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PREMATURIDADE Introdução A prematuridade é o nascimento do RN vivo com idade gestacional inferior a 37 semanas completas de gestação. É principal causa da mortalidade e morbidade neonatal. Classificação: 1 - Eletivo (25%) ou espontâneo (75%) Eletivo: doença materna, sofrimento fetal; Espontânea: multifatorial, rotura prematura das membranas (uma das principais causas é a infecção urinária); 2 - Idade gestacional Extrema: 20 a 27 Moderada: 28 a 30 Precoce: 31 – 33 Tardio: 34 a 37 Fatores de risco: Epidemiológicos: nível sócio econômico, idade materna <15 e >40, estresse físico e psíquico, usuária de drogas, desnutridas; Históricos: partos prematuros anteriores, perdas fetais anteriores, intervalo inter partal < 2 anos, história familiar, fertilização in vitro; Intercorrências obstétricas: RCF, polidramnio ou gemelaridade, rotura prematura de membranas, malformações fetais, placenta prévia ou DPP, antecedentes de sangramento na gestação; Ginecológicos: incompetência cervical, miomatose; Clínico – cirúrgicos: infecções (infecção urinária), doenças maternas Aspectos fisiopatológicos do parto prematuro É um evento multifatorial, no qual estão envolvidas a liberação de citocinas inflamatórias, hormônios hipotalâmicos e adrenais, produção de estrógenos placentários, liberação de prostaglandina, proteases e formação de trombina. Esses eventos parecem ser resultado de um dos quatros processos patológicos: ativação prematura do eixo HHA materno e fetal; infecção/inflamação; hemorragia decidual e distensão uterina patológica. Ativação corio decidual (proteases & PGs) LEVA a ao esvaecimento cervical e contrações. É possível predizer a prematuridade? Testes preditivos no parto pré termo: marcador químico, vaginose bacteriana, US do colo uterino; - Marcador químico: Fibronectina fetal – se houver disrrupção corio decidual, vai estar na vagina (passa o espéculo e coloca em um reagente) da paciente > 50ng/ml -> sim, vai ter parto prematuro recomendar repouso, e medidas de prevenção. - Medida do colo uterino: usg obstétrica normal + usg transvaginal para medida do colo, esvaecimento cervical. A distância < 20mm (2cm) entre o OI e o externo indica alto risco para parto prematuro. - Vaginose bacteriana: passar espéculo e olhar a secreção, se for tratar com metronidazol, deve ser rastreado pelo método gram na gestação de 16 a 22 semanas para diagnosticar casos assintomáticos. É possível predizer a maturidade fetal? Aminiocentese, avaliar a concentração de lecitina(presente no sulfactante) no Líquido amniótico, faz o teste de clementes (mistura LA ao etanol e observa a presença de bolhar) Determinação da relação lectina/esfingomielina e determinação do fosfatidilglicerol (potencializa a ação surfactante da lecitina) NÃO Utiliza mais!!! Condução: Estágio I – presença de fatores de risco para o parto prematuro. Iniciar progesterona natural (VO ou Via vaginal) levando a evitar as contrações do colo e usar até 37 semanas diariamente Pode continuar a fazer exercícios físicos, vida normal; Estagio II – útero irritável (contrações uterinas sem dilatação) Investigar infecções, situação psicológica, vitalidade fetal; Repouso físico e sexual; Iniciar progesterona natural (VO ou Via vaginal) e usar até 37 semanas diariamente; Estágio III- trabalho de parto reversível (contração e dilatação) Analisar se vale a pena fazer algo! Diagnóstico do TPP Tocólise, corticoterapia, sulfato de magnésio e manutenção pós tocólise. Índice de Bishop (< 6 expectante, 6 – 10 tocólise, > 10 condução do parto) Objetivo da tocólise: “quebrar a contração uterina” objetivo de prolongar a gestação por 48h enquanto se aguarda os efeitos benéficos do corticoide. Indicados para: Dilatação < 3cm, Esvaecimento não pronunciado, idade gestacional entre 22 -34 semanas e ausência de contraindicações. Contraindicações para tocólise : não realizar em caso de bolsa rota, sofrimento fetal, mal formações fetais graves, síndromes hemorrágicas, hipertensivas... A gestante deve ser hospitalizada e mantida em repouso no leito sendo feita: vitalidade fetal, USG, acesso venoso e coleta de hemograma, cultura de urina. Se após a tocólise a paciente voltar com contrações novamente, pode ser feito um novo esquema de tocolítico de acordo com reavaliação. Tocóliticos : - Bloqueadores de canal de cálcio: Utilizado como primeira escolha, o principal representante é a nifedipina e deve ser realizado um rigoroso controle da pressão arterial. É contraindicado em casos de hipotensão, ICC e disfunção ventricular esquerda. -> cuidado com associação com sulfato de magnésio - Beta agonista: Terbutalina ou salbutamol - Antagonista da ocitocina: Atosiban - Inibidores da síntese de prostaglandinas: Indometacina é o mais utilizado - Corticoterapia: Para estimular a síntese e liberação de material sulfactante no alvéolo pulmonar, entre 24 e 34 semanas. Betametasona 12mg IM/ dia – duas doses (APENAS UM CICLO) - Sulfato de magnésio: Neuroproteção fetal (reduz a paralisia cerebral), entre 23 – 31 semanas, só faz se estiver em trabalho de parto ativo!! Orientações: Pós tocólise – progesterona natural até final da gestação, vai pra casa!!! Pode fazer novamente a tocólise, se estiver nas indicações Estágio IV- Trabalho de parto irreversível Dilatação completa, 3/10 contrações, Fazer assistência do parto prematuro, se paciente aceitar fazer episiotomia pois facilita a saída do RN (pela possibilidade de machucar a cabeça), profilaxia intraparto GBS, Só vale a pena fazer cesárea se estiver em apresentação pélvica, transversa
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