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· /Uma lei estadual de iniciativa do Deputado "X" previu a criação de 300 cargos de fiscal e determinou o preenchimento no mesmo ano, sem indicar a previsão da receita para essa despesa. Foi realizado o concurso e depois da posse e exercício dos 100 aprovados, o governador ajuizou ADIN perante o STF, alegando vício de iniciativa e não indicar a fonte. É possível o governador conseguir deferimento da ADIN? Nesse caso, o AGU participará? Caso o governador apresente pertinencia temática, ele poderá conseguir o deferimento, já que houve um vício formal subjetivo. O vício de iniciativa é abordado parágrafo primeiro do artigo 61 em nossa Constituição Federal, onde compete privativamente ao Presidente da República a criação de cargos e funções. Nesse caso, segundo o princípio do contraditório, é obrigatória a participação do AGU como defensor da presunção de constitucionalidade da norma. Mesmo que a inconstitucionalidade seja flagrante, o AGU é o responsável por defendê-la. No entanto, há interpretação do STF de que caso a lei acabe violando a Constituição, o AGU terá o direito a manifestação, podendo optar por passar ou não pelo "constrangimento de defender o ato normativo contrário à Constituição". · Ajuizada ADIN requerendo que se declare inconstitucional o art. 2° da Lei "X", o STF ao apreciar o pedido, apenas declarou inconstitucional uma interpretação possível da norma impugnada, sem declarar sua invalidade, e determinou que sua decisão só acarretasse esses efeitos a partir do seu trânsito em julgado. A alternativa está correta? Em partes, pois pode-se aplicar esse tipo de decisão, mas deve-se obedecer os requisitos que constam no artigo 27 da Lei 9868/99, que diz que “ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.” · Acerca do controle de constitucionalidade é correto dizer que não se admite a desistência após a propositura da ação declaratória de constitucionalidade? Fundamente. Sim, é correto. Segundo o artigo 16 da Lei 9868/99 que diz que após proposta a ação declaratória não admite-se desistência. · A medida provisória Z, embora tenha causado polêmica na data de sua edição, foi convertida, em julho de 2014, na Lei Y. Inconformado com o posicionamento do Congresso Nacional, o partido de oposição ajuizou ADIN atacando a referida lei. Todavia, no início do mês de fevereiro de 2015 o Presidente promulgou a Lei X, revogando a Lei Y, momento em que esta última deixou de produzir efeitos. A ADIN perdeu seu objeto? Explique Sim, segundo a jurisprudência do STF, se a lei for revogada durante a apreciação da ADIN, a demanda será extinta sem julgamento de mérito, por perda do objeto. O STF defende que a lei revogada não pode continuar sendo objeto da ADI, mesmo com fortes críticas por parte da doutrina.
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