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Rodrigo Canalli Introdução ao direito constitucional e ao controle de constitucionalidade sumário 1. O Federalismo — introdução................................................................3 2. O Estado Federal......................................................................................4 2.1 Formação do Estado Federal..........................................................5 2.2 Federalismo simétrico e federalismo assimétrico......................5 2.3 Os municípios na Federação brasileira.......................................5 2.4 Federalismo competitivo ou dual e federalismo cooperativo..7 2.5 Território Federais.............................................................................7 2.6 Distritos Federais.............................................................................8 3. As competências constitucionais dos entes federativos.............9 4. O federalismo brasileiro e o STF.......................................................10 5. Conclusão..................................................................................................11 6. Glossário..................................................................................................12 Aula 7 Controle de constitucionalidade e federalismo Introdução ao Direito Constitucional e ao Controle de Constitucionalidade Elaborado pelo Supremo Tribunal Federal - Todos os direitos reservados © 3 Introdução ao direito constitucional e ao controle de constitucionalidade Aula 7 — Controle de constitucionalidade e Federalismo 1. O Federalismo — introdução Aproximando-nos do final da nossa jornada, chegamos à sétima aula do nosso curso, na qual vamos abordar um dos mais vastos tópicos do direito constitucional moderno: o federalismo. Ao lermos o artigo 1º da Constituição, vemos que o Brasil é constituído como uma República Federativa, formada pela união indissolúvel dos estados, dos municípios e do Distrito Federal. Em outras palavras, o Brasil é uma espécie de federação. O que é, então, o federalismo? Trata-se de um conceito fundamental da teoria política e constitucional contemporânea, presente em diversos países do mundo, incluindo o Brasil. Federalismo é a divisão espacial do poder político entre um governo central e governos regionais. Dito dessa maneira até parece simples, mas é no momento de definir os poderes do governo central e os poderes dos governos regionais que a complexidade do tema aparece. Antes de prosseguir, é bom notar que as questões envolvendo o federalismo são campo fértil para o afloramento de paixões e ideologias políticas. Há tanto defensores ardorosos da autonomia dos entes regionais e da valorização das peculiaridades locais quanto quem aposte no fortalecimento do poder central como a melhor fórmula de se construir um país forte e uma governança eficiente. De fato, é preciso reconhecer que não deixam de existir bons argumentos para suportar ambos os lados desse debate. O federalismo também pode ser compreendido e estudado como uma modalidade de separação de poderes com o objetivo de evitar a sua concentração excessiva. Assim como estudamos a divisão funcional do poder político entre Executivo, Legislativo e Judiciário, o federalismo estabelece a divisão espacial do poder entre esferas distintas de governo. Desse modo, os poderes tanto dos ocupantes do governo nacional quanto dos grupos que dominarem o poder local serão sempre limitados. Neste curso, não temos a intenção de nos comprometer com a defesa de um ou outro ponto de vista. Nossos objetivos são expor de forma compreensível os conceitos teóricos pertinentes ao federalismo e descrever as linhas gerais do atual modelo de federalismo brasileiro, tal como estruturado pela Constituição de 1988. Introdução ao Direito Constitucional e ao Controle de Constitucionalidade Elaborado pelo Supremo Tribunal Federal - Todos os direitos reservados © 4 2. O Estado Federal O conceito de Estado Federal contrapõe-se ao de Estado unitário. Em um Estado unitário, como o Uruguai, a França ou Madagascar, o governo de todo o território concentra-se sob um único ente político soberano. Esse poder central pode eventualmente dividir o território em departamentos ou regiões administrativas, aos quais delega mais ou menos poderes, sem perder o caráter unitário. Se lhe for oportuno, pode também desfazer ou alterar essas unidades, que permanecem diretamente subordinadas ao governo central único, em relação ao qual não apresentam verdadeira autonomia. A maioria dos Estados do mundo são unitários (em torno de 85% dos membros da ONU). Uma federação ou Estado Federal é, por definição, uma união constituída por unidades territoriais — estados, províncias, emirados ou outras entidades — dotadas de considerável grau de autonomia política em relação ao governo central. É o caso, por exemplo, do Brasil, formado por 26 estados e o Distrito Federal, do Canadá, formado por 10 províncias e 3 territórios federais, e dos Emirados Árabes Unidos, formados por 7 emirados. A autonomia (margem de liberdade para tratar de assuntos internos) das unidades regionais em uma federação não se confunde com soberania. Somente o Estado Federal, o ente político formado pela associação dos entes regionais, é soberano: estabelece relações diplomáticas com outros países, controla as fronteiras, pode declarar guerra e emite moeda. Duas características associadas à tendência a adotar a forma federativa aparecem frequentemente reunidas: grandes extensões territoriais e pluralidade étnica ou linguística. De fato, quanto maior o território de um Estado, maior a probabilidade de ele abrigar, em suas fronteiras, diferentes grupos étnicos ou linguísticos. O convívio, em um mesmo Estado, de povos com línguas, culturas e etnias diversas, muitas vezes, depende de um elevado grau de autonomia política para as comunidades locais. Esse traço é marcante, por exemplo, na Federação da Etiópia, em que é possível vincular as nove unidades que a compõem aos diferentes grupos étnicos do país. De outro lado, também há federações com dimensões territoriais comparativamente bastante reduzidas, como a Bélgica e a Suíça. V ocê sabia? Dos oito maiores países em extensão territorial, sete são federações: Rússia, Canadá, Estados Unidos, Brasil, Austrália, Índia e Argentina. A exceção é a China. https://goo.gl/usqyhk https://goo.gl/ZtLVg https://goo.gl/vZZDnJ Introdução ao Direito Constitucional e ao Controle de Constitucionalidade Elaborado pelo Supremo Tribunal Federal - Todos os direitos reservados © Em geral, a distribuição de poderes entre os diferentes níveis de governo em uma federação é definida na respectiva Constituição e não pode ser alterada por uma decisão unilateral do poder central ou das unidades políticas regionais. 2.1 Formação do Estado Federal Historicamente, as federações são constituídas de diferentes maneiras. Uma delas é por meio de um pacto entre unidades políticas separadas, como estados, que abrem mão da própria soberania para se unir sob um único ente político soberano. É o caso da formação dos Estados Unidos da América e da Austrália. A Áustria e o Brasil, por outro lado, são federações formadas a partir da divisão de um Estado unitário. Esse processo de formação, que podemos chamar de federalismo “de cima para baixo”, sem dúvida deixou marcas no nosso modelo. Em federações formadas dessa maneira, os estados federados em geral têm menos autonomia, ao passo que os governos federais tendem a concentrar mais poderes do que nas federações originadas da reunião de unidades independentes (“de baixo para cima”). 2.2 Federalismo simétrico e federalismo assimétrico A Constituição do Brasil trata todos os estados de modo igual. Todos têm o mesmo nível de autonomia e seus governos têm os mesmos poderes. Portanto, o federalismo brasileiro é simétrico. O federalismo assimétrico ocorre em federações em que os diferentes estados têm, segundoa própria Constituição, diferentes poderes e níveis de autonomia. Na Malásia, por exemplo, uma federação de treze estados, dois deles têm autonomia significativamente maior do que os demais. 2.3 Os municípios na Federação brasileira Traço peculiar do federalismo brasileiro é o chamado federalismo em três níveis, decorrente do reconhecimento dos municípios como entes federados autônomos ao lado da União, dos 26 estados e do Distrito Federal. Existem atualmente 5.569 municípios no Brasil (o IBGE computa 5.570 ao incluir Brasília para fins estatísticos). Roraima é o estado brasileiro com menor número de municípios, apenas quinze. No outro extremo, há 853 municípios apenas no estado de Minas Gerais. Veja, a seguir, os principais dados demográficos do Brasil. 5 Introdução ao Direito Constitucional e ao Controle de Constitucionalidade Elaborado pelo Supremo Tribunal Federal - Todos os direitos reservados © 6 Número de Municípios por Unidade Federativa: 15 62 79 497 399 645 853 295 52 22 16 75 102 185 223 92 78 167 144 141 139 217 224 184 246 417 Capital População RS SC PR MT PA AC RO RR AM MS SP MG GO TO RJ ES BA MA PI CE RN PB PE AL SE ES AP Maranhão 7.153.262 São Luís Mato Grosso 3.567.234 Cuiabá Mato Grosso do Sul 2.839.188 Campo Grande Minas Gerais 21.411.923 Belo Horizonte Pará 8.777.124 Belém Paraíba 4.059.905 João Pessoa Paraná 11.597.484 Curitiba Pernambuco 9.674.793 Recife Piauí 3.289.290 Teresina Rio de Janeiro 17.463.349 Rio de Janeiro Rio Grande do Norte 3.560.903 Natal Rio Grande do Sul 11.466.630 Porto Alegre Ceará 9.240.580 Fortaleza Distrito Federal 3.094.325 Brasília Espírito Santo 4.108.508 Vitória Goiás 7.206.589 Goiânia Alagoas 3.365.351 Maceió Amapá 877.613 Macapá Amazonas 4.269.995 Manaus Bahia 14.985.284 Salvador Rondônia 1.815.278 Porto Velho Roraima 652.713 Boa Vista Santa Catarina 7.338.473 Florianópolis São Paulo 46.649.132 São Paulo Sergipe 2.338.474 Aracaju Tocantins 1.607.363 Palmas Acre 906.876 Rio Branco Fon te: IBG E, estim ativa popu lacion al 20 16. Introdução ao Direito Constitucional e ao Controle de Constitucionalidade Elaborado pelo Supremo Tribunal Federal - Todos os direitos reservados © 7 2.4 Federalismo competitivo ou dual e federalismo cooperativo O grau de integração entre as partes integrantes de uma federação, bem como a intensidade da relação entre elas e o governo federal, varia bastante dentro de um espectro contínuo que tem, de um lado, a ideia de federalismo competitivo e, de outro, o conceito de federalismo cooperativo. Os modelos em que os entes federados conservam ampla liberdade de autodeterminação, com poucos poderes investidos no governo federal, costumam ser chamados de federalismos duais ou competitivos. No limite, o governo federal seria um mero árbitro para solucionar eventuais conflitos entre os estados federados. O fato de, nos EUA, o consumo da maconha ser legalizado em alguns estados e crime em outros sugere a presença de elementos desse tipo de federalismo. Já no federalismo cooperativo, os entes que compõem a federação são orientados a cooperar com o governo federal para alcançar objetivos nacionais compartilhados e, em consequência, têm sua autonomia reduzida. Ao afirmar que entre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil estão o “desenvolvimento nacional” e “reduzir as desigualdades regionais”, a Constituição aponta, em seu artigo 3º, incisos II e III, para um comprometimento, em certa medida, com a ideia do federalismo cooperativo. Também sinalizam nesse sentido a extensa lista de competências privativas da União, que veremos adiante, e a previsão do artigo 23, parágrafo único: “Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem- estar em âmbito nacional”. Outro indicativo de um federalismo cooperativo são os repasses aos entes federados de recursos arrecadados pelo governo federal e a sua vinculação a finalidades predefinidas em nível nacional. No Brasil, estados e municípios não têm autonomia para definir percentuais mínimos de gastos com educação ou saúde, por exemplo. Na prática, dificilmente é possível qualificar um Estado Federal como puramente competitivo ou cooperativo. O que podemos fazer é, com base na análise de suas características, aferir, num determinado momento, a direção para a qual tendem em relação às extremidades. 2.5 Territórios federais Territórios federais são porções territoriais que não fazem parte de nenhum dos estados da Federação, sob controle direto do governo federal. Embora pertençam à Federação, não são entes federados autônomos. Dessa forma, não desfrutam, em geral, da autonomia que os estados conservam em relação ao poder central. Introdução ao Direito Constitucional e ao Controle de Constitucionalidade Elaborado pelo Supremo Tribunal Federal - Todos os direitos reservados © 8 Embora mencionados diversas vezes na Constituição, atualmente não há territórios federais no Brasil. Com a promulgação da Constituição de 1988, os então territórios federais do Amapá e de Roraima foram transformados em estados federados e o Território Federal de Fernando de Noronha foi incorporado ao estado de Pernambuco. 2.6 Distritos Federais Nos Estados Unidos e na Venezuela, o território onde fica a sede do governo federal (capital federal) é chamado de distrito federal, no sentido de que se trata de um território que não faz parte de nenhum estado, subordinado diretamente ao governo federal. Sa �a mais Localizado em ponto estratégico do Atlântico Sul, o Território Federal de Fernando de Noronha foi criado em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, pelo desmembramento do estado de Pernambuco. No ano seguinte, mais cinco territórios federais foram criados em regiões fronteiriças estratégicas: Amapá, Guaporé, Iguaçu, Ponta-Porã e Rio Branco. O Território Federal do Guaporé foi criado a partir de desmembramentos dos estados do Amazonas e do Mato Grosso. Em 1956, seu nome foi alterado para Território Federal de Rondônia e, em 1982, foi transformado no estado de Rondônia. O Território Federal do Iguaçu, que ocupava a porção oeste do Paraná e de Santa Catarina, e o Território Federal de Ponta- -Porã, em região do então estado de Mato Grosso (hoje faz parte do estado de Mato Grosso do Sul), foram extintos já em 1946, com a reincorporação das áreas por eles ocupadas aos estados. A área onde hoje está o estado de Roraima foi desmembrada do estado do Amazonas para a criação do Território Federal do Rio Branco. A partir de 1962, o território passou ser denominado Território Federal de Roraima e, em 1988, tornou-se o estado de Roraima. Por fim, desmembrado do estado do Pará, o Território Federal do Amapá, passou a ser, desde 1988, o estado do Amapá. Fonte: DL 4102/42 https://goo.gl/nNMsrX DL 5812/43 https://goo.gl/bVdQCP https://goo.gl/nNMsrX https://goo.gl/bVdQCP Introdução ao Direito Constitucional e ao Controle de Constitucionalidade Elaborado pelo Supremo Tribunal Federal - Todos os direitos reservados © 9 As capitais federais do Brasil, da Argentina e do México também estão situadas em distritos federais, mas, nesses países, o distrito federal constitui um ente político separado que, embora seja estruturalmente diferente dos estados, integra a Federação. No Brasil, o Distrito Federal tem o seu próprio governo. A população do Distrito Federal elege o seu governador (que, na prática, também atua como uma espécie de “prefeito de Brasília”), bem como os membros da Câmara Legislativa, que acumula as competências das Assembleias Legislativas (estados) e das Câmaras Municipais (municípios). 3. As competências constitucionais dos entes federativos Quais são, na Federação brasileira, os poderes e as funções reservados à União, aos estados e aosmunicípios? Quais são os poderes por eles compartilhados? Esses temas, que dizem respeito à organização do Estado brasileiro, são objeto dos artigos 18 a 35 da Constituição. Em razão da extensão da matéria, vamos nos concentrar nas linhas gerais da distribuição de competências entre os entes da Federação. Em comparação com os modelos presentes nas constituições anteriores, a arquitetura da Federação delineada na Constituição brasileira de 1988 representou um razoável incremento na autonomia dos estados. Ainda assim, é fácil perceber que a União continua ocupando, no nosso sistema, posição de proeminência em relação a estados e municípios, no que se refere à concentração de poderes e competências. Entre as competências exclusivas da União (artigo 21), podemos destacar: manter relações com Estados estrangeiros, participar de organizações internacionais (como a ONU e o Mercosul), declarar guerra, emitir moeda e regular os serviços de telecomunicações e de geração e fornecimento de energia elétrica, o transporte aéreo e a exploração de material nuclear. Além disso, há um extenso rol de matérias sobre as quais somente a União pode editar leis (artigo 22), que abrange direito civil, comercial, penal, eleitoral e do trabalho, regime de Pa ra re�etir O modelo de federalismo adotado no Brasil aproxima-se mais do federalismo dual ou cooperativo? Quais as características do federalismo brasileiro que sustentam a sua conclusão? Introdução ao Direito Constitucional e ao Controle de Constitucionalidade Elaborado pelo Supremo Tribunal Federal - Todos os direitos reservados © 10 exploração dos portos e navegação, trânsito e transporte, populações indígenas, imigração. Diferentemente do que acontece, por exemplo, nos Estados Unidos, os estados brasileiros não podem definir o que consideram crime ou como regular os contratos de trabalho, devendo observar a legislação da União. Por outro lado, a responsabilidade pela proteção do meio ambiente, a preservação das florestas, da fauna e da flora, dos monumentos e paisagens naturais e dos sítios arqueológicos é compartilhada pela União, pelos estados, pelos municípios e pelo Distrito Federal (artigo 23). Todos eles também podem instituir e arrecadar tributos (artigos 24, I, e 30, III). A Constituição determinou que determinadas matérias podem simultaneamente ser objeto de legislação tanto da União quanto dos estados ou do Distrito Federal. É o que se chama de competência legislativa concorrente. Assim, a existência do Código de Defesa do Consumidor (legislação federal) não impede que os estados o complementem para atender a peculiaridades locais. Nesse exemplo, as relações de consumo ficam sujeitas à observância tanto da legislação federal (Código de Defesa do Consumidor) quanto da legislação estadual ou distrital que venha a suplementá-la (artigo 24). Aos estados foi concedida uma competência denominada residual. Isso quer dizer que a eles foram reservadas todas as competências não expressamente vedadas pela Constituição. Esse tipo de construção faz mais sentido em constituições que reservam à União um universo restrito de competências privativas. No caso da Constituição brasileira de 1988, acabou não tendo a funcionalidade esperada, uma vez que foi concentrado na União vasto leque de competências privativas, não sobrando muita coisa para ser enquadrada na competência residual dos estados. Os serviços de transporte coletivo urbano e o ensino fundamental são algumas das responsabilidades dos municípios. A eles também compete legislar sobre assuntos de interesse local que não lhes sejam vedados, inclusive com o objetivo de suplementar a legislação federal e estadual, quando necessário (artigo 30). 4. O Federalismo brasileiro e o STF A estrutura da Federação brasileira e, em particular, a distribuição de competências entre os entes federativos, estão constantemente na pauta do Supremo Tribunal Federal. Não são nada raros os questionamentos acerca da constitucionalidade de leis, perante o STF, sob a alegação de que teriam invadido a esfera de competência de outro ente da Federação. Além disso, compete ao STF julgar os conflitos entre a União e os estados, entre a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros. Introdução ao Direito Constitucional e ao Controle de Constitucionalidade Elaborado pelo Supremo Tribunal Federal - Todos os direitos reservados © 11 5. Conclusão Não podemos encerrar a aula sobre federalismo sem mencionar brevemente o fenômeno da União Europeia, que alguns analistas consideram uma forma de federalismo internacional, outros um estágio em um processo de transformação da Europa em um Estado Federal. Além da unificação monetária e das fronteiras, tem sido cada vez mais intensa a produção legislativa da União, vinculante para os Estados-Membros. E você, o que acha? Esta aula fica por aqui! Não deixe de realizar as atividades propostas para reforçar a assimilação dos conteúdos aprendidos. Como sempre, estou à disposição de vocês! Até a próxima! Introdução ao Direito Constitucional e ao Controle de Constitucionalidade Elaborado pelo Supremo Tribunal Federal - Todos os direitos reservados © 12 Glossário Estado federado — Cada uma das unidades políticas que se associam para formar uma federação Federação — Organização política caracterizada pela união, sob um governo central, de unidades políticas dotadas de limitado grau de autonomia. Exemplos: República federativa do Brasil, formada por 26 estados; Estados unidos da América, formado por cinquenta estados; República da ìndia, formada por 29 estados. Introdução ao Direito Constitucional e ao Controle de Constitucionalidade Elaborado pelo Supremo Tribunal Federal - Todos os direitos reservados © 13 1. O Federalismo - introdução 2. o Estado federal 3. As competências constitucionais dos entes federativos 4. O Federalismo brasileiro e o STF 5. Conclusão