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Penas Restritivas de Direito

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PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
Considerações Iniciais
Também são denominadas: Penas Alternativas
Finalidade: impedir a aplicação de penas privativas de liberdade de maneira desnecessária diante de casos onde a gravidade é de natureza relativa.
Aplicação: depende de dois requisitos -» legais + condições pessoais do agente infrator.
Na verdade as penas restritivas de direito nascem com o intuito de afastar os estigmas provocados pelas penas privativas de liberdade, onde esta deve ser aplicada tão somente em casos estritamente graves.
II Espécies e naturem jurídica das penas restritivas de direito.
• As ESPÉCIES são elencadas no art. 43 do CP • São elas:
²a - Prestação Pecuniária;
b- Perda de bens e valores;
c- Prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas;
d- Interdição temporária de direitos;
e- Limitação de fim de semana.
Diante do princípio da legalidade, podemos afirmar que o rol apresentado pelo art. 43 do CP, é taxativo e/ou exaustivo, ou seja, não caberá criação de penas restritivas de direitos pelo juiz aplicador.
Existe uma vedação do inc. III, do art. 43 do CP, onde era previsto o recolhimento domiciliar como espécie de pena restritiva de direito. Diante da impossibilidade de fiscalização tal espécie fora vetada.
NATUREZA JURÍDICA: Trata-se PENA
CARACTERÍSTICAS:
1- Substitutividade
"Resultam do procedimento judicial que, depois de aplicar uma pena privativa de liberdade, efetua a sua substituição por uma ou mais penas restritivas de direitos, desde que presentes os requisitos legais. " (MASSON, 2012.p 676-677)
Diante do caráter substitutivo, as penas restritivas de direito não são previstas em abstrato, ou seja, não estão alojadas junto aos tipos penais, não podendo, dessa forma, ser aplicadas diretamente.
Foge a regra do sistema de cominação de penas, qual seja, aquele em que as penas possuem dois preceitos: primário (conduta proibida) e o secundário (sanção).
2- Autonomia
Aplicada as penas restritivas de liberdade não será possível cumular com as privativas de liberdade.
Em verdade o magistrado determina a pena privativa de liberdade para posteriormente substituí-la por uma restritiva de direitos.
Não há possibilidade de somar as duas modalidades de pena.
III — Quanto à duração das penas restritivas de direito.
Em regra as penas restritivas de direito seguem o limite temporal determinado as penas privativas de liberdade destinadas originariamente ao fato praticado pelo agente.
Art. 55. As penas restritivas de direitos referidas nos incisos III, IV, V e VI do art. 43 terão a mesma duração da pena privativa de liberdade substituída, ressalvado o disposto no § 40 do art. 46.
Há exceções quanto a algumas espécies, vejamos:
Prestação pecuniária e perda de bens e valores = não há tempo determinado uma vez que são penas de cunho patrimonial.
Prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas.
Art. 46. prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável às condenações superiores a seis meses de privação da liberdade.
§ 1° prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado.
§ 2° A prestação de serviço à comunidade dar-se-á em entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congéneres, em programas comunitários ou estatais,
§ 3° As tarefas a que se refere o Io serão atribuídas conforme as aptidões do condenado, devendo ser cumpridas à luzâo de uma hora de tarefa por dia de condenação, fixadas de modo a não prejudicar a jornada norma/ de trabalho.
§ 4° Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada,
IV — Dos Requisitos ou Pressupostos para aplicação das penas restritivas de direito.
· Aplicação das penas restritivas de direitos está condicionada à junção de dois requisitos basilares, quais sejam: os de natureza objetiva e subjetiva.
· Ambos os requisitos devem estar presentes simultaneamente.
São eles:
1) OBJETIVOS
a) Quantidade da pena aplicada.
-Penas não superior a 4 anos, se dolosos.
-Crimes culposos: independe da quantidade de pena.
Vale salientar que a quantidade a ser observada é a aplicada em concreto e não aquela prevista abstratamente aos tipos penais.
- STJ — "Tratando-se de concurso de crimes, a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos somente será possível quando o total das reprimendas não ultrapasse o limite de quatro anos previsto no art. 44, I do CP" (apud MASSON, 2012. p 679)
b) Natureza do crime.
- Doloso — não poderá ser praticado com violência ou grave ameaça.
-Culposo — haverá a possibilidade de substituição que produza o resultado com violência à pessoa.
2) SUBJETIVOS
Tem relação com a pessoa condenada pela prática de crime. O condenado poderá ser nacional ou estrangeiro, ou seja, a qualidade de estrangeiro não impede a substituição de penas privativas de liberdade e restritivas de direito.
a) Não ser reincidente em crime doloso.
-Alt. 44, 11 do CP
-Não atinge a reincidência em crime culposo.
Nesse caso, só há impedimento quanto à aplicação das penas restritivas de direito se a reincidência for ESPECÍFICA, ou seja, repetição do mesmo crime (tipos penas idênticos).
Exceção: IV incidente em crime doloso não específico + medida socialmente recomendável (avaliação magistrado -» caso concreto/ circunstâncias/ dados pessoais condenado) = possível aplicação das penas restritivas de direito.
b) Prognose de suficiência da substituição.
-Alt. 44, 111 do CP
III — a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente.
"Não cabe a substituição quando a pena-base tiver sido fixada acima do mínimo legal, em razão do reconhecimento judicial expresso e fundamentado das circunstâncias desfavoráveis, em face do não atendimento do art. 44, III do Código Penal". (MASSON, 2012. p 68 1)
V - Da Substituição das penas privativas de liberdade para restritivas de direito.
A) Momento da substituição.
- A substituição é realizada no momento da SENTENÇA CONDENATÓRIA a pena privativa de liberdade. 
 -Só com a pena em concreto arbitrada será possível verificar a possibilidade de substituição.
- Respeita-se o critério trifásico para a aplicação da pena privativa de liberdade (pena em concreto) + a escolha do regime inicial de cumprimento.
- Posterior o encontro da pena em concreto o magistrado é capaz de analisar o cabimento da substituição pela pena restritiva de direito.
- Caso o magistrado não aplique no momento da sentença condenatória poderá o JUIZ DAS EXECUÇÕES PENAIS o fazer (art. 180 da lei no 7.210/84)
Art. 180. A pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser convertida em restritiva de direitos, desde que:
 	I- o condenado a esteja cumprindo em regime aberto;
II- tenha sido cumprido pelo menos 1/4 (um quarto) da pena;
III- os antecedentes e a personalidade do condenado indiquem ser a conversão recomendável.
B) Critérios norteadores da substituição.
1. Condenação igual ou inferior a um ano.
· Independe da natureza do crime.
· Art.44, do CP
§20 Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituicâo pode serfeita gor multa ou por uma pena restritiva de direitos:
· Problemática: Art. 60, SS2 0 do CP versos art. 44, do CP.
§2 - A pena privativa de liberdade aplicada, Vão superior a 6 (seis) meses. pode ser substituída pela de multa. observados os critérios dos incisos II e III do art. 44 deste Código,
- É possível aplicação da pena de multa como pena restritiva de direito substitutiva à pena privativa de liberdade > 6 meses ou 1 ano?
Duas posicões:
a) Sim -» aplica-se a lei nuis benéfica, nesse caso, o sS20, do art. 44 fora introduzido pela lei 9.714/98 em contrapartida a lei 7.210/84 (POSIÇÃO MAJORITÁRIA)
b) Não -» deve haver interpretação conjunta das leis, ou seja:
· Condenações 6 meses penas privativas de liberdade = substituição multa ou restritivas de direitos.· Condenações > 6 meses I ano (PPL) = substituição exclusiva por uma restritiva de direitos.
2. Condenações superiores a um ano
- Art. 44, última parte.
[...] se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. 
- Forma de cumprimento: art. 69, ss 20 do CP. -» 2 0 - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá simultaneamente as que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais.
VI — Da reconversão das penas restritivas de direitos em privativas de liberdade.
- Legislador utiliza a palavra conversão, nus deve entender-se reconversão, uma vez que a pena já sofreu conversão de privativa de liberdade para restritiva de direito.
- Espécies de reconversão:
a) OBRIGATÓRIA
- Ocorre quando existe o descumprimento da restrição cominada. - Alt. 44, 40 do CP
§40 A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão.
- Trata-se de um incidente na execução penal (art. 181 da lei 7.210/84)
Interpretação da parte final do parágrafo: "No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos. respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão. '
- Haverá dedução do tempo cumprido na restritiva de direitos. 
- Respeita-se o saldo mínimo de 30 dias.
Exemplo: caso o agente seja sentenciado a unu pena de 3 anos PPL (pena privativa de liberdade) convertida em PRD (pena restritiva de direitos) por igua período, tendo cumprido 2 ano , 11 meses e 20 dias, ao ignorar os últimos 10 dias, ou seja, descumprindo a restrição imposta nesse período - haverá reconversão para PPL, devendo o agente cumprir 30 dias no regime originário determinado pelo juiz.
OBSERVAÇÃO:
1. Contravenção penal = prisão simples convertida em PRD -» reconversão acontece sem a exigência mínima temporal.
2. PRD de prestação pecuniária e perda de bens e valores = reconversão se dará levando em consideração o percentual do pagamento já realizado pelo agente, ou seja, se efetuado 50% do valor, o cumprimento da pena privativa de liberdade será uma metade do tempo total da pena imposta.
Ex. pena originária de I ano, convertida em uma prestação pecuniária de dois mil reais, ao pagar só mil reais incidirá na reconversão, devendo cumprir 6nrse da PPL originária.
FACULTATIVA.
· Alt. 44, 	do CP
 §50 Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior.
Condenação posterior - não é causa obrigatória de reconversão, deve haver a análise de outros requisitos: não ter sido concedido sursis + incompatibilidade de cumprimento conjunto entre a PP L e a PRD.
Havendo a possibilidade de cumprimento conjunto POSSÍVEL APLICAÇÃO DA PRD derivada de condenação superveniente.
IMPOSSIBILIDADE RECONVERSÃO (PRD em PPL)	condenação a pena de multa (Dívida de valor) / contra venção penal -» analogia in malam partem
VII - Quanto ao início da execução da PRD.
· Art. 147 da LEP.								"Transitada em julgado a sentença que aplicou a pena restritiva de direitos, o Juiz da execllção, de oficio ou a requerimento do Ministério Público, promoverá a execução, podendo, para tanto, requisitar, quando necessário, a colaboração de entidades públicas ou solicitá-la a paHiculares. '
VIII - Análise individualizada das espécies de PRD.
Podem as espécies ser classificadas como Gerais ou Especiais.
· Gerais / Genéricas - aplica-se a PRD a qualquer crime (exige-se reunião dos requisitos) — art. 43, I, II, IV, V (este último na modalidade: proibição de frequentar determinados lugares) e VI do CP.
· Especiais / Específicas aplicação da PRD a determinados crimes. São elas: art. 43, V (salvo art. 47, incs. IV e V).
A) Da Prestacio Pecuniária.
- Alt. 45, do CP.
 A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo nem superior a 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários. (Incluído pela Lei n" 9.714, de 1998).
§20 No caso do parágrafo anterior, se houver aceitação do beneficiário, a prestação pecuniária pode consistir em prestação de outra natureza. (Incluído pela Lei n '0 9,714, de 1998),
· São considerados dependentes — por analogia os elencados no art. 16 da Lei 8.213/91
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
l- o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de cliialqtiC,i' condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; (Redução dada pela Lei n" 12.470, de 2011).
II- os pais,'
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor 	de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; (Redação dada pela Lei n o 12.470, de 2011).
Só haverá substituição quanto ao destinatário do valor equivalente à prestação pecuniária quando da ausência da vítima.
Ficando assim: vítima ausente dependentes entidades públicas /privadas com destinação social.
Natureza jurídica de sanção penal = não depende de aceite da vítima ou dependentes (favorecidos). - Pode ter caráter:
a) Indenizatório = montante destinado à vítima ou dependentes
b) Beneficente = montante direcionado a entidades públicas ou privadas com destinação social
- Não pode ser "inferior a I (um) salário mínimo nem superior a 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos;
-Indiretamente = CARACTERIZA INDENIZAÇÃO CIVIL ANTECIPADA. (descaracteriza essa modalidade quando houver destinação às entidades públicas ou privadas)
Critérios norteador do quantum da pena:
PRLJU. DA VÍTIMA + SIT. ECONÓMICA. RÉU + CULPABILIDADE.
-O PAGAMENTO DEVE SER EM DINHEIRO (REGRA). Caso vítima ou dependente(s) aceite(m) outra forma de pagamento há possibilidade. - Não havendo pagamento, ou sua parcialidade cabe RECONVERSÃO.
-Distinção entre: MULTA # PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA
	PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA
	MULTA
	Pena restritiva de direito
	Pena pecuniária (art. 49 a 52 do CP)
	Valor Destina-se vítima de endentes/ entidades.
	Valor	Destina-se	Fundo
Penitenciário Nacional
	Não pode < 1 nem > 360 salário mínimo.
	Entre IO e 360 dias-multa
	Será reduzido do valor pago em ação de re aração civil = beneficiários)
	Não há possibilidade de dedução.
B) Perda de Bens e Valores
- Alt. 45, do CP
§30 A perda de bens e valores pertencentes aos condenados dar-se-á, ressalvada a legislação especial, em favor do Fundo Penitenciário Nacional, e seu valor terá como teto — o que for maior — o montante do prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em consequência da prática do crime. (Incluído pela Lei n o 9.714, de 1998).
- Conceito: 'Consiste na retirada de bens e valores integrantes do patrimônio lícito do condenado". (MASSON, 2012.p 691)
-A perda se dá em favor do Fundo Penitenciário Nacional = FUNPEN.
-Obs: caso de crimes da Lei de drogas, a destinação é ao FUNAD = Fundo nacional Antidrogas.
-Tem aplicação exclusiva para CRIMES /Ñ CONTRAVENÇÃO PENAL.
-Exigível prejuízo advindo do crime praticado ou vantagem patrimonial condenado /30.
-Perda de bens e valores não ultrapassa o património do condenado (Princípio Pessoalidade)
-Quanto ao valor poderá ser definido a partir de três objetos:
a)Prejuízo causado pelo delito
b)Proveito obtido pelo condenado
c)Proveitoobtido por terceiro
	“PREVALECE O QUE FOR MAIOR”
- Perda de bens e valores # Confisco.
	
	Perda de bens e valores
	Confisco
	Natureza
	Pena
	Efeito da condenação.
	Destinatário
	FUNPEN
	União (salvo: Dto. lesados/3 0 boa fé)
	Origem dos bens
	Bens de origem "lícita".
	Bens de origem ilícita
C) Prestação de servicos à comunidade ou entidades públicas
Alt. 46, CP
Art. 46. A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável às condenações superiores a seis meses de privação da liberdade.
§Io prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado.
§20 prestação de serviço à comunidade dar-se-á em entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais.
§30 As tarefas a que se refere o Io serão atribuídas conforme as aptidões do condenado, devendo ser cumpridas à de uma hora de tarefa por dia de condenação, fixadas de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho.
§40 Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada.
-Entidades públicas = pública sentido estrito /privada com destinação social.
-Condenação > 6 meses.
-Tem caráter de privação de liberdade.
-Condenado não é retirado do convívio social.
-Leva-se em consideração as aptidões do condenado.
Cumprimento = devendo ser cumpridas à razão de uma hora de tarefa por dia de condenação " (art., 46, sf3 0 do CP) Adota-se sistema hora-tarefa.
Faculdade do condenado: 40 Se a pena substituída for superior a um ano, facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada. '
Falta de local adequado para a execução da PRD de prestação de serviço a comunidade: Masson (2012.p 695) elenca 3 soluções:
a) Pena deve ser considerada cumprida -» decorrido o tempo + condenado à disposição do Estado;
b) Aguardar-se o oferecimento de local adequado -» posterior início do cumprimento da pena / reconhecimento da prescrição;
c) Juízo da execução deve buscar outlX) local adequado para o cumprimento da pena restritiva de direitos. (art. 148 da LEP)
D) Interdição Temporária
-Alt. 47 do CP
Art. 47 - As penas de interdição temporária de direitos são:
1- Proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo:
 II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação especial, de licença 011 autorização do poder público.
III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo. 
IV- proibição de frequentar determinados lugares
	V -de inscrever-se em concurso, avaliação ou exame públicos.
· Análise individualizada de cada tipo de interdição:
-Proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo.
-Natureza específica (cabíveis apenas a determinados crimes).
-A penas aplicada: "Art. 56 — aplicam-se para todo o crime cometido no ?falta palavra?????atividade. elicio. cargo ou função. sempre houver violação dos deveres l/les são inerentes.
-Dispensável ter sido o crime praticado contra a Administração Pública. - Basta a prática delitiva violar deveres funcionais.
2- Proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do poder público.
· Natureza específica.
· Alt. 56 do CP
· Trata-se de atividades praticadas na área privada. - Ex. advogado, médico. engenheiro.
3- Suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo.
Aplicável apenas aos crimes culposos praticados no trânsito.(a fl.57 do CP) - Revogado tacitamente pela Lei 9.503/97 (CTB) - Trata-se de pena específica.
4- Proibição de frequentar determinados lugares.
· Natureza de restrição de liberdade.
· Atinge a liberdade de locomoção.
· A fiscalização ausente torna tal pena sem efeito.
5- Proibição de inscrever-se em concurso, avaliação ou exames públicos.
-Incluído pela Lei no 12.550, de 201 1.
-Tem relação com o art. 3 11-A CP (Fraudes em certames de interesse público) - Pode ser aplicado a qualquer condenado e não aquele pelo crime já citado. - Naturem genérica.
E) Limitação de fim de semana.
· Art. 48 do CP.
Art. 48 - A limitação de fim de semana consiste na obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por 5 (cinco) horas diárias, em casa de albergado ou 011/10 estabelecimento adequado.
Parágrafo úinico - Durante a permanência poderão ser ministrados ao condenado cursos e palestras ou atribuídas atividades educativas.
· Diante da inexistência de Casa de Albergado em determinadas cidades, tem aplicação reduzida.

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