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Introdução Útero É um órgão móvel, com formato de pêra invertida, localizado na região pélvica entre a bexiga e o reto, fixado na pélvis por 4 ligamentos: largo, redondo, cardinal e útero-sacro. Origem embrionária (invaginação do epitélio celômico que origina os ductos de Muller. Estes, por sua vez, se fundem originando os órgãos genitais). o Componentes epiteliais e mesenquimatosos. o Anatomia o Patologias gerais o Perimétrio, miométrio e endométrio LEIOMIOMAS - Incidência: 95% dos tumores benignos do trato genital feminino Causas – teorias o Aumento dos níveis circulantes de estrogênio o Ação sinérgica do GH o Deficiência da 17-hidroxidesidrogenase o Aromatase o Influência genética Fatores de risco o Raça negra o Nulíparas o Menarca precoce o Hipertensas o Obesas o Predisposição familiar o Consumo de álcool Fatores protetores o Multiparidade o Tabagismo o Uso de AC o Progestágenos Classificação de miomas Quanto ao volume Quanto a localização: corporal, ístmico, cervical Quanto a camada: subseroso, intramural, submucoso Sophia Cruz – M40 FMJ Manifestações clínicas o 5% são assintomáticos o Sangramento uterino anormal o Dor pélvica/ dismenorréia o Aumento do volume abdominal o Compressão genito-urinária o Distúrbios intestinais o Infertilidade Diagnóstico o USG pélvica transvaginal o USG abdominal o TC o RNM Complicações Ligadas ao suprimento sanguíneo do mioma o Degeneração hialina – secreção clara o Degeneração cística – mais clara o Degeneração gordurosa o Degeneração vermelha/rubra o Calcificação – diminui suprimento sanguíneo e mioma calcifica o Degeneração sarcomatosa (0,5%) Diagnóstico diferencial o Hiperplasia endometrial o Adenomiose o Malformações uterinas o Gravidez o NTG o Neoplasias malignas o Tumores ovarianos PROVOCAM SANGRAMENTO Tratamento Assintomático: seguimento Sintomático: menacme/ sem prole – tto clínico ou miomectomia Perimenopausa/ com prole – tto conservadores, embolização, miomectomia, histerectomia Tto clínico: (oferecido para pequenos miomas) ACO combinado, progestágenos contínuos e análogos do GNRH, Danazol, Gestrinona, DIU hormonal, implantes de progesterona. Pólipos São projeções hiperplásicas formadas por componentes glandulares e estromais na superfície do endométrio ou colo uterino 75 a 80% mucosos Mais frequentes na quarta e quinta década de vida (40 a 50 anos) Frequência de 1,5 a 10% Incidência: segundo tumor mais frequente do útero Classificação Loc: endometrial e cervical Morfologia: pediculado ou séssil Manifestações clínicas Assintomático Sintomático: metrorragia, cólicas, necrose do pedículo, infecção, dor pélvica, secreção purulenta Diagnóstico o USG transvaginal o Histerossonografia (maior sensibilidade) o Histeroscopia o Exame especular para pólipo endocervical Histerossonografia A histerossonografia é um exame de imagem voltado para o diagnóstico de doenças e condições que atingem o útero. Utiliza uma solução de soro fisiológico para dilatar o órgão e obter uma melhor visualização, sendo não- invasivo com uma grande precisão diagnóstica. Histeroscopia A histeroscopia é um exame ginecológico de imagem feito com o objetivo de ver o interior do útero e canal endocervical, sendo essencial para o diagnóstico de lesões, pólipos, miomas e/ou aderências. O processo se assemelha a uma endoscopia quanto aos aparelhos utilizados. Feito quando na USG tem suspeita. Tratamento Pólipos endometriais: polipectomia histeroscópica (padrão ouro), curetagem uterina Pólipos endocervicais: torção do pedículo, exérese com bisturi Hiperplasia endometrial Proliferação exagerada do endométrio Classificação Simples (cística sem atipia): 1% de progressão para câncer Complexa (adenomatosa sem atipia): 3% de progressão para câncer Atípica: simples (8% de progressão para CA) e complexa (29% de progressão para CA) Manifestações clínicas o Sangramento uterino anormal o Aumento do fluxo menstrual o Sangramento em mulheres pós menopausadas Diagnóstico o USG transvaginal o Histeroscopia com biopsia dirigida o Curetagem uterina semiótica Tratamento o Ablação endometrial o Curetagem uterina o Uso de progestágenos o Histerectomia Adenomiose Crescimento anormal do tecido endometrial penetrando no tecido miometrial uterino Tipo de endometriose Hipermenorreia e dismenorréia TTo clínico com progesterona e ACO e cirúrgico (ablação endometrial e histerectomia) Quarta causa mais comum de câncer em mulheres Estima-se que a cada ano sejam diagnosticados no Brasil: 6540 casos Classificação histológica o Adenocarcinoma clássico 80% o Adenocarcinoma mucinoso 5% o Adenocarcinoma seroso 4% o Carcinoma de células claras 5% o Carcinoma epidermóide, indiferenciado e misto: raros Classificação patogênica Tipo 1: obesas, perimenopausa, excesso de estrógenos sem oposição de progestágenos. Hiperplasia endometrial precede o câncer Melhor prognostico Tipo 2: magras, idosas acima de 60 anos, pos menopausa, sem associação com hiperestrogenismo ou hiperplasia endometrial Pior prognostico Fatores de risco o Excesso de estrógenos o Anovulação crônica o Insuficiência hepática o Menarca precoce o Menopausa tardia o Tumores ovarianos o Hipotireoidismo o Obesidade/ hipertensão o Radioterapia o Fatores genéticos o Associação com outros cânceres. Manifestações clínicas 5% assintomáticos Sintomáticos: sangramento transvaginal perimenopáusico ou pós, depende do tipo patogênico Estadiamento NÃO VAI SER COBRADO NA PROVA Vias de disseminação o Contiguidade (miométrio, bexiga, reto, cavidade peritônio) o Continuidade (colo, paramétrios, vagina) o Trompas (cavidade peritoneal) o Via linfática (2,6%) o Via hematogênica (rara e tardia) o Fígado, pulmão, cérebro e ossos Tratamento Depende do estadiamento clínico I – Histerectomia total abdominal associada a salpingooforectomia bilateral II – Histerectomia total alargada com linfadenectomia pélvica e retirada do terço superior da vagina (Werteim-Meigs), radioterapia pélvica ou braquiterapia caso não seja possível a cirurgia III – Radioterapia pélvica seguida de laparotomia ou cirurgia previa e irradiação pélvica e vaginal pós cirúrgica IV – Quimioterapia e hormonioterapia Prognóstico Estadiamento l: cirurgia 75%. Radioterapia 78% de cura. Estadiamento ll: 60 a 70% de cura. Estadiamento lll: 30% de cura. Estadiamento lV: 3 a 9%. Definição: é importante parte do útero, localizado na sua porção inferior, formado por pouco tecido muscular liso, predominantemente de tecido conjuntivo. Mede entre 2 e 4 cm e divide-se em duas porções: supra vaginal e vaginal. Histologia: epitélio escamoso epidermóide (4 camadas: basal, parabasal intermediária e superficial) e epitélio colunar glandular Métodos de avaliação do colo uterino Inspeção macroscópica: avalia aspecto, forma, tamanho, secreção, coloração, aparência e lesões. Citologia cérvico-vaginal: coleta, fixação, coloração e leitura (sensibilidade de 70% e falso negativo 30%). A partir dos 25 anos e intervalo anual/a cada 3 anos. Colposcopia Avaliação com ácido acético e lugol e realização do teste de Shiller. Limitada pela presença de atrofia, infecções, radioterapia prévia e metaplasia escamosa. Pré requisito para uma colposcopia bem feita: visualização da JEC. Achados colposcópicos normais: epitélio escamoso original, JEC, epitélio colunar, ectopias, ZTN (orifícios glandulares e cistos de Naboth). Achados colposcópicos anormais: epitélio acetobranco, mosaico, pontilhado e vasos atípicos. Achados sugestivos de câncer: lesões vegetantes,erosão, ulceração, epitélio acetobranco denso, pontilhado e mosaico irregulares e vasos atípicos. Miscelâneas: condiloma, ceratose, erosão por trauma, inflamação, atrofia, deciduose e pólipo Classificação de Bethesda 2001 o 1: negativo para lesão intraepitelial ou malignidade. o 2: alterações não neoplasicas (benignas): inflamação, radiação, DIU, células glandulares e pós histerectomia o 3: infecções: fungos, protozoários, actinomyces, vaginose bacteriana, herpes. o 4: anomalias em células epiteliais o 4.1: nas células escamosas: células escamosas atípicas de significado indeterminado. (ASC-US/ ASC-H) o 4.2: lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL). Com ou sem HPV. o 4.3: lesão intraepitelial de alto grau (HSIL). o 4.4: atípias em células glandulares (AGUS). o 4.5: carcinoma epidermoide, adenocarcinoma, outros. Captura hibrida (pesquisa de DNA-HPV) Mulheres a partir de 30 anos com intervalo de 5 anos entre as coletas Vacinação do HPV Doenças benignas mais comuns Pólipos, cervicites, leiomioma cervical, papiloma, tumores, endometriose Câncer de colo uterino Incidência: terceira causa de morte materna por câncer Mais comum é o carcinoma epidermóide 95% Progressão das lesões pré malignas: NIC I, NIC II e NIC III Fatores de risco o HPV (98%) o Múltiplos parceiros o Tabagismo o Baixo nível socioeconômico o Má higiene o Coitarca precoce o Multiparidade o IST´s o Radioterapia o Agentes químicos Manifestações clínicas o Sinusiorragia o Infecção o Necrose Diagnóstico: colposcopia com biopsia dirigida Estadiamento: tratamento e prognostico Prognostico Citologia a cada 3 meses no primeiro ano e de 6 em 6 meses nos próximos 4 anos seguintes, com realização de exame pélvico, pesquisa de linfonodos, radiografia de tórax anualmente. O prognóstico depende do comprometimento linfonodal. Se forem negativos a sobrevida é de 85 a 90%. Se positivos, a sobrevida cai para aproximadamente 25%.
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