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Cirurgiasdosistemareprodutivo2-2022

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Cirurgias do sistema reprodutivo
Mv. Dr. Leonardo Dias Mamão 
Cirurgias do sistema reprodutivo
• Ovariohisterectomia; 
• Ovariectomia; 
• Cesariana; 
• Orquiectomia; 
• Ablação escrotal; 
• Vasectomia;
• Mastectomia; 
• Episiotomia; 
• Prostatéctomia; 
• Amputação peniana; 
• Reconstrução prepucial; 
Ovariohisterectomia (OVH) Indicações
• Evitar cruzamentos/crias indesejadas ou cio; 
• Controle populacional; 
• Prevenção e tratamento de enfermidades reprodutivas; 
• Controle de anormalidades endócrinas e dermatológicas; 
• Prevenção de tumores mamários e anomalias congênitas;
Indicações
- Principais enfermidades reprodutivas: 
➢ Mumificação fetal; 
➢ Maceração fetal; 
➢ Feto enfisematoso; 
➢ Piometra; 
➢ Hiperplasia vaginal;
➢Prolapso uterino; 
➢Ruptura uterina; 
➢Neoplasias vaginais e vulvares; 
➢Neoplasias ovarianas e uterinas;
Mumificação fetal
Mumificação fetal
- Conjunto de modificações que o feto morto sofre no segundo ou último terço de gestação, ao qual não 
é expulso da cavidade uterina; 
- Processo asséptico (cérvix fechado) de involução do fetal, desenvolvido em condições precárias de 
oxigenação; 
- Ocorre somente se tiver persistência de corpo lúteo ou a existência de vários fetos; 
- Reabsorção dos líquidos fetais e placentários, levando ao ressecamento e endurecimento fetal;
Mumificação fetal
- Etiologia: 
➢ Ainda não é totalmente elucidada; 
➢ Torção do cordão umbilical ou torção uterina com compressão do cordão; 
➢ Problemas placentários que levem à diminuição das áreas de vilosidades placentárias; 
➢ Traumatismos; 
➢ Aplicação de hormônios (progesterona);
Mumificação fetal
- Diagnóstico: 
➢ Palpação abdominal; 
➢ Raio X; 
- Tratamento: 
➢ Cesariana;
➢ OVH;
Mumificação fetal
Mumificação fetal
Maceração fetal
Maceração fetal
- Processo	SE+ PTICO	de	destruição	do	feto	retido	no	útero;	
- Amolecimento	e	liquefação	dos	tecidos	moles	fetais;	
- Fatores	predisponentes:	Abertura	cervical	e	permanência	do	feto	morto	no	útero;	
- Etiologia;	
➢ Semelhante	à	mumiGicação,	porém,	com	a	abertura	do	cérvix,	ocorre	contaminação	do	feto	e	
anexos;
Maceração fetal
- Diagnóstico:	
➢ Anamnese	e	exame	fıśico	(presença	de	secreção,	palpação	abdominal);	
➢ Raio	x	e	Ultrassom	abdominal;	
- Tratamento:	
➢ OVH;	
➢ Tratamento	de	suporte	(Gluidoterapia,	antibióticoterapia,…);
Maceração fetal
Maceração fetal
Feto enfisematoso
Feto enfisematoso
• Condição patológica que se caracteriza por alterações enfisematosas do feto morto e retido no útero; 
- Evolução 24 a 48 h; 
- Etiologia: 
➢ Muitas vezes pode ser consequência de parto distócico que não chegou à termo (feto morre no final 
da gestação ou no parto); 
➢ Através do cérvix, penetram bactérias anaeróbicas, que se desenvolvem no útero, causando 
putrefação, com produção de gás no tecido subcutâneo, musculatura e órgãos fetais;
Feto enfisematoso
- Diagnóstico: 
➢ Anamnese, exame físico; 
➢ Ultrassom; 
➢ Raio x; 
- Tratamento: 
➢ OVH e tratamento de suporte;
Feto enfisematoso
Feto enfisematoso Feto enfisematoso
Feto enfisematoso Feto enfisematoso
Feto enfisematoso Feto enfisematoso
Feto enfisematoso
Piometra 
Piometra 
• Afecção crônica do útero, caracterizada por uma reação inflamatória 
exsudativa e degenerativa do endométrio com associação ou não do 
miométrio, e com presença de bactérias gerando acúmulo de 
secreção purulenta no lúmen uterino; 
- Doença da fase diestral (progesterona); 
- Acometem cadelas de meia idade à idosas; 
➢ Cadelas jovens: Associadas ao uso de medicações contraceptivas;
Piometra 
- Principal microrganismo envolvido: Escherichia coli; 
➢ bactéria gram-negativa que está presente na flora vaginal normal; 
➢ Parede celular é constituída por um polissacarídeo que é liberado na forma de endotoxina quando 
ocorre a morte ou rápido crescimento bacteriano (endotoxemia); 
➢ Responsável sinais sistêmicos; 
- SIRS/SEPSE;
Piometra 
• Apresentação clínica: 
- Secreção vaginal (um dos principais sinais clínicos); 
➢ Piometra aberta X fechada; 
- Anorexia; 
- Sinais gastrointestinais (Vômito, diarreia). 
- Distensão/dor abdominal;
- Letargia, depressão; 
- Poliúria/polidipsia; 
- Febre; 
- Desidratação;
Piometra
• Complicações: 
- Hiperglicemia/Hipoglicemia; 
➢ Sepse; 
- Disfunção renal; 
➢ Azotemia pré-renal por desidratação, perfusão renal inadequada, ação das endotoxinas e 
deposição de imunocomplexos (glomerulonefrite); 
- Disfunção hepática; 
➢ Baixa perfusão por desidratação e sepse;
Piometra
• Complicações: 
- Distúrbios eletrolítico e ácido-base; 
➢ Endotoxemia, desidratação, disfunção renal e hepática,... 
- Anemia arregenerativa; 
➢ Perda de eritrócitos para o lúmen uterino e depressão tóxica da eritropoiese e fragilidade do 
eritrócito; 
- Arritmias cardíacas; 
- Distúrbios de coagulação;
Piometra
• Complexo	de	fatores	etiológicos:	
InGluência	hormonal	no	útero;	
Virulência	da	bactéria	infectante;	
Capacidade	da	cadela	em	combater	a	infecção;
Fase estrogênica do cio
Estrógeno
Crescimento, 
vascularização e 
edema do endométrio 
normal
Relaxamento e 
dilatação cervical
Migração de leucócitos 
polimorfonucleares 
para o lúmen uterino
Entrada de bactérias 
da flora vaginal para o 
lúmen uterino
Aumenta o número de 
receptores 
endometriais para 
progesterona
Diestro
Ligação com os 
receptores 
endometriais
↑ atividade 
secretora
↑ Progesterona
Inibição da 
contratilidade 
miometrial
Hiperplasia glandular
↓ resposta leucocitária 
às bactérias no útero
Cérvix fechado
Ambiente favorável
Piometra
Piometra Piometra
Piometra Piometra
Piometra
Piometra
Piometra
Piometra Piometra na gata
• Particularidade do ciclo estral: 
- Não ocorre ovulação espontânea; 
➢ Cruzamentos estéreis; 
➢ Leve estimulação pode ser suficiente para causar ovulação e produção de corpo lúteo; 
➢ Medicações contraceptivas;
Diagnóstico
- Anamnese;	
- Exame	fıśico;	
- Ultrassom;	
➢ Método	de	eleição;	
- Raio	X;
Piometra
Tratamento
- Estabilização	do	animal	(correção	dos	distúrbios	hídricos,	eletrolíticos	e	acido-base,	
correção	da	azotemia,...);	
- Cirurgia:	Ovariohisterectomia:	
- Antibioticoterapia:	
➢ Amoxicilina	com	clavulanato	(20	mg/Kg/Bid/	10	dias);	
➢ EnroGloxacina	(5	mg/Kg/sid/	10	dias);		
➢ Metronidazol	(15	mg/Kg/bid/7	dias);	
- Analgésico:	
➢ Tramadol;	
➢ Dipirona
Piometra
• Tratamento médico: 
- NÃO É O TRATAMENTO DE ESCOLHA; 
- Uso de aglepristone e antibióticos; 
➢ Protocolos com outras drogas; 
- Risco de complicações; 
- Não realizar em animais debilitados, idosos, com cérvix fechado e com cistos ovarianos; 
- Risco de recidiva; 
- Animal TEM que ter cria no próximo cio;
Pós operatório
- Internação no mínimo 24 – 48 horas; 
- Antibiótico; 
- Analgésicos; 
- Antiinflamatório (uso controverso); 
- Tratamento de suporte; 
- Retirada dos pontos 10 dias após;
Prognóstico
- Variável; 
- Ruim sem tratamento; 
- Com tratamento cirúrgico: 5 – 8% de mortalidade;
Hiperplasia vaginal
Hiperplasia vaginal
• Evento fisiológico que ocorre durante a fase folicular; 
- Elevados níveis de estrógeno; 
- Edema vaginal e vulvar + relaxamento dos ligamentos; 
➢ Exteriorização de porções específicas da vagina; 
➢ Evolução para prolapso total (meato urinário externo); 
- Primeiro estro → recidivas;
Hiperplasia vaginal
- Desidratação local; 
- Irritação por lambedura; 
- Lacerações; 
- Corpos estranhos;
- Contaminação por fezes; 
- Dificuldade de urinar; 
- Perda tecidual; 
- Automutilação;
Hiperplasia vaginal
- Diagnóstico: 
➢ Anamnese; 
➢ Exame físico (palpação);
Hiperplasia vaginal
- Tratamento: 
➢ OVH (eliminar riscos de recidivas); 
➢ Amputação do prolapso vaginal (colpoplastia);
Correção cirúrgica
Hiperplasia vaginal
Hiperplasia vaginal
Prolapso uterino
Ruptura uterina
Tumores da vagina e vulva
Tumores uterinos e ovarianos
Complicações 
da OVH
Hemorragia
- Causa mais comum de morte pós– OVH; 
- Ruptura dos vasos ovarianos no momento do estiramento do ligamento suspensor, ou 
laceração dos vasos presentes no ligamento largo; 
- Vasos uterinos podem se romper por tração excessiva sobre o corpo uterino; 
- Ligaduras incorretas ou material de sutura inadequado; 
- Coagulopatias;
Síndrome do ovário remanescente: 
- Queda do tecido ovariano na cavidade e/ou Colocação incorreta das pinças; 
- Sinais de cio; 
- Tratamento → Celiotomia ou laparoscopia exploratória;
Síndrome do ovário remanescente
Síndrome do ovário remanescente Piometra de coto uterino
- Ovariohisterectomia incompleta; 
- Progesterona proveniente de tecido ovariano residual ou de fonte exógena; 
- Necessidade de nova intervenção cirúrgica para remoção do ovário;
Inflamação e granuloma de coto uterino
- Causados por ligaduras com material de sutura inabsorvível; 
- Técnica asséptica deficiente; 
- Quantidade residual excessiva de corpo uterino desvitalizado;
Fistulas pós OVH
- Resposta inflamatória ao material da ligadura; 
- Tumefação macia e dolorosa sob a pele do flanco (lig. Ovariana) ou na região na região 
media da coxa ou inguinal (Lig. Uterina); 
- Líquido sanguinolento ou pus pode drenar de maneira intermitente; 
- Tratamento: * Antibioticoterapia; 
* Alguns casos, intervenção cirúrgica;
Fístulas pós OVH
Incontinência urinária
Incontinência urinária
- Causadas por aderências ou granuloma do coto uterino, interferindo com a função do esfíncter vesical; 
- Baixos níveis de estrógeno; 
- Pode ocorrer imediatamente após a cirurgia ou até 12 anos depois (75% dos casos ocorrem em até 3 
anos); 
- Diagnóstico de exclusão;
Tratamento
Tratamento clínico Tratamento cirúrgico
Tratamento clínico
✦ Objetivo do tratamento clínico: aumentar a pressão de fechamento da uretra. 
✦ Primeira tentativa: utilizados α-adrenérgicos (fenilpropanolamina). 
✦ Estrógenos aumentam a pressão de fechamento uretral de forma indireta, sensibilizando os α-receptores às 
catecolaminas endógenas e exógenas. 
✦ Efeitos colaterais: edema de vulva, secreção vaginal, atração de machos, aumento de volume das glândulas mamárias, supressão de 
medula óssea, desenvolvimento de hiperplasia endometrial cística/piometra, neoplasia no trato reprodutor e glândula mamária. 
✦ Agentes antidepressivos tricíclicos (imipramina) aumentam a capacidade da bexiga junto com a pressão de 
fechamento do esfíncter uretral.
Tratamento clínico
Fármaco Dose
Fenilpropanolami
da
1,5mg/Kg/ TID/ VO
Imipramida 0,5- 1ng/Kg/TID/VO
Dietilestilbestrol 1mg/Kg/SID/3 a 5 dias; após, 
semanalmente
• Estrógeno + Fenilpropanolamida = Mais eficaz;
Tratamento Cirúrgico
✦ Objetivo: 
• Aumentar a resistência uretral (técnicas de esfíncteres artificiais e aplicação intrauretral de agentes 
expansores de volume, como colágeno e sling cirúrgico periuretral). 
• Aumentar comprimento uretral: reconstrução do colo vesical e/ou recolocação do colo vesical da 
posição intrapélvica inicial para posição intra-abdominal por meio das técnicas de colpossuspensão e 
uretropexia ou cistouretropexia.
SLING CIRÚRGICO PERIURETRAL
SLING CIRÚRGICO PERIURETRAL
Tratamento Cirúrgico
✦ Aplicação intrauretral de colágeno: 
✦ Promove melhoria da resistência e comprimento uretral. 
• A aplicação é feita por meio de endoscopia na submucosa da porção proximal da uretra. 
• Método menos invasivo com mínimo de complicações. 
• Promove melhoria no fechamento da uretra proximal e apresenta resultados semelhantes às técnicas mais 
invasivas. 
Tratamento Cirúrgico
✦ Colpossuspensão: promove recolocação da bexiga da posição intrapélvica para posição intrabdominal, 
através de uma tração cranial e sutura da vagina na parede abdominal (A tração resulta em 
deslocamento similar da uretra e bexiga). 
✦ Uretropexia ou cistouretropexia: Fixação da uretra e/ou bexiga na cavidade abdominal, promovendo 
aumento na resistência uretral. 
Tratamento Cirúrgico
✦ Complicações: 
✦ Ocorrem em 21% dos casos; 
✦ Aumento da frequência de micção; 
✦ Disúria; 
✦ Raramente obstrução uretral.
Orquiectomia Orquiectomia
• Remoção cirúrgica dos testículos; 
- Indicações: 
➢ Prevenir coberturas indesejáveis; controle populacional; 
➢ Redução da agressividade; 
➢ Redução de comportamentos errantes (micção, monta em objetos e pessoas,...)
Orquiectomia
➢ Evitar hábitos semi-domiciliares principalmente em felinos (caçar, perambular, brigar e copular 
fora do domicílio); 
➢ Evita doenças como prostatopatias, adenomas perianais, hérnia perineal,... 
➢ Anormalidades congênitas, testiculares, neoplasias escrotais e perianais, controle de 
epilepsias, anormalidades endócrinas,...
Orquiectomia
• Duas técnicas: 
- Pré-escrotal; 
• Castração canina; 
- Escrotal; 
• Castração felina; 
➢ Estruturas que compõe o aparelho reprodutor de cães e gatos são semelhantes, exceto pela localização 
(região perineal);
Criptorquídismo
Criptorquídismo
➢ Falha congênita do(s) testículo(s) em descer para o interior do escroto (unilateral mais comum); 
➢ Agenesia testicular é rara (monorquidismo ou anorquidismo); 
➢ Pré-escrotal, subcutâneo, inguinal ou abdominal;
Criptorquídismo
➢ Predisposição à neoplasia testicular: 
• Sertolioma ; 
• Seminoma; 
➢ Idade de descida do testículo não está muito bem estabelecida; 
• Cães: descem por volta de 10 dias de vida (até os 6 meses não descer, é feito o diagnóstico); 
• Em felino é um evento pré-natal (até 7 – 8 meses);
Criptorquídismo
Criptorquídismo
- Tratamento: Orquiectomia; 
• MESMO SE FOR UNILATERAL; 
• Característica autossômica recessiva ligada ao sexo (transmissão congênita); 
➢ Identificação da localização do testículo (palpação e ultrassom); 
• Se subcutâneo, realiza-se incisão sobre o testículo e o remove seguindo os passos da técnica normal; 
• Se abdominal, identificar o lado e realiza celiotomia mediana retroumbilical, identificação e remoção do 
testículo; 
Criptorquídico pré-escrotal
Criptorquidismo subcutâneo Criptorquidismo subcutâneo
Criptorquidismo subcutâneo Criptorquidismo subcutâneo
Criptorquidismo subcutâneo Criptorquidismo subcutâneo
Criptorquidismo subcutâneo Criptorquidismo abdominal
Criptorquidismo abdominal Criptorquidismo abdominal
Criptorquidismo abdominal Criptorquidismo inguinal
Criptorquidismo inguinal Criptorquídismo
Criptorquídico Criptorquídico
Pré-operatório
- Avaliação criteriosa; 
- Definir o local exato do testículo. 
- Exames complementares. 
- Jejum; 
- Antibiótico profilático: 
➢ Cefalotina (30 mg/Kg/Ev/ pré-operatório); 
- Preparo do paciente.
Pós operatório
- Analgésico; 
➢ Dipirona: 25 mg/Kg/Tid; 
➢ Cloridrato de tramadol (se for criptorquidismo abdominal); 
- Anti-inflamatório: 
➢ Meloxicam (cão: 0,1 – 0,2 mg kg; Gatos: 0,05 mg/Kg; sid/3 dias); 
- Remoção da sutura cirúrgica: 10 dias após;
Orquiectomia
- Complicações: 
➢ Hemorragia (associada à ligadura inadequada); 
➢ Infecção;
Hiperplasia prostática benigna
Hiperplasia prostática benigna
- Aumento de tamanho benigno da próstata; 
➢ Secundário à estimulação hormonal (testosterona); 
- Prostatopatia mais comum; 
- Proporção anormal de andrógenos com relação à estrógenos; 
- Pode ser uma alteração normal decorrente do envelhecimento;
Hiperplasia prostática benigna
- Aumento anormal pode causar constipação, tenesmo, alteração na forma fecal e/ou disúria 
(raramente causa obstrução); 
- Aumento da pressão no diafragma pélvico pode causar hérnia perineal;
Hiperplasia prostática benigna
- Diagnóstico: 
➢ Anamnese; 
➢ Exame físico; 
➢ Ultrassonografia (método de eleição); 
➢ Exames complementares;
Hiperplasia prostática benigna
- Diagnóstico diferencial: 
➢ Cistos prostáticos; 
➢ Prostatite; 
➢ Neoplasia prostática; 
➢ Abscesso prostático; 
➢ Metaplasia escamosa prostática;
Hiperplasia prostática benigna
- Tratamento: 
➢ Cirúrgico: orquiectomia; 
*Melhor tratamento para cães com doença clínica; 
➢ Terapia adjuvante: Finasterida; 
- Prognóstico:➢ Com a castração: excelente;
Tumores de Mama
Tumores de Mama
• São as neoplasias mais comuns nas cadelas e a terceira mais comum nas gatas; 
• Incidência: 
- Cadelas: 68,4% malignos e 31,6% benignos; 
- Gatas: 80- 93% malignos (80% adenocarcinomas) e 15% benignos;
Tumores de Mama
• Fatores carcinogênicos: Nem todos os fatores são conhecidos; 
- Fator hormonal: 
• Estrógeno, progesterona, Gh, Prolactina.... 
• OVH precoce; 
- Genética; 
- Ambiental; 
- Envelhecimento;
Comportamento natural do tumor mamário
- Tumores benignos: 
*Circunscritos, não aderidos e de evolução lenta; 
- Tumores malignos: 
*Crescimento invasivo, rápida evolução com rápido envolvimento de linfonodos e pulmões; 
• Metástases via linfática ou hematógena; 
*Rins, fígado, baço, pele, encéfalo e ossos;
Tumores de Mama
• Diagnóstico: 
 - Exame físico e laboratorial completo; 
 - Citologia; 
 - Histopatologia; 
 - Exame de imagem (Raio x e ultrassom abdominal); 
*Detectar metastases.
“Em 50% dos casos, já 
existem, no momento do 
diagnóstico a presença de 
micrometástases dos 
tumores malignos.”
Metástase pulmonar Metástase pulmonar
Tumores de Mama
• Diagnóstico diferencial: 
- Hiperplasia mamária; 
- Mastite; 
- Granulomas; 
- Tumores cutâneos;
Tumores de Mama
• Estadiamento: 
- Planejamento terapêutico; 
- Indicação do prognóstico; 
- Avaliar a eficiência do tratamento; 
- Contribuir para pesquisas;
Tumores de Mama
➢ Estadiamento TNM CÃES: 
• T- Tumor Primário: 
 - T1- Menor que 3 cm de diâmetro; 
 - T2- 3 a 5 cm de diâmetro; 
 - T3- Maior que 5 cm de diâmetro; 
• N- Linfonodo Regional: 
 - N0- Sem evidências de metástase; 
 - N1- Com metástase;
Tumores de Mama
➢ Estadiamento TNM CÃES: 
• M- Metástase Distante: 
 - M0- Sem metástase distante detectável; 
 - M1- Com metástase distante detectável; 
• I- T1 N0 M0 
• II- T2 N0 M0 
• III- T3 N0 M0 
• IV- Qq T N1 M0 
• V- Qq T Qq N M1
Tumores de Mama
➢ Estadiamento TNM GATOS: 
• T- Tumor Primário: 
 - T1- Menor que 2 cm de diâmetro; 
 - T2- 2 a 3 cm de diâmetro; 
 - T3- Maior que 3 cm de diâmetro; 
• N- Linfonodo Regional: 
 - N0- Sem evidências de metástase; 
 - N1- Com metástase;
Tumores de Mama
➢ Estadiamento TNM GATOs: 
• M- Metástase Distante: 
 - M0- Sem metástase distante detectável; 
 - M1- Com metástase distante detectável; 
• I- T1 N0 M0 
• II- T2 N0 M0 
• III- T1 -T2 N1 M0 
 - T3 N0- N1 M0 
• IV- Qq T Qq N M1
Tumores de Mama
• Tratamento: 
- Cirúrgico: 
• Caráter curativo, adjuvante ou paliativo; 
- Princípios da cirurgia oncológica devem SEMPRE ser respeitados; 
- Conhecimento da anatomia, irrigação e drenagem linfática mamária;
Tumores de Mama
Tumores de Mama
• Tratamento cirúrgico: 
 - Noduléctomia simples; 
 - Maméctomia; 
 - Mastectomia regional; 
 - Mastectomia radical; 
➢ Uni ou bilateral; 
- Linfadenectomia;
Tratamento cirúrgico CÃES
Localização Tamanho do tumor Cirurgia
M1 - Menor 3 cm (T1)- Maior 3 cm (T2/T3)
- Mastectomia regional (M1-M2 + linfonodo axilar)
- Mastectomia unilateral total
M2 - Menor 3 cm (T1)- Maior 3 cm (T2/T3)
- Mastectomia regional (M1-M2- M3 + linfonodo axilar)
- Mastectomia unilateral total
M3 Qualquer tamanho (T1/T2/T3) - Mastectomia unilateral total
M4 - Menor 3 cm (T1)- Maior 3 cm (T2/T3)
- Mastectomia regional (M3-M4-M5 + linfonodo 
inguinal)
- Mastectomia unilateral total
M5 - Menor 3 cm (T1)- Maior 3 cm (T2/T3)
- Mastectomia regional (M4-M5 + linfonodo inguinal)
- Mastectomia unilateral total
Fonte: Consensus Regarding the Diagnosis, Prognosis and Treatment of Canine and Feline Mammary Tumors - 2019 
Tratamento cirúrgico
Tratamento cirúrgico
Azul patente
• Usado para corar a drenagem linfática.
• Auxilia na identificação do linfonodo.
• 2 mg/Kg (nunca ultrapassar 20 mg por animal).
• Aplicação intradérmica ao redor do tumor ou na 
papila do teto.
Carcinoma inflamatório
✦ Tumor altamente agressivo e com alta taxa de mortalidade; 
✦ Glândulas mamárias difusamente edemaciadas com pouca demarcação entre os tecidos 
tornando a região firme, sob forma de placas, quente e dolorosa à palpação com possível 
espessamento de pele e secreção sero-sanguinolenta; 
✦ Etiologia ainda é desconhecida; 
✦ Diagnóstico clínico (histórico de rápido e difuso crescimento; eritema local, dor, hematoma de 
pele e edema dos membros secundário à oclusão dos vasos linfáticos); 
Carcinoma inflamatório
✦ Tratamento cirúrgico : não é indicado; 
• Recidivas. 
• Síndromes paraneoplásicas (coagulação intravascular disseminada (CID); 
✦ Quimioterapia: Nenhum protocolo efetivo; 
✦ Prognóstico: Muito ruim devido ao seu rápido crescimento, alta ocorrência de metástases 
num período curto e tempo de sobrevida extremamente baixo;
Carcinoma inflamatório
Carcinoma inflamatório Carcinoma inflamatório
Carcinoma inflamatório Tumores de Mama
• Quimioterapia: 
 - Citorredução; 
 - Adjuvante; 
 - Micrometástases/ metástases;
Tumores de Mama
• Particularidades da gata: 
- Possuem 4 pares de mamas; 
- Alto índice de tumores malignos; 
- Mastectomia radical bilateral + Quimioterapia;
Tumores de Mama
• Prognóstico: 
- Tamanho do tumor; 
- Envolvimento linfonodos; 
- Presença de metástases distantes; 
- Tipo histológico; 
- Grau de malignidade; 
- Dentre outros...
Tumores de Mama
• Prognóstico: 
 - Favorável: 
• Tumores <3 cm diâmetro; 
• Ausência de metástases; 
 - Desfavorável: 
• Tumores > 3 cm diâmetro; 
• Invasivo e/ou ulcerado; 
• Presença de metástase (linfonodo e/ou distante); 
• Carcinoma inflamatório; 
 - Gatas: Frequentemente desfavoráveis; 
• Tumores agressivos; 
• Recidivas (2/3 dos casos);
Prevenção
• Castração precoce. 
Cadela Gata
Antes primeiro cio 99,5% 91%
Antes segundo cio 92% 86%
Após segundo cio 74% 11%
Após terceiro cio NÃO há proteção
Prevenção
✦ No entanto, novas descobertas sugerem alguns efeitos adversos:
✦ Incontinência urinária.
✦ Doenças endócrinas (diabetes mellitus).
✦ Maior risco de desenvolvimento de neoplasias (osteossarcoma, linfoma e mastocitomas).
✦ Distúrbios musculoesqueléticos.
Hiperplasia fibroepitelial felina
Hiperplasia fibroepitelial felina
“Caracteriza-se por um crescimento rápido e anormal de todas as glândulas mamárias (ou 
ocasionalmente em mamas localizadas);” 
• Histologicamente é caracterizada pela rápida proliferação do epitélio dos ductos mamários 
e estroma; 
• Acometem gatas entre 6 – 24 meses (não castradas);
Hiperplasia fibroepitelial felina
Hiperplasia fibroepitelial felina
Hiperplasia fibroepitelial felina
Hiperplasia fibroepitelial felina
• Condição benigna (não neoplásica); 
➢ Apesar de benigna, pode ter caráter emergencial;
• Na patogênese da hiperplasia mamária, incluem estimulação por hormônios endógenos ou 
exógenos (contraceptivos); 
Hiperplasia fibroepitelial felina
• Grave manifestação clínica:
- Mamas afetadas encontram-se aumentadas, túrgidas, quentes, com presença de nódulos 
dolorosos, ulceração e necrose cutânea;
• Sinais clínicos sistêmicos:
- Apatia, anorexia, febre e desidratação;
• Óbito decorrente de complicações da doença;
Hiperplasia fibroepitelial felina
• Tratamento: 
- Retirada da fonte de progesterona: 
➢ OVH; 
➢ Medicamentos (Aglepristone – Alizin); 
- Casos não responsivos, mastectomia;
Duvidas??????

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