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resenha a terra dos homens

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Resenha Terra dos homens
SAINT-EXUPÉRY, Antoine de. Terra dos Homens. Tradução e notas de Julia da Rosa Simões; Apresentação Sandra Guimarães. São Paulo: Via Leitura, 2015. (Coleção Saint-Exupéry).
Hoje a resenha é da série “Leitura Compartilhada” que faço com a Silvia do Blog Reflexões e Angústias. E este é o nosso terceiro livro – Terra dos Homens do escritor Antoine Saint-Exupéry.
SINOPSE
Neste emocionante relato autobiográfico, do Saara ao Andes, episódios da vida de Saint-Exupéry como piloto entre os anos 1926 e 1935 são narrados com riqueza de detalhes, principalmente na época em que prestava serviços à Aéropostale.
Quase sem água e sem comida por catorze dias, o autor e seu mecânico são os principais personagens desta história, que tem como pano de fundo o deserto do Saara e as miragens. Como sobreviver ao calor, sem ter água e qual a falta que esta faz ao corpo?
Terra dos Homens, também conhecido como Vento, areia e estrelas, lida com os laços de amizade, a resignação diante da morte, a persistência, a camaradagem e a solidariedade presentes no ser humano quando em busca de um sentido para a vida.
Como descrito na sinopse “Terra dos Homens” é um livro autobiográfico, lançado em 1939 e escrito por sugestão de um colega do escritor, André Gide. Saint-Exupéry narra aqui parte de algumas de suas experiências vividas do Saara ao Andes, demarcando toda sua narrativa com um lirismo e um entusiasmado olhar de um aventureiro apaixonado pelo seu ofício e por escrever.
O livro é dividido por capítulos. São oito capítulos: A linha, Os camaradas, O avião, O avião e o planeta, Oásis, No deserto, No coração do deserto e por fim Os Homens. Sua escrita neste livro segue num estilo de um contador de história, ele divaga, narra fatos que se lembra, expressa seus sentimentos acerca do fato contado, etc.
Pra mim, relato é um tipo de leitura que preciso ler com calma e tentar focar minha atenção, pois a falta de ação torna a leitura um pouco densa e por vezes até dá sono.
Cada capítulo tem suas particularidades e ele tenta seguir uma linearidade, que fica mais perceptível do sexto capítulo em diante. É um texto permeado por impressões do autor, seus valores, suas aprendizagens, sua conduta para com a vida. Portanto, é um convite a refletir. 
Eis, um fragmento do capítulo 02 – “Os camaradas”.
O tema central do livro são os homens com suas histórias, suas crenças, seus valores, suas escolhas, suas experiências e o resultado de tudo isso na vida e na morte do homem. Quando digo aqui “homem”, refiro-me a humanidade, cada pessoa, cada família, cada cultura, cada ser humano independente de sua etnia, crença ou cultura. 
O livro é provocante, angustiante, conflitante e até um pouco desolador principalmente quando acompanhamos o sofrimento do escrito e de seu mecânico quando ficam perdidos no deserto lutando contra a morte.
Penso que há coisas na vida em que jamais encontraremos respostas, porque acho que não existe uma resposta pronta para algo e cada experiência de uma pessoa é única, somente dela. Mas, podemos ver através da perseverança e da fé de alguns que existe soluções melhores que aceitar uma derrota ou um fim não desejado.
A vida é algo dinâmico e está acontecendo, e por isso tudo pode acontecer dependendo de uma escolha.
É preciso saber esperar…
“[…] É inútil, quando se planta um carvalho, esperar logo poder abrigar-se sob suas folhas.” (pág. 36)
Por se um livro autobiográfico é interessante conhecer o pensamento de um homem que ficou tão famoso por uma obra tão singela, como o livro “O pequeno Príncipe”. E neste livro ao prosseguir com a leitura de cada relato, podemos ir identificando que o pequeno príncipe, a raposa, a rosa já viviam na mente de Exupéry muito antes de ganhar seus primeiros traços num caderno ou livro.
Outro fato chocante é que o acidente que Exupéry narra é praticamente um presságio do que aconteceria com o autor em 1945, que infelizmente não teve o mesmo final feliz. Parece que o deserto o chamava para si.
(youtube – a verdade sos homens- exupery)

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