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4
SISTEMA DE ENSINO 100% online
CURSO: BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
O CONTEXTO SOCIOECONÔMICO E POLÍTICO BRASILEIRO, NO PERÍODO DE EMERGÊNCIA DO SERVIÇO SOCIAL, ATÉ A CHEGADA DO MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO, NA DÉCADA DE 1960.
___________________________________________________________________
Bahia
2022
O CONTEXTO SOCIOECONÔMICO E POLÍTICO BRASILEIRO, NO PERÍODO DE EMERGÊNCIA DO SERVIÇO SOCIAL, ATÉ A CHEGADA DO MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO, NA DÉCADA DE 1960.
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da UNOPAR - Universidade Pitágoras Unopar, 2º semestre. Apresentação para a nota parcial das disciplinas: Acumulação Capitalista e Desigualdade Social; Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social I; Estatística e Indicadores Sociais; Formação Social, Histórica e Política do Brasil; Psicologia Social; Ética, Política e Cidadania.
Bahia
UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR
UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR
2022
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	4
2.	DESENVOLVIMENTO	5
2.1 A ACUMULAÇÃO CAPITALISTA, A REPRODUÇÃO DA POBREZA E DA EXCLUSÃO SOCIAL ........................................................................ 5
2.2 AS PRINCIPAIS MATRIZES DE IDENTIDADE E PODER PRESENTES NA HISTÓRIA DO BRASIL, A PARTIR DA DÉCADA DE 1930, ATÉ A DÉCADA DE 1960 .............................................................................................. 7
PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS TEÓRICO-METODOLÓGICAS QUE FUNDAMENTAM HISTORICAMENTE O SERVIÇO SOCIAL .................... 8
3. CONLCUSÃO ..........................................................................................................9
4. REFERÊNCIAS .....................................................................................................10
1. 
INTRODUÇÃO
Esta produção textual, tem o objetivo de trazer conteúdos pertinentes ás fontes tanto teóricas quanto metodológicas que fundamentam de maneira histórica o Serviço Social ao longo do tempo. Discorreremos acerca das questões do Serviço Social como um fenômeno concreto e histórico, além de buscarmos compreender suas expressões no campo das ciências humanas e sociais. Buscando ainda trazer uma compreensão do processo de emergência e institucionalização do Serviço Social como profissão em aspectos tanto numa conjuntura histórica, quanto estruturais e as suas diferenças teórico-metodológicas, dentro do contexto político. 
Apresentar aqui o momento de fundamental importância para o Serviço Social que foi ao final da década de 1950 a década de 1960, onde se deu a emersão do Movimento de Reconceituação. A compreensão do processo de erosão do Serviço Social tradicional começa a se construir gradativamente, onde mesmo antes do processo do Movimento de Reconceituação, passa a não ser entorpecido, inerte, enquanto percebe-se necessidade de mudanças e com isso, realiza as alterações com perfil mais progressista, aproximando-se mais das outras profissões e formando um contato mais próximo com o público.
As principais características do Serviço Social realizado no Brasil até o final da década de 1950, com destaque para suas metodologias cunhadas pelo perfil estrangeiro e com influência da Europa, que influenciou primeiramente a profissão e depois abordando as perspectivas da influência Norte-americana, possuindo sua metodologia de perfil funcionalista.
Ao aprofundarmos nossas análises, passamos a conhecer as fragilidades que levaram a uma crítica do serviço social tradicional, generalizando-se por toda a América Latina, dentro e fora, que resultou em sua superação ao longo da história. O processo de Reconceituação acontece no momento em que os profissionais em grupos organizados resolvem iniciar uma série de encontros para assim debaterem sobre o papel do Serviço Social, fazendo um questionamento sobre as suas práticas.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 A ACUMULAÇÃO CAPITALISTA, A REPRODUÇÃO DA POBREZA E DA EXCLUSÃO SOCIAL
Com a queda do feudalismo, provocada pelo desenvolvimento do capitalismo mercantil a partir do século XI, com a saída da população até então de servos, do rural para o urbano dando início aos burgos, e com essa mudança o povo precisavam se afirmar enquanto classe social, deu-se o surgimento do capitalismo entre os séculos XV e XVIII, com a apropriação por parte dos capitalistas, do valor produzido pelo trabalhador para além do necessário a sua subsistência, ou seja, foi marcado pelo termo do Mais-Valia, que representa a diferença entre o salário pago e o valor que era produzido pelo trabalho.
A exclusão social, a pobreza e as desigualdades sociais, são fatos que estão diretamente ligados aos acontecimentos históricos do nosso país. Passamos por formas de governos e regimes que contribuíram de maneira direta com essa estruturação da questão social. E ainda na atualidade, observamos que as minorias continuam na luta diária para conquistar seus direitos adquiridos.
Construído como um fenômeno social, a pobreza foi formando diante da exploração e supervalorização de uma classe ou raça “superior” a outra, com um sistema de ideias preconceituosas, colocando-os como miseráveis e desprovidos financeiramente, então deveriam servir.
Ao longo da história, as mais graves violações aos direitos humanos tiveram como fundamento a dicotomia do “eu versus o outro”, em que a diversidade era captada como elemento para aniquilar direitos. Vale dizer, a diferença era visibilizada para conceber o “outro” como um ser menor em dignidade e direitos, ou, em situações limites, um ser esvaziado mesmo de qualquer dignidade, um ser descartável, um ser supérfluo, objeto de compra e venda (como na escravidão) ou de campos de extermínio (como no nazismo). Nesta direção, merecem destaque as violações da escravidão, do nazismo, do sexismo, do racismo, da homofobia, da xenofobia e de outras práticas de intolerância. Torna-se, contudo, insuficiente tratar o indivíduo de forma genérica, geral e abstrata. Faz-se necessária a especificação do sujeito de direito, que passa a ser visto em sua peculiaridade e particularidade. Neste cenário, as mulheres, as crianças, as populações afro-descendentes, os migrantes, as pessoas com deficiência, os povos indígenas, dentre outras categorias vulneráveis, demandam uma proteção especial, em face de sua própria vulnerabilidade. Ao lado do direito à igualdade, surge o direito à diferença. Isto significa que a diferença não mais seria utilizada para a aniquilação de direitos, mas, ao revés, para a promoção de direitos (PIOVESAN apud FAVORETTI, 2012, p. 285-286).
Então como uma ambição capitalista, essa diferenciação acabou por se materializar no Brasil, onde se construiu a partir dessa exploração tanto de riquezas naturais e mão de obra, tem-se uma raça que se coloca em condição de superioridade. Então, discutir a respeito da acumulação capitalista abrem portas que nos levam a reflexão sobre as desigualdades sociais, vinculando ambos os cenários com o início do capitalismo sendo este um sistema econômico global.
 
Os estudiosos relatam que a exclusão social, teve seu surgimento logo após a emersão com capitalismo, ao entendimento de CARVALHO e IAMOTO (1983, p. 77), nos trazem a pauta que, o mesmo tem seu fundamento na acumulação do capital e da propriedade privada, onde a questão social é a manifestação da classe operária que passa a exigir que as intervenções vão além da repressão e caridade.
A pobreza é expressão direta, ou seja, falar na questão social sem antes caracterizar sua faceta não há como fundamentar o assunto, ela se fundamenta pelo desenvolvimento desigual vivenciado entre acumulação e miséria, num pais capitalista onde a pobreza se expressa e se evidência cada vez mais pela precarização nas relações de trabalho, pela mão de obra barata, pela vulnerabilidade perante as condição de trabalho, pelo abuso, maus tratos, desemprego, e assim nasce uma forma de ausência de direitos o que representa uma questão social atrelada a uma das expressões das desigualdades de uma sociedade capitalista.2.2 AS PRINCIPAIS MATRIZES DE IDENTIDADE E PODER PRESENTES NA HISTÓRIA DO BRASIL, A PARTIR DA DÉCADA DE 1930, ATÉ A DÉCADA DE 1960
Sabemos que pela a história do Brasil, nosso país é miscigenado, o que significa que possuímos uma ampla diversidade de pessoas, religiões, etnias e culturas, sendo uma identidade construída historicamente e que ganhou um impulso maior após a década de 1930. Durante essa década o território brasileiro lidava com uma influência racista que vinha da Europa e era pautada nas discussões relacionadas a sua origem e espécie, trazendo o racismo para dentro da sociedade.
Com a modernização e o surgimento do capitalismo, a população acabou sofrendo com as consequências e veio a necessidade de sair do meio rural, deixando de ser servos e servirem ao clero e aos reis, passando a se tornarem proletariados, vendendo sua força de trabalho por salários muito baixos e indignos, essas inovações tecnológicas acabaram modificando o ritmo de vida das pessoas, e consequentemente provocando alterações no ritmo das jornadas de trabalho.
 Nesse mesmo período, teve a chegada ao poder de Getúlio Vargas, que possibilitou uma política centralizada, criando instituições que padronizavam as práticas administrativas, como a política de educação básica e o Ministério do Trabalho. Construir uma identidade nacional que passava a efetivar-se, considerando a luta contra a influência colonial, só foi possível a partir das décadas de 1940 e 1960. Com a emergência do sistema fabril, houveram grandes mudanças econômicas, políticas e sociais, de início na Europa e depois para o mundo, mas apesar disso também acabou trazendo problemas sociais, surgindo a divisão do trabalho e o acúmulo de capital por parte dos proprietários dos meios de produção. O operário passou a viver separado da família e preso a horários, sendo mal remunerado, exercendo um trabalho monótono e habitando bairros anti-higiênicos.
Durante a Era Vargas o país passou por importantes transformações no papel desempenhado pelo Estado para uma alteração no campo dos direitos sociais. A questão social torna-se objeto de resposta e estratégia do Estado por meio de políticas sociais como mecanismo de controle das classes trabalhadoras
A industrialização e a urbanização estão relacionadas pelo fato de na medida que, as grandes cidades eram produtivas para as indústrias e assim, o crescimento das indústrias estimulavam o aumento das cidades. Com isso, esses dois conceitos estavam diretamente ligados como mudanças políticas, pois o desenvolvimento e a expansão das fábricas acabou proporcionando mudanças na economia e levar a importância da necessidade dos trabalhadores que antes eram rurais para urbanos.
2.3 PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS TEÓRICO-METODOLÓGICAS QUE FUNDAMENTAM HISTORICAMENTE O SERVIÇO SOCIAL
O serviço Social nasceu na sociedade brasileira a partir do surgimento das questões sociais que, aparecem com o processo de industrialização nas décadas de 1920 e 1930. A trajetória do Serviço Social segue num contexto que preconiza como foco principal a luta contra a desigualdade no âmbito das leis do país, mas é importante atentar-se para sua história, seu início e os obstáculos enfrentados, suas conquistas, e o seu perfil atual. Falar do serviço social e sua historicidade necessitariam de muitas páginas de centenas de livros, no entanto o que mais representa a vitória dessa profissão são as lutas diárias frente a um muro imposto pelas condições políticas, econômicas, familiar, saúde e dentre outras, ou seja, o quadro momentâneo.
Aprendemos até aqui que a profissão de Serviço Social, é uma formação de nível superior, devidamente cadastrada pelo MEC- Ministério da Educação e Cultura, e que somente aqueles que são devidamente graduados (as) e registrados (as), nos respectivos conselhos, como o CRESS – Conselho Regional de Serviço Social, são aptos a exercer a profissão como Assistente Social. Regida pela Lei Federal de nº 8662/1993, que apresenta várias dimensões da profissão, as competências e as atribuições privativas, regimentando as suas práticas profissionais, possui também um Código de Ética Profissional. 
O surgimento da profissão acabou se dando no meio católico, como uma doutrina e ideologia, onde a igreja acabava confundindo seu papel de posicionamento político a movimentos reacionários, ou seja, a igreja queria controlar e minimizar a população trabalhadora, para refrear as questões sociais, assim também o Serviço Social passou pela influência Norte-Americana, marcada pelo tecnicismo, por características da psicanálise e pela sociologia positivista e funcionalista.
Nas matrizes teórico-metodológica da profissão, que influenciaram o conhecimento disponível acerca da sociedade burguesa, como a doutrina relacionada a Igreja Católica, que influenciaram o Serviço Social durante muito tempo no momento de consolidação da profissão, onde colocava a profissão como uma característica do apostolado, que se baseava em fazer o bem e velar pelos bons costumes. Alicerçando a visão de mundo impondo a caridade através do Tomismo e Neotomismo, que se baseava em formação através das disciplinas, currículos de estudos e estágios, onde carregava uma forte ideologia católica. Já o Humanismo, dava sustentação teórica à profunda valorização do ser humano, a qual colocava o homem como ser passivo sob a vontade de Deus.
Iamamoto e Carvalho (2007), analisam que a questão da religião com o Serviço Social aponta a Igreja Católica, lá no início do século XX, como uma instituição social que portava de uma doutrina universal e não apenas ideológico.
Ante a degradação da Sociedade civil tradicional e ao declínio de sua influência – ante a “ultrapassagem da concepção religiosa do mundo” - A Igreja Católica deverá reagir, reagrupando suas forças, visando à reconquista de suas antigas prerrogativas e privilégios, tanto práticos como ideológicos. Essa reação terá por base, por meio de métodos organizativos e disciplinares, a constituição de poderosas organizações de massa – “verdadeiro partido da igreja” – visando ao controle e enquadramento da população católica (IAMAMOTO; CARVALHO, 2006, p.140, grifos do autor).
O Movimento de Reconceituação, acontece no momento em que os profissionais em grupos organizados resolvem iniciar uma série encontros, para debaterem sobre o papel do Serviço Social, e assim começam a fazer um questionamento sobre as suas práticas.
Netto (1975), em uma caracterização do Movimento de Reconceitualização, o declara como uma tentativa de romper com o Serviço Social Tradicional, com suas bases de fundamentação e de metodologias importadas dando um novo significado a profissão.
Reduzindo as suas expressões mais simples, o processo de Reconceitualização é a tentativa de superar o Serviço Social tradicional, típico transplante de ideológico de origem basicamente norte-americano (NETTO, 1975, p. 1).
Diante disso, o processo de Reconceituação do Serviço Social desenvolveu uma profunda base teórica, com renovações voltadas para o trabalho direcionado às camadas extremamente excluídas da sociedade. Para entendermos o Serviço Social na atualidade se faz necessário esse estudo de como foi essa base de vínculo com a igreja, que ainda é ligado de forma errônea a caridade, a filantropia e o assistencialismo, mesmo sendo uma realidade distante da prática real da profissão, pois o Serviço Social é uma profissão extremamente complexa, propositiva e rica em seu saber produzido, onde se diferencia totalmente dessa base e conceitos antigos. 
Diante do movimento histórico da profissão, onde passou por vária influencias sociológicas até de fato chegar ao Movimento de Reconceituação, passando entre elas pelo Tomismo e Humanismo. Ao partirmos das bases que fundamentaram a trajetória de profissionalização é possível compreender sua prática e evolução ao longo do fluxo histórico onde preservamos os compromissos sociopolíticos. Na história do Brasil, durante a década de 60 passamos uma enorme bola de transformações sociais, políticas, econômicas e culturais.O quadro político acabou se manifestando conduções de poderes que prejudicaram toda a sociedade, em especial os que não tinha tanta voz dentro da sociedade. Com os problemas econômicos gerados pelo péssimo uso das financias públicas, reflete na população brasileira todas as problemáticas geradas nesse período.
O Movimento de Reconceituação do Serviço Social, consentiu a profissão enfrentar a formação tecnocrática conservadora, que conferiram as bases para o novo projeto de transição que foi o Projeto Ético-político do Serviço Social, que teve como condição a rejeição a crítica conservadora. Sendo produzido através das pressões sociais e mobilização dos setores populares, historicamente marcado pela intransigência das desigualdades de classes e das questões sociais, em face do acúmulo do capitalismo, estabelecendo um compromisso com a autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais.
Netto (1975), em uma caracterização sistética do Movimento de Reconceitualização, o declara como uma tentativa de romper com o Serviço Social Tradicional, com suas bases de fundamentação e de metodologias importadas dando um novo significado a profissão.
Reduzindo as suas expressões mais simples, o processo de reconceitualização é a tentativa de superar o Serviço Social tadicional, típico transplante de ideológico de origem basicamente norte-americano (NETTO, 1975, p. 1) .
É a partir desse momento que o Serviço Social buscou ter uma característica além do conservadorismo, assumindo uma postura reflexiva. É nesse conceito do processo de Reconceitualização, simbolizou um novo momento para o Serviço Social, trazendo uma postura confortável frente as demandas e teorias de compreensão da realidade, uma postura não somente crítica, mas coerente com a realidade.
3. CONCLUSÃO
Essa temática nos proporciona enquanto alunos, oportunidade de colocar em prática os conhecimentos que foram adquiridos até aqui, sabemos que o campo do Serviço Social é vasto e com os conhecimentos que foram absorvidos durante esse processo de preparo dessa produção textual, foi possível conhecer e aprender mais sobre o conceito histórico da profissão e seu surgimento. É necessário também compreendermos que nosso país é rico em misturas, na miscigenação de povos e culturas, o que é resultado de uma diversidade imensa.
Concluímos então que, é necessário compreendermos que o Serviço Social se construiu através das suas raízes na história e com isso busca novas maneiras de intervenção tanto com fundamentos teóricos quanto filosóficos. Como foi dito no tópico acima, a profissão era conectada a Igreja Católica e suas formas de como a profissão deveria ser guiada, mas que com o Movimento de Reconceituação acabou evoluindo e construindo uma nova forma de caracterizar como profissão.
 
Na década de 30, quando foi o surgimento da profissão no Brasil, que historicamente o Serviço Social era vinculado a práticas religiosas da Igreja Católica, com sua atuação moldada nos princípios da caridade e da moral cristã, de assistência aos pobres e desamparados, dentro de uma perspectiva voluntarista e filantrópica, de caráter positivista-funcionalista, em uma tentativa de conter o desagrado da população, e diante desse fato a origem da profissão se constitui numa ação de controle social, por meio de instrumentos de assistencialismo, doutrinamento moral, e propagação da ideologia de responsabilização do indivíduo pela sua condição e devotamento ao Estado e a Igreja pela “ajuda” prestada.
Com o Movimento da Reconceituação do Serviço Social, no qual ocorreu por meio da Ditadura Militar, as transformações que aconteceram na sociedade a profissão começaram a ter uma forma de agir diferente, agindo de forma crítica e fundamentada teoricamente. Ainda nesse meio, houve na década de 60 uma elevação razoável no número de alunos e escolas de Serviço Social.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ARAGÃO, Paulo Sérgio A659f Fundamentos históricos, teóricos e metodológicos do serviço social I / Paulo Sérgio Aragão. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2020. 144 p.
FAVORETTI, Jaciely. A igualdade para todos. Boletim Científico ESMPU, Brasília, a. 11 – n. 39, p. 281-306 – jul./dez. 2012
 
IAMAMOTO, Marilda Vilela; CARVALHO, Raul. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. São Paulo, Cortez, 1983
	
SOUZA, Junior Santiago de CAPITALISMO, POBREZA E EXCLUSÃO SOCIAL. Assistente Social, Especializando em Direitos Humanos e Contemporaneidade- Universidade Federal da Bahia-UFBA. 
MARCUSO, Marcus Fernandes. M313f. Formação social, econômica e política do Brasil / Marcus Fernandes Marcusso, Lívia Carolina Vieira. – Londrina : Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017. 112 p
MALVEZZI, Rosane Aparecida Belieiro. M262a Acumulação capitalista e desigualdade social / Rosane Aparecida Belieiro Malvezzi – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015. 192 p.
NETTO, José Paulo. Desafio al serviço social. Buenos Aires: Humanitas, 1975
O que Serviço Social quer dizer. Disponível em: https://www.scielo.br/j/sssoc/a/qB4rCg7QcST6DJGnZwhv3RS/?lang=pt . Acesso em 09 de dezembro de 2021. d) O significado sócio-histórico da profissão. Disponível em: http://cressrn.org.br/files/arquivos/3D6F81pn1Nsm7IhGdgh1.pdf Acesso em 09 de dezembro de 2021.
Os fundamentos históricos e teórico-metodológicos do Serviço Social Brasileiro na contemporaneidade. Disponível em: http://cressrn.org.br/files/arquivos/ZxJ9du2bNS66joo4oU0y.pdf . Acesso em 09 de dezembro de 2021. 
Produção capitalista e fundamentos do serviço social. [Biblioteca virtual]. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Loader/38919/pdf/0?keep=True .Acesso em 09 de dezembro de 2021.

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