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Alimentação Coletiva Aspectos físicos e funcionais das Unidades de Alimentação e Nutrição O estudo e execução do projeto da UAN considera aspectos: ❖ Planejamento físico da UAN: ➔ Otimização de custo de investimento e de funcionamento ➔ Racionalização das áreas e dos equipamentos ➔ Possibilidade de ampliação futura ➔ Eficiência dos equipamentos vitais ➔ Boa dissociação dos principais circuitos •Clientes •Gêneros •Lixo ➔ Aprovisionamento ● Área para recebimento das mercadorias ● Plataforma de descarga ● Área de inspeção, pesagem e higienização ● Áreas de estocagem ● Área para armazenagem de alimentos à temperatura ambiente ● Área para armazenagem refrigerada ➔ Processamento Alimentação Coletiva ● Áreas para preparações prévias ● Área para cocção ● Áreas para expedição das preparações ● Áreas para higienização dos utensílios utilizados no processamento ● Área para cozinha dietética (hospitais) ➔ Distribuição ● Copa para distribuição das refeições ou de apoio ● Salão de refeições (refeitório) ● Área para higienização de bandejas ● Área para distribuição do cafezinho ● Copa de distribuição nas unidades de internação (hospital) ➢ Localização: Deve-se, sempre que possível, localizar-se em pavimento térreo •Fácil acesso externo para abastecimento •Iluminação natural •Ótimas condições de ventilação ➔ A localização térrea também facilita: •O acesso de fornecedores e comerciantes •Remoção do lixo •Redução nos custos de implantação e manutenção de elevadores e tubulações ➢ CONFIGURAÇÃO GEOMÉTRICA DA COZINHA: A forma mais indicada é a retangular, desde que o comprimento não exceda mais de 1,5 a 2 vezes a largura •Propicia a melhor disposição dos equipamentos •Minimiza caminhadas desnecessárias e conflito de circulação •Facilita a supervisão do trabalho ● Cantos entre pisos e paredes sejam arredondados •Facilita a higienização ➢ Iluminação A iluminação exerce uma forte influência no comportamento das pessoas Sua utilização adequada evita: •Doenças visuais •Aumenta a eficiência do trabalho Alimentação Coletiva •Diminui o número de acidentes ➔ Deve ser distribuída uniformemente pelo ambiente evitando: •Ofuscamento •Sombras •Reflexos fortes •Contrastes excessivos Deve incidir numa direção que não prejudique os movimentos, nem a visão das pessoas. A mais recomendada é a natural ➔ Se for artificial: •Não alterar as características sensoriais (visuais) dos alimentos •Possuir sistema de segurança contra explosões e quedas acidentais •Não recomendável a instalação sobre linha de produção ou transporte de insumos ou produtos •Limpas e em bom estado de conservação •Todo sistema elétrico deve apresentar-se em bom estado de conservação e com conexões isoladas Níveis de iluminação recomendados: Em dias normais, a luz do dia com incidência direta chega a faixa de 5000 a 6000 lux. ➔ cozinha: lâmpada 150w/4m2 ➔ refeitório: lâmpada 150w/6m2 ● A legislação recomenda a instalação de lâmpadas incandescentes. ● Tendência para o uso de lâmpadas fluorescentes nas UANs ● Por ser a iluminação branca o tipo mais adequado ● Manter a cor natural dos alimentos ● Não contribuir para a elevação da temperatura no local Ventilação, temperatura e umidade ➔ Ventilação deve ser adequada para proporcionar: •Renovação do ar •Remover o ar viciado Alimentação Coletiva •Garantir conforto térmico •Manter o ambiente livre de fungos, gases, fumaças, gordura e condensação de vapores O conforto térmico nas UANs pode ser assegurado: •Pela abertura de paredes (janelas) que permitam a circulação natural do ar Quando a ventilação não puder assegurar conforto por meio natural, deve-se recorrer a meios artificiais •Insuflação do ar (controlados por filtros) •Sistema de exaustão O fluxo do ar deve ser direcionado da área limpa para área suja OBS: Para operações em UANs, considera-se compatível uma temperatura de 22 a 26ºC com umidade relativa de 50 a 60%. Sonorização ➔ Um ambiente de trabalho com sons discordantes e irritantes: •Conduz a reações negativas •Interfere na execução de qualquer tarefa O ruído é considerado uma das causas de doenças psicológicas, ocasionando: •Elevação da pressão sanguínea •Redução das secreções salivares e gástricas •Perda da acuidade auditiva •Neurose O nível ruído em uma cozinha industrial tende a ser grande devido: •A quantidade de máquinas •Sistemas de exaustão •Manipulação de utensílios, água, vapor •Ressonância nas superfícies inoxidáveis ❖ A capacitação auditiva do homem vai de 0 a 120 decibéis •Nível de ruído entre 45 e 55 db não causa fadiga nem irritação •Ruídos entre 70 a 80 db já prejudicam a saúde •Passando dos 80 db, prejudicam o aparelho auditivo. OBS:NÃO É PERMITIDA EXPOSIÇÃO A NÍVEIS DE RUÍDO ACIMA DE 115 DB PARA INDIVÍDUOS QUE NÃO ESTEJAM ADEQUADAMENTE PROTEGIDOS. Cuidados a serem observados na fase do planejamento físico da UAN: •Paredes, quando paralelas, não devem ficar a mais de 17 m de distância, a fim de evitar o eco ● Evitar projetos com formas: ● Circulares ou côncavas, por concentrarem e conduzirem o som ● Triangulares, com equipamentos distribuídos nos vértices do triângulo ● Não instalar equipamentos nos cantos ou junto às paredes, a fim de evitar reflexão do som. ● Empregar materiais acústicos e isolantes para o teto e paredes Alimentação Coletiva •Aplicar material isolante nas bancadas de inox, antes de sua fixação no concreto •Dar preferência a equipamentos silenciosos e carros que se movam sob rodízios de borracha •Promover cursos de treinamento para funcionários, objetivando a identificação do ruído como causa social de doenças no trabalho As cores tem o poder de absorver luz em maior ou menor intensidade: De acordo com Teixeira: •No teto e no alto das paredes (acima da altura dos olhos) devem ter um percentual de reflexão acima de 80% •Paredes, abaixo da altura dos olhos, o índice de reflexão deve estar 50 a 75% •Para os pisos, as cores recomendadas devem corresponder a um índice de reflexão de 15 a 30% De acordo com Mezzomo: No teto e no alto das paredes (acima da altura dos olhos) devem ter um percentual de reflexão de 80 á 95% •Paredes, abaixo da altura dos olhos, o índice de reflexão deve estar 50 á 60% •Para os pisos, as cores recomendadas devem corresponder a um índice de reflexão de 30 á 45% Cores indicadas: ➔ teto e parede acima da altura dos olhos:Branco ➔ parede abaixo da altura dos olhos:creme, amarelo palha, amarelo,rosa claro,rosa, azul claro. ➔ pisos:azul claro, verde escuro, azul escuro, vermelho escuro,cinza escuro. Cor A legislação (ABNT) fixou cores usadas nos locais de trabalho para prevenir acidentes: •Vermelho: distinguir e identificar perigo (caixas de alarme, hidrantes, extintores de incêndio, portas de saída de emergência). Alimentação Coletiva Amarelo: indicar cuidado (parapeitos, corrimões, portas baixas e escadas). Verde: indicar segurança (caixas e equipamentos de socorro de urgência, quadros de avisos e exposição de cartazes) Preto: indicar coletores de resíduos. Branco: áreas de bebedouro e armazenagem e zonas de segurança. Piso ➔ Deve ser de cor clara Em bom estado de conservação •Livre de defeitos, rachaduras, trincas e/ou buracos ➔ Constituído de material: •Liso •Antiderrapante •Impermeável •Lavável •Resistente ao tráfego e substâncias corrosivas •Fácil higienização (não permitindo acúmulo de alimentos ou sujidades) ● Deve ter inclinação suficiente para o escoamento de água em direção aos ralos ➔ Os ralos devem: •Ser sifonados para impedir a entrada de roedores •Possuir grelhas com proteção telada ou outro dispositivo adequado que permita seu fechamento ➔ Paredes e divisórias ● Acabamento liso ● Cores claras ● Características duráveis ● Impermeáveis ● Resistentes a limpezas frequentes ● Isentas de fungos e bolores ● Devem ter ângulos arredondados no contato com piso e teto ● Quando azulejadas devem ser revestidas até a altura mínima de 2m ● Estar e bom estado de conservação ➔ Portas ● Largura e altura mínima de 1 e 2,1m ● Superfícies lisas Alimentação Coletiva ● Cores claras ● Fácil limpeza● Bem ajustadas aos batentes ● Fechamento automático com mola ● Abertura máxima de 1 cm do piso e proteção inferior nos rodapés ● Entradas principais e câmaras frigoríficas devem ter mecanismo de proteção contra insetos e roedores ● As portas de comunicações entre as área devem ter visor ➔ Janelas ● Devem estar na parte superior das paredes ● Telas milimétricas ● Superfícies lisas e laváveis ● Ausência de falhas de revestimento ● Ajustes perfeitos aos batentes ● Utilizadas preferivelmente para iluminação ● Devem estar protegidas de maneira que não permitam a penetração direta do sol, sobre os alimentos, superfície de trabalho ou equipamentos mais sensíveis ao calor ➔ Tetos e Forros ● Isento de vazamentos e goteiras ● Deve-se evitar a utilização de telhas que permitam a ocorrência de respingos ● Acabamento deve ser liso, impermeável e lavável ● Cor clara ● Em bom estado de conservação ● O forro deve ser livre de trincas, rachaduras, umidade, bolor e descascamento ● Não possuir aberturas sem proteção de telas milimétricas (removíveis para limpeza) ● Entre as paredes e o teto não devem existir aberturas e/ou bordas que propiciem a entrada de pragas e formação de ninhos ➔ Instalações hidráulicas, caixa d’água e abastecimento de água Alimentação Coletiva ● O abastecimento de água deve ser ligado a rede pública, ou outra fonte com potabilidade atestada ● Por meio de laudo de análise periódica, válido por 6 meses ● A água para consumo deve ser límpida, transparente, insípida e inodora ● A água utilizada para o consumo direto, ou no preparo dos alimentos, deve ser controlada, independente da rotina de manipulação dos alimentos ➔ É obrigatório a existência de reservatório de água, que deve ser: •Isento de rachaduras •Livre de infiltrações •Mantido sempre fechado •Deve ser limpo e desinfetado: ● Quando for instalado ● A cada 6 meses ● Na ocorrência de acidentes que possam contaminar a água (animais, sujeiras, enchentes e outros) As UANs devem contar com: ➔ Suprimento adequado de eletricidade monofásica e trifásica •Gás •Água tratada (quente e fria) •Esgoto ➔ Os dejetos devem ter ligação direta com a rede de esgoto, ou tratados adequadamente para serem liberados através de rios ou lagos ➔ A caixa de gordura e de esgoto não podem localizar-se no interior das áreas de processamento de alimentos Resolução RDC 216/2004 Portaria CVS – 5/2013 ❖ Distribuição percentual dos cargos operacionais da UAN: Alimentação Coletiva –Administração: 15% –Recebimento e estocagem:18% –Preparo de gêneros: 11% –Cocção: 20% –Merenda, lanche e desjejum: 5% –Cafeteria: 7% –Copas de distribuição: 12% –Lavagem de louça + faxina: 8% Serviço noturno: 6% ❖ Exigências da NR24: cozinha= 35% do refeitório estoque = 20% da área refeitório= espaço mínimo de 1.20m2/pessoa Área total segundo Teixeira: Nº de refeições M2 / pessoa 250 0,80 500 0,80 600 0,75 700 0,72 800 0,70 900- 1000 0,60 acima de 1000 0,50 OBS: acréscimo de 5% para cardápio médio e 10% para luxo. Setorização segundo Teixeira: Setor % da área total Estocagem 10 a 12% Alimentação Coletiva Preparo de refeições 16 a 20% Higiene e limpeza 6 á 8% Distribuição das refeições 45 á 48% Administração e segurança 12% ➔ Área total e Distribuição áreas p/ hospital até 200 leitos segundo Mezomo: Distribuição Área/leito recepção e estocagem Preparo e cocção Distribuição e demais Centralizada 2m2 20% 45% 35% Descentralizada 1,8m2 20% 50% 30% ➔ Dimensionamento pelo n° de leitos: N° de leitos até 50 Área 1,5m2/leito 51 - 150 1,2 m2/leito (min 75m2) Acima de 150 1 m2/leito (min 180m2) OBS: não considera refeitório. ➔ Quanto ao tipo de Distribuição: ● cafeteria- distribuição da refeição por um balcão térmico( quente e frio) utilizando bandejas e copeiros ● Francesa e inglesa-comensal é servido na própria mesa por um garçom. ● Americana- preparações dispostas numa grande mesa no centro ou em ilhas, em pontos estratégicos do salão(bufê). ➔ Área de recebimento: ● plataforma c/ rampas e marquise ● balança tipo plataforma de 25, 50, 100 kg ● carros plataformas ● tanques ou calhas c/ esguicho p/ higienização de frutas e verduras ➔ Área de estocagem ➢ Não perecíveis ( teixeira) ● t° máx de 27° Alimentação Coletiva ● prateleira 30 cm do piso, profundidade de 45 cm e moduladas, e a 10 cm da parede, em fórmica, madeira envernizada, azulejo, aço inox.(Mezomo) ● Estrados fenestrados p/ sacarias, elevados até o piso, em até 40 cm, e pés com canoplas. ● escadas c/ patamar, e rodizíos, ou banquetas de 4 a 5 degraus. ● extintor de incêndio e lavatórios móveis. ● cereais e grãos- sacos de aniagem ou algodão ● sistema primeiro que vence, primeiro que sai(PVPS) ● Telas de 2mm nas janelas. ➢ Não perecíveis ( Mezomo) ● temperatura ambiente ● Estrados fenestrados p/ sacarias, c/ pés de 0,40m de altura revestidos c/ folhas de flandres ● Estantes ou prateleiras de madeira envernizada, ou aço fosforilado, ou aço inox. ● Prateleiras devem distar 10 cm da parede p/ evitar umidade nos alimentos. ● balanças do tipo leque, c/ prato liso, e capacidade de 20kg, c/ divisões de 50g. ● produtos de limpeza em dispensa própria ● janelas teladas de náilon fino ➔ Armazenamento de perecíveis: Alimento temperatura umidade Carnes 0° 60-70% Hortifrutti 10° 80% ● Azulejo nunca até o teto, tinta PVA ou ápoxi. ● mesmo nível do piso externo, sem ralos, termômetro tipo mostrador permitindo a leitura pelo lado externo, interruptor de segurança do tipo ligado/desligado. Alimentação Coletiva ● prateleiras Inox moduladas, bandejas de alumínio, ou plástica, e para as peças de carnes, os gancheiros. ● porta hermética de aço inox, ferragens cromadas, e dispositivo de segurança, c/ abertura por dentro. OBS:Antecâmara: local de armazenagem provisória, c/ t° de 12°C. ➔ De acordo com Mezomo: Alimentos Temperatura C° Umidade relativa % carnes 0 70 laticínios e ovos 4 50 hortifrutti 10 80 Cozinha dietética: Para preparo de dietas especiais, c/ balcão de aço inox, pia dupla, grelha, banho maria, básculas, mesa auxiliar, balança. Temperatura Dessalgue 21 pasteurização lenta 65 ºC, durante 30 minutos pasteurização rápida( leites A a C) 75 ºC, durante 15 a 20 segundos UHT 130ºC a 150ºC, durante três a cinco segundos leite humano 62,5 C por 30min Temperatura RDC 216 óleos e gorduras ácidos graxos e teor de compostos polares permitido p adição de óleo novo <180°C maior que 0,9% e maior que 25% Alimentação Coletiva na fritadeira, Cocção 70°C descongelamento refrigeração à temperatura inferior a 5ºC, consumo em até 5 dias. Até 4°C conservação a quente temperatura superior a 60ºC, no máx 6h conservação sob refrigeração ou congelamento Refrigeração ● processo de resfriamento T° reduzida de 60°C á 10°C, em até 2h Refrigeração <5°C, até 4°C Congelamento =< - 18°C De acordo c/ CVS 5: Recebimento Congelados -12 °C (doze graus Celsius negativos) ou temperatura menor, ou conforme recomendação do fabricante Refrigerados ( pescado) de 2 a 3 ºC (dois a três graus Celsius) ou conforme recomendação do estabelecimento produtor Refrigerados (Carnes) de 4 a 7 ºC (quatro a sete graus Celsius) ou conforme recomendação do frigorífico produtor Refrigerados ( Demais produtos) de 4 a 10 ºC (quatro a dez graus Celsius) ou conforme recomendação do fabricante Armazenamento Temperatura recomendada (Graus Celsius) Prazo de validade (dias) 0 a - 5 (entre zero e 5 graus negativos) 10 - 6 a -10 (entre seis e 10 graus negativos) 20 Alimentação Coletiva -11 a -18 (entre onze e dezoito graus negativos) 30 -11 a -18 (entre onze e dezoito graus negativos) 90 Produtos resfriados Produtos Resfriados Temperatura recomendada (Graus Celsius) Prazo de validade (dias) Pescados e seus produtos manipulados crus Máximo 2 (dois graus) 3 Pescados pós-cocção Máximo 2 (dois graus) 1 Alimentos pós-cocção, exceto pescados Máximo 4 (quatro graus) 3 Carnes bovina e suína, aves, entre outras, e seus produtos manipulados crus Máximo 4 (quatro graus) 3 Espetosmistos, bife rolê, carnes empanadas cruas e preparações com carne moída Máximo 4 (quatro graus) 2 Frios e embutidos, fatiados, picados ou moídos Máximo 4 (quatro graus) 3 Maionese e misturas de maionese com outros alimentos Máximo 4 (quatro graus) 2 Sobremesas e outras preparações com laticínios Máximo 4 (quatro graus) 3 Demais alimentos preparados Máximo 4 (quatro graus) 3 Produtos de panificação e confeitaria com coberturas e recheios, prontos para o consumo Máximo 5 (cinco graus) 5 Frutas, verduras e legumes higienizados, fracionados ou descascados; sucos e polpas de frutas Máximo 5 (cinco graus) 3 Leite e derivados Máximo 7 (sete graus) 5 Ovos Máximo 10 (dez graus) 7 Alimentação Coletiva OBS: Recomendações de diluições para a solução clorada desinfetante: I - dez mililitros ou uma colher de sopa rasa de hipoclorito de sódio na concentração de dois a dois vírgula cinco por cento, diluída em um litro de água potável; II - vinte mililitros ou duas colheres de sopa rasas de hipoclorito de sódio na concentração de um por cento, diluídas em um litro de água potável. ➔ T° p/ cocção: 74°C Distribuição Temperatura em ºC (no centro geométrico) Tempo de exposição em horas Alimentos quentes mínima de 60 máximo 6 Alimentos quentes abaixo de 60 máximo 1 Alimentos frios Até 10 máximo 4 Alimentos frios entre 10 e 21 máximo 2 OBS: A água do balcão térmico deve ser trocada diariamente e mantida a temperatura de oitenta a noventa graus Celsius. Esta temperatura deve ser aferida durante o tempo de distribuição. ➔ alimentos que foram distribuídos sob refrigeração devem ser guardados no máximo a quatro graus Celsius, por setenta e duas horas, sendo que alimentos líquidos devem ser guardados somente nesta condição; ➔ alimentos que foram distribuídos quentes devem ser guardados sob congelamento a dezoito graus negativos Celsius por setenta e duas horas. Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle A identificação dos “perigos potenciais” em pontos específicos do processo possibilita o controle sobre estes pontos (que passaram a chamar-se “Pontos Críticos de Controle”) passíveis de falha. Desta forma, se algum ponto demonstrar algum desvio, ou que está fora de controle, significa que a segurança do produto pode estar comprometida. São 7 passos: 1. identificação dos perigos de contaminação e avaliação de sua severidade 2. determinação dos PCC’s (pontos críticos de controle) Alimentação Coletiva 3. instituir medidas e estabelecer critérios para assegurar o controle do processo/processamento 4. monitorar os pontos críticos de controle 5. estabelecer um sistema de arquivos e registro de dados 6. agir corretivamente sempre que os resultados do monitoramento indicarem que os critérios não estão sendo seguidos 7. verificar se o sistema está funcionando como planejado Lembrando… 1. Realize uma análise de riscos- o nível de competência dos trabalhadores, transporte de alimentos, resfriamento de volume, descongelamento de alimentos potencialmente perigosos, alto grau de manipulação de alimentos e de contato, adequação da preparação e equipamento manutenção à disposição, armazenamento, método de preparação, enfim, os fatores que podem influenciar diretamente o produto trazendo perigos. Depois de identificado os riscos e seus contextos (transporte, armazenamento, preparação, etc), o próximo passo é determinar qual a probabilidade daquele risco acontecer e seu impacto. 2. Determine Pontos Críticos de Controle (PCC)- EX: cozinhar, refrigerar, reaquecer, etc 3. Estabeleça limites críticos ex: temperatura, tempo, pH, atividade da água ou cloro. 4. Estabeleça procedimentos de monitoramento 5. Estabeleça procedimentos de verificação- ação corretiva quem irá implementar a ação? Quem irá executar a ação? 6. Estabeleça manutenção e registros e procedimentos de documentação- estudos científicos, observações do fluxo de alimentos, medições e avaliações. 7. estabeleça ações corretivas- registros de tempo / temperatura, listas de verificação, formulários, fluxogramas, os registros de treinamento dos funcionários, etc. https://blogdaqualidade.com.br/os-7-principios-para-implementar-o-sistema-de-analis e-de-perigos-e-pontos-criticos-de-controle-appcc/ Microorganismo e alimento https://blogdaqualidade.com.br/os-7-principios-para-implementar-o-sistema-de-analise-de-perigos-e-pontos-criticos-de-controle-appcc/ https://blogdaqualidade.com.br/os-7-principios-para-implementar-o-sistema-de-analise-de-perigos-e-pontos-criticos-de-controle-appcc/ Alimentação Coletiva FATORES INTRÍNSECOS E EXTRÍNSECOS fatores intrinsecos- atividade de água, Potencial de oxi-redução, pH, composição dos alimentos (nutrientes disponíveis), substâncias naturalmente antimicrobianas,interação entre microorganismo(flora microbiana natural), estruturas biologicas( pele, couro, penas dos animais), ❖ substâncias naturalmente antimicrobianas- ➔ Eugenol ( cravo e canela) ➔ Timol ( óregano) ➔ coalbumina e avidina ( albumina do ovo) ➔ alicina( alho) ➔ Nicina (lactobaccilus lactis spp.) Fatores extrínsecos- Temperatura de armazenamento, umidade relativa do ambiente, composição atmosférica INDICADORES DE RISCO são microrganismos que podem produzir toxina no produto, como a enterotoxina estafilocócica, ou causar uma toxi-infecção ( Bacillus cereus, clostridium perfringens) ou uma infecção (Salmonella) PRESENÇA DE INDICADORES FECAIS – avalia a qualidade e a presença de contaminação fecal, direta ou indireta. Esse grupo de indicadores é composto por coliformes a 45ºC, E. coli e o Clostridium perfringens Alimentos Microorganismo Carne in natura Contaminação: Pseudomonas; Brochothrix thermosphacta, bactérias ácido-lácticas, Staphylococcus; Microrcoccus; Enterococcus Patógenos: Salmonella sp; E. coli patogênica; Yersinia enterocolítica e Clostridium perfringens. Pescado Microbiota normal: Pseudomonas; Moraxella; Acinetobacter; Vibrio; Bacillus; Sarcina serrtia; Clostridium; Alcaligenes. Em água doce:Lactobacillus, Streptococcus e Aeromonas. Aves Contaminantes: Pseudomonas spp, Acinetobacter -Moraxella spp, Lactobaccilus spp Patógenos: Clostridium jejuni, Salmonella enteritidis Alimentação Coletiva Frutas e vegetais Patógenos: Salmonella; Shigella, vírus da hepatite; E. coli; parasitos humanos como Giárdia lambia; Taenia solium; Ascaris lumbricoides; Entamoeba histolytica Ovos Pseudomonas spp, Proteus vulgaris, Alteromonas spp, Serratia marcescens. OBS: As bactérias podem ser detectadas em peixe fresco pela formação de uma camada limosa na pele, brânquias, intestinos. OBS: Nas frutas a deterioração é causada mais por fungos do que por bactérias. OBS: Os ovos possuem barreira de fatores antimicrobianos, incluindo quelantes de ferro (conalbumina) e lisozima na albumina (clara de ovos). Microorganism o T° aw pH Doença Salmonella ● 35o C a 43o C (extremos 5o C a 46o C) ● termosen sível ● >70o C. ● > 0,94 ● resiste nte a dessec ação, congel amento , salmou ra e defuma ção. ● 7.0 e 7.5 (extremos 3.8 e 9.5) ● salmonelose não tifóide ● 6 e 72 horas (usualmente entre 12 e 36 horas) após o consumo do alimento contaminado ● 2 a 7 dias( duração) Staphylococcus aureus ● 37o C ● resistir à dessecaç ão e ao frio, podendo permanec er viável por longos períodos em partículas de poeira ● 7 ● resistente à meticilina. ● termo-est áve ● habilidade de coagular no sangue. ● período de incubação :de 1 a 8 horas; em média 2 a 4 horas. ● infecções de pele e algumas vezes pneumonia, endocardite e osteomielite, formação de abscesso. ● gastrenterite, síndrome da pele escaldada e síndrome do choque tóxico E. coli ● 18 a 44°C sendo 37°C é a temperat ura ideal ● termo-est ável ● termo-láb ● 0,95 ● cresce em meio c/ NaCl ● pH 4,5 ajustado com ácido clorídrico mas não consegue crescer a esse ● Diarreia do viajante ● Cistite ● Meningite ● Sepse ● Peritonite ● infecção no trato urinário Alimentação Coletiva i ● sobrevive m a refrigeraç ão mesmo pH quando ajustado com ácido láctico. ● pH abaixo de 5,4 nãocresce(em queijo) Clostridium botulinum ● 10 e os 48ºC(35 e 40°C) ● 3,3 e os 45ºC(28 e 30°C) ● 15ºC( 40°C) ● esporos resistente s a radiação ● 0,93 ● subtipo I >4,5 ● subtipo II pH 5,0 ● botulismo Clostridium perfringes ● 12 e 50ºC ● T° ótima 43 e 47°C. ● As células vegetativ as são facilment e destruída s por cozedura, mas os esporos são muito resistente s ao calor. Alguns esporos sobrevive m à ebulição durante 1 hora ● 0,93 e 0,97 ● os esporo s são resiste ntes a baixa aw ● concen trações de NaCl de 6 a 8%, o cresci mento é inibido. ● 5,5 e 9,0 ● pH ótimo 6,0 e 7,0. ● esporulaç ão 6,0 e 8,0 ● Os esporos sobrevive m tanto a temperatu ras de refrigeraç ão como de congelaçã o ● intoxicação (gastroenterite) ● Período de incubação 6 a 24 horas (mais usualmente 8 a 12 horas). Shigella ● 10 e 45°C ● T° ótima 37°C. ● Resist e a baixa activi dade da água ● Por isso pode ser encon ● 5 e 8 ● Sobreviv e em um curto período em <4,5. ● disenteria bacilar ● shigelose ● Período de incubação 1 e 4 dias após a ingestão. Alimentação Coletiva trada nos cerais . Bacillus cereus ● resistente ao calor (resiste a uma incubaçã o a 126ºC durante 90 min), a pH extremos e à digestão enzimátic a. ● 30 e 40°C ● estirpes psicotrófi cas que crescem a 4-5ºC ● 0,92 e 0,95 ● Os esporo s resiste m a alaiem ntos desidra tados ● concen trações superi ores a 7,5% de NaCl , inibe seu cresci mento. ● 5,0 e 9,3 ● em pH 5,1 c/ presença de ácido acético seu crescimen to é inibido. ● incubação 8 a 16 horas, ou 1 a 5 horas ● Intoxicação alimentar OBS: Os seus esporos que são bastante mais resistentes. Para que esta destruição ocorra, é necessário sujeitar os alimentos a um aquecimento a 121ºC durante 3 minutos, que é considerado o tratamento térmico de referência para os produtos cujo pH é superior a 4,5 e aw superior a 0,93, característicos dos produtos onde os esporos de C. botulinum podem germinar e a sua toxina ser produzida.O subgrupo I é o mais resistente.Dos outros subgrupos são destruídas nas seguintes condições: 80ºC durante 20 a 30 minutos, 85ºC durante 5 minutos, ou 90ºC durante alguns segundos. CICLO DE CRESCIMENTO MICROBIANO São 6 fases: 1. Fase LAG- Não tem multiplicação, síntese de enzimas apropriadas p/ o ambiente. 2. Fase de aceleração- multiplicação 3. Fase exponencial ou Log- população se duplicando, tem-se uma linha reta cuja inclinação representa o µmáx. (taxa de crescimento máximo) e o tempo de duplicação td (tempo necessário para a massa celular aumentar 2 vezes).Nt = No . 2n 4. Fase de desaceleração- Uma parte para de se multiplicar. 5. Fase estacionária- A taxa de nascimento é igual à de morte, resultando em um número igual de células em um dado tempo.Por conta do esgotamento de nutrientes, pela acumulação de produtos finais tóxicos e/ou outras mudanças no ambiente, tais como variações de pH. Alimentação Coletiva 6. Fase da morte- O número de células morrendo é maior do que o de células nascendo, sendo que as células que formam esporos sobrevivem mais tempo. CONTROLE DO DESENVOLVIMENTO MICROBIANO NOS ALIMENTOS 1) Uso de métodos mecânicos para remoção dos microrganismos presentes (filtração, por exemplo); 2) Manutenção de condições atmosféricas desfavoráveis à multiplicação microbiana (embalagem a vácuo, por exemplo). 3) Uso de temperaturas elevadas; 4) Uso de baixas temperaturas; 5) Desidratação; 6) Uso de conservadores químicos; 7) Irradiação do alimento; 8) Destruição mecânica dos microrganismos (altas pressões, por exemplo) 9) Combinação de 2 ou mais dos métodos citados (a mais empregada geralmente). ➔ Manual de Boas práticas:documento onde estão descritas as atividades e procedimentos que as empresas que produzem, manipulam, transportam, armazenam e/ou comercializam alimentos, adotam para garantir que os alimentos produzidos tenham segurança e qualidade sanitária aos seus consumidores e para atender a legislação sanitária federal em vigor. ➔ deve ser a reprodução fiel da realidade da empresa, descrevendo a sua rotina de trabalho e anexando os POP. O MBP/POP deverá ser atualizado sempre que a empresa realizar alterações em sua estrutura física e operacional. ➔ POP: contém as instruções seqüenciais das operações e a freqüência de execução, especificando o nome, o cargo, e ou a função dos responsáveis pelas atividades. Devem ser aprovados, datados e assinados pelo responsável do estabelecimento. 1. Higienização de instalações, equipamentos e móveis 2. Controle integrado de vetores e pragas urbanas 3. Higienização do reservatório 4. Higiene e saúde dos manipuladores Alimentação Coletiva ➔ identificação: um restaurante precisa de vários POPs, por isso, é essencial nomear o documento para facilitar a identificação. Por exemplo: POP higiene e saúde dos manipuladores; ➔ nome do restaurante; ➔ objetivo: motivo para o qual o documento foi criado; ➔ materiais necessários: especifique os itens indispensáveis para fazer o procedimento, como vassouras, rodos, panos, baldes, produtos de limpeza etc.; ➔ equipamentos de proteção individual (EPI): luvas, botas de borracha, óculos de proteção, entre outros; ➔ frequência: periodicidade em que a tarefa precisa ser executada. Por exemplo: higienização do piso duas vezes ao dia — no início e ao final do expediente; ➔ descrição: especifique a superfície que será higienizada e monte um passo a passo para a realização da atividade; ➔ responsáveis: indique os colaboradores que serão incumbidos de cumprir a tarefa e designe substitutos na hipótese de faltas; ➔ ação corretiva: aqui, você precisa descrever os procedimentos adotados, caso surja algum imprevisto. Se cair uma dúzia de ovos no chão, por exemplo, a limpeza padrão não vai dar conta do recado; ➔ rodapé: esse campo pode ser utilizado para colocar os dados obrigatórios do POP, como aprovação, data e assinatura do responsável técnico. ➔ falta tabela de temperaturas de higiene dos alimentos!
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