamente não existem diferenças entre os dois modelos, trabalhos acadêmicos de conclusão de curso em estilo monográfico e em modelo com inclusão de artigo, de maneira que as diretrizes para sua formatação e redação podem ser consultadas nos itens respectivos do Capítulo 2, Trabalhos Acadêmicos de Conclusão de Curso (Estilo Monográfico). Uma atenção especial deve ser dada à elaboração do resumo (e, por conseguinte, do abstract), uma vez que neste deverá constar, além das abordagens já citadas, um esclarecimento sobre como o trabalho está organizado, enfatizando os títulos dos artigos inseridos, seus objetivos, métodos, principais resultados e conclusões. No final, apresentam-se as conclusões do trabalho como um todo, conclusões estas articuladas com os objetivos propostos no início do resumo. Para distingui-lo dos resumos relativos aos artigos que serão inseridos no capítulo de resulta- dos, este será denominado Resumo geral, conforme consta no exemplo a seguir (Figura 3.1). ElEMEnTos TExTuAIs Os elementos textuais são representados pelos seguintes itens: � Apresentação. � Revisão da literatura. (Pode ser substituída por um artigo de revisão, mas, nesse caso, este capítulo não existirá, e o respectivo artigo apa- recerá no capítulo de resultados.) � Métodos. � Resultados (artigo de revisão opcional ou substituto do capítulo de revisão da literatura; artigo original). � Considerações finais. Apresentação Texto preliminar que, em um trabalho de conclusão cujo estilo seja o de inclusão de artigos, substitui a tradicional introdução constante nos trabalhos em estilo monográfico. Todavia, mantém as mesmas funções esperadas de uma boa introdução. A justificativa para a utilização dessa nomenclatura baseia-se no fato de que os artigos introduzidos represen- Citação, Sistema de Chamada e Referências 4 “O homem branco riscou na areia um círculo pequeno e falou ao pele vermelha: Isto é o que os índios sabem. Depois, riscando um círculo maior em torno do pequeno, acrescentou: E isto é o que o branco sabe. O selvagem tomou o bastão e traçou um círculo ainda maior, abrangendo ambos os círculos, e disse: Isto é o que branco e vermelho não sabem.” Carl Sandburg | INTRODUÇÃO Citações são menções no texto a informações obtidas de outros traba- lhos, cuja função é esclarecer ou fundamentar os argumentos ou análi- ses do autor.1 Na redação científica, o texto deve ter embasamento na literatura ou nos resultados do próprio trabalho. Qualquer frase intro- duzida sem atender a essas características deve deixar evidente que de- corre da interpretação ou especulação do autor, ou seja, nada pode ficar sem fundamentação. Assim, toda informação constante de um texto que tenha sido extraída de outro texto é denominada “citação”, e a fonte original deve ser obrigatoriamente identificada por meio de um “sistema de chamada” que remete à respectiva referência. Esta é definida como “um conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite a sua identificação individual”.2 Por exemplo: Considerando os riscos e benefícios advindos da utilização da mul- timistura, não se justifica sua utilização como estratégia de pre- venção da desnutrição. (FERREIRA; CAVALCANTE; ASSUNCAO, 2010). FERREIRA, H. S.; CAVALCANTE, S. A.; ASSUNCAO, M. L. Compo- sição química e eficácia da multimistura como suplemento dietéti- co: revisão da literatura. Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, suppl. 2, p. 3207-3220, 2011. O texto “Considerando os riscos [...] prevenção da desnutrição” é uma citação. O texto entre parênteses “(FERREIRA; CAVALCANTE; ASSUN- CAO, 2010)” representa o sistema de chamada, neste caso, no forma- Citação, Sistema de Chamada e Referências 79 Observação:quando houver dois ou mais autores na mesma citação, como neste caso, estes são colocados em ordem alfabética. Citação da citação É a citação direta ou indireta de um texto em que não se teve acesso ao original. Não deve ser uma situação rotineira, pois todo esforço deve ser empreendido para se obter acesso ao texto original que se preten- de citar. Dependendo da situação, o autor ao utilizar uma citação da citação pode ser induzido a erro se o contexto em que as informações foram lidas diferir daquele em que o autor original as publicou. Con- tudo, algumas vezes é quase impossível obter o documento primário e, diante da importância da utilização daquela informação, lança-se mão deste recurso. No texto, coloca-se o sobrenome do autor e ano de publicação do documento em que não se teve acesso ao original, seguido da expressão apud (citado por) e, em seguida, o sobrenome do autor e ano de publi- cação do documento efetivamente consultado. Exemplo: Segundo Batista-Filho (1991 apud FERREIRA, 2000, p. 129), “é provável que nenhuma outra situação do processo saúde-doença esteja tão estreitamente associada às condições socioeconômicas como o estado nutricional”. Ou É provável que “nenhuma outra situação do processo saúde-doen- ça esteja tão estreitamente associada às condições socioeconômi- cas como o estado nutricional” (BATISTA FILHO, 1991 apud FER- REIRA, 2000, p.129). Observe-se que, nesse exemplo de citação da citação, há um trecho entre aspas, indicando uma transcrição literal. Portanto, trata-se de uma citação da citação em relação ao documento original, mas citação direta em relação ao documento consultado. Tal aspecto justifica a inclusão do número da página do trabalho consultado no local em que se encontra o trecho citado. Caso contrário, se não houvesse tido transcrição literal (citação indireta), não seria necessário incluir tal informação. SISTEMA DE CHAMADA (APRESENTAçãO DE AuTORES NO TExTO) De acordo com a ABNT, as citações devem ser indicadas no texto por um sistema de chamada, que pode ser numérico ou autor-data. Qualquer Redação de Trabalhos Acadêmicos nas Áreas das Ciências Biológicas e da Saúde94 ABNT Vancouver PAFFER, A. T. et al. Association between child malnutrition and maternal common mental disorders: the potential role of associated disability. Journal of Epidemiology and Community Health. London, 2010. In press. Disponível em: http://jech.bmj.com/citmg r?gca=jech;jech.2010.108266v1. Acesso em: 10 fev. 2010. Paffer AT, Paula CS, Ferreira HS, Vieira RC, Miranda, CT. Association between child malnutrition and maternal common mental disorders: the potential role of disability. J Epidemiol Community Health. 2010 Nov; [Epub ahead of print; cited 2011 Fev 10]. Available from: http://jech.bmj.com/citmgr? gca=jech;jech.2010.108266v1 | REFERêNCIAS 1. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10520: informação e documenta- ção: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro; 2002. 2. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023: informação e documenta- ção: referências: elaboração. Rio de Janeiro; 2002. 3. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10520: informação e documenta- ção: citação em documentos: apresentação. Rio de Janeiro; 2002. 4. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10520: informação e documenta- ção: citação em documentos: apresentação. Rio de Janeiro; 2002. 5. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023: informação e documenta- ção: referências: elaboração. Rio de Janeiro; 2002. 6. International Committee of Medical Journal Editors. Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals. N Eng J Med 1997; 336(4):309- 16. 7. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023: informação e documenta- ção: referências: elaboração. Rio de Janeiro; 2002. 8. Spector N. Manual para a redação de teses, projetos de pesquisa e artigos cientí- ficos. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001. 9. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6032: Abreviação de títulos de periódicos e publicações seriadas: Rio de Janeiro; 1989. Estrutura e Diretrizes para a Elaboração de um Artigo Científico 5 "Não se chegará jamais à paz com um mundo dividido entre a abundância e a miséria, o luxo e a pobreza, o desperdício e a fome. É preciso acabar com essa desigualdade social." Josué de Castro | INTRODUÇÃO A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em sua norma brasi- leira (NBR) 6022,1 define artigo científico como uma publicação de auto- ria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento. Nesse mesmo documen- to, figuram normas que definem sua estrutura e formatação. Contudo, ao se elaborar o artigo, é preciso respeitar a regulamentação própria de cada revista. Por essa razão, é recomendável que os autores definam com an- tecedência para qual revista o artigo será submetido, para, desde o início, efetuarem a redação segundo os devidos moldes. Todavia, na maioria das vezes, os autores elaboram o texto usando uma formatação genérica e, só após a conclusão dessa etapa, considerando as especificidades do assunto abordado, a relevância e a qualidade do texto produzido (segundo sua percepção), escolhem a revista mais adequada para submissão. Em segui- da, consultam a seção Instruções aos autores (disponível nos sites ou no final dos exemplares na versão impressa da revista) para que todo o texto seja revisado conforme as normas editoriais ali definidas. Portanto, é esse formato genérico que será tratado no presente Capítulo. Nota 1: as revistas científicas apresentam diferentes níveis de qua- lidade na área de conhecimento em que publicam. O indicador utilizado com maior abrangência para discriminar esses níveis é o chamado “fator de impacto”, uma medida calculada levando-se em conta fatores como o número de artigos publicados em deter- minado periódico e o número de citações a esses artigos no mes- mo intervalo de tempo. Quanto maior o fator de impacto, maior o prestígio da revista e, em consequência, a dificuldade que os auto- res têm em conseguir que seus artigos sejam ali publicados. Estrutura e Diretrizes para a Elaboração de um Artigo Científico 111 fIGURA 5.2 Prevalência estimada (%) das modalidades de aleitamento materno segundo idade da criança. Distrito federal, 1994. A prevalência de aleitamento artificial foi obtida por diferença (100 – somatório das prevalências das demais modalidades de aleitamento materno, estimadas pela transformação logito). Os tipos de aleitamento materno foram definidos nos seguintes termos: a) aleitamento exclusivo: crianças alimentadas somente apenas no seio materno, sem uso de água, chás e sucos; b) aleitamento predominante: crianças alimentadas no seio materno, às quais foram administradas, também, água, chá e suco, de maneira isolada ou associada; c) aleitamento parcial: crianças alimentadas no seio materno e às quais já era administrado o leite de vaca, independentemente da introdução de água, chá, suco ou cereais e; d) aleitamento artificial: crianças que não estavam sendo alimentadas no seio materno Fonte: adaptado de Sena et al., 2002.13 TíTULOS E LEGENDAS Nota: na preparação do manuscrito para submissão, apresenta-se cada figura, quadro ou tabela em folha à parte. No caso das figu- ras, outra página é reservada para indicação dos títulos e legendas. | ARTIGO DE REvISÃO Conceito A ABNT1 define artigo de revisão como uma publicação que resume, analisa e discute informações já publicadas, fato este que o distingue do artigo original que apresenta temas ou abordagens originais. Classificação Os artigos de revisão se classificam em: � Revisão narrativa. � Revisão sistemática com ou sem metanálise. REvISÃO NARRATIvA Os artigos de revisão narrativa se distinguem daqueles classificados como de revisão sistemática em virtude de seusobjetivos e, em conse- quência, dos métodos empregados em sua elaboração. Ao contrário dos artigos de revisão sistemática, são publicações que, necessariamente, não visam responder a uma pergunta específica ou testar uma hipótese. Sua proposta é descrever e discutir o que existe de mais avançado em relação a um determinado assunto (estado da arte).6 Estrutura e Diretrizes para a Elaboração de um Artigo Científico 115 O símbolo da Colaboração Cochrane é formado por uma fi- gura que representa, em sua parte central, um gráfico de me- tanálise de sete ensaios clínicos randomizados. A metanálise que serviu de modelo para a figura foi relativa a um estudo sobre gravidez e cuidados perinatais. Cada linha horizontal simboliza o resultado de um desses trabalhos. Eles procura- vam responder à pergunta: o uso de corticosteroides no período próximo ao nascimento de bebês prematuros diminui a mortalidade neonatal? O resultado dessa metanálise indicou uma resposta afirmativa para a questão e isso está representado em gráfico pelo losango na parte inferior esquerda do gráfico. Tal estudo permitiu adotar essa prática clínica como conduta baseada em evidências, com um saldo de muitas vidas salvas em todo o mundo. Fonte: Centro Cochrane do Brasil.19 Recomenda-se que a revisão sistemática seja efetuada em sete passos (Cochrane Handbook):18 � Formulação da pergunta: como em qualquer outra pesquisa, uma revisão sistemática deve ser iniciada com a formulação de uma per- gunta que norteará a elaboração do projeto, cuja realização terá como propósito encontrar a resposta adequada a essa indagação. � Localização e seleção dos estudos: devem ser utilizadas todas as fontes de busca para localização e identificação dos estudos de rele- vância para a área de estudo em questão (MEDLINE, SciELO, Co- chrane Controlled Trials Database etc.). Para cada uma dessas fontes utilizadas deve ser detalhada a estratégia de busca utilizada. � Avaliação crítica dos estudos: são critérios para determinar a vali- dade dos estudos selecionados. Essa avaliação crítica permite deter- minar quais estudos serão utilizados na revisão. Os que não preen- cherem os critérios de qualidade deverão ser citados, com a devida explicação do motivo de sua exclusão. � Coleta de dados: devem ser observadas nos estudos e resumidas to- das as variáveis estudadas, além das características do método, dos participantes e dos desfechos de interesse, que permitirão determi- nar a possibilidade de comparação dos estudos selecionados. � Análise e apresentação dos resultados: os estudos deverão ser agru- pados segundo suas semelhanças (características em comum). Cada um desses agrupamentos deverá ser preestabelecido no projeto, bem como a forma de apresentação gráfica e numérica, para facilitar o entendimento do leitor. Quando aplicado um método estatístico na análise e na síntese dos resultados dos estudos incluídos, tem-se uma revisão sistemática com metanálise. Informática Aplicada à Investigação Científica 6 “Um homem se humilha Se castram seu sonho Seu sonho é sua vida E a vida é trabalho E sem o seu trabalho Um homem não tem honra E sem a sua honra Se morre, se mata!” Gonzaguinha | INTRODUÇÃO Com o avanço tecnológico observado no campo da informática, existe uma infinidade de aplicativos que são executados na internet, bem como diversos softwares de grande utilidade na prática científica. O objetivo deste capítulo é apresentar algumas dessas ferramentas, ilustrando os procedimentos básicos para sua utilização. No que diz respeito ao emprego desses recursos, pode-se comparar com o aprender a andar de bicicleta. Por mais que se domine a teoria, só se aprende mesmo na prática. Assim, neste capítulo não se tem a preten- são de oferecer um “curso” de informática, mas apenas mostrar o ponto de partida. O caminho a ser seguido será construído pelo “caminhar” individual de cada leitor à frente de seu computador. | UTILIZAÇÃO DO WORD NA EDIÇÃO DE TEXTOS O Microsoft Office Word é um processador de texto criado por Richard Brodie em 1989 para ser utilizado em computadores com o sistema operacional DOS. Mais tarde foram criadas versões para o Microsoft Windows (1989) e outros sistemas operacionais. Hoje em dia, faz parte do conjunto de aplicativos do Microsoft Office. Entre a infinidade de aplicações desse software, neste texto serão de- talhadas aquelas relacionadas à formatação do trabalho acadêmico. Antes de tudo, será necessário conhecer melhor a interface do pro- grama, de maneira mais específica da versão conhecida como Word 2007. A Figura 6.1 reproduz a chamada “faixa de opções”, em que se destacam as “guias”, os “botões de comando” e os “grupos de comando”. Dentro de cada uma das guias, encontram-se grupos de tarefas com- postos por botões de comando. No caso apresentado na Figura 6.1, os Redação de Trabalhos Acadêmicos nas Áreas das Ciências Biológicas e da Saúde134 Procedimento: � Coloque o cursor sobre o parágrafo a ser formatado. � Na guia “Início”, acione o grupo “Parágrafo”. � Na caixa de diálogo correspondente (Figura 6.3), no campo “Geral”, no item “Alinhamento” marque “Justificada”. � No campo “Recuo”, marque 8cm à esquerda. � Em “Espaçamento entre linhas” marque 1,5 linha. � Pressione “OK”. O texto original assumirá a seguinte aparência: Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Facul- dade de Nutrição da Universidade Federal de Alagoas como requi- sito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Nutrição. Exemplos de aplicação desse procedimento podem ser visualizados nas Figuras 1.4 e 2.4 (Modelos de folha de rosto para projetos e trabalhos acadêmicos de conclusão de curso), respectivamente, nos Capítulos 1 e 2, Projeto de Pesquisa e Trabalhos Acadêmicos de Conclusão de Curso (Estilo Monográfico), respectivamente. Definição de tipo e tamanho de fonte O usuário pode elaborar seu texto definindo uma infinidade de fontes e em diversos tamanhos: FIGURA 6.3 Caixa de diálogo “Parágrafo” Redação de Trabalhos Acadêmicos nas Áreas das Ciências Biológicas e da Saúde138 � Após esse procedimento, todas as páginas serão consecutivamente numeradas em seu canto superior direito. Posicione o cursor sobre o número de página que não deve aparecer e dê dois cliques, o que acionará a guia “Design” e respectivos grupos e botões de comando. Ative “Primeira Página Diferente”, conforme demonstrado na Figura 6.7. O número de página deixará de ser apresentado. � Repita o procedimento nas demais páginas nas quais não devem ser apresentados os respectivos números de página. Algumas pessoas com dificuldade em realizar esse procedimento, preferem preparar o texto em documentos distintos: um arquivo para os elementos pré-textuais e outro para os elementos textuais. Nesse caso surge um novo problema. No arquivo dos elementos textuais, ao se in- serir a numeração de página, esta será iniciada pelo número 1, quando o correto seria o valor seguinte ao número de páginas dos elementos pré-textuais. Neste caso, procede-se da seguinte maneira: � Acione a guia “Inserir” e, após, clique no botão “Número de Página”; escolha a opção “Formatar Números de Página”. No quadro que se abre, defina qual número deve ser apresentado na página especifi- cada (Figura 6.8) e clique em “OK”: a página receberá a numeração que foi definida e as seguintes, a numeração subsequente. Elaboração de tabelas Duas formas permitem a elaboração de tabelas, partindo ambas da guia “Inserir” e, depois “Tabela”. A partir dessa sequência, escolhe-se “Inserir Tabela” ou “Desenhar Tabela”. Como se verifica na Figura 6.9, exis- te, ainda, a opção “Tabelas Rápidas”, em que tabelas pré-configuradas encontram-se disponíveis. FIGURA 6.7 Configuração de numeração de página Informática Aplicada à Investigação Científica 141 FIGURA 6.11 FIGURA 6.12 FIGURA 6.13 Caixa de diálogo para inserção de linhas ou colunas Caixa de diálogo “Mesclar Células” Caixa de diálogo“Dividir Células” TABELA 6.1 Tabela inicial Municípios Amostra Prevalência de anemia Leve Moderada Grave Total n (%) n (%) n (%) n (%) Maceió 2.000 180 9,0 80 4,0 Arapiraca 1.500 180 12,0 75 5,0 TABELA 6.2 Tabela com células mescladas e com células divididas Municípios Amostra Prevalência de anemia Leve Moderada Grave Total n (%) n (%) n (%) n (%) Maceió 2.000 180 9,0 80 4,0 40 2,0 300 15,0 Arapiraca 1.500 180 12,0 75 5,0 45 3,0 300 20,0 Informática Aplicada à Investigação Científica 143 Para esta última alternativa, marque/desmarque os botões laterais do campo “Visualização”. A tabela corretamente configurada deveria ter a seguinte aparência: Tabela – Prevalência de anemia em crianças menores de 5 anos de idade, segundo município de residência e grau de severidade Municípios Amostra Prevalência de anemia Leve Moderada Grave Total n (%) n (%) n (%) n (%) Maceió 2000 180 9,0 80 4,0 40 2,0 300 15,0 Arapiraca 1500 180 12,0 75 5,0 45 3,0 300 20,0 Fonte: dados fictícios. Outra alternativa interessante e muito útil para a edição de tabelas é a utilização dos botões de comando disponíveis na guia “Design”. Esta guia só aparece disponível quando o cursor está no interior de uma ta- bela. Ao fazer isso e clicar na guia “Design”, a faixa de opções assume a seguinte aparência (Figura 6.16): Ao acionar o botão “Desenhar Tabela”, o cursor do mouse assume um formato de lápis. Com ele é possível “desenhar” novas células, li- nhas ou colunas. Caso já existam, mas não estejam apresentadas (função bordas), basta clicar ou arrastar o lápis sobre a linha e elas aparecem para impressão. Logo, a função dividir células pode ser executada facil- mente com essa funcionalidade. Efeito oposto é obtido ao se acionar o botão “Borracha”. O cursor assume a aparência de uma borracha com a qual se pode apagar linhas e, portanto, mesclar células. Observe-se, ainda, na Figura 6.16, a existência de uma série de bo- tões com os quais se pode editar a figura: alterar a cor e a espessura das linhas, criar padrões predefinidos, alterar a cor de preenchimento no interior das células etc. UTILIZAÇÃO DO POWERPOINT® PARA ELABORAÇÃO DE PÔSTER O PowerPoint®, um dos aplicativos que integram o Microsoft Office, é um programa que permite a criação e a exibição de apresentações. Seu objetivo é informar sobre um determinado tema, fazendo uso de ima- gens, sons, textos e vídeos que podem ser animados de diferentes ma- FIGURA 6.16 Faixa de opções Design de tabelas Informática Aplicada à Investigação Científica 149 A Figura 6.24 ilustra alguns slides com planos de fundo configurados conforme as diversas alternativas anteriormente mencionadas. Conforme já alertado, os tons utilizados nos planos de fundo podem se confundir com os que foram empregados nos textos e figuras que deve- rão ser apresentados no pôster. Para evitar tal inconveniente, procede-se da seguinte forma: � Clique com o botão direito do mouse para ativar a caixa de diálogo “Formatar Plano de Fundo”. � No último item da caixa de diálogo, em que consta um controle des- lizante denominado “transparência”, faça o devido ajuste até obter uma boa visualização de todos os elementos constantes do banner. Veja na Figura 6.25 a distinção entre dois slides, sendo o primeiro sem atenuação da transparência e o segundo com redução de 50% dessa propriedade. Concluída a elaboração do banner, é fundamental verificar o resulta- do final no modo “Visualização de Impressão” antes de salvar o material para impressão (em virtude das dimensões do pôster, esse trabalho cos- tuma ser realizado por empresas especializadas). Isso é importante, pois em muitas ocasiões o que se vê no modo de edição não é exatamente o que será visto no modo de impressão. Além disso, quanto à resolução das figuras, fotos etc., elas podem ser adequadas para impressão em uma folha de papel ofício, mas não em um banner. Para isso, clique no Botão Office (ícone no canto superior esquerdo da tela), vá em “Imprimir” e depois em “Visualização de Impressão”. O banner será mostrado na tela exatamente como será impresso. Outra alternativa, também recomendada, é imprimir o arquivo no formato reduzido no tamanho de uma folha de papel (ofício ou A4): FIGURA 6.24 Slides configurados com diferentes preenchimentos de planos de fundo. Sólido (A); gradual (B); textura (C); imagem de arquivo (D); imagem do Clip-art (E) Informática Aplicada à Investigação Científica 159 � Já no âmbito da janela em que consta o resumo do artigo em questão, clique sobre o nome da revista (como indicado pela seta na Figura 6.39). Na caixa de diálogo que surgir, clique na opção “NLM Catalog”. � Aparecerá uma tela com todas as informações sobre a revista, tal como seu título completo e abreviado, local de edição, entre várias outras informações (Figura 6.40). FIGURA 6.36 FIGURA 6.37 FIGURA 6.38 Indicação do endereço da página do PubMed Digitação da revista de interesse no “campo de pesquisa” Janela do PubMed indicando resultados para a procura de artigos pelo critério “American Journal of Clinical Nutrition” Redação de Trabalhos Acadêmicos nas Áreas das Ciências Biológicas e da Saúde168 Ao clicar em um dos serviços, no do LILACS, por exemplo, apresen- tam-se as 878 referências ali localizadas. A Figura 6.53 demonstra esse resultado. Da mesma forma, no SciELO é possível realizar a seleção e o envio das referências selecionadas para e-mail, impressão ou exportação, con- forme informações já disponibilizadas. Nem todos os documentos que são localizados na BIREME estão disponíveis na íntegra em formato eletrônico. Em alguns casos, apenas o acesso ao resumo e/ou abstract é disponibilizado. Se a leitura do material na íntegra for necessária, o usuário deverá lançar mão de alguns meios, que serão discutidos em seção mais adiante. Realizando buscas pelo Dot.Lib A Dot.Lib distribui conteúdo acadêmico e profissional on-line a várias instituições em todo o mundo, nos mais variados formatos de publica- ções eletrônicas. Em seu site é possível realizar busca por periódicos, FIGURA 6.53 Página de resultados de uma pesquisa na BIREME, utilizando-se o termo “anemia crianças” pelo método “por palavras”, na opção “LILACS”
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