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Continuação - cama de aviário

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Aula 3 - Consequências do manejo inadequado da cama de aviário
Porque manejar bem a cama de aviário?
· Por muito tempo a qualidade da cama era visto apenas no sentido da manutenção de bons índices zootécnicos;
· Ficando em segundo plano a sua influência sobre a saúde, bem estar e qualidade de carcaças e suas partes; 
· Perdas e condenações no abatedouro, por várias razões.
Características indesejáveis da cama
· As que mais influenciam: friabilidade e principalmente a umidade;
· Fricção e aderência de substâncias cáusticas nas partes de contato da ave com a cama (pés e peito);
· Camas com umidade superior a 30% -> incremento bastante grande na incidência de dermatites de contato.
Cama úmida
· Se observa maior aderência aos pés das aves;
· Há elevada presença de nitrogênio e ph mais ácido;
· Maior concentração de amônia.
Calo de pés
· Ainda relacionado ao manejo inadequado da cama, as lesões no coxim plantar das patas das aves, também conhecidos como calos nos pés, são muito recorrentes;
· Embora essas lesões não causem a condenação de carcaças, os pés dos frangos são aproveitados como produto acabado, exportado para a China, tornando um grande ponto de perda no processo do abate.
Calo de peito
· Uma das lesões que mais ocorrem são os calos no peito;
· Essa lesão hemorrágica ocorre devido à tendência da ave em encostar o peito na cama ao agachar;
· Um manejo inadequado da cama, aliado a falhas na ventilação, pode agravar esse problema.
>>Comportamento das aves<<
Amônia - NH3 Principal desafio da produção intensiva
· Recomendação prática: limite de exposição no interior do aviário até 15 ppm;
· Níveis críticos (> 50 ppm): são frequentes, tornando o ar impróprio e ofensivo às aves e ao trabalhador;
· Excessiva liberação da amônia: problemas produtivos, ocupacionais e ambientais;
· Exposição prolongada: pode apresentar problemas respiratórios, transtornos oculares e aumento da susceptibilidade a infecções.
Origem da produção de Amônia - NH3
Está relacionada: 
· Alta umidade da cama;
· Quantidade de excretas a ser diluída; 
· Profundidade da cama;
· Composição do material;
· pH da cama;
· Tipo de piso.
Como corrigir o excesso de amônia?
· Substratos com boa capacidade de encharcamento e perda de água;
· Evitar derramamento e desperdícios de água dos bebedouros;
· Evitar pontos de condensação de água no interior do aviário;
· Evitar aspersão excessiva de água;
· Usar sistema de ventilação adequado; 
· Realizar controle da umidade através da movimentação da cama.
Consequências das lesões
· Desconforto das aves;
· Reduzido acesso aos bebedouros;
· Reduzido acesso aos comedouros;
· Reduzido consumo de água e ração;
· Menor desempenho das aves;
· Aumento da refugagem do lote.
Como realizar o manejo da cama?
· Evitar vazamento de água de bebedouros, telhados, e fechamentos laterais;
· Manejar a cortina de forma adequada favorecendo a ventilação;
· Evitar espaços com camadas de cama muito fina, devido ao acúmulo de água e fezes (homogeneizar);
· Evitar a formação de cascão e partes úmidas;
· “Quando isso ocorrer, fazer a remoção e substituir por material novo”.
Manejo diário 
· Observar constantemente as condições da cama;
· Revolver a cama sempre que julgar necessário;
· De preferência realizar pela manhã, ou em horários de temperaturas mais amenas do dia, para evitar estresse as aves;
· Procure manter a cama seca, solta e fofa, favorecendo o bem estar das aves.
Concluindo!
· Uma cama de material adequado e bem manejada reduzirá a incidência de problemas;
· Principalmente locomotores, refletindo na qualidade de vida dos animais e, consequentemente, em seu desempenho;
· Também reflete na vida útil da cama, para possível reutilização.
Aula 4 - Manejo para utilização da cama no aviário
A cama pode ser reutilizada?
· A escassez de materiais de boa qualidade, maior atenção é dada ao correto manejo da cama e sua reutilização;
· A reutilização devido ao custo e disponibilidade da maravalha é uma realidade;
· Concomitante ao aumento da produção avícola nacional.
Quando posso reutilizar a cama?
· Este procedimento só deve ser realizado se não forem constatados problemas sanitários no lote anterior.
A reutilização é possível, quando bem manejada.
· A principal preocupação quanto à reutilização da cama - é a contaminação por agentes infecciosos;
· Somente mediante a demonstração de ausência de riscos microbiológicos é possível a reutilização;
· Estudo realizado pela Embrapa demonstrou que a fermentação e adequado vazio sanitário foi possível a reutilização por seis lotes consecutivos, garantindo a eficiência no controle bacteriano, especialmente de Salmonella; 
· Tudo já começa com o lote anterior através do histórico do lote e da qualidade da cama.
Procedimentos para tratamento da cama entre lotes
· Fermentação - plana:
· Remover os equipamentos;
· Passar lança-chamas para queimar as penas;
· Umidificar a cama com água, se necessário;
· Revestir os pilares centrais do aviário com lona;
· Cobrir com lona toda a extensão do aviário;
· Remover a cama das laterais e ajustar a lona;
· Ajustar a lona nas extremidades sob a cama;
· Remover a lona após 10 dias de fermentação;
· Retirar as crostas de umidade;
· Revolver a cama em todo o aviário;
· Queimar penas com lança chamas novamente;
· Ventilar por 2 a 3 dias - secar e remover a amônia;
· Repor 3 a 5 cm de cama nova - área do alojamento
· Fermentação - enleiramento:
· Umedecer a cama quando necessário;
· Retirar os equipamentos do aviário, lavar e desinfetar;
· Queimar as penas com lança-chamas;
· Remoção das crostas de umidade;
· Deixar 25% iniciais do aviário sem cama;
· Amontoar a cama em leira no centro dos 75% restantes do aviário;
· Cobrir a leira com lona plástica por 10 a 12 dias (fermentação);
· Retirar a lona e espalhar novamente nos 75% do aviário;
· Retirar as crostas de umidade e mexer a cama;
· Ventilar por 2 a 3 dias ou mais para secar e remover a amônia;
· Repor cama nova nos 25% iniciais do aviário;
· Ou camada de 3 à 5 cm sobre a cama velha.
· Aplicação de cal:
· Abrir e ventilar todo o aviário;
· Retirar, ou suspender os equipamentos;
· Retirar as crostas de umidade;
· Queimar penas com lança chamas;
· Revolver a cama e deixar ventilar por 2 a 3 dias ou mais para secar e remover a amônia;
· Distribuir de Ca(OH)2 (cal) em toda área do piso;
· Revolver a cama para misturar da cal;
· Mexer a cama quantas vezes necessário;
· Deixar por um período de 10 a 12 dias em vazio;
· Adicionar cama nova na área de alojamento dos pintos;
· Devolver os equipamentos limpos e desinfetados;
· Desinfetar todo aviário e equipamentos;
· Alojar só após 2 a 3 dias da aplicação da cal.
Fermentação:
· Temperatura fator principal - redução de microorganismos;
· Enleiramento (cama amontoada e coberta com lona);
· Fermentação plana (cama coberta com lona).
Tratamento com a cal:
· Alteradores de pH e umidade - redução de microorganismos;
· Exemplos: cal virgem ou hidratada, sulfato de cálcio (gesso)
Nos locais de alojamento dos pintinhos, deve-se colocar substrato novo 
· Na reutilização de cama, o local (círculo de proteção dos pintinhos) deve receber substrato novo; 
· Distribuir 3 a 5 centímetros de cama nova.
Concluindo!
· Uma boa manutenção e manejo, o investimento retorna, inclusive por meio da venda da cama como adubo;
· Ou seja, a importância da cama não finaliza “na porteira”, é um investimento que impacta sobre todo o faturamento da atividade.

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