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Lei penal e crime terça noite TIJUCA PROF. RICARDO VALENTE CÓDIGO: 1JUR32A QUESTIONÁRIO AVALIATIVO A2 Nas questões objetivas: JUSTIFICAR A SUA RESPOSTA. Cada questão valerá 1,0 ponto. DATA DE POSTAGEM : 17/6 A 23/6 -2021 Maura Manuella Balthazar Ferreira - 20182102528 CASO CONCRETO: 1. CLAUDINOR, EM UMA BRIGA COM VANTUIR CONTRA O MESMO DESFERIU UM GOLPE DE FACA. VANTUIR LEVADO PARA HOSPITAL POR TERCEIROS ACABOU VINDO A ÓBITO EM VIRTUDE DA DEMORA NO ATENDIMENTO NO REFERIDO HOSPITAL, RESPONDA JUSTIFICANDO DOUTRINARIAMENTE, SE CLAUDINOR PODERÁ RESPONDER POR EVENTO MORTE. Uma vez que o óbito foi em virtude da demora no atendimento, ainda que o evento do esfaqueamento tenha sido o fator que levou Vantuir ao hospital, conclui-se que este poderia ter sobrevivido se tivesse recebido o amparo médico necessário a tempo. Logo, responderá por homicídio tentado, mas não por sua morte. 2. XEXÉU, ao sair à noite de casa percebeu um indivíduo vindo em sua direção. Assustado com alto índice de assalto em seu bairro e por não ter reconhecido tal indivíduo contra o mesmo arremessou uma pedra e saiu correndo. O indivíduo, depois identificado como JANDIR, foi atingido na cabeça pela pedra vinda a óbito. O laudo cadavérico constatou que a morte ocorreu porque JANDIR possuía hemofilia, o que provocou uma hemorragia incontrolável. Ante o fato comente, doutrinariamente, e a Luz do CP a. XEXÉU,poderia se beneficiado por alguma das excludentes de antijuridicidade ou culpabilidade? b. XEXÉU poderia responder por evento morte? a) Age em estado de necessidade tanto aquele que atua para salvar direito próprio, é uma forma de autotutela. Quando o perigo emana de ser humano e contra este se volta o agente, ainda mais em região de alto risco contra seu patrimônio “vida”, estar-se-á diante de uma hipótese de legítima defesa. b) Xexéu responderá por lesão corporal, causa concorrente, mas não pela morte de Jandir. O que resultou a morte foi a condição pré-existente de hemofilia, a causa efetiva. Além disso, não houve a intenção de dolo, apenas assustar e ter tempo para fugir de um suposto perigo somado ao fato de que não sabia ele da doença da vítima. 3. PLUTARCO E TURÍBIO EM COMUNHÃO DE DESIGNOS ASSALTARAM UM BANCO NO RIO DE JANEIRO. EM SEDE POLICIAL CONSTATOU-SE QUE TODA EMPREITADA DELITUOSA FOI PLANEJADA E FINANCIADA POR DYLNEI, O QUAL, NÃO PARTICIPOU DOS ATOS EXECUTÓRIOS DO CRIME. ANTE O FATO ANALISE A CULPABILIDADE DOS ENVOLVIDOS À LUZ DO ARTIGO 29 DO CP. Concurso de pessoas: Teoria Monista - todos devem responder no mesmo processo (adotada no nosso CP); Teoria Restritiva: cada um responderá de acordo com sua culpabilidade neste crime; Teoria do Fato - quem é coautor, mediato, direto, autor intelectual do crime ou mero partícipe. Ou seja, a cada um será dada uma sentença de acordo com o grau de seus atos, somando-se a isso a análise de seus perfis, se há antecedentes criminais, se algum deles confessou etc. Todos coautores, e Dylnei autor intelectual. 4. KIRINO, DEU UM TIRO EM VALDINEY MATANDO-O. NA AÇÃO PENAL FICOU RECONHECIDO TER KIRINO AGIDO EM LEGÍTIMA DEFESA.ANTE O FATO, RESPONDA JUSTIFICANDO, DOUTRINARIAMENTE, SE KIRINO COMETEU UM CRIME SOB O ASPECTO FORMAL, MATERIAL OU ANALÍTICO. Analítico, pois foi propiciada a correta e mais justa decisão sobre a infração penal e seu autor, fazendo com que o julgador ou intérprete desenvolvesse o seu raciocínio em etapas, em que a tipicidade foi julgada como não ilícita sob uma excludente de ilicitude. OBJETIVAS: JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA: 5. DEÓCLINES SE UTILIZOU DE UM MENOR DE 18 ANOS PARA COMETER UM CRIME. ASSIM AGINDO ESTARIA CORRETO AFIRMAR TER HAVIDO ENTRE DEÓCLINES E O MENOR UMA a. AUTORIA INTELECTUAL b. COAUTORIA c. AUTORIA INCERTA d. AUTORIA MEDIATA E INDIRETA. JUSTIFICATIVA: D, utilizou-se de um autor inimputável penalmente, ficando sujeitos às normas de legislação especial (art.27). Há doutrina que afirma que a mera menoridade penal do executor não implica a classificação do autor intelectual como autor mediato, pois o menor de idade (seja, ele criança ou adolescente) pode ter o domínio de sua vontade devido a consciência do significado do fato e a capacidade de autonomia decisória para sua realização. Por isto, para a classificação técnica do sujeito que executa a conduta em tais circunstâncias, assim como a do sujeito ativo que determina tal atuação, a capacidade ou não de entendimento e determinação decorrente de eventual imaturidade do menor de idade deve ser identificada concretamente em cada caso. Além disso, art. 27 do CP traz que os menores de 18 anos são inimputáveis penalmente, ficando sujeitos às normas de legislação especial. 6. WALDECIR DISPAROU UM TIRO CONTRA KANDIR. KANDIR AINDA COM VIDA FOI LEVADO PARA O HOSPITAL E SE SUBMETEU A UMA CIRURGIA DE EMERGÊNCIA NA QUAL, DOUTOR LUPERCIO, O CIRURGIÃO DE PLANTÃO, COMETEU UMA IMPERÍCIA, VINDO KANDIR A ÓBITO.ANTE O FATO ESTARIA CORRETO AFIRMAR a. O FATO ENVOLVE UMA CAUSA SUPERVINIÊNTE ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE EM QUE WALDECIR NÃO TERÁ QUE RESPONDER PELO EVENTO MORTE. b. O FATO ENVOLVE UMA CAUSA RELATIVAMENTE INDEPENDENTE EM QUE WALDECIR PODERÁ RESPONDER PELO EVENTO MORTE. c. O FATO ENVOLVE UMA CONCAUSA CONCORRENTE EM QUE WALDECIR NÃO PODERÁ RESPONDER PELO EVENTO MORTE. d. O FATO ENVOLVE UMA CONCAUSA CONCORRENTE EM QUE WALDECIR PODERÁ RESPONDER PELO EVENTO MORTE. JUSTIFICATIVA: D. O erro médico ou uma infecção hospitalar é um desdobramento previsível, mesmo que não tenha sido imaginado pelo agente. Dessa forma, Waldecir deverá responder por homicídio doloso consumado e o médico por homicídio culposo. 7. A LEGÍTIMA DEFESA REAL COMPREENDE: a. UMA EXCLUDENTE DE ILICITUDE b. UMA EXCLUDENTE DE TIPICIDADE. c. UMA EXCLUDENTE DE CULPABILIDADE d. UMA EXCLUDENTE SUPRALEGAL. JUSTIFICATIVA: A, ilicitude. Artigo 23, inciso II, do Código Penal, que garante ao agente que repeliu uma agressão injusta atual ou iminente o direito de não ser penalizado, haja vista haver a exclusão do ilícito penal. “Não há crime quando o agente pratica o fato: em estado de necessidade; em legítima defesa; em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito”. 8. URTIGÃO por ter constatado que seu sócio, CANAVARRO, deu um desfalque na empresa contratou o pistoleiro ZÉ LUCAS para matá-lo. No dia combinado, ZÉ LUCAS, de tocaia, chegou apontar a arma para efetuar os disparos contra a vítima. Porém, ao perceber uma ronda policial no bairro desistiu da empreitada delituosa. Assim a Luz do inter criminis: a. Houve um crime de homicídio na forma tentada. b. Houve somente uma cogitação delituosa. c. Houve uma desistência voluntária. d. Houve uma mera cogitação e preparação delituosa. JUSTIFICATIVA: D, cogitação e preparação delituosa, pois houve a idealização e preparação para o crime, que por causas externas, não pôde ser consumado. A desistência voluntária se caracterizaria pela própria vontade, e não por circunstâncias alheias (ronda policial); a cogitação delituosa é uma fase interna do inter criminis que se caracteriza pela ideação do ato e não o fato típico; e homicídio tentado não houve, pois a ronda acabou salvando a vida de Canavarro naquele momento e não houve morte por circunstâncias alheias. 9. PIRILO FOI CONDENADO PELA PRÁTICA DO CRIME DE ROUBO ( ART. 157 DO CP), PORÉM, FICANDO ISENTO DE PENA,POIS, FOI RECONHECIDO NA SENTENÇA ELE TER AGIDO EM MEIO A UMA COAÇÃO IRRESISTÍVEL.ASSIM: a. PIRILO TERIA COMETIDO UM CRIME SOB ASPECTO ANALÍTICO E O MESMO FOI BENEFICIADO POR UMA EXCLUDENTE DE CULPABILIDADE. b. PIRILO COMETEU UM CRIME SOB O ASPECTO MATERIAL TENDO SIDO BENEFICIADO POR UMA EXCLUDENTE DE ILICITUDE. c. PIRILO TERIACOMETIDO UM CRIME SOB O ASPECTO MATERIAL, TENDO SIDO BENEFICIADO POR UMA EXCLUDENTE DE CULPABILIDADE. d. PIRILO COMETEU UM CRIME SOB ASPECTO FORMAL TENDO SIDO BENEFICIADO UMA EXCLUDENTE DE ILICITUDE. JUSTIFICATIVA: C, pois a culpabilidade exige dolo ou culpa, elementos psicológicos do agente, e também a reprovabilidade como juízo de valor sobre o fato, sob aspecto material uma vez que foi subtraído um patrimônio. 10. São excludentes de CULPABILIDADE do CP: a. Erro de tipo e embriaguez fortuita b. Exercício regular de direito e estrito cumprimento do dever legal. c. Erro de proibição e legítima defesa d. Obediência hierárquica e estrito cumprimento do dever legal. JUSTIFICATIVA: A, erro de tipo e embriaguez fortuita. Exercício regular de direito, estrito cumprimento do dever legal e legítima defesa são excludentes de ilicitude.
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