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Cirurgias do sistema reprodutivo Mv. Dr. Leonardo Dias Mamão Cirurgias do sistema reprodutivo • Ovariohisterectomia; • Ovariectomia; • Cesariana; • Orquiectomia; • Ablação escrotal; • Vasectomia; • Mastectomia; • Episiotomia; • Prostatéctomia; • Amputação peniana; • Reconstrução prepucial; Ovariohisterectomia (OVH) Indicações • Evitar cruzamentos/crias indesejadas ou cio; • Controle populacional; • Prevenção e tratamento de enfermidades reprodutivas; • Controle de anormalidades endócrinas e dermatológicas; • Prevenção de tumores mamários e anomalias congênitas; Indicações - Principais enfermidades reprodutivas: ➢ Mumificação fetal; ➢ Maceração fetal; ➢ Feto enfisematoso; ➢ Piometra; ➢ Hiperplasia vaginal; ➢Prolapso uterino; ➢Ruptura uterina; ➢Neoplasias vaginais e vulvares; ➢Neoplasias ovarianas e uterinas; Mumificação fetal Mumificação fetal - Conjunto de modificações que o feto morto sofre no segundo ou último terço de gestação, ao qual não é expulso da cavidade uterina; - Processo asséptico (cérvix fechado) de involução do fetal, desenvolvido em condições precárias de oxigenação; - Ocorre somente se tiver persistência de corpo lúteo ou a existência de vários fetos; - Reabsorção dos líquidos fetais e placentários, levando ao ressecamento e endurecimento fetal; Mumificação fetal - Etiologia: ➢ Ainda não é totalmente elucidada; ➢ Torção do cordão umbilical ou torção uterina com compressão do cordão; ➢ Problemas placentários que levem à diminuição das áreas de vilosidades placentárias; ➢ Traumatismos; ➢ Aplicação de hormônios (progesterona); Mumificação fetal - Diagnóstico: ➢ Palpação abdominal; ➢ Raio X; - Tratamento: ➢ Cesariana; ➢ OVH; Mumificação fetal Mumificação fetal Maceração fetal Maceração fetal - Processo SE+ PTICO de destruição do feto retido no útero; - Amolecimento e liquefação dos tecidos moles fetais; - Fatores predisponentes: Abertura cervical e permanência do feto morto no útero; - Etiologia; ➢ Semelhante à mumiGicação, porém, com a abertura do cérvix, ocorre contaminação do feto e anexos; Maceração fetal - Diagnóstico: ➢ Anamnese e exame fıśico (presença de secreção, palpação abdominal); ➢ Raio x e Ultrassom abdominal; - Tratamento: ➢ OVH; ➢ Tratamento de suporte (Gluidoterapia, antibióticoterapia,…); Maceração fetal Maceração fetal Feto enfisematoso Feto enfisematoso • Condição patológica que se caracteriza por alterações enfisematosas do feto morto e retido no útero; - Evolução 24 a 48 h; - Etiologia: ➢ Muitas vezes pode ser consequência de parto distócico que não chegou à termo (feto morre no final da gestação ou no parto); ➢ Através do cérvix, penetram bactérias anaeróbicas, que se desenvolvem no útero, causando putrefação, com produção de gás no tecido subcutâneo, musculatura e órgãos fetais; Feto enfisematoso - Diagnóstico: ➢ Anamnese, exame físico; ➢ Ultrassom; ➢ Raio x; - Tratamento: ➢ OVH e tratamento de suporte; Feto enfisematoso Feto enfisematoso Feto enfisematoso Feto enfisematoso Feto enfisematoso Feto enfisematoso Feto enfisematoso Feto enfisematoso Piometra Piometra • Afecção crônica do útero, caracterizada por uma reação inflamatória exsudativa e degenerativa do endométrio com associação ou não do miométrio, e com presença de bactérias gerando acúmulo de secreção purulenta no lúmen uterino; - Doença da fase diestral (progesterona); - Acometem cadelas de meia idade à idosas; ➢ Cadelas jovens: Associadas ao uso de medicações contraceptivas; Piometra - Principal microrganismo envolvido: Escherichia coli; ➢ bactéria gram-negativa que está presente na flora vaginal normal; ➢ Parede celular é constituída por um polissacarídeo que é liberado na forma de endotoxina quando ocorre a morte ou rápido crescimento bacteriano (endotoxemia); ➢ Responsável sinais sistêmicos; - SIRS/SEPSE; Piometra • Apresentação clínica: - Secreção vaginal (um dos principais sinais clínicos); ➢ Piometra aberta X fechada; - Anorexia; - Sinais gastrointestinais (Vômito, diarreia). - Distensão/dor abdominal; - Letargia, depressão; - Poliúria/polidipsia; - Febre; - Desidratação; Piometra • Complicações: - Hiperglicemia/Hipoglicemia; ➢ Sepse; - Disfunção renal; ➢ Azotemia pré-renal por desidratação, perfusão renal inadequada, ação das endotoxinas e deposição de imunocomplexos (glomerulonefrite); - Disfunção hepática; ➢ Baixa perfusão por desidratação e sepse; Piometra • Complicações: - Distúrbios eletrolítico e ácido-base; ➢ Endotoxemia, desidratação, disfunção renal e hepática,... - Anemia arregenerativa; ➢ Perda de eritrócitos para o lúmen uterino e depressão tóxica da eritropoiese e fragilidade do eritrócito; - Arritmias cardíacas; - Distúrbios de coagulação; Piometra • Complexo de fatores etiológicos: InGluência hormonal no útero; Virulência da bactéria infectante; Capacidade da cadela em combater a infecção; Fase estrogênica do cio Estrógeno Crescimento, vascularização e edema do endométrio normal Relaxamento e dilatação cervical Migração de leucócitos polimorfonucleares para o lúmen uterino Entrada de bactérias da flora vaginal para o lúmen uterino Aumenta o número de receptores endometriais para progesterona Diestro Ligação com os receptores endometriais ↑ atividade secretora ↑ Progesterona Inibição da contratilidade miometrial Hiperplasia glandular ↓ resposta leucocitária às bactérias no útero Cérvix fechado Ambiente favorável Piometra Piometra Piometra Piometra Piometra Piometra Piometra Piometra Piometra Piometra na gata • Particularidade do ciclo estral: - Não ocorre ovulação espontânea; ➢ Cruzamentos estéreis; ➢ Leve estimulação pode ser suficiente para causar ovulação e produção de corpo lúteo; ➢ Medicações contraceptivas; Diagnóstico - Anamnese; - Exame fıśico; - Ultrassom; ➢ Método de eleição; - Raio X; Piometra Tratamento - Estabilização do animal (correção dos distúrbios hídricos, eletrolíticos e acido-base, correção da azotemia,...); - Cirurgia: Ovariohisterectomia: - Antibioticoterapia: ➢ Amoxicilina com clavulanato (20 mg/Kg/Bid/ 10 dias); ➢ EnroGloxacina (5 mg/Kg/sid/ 10 dias); ➢ Metronidazol (15 mg/Kg/bid/7 dias); - Analgésico: ➢ Tramadol; ➢ Dipirona Piometra • Tratamento médico: - NÃO É O TRATAMENTO DE ESCOLHA; - Uso de aglepristone e antibióticos; ➢ Protocolos com outras drogas; - Risco de complicações; - Não realizar em animais debilitados, idosos, com cérvix fechado e com cistos ovarianos; - Risco de recidiva; - Animal TEM que ter cria no próximo cio; Pós operatório - Internação no mínimo 24 – 48 horas; - Antibiótico; - Analgésicos; - Antiinflamatório (uso controverso); - Tratamento de suporte; - Retirada dos pontos 10 dias após; Prognóstico - Variável; - Ruim sem tratamento; - Com tratamento cirúrgico: 5 – 8% de mortalidade; Hiperplasia vaginal Hiperplasia vaginal • Evento fisiológico que ocorre durante a fase folicular; - Elevados níveis de estrógeno; - Edema vaginal e vulvar + relaxamento dos ligamentos; ➢ Exteriorização de porções específicas da vagina; ➢ Evolução para prolapso total (meato urinário externo); - Primeiro estro → recidivas; Hiperplasia vaginal - Desidratação local; - Irritação por lambedura; - Lacerações; - Corpos estranhos; - Contaminação por fezes; - Dificuldade de urinar; - Perda tecidual; - Automutilação; Hiperplasia vaginal - Diagnóstico: ➢ Anamnese; ➢ Exame físico (palpação); Hiperplasia vaginal - Tratamento: ➢ OVH (eliminar riscos de recidivas); ➢ Amputação do prolapso vaginal (colpoplastia); Correção cirúrgica Hiperplasia vaginal Hiperplasia vaginal Prolapso uterino Ruptura uterina Tumores da vagina e vulva Tumores uterinos e ovarianos Complicações da OVH Hemorragia - Causa mais comum de morte pós– OVH; - Ruptura dos vasos ovarianos no momento do estiramento do ligamento suspensor, ou laceração dos vasos presentes no ligamento largo; - Vasos uterinos podem se romper por tração excessiva sobre o corpo uterino; - Ligaduras incorretas ou material de sutura inadequado; - Coagulopatias; Síndrome do ovário remanescente: - Queda do tecido ovariano na cavidade e/ou Colocação incorreta das pinças; - Sinais de cio; - Tratamento → Celiotomia ou laparoscopia exploratória; Síndrome do ovário remanescente Síndrome do ovário remanescente Piometra de coto uterino - Ovariohisterectomia incompleta; - Progesterona proveniente de tecido ovariano residual ou de fonte exógena; - Necessidade de nova intervenção cirúrgica para remoção do ovário; Inflamação e granuloma de coto uterino - Causados por ligaduras com material de sutura inabsorvível; - Técnica asséptica deficiente; - Quantidade residual excessiva de corpo uterino desvitalizado; Fistulas pós OVH - Resposta inflamatória ao material da ligadura; - Tumefação macia e dolorosa sob a pele do flanco (lig. Ovariana) ou na região na região media da coxa ou inguinal (Lig. Uterina); - Líquido sanguinolento ou pus pode drenar de maneira intermitente; - Tratamento: * Antibioticoterapia; * Alguns casos, intervenção cirúrgica; Fístulas pós OVH Incontinência urinária Incontinência urinária - Causadas por aderências ou granuloma do coto uterino, interferindo com a função do esfíncter vesical; - Baixos níveis de estrógeno; - Pode ocorrer imediatamente após a cirurgia ou até 12 anos depois (75% dos casos ocorrem em até 3 anos); - Diagnóstico de exclusão; Tratamento Tratamento clínico Tratamento cirúrgico Tratamento clínico ✦ Objetivo do tratamento clínico: aumentar a pressão de fechamento da uretra. ✦ Primeira tentativa: utilizados α-adrenérgicos (fenilpropanolamina). ✦ Estrógenos aumentam a pressão de fechamento uretral de forma indireta, sensibilizando os α-receptores às catecolaminas endógenas e exógenas. ✦ Efeitos colaterais: edema de vulva, secreção vaginal, atração de machos, aumento de volume das glândulas mamárias, supressão de medula óssea, desenvolvimento de hiperplasia endometrial cística/piometra, neoplasia no trato reprodutor e glândula mamária. ✦ Agentes antidepressivos tricíclicos (imipramina) aumentam a capacidade da bexiga junto com a pressão de fechamento do esfíncter uretral. Tratamento clínico Fármaco Dose Fenilpropanolami da 1,5mg/Kg/ TID/ VO Imipramida 0,5- 1ng/Kg/TID/VO Dietilestilbestrol 1mg/Kg/SID/3 a 5 dias; após, semanalmente • Estrógeno + Fenilpropanolamida = Mais eficaz; Tratamento Cirúrgico ✦ Objetivo: • Aumentar a resistência uretral (técnicas de esfíncteres artificiais e aplicação intrauretral de agentes expansores de volume, como colágeno e sling cirúrgico periuretral). • Aumentar comprimento uretral: reconstrução do colo vesical e/ou recolocação do colo vesical da posição intrapélvica inicial para posição intra-abdominal por meio das técnicas de colpossuspensão e uretropexia ou cistouretropexia. SLING CIRÚRGICO PERIURETRAL SLING CIRÚRGICO PERIURETRAL Tratamento Cirúrgico ✦ Aplicação intrauretral de colágeno: ✦ Promove melhoria da resistência e comprimento uretral. • A aplicação é feita por meio de endoscopia na submucosa da porção proximal da uretra. • Método menos invasivo com mínimo de complicações. • Promove melhoria no fechamento da uretra proximal e apresenta resultados semelhantes às técnicas mais invasivas. Tratamento Cirúrgico ✦ Colpossuspensão: promove recolocação da bexiga da posição intrapélvica para posição intrabdominal, através de uma tração cranial e sutura da vagina na parede abdominal (A tração resulta em deslocamento similar da uretra e bexiga). ✦ Uretropexia ou cistouretropexia: Fixação da uretra e/ou bexiga na cavidade abdominal, promovendo aumento na resistência uretral. Tratamento Cirúrgico ✦ Complicações: ✦ Ocorrem em 21% dos casos; ✦ Aumento da frequência de micção; ✦ Disúria; ✦ Raramente obstrução uretral. Orquiectomia Orquiectomia • Remoção cirúrgica dos testículos; - Indicações: ➢ Prevenir coberturas indesejáveis; controle populacional; ➢ Redução da agressividade; ➢ Redução de comportamentos errantes (micção, monta em objetos e pessoas,...) Orquiectomia ➢ Evitar hábitos semi-domiciliares principalmente em felinos (caçar, perambular, brigar e copular fora do domicílio); ➢ Evita doenças como prostatopatias, adenomas perianais, hérnia perineal,... ➢ Anormalidades congênitas, testiculares, neoplasias escrotais e perianais, controle de epilepsias, anormalidades endócrinas,... Orquiectomia • Duas técnicas: - Pré-escrotal; • Castração canina; - Escrotal; • Castração felina; ➢ Estruturas que compõe o aparelho reprodutor de cães e gatos são semelhantes, exceto pela localização (região perineal); Criptorquídismo Criptorquídismo ➢ Falha congênita do(s) testículo(s) em descer para o interior do escroto (unilateral mais comum); ➢ Agenesia testicular é rara (monorquidismo ou anorquidismo); ➢ Pré-escrotal, subcutâneo, inguinal ou abdominal; Criptorquídismo ➢ Predisposição à neoplasia testicular: • Sertolioma ; • Seminoma; ➢ Idade de descida do testículo não está muito bem estabelecida; • Cães: descem por volta de 10 dias de vida (até os 6 meses não descer, é feito o diagnóstico); • Em felino é um evento pré-natal (até 7 – 8 meses); Criptorquídismo Criptorquídismo - Tratamento: Orquiectomia; • MESMO SE FOR UNILATERAL; • Característica autossômica recessiva ligada ao sexo (transmissão congênita); ➢ Identificação da localização do testículo (palpação e ultrassom); • Se subcutâneo, realiza-se incisão sobre o testículo e o remove seguindo os passos da técnica normal; • Se abdominal, identificar o lado e realiza celiotomia mediana retroumbilical, identificação e remoção do testículo; Criptorquídico pré-escrotal Criptorquidismo subcutâneo Criptorquidismo subcutâneo Criptorquidismo subcutâneo Criptorquidismo subcutâneo Criptorquidismo subcutâneo Criptorquidismo subcutâneo Criptorquidismo subcutâneo Criptorquidismo abdominal Criptorquidismo abdominal Criptorquidismo abdominal Criptorquidismo abdominal Criptorquidismo inguinal Criptorquidismo inguinal Criptorquídismo Criptorquídico Criptorquídico Pré-operatório - Avaliação criteriosa; - Definir o local exato do testículo. - Exames complementares. - Jejum; - Antibiótico profilático: ➢ Cefalotina (30 mg/Kg/Ev/ pré-operatório); - Preparo do paciente. Pós operatório - Analgésico; ➢ Dipirona: 25 mg/Kg/Tid; ➢ Cloridrato de tramadol (se for criptorquidismo abdominal); - Anti-inflamatório: ➢ Meloxicam (cão: 0,1 – 0,2 mg kg; Gatos: 0,05 mg/Kg; sid/3 dias); - Remoção da sutura cirúrgica: 10 dias após; Orquiectomia - Complicações: ➢ Hemorragia (associada à ligadura inadequada); ➢ Infecção; Hiperplasia prostática benigna Hiperplasia prostática benigna - Aumento de tamanho benigno da próstata; ➢ Secundário à estimulação hormonal (testosterona); - Prostatopatia mais comum; - Proporção anormal de andrógenos com relação à estrógenos; - Pode ser uma alteração normal decorrente do envelhecimento; Hiperplasia prostática benigna - Aumento anormal pode causar constipação, tenesmo, alteração na forma fecal e/ou disúria (raramente causa obstrução); - Aumento da pressão no diafragma pélvico pode causar hérnia perineal; Hiperplasia prostática benigna - Diagnóstico: ➢ Anamnese; ➢ Exame físico; ➢ Ultrassonografia (método de eleição); ➢ Exames complementares; Hiperplasia prostática benigna - Diagnóstico diferencial: ➢ Cistos prostáticos; ➢ Prostatite; ➢ Neoplasia prostática; ➢ Abscesso prostático; ➢ Metaplasia escamosa prostática; Hiperplasia prostática benigna - Tratamento: ➢ Cirúrgico: orquiectomia; *Melhor tratamento para cães com doença clínica; ➢ Terapia adjuvante: Finasterida; - Prognóstico:➢ Com a castração: excelente; Tumores de Mama Tumores de Mama • São as neoplasias mais comuns nas cadelas e a terceira mais comum nas gatas; • Incidência: - Cadelas: 68,4% malignos e 31,6% benignos; - Gatas: 80- 93% malignos (80% adenocarcinomas) e 15% benignos; Tumores de Mama • Fatores carcinogênicos: Nem todos os fatores são conhecidos; - Fator hormonal: • Estrógeno, progesterona, Gh, Prolactina.... • OVH precoce; - Genética; - Ambiental; - Envelhecimento; Comportamento natural do tumor mamário - Tumores benignos: *Circunscritos, não aderidos e de evolução lenta; - Tumores malignos: *Crescimento invasivo, rápida evolução com rápido envolvimento de linfonodos e pulmões; • Metástases via linfática ou hematógena; *Rins, fígado, baço, pele, encéfalo e ossos; Tumores de Mama • Diagnóstico: - Exame físico e laboratorial completo; - Citologia; - Histopatologia; - Exame de imagem (Raio x e ultrassom abdominal); *Detectar metastases. “Em 50% dos casos, já existem, no momento do diagnóstico a presença de micrometástases dos tumores malignos.” Metástase pulmonar Metástase pulmonar Tumores de Mama • Diagnóstico diferencial: - Hiperplasia mamária; - Mastite; - Granulomas; - Tumores cutâneos; Tumores de Mama • Estadiamento: - Planejamento terapêutico; - Indicação do prognóstico; - Avaliar a eficiência do tratamento; - Contribuir para pesquisas; Tumores de Mama ➢ Estadiamento TNM CÃES: • T- Tumor Primário: - T1- Menor que 3 cm de diâmetro; - T2- 3 a 5 cm de diâmetro; - T3- Maior que 5 cm de diâmetro; • N- Linfonodo Regional: - N0- Sem evidências de metástase; - N1- Com metástase; Tumores de Mama ➢ Estadiamento TNM CÃES: • M- Metástase Distante: - M0- Sem metástase distante detectável; - M1- Com metástase distante detectável; • I- T1 N0 M0 • II- T2 N0 M0 • III- T3 N0 M0 • IV- Qq T N1 M0 • V- Qq T Qq N M1 Tumores de Mama ➢ Estadiamento TNM GATOS: • T- Tumor Primário: - T1- Menor que 2 cm de diâmetro; - T2- 2 a 3 cm de diâmetro; - T3- Maior que 3 cm de diâmetro; • N- Linfonodo Regional: - N0- Sem evidências de metástase; - N1- Com metástase; Tumores de Mama ➢ Estadiamento TNM GATOs: • M- Metástase Distante: - M0- Sem metástase distante detectável; - M1- Com metástase distante detectável; • I- T1 N0 M0 • II- T2 N0 M0 • III- T1 -T2 N1 M0 - T3 N0- N1 M0 • IV- Qq T Qq N M1 Tumores de Mama • Tratamento: - Cirúrgico: • Caráter curativo, adjuvante ou paliativo; - Princípios da cirurgia oncológica devem SEMPRE ser respeitados; - Conhecimento da anatomia, irrigação e drenagem linfática mamária; Tumores de Mama Tumores de Mama • Tratamento cirúrgico: - Noduléctomia simples; - Maméctomia; - Mastectomia regional; - Mastectomia radical; ➢ Uni ou bilateral; - Linfadenectomia; Tratamento cirúrgico CÃES Localização Tamanho do tumor Cirurgia M1 - Menor 3 cm (T1)- Maior 3 cm (T2/T3) - Mastectomia regional (M1-M2 + linfonodo axilar) - Mastectomia unilateral total M2 - Menor 3 cm (T1)- Maior 3 cm (T2/T3) - Mastectomia regional (M1-M2- M3 + linfonodo axilar) - Mastectomia unilateral total M3 Qualquer tamanho (T1/T2/T3) - Mastectomia unilateral total M4 - Menor 3 cm (T1)- Maior 3 cm (T2/T3) - Mastectomia regional (M3-M4-M5 + linfonodo inguinal) - Mastectomia unilateral total M5 - Menor 3 cm (T1)- Maior 3 cm (T2/T3) - Mastectomia regional (M4-M5 + linfonodo inguinal) - Mastectomia unilateral total Fonte: Consensus Regarding the Diagnosis, Prognosis and Treatment of Canine and Feline Mammary Tumors - 2019 Tratamento cirúrgico Tratamento cirúrgico Azul patente • Usado para corar a drenagem linfática. • Auxilia na identificação do linfonodo. • 2 mg/Kg (nunca ultrapassar 20 mg por animal). • Aplicação intradérmica ao redor do tumor ou na papila do teto. Carcinoma inflamatório ✦ Tumor altamente agressivo e com alta taxa de mortalidade; ✦ Glândulas mamárias difusamente edemaciadas com pouca demarcação entre os tecidos tornando a região firme, sob forma de placas, quente e dolorosa à palpação com possível espessamento de pele e secreção sero-sanguinolenta; ✦ Etiologia ainda é desconhecida; ✦ Diagnóstico clínico (histórico de rápido e difuso crescimento; eritema local, dor, hematoma de pele e edema dos membros secundário à oclusão dos vasos linfáticos); Carcinoma inflamatório ✦ Tratamento cirúrgico : não é indicado; • Recidivas. • Síndromes paraneoplásicas (coagulação intravascular disseminada (CID); ✦ Quimioterapia: Nenhum protocolo efetivo; ✦ Prognóstico: Muito ruim devido ao seu rápido crescimento, alta ocorrência de metástases num período curto e tempo de sobrevida extremamente baixo; Carcinoma inflamatório Carcinoma inflamatório Carcinoma inflamatório Carcinoma inflamatório Tumores de Mama • Quimioterapia: - Citorredução; - Adjuvante; - Micrometástases/ metástases; Tumores de Mama • Particularidades da gata: - Possuem 4 pares de mamas; - Alto índice de tumores malignos; - Mastectomia radical bilateral + Quimioterapia; Tumores de Mama • Prognóstico: - Tamanho do tumor; - Envolvimento linfonodos; - Presença de metástases distantes; - Tipo histológico; - Grau de malignidade; - Dentre outros... Tumores de Mama • Prognóstico: - Favorável: • Tumores <3 cm diâmetro; • Ausência de metástases; - Desfavorável: • Tumores > 3 cm diâmetro; • Invasivo e/ou ulcerado; • Presença de metástase (linfonodo e/ou distante); • Carcinoma inflamatório; - Gatas: Frequentemente desfavoráveis; • Tumores agressivos; • Recidivas (2/3 dos casos); Prevenção • Castração precoce. Cadela Gata Antes primeiro cio 99,5% 91% Antes segundo cio 92% 86% Após segundo cio 74% 11% Após terceiro cio NÃO há proteção Prevenção ✦ No entanto, novas descobertas sugerem alguns efeitos adversos: ✦ Incontinência urinária. ✦ Doenças endócrinas (diabetes mellitus). ✦ Maior risco de desenvolvimento de neoplasias (osteossarcoma, linfoma e mastocitomas). ✦ Distúrbios musculoesqueléticos. Hiperplasia fibroepitelial felina Hiperplasia fibroepitelial felina “Caracteriza-se por um crescimento rápido e anormal de todas as glândulas mamárias (ou ocasionalmente em mamas localizadas);” • Histologicamente é caracterizada pela rápida proliferação do epitélio dos ductos mamários e estroma; • Acometem gatas entre 6 – 24 meses (não castradas); Hiperplasia fibroepitelial felina Hiperplasia fibroepitelial felina Hiperplasia fibroepitelial felina Hiperplasia fibroepitelial felina • Condição benigna (não neoplásica); ➢ Apesar de benigna, pode ter caráter emergencial; • Na patogênese da hiperplasia mamária, incluem estimulação por hormônios endógenos ou exógenos (contraceptivos); Hiperplasia fibroepitelial felina • Grave manifestação clínica: - Mamas afetadas encontram-se aumentadas, túrgidas, quentes, com presença de nódulos dolorosos, ulceração e necrose cutânea; • Sinais clínicos sistêmicos: - Apatia, anorexia, febre e desidratação; • Óbito decorrente de complicações da doença; Hiperplasia fibroepitelial felina • Tratamento: - Retirada da fonte de progesterona: ➢ OVH; ➢ Medicamentos (Aglepristone – Alizin); - Casos não responsivos, mastectomia; Duvidas??????
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