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– Patologia ginecológica II Sangramento vaginal Tem como grupo etário x causa: • Adolescentes: ciclos anovulatórios e/ou desordens da coagulação • Idade reprodutiva: • Perimenopausa: lesões orgânicas • Pós-menopausa Como é investigado? Realizam-se 3 formas – curetagem ou pipelle ou vabra para biopsiar o fragmento Hiperplasia endometrial • Neoplasia intra-epitelial • Lesão precursora de adenocarcinoma endometrial • Alterações de crescimento glandular e do estroma endometrial • Período da menopausa e pós menopausa • Sangramento uterino anormal ou excessivo Fator causal: estímulo prolongado de estrogênios Características • Ciclos anovulatórios • Paridade > 2 filhos • Obesidade e/ou DM • Menopausa > 53 anos • Síndrome do ovário policístico • Tumores de células da granulosa • Administração prolongada de estrógeno – anticoncepcional, reposição hormonal Classificação • Simples não atípicas: 1% de chance de progressão para câncer de endométrio • Complexas: 3% de chance de progressão para câncer de endométrio • Atípicas: evoluem para adenocarcinoma de endométrio; também se dividem entre complexa (29%) e simples (8%), sendo as mais prevalentes. Adenocarcinoma de endométrio • É o câncer ginecológico mais comum; • Câncer invasivo do aparelho genital feminino • Acomete mulheres pós-menopáusicas – 55-65 anos • Exame pélvico negativo/ útero aumentado de tamanho SIMPLES NÃO ATÍPICAS COMPLEXA ATÍPICAS SIMPLES COMPLEXA – • Curetagem endometrial e biópsia de endométrio obrigatórios e importantes para dx pré cirúrgico Fatores de risco • Exposição a estrogênios sem a antagonização por progestágenos • Idade – 55-70 anos • Raça – acomete mais raça branca • Associado ao aumento do IMC (obesidade, DM, sedentarismo) • Dieta rica em lipídeos e pobre em fibras • Multiparidade ou nuliparidade • Menarca precoce expõe a mulher por mais tempo aos hormônios • Síndrome de Lynch • Uso de tamoxifeno • Histórico familiar • Alterações moleculares • Hiperplasia e pólipos endometriais prévios • Tumores ovarianos produtores de estrógenos • Endométrio se expressa (acima 5mm – USTV) Clínica da paciente • Mudança do hábito intestinal e vesical (dor pélvica) • Dispareunia • Corrimento anormal • Sangramento pós menopausa • USG – avalia a espessura endometrial • Curetagem ou biópsia endometrial Métodos de rastreio Através do sangramento vaginal, suspeita-se de que há algo errado, logo, são feitos a histeroscopia + curetagem/biopsia A curetagem e biopsia deve conter em seu relatório: tipo histológico do carcinoma, alterações genético-moleculares e grau de diferenciação (alto ou baixo grau) Macroscopia • É um tumor exofítico, polipoide, fungoide, difuso, envolvendo toda a superficie • Cavidade endometrial preenchida pela neoplasia parcialmente necrótica, infiltra pouco no miométrio • Aumento do volume do útero – invasão ao miométrio • Também se verifica se há invasão de serosa – nódulos subserosos ou serosos – e esse rompimento dissemina o tumor • Disseminação para o Ligamentos largos o Linfonodos regionais – aórticos, ilíacos, inguinais e hipogástricos • Propagação via hematogênica: o Pulmão o Fígado o Osso o SNC • Sangramento pós menopausa; • Diabética • Hipertensa • Obesa – Microscopia 75-85% dos tumores são adenocarcinoma endometrióide de endométrio • Este é constituído de células cuboides/colunares malignas • A forma mais frequente baseada no tipo histológico e grau de diferenciação se trata do adenocarcinoma endometrióide de endométrio bem diferenciado Classificação FIGO • Bem diferenciado – grau 1: ≤ 5% do componente glandular é sólido • Moderadamente diferenciado – grau 2: 6-50% do componente glandular é sólido • Pouco diferenciado – grau 3: > 50% componente glandular é sólido Disseminação (pela metástase) • Miométrio • Colo uterino • Paramétrio (rompimento da serosa) • Anexos • Vagina • Bexiga e reto • Pulmão (mais frequente pela via hematogênica) • Fígado • Outros Classificação clinicopatológica de Bokhman - 1983 • Tipo 1: adenocarcinoma endometrióide de endométrio (80-90%) que pode subdividir-se em grau 1, 2 ou 3 • Tipo 2: adenocarcinoma não endometrióide (10%) e subdivide-se em serosa, células claras e carcinossarcoma Diagnóstico • Citologia vaginal • História clínica e exame físico • US transvaginal – avalia o comprometimento do endométrio • Curetagem e biopsia • Doppler • TC • RNM Prognóstico A pouca diferenciação histológica – pouco diferenciado –, invasão endometrial profunda, metástases à distância para linfonodos e vasos, comprometimento dos linfonodos, envolvimento cervical e presença/extensão da doença extrauterina são fatores de mau prognóstico. – Marcadores tumorais • CA-125 aumentado (no pré-cirurgico) – sugere metástases à distância e provável recorrência desse tumor pós cirurgia • HE-4: marcador recente que indica mau prognostico • Mesotelina: pode ser associado ao CA-125 (melhor biomarcador para sugerir prognóstico)
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