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Aos	meus	pais
Júlio	Gadelha	dos	Santos	Filho	e	Rosa	Giannotti	Gadelha	dos	Santos
Pelo	esforço	e	confiança	que	me	deram	para	a	realização	dos	meus	sonhos.
E	à	minha	filha,	Estela	F.	Gadelha,	que	enche	meu	mundo	com	alegria!
Muito	obrigado!
SUMÁRIO
Capa
Folha	de	Rosto
Créditos
1.	INTRODUÇÃO
1.1	GINÁSTICA	LABORAL
1.2	DORT	E	QUALIDADE	DE	VIDA	NO	TRABALHO
1.2.1	Qualidade	de	vida	no	trabalho
1.2.2	A	prevenção	no	local	de	trabalho
1.2.3	Lesões	musculoesqueléticas	relacionadas	ao	trabalho
1.3	ATIVIDADE	FÍSICA	E	DORT
2.	DESENVOLVIMENTO	DO	INSTRUMENTO	PARA	MENSURAR	OS
EFEITOS	DA	APLICAÇÃO	DE	UM	PROGRAMA	DE	GINÁSTICA
LABORAL	NA	EMPRESA
3.	MATERIAL	E	MÉTODOS
3.1	CASUÍSTICA
3.2	PROTOCOLO	DE	AVALIAÇÃO
3.3	VALIDAÇÃO
3.4	A	APLICAÇÃO	DO	QUESTIONÁRIO
3.5	CRITÉRIOS	DE	INCLUSÃO
3.6	CRITÉRIOS	DE	EXCLUSÃO
3.7	ANÁLISE	ESTATÍSTICA
3.8	INSTRUMENTO	DE	AVALIAÇÃO
3.9	GERAÇÃO	DE	ITENS	E	QUESTÕES
3.10	REPRODUTIBILIDADE
3.11	VALIDADE
3.12	SENSIBILIDADE	PARA	MUDANÇAS
4.	RESULTADOS
4.1	REPRODUTIBILIDADE
4.2	CONSISTÊNCIAS	INTERNA
4.3	ESCORES	MÉDIOS
4.4	TEMPO	DE	APLICAÇÃO
5.	DISCUSSÃO
6	.	CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS	BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
ANEXO	1
ANEXO	2
ANEXO	3
Landmarks
Capa
Folha	de	Rosto
Página	de	Créditos
Sumário
Bibliografia
Lesões	por	esforços	repetitivos	(LER)	ou	também	chamadas	de	doenças
osteomusculares	relacionadas	ao	trabalho	(DORT),	são	responsáveis	por	gastos
com	afastamentos	e	tratamentos	de	empregados.	Neste	contexto,	está	inserido	o
programa	de	ginástica	laboral,	que	atua	como	uma	atividade	capaz	de	prevenir	o
acometimento	por	DORT,	onde	suas	atividades	também	promovem	maior
socialização	entre	os	funcionários	e	diminuição	da	tensão	física	e	mental	no
ambiente	de	trabalho.
Esta	obra	apresenta	uma	proposta	para	mensurar	os	efeitos	da	aplicação	do
programa	de	ginástica	laboral,	pois	instrumentos	específicos	para	este	fim	não
foram	encontrados	na	literatura.	Para	atingir	este	fim,	desenvolvemos	um
instrumento	de	fácil	utilização	onde	em	sua	criação	e	validação	foi	utilizada	uma
amostra	probabilística	por	conglomerado,	constituída	de	28	indivíduos,	sendo	10
homens	(35,71%)	e	18	(64,29%)	mulheres,	com	média	de	idade	de	27,68	anos
(DP	±	8,73)	os	quais	responderam	em	dois	momentos	(A1	e	A2)	o	questionário
QPGL	que	foi	criado	com	a	participação	de	um	grupo	de	profissionais	da	saúde
do	trabalho.
Como	resultados	observamos	que	o	coeficiente	alfa	de	Chronbach	foi	de	0,666
demonstrando	uma	boa	consistência	interna	para	uma	escala	de	poucos	itens	e
não	foram	observadas	diferenças	estatisticamente	significantes	entre	as
aplicações	A1	e	A2	do	Questionário	sobre	os	Efeitos	do	Programa	de	Ginástica
Laboral	-	QPGL,	onde	o	valore	de	R	foi	de	0.984,	indicando	um	bom	nível	de
reprodutibilidade	(teste	–	reteste)	do	instrumento.
Desta	maneira,	o	questionário	sobre	os	efeitos	do	programa	de	ginástica	laboral	-
QPGL	é	um	instrumento	capaz	de	mensurar	os	efeitos	da	aplicação	de	exercícios
no	ambiente	de	trabalho	assim	como	a	influência	de	fatores	externos	que	podem
interferir	no	desempenho	do	trabalho.
1.	INTRODUÇÃO
1.1	GINÁSTICA	LABORAL
A	ginástica	Laboral	(GL)	ou	ginástica	do	trabalho,	segundo	Canete	(2001)	é	a
denominação	dada	à	realização	de	exercícios	no	ambiente	de	trabalho.	Os	dados
sobre	o	início	desta	atividade	são	controversos,	segundo	Canete	(2001),	em	1925
na	Polônia,	surgiram	os	primeiros	registros	de	que	operários	realizavam	uma
atividade	conhecida	como	“ginástica	de	pausa”.	No	Japão	esta	atividade	teve
início	em	1928	onde	os	funcionários	dos	correios	começaram	a	participar
diariamente	de	sessões	de	ginástica,	com	o	objetivo	de	descontração	e	cultivo	da
saúde.	A	mesma	autora	relata	que	no	Japão,	a	ginástica	laboral	foi	difundida	em
todo	o	país	somente	após	a	II	Guerra	Mundial,	onde	a	ginástica	trazia	como
resultado	a	diminuição	dos	acidentes	de	trabalho,	melhoria	do	bem-estar	geral
dos	funcionários	e	aumento	da	produtividade	nas	empresas	do	Japão.
Países	como	a	França,	a	Bélgica	e	a	Suécia	adotam	a	ginástica	e	promovem
estudos	sobre	este	tema	que	demonstram	a	influência	positiva	da	ginástica	sobre
o	tempo	de	reação,	a	coordenação,	a	sensibilidade	e	a	atenção,	agindo	também
como	estimulante	de	ordem	psicológica,	promovendo	facilidade	para	realizar	o
trabalho	e	obtendo	também	diminuição	da	fadiga.	Existem	relatos	ainda	de
pesquisas	na	Bélgica	e	na	antiga	URSS	mostrando	que	a	reação	visomotora
melhora	de	42	a	65%	das	pessoas	que	se	submetem	ao	programa	de	ginástica	de
pausa	(Canete,	2001).
De	acordo	com	a	autora,	no	Brasil,	a	ginástica	laboral	foi	introduzida	por
executivos	nipônicos	em	1969,	porém	não	foi	tão	difundida	no	país,	onde	a
escassez	de	pesquisas	sobre	o	assunto	e	a	falta	de	informação	sobre	esta
atividade,	fez	com	que	somente	na	década	de	90	a	ginástica	surgisse	com	força
total.
Lima	(2003)	descreve	em	sua	obra	as	primeiras	manifestações	no	Brasil	de
atividades	esportivas	no	interior	de	empresas,	onde	relata	que	no	ano	de	1901	na
fábrica	de	tecido	Bangu,	situada	no	Rio	de	Janeiro,	os	funcionários	desta
indústria	têxtil	de	capital	e	gestão	inglesa,	se	reuniam	em	torno	de	um	campo	de
futebol	para	realizar	atividades	físicas.
Canete	(2001)	afirma	ainda	que	a	ginástica	laboral	vem	sendo	adotada	pelas
empresas	como	uma	forma	de	se	enquadrarem	nos	programas	de	qualidade	total
como	o	ISO	9000	e	também	para	tentar	minimizar	os	efeitos	das	inadequações
de	postos	de	trabalho	e	excesso	de	horas	extras.
Altos	índices	de	acidentes	de	trabalho	e	a	preocupação	com	a	melhoria	da
qualidade	de	vida	dos	funcionários,	também	são	fatores	que	influenciam	na
decisão	de	implantar	a	ginástica	laboral.	Segundo	a	mesma	autora,	a	ginástica
laboral	pode	ser	descrita	como	uma	atividade	de	baixa	intensidade	onde	sua
duração	varia	em	torno	de	10	minutos.
Outros	autores	como	Rocha	(apud	OCHOA,	2002),	conceitua	ginástica	laboral
como	a	prática	de	uma	atividade	física	voltada	para	o	ambiente	de	trabalho	cujo
objetivo	é	a	melhora	do	bem-estar	físico	e	psíquico	dos	trabalhadores	através	de
exercícios	específicos.	Já	para	Kolling	(1983),	a	Ginástica	Laboral	representa
repouso	ativo	com	pausas	regulares	durante	a	jornada	de	trabalho	cujo	objetivo	é
a	prevenção	da	fadiga	através	do	exercício	de	músculos	que	se	encontram	em
contração	durante	o	trabalho.
Ochoa	(2002),	com	uma	visão	social	e	socializadora	sobre	a	Ginástica	Laboral,
descreve	a	atividade	como	um	momento	de	reunião	de	funcionários	para	o
desenvolvimento	de	atividades	físicas	e	lúdicas	agradáveis,	para	com	isso	ter	a
valorização	do	grande	grupo	e	de	cada	um	em	particular.
Quanto	ao	momento	de	sua	aplicação	Canete	(2001)	e	Lima	(2003)	descrevem	a
aplicação	da	ginástica	laboral	em	três	momentos,	são	eles:
1.	Ginástica	preparatória	(GP),	diz	respeito	a	uma	série	de	exercícios	que
servirão	para	preparar	o	indivíduo	conforme	suas	necessidades	para	o	trabalho.
2.	Ginástica	compensatória	(GC),	diz	respeito	as	atividades	cujo	objetivo	é
impedir	que	se	instalem	vários	vícios	de	postura.	Aqui	são	empregados
exercícios	que	proporcionam	atividades	sinérgicas	de	músculos	pouco
solicitados	e	relaxamento	dos	músculos	que	são	utilizados	em	demasia.
3.	Ginástica	corretiva	(GR),	a	qual	diz	respeito	a	atividade	que	tem	por
finalidade	restabelecer	o	antagonismo	muscular,	utilizando	exercícios
específicos.
Zilli	(2002),	indica	ainda	as	pausas	ou	micro	pausas,	como	uma	ferramenta	de
prevenção.	O	autor	ainda	cita	que	estas	pausas	ou	micro	pausas	podem	ser	ativa
ou	passivas,	onde	as	pausas	ativas	servem	para	mudança	de	postura,	alternância
dos	músculos	sobrecarregados	e	alongamentos	sem	necessariamente	sair	do
posto	onde	trabalha	e	as	pausas	passivas	são	aquelas	para	as	necessidades
fisiológicas	e	ainda,	para	o	relaxamento	das	estruturas	sobrecarregadas,	sem	a
necessidade	de	execução	de	exercícios.
Poletto	(2002),	em	sua	pesquisa,	aborda	a	relação	entre	os	horários	em	que	as
pausas	e	exercícios	são	realizados,	em	um	programa	de	ginástica	laboral,	com	o
maior	conforto	físico,	disposição	e	satisfação	para	o	trabalho.	A	autora	verificou
que	quandorealizado	duas	vezes	por	dia,	os	melhores	horários	são	entre	o	início
do	expediente	e	a	pausa	para	o	almoço	e	o	outro	período,	entre	o	almoço	e	o	final
da	jornada	de	trabalho.	A	autora	também	aponta	o	aumento	da	preocupação	com
a	saúde	pelos	trabalhadores,	onde	seus	estudos	apontam	o	aumento	de	20	%	para
30%,	o	número	de	pessoas	ativas	fisicamente	na	empresa.
Quanto	aos	objetivos	da	ginástica	laboral,	Lima	(2003)	cita	que	o	objetivo	da
atividade	é	promover	adaptações,	fisiológicas,	física	e	psíquicas,	por	meio	de
exercícios	dirigidos	e	adequados	para	o	ambiente	de	trabalho.	Verificou-se,	junto
a	empresas	que	aplicam	este	programa	de	exercícios,	que	a	busca	pela	atividade
também	se	dá	para	prevenção	de	doenças	ocupacionais,	melhora	das	relações
interpessoais,	melhora	da	motivação	para	o	trabalho	e	melhora	da	imagem
institucional	junto	à	sociedade.
Martins	(2001),	Lima	(2003)	e	Canete	(2001)	relatam	que	a	aplicação	da
ginástica	laboral	faz	parte	de	um	conjunto	de	medidas	capaz	de	prevenir	o
acometimento	por	doenças	músculo	esqueléticas,	diminui	níveis	de	estresse,
melhora	a	motivação	dos	funcionários	e	altera	o	estilo	de	vida	sugerindo	o
estímulo	à	prática	de	exercícios	e	melhora	de	hábitos	alimentares.
1.2	DORT	E	QUALIDADE	DE	VIDA	NO	TRABALHO
1.2.1	Qualidade	de	vida	no	trabalho
Desde	o	início	do	século	XX,	com	a	revolução	industrial	e	as	mudanças
implementadas	com	o	Taylorismo	e	Fordismo,	já	existia	de	alguma	maneira,	a
preocupação	com	a	satisfação	e	a	qualidade	de	vida	dos	trabalhadores.
Henry	Ford,	como	relata	Guimarães	(2001),	demonstrando	preocupação	com	a
qualidade	de	vida	dos	próprios	trabalhadores	melhorando	as	condições	de
trabalho	dos	mesmos.	Também	instituiu	departamentos	médicos	e	de	sociologia
na	empresa,	aumentou	os	salários	de	dois	para	5	dólares/dia	e	reduziu	a	jornada
de	trabalho	de	10	para	8	horas/dia,	permitindo	ao	pessoal	viver	mais	tempo	fora
da	fábrica	(Guimarães,	2001).
Porém,	a	inviabilização	da	intervenção	dos	operários	nos	processos	de
concepção	e	elaboração	de	suas	atividades	associadas	à	padronização	de
processos	e	a	especialização	da	classe	operária,	tornou	este	processo	de	Ford
estressante,	rotineiro	e	rigoroso,	fazendo	com	que	o	trabalhador	fosse	incapaz	de
melhorar	seu	ambiente	de	trabalho.
No	desenvolvimento	das	teorias	administrativas,	identificou-se	que	o	ser	humano
passou	da	posição	de	mero	fator	de	trabalho	para	ponto-chave	e	principal	do
processo.	Hoje,	devido	à	necessidade	de	se	aumentar	à	produtividade	e	a
qualidade	das	organizações,	o	ser	humano	e	seu	comportamento	têm	sido	mais
bem	estudados	pela	ciência	administrativa	onde	um	dos	estudos	nesta	área	é	a
Qualidade	de	Vida	no	Trabalho	(QVT).
Pereira	(1999)	relata	que	o	grau	de	exigência	de	funcionários	vem	crescendo
constantemente,	onde	nunca	se	exigiu	tanto	das	pessoas	quanto	agora,	segundo	o
autor	a	globalização	dos	mercados	e	a	busca	da	qualidade	total	dos	produtos	e
serviços	fez	com	que	o	grau	de	exigência	dos	funcionários	de	uma	empresa
cresça	dia	a	dia.	(Pereira,	1999).
Com	isso	Chaves	(2001)	descreve	que	essas	grandes	transformações	ocorridas,
aliadas	ao	desenvolvimento	de	novos	processos	industriais,	resultaram	na
racionalização	da	produção	e	na	reação	dos	trabalhadores	frente	a	sua	tarefa	de
trabalho.	Tais	mudanças	influenciaram	o	desenvolvimento	e	preocupação	com	a
QVT	(Chaves,	2001).
Tolfo	(1995)	também	investigou	o	conceito	de	QVT	presente	na	prática
profissional	dos	empregados	de	uma	empresa	estatal	de	Santa	Catarina.	Ele
verificou	que	as	dimensões	mais	significativas	do	trabalho	estão	relacionadas	à
oportunidade	imediata	de	utilizar	e	desenvolver	as	capacidades	humanas,	no
sentido	de	dominar	integralmente	o	processo	de	trabalho.
De	acordo	com	Quelhas	e	Morgado	(1993),	a	Qualidade	de	Vida	no	Trabalho
pode	ser	entendida	como	um	bem-estar	relacionado	ao	emprego	do	indivíduo	e	a
extensão	em	que	sua	experiência	de	trabalho	é	compensadora,	satisfatória,
despojada	de	estresse	e	outras	consequências	negativas.
Fernandes	e	Gutierrez	(1988),	consideram	que	o	desempenho	eficaz	de	um
trabalhador	depende	acima	de	tudo	do	“querer	fazer”	e	não	tanto	do	“saber
fazer”,	onde	o	emprego	da	QVT	pode	ser	utilizado	exatamente	para	que	as
pessoas	queiram	fazer	mais,	como	decorrência	de	um	envolvimento	maior	com	o
trabalho	que	realizam,	e	pela	existência	de	um	ambiente	de	trabalho	favorável,
fazendo	que	os	indivíduos	sintam-se	estimulados	e	motivados	a	produzir,
satisfazendo	seus	anseios	e	necessidades	e	ao	mesmo	tempo	indo	ao	encontro
dos	objetivos	organizacionais.
1.2.2	A	prevenção	no	local	de	trabalho
Silva	e	Marchi	(1999),	afirmam	que	as	pessoas	que	trabalham	em	escritórios	ou
mesmo	em	linhas	de	produção,	praticamente	paradas,	se	não	se	exercitarem
regularmente,	seja	no	local	de	trabalho	ou	fora	dele,	não	terão	boas	condições
físicas.	As	autoras	relatam	que	o	estilo	de	vida	sedentário	pode	influenciar
negativamente	a	motivação	para	serem	funcionários	produtivos	e	assumirem	as
responsabilidades	das	suas	funções.	Além	disso,	tendem	a	apresentar,	em
comparação	aos	empregados	não-sedentários,	maior	prevalência	de	dores
corporais	generalizadas,	cefaleias	e	cansaço.
Problemas	posturais	podem	ocorrer	como	consequência	da	utilização	de	posturas
biomecanicamente	incorretas,	como	se	sentar	durante	muito	tempo	na	mesma
posição	ou	de	forma	desequilibrada	e	não	alinhada	ou	ereta.
A	mobilidade	no	trabalho,	com	carga,	ou	ainda	a	falta	de	mobilidade	com
posturas	estáticas,	aparece	como	uma	das	principais	causas	de	tensão	corporal,
dores	musculares,	rigidez	cervical	e	dores	lombares.	Aqui	a	preocupação	com	a
atividade	física	no	local	de	trabalho	deve-se	principalmente	à	postura	e	à
mobilidade.
Neste	contexto	os	benefícios	da	atividade	física	tornam-se	claros	convergindo
com	os	relatos	obtidos	os	programas	de	Saúde	Ocupacional	que	vinculam	a
prática	de	atividade	física	regular	no	local	de	trabalho	ao	aumento	da
produtividade	e	à	diminuição	do	absenteísmo	(Cailliet,	2001).
Visto	que	a	ergonomia	considera	as	capacidades	humanas	e	seus	limites,	como	a
capacidade	física,	a	força	muscular,	as	dimensões	corporais,	a	possibilidade	de
interpretação	de	informações	pelo	aparelho	sensorial	(visão,	audição),	a
capacidade	de	tratamento	das	informações	em	termos	de	rapidez	e
complexidade,	analisando	as	exigências	das	tarefas	e	os	diferentes	fatores	que
influenciam	nas	relações	homem	versus	trabalho;	os	profissionais	da	área	da
saúde,	tais	como	os	fisioterapeutas,	têm	condição	de	contribuir	positivamente	e
de	forma	significativa	com	a	ergonomia.	Principalmente,	no	que	diz	respeito	a
sua	fundamentação	e	direcionamento	à	saúde	do	trabalhador.	Esse	profissional
pode	atuar	de	forma	preventiva,	curativa	e	reabilitadora	através	da	correção	e
conscientização	de	hábitos	posturais	e	biomecânicos,	orientando	e	adaptando	as
situações	de	trabalho	em	conjunto	com	outros	profissionais.
Ranney	(2000)	descreve	a	prevenção	no	local	de	trabalho	como:
Prevenção	primária,	por	meio	da	identificação	de	atividades	ocupacionais
de	alto	risco.	A	avaliação	de	primeiros	socorros	e	relatórios	do	supervisor	da
empresa,	sobre	a	investigação	de	acidentes,	contribui	para	determinar	o
número	total	de	casos	de	lesões	osteomusculares	relatados	pelos
trabalhadores.	Também	é	de	fundamental	importância	conhecer	as
atividades	externas	do	trabalhador,	ou	seja,	atividades	fora	do	horário	de
trabalho.
Prevenção	secundária,	quando	o	trabalhador	se	apresenta	no	consultório
médico,	constata-se	que	prevenção	primária	se	tornou	ineficaz	e	o	mesmo
está	em	busca	de	auxílio	médico.
Os	provedores	de	saúde	deverão	fazer	um	exame	clínico	para	diagnosticar	caso
haja	algum	tipo	de	distúrbios	osteomusculares.	Assim,	um	programa	de
reabilitação	é	elaborado	para,	se	possível,	manter	trabalhadores	lesados	no
trabalho,	e,	caso	contrário,	assegurar	que	retornem	a	uma	atividade	adequada	o
mais	breve	possível.
Prevenção	terciária,	infelizmente	ocorrem	nos	trabalhadores	com	lesões
osteomusculares	repetitivas	que	continuam	a	trabalhar	em	suas	atividades
regulares,	até	quese	tornem	incapazes	de	exercer	suas	atividades	no
trabalho	e	na	vida	diária.	Quase	sempre,	esses	trabalhadores	não	poderão
retornar	as	suas	atividades	originais.
Ainda,	segundo	Ranney	(2000),	se	o	trabalhador	não	retornou	à	atividade	regular
serão	necessárias	alterações	nos	processos	de	trabalho	onde	o	auxílio	de	um
ergonomista	será	importante	na	adequação	da	logística	de	trabalho	a	fim	de
corrigir	problemas	e	evitar	que	outros	trabalhadores	sejam	acometidos.
1.2.3	Lesões	musculoesqueléticas	relacionadas	ao
trabalho
O	médico	italiano	Ramazzini	(apud	CUNHA,	1992)	já	alertava	sobre	as	doenças
dos	trabalhadores	assentadas	em	evidências	indiscutíveis	de	que	o	exercício	de
qualquer	atividade	profissional,	sem	o	preparo	adequado	e	sem	condições	físicas
apropriadas	para	a	função	por	tempo	prolongado,	expõe	o	trabalhador	a
distúrbios	musculoesquelético	de	natureza	complexa	que	frequentemente	assume
características	sugestivas	de	fenômenos	inflamatórios	que	acometem:	tendões,
bursas,	fáscias	e	nervos	dos	membros	superiores.
A	dor	é	o	sintoma	comum	a	todas	as	manifestações	clínicas	deste	fenômeno
biopsicossocial	que,	no	Brasil	recebeu	a	denominação	LER-Lesões	por	Esforços
Repetitivos	(Vieira,	1999).	Para	os	mesmos	autores,	a	prática	mostra	que	nem
sempre	se	consegue	identificar	uma	causa	de	base	anatômica	para	explicar	o
quadro	doloroso	e/ou	inflamatório	presente	no	caso.	Embora	os	membros
superiores,	em	particular	as	mãos,	sejam	as	estruturas	afetadas	com	maior
frequência,	o	pescoço	e	a	região	lombar	também	fazem	parte	do	quadro.	Essa
tendência	tem	sido	bem	evidenciada	desde	os	relatos	de	Ramazzini	(apud
CUNHA,	1992),	no	século	XVII	seguindo	até	os	dias	atuais	com	as	constantes
mudanças	nas	atividades	industriais,	em	especial	com	a	expansão	da	informática
e	acentuação	do	estresse	psicológico	pelas	crescentes	disputas	profissionais.
Discorrendo	sobre	a	doença	dos	que	trabalham	sentados,	Ramazzini	(apud
CUNHA,	1992)	assim	expressou:
“Aqueles	que	levam	vida	sedentária	e	por	isso	são	chamados	de	artesãos	de
cadeira,	como	sapateiros,	alfaiates,	e	os	notários,	sofrem	de	doenças	especiais,
decorrentes	de	posições	viciosas	e	da	falta	de	exercícios”.
Em	1986,	Sobaine	citado	por	Vieira	(1999),	definia	as	LER	como	lesões
musculotendinosas	ou	neurovasculares	causadas	pelo	uso	repetitivo	ou
manutenção	de	posturas	inadequadas,	que	resultam	em	dor,	fadiga	e	declínio	da
produção.	De	modo	mais	simplista,	pode-se	dizer	que	se	trata	de	um	estresse
biomecânico	que	excede	a	capacidade	biológica	do	paciente.
A	partir	de	1980,	as	LER	tornaram-se	as	mais	frequentes	causas	de	afastamento
do	trabalho	no	mundo;	e,	em	1995	ocasionaram	56%	dos	casos	de	doenças
ocupacionais	nos	Estados	Unidos.	Em	1992,	elas	atingiram	282	mil
trabalhadores	norte-americanos,	representando	um	custo	de	sete	bilhões	de
dólares	em	perdas	de	produtividade	e	serviços	médicos.
Cerca	de	dois	mil	processos	de	indenização	tramitam	nos	tribunais	americanos,
motivados	por	LER.	A	estimativa	prevê	que	as	empresas	acionadas	devam	gastar
US$	20	bilhões	(Beirão	e	Silva	apud	Vieira	1999).
É	importante	salientar	que	LER	é	uma	terminologia	e,	segundo	as	normas
técnicas	sobre	LER	do	INSS	(1993),	ela	cobre	as	afecções	que	podem	acometer
tendões,	sinovias,	músculos,	nervos,	fáscias,	ligamentos,	de	forma	isolada	ou
associada,	com	ou	sem	degeneração	dos	tecidos.	Tais	afecções	atingem
principalmente,	porém	não	somente,	os	membros	superiores,	região	escapular	e
pescoço,	de	origem	ocupacional.	Estão	relacionadas	de	forma	combinada	ou	não,
uso	repetido	e	forçados	de	grupos	musculares	e,	de	manutenção	de	postura
inadequada.
Além	da	repetitividade,	a	sobrecarga	estática,	o	excesso	de	força	para	execução
de	tarefas,	o	trabalho	sob	temperaturas	extremas,	ou	uso	prolongado	de
instrumentos	com	vibração	excessiva,	podem	contribuir	para	o	aparecimento	de
enfermidades	músculo	esqueléticas.
Com	referência	à	Instrução	Normativa	INSS/DC	nº098	de	05	de	dezembro	de
2003	as	Lesões	por	Esforços	Repetitivos	(LER)	ou	Distúrbios	Osteomusculares
Relacionados	ao	Trabalho	(DORT)	representam	um	grande	problema	da	saúde
pública.
A	terminologia	DORT	tem	sido	a	preferida	em	relação	a	outras	como:	Lesões	por
Traumas	Cumulativos	(LTC),	Lesões	por	Esforços	Repetitivos	(LER),	Doença
Cervicobraquial	Ocupacional	(DCO),	e	Síndrome	de	Sobrecarga	Ocupacional
(SSO),	por	evitar	que	a	denominação	seja	apontada	como	a	causa	dos	sintomas.
A	síndrome	relacionada	com	o	trabalho,	DORT,	é	caracterizada,	segundo	esta
normativa,	pela	ocorrência	de	vários	sintomas	concomitantes	ou	não,	tais	como:
dor,	parestesia,	fadiga	e	sensação	de	peso.
Segundo	Martins	(2001),	Distúrbios	Osteomusculares	Relacionados	ao	Trabalho
(DORT),	é	a	denominação	instituída	no	Brasil	com	a	finalidade	de	substituir	a
antiga	denominação	Lesões	por	Esforços	Repetitivos	(LER).	O	autor	relata	que
esta	troca	aconteceu	devido	a	abrangência	das	nomenclaturas,	onde	a	sigla	LER
abrange	apenas	a	repetitividade	e	não	inclui	outros	tipos	de	sobrecargas
biomecânicas	como:	sobrecarga	dinâmica,	sobrecarga	estática,	excesso	de	força
para	execução	de	tarefas,	trabalhos	sob	temperatura,	umidade	e	ventilação
inadequadas	e	utilização	prolongada	de	instrumentos	com	excesso	de	vibração,
que	podem	contribuir	para	o	aparecimento	de	enfermidades
musculoesqueléticas.
O	mesmo	autor	diz	que	outro	motivo	para	esta	troca	de	siglas	é	que	apenas	uma
minoria	dos	pacientes	diagnosticados	como	portadores	de	LER	possuem	lesão
tecidual.
Em	outros	países,	existem	outras	denominações	para	estes	distúrbios,	Martins
(2001)	cita	as	seguintes	denominações:	distúrbio	traumático	cumulativo,
síndrome	de	sobrecarga	ocupacional,	síndrome	cervicobraquial	ocupacional.
Cuenca	et	al	(1998)	relatam	que	devem	ser	observadas	as	intensidades	duração	e
frequência	de	todos	os	fatores	descritos,	para	que	se	possa	ser	considerado	risco
de	ocorrência	de	DORT.
No	Brasil	a	DORT	passou	a	ser	reconhecida	como	ocupacional	pela	Previdência
Social,	a	partir	de	1987	de	onde	os	registros	de	casos	vêm	aumento	de	ano	para
ano.
Os	mesmos	autores	citam	que	em	1990,	o	Ministério	do	Trabalho	publicou	a
Norma	Regulamentadora	de	Segurança	e	Saúde	no	Trabalho	nº	17	a	qual	fixa
normas	e	limites	para	as	empresas,	de	onde	há	postos	de	trabalho	que	exigem
ritmo	acelerado,	postura	inadequada	e	esforços	repetitivos.
O’Neill	(2000)	afirma	que	no	Brasil	existe	uma	grande	dificuldade	em	se	relatar
dados	epidemiológicos	sobre	a	DORT,	uma	vez	que	o	Sistema	Único	de	Saúde
(SUS)	não	inclui	em	sua	estatística	os	acidentes	de	trabalho	em	geral	em	nem	os
casos	diagnosticados	como	DORT,	o	que	não	permite	se	ter	dados
epidemiológicos	que	relatem	a	totalidade	dos	trabalhadores	com	ou	sem	vínculo
empregatício.	O	autor	utilizou	aqui	dados	da	Previdência	Social	os	quais	se
referem	apenas	aos	trabalhadores	do	mercado	formal	e	com	contrato	trabalhista
regido	pela	Consolidação	das	Leis	do	Trabalho	(CLT),	que	de	acordo	com	a
Fundação	IBGE	(1991)	representam	menos	de	50	%	da	população
economicamente	ativa.	O	autor	ressalta	em	sua	obra	que	estes	dados	não	têm	o
caráter	epidemiológico.	Dados	mais	recentes	do	Ministério	da	Saúde	(2019),
demonstram	que	no	período	de	2007	a	2016,	foram	notificados	67.599	casos	de
LER/Dort	no	Sinan	(Sistema	de	Informação	de	Agravos	de	Notificação),	sendo
que	o	número	estimado	para	2015	de	9.362.	A	média	do	número	de	notificações
no	período	foi	de	6.760,	sendo	3.499	para	o	sexo	feminino	e	3.260	para	o
masculino.	Em	números	absolutos,	notou-se	um	incremento	de	184%	no	número
total	de	notificações,	passando	de	3.212	em	2007	para	9.122	em	2016.	Este
aumento	foi	observado	em	ambos	os	sexos,	sendo	maior	para	o	sexo	feminino
(189,5%)	em	relação	ao	masculino	(178,6%).	Os	coeficientes	de	incidência	por
LER/Dort	estimados	foram	3,5/100	mil	trabalhadores	em	2007	e	9,6/100	mil	em
2016,	o	que	correspondeu	a	um	aumento	de	170,5%	em	todo	o	período	do
estudo.	O	maior	coeficiente	de	incidência	foi	observado	em	2015	(9,8/100	mil
trabalhadores)
A	tabela	T0	(Anexo	1)	mostra	a	quantidade	de	acidentes	do	trabalho	registrados,segundo	os	50	códigos	de	Classificação	Internacional	de	Doenças	(CID)
ocorridas	no	ano	de	2000.
Nesta	tabela,	o	campo	denominado	Acidente	de	Trabalho	Registrados	(total),
corresponde	ao	número	de	acidentes	cujos	processos	foram	abertos
administrativamente	e	tecnicamente	pelo	Instituto	Nacional	de	Seguridade
Social,	são	dados	provenientes	das	Comunicações	de	Acidentes	de	Trabalho
(CAT),	onde	estas	são	registradas	nos	vários	postos	da	instituição	e	se	dividem
em:
-	Típicos,	diz	respeito	aqueles	que	são	ocasionados	no	exercício	do	trabalho	e
que	decorrem	da	extensão	do	conceito	inserido	na	lei	8.213/91;
-	Trajeto,	diz	respeito	aos	acidentes	sofridos	no	percurso	entre	a	residência	e	o
trabalho;
-	Doença	do	Trabalho,	aqui	estão	inclusas	as	doenças	profissionais.
O’Neill	(2000)	ainda	se	refere	a	idade	e	sexo	nos	acometimentos	de	DORT,	onde
relata	que	dados	do	ambulatório	de	DORT	do	Instituto	de	Ortopedia	e
Traumatologia	do	Hospital	das	Clínicas	da	Faculdade	de	Medicina	de	São	Paulo,
revelam	que	entre	março	de	1993	e	dezembro	de	1998,	dos	390	casos	de	DORT,
o	total	de	91,8	%	eram	do	sexo	feminino	com	média	etária	de	38,5	anos.
Dados	obtidos	na	Associação	ISMA	BRASIL	(1998),	demonstram	que	dos
71.720	funcionários	do	Banco	do	Brasil,	a	cada	quatro,	um	apresenta	sintomas
de	DORT.
Ainda	temos	a	tabela	T0A	(Anexo	2)	a	qual	nos	demonstra	dados	de	2019	sobre
o	total	de	pessoas	de	18	anos	ou	mais	de	idade	que	referem	diagnóstico	médico
de	DORT,	por	sexo,	com	indicação	do	intervalo	de	confiança	de	95%,	segundo
as	Grandes	Regiões,	as	Unidades	da	Federação	e	a	situação	do	domicílio	-	2019
1.3	ATIVIDADE	FÍSICA	E	DORT
Apesar	da	escassez	de	estudos	envolvendo	a	atividade	física	no	ambiente	de
trabalho,	encontramos	alguns	relatos,	como	veremos	a	seguir,	de	autores	que
afirmam	que	a	atividade	física	influi	de	maneira	positiva	na	prevenção	e	até	no
tratamento	das	DORT.
Waling	et	al	(2000),	Holmich	et	al	(1999),	Kadi	et	al	(2000),	Ahlgren	et	al
(2001),	relatam	os	efeitos	de	programas	de	treinamento	em	pessoas	com	mialgia
no	músculo	trapézio,	ombro	e	no	pescoço.
Waling	et	al	(2000)	estudaram	o	efeito	do	exercício	em	103	mulheres,	divididas
em	3	grupos.	Um	grupo	realizou	exercícios	de	força,	o	segundo	grupo	realizou
exercícios	de	resistência	e	o	terceiro	grupo	realizou	exercícios	de	coordenação.
Os	exercícios	foram	feitos	com	a	frequência	de	3	vezes	na	semana	durante	10
semanas.	Os	três	programas	mostraram	eficiência	na	diminuição	das	dores,
indicando	assim	que	o	tipo	de	exercício	não	é	tão	importante,	mas	sim	realizá-
los.
Holmich	et	al	(1999)	compararam	o	tratamento	de	68	atletas	que	relatavam	dores
nos	músculos	adutores	da	coxa.	O	período	de	tratamento	foi	de	8	a	12	semanas,
onde	foram	realizados	exercícios	de	força,	alongamento	e	coordenação.	Como
resultados	os	autores	relatam	que	houve	uma	melhora	na	força	e	coordenação	no
músculo	adutor,	onde	os	mesmos	autores	comentam	que	este	tipo	de	atividade
tem	grande	influência	no	tratamento	de	atletas	com	dores	nos	músculos	adutores
da	coxa.
Kadi	et	al	(2000)	realizaram	um	estudo	examinando	os	efeitos	do	treinamento
sobre	as	características	do	músculo	trapézio	em	mulheres	com	queixa	de	mialgia
no	músculo	trapézio.	Uma	biópsia	deste	músculo	foi	feita	antes	e	depois	do
treinamento	que	durou	10	semanas	e	envolveu	exercícios	de	força,	endurance	e
coordenação.	Como	resultado,	foi	encontrado	um	aumento	na	proporção	de
fibras	do	tipo	II	a	no	grupo	que	realizou	treinamento	de	força.	Os	autores
concluíram	que	o	músculo	trapézio	de	mulheres	com	pescoço	e	ombro	com
mialgia,	têm	um	grande	potencial	de	adaptação	ao	exercício	físico	em	períodos
acima	de	10	semanas.
Ahlgren	et	al	(2001)	compararam	o	efeito	de	treinamento	em	102	mulheres	com
trapézio	mialgia	que	foram	divididas	em	3	grupos	os	quais	participaram
respectivamente	de	exercícios	de	força,	endurance	e	coordenação.	Os	autores
mensuraram	em	um	dinamômetro	Cybex	II	a	força	isométrica	e	dinâmica	antes	e
depois	da	aplicação	do	programa	de	ginástica.	Os	autores	relatam	como
resultado	de	suas	pesquisas,	que	o	treinamento	de	força,	endurance	e
coordenação	nos	músculos	do	pescoço	e	ombro,	podem	aliviar	dores	em
mulheres	com	trapézio	mialgia.
Alexandre	et	al	(2001),	Cooper	et	al	(1996)	e	Fuortes	et	al	(1994),	realizaram
estudos	com	enfermeiras	as	quais	apresentavam	dores	nas	costas,	onde	foram
feitas	intervenções	por	meio	de	exercícios	físicos.	Alexandre	et	al	(2001)	relatam
em	sua	obra	que	o	programa	de	intervenção	compreendeu	uma	parte	educativa
com	abordagem	ergonômica	e	a	realização	de	exercícios	que	foram	executados
durante	o	horário	de	serviço,	2	vezes	na	semana	durante	4	semanas.	As
participantes	foram	divididas	em	grupo	de	aplicação	e	grupo	controle,	onde	os
autores	relatam	que	houve	diminuições	estatísticas	significativas	na	frequência
da	dor	cervicais	durante	os	últimos	dois	meses	de	trabalho.	Houve	também	uma
redução	na	intensidade	da	dor	cervical	e	da	dor	lombar	na	última	semana.	Os
autores	concluem	que	programas	regulares	de	exercícios	acompanhados	de	uma
abordagem	ergonômica	podem	reduzir	sintomas	musculoesquelético	em
trabalhadores	de	enfermagem.
Pohjonen	e	Ranta	(2001)	verificaram	os	efeitos	da	constância	da	intervenção
com	exercícios	físicos,	onde	foram	examinadas	em	relação	às	modalidades	de
exercícios,	estado	de	saúde	e	habilidade	de	trabalho,	mulheres	em	serviço
durante	um	período	de	1	a	5	anos.	Foram	feitos	2	grupos,	sendo	1	grupo	controle
e	1	grupo	de	aplicação.
O	grupo	de	aplicação	participou	durante	9	meses	de	exercícios	orientados,	com
frequência	de	2	vezes	por	semana	durante	o	trabalho.	Foram	obtidos	como
resultado,	a	diminuição	de	4	%	do	peso	corporal	e	um	aumento	da	performance
dinâmica	do	músculo	e	uma	melhora	no	consumo	máximo	de	oxigênio.	Os
autores	concluem	que	o	exercício	físico	realizado	no	ambiente	de	trabalho	pode
ser	usado	para	aumentar	a	capacidade	física	de	mulheres	e	prevenir	o	declínio	da
habilidade	de	trabalho.
Konijnenberg	et	al	(2001)	realizaram	um	levantamento	bibliográfico	sobre
métodos	conservadores	de	tratamento	de	doenças	por	esforços	repetitivos,	onde
levaram	em	consideração	a	qualidade	metodológica	dos	textos	pesquisados.	Os
autores	relatam	que	existe	uma	evidência	limitada	que	uma	reabilitação
multidisciplinar,	intervenções	ergonômicas,	exercícios	e	manipulação	da	coluna,
combinada	com	terapias	de	tecidos	leves	são	eficientes	em	melhorar	atividades
diárias.	Os	resultados	por	eles	encontrados	são	muito	conflitantes,	onde	afirmam
que	o	conhecimento	nesta	área	é	muito	pequeno,	o	que	abre	caminhos	para	novas
pesquisas.
Fuortes	et	al	(1994)	relatam	que	é	estimado	que	80%	da	população	tem
experiência	de	dores	nas	costas	em	algum	momento	da	vida,	onde	a	população
de	enfermeiras	possui	altos	índices	de	incidência	de	dores	nas	costas	em
comparação	com	outros	ramos	de	atividades	no	setor	industrial.	Com	isso,
Cooper	et	al	(1996)	realizaram	um	estudo	para	examinar	a	relação	e	mudanças
entre	dor	e	deficiência	em	2	grupos	de	enfermeiras	com	dores	nas	costas.	Aqui
se	formaram	dois	grupos,	um	de	intervenção	e	o	outro	de	controle.	Os	autores
concluíram	que	houve	uma	diminuição	nos	níveis	de	dores	e	deficiência	em
enfermeiras	com	dores	nas	costas	após	a	aplicação	de	6	meses	do	programa	de
intervenção	que	consistiu	em	aplicação	de	exercícios	durante	o	trabalho,	com	a
frequência	de	2	vezes	na	semana	durante	1	ano.
Nos	estudos	citados,	não	existe	uma	metodologia	específica	ou	um	instrumento
validado	capaz	de	quantificar	os	efeitos	do	exercício	no	ambiente	de	trabalho.
Desta	forma	vemos	que	a	aplicação	de	exercícios	no	ambiente	de	trabalho,
chamada	de	ginástica	laboral,	torna-se	parte	de	um	programa	mais	abrangente
que	sugere	alterações	ergonômicas	no	posto	de	trabalho,	estimula	o	estilo	de	vida
fisicamente	ativo,	estimula	a	conscientização	a	melhores	hábitos	alimentares	e
previne	o	acometimento	por	doenças	musculoesqueléticas.	Este	programa	mais
abrangente,	segundo	os	autores	é	chamado	de	Programa	de	Ginástica	Laboral
(PGL).
2.	DESENVOLVIMENTO	DO	INSTRUMENTO	PARA
MENSURAROS	EFEITOS	DA	APLICAÇÃO	DE	UM
PROGRAMA	DE	GINÁSTICA	LABORAL	NA	EMPRESA
A	ginástica	laboral	é	uma	prática	que	vem	sendo	adotada	por	empresas	que
objetivam	a	motivação	de	seus	funcionários,	previnem	doenças	ocupacionais,
auxiliam	no	tratamento	de	acometimentos	do	sistema	músculo	esquelético,
diminuir	os	níveis	de	estresse	no	ambiente	de	trabalho	e	estimulam	o	estilo	de
vida	fisicamente	“ativo”.
Através	de	um	levantamento	na	literatura,	observou-se	a	escassez	de	artigos
específico	e	a	ausência	de	um	padrão	ouro	(“gold-standard”)	para	a	mensuração
de	programas	de	ginástica	laboral.	Os	poucos	livros	e	artigos	sobre	o	tema
encontrados	possuem	erros	metodológicos	ou	mensuram	variáveis	que	não	tem
uma	relação	direta	com	a	prática	da	atividade	aplicada.
Desta	forma	faz-se	necessário	a	criação	de	um	instrumento	que	seja	capaz	de
mensurar	os	efeitos	da	aplicação	de	um	programa	de	ginástica	laboral	na
empresa.	Este	instrumento	deve	ser	de	simples	entendimento	e	possível	de
responder	em	poucos	minutos,	pois	sendo	aplicado	durante	a	jornada	de
trabalho,	muitas	vezes	não	se	dispões	de	tempo	para	levantamento	de	dados	e
outras	intervenções.
Este	livro,	nos	traz	todas	as	etapas	percorrida	para	criação	e	validação	de	um
instrumento	que	seja	capaz	de	verificar	os	efeitos	da	aplicação	do	programa	de
ginástica	laboral.
3.	MATERIAL	E	MÉTODOS
3.1	CASUÍSTICA
Para	criação	e	validação	do	instrumento	para	mensurar	os	efeitos	da	aplicação	de
um	programa	de	ginástica	laboral	na	empresa,	foi	utilizada	uma	amostra
probabilística	por	conglomerado,	constituída	de	28	indivíduos,	sendo	10	homens
(35,71%)	e	18	(64,29%)	mulheres,	com	média	de	idade	de	27,68	anos	(DP	±
8,73)	os	quais	trabalham	no	setor	administrativo	de	uma	empresa	que	fornece
serviços	de	terceirização	em	restaurantes	na	cidade	de	São	Paulo.	Os	sujeitos
receberam	e	assinaram	o	termo	de	consentimento	livre	e	esclarecido.
3.2	PROTOCOLO	DE	AVALIAÇÃO
Em	conjunto	com	uma	equipe	multiprofissional	(descrita	no	item	3.8	a	seguir)
foram	elaboradas	questões	que	tem	como	objetivo	verificar	de	forma	rápida,
direta	e	clara,	itens	que	influem	no	trabalho	e	qualidade	de	vida	do	funcionário.
Baseado	nestas	questões,	elaboramos	um	questionário	com	25	perguntas	(anexo
3	-	Questionário	QPGL)	os	pontos	ressaltados	anteriormente	no	ambiente	de
trabalho	e	os	efeitos	da	aplicação	dos	exercícios	de	ginástica	laboral.
3.3	VALIDAÇÃO
Para	validação	deste	instrumento,	realizamos	alguns	estudos	piloto.	O
questionário	(anexo	3)	foi	aplicado	em	um	grupo	de	funcionários	de	uma
determinada	empresa	na	cidade	de	São	Paulo.	Verificamos	as	respostas	e	o
entendimento	às	perguntas	feitas	no	instrumento	e	com	isso	reestruturamos
algumas	perguntas	para	melhor	entendimento	dos	participantes.
Durante	a	leitura	do	questionário	pelos	pacientes,	foram	anotadas	todas	as
dificuldades	que	os	mesmos	tiveram.	Voltamos	a	aplicar	o	questionário	já
reestruturado	em	um	outro	departamento	da	mesma	empresa,	onde	utilizamos	os
mesmos	critérios,	analisamos	as	respostas	e	o	entendimento	às	perguntas	feitas	e
com	isso	fizemos	mais	uma	alteração	no	instrumento.	Em	cada	etapa	de
reestruturação	do	questionário,	o	mesmo	foi	submetido	a	discussões	com	o	grupo
multiprofissional	que	o	elaborou.
Com	o	questionário	já	reestruturado	foram	realizadas,	com	intervalo	de	15	dias,
duas	aplicações	(A1	e	A2)	do	Questionário	sobre	os	efeitos	do	Programa	de
Ginástica	Laboral	(QPGL).	O	instrumento	foi	aplicado	nos	dois	momentos	A1	e
A2	pelo	mesmo	professor	graduado	em	educação	física	o	qual	apenas	distribuiu
o	instrumento	e	o	recolheu	ao	término	de	seu	preenchimento.	O	intervalo	de	15
dias	foi	utilizado	baseado	nos	estudos	realizados	de	Souza	et	al	(2000)	e	Laureau
et	al	(1996).
3.4	A	APLICAÇÃO	DO	QUESTIONÁRIO
A	aplicação	do	questionário	foi	feita	por	um	profissional	graduado	em	educação
física,	o	qual	recebeu	orientações	de	como	aplicar	o	instrumento	e	como
proceder	durante	a	aplicação	do	mesmo.	O	aplicador	também	foi	orientado	a	não
demonstrar	qualquer	tipo	de	reação	individual	ou	comentário	que	pudesse	influir
nas	respostas	dos	participantes.
A	aplicação	do	questionário	se	deu	durante	o	horário	de	trabalho	onde	foi
verificado	o	tempo	médio	de	preenchimento	do	mesmo.
3.5	CRITÉRIOS	DE	INCLUSÃO
O	critério	de	inclusão	utilizado	foi	a	participação	do	preenchimento	do
questionário	nos	dois	momentos	de	aplicação	A1	e	A2,	podendo	ser	os
participantes	do	sexo	feminino	ou	masculino.
3.6	CRITÉRIOS	DE	EXCLUSÃO
Como	critério	de	exclusão	foi	utilizado	a	não	participação	no	preenchimento	do
questionário	em	um	dos	momentos	de	aplicação.
3.7	ANÁLISE	ESTATÍSTICA
Para	a	análise	dos	dados,	foram	utilizados,	os	métodos	de	média	e	desvios
padrões	dos	resultados.	A	análise	da	confiabilidade	do	instrumento,	cujo	objetivo
é	de	verificar	a	constância	ou	estabilidade	dos	resultados	do	instrumento	medido,
utilizou-se	o	coeficiente	alfa	(α)	de	Cronbach	(Cronbach,	1951).	Para	análise	da
validade,	ou	seja,	o	grau	que	um	instrumento	mede	o	que	se	pretende	medir	e
para	a	realização	do	método	de	teste-reteste,	o	qual	consiste	em	aplicar	a	mesma
prova	duas	vezes	e	buscar	a	correlação	entre	as	duas	medições,	utilizou-se	a
correlação	de	Pearson.	As	avaliações	das	características	clinicam	demográficas
de	todos	os	pacientes,	como	pré-testes,	reprodutibilidade,	validade	e
sensibilidade	para	mudanças,	foram	realizados	através	da	estatística	descritiva
utilizando-se	médias	e	desvios	padrões.	(Bussb,	Morettin,	2002)
Na	validação	de	construção	do	questionário	utilizou-se	o	teste	T	de	Student	par
comparar	os	escores	médio	do	QPGL.
Para	todos	os	testes	estatísticos,	o	nível	de	significância	adotado	foi	de	5%.
A	consistência	interna	das	questões	medidas	pelos	observadores	foi	avaliada	por
meio	do	coeficiente	de	Cronbach	(Cronbach,	1951).
3.8	INSTRUMENTO	DE	AVALIAÇÃO
A	construção	do	instrumento	de	avaliação	levou	em	consideração	fatores	que
podem	vir	a	influenciar	o	desempenho	do	indivíduo	no	ambiente	de	trabalho.	A
formulação	das	questões	foi	feita	por	uma	equipe	composta	por	um	engenheiro
especializado	em	segurança	do	trabalho,	um	fisioterapeuta,	um	médico	do
trabalho,	um	psicólogo	e	um	educador	físico.	Para	tanto	foram	elaborados	30
itens	distribuídos	em	2	sessões,	onde	5	itens	são	perguntas	abertas	a	respeito	do
sujeito	avaliado	(nome,	setor	de	trabalho,	idade,	peso	e	estatura),	25	questões	de
alternativa	(chamadas	de	Q1	a	Q25),	sendo	1	item	dicotômico	(manifestações
presentes	e	ausentes)	e	24	itens	de	alternativas.
A	pontuação	do	QPGL	é	obtida	de	acordo	com	o	tipo	de	resposta	escolhida	pelo
avaliado.	As	opções	permitidas	de	alternativa	são	“Sim”,	“Não”	e	“Às	vezes”,
onde	sua	pontuação	varia	entre	0,	2	ou	4	pontos.	Na	questão	número	1	a	opção
existente	é	apenas	“Sim”	ou	“Não”.	A	pontuação	da	questão	número	1	à	questão
de	número	17	foi	feita	de	maneira	em	que	o	avaliado	obtenha	índice	4	ao
responder	a	alternativa	“SIM”,	já	para	a	alternativa	“AS	VEZES”	a	pontuação
estipulada	são	2	pontos	e	para	as	respostas	de	alternativa	“NÃO”	a	pontuação
atribuída	foi	de	0	pontos.	Nas	questões	de	número	18	a	25	esta	pontuação	foi
invertida,	sendo	atribuídos	4	pontos	as	respostas	“NÃO”,	2	pontos	às	respostas
“AS	VEZES”	e	0	pontos	às	respostas	“SIM”.	Desta	forma	a	pontuação	máxima
que	o	avaliado	pode	alcançar	é	de	100	pontos	e	a	mínima	0	pontos.	Nesta	escala
quanto	mais	próximo	de	100	pontos	melhor	estará	o	programa	de	ginástica
laboral	para	a	pessoa	avaliada.
3.9	GERAÇÃO	DE	ITENS	E	QUESTÕES
Inicialmente	foi	desenvolvido	um	questionário	contendo	questões	parcialmente
fechadas	e	itens	considerados	importantes,	envolvendo	as	seguintes	áreas:
informações	pessoais,	hábitos	de	vida,	hábitos	de	atividades	físicas,	hábitos	de
laser,	fatores	ergonômicos	no	ambiente	de	trabalho	e	histórico	de	doenças.
3.10	REPRODUTIBILIDADE
O	teste	de	reprodutibilidade	indica	se	o	questionário	é	reprodutível	em	diferentes
situações.	Realizamos	duas	aplicações	do	questionário	QPGL	com	um	intervalo
de	15	dias	entre	elas.	A	aplicação	foi	realizada	no	horário	de	trabalho	por	umprofessor	graduado	em	educação	física.
3.11	VALIDADE
A	fase	de	validação	visou	verificar	a	qualidade	das	questões,	isto	é,	se	o
questionário	avaliaria	as	alterações	no	ambiente	de	trabalho,	hábitos	de	vida	e
efeitos	da	aplicação	dos	exercícios	no	decorrer	da	jornada	de	trabalho.
3.12	SENSIBILIDADE	PARA	MUDANÇAS
O	questionário	foi	aplicado	em	um	grupo	que	não	participava	do	programa	de
ginástica	laboral	o	qual	respondeu	novamente	o	mesmo	questionário	após	15
dias	do	início	do	programa	de	ginástica	laboral.
4.	RESULTADOS
4.1	REPRODUTIBILIDADE
O	teste	de	reprodutibilidade	indica	se	o	questionário	é	reprodutível	em	diferentes
situações.	A	tabela	TA1	demonstra	que	não	foram	observadas	diferenças
estatisticamente	significantes	entre	as	aplicações	A1	e	A2	do	QPGL,	onde	o
valor	de	R	obtido	foi	de	0.984,	indicando	um	bom	nível	de	reprodutibilidade
(teste	–	reteste)	do	instrumento.
Tabela	TA1	–	Aplicação	do	questionário	nos	momentos	A1	e	A2
Correlação
Teste Reteste
Correlação	de	Pearson 1 0,984(**)
Teste Sig.	(2-tailed) 0,000
N 28 28
Correlação	de	Pearson 0,984(**) 1
Reteste Sig.	(2-tailed) 0,000
N 28 28
**	Correlação	significante	para	o	nível	p<	0.01(2-tailed).
4.2	CONSISTÊNCIAS	INTERNA
A	tabela	TA2	demonstra	que	o	coeficiente	a	de	Chronbach	foi	de	0,666
demonstrando	uma	boa	consistência	interna	para	uma	escala	de	poucos	itens.	Já
a	tabela	TA3	demonstra	a	média	e	o	desvio	padrão	para	cada	item	do
instrumento.
Tabela	TA2	-	Coeficiente	de	Chronbach
Cronbach’s	Alpha N	of	Items
0,666 25
Tabela	T3	-	Estatística	dos	itens	no	teste	e	reteste
Item Média Desvio	Padrão N
Q1 3,2857 1,56008 28
Q2 3,7857 0,83254 28
Q3 1,3571 1,54475 28
Q4 2,7857 1,47465 28
Q5 2,0714 1,67616 28
Q6 2,1429 1,43280 28
Q7 3,0000 1,49071 28
Q8 3,0714 1,48894 28
Q9 2,5714 1,31736 28
Q10 3,7143 0,89679 28
Q11 2,6429 1,80973 28
Q12 1,9286 1,67616 28
Q13 1,8571 1,53271 28
Q14 3,5000 1,17063 28
Q15 3,9286 0,37796 28
Q16 2,6429 1,54475 28
Q17 0,7857 1,13389 28
Q18 1,3571 1,63785 28
Q19 3,2857 1,35693 28
Q20 3,7143 0,89679 28
Q21 3,8571 0,75593 28
Q22 1,3571 1,80973 28
Q23 0,8571 1,38013 28
Q24 2,0000 1,33333 28
Q25 3,5000 1,29099 28
4.3	ESCORES	MÉDIOS
A	tabela	TA4	abaixo	demonstra	os	resultados	obtidos	com	a	aplicação	do	teste	T
de	Student	par	comparar	os	escores	médio	em	cada	uma	das	avaliações	feitas	no
teste	e	reteste.
Tabela	TA4	-	Correlação	de	Amostras	Pareadas
N Correlation Sig.
Pair	1 TESTE	&	RETESTE 28 0,984 0,000
4.4	TEMPO	DE	APLICAÇÃO
A	tabela	TA5	demonstra	o	tempo	gasto	de	aplicação	no	primeiro	momento	(A1)
foi	de	3	minutos	e	15	segundos,	(±	0,42),	já	o	tempo	médio	de	aplicação	no
segundo	momento	(A2)	foi	de	3	minutos	e	5	segundos	(±	0,37),
Tabela	TA5	-	Média	de	tempo	de	aplicação	do	questionário	QPGL
Média	de	tempo	de	aplicação	–	A1	(min.) Média	de	tempo	de	aplicação	–	A2	(min.)
Média 3,15 3,05
DP ±0,42 ±0,37
5.	DISCUSSÃO
A	prática	de	exercícios	no	ambiente	de	trabalho	data	de	1901	no	Brasil,	1925	na
Polônia	e	1928	no	Japão	onde	a	prática	da	atividade	foi	inicialmente	registrada
como	sendo	feita	pelos	funcionários	dos	correios	como	meio	de	promoção	de
saúde	e	descontração.	(Canete,	2001;	Lima	2003;	Ochoa,	2002;	Kolling,	1983).
A	prática	da	ginástica	laboral	(GL)	pode	ser	feita	em	qualquer	ramo	de	atividade
em	que	autores	como	Guimarães,	2001;	Pereira,	1999;	e	Chaves,	2001	relatam
que	já	na	industrialização	no	século	XX,	com	o	início	da	linha	de	montagem	e	a
produção	em	grande	escala,	a	preocupação	com	o	bem-estar	dos	funcionários	já
era	algo	em	evidência.
Martins	(2001),	Lima	(2003)	e	Canete	(2001)	relatam	que	a	aplicação	da
ginástica	laboral	faz	parte	de	um	conjunto	de	medidas	capaz	de	prevenir	o
acometimento	por	doenças	músculo	esqueléticas,	diminui	níveis	de	estresse,
melhora	a	motivação	dos	funcionários	e	altera	o	estilo	de	vida	sugerindo	o
estímulo	à	prática	de	exercícios	e	melhora	de	hábitos	alimentares.
Fernandes	e	Gutierrez	(1988)	consideram	que	o	desempenho	eficaz	de	um
trabalhador	depende	acima	de	tudo	do	“querer	fazer”	e	não	tanto	do	“saber
fazer”,	onde	o	emprego	da	QVT	pode	ser	utilizado	exatamente	para	que	as
pessoas	queiram	fazer	mais.
Apesar	da	escassez	de	estudos	envolvendo	a	atividade	física	no	ambiente	de
trabalho,	encontramos	alguns	relatos	de	autores	que	afirmam	que	a	atividade
física	influi	de	maneira	positiva	na	prevenção	e	até	no	tratamento	das	DORT.
Waling	et	al	(2000),	Holmich	et	al	(1999),	Kadi	et	al	(2000),	Ahlgren	et	al
(2001),	relatam	os	efeitos	de	programas	de	treinamentos	em	pessoas	com	mialgia
no	músculo	trapézio,	ombro	e	no	pescoço.	Alexandre	et	al	(2001),	Cooper	et	al
(1996)	e	Fuortes	et	al	(1994),	realizaram	estudos	com	enfermeiras	as	quais
apresentavam	dores	nas	costas,	onde	foram	feitas	intervenções	por	meio	de
exercícios	físicos.	Em	todos	os	casos	os	efeitos	encontrados	demonstraram	que	a
prática	de	exercícios	físicos	no	ambiente	de	trabalho	atuaram	de	maneira
positiva	na	prevenção	e	no	tratamento	das	Doenças	Osteomusculares
Relacionadas	ao	Trabalho	(DORT).
Nos	artigos	consultados	pudemos	perceber	falhas	metodológicas	como	falta	de
descrição	da	frequência	semanal	dos	exercícios,	quais	exercícios	eram	realizados
e	por	quanto	tempo,	aonde	também	vimos	que	não	existe	um	padrão	para
avaliação	do	programa	aplicado.
O	QPGL	é	um	instrumento	que	permite	a	mensuração	da	aplicação	de	exercícios
no	ambiente	de	trabalho	assim	como	a	verificação	de	fatores	que	possam
influenciar	o	desempenho	no	trabalho.	A	metodologia	utilizada	na	sua
elaboração	considerou	a	opinião	de	especialistas	em	saúde	ocupacional,
envolvendo	uma	equipe	composta	por	um	engenheiro	especializado	em
segurança	do	trabalho,	um	fisioterapeuta,	um	médico	do	trabalho,	um	psicólogo
e	um	educador	físico.
A	falta	de	um	instrumento	validado	e	específico	de	avaliação	dos	efeitos	do
programa	de	exercícios	no	ambiente	de	trabalho	(ginástica	laboral),	tem
restringido	pesquisas	nesta	área.	Nesse	segmento	o	QGL	provou	ser	um
instrumento	capaz	de	avaliar	o	programa	de	ginástica	laboral.	Martins	(2001),
Lima	(2003)	e	Canete	(2001)	demonstram	a	importância	de	se	avaliar	o
programa	de	ginástica	laboral,	verificando	os	resultados	obtidos	por	meio	de
anamneses	e	testes	como	o	de	sentar	e	alcançar	e	força	de	preensão	manual,
porém	estes	autores	não	trazem	nenhuma	padronização	quanto	aos	testes
aplicados,	nem	comentam	sobre	a	especificidade	dos	testes	para	a	atividade.
A	confiabilidade,	medida	pela	consistência	interna	dos	itens	e	avaliada	pelo	alfa
de	Cronbach	padronizado,	foi	calculada	pelos	escores	de	todos	os	itens	5	ao	30
(Q1	a	Q25).	O	alfa	de	Cronbach	foi	considerado	bom,	com	o	valor	de	0,666.
Esse	coeficiente	é	utilizado	para	verificar	a	homogeneidade	dos	itens	do
instrumento,	ou	seja,	sua	acurácia.	Dal	Moro	et	al.	(2003)	relata	a	importância	da
utilização	do	alfa	de	Cronbach	para	avaliar	a	consistência	interna	de	uma	escala,
também	chamada	de	medida	de	homogeneidade	interitem.	Os	mesmos	autores
também	discutem	que	este	coeficiente	é	influenciado	pela	homogeneidade	dos
itens	e	também	pelo	número	de	itens	do	instrumento.	Aqui	é	necessário	julgar	a
relevância	da	adição	de	novos	itens,	uma	vez	que	a	adição	de	novos	itens	torna	o
instrumento	mais	complexo	e	demorado	para	ser	respondido.	O	teste	-	reteste,
outro	método	de	avaliação	da	confiabilidade,	foi	analisado	observando-se	uma
correlação	de	0,984	(p<0,001).
Este	modelo	adotado	para	validação	do	instrumento	foi	utilizado	por	Mendes	et
al	(2004),	Manterola	et	al	(1999)	e	Tamanini	et	al	(2004).
O	QPGL	poderá	apresentar	uma	limitação	quando	for	aplicado	em	trabalhadores
analfabetos,	onde	será	necessário	o	auxílio	de	um	avaliador	para	leitura	e
preenchimento	dos	itens.
Quanto	ao	tempo	gasto	para	o	preenchimento	do	questionário,	verificamos	que	o
tempo	gasto	médio	de	3,15	minutos	na	primeira	aplicação	e	3,05	minutos	na
segunda	aplicação	do	instrumento,	favorecem	a	utilização	desta	ferramenta	de
mensuração,	uma	vez	que	muitas	empresas	não	permitem	que	seus	funcionários
interrompam	suas	atividades	na	jornada	de	trabalhopara	que	se	realizem	testes
ou	levantamento	de	dados	temendo	desperdiçar	tempo	de	trabalho.
Uma	outra	possível	limitação	do	instrumento	se	dará	quando	o	preenchimento	do
mesmo	for	feito	por	funcionários	que	temem	medidas	agressivas	por	parte	da
empresa	contratante	devido	às	respostas	expressas	no	QPGL,	onde	estes
funcionários	poderão	assinalar	alternativas	que	não	condizem	com	os	resultados
reais	vislumbrando	este	tipo	de	situação.
6	.	CONCLUSÃO
Verificamos	que	o	questionário	sobre	os	efeitos	do	programa	de	ginástica	laboral
-	QPGL	é	um	instrumento	capaz	de	mensurar	os	efeitos	da	aplicação	de	um
programa	de	exercícios	no	ambiente	de	trabalho	assim	como	a	influência	de
fatores	externos	que	podem	interferir	no	desempenho	do	trabalho,	onde
observamos	que	o	coeficiente	alfa	de	Chronbach	demonstrou	uma	boa
consistência	interna	para	uma	escala	de	poucos	itens	e	não	foram	observadas
diferenças	estatisticamente	significantes	entre	as	aplicações	A1	e	A2	do	QPGL,
onde	o	valor	de	R	indicou	um	bom	nível	de	reprodutibilidade	(teste	–	reteste).
Sua	aplicação	é	rápida	e	seu	custo	baixo	o	que	facilita	a	aplicação	em	grupos
numerosos.	A	limitação	do	instrumento	dá-se	apenas	quando	for	aplicado	a
pessoas	analfabetas.
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ANEXOS
ANEXO	1
TABELA	T0
30.6	-	Quantidade	de	acidentes	do	trabalho	registrados	segundo
os	50	códigos	da	Classificação	Internacional	de	Doenças	(CID)	mais	incidentes	-	2000
50	CÓDIGOS	CID	MAIS	INCIDENTES
Total
Típico
TOTAL
S61	-	Ferimento	do	punho	e	da	mão
S62	-	Fratura	ao	nível	do	punho	e	da	mão
M65	-	Sinovite	e	tenossinovite
S60	-	Traumatismo	superficial	do	punho	e	da	mão
S93	-	Luxação,	entorse	e	distensão	das	articulações	e	dos	ligamentos	ao	nível	do	tornozelo	e	do	pé
S92	-	Fratura	do	pé	(exceto	do	tornozelo)
S82	-	Fratura	da	perna,	incluindo	tornozelo
M54	-	Dorsalgia
S52	-	Fratura	do	antebraço
S68	-	Amputação	traumática	ao	nível	do	punho	e	da	mão
Z54	-	Convalescença
S83	-	Luxação,	entorse	e	distensão	das	articulações	e	dos	ligamentos	do	joelho
S63	-	Luxação,	entorse	e	distensão	das	articulações	e	dos	ligamentos	ao	nível	do	punho	e	da	mão
S91	-	Ferimentos	do	tornozelo	e	do	pé
S01	-	Ferimento	da	cabeça
S81	-	Ferimento	da	perna
S50	-	Traumatismo	superficial	do	cotovelo	e	do	antebraço
S42	-	Fratura	do	ombro	e	do	braço
S90	-	Traumatismo	superficial	do	tornozelo	e	do	pé
S80	-	Traumatismo	superficial	da	perna
T98	-	Seqüelas	de	outros	efeitos	de	causas	externas	e	dos	não	especificados
S51	-	Ferimento	do	antebraço.
T15	-	Corpo	estranho	na	parte	externa	do	olho
S43	-	Luxação,	entorse	e	distensão	das	articulações	e	dos	ligamentos	da	cintura	escapular.
S06	-	Traumatismo	intracraniano
M75	-	Lesões	do	ombro
H90	-	Perda	de	audição	por	transtorno	de	condução	e/ou	neuro-sensorial
S67	-	Lesão	por	esmagamento	do	punho	e	da	mão
S20	-	Traumatismo	superficial	do	tórax
S40	-	Traumatismo	superficial	do	ombro	e	do	braço
S22	-	Fratura	de	costela(s),	esterno	e	coluna	torácica
H83	-	Outros	transtornos	do	ouvido	interno
S72	-	Fratura	do	fêmur
S32	-	Fratura	da	coluna	lombar	e	da	pelve
T23	-	Queimadura	e	corrosão	do	punho	e	da	mão
S69	-	Outros	traumatismos	e	os	não	especificados	do	punho	e	da	mão
S70	-	Traumatismo	superficial	do	quadril	e	da	coxa
S66	-	Traumatismo	de	músculo	e	tendão	ao	nível	do	punho	e	da	mão
S41	-	Ferimento	do	ombro	e	do	braço
T14	-	Traumatismo	de	região	não	especificada	do	corpo.
S05	-	Traumatismo	do	olho	e	da	órbita	ocular
S10	-	Traumatismo	superficial	do	pescoço
S33	-	Luxação,	entorse	ou	distensão	das	articulações	e	dos	ligamentos	da	coluna	lombar	e	da	pelve
S00	-	Traumatismo	superficial	da	cabeça
S02	-	Fratura	do	crânio	e	dos	ossos	da	face
T13	-	Outros	traumatismos	de	membro	inferior,	nível	não	especificado
H16	-	CeratiteS30	-	Traumatismo	superficial	do	abdome,	do	dorso	e	da	pelve
M70	-	Transtornos	dos	tecidos	moles	relacionados	com	o	uso,	uso	excessivo	e	pressão
M77-Outras	entesopatias
Outros
Ignorado
FONTE:	DATAPREV,	CAT
NOTA:	Os	dados	são	preliminares,	estando	sujeitos	a	correções
ANEXO	2
TABELA	T0A
Tabela	2	-	Total	de	pessoas	de	18	anos	ou	mais	de	idade	que	referem	diagnóstico	médico	de	DORT	(Distúrbio	Osteomuscular	Relacionado	ao	Trabalho),	por	sexo,	com	indicação	do	intervalo	de	confiança	de	95%,	segundo	as	Grandes	Regiões,	as	Unidades	da	Federação	e	a	situação	do	domicílio	-	2019
Grandes	Regiões,	Unidades	da	Federação	e	situação	do	domicílio
Total
Masculino
Total
Limite	inferior
Brasil
Urbana
Rural
Norte
Rondônia
Acre
Amazonas
Roraima
Pará
Amapá
Tocantins
Nordeste
Maranhão
Piauí
Ceará
Rio	Grande	do	Norte
Paraíba
Pernambuco
Alagoas
Sergipe
Bahia
Sudeste
Minas	Gerais
Espírito	Santo
Rio	de	Janeiro
São	Paulo
Sul
Paraná
Santa	Catarina
Rio	Grande	do	Sul
Centro-Oeste
Mato	Grosso	do	Sul
Mato	Grosso
Goiás
Distrito	Federal
Fonte:	IBGE,	Diretoria	de	Pesquisas,	Coordenação	de	Trabalho	e	Rendimento,	Pesquisa	Nacional	de	Saúde	2019.
ANEXO	3
QUESTIONÁRIO	QPGL
Nome:	___________________	Setor	:	__________	Idade:	_____
Anos:	_______	Peso:	____Kg.	Estatura:	_____cm.
Você	apresente	uma	ou	mais	das	doenças	abaixo?	Em	caso	afirmativo	indique	qual	(quais)	(abaixo)	(	)	Diabetes	(	)	Hipertensão	arterial	(pressão	alta)	(	)	Problemas	Cardíacos	(	)	Problemas	Pulmonares	(	)	Colesterol	(	)	Câncer	(	)	Outras	:	____________
Você	Fuma?
Nos	últimos	4	meses	o	seu	volume	de	trabalho	aumentou?
Nos	últimos	4	meses	você	vem	apresentando	dificuldades	para	dormir	ou	durante	o	sono?
Atualmente,	você	está	ansioso?
Atualmente,	você	se	irrita	com	facilidade?
Você	utiliza	aparelhos	de	som	com	volume	alto	ou	muito	alto?	(som	automotivo,	celular,	etc)
No	seu	ambiente	de	trabalho	você	costuma	estar	em	local(is)	de	muito	ruído?
A	temperatura	no	seu	local	de	trabalho	incomoda?
A	iluminação	no	seu	local	de	trabalho	incomoda?
Você	exerce	outra	atividade	em	outro(s)	local(is)	antes	ou	depois	da	jornada	de	trabalho?
No	seu	ambiente	de	trabalho	você	fica	exposto	à	vibração?
Nos	últimos	4	meses,	você	sentiu	dores	durante	a	jornada	de	trabalho?	(marque	uma	das	alternativas	ao	lado)	Se	sua	resposta	foi	afirmativa	diga	qual	(is)	o	(s)	local	(is)	de	sua(s)	dor(es):	(	)	Cabeça	(	)	Pescoço	(	)	Ombros	(	)	Braços	(	)	Punhos	(	)	Mãos	(	)	Cintura	(	)	Coxa	(	)	Perna	(	)	Tornozelos	(	)	Pés	(	)	Joelhos	(	)	Costas	(	)	Outros	locais:	_____________________
Nos	últimos	4	meses	você	se	afastou	do	trabalho	?	Quantas	vezes	?	_________________	Motivo(s):	______________________________
Você	consome	uma	média	de	2	litros	de	água	(líquidos	em	geral)	durante	o	dia?
Você	tem	controle	sobre	sua	alimentação	e	se	preocupa	com	a	qualidade	do	que	come?
Você	se	sente	disposição	para	o	trabalho?
Nos	últimos	4	meses,	você	tem	mantido	um	bom	relacionamento	com	seus	colegas	de	trabalho?
Você	Participa	das	sessões	de	Ginástica	Laboral	na	empresa?
Você	faz	pausas	durante	o	horário	de	trabalho	para	descansar?
Nos	últimos	4	meses,	você	praticou	regularmente	algum	tipo	de	exercício?
Você	sente	mais	disposição	para	o	trabalho	após	participar	da	aula	de	Ginástica	Laboral?
Você	tem	momentos	(horários)	de	lazer?	Em	caso	afirmativo	indique	qual	(quais)	(abaixo)	(	)	Ouvir	música				(				)Ler	(			)	Sair	para	dançar	(			)	Ir	ao	teatro	ou	cinema	(			)	Ficar	em	casa	(				)	Assistir	televisão	(				)	Praticar	esportes	(			)	Outros	__________
Nos	últimos	4	meses,	você	tem	feito	ajustes	na	mobília	de	trabalho	para	minimizar	possíveis	dores	?
Você	mantém	uma	boa	postura	em	frente	ao	computador	e	/	ou	no	posto	de	trabalho?
	Cover Page
	Mensurando resultados na ginástica laboral : Um modelo simples e prático para mensurar os efeitos da aplicação de um programa de ginástica laboral no ambiente de trabalho
	1. INTRODUÇÃO
	1.1 GINÁSTICA LABORAL
	1.2 DORT E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
	1.2.1 Qualidade de vida no trabalho
	1.2.2 A prevenção no local de trabalho
	1.2.3 Lesões musculoesqueléticas relacionadas ao trabalho
	1.3 ATIVIDADE FÍSICA E DORT
	2. DESENVOLVIMENTO DO INSTRUMENTO PARA MENSURAR OS EFEITOS DA APLICAÇÃO DE UM PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL NA EMPRESA
	3. MATERIAL E MÉTODOS
	3.1 CASUÍSTICA
	3.2 PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO
	3.3 VALIDAÇÃO
	3.4 A APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO
	3.5 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
	3.6 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
	3.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA
	3.8 INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO
	3.9 GERAÇÃO DE ITENS E QUESTÕES
	3.10 REPRODUTIBILIDADE
	3.11 VALIDADE
	3.12 SENSIBILIDADE PARA MUDANÇAS
	4. RESULTADOS
	4.1 REPRODUTIBILIDADE
	4.2 CONSISTÊNCIAS INTERNA
	4.3 ESCORES MÉDIOS
	4.4 TEMPO DE APLICAÇÃO
	5. DISCUSSÃO
	6 . CONCLUSÃO
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	ANEXOS
	ANEXO 1
	ANEXO 2
	ANEXO 3

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