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LEI PENAL E CRIME – TERÇA MANHÃ tijuca código 1jur12a PROF. RICARDO VALENTE CÓDIGO: QUESTIONÁRIO AVALIATIVO A2 Nas questões objetivas: JUSTIFICAR A SUA RESPOSTA. Cada questão valerá 1,0 ponto. DATA DE ENTREGA: POSTAGEM :30/11/2020 Aluno (a): Maria Gabriela Sampaio Rodrigues – matrícula: 20192102999 CASO CONCRETO: 1.DILNEY, ao sair à noite de casa percebeu um indivíduo vindo em sua direção. Assustado com alto índice de assalto em seu bairro e por não ter reconhecido tal indivíduo contra o mesmo arremessou uma pedra e saiu correndo. O indivíduo depois identificado como Pirineu, foi atingido na cabeça pela pedra vindo a óbito. O laudo cadavérico constatou que a morte ocorreu porque Pirineu possuía um coágulo preexistente que se rompeu com o impacto da pedrada. Ante o fato comente, doutrinariamente, e a Luz do CP: A. Dilney poderia ser beneficiado por alguma das excludentes de antijuridicidade ou culpabilidade? Sim. O caso em tela se enquadra no art. 20, § 1º do CP, adotada a teoria limitada da culpabilidade, quando o erro recai sobre pressupostos fáticos da descriminante, ele é equiparado ao erro de tipo, com a consequência de excluir dolo, restando somente a possibilidade de punição por crime culposo no caso de erro vencível e se prevista a modalidade culposa em lei. B. Houve superveniência causal no caso em tela? Não. O que houve foi causa preexistente relativamente independente da conduta do sujeito. C. Dilney poderia responder por evento morte? Sim. Na causa relativamente independente da conduta do sujeito o agente responde pelo resultado morte, conforme art. 20, § 1º do CP. 2. Gergiley, deu um tiro em Plutarco matando-o. Na ação penal ficou reconhecido ter Gergiley agido em exercício regular de direito. Ante o fato, responda justificando, doutrinariamente, se Gergiley cometeu um crime sob o aspecto formal, material ou analítico. Sobre o aspecto formal o conceito de crime é definido como todo fato humano proibido pela lei penal, ou seja, é o fato com qual a ordem jurídica associada a pena como legítima consequência. Portanto, a conduta de Gergiley se posiciona como crime no aspecto formal. 3. Jandir, em uma briga com Diniz contra o mesmo desferiu vários golpes de faca. Dinis levado para hospital por terceiros acabou vindo a óbito em virtude de uma greve no referido hospital, responda justificando doutrinariamente, se Jandir poderá responder por evento morte. Sim. Ele vai responder conforme art. 13, § 1º do CP pela causa superveniente relativamente independente da conduta do sujeito. Jandir, responderá pelos fatos anteriores do resultado final. Já que esse resultado morte jamais teria ocorrido se não fosse a conduta do agente. 4. Clinarco e Tadeu em comunhão de designos, assaltaram um banco no Rio de Janeiro. Em sede, constatou-se que toda empreitada delituosa foi planejada e financiada por Nestor, o qual, não participou dos atos executórios do crime. Ante o fato analise a culpabilidade dos envolvidos à luz do artigo 29 do CP. Clinarco e Tadeu responderão como autores do fato e Nestor como coautor do crime. Segundo a autoria mediata é uma forma de autoria e, igual à autoria imediata, caracteriza-se pela existência do domínio do fato. É autor mediato quem realiza o tipo penal de maneira que para a execução da ação típica se serve de outro como “instrumento”. O autor não necessita cumprir por suas próprias mãos o fato em cada uma de suas fases, pois pode servir-se para isso não só de instrumentos mecânicos, como também utilizar para os seus fins o autuar de outro, enquanto só ele possui o domínio do fato a respeito da realização do tipo. OBJETIVAS: JUSTIFIQUE A SUA RESPOSTA. 5. Xexéu foi condenado pela prática do crime de roubo (art. 157 do CP), porém, ficando isento de pena, pois, foi reconhecido na sentença ele ter agido em meio a uma coação irresistível. Assim: A) xexéu teria cometido um crime sob aspecto analítico e o mesmo foi beneficiado por uma excludente de culpabilidade. B) xexéu cometeu um crime sob o aspecto material tendo sido beneficiado por uma excludente de ilicitude. C) xexéu teria cometido um crime sob o aspecto material, tendo sido beneficiado por uma excludente de culpabilidade. D) xexéu cometeu um crime sob aspecto formal tendo sido beneficiado uma excludente de ilicitude. JUSTIFICATIVA: É o emprego de grave ameaça contra alguém, no sentido de que realize um ato ou não. Quando o sujeito comete o fato típico e antijurídico sob coação moral irresistível não há culpabilidade em fase da inexigibilidade de outra conduta (não é reprovável o comportamento). 6. Clinarco se utilizou de um menor de 18 anos para cometer um crime. Assim agindo estaria correto afirmar ter havido entre Clinarco e o menor uma: a) autoria intelectual B) coautoria C) autoria incerta D) autoria mediata e indireta. JUSTIFICATIVA: Conforme art. 27 do CP – Os menores de 18 (dezoitos) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeito às normas estabelecidas na legislação especial. Nesse caso, o legislador adotou um critério puramente biológico (idade do autor do fato), não se levando em conta o desenvolvimento mental do menor, ou seja, a sua capacidade de entender o caráter ilícito do fato. Trata-se de uma presunção absoluta de inimputabilidade que faz com que o menor seja considerado como tendo desenvolvimento mental incompleto em decorrência de um critério de política criminal. 7.Pericles disparou um tiro contra Vantuir. Vantuir ainda com vida foi levado para o hospital e se submeteu a uma cirurgia de emergência na qual, doutor Cupertino, o cirurgião de plantão, cometeu uma imperícia, vindo Vantuir a óbito. Ante o fato estaria correto afirmar: A) o fato envolve uma causa superveniente absolutamente independente em que Péricles não terá que responder pelo evento morte. B) o fato envolve uma causa relativamente independente em que Péricles poderá responder pelo evento morte. C) o fato envolve uma concausa concorrente em que Péricles não poderá responder pelo evento morte. D) o fato envolve uma concausa concorrente em que Péricles poderá responder pelo evento morte. JUSTIFICATIVA: A conduta do agente, aqui, não interfere na produção do resultado, resolvendo-se o problema da causalidade pela própria disposição do art. 13 do CP. Existem concausas que são absolutamente independente da conduta do sujeito, ou seja, produzirão o resultado, não importando que a ação do agente tenha sido praticada. 8. São excludentes de ILICITUDE DO CP: a) Erro de tipo e embriaguez voluntária. b) Exercício regular de direito e estrito cumprimento do dever legal. c) Erro de proibição e legítima defesa d) Obediência hierárquica e estrito cumprimento do dever legal. JUSTIFICATIVA: O exercício regular do direito diz respeito a fatos situados no campo da licitude. O estrito cumprimento de dever legal é, a exemplo de estado de necessidade e da legítima defesa, uma das causas de exclusão de antijuricidade admitidas no direito pátrio, tendo sido positivado no art. 23, III, do CP. 9. A legítima defesa putativa compreende: A) uma excludente de ilicitude B) uma excludente de tipicidade. C) uma excludente de culpabilidade D) uma excludente supralegal. JUSTIFICATIVA: Culpabilidade significa a valoração negativa dos princípios orientadores pelos quais o autor se deixou levar na formação de sua vontade e por isso o fato cometido por ele de ser reprovado. Culpabilidade é a reprovação da formação de vontade. Conforme art. 20, § 1º, do CP. 10. Licurgo por ter constatado que seu sócio, Virgulino, deu um desfalque na empresa, contratou o pistoleiro Zé caveira para mata-lo. No dia combinado, Zé Caveira, de tocaia, chegou a apontar a arma para efetuar os disparos contra a vítima. Porém,ao perceber uma ronda policial no bairro desistiu da empreitada delituosa. Assim a Luz do Inter criminis: a). Houve um crime de homicídio na forma tentada. b). Houve somente uma cogitação delituosa. c). Houve uma desistência voluntária. d). Houve uma mera cogitação e preparação delituosa. JUSTIFICATIVA: Houve atos preparatórios, pois são atos externos ao agente, que passa da cogitação à ação objetiva. E houve a cogitação, pois o mesmo se prepara no interior de mente e não pode ser objeto de punição.
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