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TDAH CARACTERISTICAS, DESAFIOS E IMPLICAÇÕES NO AMBIENTE ESCOLAR

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1 
 
 
PEDAGOGIA 
FERNANDO FERREIRA SILVA - F0191A5 
MAURACI SOUZA MIRANDA – F0377i2 
 THAIS SCARAMUÇA – D94IFB7 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO-TCC 
TDAH: CARACTERISTICAS, DESAFIOS E SUAS IMPLICAÇÕES NO 
AMBIENTE ESCOLAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTANA DE PARNAÍBA 
2021 
2 
 
 
PEDAGOGIA 
FERNANDO FERREIRA SILVA - F0191A5 
MAURACI SOUZA MIRANDA – F0377i2 
THAIS SCARAMUÇA – D94IFB7 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO-TCC 
TDAH: CARACTERISTICAS, DESAFIOS E SUAS IMPLICAÇÕES NO 
AMBIENTE ESCOLAR 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, curso 
de Pedagogia 6° Semestre apresentado 
à Universidade Paulista – UNIP- 
Orientado pelo Professor Dr. Cláudio 
Amaro. 
 
 
 
 
 
 
SANTANA DE PARNAIBA 
2021 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Não importa que uma criança aprenda 
devagar. O que importa é que a encorajemos 
a nunca desistir.” 
(Robert John Meehan) 
 
4 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradecemos em primeiro lugar a Deus por ser à base das nossas conquistas. 
As nossas famílias, por acreditar e terem interesse em nossas escolhas, nos 
apoiando e esforçando-se junto a nós, para que nós supríssemos todas elas. 
Aos professores, pela dedicação em suas orientações prestadas na elaboração 
deste trabalho, nos incentivando e colaborando no desenvolvimento das ideias, 
por disponibilizarem tempo e informações para elaboração deste Trabalho de 
Conclusão de Curso. 
 
5 
 
Resumo 
O transtorno de Déficit e atenção e Hiperatividade-TDAH inclui-se nas 
dificuldades apresentadas no ambiente escolar. O TDAH tem como 
características principais básicas a desatenção, a agitação e a impulsividade. 
Deixando claro que hoje é uma das problemáticas existentes no desafio para a 
educação, apresentando assim uma grande contribuição para o fracasso 
escolar. Entretanto muito tem se falado sobre o assunto, mas poucas são as 
pessoas que possuem real conhecimento sobre a temática em questão, e 
apenas uma equipe de profissionais especializados podem fornecer um 
diagnóstico correto. Para elaboração e construção desse artigo, apanhou-se 
investigar as relações entre as características, diagnósticos e suas implicações 
no ambiente escolar. O presente estudo, de cunho bibliográfico buscou 
investigar as intervenções do TDAH causadas no processo de ensino 
aprendizagem, tendo como base de estudo alunos do Ensino Fundamental I. No 
entanto, fez se um estudo detalhado sobre o que é TDAH, suas características, 
desafios e suas implicações no ambiente escolar, apontando assim qual o papel 
dos envolvidos diante da problemática em questão. 
 
Graduando do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Paulista-UNIP 
nando.fersilva@hotmail.com 
Graduanda do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Paulista-UNIP 
mara.mary23@hotmail.com 
Graduanda do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Paulista-UNIP 
thaisscaramuca2013@gmail.com 
 
PALAVRA CHAVE: TDAH, Desafios, Diagnósticos, Implicações, 
Aprendizagem. 
 
mailto:nando.fersilva@hotmail.com
mailto:mara.mary23@hotmail.com
mailto:thaisscaramuca2013@gmail.com
6 
 
ABSTRACT 
Attention Deficit and Hyperactivity Disorder-ADHD is included in the difficulties 
presented in the school environment. O TDAH has as its main basic 
characteristics inattention, agitation and impulsiveness. Making it clear that today 
it is one of the existing problems in the challenge for education, thus presenting 
a great contribution to school failure. However, 6res has been said about the 
subject, but few people have real knowledge about the subject in question, and 
6res a team of specialized professionals can provide a correct diagnosis. For the 
elaboration and construction of this article, we investigated the relationships 
between the characteristics, diagnoses and their implications in the school 
environment. The 6resente study, of bibliographic nature, sought to investigate 
the interventions of ADHD caused in the teaching-learning process, having as a 
basis of study students of Elementary School I. However, a detailed study was 
carried out on what ADHD is, its characteristics, challenges and its implications 
in the school environment, thus pointing out the role of those involved in the 
problem in question. 
 
 
KEYWORD: ADHD, Challenges, Diagnoses, Implications, Learning. 
7 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 8 
METODOLOGIA ............................................................................................. 11 
RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................... 12 
UM POUCO DA HISTÓRIA E O QUE É TDAH ............................................... 13 
CARACTERISTICAS DO TDAH...................................................................... 15 
COMO INDENTIFICAR O TDAH..................................................................... 16 
TIPOS DE TDAH ............................................................................................ 17 
DESAFIOS DO TDAH ..................................................................................... 17 
CONSEQUENCIAS E POSSIVEIS CAUSAS DO TDAH ................................. 18 
CONCEITO DA CRIANÇA HIPERATIVA ........................................................ 19 
Hiperatividade ou indisciplina? ........................................................................ 21 
ABORDAGEM DIAGNOSTICA ....................................................................... 25 
SINTOMAS DO TDAH .................................................................................... 29 
COMO É O TRATAMENTO? .......................................................................... 30 
O TDAH E SUAS IMPLICAÇÕES NO AMBIENTE ESCOLAR ........................ 31 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 34 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................ 37 
 
 
8 
 
INTRODUÇÃO 
 
A sociedade que conhecemos hoje, foi produto de anos de história do 
homem moderno, onde foi aquele que produziu seu próprio crescimento em sua 
sobrevivência e construção do que somos hoje. Contudo, está centrado essa 
divisão entre Desenvolvimento a Aprendizagem, ao qual podemos verificar 
através das teorias de Piaget onde entende-se que o desenvolvimento leva a 
aprendizagem, por sua vez, Vygotsky atestou em uma de suas teorias que 
somente através da Aprendizagem que o homem atinge o desenvolvimento. 
O presente estudo fundou-se da necessidade de obter contribuições que 
ajudem os profissionais da Educação a trabalharem e desenvolver o 
aprendizado com crianças e jovens com distúrbios de atenção, confirmando 
assim o conceito de hiperatividade. Procura-se, também, identificar os 
obstáculos nos caminhos para o enfrentamento do distúrbio em vista de uma 
efetiva aprendizagem. 
 Diante da complexidade do tema abordado, este estudo procura apontar 
parâmetros para a identificação do distúrbio, visto que há uma grande dificuldade 
em distinguir hiperatividade de outros problemas que geram a agitação 
emocional do indivíduo, com o auxílio do entendimento de que a capacidade de 
concentração é dependente, da integridade do sistema nervoso, com uma 
variável também em virtude do grau de maturidade do cérebro e da 
personalidade. 
O transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade-TDAH trata se de um 
transtorno neurobiológico que dá inicio na infância e que na maioria dos casos 
acompanha o indivíduo por toda a vida. O TDAH se caracteriza pela combinação 
de sintomas de desatenção, hiperatividade, inquietude motora e impulsividade, 
sendo a apresentação predominantemente desatenta conhecida por muitos 
como Distúrbio do Déficit de Atenção-DDA, o TDAH não é uma doença, portantonão existe cura. 
Os sintomas de TDAH manifestam se no início da infância. As evidencias 
diagnósticas tornam se evidente a partir do momento que a criança vai para a 
escola, pois a criança com TDAH pode apresentar dificuldade em prestar 
9 
 
atenção à aula, responder as questões sem terminar de ler ou até mesmo não 
conseguir ficar parado em um local por muito tempo. 
Entre os educadores, essa falta de conhecimento aumenta as sensações 
de impotência e frustração, pois o TDAH afeta não apenas o comportamento, 
mas também o processo de aprendizagem de seus portadores. A maioria dos 
estudos aborda apenas os aspectos comportamentais do TDAH. Os 
componentes hiperativos disruptivos e impulsivos interferem no dia a dia de 
professores e do aluno, como também em toda a unidade escolar, talvez por 
isso, crianças com esses comportamentos acabam recebendo mais atenção dos 
profissionais. 
Ressalta- se que as alterações no funcionamento cognitivo, com 
consequências principalmente nas funções executivas, na linguagem receptiva 
e expressiva, e nas habilidades motoras fazem parte do quadro e devem ser 
estudadas, esses comprometimentos afetam a capacidade de aprendizagem e 
o desempenho escolar. 
 Lidar com os sintomas do TDAH e suas consequências no ambiente 
escolar não é um problema apenas para os portadores ou familiares. Os 
professores tem importante papel e real responsabilidade na melhora do 
processo de aprendizagem. 
O principal objetivo é fornecer todas as informações importantes sobre o 
TDAH e proporcionar um auxílio aos professores e todos os demais profissionais 
envolvidos no aprendizado dos envolvidos, e com isso tenha a possibilidade de 
identificar os sintomas e as características do TDAH, e através disso, seja 
possível desenvolver estratégias de suma eficiência de ensino e manejo 
comportamental para seus portadores e fornecer contribuições para a melhoria 
da qualidade de suas vidas. 
Sendo um transtorno neuropsiquiátrico frequente, que atinge tanto 
crianças quanto aos adolescentes e adultos, independentemente do seu país de 
origem, nível socioeconômico, raça ou religião. Na contemporaneidade não 
existe uma classificação cientifica, dados sobre a gravidade e a sobre a 
magnitude das consequências causadas pelo TDAH na vida dos portadores e 
seus familiares. 
10 
 
Como saber se um diagnóstico não é intenção dos médicos por apenas 
consequências da correria da vida moderna ou da quantidade de estímulos 
oferecidos as pessoas em um mundo globalizado? A informação oferecida da se 
ao saber qual a frequência do problema em vários países, com culturas 
diferentes. 
 Para isso, é preciso realizar-se estudos na população em geral, 
chamados de epidemiológicos, outra maneira de aprofundar as pesquisas é 
sobre como ocorreu os primeiros relatos desse diagnóstico e qual sua evolução 
ao longo do tempo. Essa pesquisa também nos mostra que temos um longo 
caminho a percorrer para o perfeito entendimento do cérebro, seja através da 
neurociência ou via de teorias de desenvolvimento humano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
METODOLOGIA 
Com a análise dessa investigação buscou-se desenvolver um 
detalhamento e analogia acerca da temática em questão, o objetivo foi analisar 
os resultados obtidos em estudos bibliográficos já realizados sobre os 
transtornos de aprendizagem. O procedimento metodológico adotado foi uma 
busca bibliográfica de autores e produções cientificas. Os principais autores 
utilizados nesse trabalho foram SIQUEIRA, GIROTTO, PIAGET, VIGOTSKY, 
BARKLEY entre outros. 
O trabalho de pesquisa foi de cunho qualitativo que procurou abordar o 
TDAH, características, desafios e suas implicações no ambiente escolar e a 
importância para o aprendizado e desenvolvimento humano. Uma pesquisa 
bibliográfica tem o objetivo, segundo Marconi e Lakatos (2003), é aproximar o 
pesquisador de tudo aquilo que já foi produzido sobre o tema em questão, em 
diversos modelos que podem estar disponíveis por publicação ou gravação. 
A pesquisa bibliográfica não se resume, no entanto, em uma reprodução 
ditada por outrem, pois visa a propor uma releitura do tema sob uma nova 
perspectiva. Os estudos analisados apontaram que as dificuldades podem estar 
relacionadas a fatores intrínsecos, de ordem neurológica ou hereditária. Assim 
sendo importante que os profissionais envolvidos no processo educacional 
estejam sempre atentos ao surgimento das dificuldades apresentadas, 
identificando se as mesmas são de forma momentânea ou permanente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Notoriamente responsável pelos, conflitos e defasagens em diversos 
contextos, o TDAH é fator contribuinte para o fracasso escolar. De acordo com 
Richter (2009), a criança com esse transtorno está propensa a apresentar 
problemas de aprendizagem que podem resultar em baixo rendimento 
acadêmico, repetência, evasão escolar e dificuldades de relacionamento. 
 O fracasso escolar tem instigado pesquisadores e estudiosos das mais 
diversas áreas. Não somente os profissionais de Pedagogia e Psicopedagogia 
nos dias atuais debruçam-se sob tal problemática que denuncia uma gama 
multifacetada de insuficiências. 
Por entender Saúde e Educação enquanto campos retroalimentares que 
convivem eco dependem, em uma relação dialética de contribuições e 
influências, a Psicologia tem direcionado seus intentos investigativos também 
para a área educacional, contribuindo de maneira relevante com uma vasta 
gama de produções científicas. 
A bibliografia consultada destaca que trabalhar com crianças que 
apresentam o TDAH não é uma tarefa fácil e que a compreensão do diagnóstico 
como o fim de um processo de procura por culpados é comum. Ações como esta, 
porém, reprimem a fragilidade do sistema educacional e a incapacidade dos 
professores, pais, e demais envolvidos com a aprendizagem da criança frente 
às demandas e consequências de conviver, cuidar e ensinar uma criança com 
TDAH. 
 Compreende-se, que concepções e posturas pouco plásticas podem 
promover a marginalização destas crianças, que por sua vez tendem a 
apresentar um desempenho aquém do esperado. 
As suposições podem ser precipitadas, ainda assim, as possibilidades 
para a manutenção deste cenário separatista presentes no cotidiano são 
convidativas. Com as pesquisas realizadas neste trabalho demonstram que o 
TDAH tem grande interferência na vida escolar dos alunos, e a falta de atenção 
influencia negativamente diante do desenvolvimento da aprendizagem, onde 
assim na maioria dos casos os alunos com TDAH se excluem de tudo e de todos. 
13 
 
UM POUCO DA HISTÓRIA E O QUE É TDAH 
Muitas pessoas acreditam que o TDAH é uma condição atual porque 
somente nas últimas décadas temos ouvido falar mais a respeito do problema. 
Porém, é uma condição que já existe há muito tempo, contudo, algumas pessoas 
insistem em dizer que seja modismo para justificar comportamentos 
inadequados. 
 Em 2012, o Journal of Attention Disorders (jornal acadêmico 
americano), revisado por pares que abrange o campo da psiquiatria e dos 
distúrbios de atenção, publicou a descoberta de um livro de 1775, ou seja, há 
246 anos atrás. O livro The Earliest, do médico alemão Melchior Adam Weikard, 
onde as páginas figuravam um artigo inteiramente dedicado a “Transtornos de 
Atenção”, artigo chamado de: Attentio Volubilis onde descreve o déficit de 
atenção com características comportamentais que hoje se encaixam no que hoje 
chamamos critérios diagnósticos para o TDAH. Acredita-se que esse artigo seja 
a primeira referência a síndrome que hoje é conhecida como transtorno de déficit 
de atenção e hiperatividade, ou TDAH. 
Em 1902 o TDAH foi explicado e apresentado pela primeira vez por um 
pediatra inglês (George Still). George observou algumas alterações no 
comportamento de várias crianças atendidas em seu consultório, onde verificou 
que tais comportamentosnão podiam ser atribuídos a falhas educacionais ou 
falta de disciplina familiar, mas sim um determinante biológico incapaz de ser 
demonstrado. 
Esse grupo de crianças selecionadas por Still para o estudo, não 
correspondia exatamente ao que se considera hoje como TDAH, pois estavam 
inclusas as crianças com deficiência mental, crianças com lesões cerebrais e 
crianças epiléticas, porém todas elas apresentavam alguns traços em comum: 
um acentuado grau de inquietação, uma dificuldade de atenção, e também uma 
dificuldade de aprender com a experiência, e por mais que recebessem 
ensinamentos, essas crianças voltavam a praticar os mesmos erros. 
 
O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade é uma forma usada para 
relacionar um transtorno de desenvolvimento específico, que é observado tanto 
14 
 
em crianças como em adultos, destacando uma inibição comportamental, 
atenção sustentada, resistência à distração e também a regulação do nível de 
atividade da pessoa. 
A hiperatividade teve muitos nomes no decorrer dos anos, tais como: 
síndrome da criança hiperativa, reação hipercinética da infância, disfunção 
cerebral mínima e transtorno de déficit de atenção (com ou sem hiperatividade). 
Após grupos de psiquiatras realizarem pesquisas, chegou-se à conclusão 
de que o TDAH é um transtorno da inibição da auto regulação, ou seja, 
comportamentos que envolvem sistemas executivos do cérebro que monitoram 
comportamento em andamento, suprimindo escolhas e ações inapropriadas. 
O termo do Transtorno do Déficit de Atenção foi adotado oficialmente e, 
1980 pela Associação Americana de Psiquiatria, e, no ano de 1994 foi atualizado 
para Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDA/H), onde o 
acréscimo da barra inclinada significa que o problema pode ocorrer com ou sem 
o componente de hiperatividade, inicialmente considerado o sintoma mais 
importante e definidor do quadro. 
Estima-se que 3-5% da população é diagnosticada com TDAH e vem 
sido descrito com foco nos sintomas motores inicialmente, e na desatenção, a 
partir do DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) III. Passou 
por algumas atualizações no DSM IV, que prevaleceram entre 1994 e 2013 e o 
CID (Classificação Internacional de Doenças), mantendo-se no DSM V com 
poucas alterações, mas relevantes para o entendimento das especificidades 
com relação à comorbidades. É estudado desde o século XIX, mas não há 
unanimidade sobre causas, consequências e tratamentos, levando a 
controvérsias sobre o diagnóstico (BARKLEY, 2002). 
O TDAH tem história e está na história há mais de dois séculos. Hoje, 
entendemos que crianças e adultos com o transtorno são inteligentes, podem se 
virar sozinhos, mas podem ter prejuízos na sua funcionalidade em função de três 
componentes (déficit de atenção, impulsividade e agitação), que, com auxílio de 
medicamentos e intervenções por meio de atendimentos clínicos, podem trazer 
grandes e significativos funcionamento para esse paciente enquanto vida 
independente e autônoma. 
15 
 
CARACTERISTICAS DO TDAH 
Conforme o Manual de Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais 
DSM-V, (APA,2014), às características do TDAH acaba sendo representado por 
uma trio sintomático que é, desatenção, impulsividade e hiperatividade, que é 
denominado como um transtorno de neurodesenvolvimento, porque isto no 
geral, tem um começo no período do desenvolvimento da criança, e também a 
presença desses sintomas que é caracterizado e manifestado na infância, junto 
com alguns prejuízos que pode variar se pessoa para pessoa, e poderá 
permanecer até a vida adulta. 
Conforme Phelan (2005), menciona que certas características gerais em 
que as crianças que têm TDAH podem demonstrar, como uma desatenção ou 
então uma tendência para a distração, quando ela não consegue ficar com sua 
atenção presa em só uma atividade. Impulsividade, ela acaba agindo sem 
pensar, não tem preocupação com as consequências que pode ocorrer, ela não 
supera com excitação o seu emocional, não se preocupa com as consequências, 
não sabe esperar, desobediência, como uma grande dificuldade de respeitar 
todas as regras, problema sociais, como a dificuldade em se relacionar com 
outras pessoas, desorganizado, esquecimento, pode chegar até perder suas 
coisas. 
É importante acrescentar que este transtorno tenha um grande índice de 
uma comorbidade que a mais comum para quem possui o TDAH é: O transtorno 
do opositor desafiador TOD, que conforme DSM-V, possui conforme uma das 
principais características a desobediência, e o desafio de um comportamento 
hospital. O transtorno da aprendizagem, que é a dificuldade que a pessoa poderá 
demonstrar se, atingindo, a sua cognição e acaba nos impedindo de ter 
conhecimentos novos. O transtorno da conduta TAC, que é caracterizado porque 
trata-se de um comportamento que se repete e se perde em uma conduta 
antissocial, desafiada e agressiva (APA, 2014). Este termo comodidades 
significa que os outros transtornos ou então alguma doença parecida, por conta 
da sua grande taxa, acaba se tornando difícil de ter um diagnóstico diferente, 
levando em consideração que as comorbidades é uma regra é não é uma 
exceção, que é importante considerar uma possível possibilidade de mais um 
tipo de transtorno associado. 
16 
 
COMO INDENTIFICAR O TDAH 
Conforme o DSM-V (2013) possui uma lista que contém 18 sintomas, 
sendo que 9 são para desatenção, 6 para a hiperatividade e 3 para a 
impulsividade. Como uma maneira de diagnóstico é considerado a quantidade 
de 6 sintomas para a desatenção ou então 6 sintomas para impulsividade e 
hiperatividade. Portanto, os sintomas eles vão ter que persistir para mais seis 
meses, que poderá ser então verificado logo no começo ou então até seus 12 
anos de idade, o que antes era possível é que somente antes dos 7 anos, como 
também é importante considerar sempre estar presente em mais de um contexto, 
como o escolar e o familiar, e também pode ter interferência muito significativa 
para a vida funcional desta pessoa. E também pode ter expectativa de um 
transtorno ser apontado como sendo leve, moderado ou então grave, tudo 
depende do nível e do prejuízo que estas distintas poderiam provocar na vida 
desta pessoa. 
O diagnóstico para o TDAH ele é clínico, acontece por meio de uma 
observação no comportamento por meio de critérios de diagnóstico que 
possuem nos Manuais de Diagnóstico e Estatístico das Perturbações Mentais 
(DSM-V), sempre levando em consideração a gravidade e a persistência de 
todas as manifestações destes sintomas que tem nexo com o transtorno. 
(PEREIRA et al., 2017). Mesmo que certos profissionais procuram por meios de 
mudanças complementares e o diagnóstico poderá ser solicitado alguns 
exames, que pode ser o de neuroimagem ou então teste de neuropsicológicos, 
portanto, esse pode servir para poder complementar no processo, porém é alô 
opcional não é nada obrigatório para poder concluir um diagnóstico clínico. 
Sobre o exame de neuroimagem, mencionam que não tão confiáveis 
assim para poder afirmar este tipo de diagnóstico, pois é necessário um 
diagnóstico que seja realizado por um profissional que seja médico e que atenda 
a área do desenvolvimento infantil, para que desta maneira possa definir o que 
é algo disfuncional e o que ele espera nos termos do comportamento para cada 
tipo de idade. 
 
 
17 
 
TIPOS DE TDAH 
O TDAH atinge cerca de 8 a 11% das crianças que estão no período de 
idade escolar. No entanto, vários especialistas destacam que o TDAH é 
superdiagnóstico, por grande parte pois os critérios são incluídos de modo 
impreciso. Segundo o DSM-5, existem 3 tipos de TDAH como: desatenção 
predominante; hiperatividade e impulsividade predominante; combinado 
(SULKES, 2020). 
No entanto, o TDHA em geral, é aproximadamente duas vezes mais 
comum as pessoas de sexo masculino, mesmo que as taxasvariam conforme o 
tipo. Do tipo predominantemente hiperativo e impulsivo acontece 2 a 9 vezes 
mais entre os meninos, mesmo a forma predominantemente desatenta acontece 
com a mesma frequência em ambos os sexos. E o TDAH não possui uma só 
ocorrência específica conhecida (SULKES, 2020). 
DESAFIOS DO TDAH 
A escola é um local em que as pessoas demonstram seus ideais, carácter, 
necessidades, elas dividem tudo um lugar físico. Sabendo que é um contexto 
importante para todas as crianças, porque é por meio de suas relações sociais, 
é indicado que compram os objetivos façam atividades, segundo toda uma rotina 
e passando a maioria do tempo, e o professor tem um papel muito importante 
que é de educador (PEREIRA et al., 2017). 
A escola se revela como um desafio para o TDAH, mesmo sendo uma 
área de experimentos e de desenvolvimentos, em que a criança vai testar todas 
as suas capacidades físicas, emocionais e intelectuais. É nesta área que os 
professores eles verificam que certos alunos possuem certos comportamentos 
que são considerados desafiador na sala, como uma falta de organização, 
motivação, distração fácil, problemas para poder completar as tarefas, 
dificuldade para aprender, e pode ter muita agressividade, e isso poderá 
complicar ainda mais a relação com os outros alunos. Estes elementos, podem 
atingir a aprendizagem e levar para um fracasso escolar. É nesta forma dentro 
da relação escolar, que as questões do TDAH ficam destacados, porque o fato 
como uma menor realização de certas tarefas, baixo desempenho em uma certa 
18 
 
atividade, e a grande dificuldade de ficar prestando atenção, acabam sendo 
muito evidentes (LUIZÃO; SCICCHITANO, 2014). 
CONSEQUENCIAS E POSSIVEIS CAUSAS DO TDAH 
O fator das consequências, de acordo com Silva e Albertini (2016), à 
medida que a saúde de uma criança é a responsável por seu ideal de qual seria 
a promessa, tomar o corpo por um diagnóstico pode chegar em um sistema de 
subjetivação. Na forma em que o conhecimento científico se interpõe entre uma 
criança e o outro, sejam estes pais, médicos ou professores, o mesmo deixa de 
ficar em um ambiente de investimento preciso para que esta inter-relação deixe 
assumir um controle do seu corpo como um sujeito. Por conta disso, as práticas 
e as falas da criança acabam sendo entendidas e significadas por estes meios, 
inserindo-a em um laço por um sentido e não por uma história, sem a 
singularidade, que mais se desestabiliza do que se mantém em estrutura. O 
sujeito tem a chance de uma opção ética que possa sustentar o seu traço de 
singularidade por meio da sua vontade ou de se entregar a um imperativo do 
gozo dos demais em um apagamento da subjetividade. 
As causas de uma criança que tem TDAH costumam ser bem severas. 
Pois, os pais, médicos e professores, até entenderem que se trata de uma 
criança com TDAH, e assim procuram as melhores maneiras de repreensão. O 
castigo ou a punição é a pior maneira de poder lidar com estas crianças que têm 
esse transtorno. Pois, ao invés de reduzir a questão, esta forma de tratá-la pode 
acabar estimulando os sintomas mais prejudiciais. No entanto, as punições ou 
castigos podem acabar gerando uma autoestima baixa, o bullying, e a criança 
pode até desenvolver uma fobia com relação aos ambientes que ela frequenta. 
Para que isso não aconteça em nenhum lugar, todos devem entender quais as 
formas certas para tratar uma criança com TDAH (NASSIF, 2016). 
Porém, o conhecimento é um grande capital que se tem e a sua 
acumulação tem que servir para uma boa convivência. O mesmo existe para que 
possa ser integrado, transformado, situado, encontrado, aplicado e incorporado 
em sua real missão que é proporcionar mudanças e encontros. No entendimento, 
um conhecimento sem possuir um auxílio de afeto que acaba se treinando bem 
insensível e frio, já que o entendimento acaba estimulando uma inteligência, 
19 
 
porém, é o afeto que permanece vivo o entusiasmo, e que possa sustentar os 
propósitos que a mente realiza e que serve como um bom auxiliar de uma razão. 
A sensibilidade faz uma pessoa com TDAH ser mais solidária a dor e a precisão 
alheia, onde faz aparecer uma real condição de sujeito (MATOS, 2013). 
CONCEITO DA CRIANÇA HIPERATIVA 
 O Transtorno de Déficit de Atenção - Hiperatividade (TDAH), tornou se 
um termo comum entre as pessoas, principalmente dentro das escolas e entre 
os professores. Frequentemente se fala que crianças agitadas são hiperativas 
sem nem mesmo conhecer os sintomas e fazer um diagnóstico correto com um 
profissional para dar um parecer sobre o aluno. 
 Silva (2003) ressalta que as causas do TDAH ainda não são totalmente 
conhecidas e comprovadas cientificamente, porém já se podem identificar 
algumas delas. Para que a pessoa possa ser considerada hiperativa necessita 
apresentar pelo menos, seis das seguintes características. 
 Tem a dificuldade de identificar detalhes ou faz erros por falta de cuidado, 
apresenta dificuldade em manter a atenção, parecendo não ouvir, não consegue 
se organizar e seguir instruções não gostando de realizar as tarefas que exigem 
maior esforço mental, esquece ou perde frequentemente os objetos necessários 
para uma atividade, distrai-se facilmente e é passível de esquecimento com 
muita frequência nas tarefas diárias. 
 O conhecimento das propriedades intrínsecas ao TDAH é importante 
para não deixar que os possíveis problemas de aprendizagem atrapalhem o 
desenvolvimento natural de uma criança. 
 Porém é preciso educar e preparar a criança para aprender, levando 
em consideração os limites e possibilidades das mesmas nos 
diferentes momentos de desenvolvimento da sua vida, o espaço em 
que vive suas amizades, integração ao grupo e o contato com o mundo 
a sua volta. (MATOS, 2005, p. 16). 
A hiperatividade ganha destaque pela agitação excessiva das crianças. 
Meninos e meninas que não param quietos, correm e são bastante falantes, por 
exemplo. Indaga se que a questão da inquietação não é levada a sério. Muitos 
20 
 
definem a inquietude como indisciplina, traços da personalidade ou 
simplesmente, travessuras de criança. 
São distúrbios de neurodesenvolvimento que aparece na infância. Essa 
denominação busca identificar transtornos que podem afetar tanto o aprendizado 
e a aquisição de novas informações, como a conservação desse conhecimento 
e a sua aplicação. Entretanto, trata se de uma condição neurológica que afeta a 
parte do cérebro responsável pelo desenvolvimento. Desse modo, ela provoca 
disfunções importantes, como atenção, percepção, aprendizagem, e interação 
social. 
A hiperatividade carrega uma bagagem com uma série de sinais, como 
inquietação, agitação e incapacidade de esperar. Pode haver dificuldade de 
socialização e de controle de comportamento, aquisição do aprendizado, etc. 
Todos esses sintomas podem ser leves ou até pode exigir uma assistência para 
o tratamento da hiperatividade. Em resumo o problema é prejudicial ao 
desenvolvimento infantil em fases importantes da vida. 
De acordo com a Associação Brasileira de Déficit de Atenção e 
Hiperatividade a prevalência do TDAH gira em torno de 3 a 5% da população 
infantil do Brasil sendo mais frequentes em meninos do que meninas, e de vários 
outros países do mundo onde o transtorno já foi base de pesquisa para os 
cientistas. 
De acordo com os especialistas, investigações mostram que uma em 
cada 20 crianças têm TDAH, e que os meninos sofrem mais com o distúrbio. 
Estudos referenciais dizem que para cada três a cinco meninos, um tem TDAH. 
Caso não receba tratamento adequado na infância, há grande associação de 
depressão, ansiedade e envolvimento com drogas e álcool na fase adulta. 
Nos adultos estima uma prevalência em aproximadamente 4%. Segundo 
o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª Ed. 2013 - 
DSM-5, levantamentos populacionais sugerem que o TDAH ocorre na maioria 
das culturas em cercade 5% das crianças de 2,5% em adultos. 
 Constata-se então que a criança pequena e o pré-adolescente são 
menos capazes de se concentrar em uma determinada atividade por um período 
21 
 
longo de tempo do que as pessoas mais adultas, no entanto, isso não são 
critérios de classificação como hiperativos. 
Contudo, pode-se dizer que na idade escolar, as crianças hiperativas 
apresentam maior probabilidade à reprovação, abandono escolar, baixo 
rendimento e principalmente apresentam dificuldade de relacionamento, fatores 
estes que precisam ser estudados, analisados e a escola precisam fazer o seu 
papel, incluindo a todos e buscar alternativas de trabalhar com estas crianças 
incluindo-as na sociedade. 
Hiperatividade ou indisciplina? 
A criança portadora de hiperatividade pode ser confundida como 
malcriada ou com o comportamento de uma criança enérgica demais, ou até 
mesmo travessa diante das suas brincadeiras. Direcionando para que muitos 
pais não percebam que há algo de errado, levando-os a se dar conta dessa 
defasagem somente na idade escolar, quando os desafios se tornam cada vez 
maiores. 
Diante da falta de diagnóstico ou do teste de hiperatividade acaba 
gerando experiências dolorosas, especialmente na alfabetização. Ocorre que a 
criança pode ser vítima de bullying e com isso enfrenta uma série de dificuldades 
e incompreensão. Em consequência, convive com esse transtorno até a vida 
adulta. 
 As principais características da hiperatividade temos a agitação e a 
inquietação. Diante disso, o hiperativo simplesmente não consegue ficar parado. 
Com isso, a criança não consegue permanecer sentada por muito tempo, mexe 
as mãos e os pés a todo instante. 
A criança hiperativa corre, pula, fica inquieto, retira objetos do lugar como 
se estivesse constantemente buscando se ocupar de alguma coisa. Na fase 
escolar, por exemplo, levanta da cadeira ou caminha pelo ambiente, mesmo sem 
permissão. Em razão disso, toda essa energia acaba confundida com 
indisciplina. Esse sintoma de hiperatividade se torna uma sensação constante e 
incômoda de inquietude quando chega a adolescência ou a fase adulta. 
22 
 
A hiperatividade também é bastante conhecida pela tagarelice, crianças 
com essa condição falam o tempo todo. A agitação incontrolável faz com que a 
criança fale tudo aquilo que está sentindo. Com essa atitude é um meio de sanar 
a sua inquietação e de buscar compreensão sobre o que está sentindo. 
Por não ter muito discernimento de quando fazer isso, interrompe 
conversas, se mete onde não é chamada e responde precipitadamente. Procura 
se reforçar que o hiperativo não sabe aguardar a sua vez. Ansiedade, 
agressividade e impulsividade são sintomas da hiperatividade que demandam 
bastante atenção. Muitos hiperativos são ansiosos e não sabem esperar. Não 
obedecem a regras, furam filas, atropelam os coleguinhas em brincadeiras ou 
são inconvenientes em diversas situações. 
Quando apresentam agressividade ou impulsividade, essas crianças 
podem ter comportamentos prejudiciais. E devido a esses sintomas dificulta a 
socialização e gera más interpretações. Como consequência, isola se de tudo, 
acaba sendo vítima de bullying ou causando ferimentos neles e nos outros. 
Outras evidencias do TDAH são a desatenção e a distração. Identifica se 
esses indícios em crianças muito desastradas, que se machucam facilmente 
batendo em coisas a seu redor, ou que têm alguma dificuldade em concluir uma 
tarefa. Algumas vivem facilmente distraídas. É necessário apenas um ruido ou 
um mosquito passar para ela parar de ouvir o que você diz, por exemplo. 
Os sintomas comuns de hiperatividade é a falta de compreensão e 
absorção de conteúdo. Uma grande parte das crianças hiperativas não consegue 
realizar uma determinada tarefa, mesmo que seja simples ou que tenha sido bem 
instruída. Isso não significa que ela seja uma criança preguiçosa ou malcriada, 
mas sim, que há uma dificuldade no aprendizado. A falta de desempenho escolar 
é um dos indícios mais fortes da hiperatividade, que acaba ficando abaixo do 
esperado. 
Crianças com dificuldade de aprendizagem necessitam receber uma 
atenção especial de educadores, com o intuito de tentar identificar a causa ou 
problema que interfere na aprendizagem. Deixando claro que dificuldade de 
aprendizagem não é o mesmo que transtorno de aprendizagem o que causa 
certa confusão na hora de identificar o problema na criança. 
23 
 
Pais e professores não são especialistas em distúrbios, mas ao identificar 
tais dificuldades de aprendizagem na criança eles devem buscar o auxílio de um 
especialista, para que a criança possa receber o tratamento adequado de acordo 
com a especificidade de cada distúrbio. Dificuldade de aprendizagem é um termo 
genérico para descrever a defasagem de aprendizado na aquisição de uma ou 
mais competências, mas sem uma causa evidente. 
Em compensação os transtornos de aprendizagem referem- se a 
problemas relacionados a deficiências sensoriais e intelectuais que dificultam o 
processo de aprendizagem (GIROTTO, GIROTTO; OLIVEIRA, 2015). 
 Existem relações específicas entre transtornos de aprendizagem e atraso 
no desenvolvimento da linguagem, da fala e da escrita; alterações na ortografia, 
problemas na resolução matemática, confusão em aprender e diferenciar letras 
e sons, imaturidade fonológica e antecedência familiar. 
Problemas socioeconômicos culturais e emocionais, metodologias de 
ensino inadequadas e a dificuldades secundárias a outros quadros clínicos 
concomitantes a período de desenvolvimento o que remete a um grande desafio 
de efetivação de aprendizado, relaciona se a dificuldade de aprendizagem 
principalmente em crianças em fase inicial do processo de ensino aprendizado. 
 O comprometimento ou atraso no desenvolvimento de funções ligadas à 
maturação biológica da parte central do sistema nervoso, o distúrbio de 
aprendizagem, identificado pela sigla DA se inicia ainda na infância, e tem sido 
considerado problema específico da leitura escrita e do raciocínio matemático, 
identificado em geral nos primeiros anos escolares. 
Por ser um transtorno incurável, acompanha o indivíduo por toda a vida, 
embora possa ser atenuado, a depender do tipo de transtorno. Associa-se ao 
atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem, a confusão têmpora-
espaciais, de esquema corporal e de lateralidade ou alterações do 
funcionamento cerebral normal. 
 A etiologia do distúrbio pode estar relacionada a alterações genéticas ou 
adquiridas. Para Siqueira e Gurgel-Gianetti (2011) o transtorno de aprendizagem 
24 
 
possui uma relação direta com problemas na aquisição e desenvolvimento de 
funções cerebrais as quais envolvem o ato de aprender. 
 
 
Estrutura do cérebro 
Fonte: Revista Pesquisa FAPESP 
 
É comum ouvirmos a história de que usamos apenas 10% das nossas 
capacidades mentais. Este mito tem origem, numa leitura equivocada do filosofo 
e psicólogo norte americano Willian James (1842-1910) que afirmou que o 
raciocínio lógico tem emprego limitado em boa parte de situações da vida 
humana, agimos por instinto. 
Estudos realizados no cérebro mostraram evidências de disfunção em 
pessoas com TDAH. Devido a inteligência que temos a capacidade de usar 
informações para solucionar problemas práticos que envolvem tanto a razão 
quanto os instintos e os sentimento. 
Existem outros fatores que também atuam na memória, como as emoções 
e o sono. As emoções agem modulando e reforçando as memórias, enquanto o 
sono é essencial para limpar a memória de trabalho, logo, atua no aprendizado, 
é denominado que a gente aprende. 
25 
 
A origem do TDAH destaca se pelos fatores genéticos, pois tem um papel 
bastante relevante na vida dos indivíduos com o transtorno. De acordo com as 
pesquisas, mostram que o TDAH é bem maior em fatores genéticos e que a 
herdabilidade média do TDAH é estimada em 76%. 
Estudos estabeleceram as basesgenéticas do TDAH, Apoiando a 
contribuição genética para o surgimento do transtorno. Diversos estudos 
verificaram que 60% das crianças com TDAH herdaram o transtorno dos pais, 
essa probabilidade aumenta em ate oito vezes à criança ter TDAH se um dos 
pais tiverem o problema. 
 Por conseguinte, estudos demostram relações importantes entre o TDAH 
e uma série de dificuldades na aprendizagem e no desempenho escolar. O 
TDAH é a principal razão que as crianças tenham baixo desempenho 
acadêmico crônico e para os altos índices de abandono escolar. 
ABORDAGEM DIAGNOSTICA 
Especialistas utilizam as orientações diagnósticos que buscam auxiliar de 
maneira complementar a confirmação do transtorno na vida da criança. De 
acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª 
edição (DSM-V). É o guia oficial para diagnóstico de doenças e transtornos 
psicológicos, elaborado pelos melhores especialistas do mundo. 
Através de levantamentos feitos pelo DSM-5 acredita- se que o TDAH 
ocorre em 5% das crianças e 2,5% dos adultos. Ainda de acordo com estudo, é 
mais frequente em meninos que meninas, na população geral. Quando se 
compara o público infantil e os demais, a pesquisa constatou que a proporção 
de TDAH se configura da seguinte forma: 2:1 em crianças e 1,6:1 em adultos. 
Cabe sempre lembrar que o diagnóstico do TDAH deve ser sempre 
multidisciplinar. Essa distinçaõ é composta em sua grande maioria por 
profissionais de saúde e educação. Entretanto, compete aos pais exercer um 
papel de extrema relevância nesse processo quando os profissionais e os 
envolvidos buscam analisar a abordagem diagnóstica, as partes envolvidas 
elaboram um esquema e o que elas desempenham ou ficam responsáveis. 
Como vemos a seguir; 
26 
 
– Médico: anamnese, escalas de avaliação, exame complementar; 
– Pais: disponibilizam o perfil comportamental e desenvolvimento; relatam 
a rotina de sono e os prejuízos afetivos e sociais; 
– Escolas: a instituição deve fornecer relatórios referentes ao percurso 
do aluno; além disso, dados sobre aprendizagem e comportamento também são 
imprescindíveis nesse processo; 
– Equipe: os especialistas ficam por conta de disponibilizar a avaliação 
psicognitiva e afetiva, além da presença indispensável de fonoaudiólogos e 
psicopedagogos. 
Existe alguma dificuldade para o diagnóstico do TDAH? Alguns estudos 
sugerem que o diagnóstico voltado para o subtipo desatento costuma ter o seu 
grau de dificuldade em função da falta de comportamentos evidentes (LARROCA 
e DOMINGOS, 2012). 
As manifestações clínicas são utilizadas para conduzirem o diagnóstico 
podem ter suas causas originadas em fatores associados, como alguns déficits 
sensorial e intelectual. 
Um ponto que simboliza o desafio para a realização do diagnóstico, de 
acordo com Folquitto (2009), é que tanto o déficit de atenção e a hiperatividade, 
que são sintomas presentes no TDAH, são tidos como ... “aspectos dimensionais 
na população, ou seja, manifestam-se, em menor intensidade, no 
comportamento de crianças e adultos de um modo geral”. 
O diagnóstico do TDAH não é um transtorno simples e depende muito de 
uma observação prévia, sobretudo no ambiente escolar na execução de tarefas 
ou em detalhes do aspecto comportamental, diante disso, os professores 
comunicam aos pais, que por sua vez, precisam procurar auxílio médico e 
psicopedagógico para fazer acompanhamento e dar o início aos tratamentos. 
De acordo com os critérios diagnósticos estabelecido pelo DSM-V 
ressaltam que o TDHA é dividido em dois grupos com objetivo de esquematizar 
e facilitar a identificação dos sintomas que podem evidenciar a existência do 
TDHA. 
27 
 
•Déficit de atenção 
•Desatenção a detalhes e erros 
•Dificuldade com instruções, regras e prazos 
•Alta distração 
•Perde, esquece objetos 
•Hiperatividade e impulsividade 
•Desorganização 
•Evita ou reluta tarefas de esforço mental 
•Faz tudo a “mil” 
•Interrompe inoportunamente 
•Dificuldade em esperar 
•Movimento excessivo do corpo durante postura 
•Não automatiza tarefas do cotidiano 
•Sobe, escala, exposição em perigos 
•Dificuldade em permanecer sentado 
Os diagnósticos são inteiramente clinico, e feito por médico especialista 
em TDAH, o processo diagnóstico de TDAH segue uma relação e critérios 
médicos específicos, incluindo a determinação de subtipo, nível de remissão e 
gravidade do transtorno. 
As consultas com pessoas com TDAH geralmente são mais longas, pois 
é preciso colher históricos familiares em função da herdabilidade genética. O 
processo diagnóstico feito ´por especialistas seguem alguns passos: 
• Entrevistas com os pais 
•Entrevistas e relatórios com professores 
•Questionários e escalas de sintomas 
•Avaliação e observação da criança no consultório 
28 
 
•Avaliação neuropsicológica 
• Avaliação psicopedagógica 
•Avaliação fonoaudiológica 
•Anamnese e testes neurológicos 
Através dessas avaliações que se concluirá as características mais 
predominantes do indivíduo com TDAH, onde serão classificados em um dos 3 
tipos existentes: predominante desatento, predominante hiperativo-impulsivo e 
tipo combinado. 
O tipo predominante desatento é característico quando o individuo tiver 
uma concentração curta, quando os sintomas de desatenção são mais 
marcantes. 
O tipo predominante hiperativo/impulsivo é classificado quando os 
sintomas de hiperatividade e impulsividade estão presentes em 
proporções significativas e equivalentes (SILVA, 2009, p.207) 
As crianças que apresentam estes sintomas mostram altos índices de 
impopularidade, porque na maioria das vezes agem sem pensar, falham em 
fazer planos e não realizam o que se espera delas. 
O tipo predominante combinado tem as características quando os 
sintomas de desatenção e de hiperatividade/impulsividade estão presentes no 
mesmo grau de intensidade. As crianças que apresentam estes sintomas 
costumam ser mais rejeitada por colegas, por serem consideradas mais 
negligentes, são mais tímidos e costumam não interagir com as pessoas ao seu 
redor. 
Mesmo existindo características para os indivíduos que apresentam o 
transtorno, esta patologia é bastante heterogênea. No entanto, os sujeitos não 
são o transtorno em si. Possuem uma identidade própria e não devem ser 
reconhecidos apenas por um transtorno que faz parte do que são. 
Paulatinamente, a experiência de si e a identidade pessoal passam a 
ser contaminadas pelo reconhecimento, nos critérios diagnósticos do 
transtorno, de novas leituras para antigas dificuldades pessoais. 
(ROSSANO, 2005, p.14) 
29 
 
Algumas escalas de avaliação são utilizadas não só como instrumentos 
de diagnósticos, mas como porcentagem de sintomatologia e no rastreio 
diagnóstico da sintomatologia do transtorno. A principal fonte de pesquisa são 
os docentes, à medida que eles têm uma rotina com as crianças, pois 
possibilitam dar mais informações diárias do desenvolvimento, podendo citar 
possíveis déficits de atenção ou comportamento inadequado e também 
sinalizarem os pontos fortes destas crianças. 
SINTOMAS DO TDAH 
Deve se ficar atento quanto aos sintomas e jamais confundir-se com 
algum distúrbio de aprendizagem, como dislexia, disgrafia, discalculia, etc. Os 
sintomas do TDAH podem ser de fácil percepção para quem convive com a 
criança, por exemplo, ou podem ser mais implícitos. 
De qualquer forma, só uma equipe médica é capaz de fazer o diagnóstico 
exato. Os profissionais responsáveis que cuidam desses casos alertam: é 
necessário que a pessoa manifeste, um padrão persistente de desatenção ou 
hiperatividade/impulsividade que cause influência no comportamento da pessoa, 
assim como seu desenvolvimento. 
Principais sinais de que manifesta o TDAH: 
•Desatenção frequente em situações do cotidiano (obrigatórias e lúdicas) 
•Dificuldade para seguir instruções ou finalizar o que devia (alguma tarefa) 
•Não familiarizar com atividadesque peçam raciocínio ou atenção 
(atividades que precisam de esforço mental) 
•Ficam distraídos por estímulos externos e não prestar atenção ao que se 
passa dentro do contexto ao que está inserido 
•Perder objetos que fazem parte de alguma função rotineira 
•Levantar-se da cadeira a todo instante (inquietação total 
•Não ter paciência de esperar o outro terminar as atividades e querer 
passar na frente 
30 
 
Os sintomas de impulsividade, são os mais explícitos às pessoas que 
estão ao torno; entretanto aqueles que estão ligados à desatenção, podem ser 
percebidos por pais e educadores, por exemplo. Entende-se que é bem possível 
que alguns desses sintomas estejam presentes em grandes ou menores 
intensidades em diversas pessoas, e não cause grandes prejuízos a sua vida. 
COMO É O TRATAMENTO? 
O tratamento do TDAH precisa ser ministrado por uma equipe médica 
multidisciplinar. Na maioria dos casos, pode-se notar a presença de 
neuropsiquiatras, neuropediatras e neurologistas. No entanto, profissionais de 
outras áreas também são imprescindíveis para reforçar o tratamento: psicólogos, 
fonoaudiólogos, psicomotricistas, entre outros. 
O tratamento do TDAH é feito com o uso de medicamentos, terapia 
comportamental ou uma combinação dos dois. Um item que merece destaque é 
o psicoestimulante, pois ele estimula a atividade e promove maior atenção à 
pessoa em suas funções. Além disso, os psicoestimulantes são responsáveis 
pela melhora nas áreas cerebrais que são influenciadas pelo TDAH. 
Lembrando que esses medicamentos devem ter licença da ANVISA e só 
podem ser receitadas por médicos. O tratamento farmacológico administrado 
no TDAH, mais usado no Brasil é o psicoestimulante metilfenidato de liberação 
imediata (Ritalina®), e suas principais contraindicações para o uso são: 
hipertensão grave, insuficiência cardíaca, arritmia, angina, psicose, glaucoma, 
hipertireoidismo, história pessoal ou familiar de Síndrome de Tourette. 
A dose ideal do metilfenidato é aquela que atinge os resultados-alvo com 
o mínimo de efeitos colaterais. É importante que os pais monitorem a adesão e 
os efeitos adversos, os efeitos adversos costumam ser leves e podem 
desaparecer com o tempo ou podem ser resolvidos com ajustes de dose. 
Em relação às intervenções psicoterápicas, a mais estudada e com maior 
evidencia cientifica de eficiência para os sintomas cardinais do TDAH é a Terapia 
Cognitivo Comportamental-TCC. Crianças com TDAH muito adaptativas 
demandam técnicas comportamentais que podem ajudar muito, nem todas as 
crianças com TDAH necessita fazer psicoterapia, o quadro sempre exige 
orientação familiar 
31 
 
Como alternativa, há grupos de apoio que servem não só para a pessoa 
com o TDAH, mas para os familiares também. Nas reuniões realizadas, algum 
profissional da saúde passa informações relacionadas aos sintomas e às 
maneiras que se têm para lidar com os desafios e outras etapas do tratamento. 
Para finalizar, é importante ressaltar que somente uma equipe médica pode 
fornecer um diagnóstico completo acerca do TDAH. 
O TDAH E SUAS IMPLICAÇÕES NO AMBIENTE ESCOLAR 
Estudos realizados no Brasil por profissionais da educação, apontaram 
que 87% dos portadores de TDAH repetem o ano na mesma série mais de uma 
vez, comparados a 30% dos estudantes que não eram portadores deste 
transtorno. 
Por meio desses estudos constatou-se que 48% dos portadores de TDAH 
já haviam sido expulsos de outros colégios onde estudavam frente a 17% e 2%, 
respectivamente, do grupo de não portadores, 81% das crianças com TDAH 
apresentaram desempenho inferior ao esperado para a sua faixa de 
escolaridade, apresentaram um atraso escolar de pelo menos um ano ou mais, 
e apenas 19% apresentaram desempenho escolar compatível com o esperado 
para a sua idade. 
O TDAH é considerado um distúrbio infantil, podendo prejudicar a 
aprendizagem no âmbito escolar, pois existem relatos de pais e professores de 
crianças portadoras do TDAH de que prejudica todo rendimento escolar, mesmo 
que a criança demonstre interesse e capacidade de aprender. 
A maior dificuldade da criança com TDAH é prestar atenção e o ambiente 
escolar é extremamente sistematizado e que necessita de dois tipos de atenção 
ao qual a criança tem maior dificuldade que é a atenção Seletiva que é não 
prestar atenção como por exemplo: em pequenos barulhinhos, e atenção 
Sustentada; que é por exemplo, sustentar a atenção na explicação do professor 
do começo ao fim. A criança com TDAH não consegue manter essa manutenção, 
ela tem uma oscilação de atenção. 
Temos dois tipos de TDAH: Combinado e Desatento. O TDAH 
Combinado, é o que tem hiperatividade e impulsividade associados e o 
Desatento é apenas a desatenção. A criança com perfil desatento, ela tem muito 
32 
 
mais prejuízo escolar, pois, como a escola sempre começa do nível simples para 
o complexo e, como ela não consegue acompanhar o ritmo, vai perdendo o 
interesse e por conseguinte, será uma criança mal alfabetizada, vai demorar para 
aprender a ler e escrever e escreverá com muitas falhas e o olho do professor 
precisa estar muito treinado. E acaba que a escola manda primeiro pra fazer 
avaliação o perfil hiperativo porque a criança não para o professor não dá conta 
e o perfil desatento acaba não tendo a atenção necessária. 
Por isso, é muito importante que o professor e toda a equipe pedagógica 
estejam bem informados sobre as possibilidades de tratamento do quadro de 
TDAH, incluindo a medicação e como ela age no sistema nervoso central e sobre 
os comportamentos inadequados, além de entender que as melhoras ocorrem 
no aumento do foco, da atenção, na execução, na caligrafia, nas habilidades 
motoras finais e na melhora dos relacionamentos interpessoais. 
Para Barkley (2002), prognosticar uma criança pode se tornar mais difícil, 
pois ela pode apresentar comorbidades, ou seja, pode apresentar, além do 
TDAH, outro quadro clínico, como o transtorno de aprendizagem, presente em 
20 a 30% dos alunos com TDAH, ou o Transtorno Desafiador Opositivo presente 
em 50% das crianças com TDAH e problemas de conduta, também presentes 
de 15 a 25% dos portadores do transtorno. 
Atualmente, existem informações de todo tipo sobre as dificuldades e 
transtornos de aprendizagem, mas infelizmente o sistema educacional é 
desenvolvido para alunos que não apresentam nenhum déficit de aprendizagem, 
e não estão preparados para receber uma criança com o diagnóstico e nem tão 
pouco podem observar a possibilidade de um aluno ser portador de TDAH. 
Os alunos que possuem distúrbios e estão inseridos no meio de alunos 
que não apresentam nenhum problema, muitas vezes são tratados de uma forma 
preconceituosa e com muito despreparo da parte dos professores e 
coordenadores, não oferecendo assim, nenhuma assistência e apoio necessário 
a esse aluno. 
Com muita frequência, as crianças consideradas difíceis dentro da sala 
de aula são vistas e rotuladas pela escola como uma criança hiperativa, e muitas 
crianças que sofrem com o transtorno acaba permanecendo sem ser 
33 
 
diagnosticada e em todos os casos, o problema de aprendizado e de humor 
também são ignorados com frequência. 
A educação inclusiva é uma escola que precisa ser ampliada para a 
participação de todos e deve estar familiarizada com as informações básicas do 
TDAH. Por conta disso é muito importante que todo o corpo docente esteja 
preparado para trabalhar com uma criança que apresente qualquer distúrbio ou 
transtorno e, ao perceber alguma característica diferenciada, imediatamente 
encaminhar a criança para uma avaliação psicopedagógica. 
O professor precisa ter experiência e criatividade para poder elaborar uma 
variedade de alternativas, para poder avaliar qual delas funciona melhor em cada 
situação. É muito importante que o professor seja capaz de modificar a forma de 
aula e se adequar ao estilo de aprendizagem da criança. 
É de grande importânciausar a criatividade em sala de aula, elaborando 
uma aula que seja atrativa tanto para as crianças que apresentem sintomas do 
TDAH, como para as demais, uma aula bem elaborada e cativante, poderá 
despertar a vontade dessa criança em aprender. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Durante o desenvolvimento deste trabalho de pesquisa, constatou se que 
o cérebro é o órgão que conduz a vida do ser humano. E que a capacidade 
humana de conhecer e de aprender, não está na sua essência, como não está 
no meio social ou na cultura. O ser humano não nasce inteligente, ele se torna 
inteligente conforme apropria-se do que faz, ele modifica sua capacidade de 
pensar e consequentemente sua capacidade de aprender. 
 Assim produzindo sua consciência, a mente humana resulta de 
intermináveis construções, o contexto em que ocorre cada aprendizado é de 
importância crucial. Esse contexto inclui uma grande quantidade de fatores 
moduladores, que nos últimos anos a pesquisa demonstrou com clareza que 
influem diferentemente sobre aquilo que adquirimos em elação a formação de 
memória. 
O estudo da neurociência vem comprovar a importância de ver o ser 
humano com um ser social, biológico e psicológico. No momento que essa 
compreensão é colocada em prática o resultado da aprendizagem é positivo. 
Neste trabalho apresentaram-se estudos sobre o Transtorno de Déficit de 
Atenção e Hiperatividade, da memória e como ela funciona. Salientou se que a 
plasticidade é item fundamental para a aprendizagem e que ocorre em todas as 
etapas da vida humana. 
Transformar o conteúdo escolar de uma disciplina em algo relevante para 
o aprendiz é um grande desafio para o professor, mas não se deve esquecer 
que existem outros fatores importantes que podem influenciar a aprendizagem. 
A falta de material escolar adequado, de um ambiente adequado para o estudo 
em casa, a impossibilidade de acesso à internet e livros, ausência de estímulos 
dos pais e professores podem gerar dificuldades de aprendizagem. 
As crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem e 
desenvolvimento de habilidades, devem receber um acompanhamento no meio 
escolar afim de identificar os distúrbios que ocasionam tais problemas. A maioria 
dos estudos que se referem as dificuldades de aprendizagem, relacionam que a 
maior causa desses distúrbios ocorrem na fase escolar, aonde na maioria das 
vezes está relacionado a problemas pedagógicos, sociais ou físicos. 
35 
 
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma 
síndrome psiquiátrica predominante em crianças e adolescentes, apresentando 
critérios clínicos operacionais bem estabelecidos para o seu diagnóstico. 
Atualmente, a síndrome é divide se em três tipos principais que apresenta uma 
alta taxa de comorbidades, em especial com outros transtornos do 
comportamento. 
O processo de avaliação diagnóstica é bem amplo, e envolve 
simultaneamente a coleta de dados com os pais, com a criança e com a escola. 
O tratamento do TDAH necessita de uma abordagem múltipla, e abrange 
intervenções psicossociais e psicofarmacológicos. O transtorno em questão tem 
sido muito estudado e discutido atualmente, mas é importante que sejam 
disseminadas informações corretas sobre o transtorno, visto que muitas crianças 
são diagnosticadas e medicadas equivocadamente, sem de fato apresentarem 
o transtorno. 
Crianças com TDAH tem características diferenciadas das outras crianças 
sem o transtorno, e estas diferenças parecem evidenciar-se quando a criança 
ingressa no contexto escolar. É importante salientar que o TDAH não se 
caracteriza necessariamente, como uma dificuldade de aprendizagem e sim 
como um distúrbio. 
No entanto, devido a algumas peculiaridades do transtorno as crianças 
podem ter prejuízos na vida escolar. Crianças com transtorno podem apresentar 
lacunas no aprendizado, por isso é importante que o psicopedagogo tenha 
conhecimento acerca do TDAH. O conjunto desses resultados desta revisão 
sistemática mostra que desenvolver programas de intervenção para crianças 
com TDAH em escolas é um grande e necessário desafio para pesquisadores 
das áreas da saúde mental. 
Diversas pesquisas apresentam que as abordagens multidisciplinares são 
as mais recomendadas para o tratamento de TDAH, o que inclui o uso de 
psicoestimulantes combinado com intervenção comportamental e treino 
cognitivo. O objetivo desse estudo de revisão sistemática foi investigar estudo 
de intervenção baseados em evidências com crianças e adolescentes com 
TDAH, devido à alta prevalência de TDAH e a singularidade de seus sintomas, 
36 
 
a alta busca por tratamentos para a manipulação eficaz dos sintomas de TDAH 
tem sido uma grande preocupação entre pesquisadores nas últimas décadas. 
Diante do exposto, conclui-se, com este artigo, que os diagnósticos 
utilizados como justificativa para o fracasso escolar por um viés que culpabiliza 
a criança e isenta os demais responsáveis. Entretanto, as preocupações 
existentes dizem respeito às capacitações dos profissionais envolvidos no 
tratamento da criança e nas demais pessoas responsáveis pelo seu cuidado, 
pois o uso unilateral e irresponsável do diagnóstico e dos meios de tratamento 
utilizados pode contribuir para a erradicação das expressões comportamentais 
da criança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
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