Glossário de Termos Processuais

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GLOSÁRIO DE TERMOS PROCESSUAIS
● CPC-73 = Código revogado 
● NCPC (CPC-2015) = Código atual
● Liminar - Aquilo que é decidido no início do processo (limine = início), decisão liminar
Em geral, a decisão liminar veicula uma tutela provisória (antecipada/cautelar)
Porém, a tutela antecipada pode ser concedida em qualquer momento do processo. Se for fora do momento inicial, ai não se deve chamar de liminar 
● Conhecer ex oficio / de ofício - Aquela matéria, argumento ou fundamento que o Juiz/Tribunal analisa (conhece, dai a expressão “processo de conhecimento”) na decisão sem que nenhuma das partes tenha alegado
Rol (não exaustivo) de matérias em que o Juiz/Tribunal conhece de ofício (arquivo anexo) 
● Decidir de plano - expressão que tem vários significados (todos muito próximos), mas em geral quer dizer da situação onde o Juiz decide aquela questão suscitada desde logo, sem maior delonga 
● Arguir = questionar, ventilar, levantar a hipótese
● Interpor recurso = o ato de recorrer 
● Atacar / guerrear / contrastar a decisão = recorrer da decisão
● Juízo a quo e Juízo ad quem - A quo (latim) – diz-se de juiz ou tribunal de cuja decisão se recorre; juiz de instância inferior, em relação a outro ao qual se pretende recorrer; juízo recorrido, juízo de origem. 
Opõe-se a ad quem (tribunal acima daquele que proferiu a sentença), juízo de destino
● Coisa julgada (art. 502 do NCPC) e trânsito em julgado 
O momento em que tal impossibilidade de modificação do julgado pela sentença é denominado de “trânsito em julgado”. Assim com o trânsito em julgado a decisão judicial se torna imutável e indiscutível. 
Já o termo “coisa julgada” designa essa nova situação jurídica caracterizada pela imutabilidade e indiscutibilidade da sentença, que de instável passa a partir do trânsito em julgado a ser estável
● Acórdão – julgamento colegiado proferido pelos tribunais de 2ª instância e superiores
● Decisão Monocrática - decisão proferida por um único magistrado tribunal (de 2ª instância ou Superior) – vide art. 932 do NCPC
● Controvérsia / Questão - O processo de conhecimento existe para resolver controvérsias (acertamento do direito). A controvérsia pode se dar em questão de fato ou questão de direito ou em ambas. Caso a controvérsia se assente em questão de fato, no processo vai ser necessário a produção de provas. Se a controvérsia for sobre questão apenas de direito, não será necessário a produção de provas. Questão de fato ou questão de direito. A palavra questão é também conhecida como ponto controvertido 
● Questão principal e questão incidental – A questão principal do processo de conhecimento é saber quem tem razão em face de outrem. A questão principal é definida no “final” do iter processual, pela sentença
Porém, ao longo do processo surgem questões (controvérsias) que devem ser definidas pelo Juiz para que o processo possa chegar ao final de maneira perfeita/hígida. Essas questões são chamadas de incidentais, e elas são resolvidas por decisão interlocutória
Quem desejar pesquisar algo mais sobre o tema, vide livro “Curso de Direito Processual Civil”, do Fredie Didier, vol. 1, capítulo 11 (Teoria da Cognição Judicial), 17ª ed 
● Intempestivo = fora do prazo
● Sustentação oral - Discurso feito pelo advogado no dia da sessão de julgamento do Recurso visando convencer os juízes dos Tribunais a adotar a sua tese
Nem todos os recursos permitem a sustentação oral (vide art. 937 do NCPC) 
● “Jurisprudência Defensiva” 
A jurisprudência defensiva consiste, grosso modo, em um conjunto de entendimentos — na maioria das vezes sem qualquer amparo legal — destinados a obstaculizar o exame do mérito dos recursos, principalmente de direito estrito (no processo civil, Recursos Extraordinário e Especial) em virtude da rigidez excessiva em relação aos requisitos de admissibilidade recursal (http://www.conjur.com.br/2013-set-06/jurisprudencia-defensiva-ainda-pulsa-codigo-processo-civil)
Manipulação das normas pelo tribunal em benefício do seu próprio interesse (enxugar a pauta) e baseado em escolhas arbitrárias de matérias suscetíveis de serem reexaminadas
● FPPC - Fórum Permanente de Processualistas Civis
Formado por um grupo de processualistas (respeitados, famosos e alguns anônimos) que tem se reunido duas vezes ao ano desde a discussão do projeto do Novo CPC no Congresso Nacional, para discutir o sentido e o alcance da nova lei. No encontros eles editam os Enunciados, que são as conclusões. Esses Enunciados ajudam a interpretar o NCPC
O grupo tem uma formação plural (advogados, professores, juízes etc). Para pesquisar os Enunciados do FPPC – vide http://portalprocessual.com/tag/fppc/
● Capítulo de decisão – As decisões judiciais geralmente têm mais de um capítulo, quando por ex. tratam de cumulação de pedidos, ou quando tem o pedido principal (condenação em danos materiais) juntamente com os consectários legais/acessórios (juros, correção monetária). Tal ocorre geralmente com as sentenças e os acórdãos
Essa compreensão é muito importante para o sistema recursal 
● Competência recursal e competência originária dos Tribunais – Os tribunais ao julgarem os recursos exercem a competência recursal. No entanto, eles também julgam, em pequeno número, certas ações e dai se fala em competência originária, pois o julgamento se inicia/origina no Tribunal (ex: foro privilegiado para ação penal contra certas autoridades, casos de Mandado de Segurança ajuizado) em fade de Governador/Secretario, Ministro de Estado/Presidente da república)