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1 PEDAGOGIA FERNANDO FERREIRA SILVA - F0191A5 MAURACI SOUZA MIRANDA – F0377i2 THAIS SCARAMUÇA – D94IFB7 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO-TCC TDAH: CARACTERISTICAS, DESAFIOS E SUAS IMPLICAÇÕES NO AMBIENTE ESCOLAR SANTANA DE PARNAÍBA 2021 2 PEDAGOGIA FERNANDO FERREIRA SILVA - F0191A5 MAURACI SOUZA MIRANDA – F0377i2 THAIS SCARAMUÇA – D94IFB7 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO-TCC TDAH: CARACTERISTICAS, DESAFIOS E SUAS IMPLICAÇÕES NO AMBIENTE ESCOLAR Trabalho de Conclusão de Curso, curso de Pedagogia 6° Semestre apresentado à Universidade Paulista – UNIP- Orientado pelo Professor Dr. Cláudio Amaro. SANTANA DE PARNAIBA 2021 3 “Não importa que uma criança aprenda devagar. O que importa é que a encorajemos a nunca desistir.” (Robert John Meehan) 4 AGRADECIMENTOS Agradecemos em primeiro lugar a Deus por ser à base das nossas conquistas. As nossas famílias, por acreditar e terem interesse em nossas escolhas, nos apoiando e esforçando-se junto a nós, para que nós supríssemos todas elas. Aos professores, pela dedicação em suas orientações prestadas na elaboração deste trabalho, nos incentivando e colaborando no desenvolvimento das ideias, por disponibilizarem tempo e informações para elaboração deste Trabalho de Conclusão de Curso. 5 Resumo O transtorno de Déficit e atenção e Hiperatividade-TDAH inclui-se nas dificuldades apresentadas no ambiente escolar. O TDAH tem como características principais básicas a desatenção, a agitação e a impulsividade. Deixando claro que hoje é uma das problemáticas existentes no desafio para a educação, apresentando assim uma grande contribuição para o fracasso escolar. Entretanto muito tem se falado sobre o assunto, mas poucas são as pessoas que possuem real conhecimento sobre a temática em questão, e apenas uma equipe de profissionais especializados podem fornecer um diagnóstico correto. Para elaboração e construção desse artigo, apanhou-se investigar as relações entre as características, diagnósticos e suas implicações no ambiente escolar. O presente estudo, de cunho bibliográfico buscou investigar as intervenções do TDAH causadas no processo de ensino aprendizagem, tendo como base de estudo alunos do Ensino Fundamental I. No entanto, fez se um estudo detalhado sobre o que é TDAH, suas características, desafios e suas implicações no ambiente escolar, apontando assim qual o papel dos envolvidos diante da problemática em questão. Graduando do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Paulista-UNIP nando.fersilva@hotmail.com Graduanda do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Paulista-UNIP mara.mary23@hotmail.com Graduanda do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Paulista-UNIP thaisscaramuca2013@gmail.com PALAVRA CHAVE: TDAH, Desafios, Diagnósticos, Implicações, Aprendizagem. mailto:nando.fersilva@hotmail.com mailto:mara.mary23@hotmail.com mailto:thaisscaramuca2013@gmail.com 6 ABSTRACT Attention Deficit and Hyperactivity Disorder-ADHD is included in the difficulties presented in the school environment. O TDAH has as its main basic characteristics inattention, agitation and impulsiveness. Making it clear that today it is one of the existing problems in the challenge for education, thus presenting a great contribution to school failure. However, 6res has been said about the subject, but few people have real knowledge about the subject in question, and 6res a team of specialized professionals can provide a correct diagnosis. For the elaboration and construction of this article, we investigated the relationships between the characteristics, diagnoses and their implications in the school environment. The 6resente study, of bibliographic nature, sought to investigate the interventions of ADHD caused in the teaching-learning process, having as a basis of study students of Elementary School I. However, a detailed study was carried out on what ADHD is, its characteristics, challenges and its implications in the school environment, thus pointing out the role of those involved in the problem in question. KEYWORD: ADHD, Challenges, Diagnoses, Implications, Learning. 7 Sumário INTRODUÇÃO .................................................................................................. 8 METODOLOGIA ............................................................................................. 11 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................... 12 UM POUCO DA HISTÓRIA E O QUE É TDAH ............................................... 13 CARACTERISTICAS DO TDAH...................................................................... 15 COMO INDENTIFICAR O TDAH..................................................................... 16 TIPOS DE TDAH ............................................................................................ 17 DESAFIOS DO TDAH ..................................................................................... 17 CONSEQUENCIAS E POSSIVEIS CAUSAS DO TDAH ................................. 18 CONCEITO DA CRIANÇA HIPERATIVA ........................................................ 19 Hiperatividade ou indisciplina? ........................................................................ 21 ABORDAGEM DIAGNOSTICA ....................................................................... 25 SINTOMAS DO TDAH .................................................................................... 29 COMO É O TRATAMENTO? .......................................................................... 30 O TDAH E SUAS IMPLICAÇÕES NO AMBIENTE ESCOLAR ........................ 31 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 34 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................ 37 8 INTRODUÇÃO A sociedade que conhecemos hoje, foi produto de anos de história do homem moderno, onde foi aquele que produziu seu próprio crescimento em sua sobrevivência e construção do que somos hoje. Contudo, está centrado essa divisão entre Desenvolvimento a Aprendizagem, ao qual podemos verificar através das teorias de Piaget onde entende-se que o desenvolvimento leva a aprendizagem, por sua vez, Vygotsky atestou em uma de suas teorias que somente através da Aprendizagem que o homem atinge o desenvolvimento. O presente estudo fundou-se da necessidade de obter contribuições que ajudem os profissionais da Educação a trabalharem e desenvolver o aprendizado com crianças e jovens com distúrbios de atenção, confirmando assim o conceito de hiperatividade. Procura-se, também, identificar os obstáculos nos caminhos para o enfrentamento do distúrbio em vista de uma efetiva aprendizagem. Diante da complexidade do tema abordado, este estudo procura apontar parâmetros para a identificação do distúrbio, visto que há uma grande dificuldade em distinguir hiperatividade de outros problemas que geram a agitação emocional do indivíduo, com o auxílio do entendimento de que a capacidade de concentração é dependente, da integridade do sistema nervoso, com uma variável também em virtude do grau de maturidade do cérebro e da personalidade. O transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade-TDAH trata se de um transtorno neurobiológico que dá inicio na infância e que na maioria dos casos acompanha o indivíduo por toda a vida. O TDAH se caracteriza pela combinação de sintomas de desatenção, hiperatividade, inquietude motora e impulsividade, sendo a apresentação predominantemente desatenta conhecida por muitos como Distúrbio do Déficit de Atenção-DDA, o TDAH não é uma doença, portantonão existe cura. Os sintomas de TDAH manifestam se no início da infância. As evidencias diagnósticas tornam se evidente a partir do momento que a criança vai para a escola, pois a criança com TDAH pode apresentar dificuldade em prestar 9 atenção à aula, responder as questões sem terminar de ler ou até mesmo não conseguir ficar parado em um local por muito tempo. Entre os educadores, essa falta de conhecimento aumenta as sensações de impotência e frustração, pois o TDAH afeta não apenas o comportamento, mas também o processo de aprendizagem de seus portadores. A maioria dos estudos aborda apenas os aspectos comportamentais do TDAH. Os componentes hiperativos disruptivos e impulsivos interferem no dia a dia de professores e do aluno, como também em toda a unidade escolar, talvez por isso, crianças com esses comportamentos acabam recebendo mais atenção dos profissionais. Ressalta- se que as alterações no funcionamento cognitivo, com consequências principalmente nas funções executivas, na linguagem receptiva e expressiva, e nas habilidades motoras fazem parte do quadro e devem ser estudadas, esses comprometimentos afetam a capacidade de aprendizagem e o desempenho escolar. Lidar com os sintomas do TDAH e suas consequências no ambiente escolar não é um problema apenas para os portadores ou familiares. Os professores tem importante papel e real responsabilidade na melhora do processo de aprendizagem. O principal objetivo é fornecer todas as informações importantes sobre o TDAH e proporcionar um auxílio aos professores e todos os demais profissionais envolvidos no aprendizado dos envolvidos, e com isso tenha a possibilidade de identificar os sintomas e as características do TDAH, e através disso, seja possível desenvolver estratégias de suma eficiência de ensino e manejo comportamental para seus portadores e fornecer contribuições para a melhoria da qualidade de suas vidas. Sendo um transtorno neuropsiquiátrico frequente, que atinge tanto crianças quanto aos adolescentes e adultos, independentemente do seu país de origem, nível socioeconômico, raça ou religião. Na contemporaneidade não existe uma classificação cientifica, dados sobre a gravidade e a sobre a magnitude das consequências causadas pelo TDAH na vida dos portadores e seus familiares. 10 Como saber se um diagnóstico não é intenção dos médicos por apenas consequências da correria da vida moderna ou da quantidade de estímulos oferecidos as pessoas em um mundo globalizado? A informação oferecida da se ao saber qual a frequência do problema em vários países, com culturas diferentes. Para isso, é preciso realizar-se estudos na população em geral, chamados de epidemiológicos, outra maneira de aprofundar as pesquisas é sobre como ocorreu os primeiros relatos desse diagnóstico e qual sua evolução ao longo do tempo. Essa pesquisa também nos mostra que temos um longo caminho a percorrer para o perfeito entendimento do cérebro, seja através da neurociência ou via de teorias de desenvolvimento humano. 11 METODOLOGIA Com a análise dessa investigação buscou-se desenvolver um detalhamento e analogia acerca da temática em questão, o objetivo foi analisar os resultados obtidos em estudos bibliográficos já realizados sobre os transtornos de aprendizagem. O procedimento metodológico adotado foi uma busca bibliográfica de autores e produções cientificas. Os principais autores utilizados nesse trabalho foram SIQUEIRA, GIROTTO, PIAGET, VIGOTSKY, BARKLEY entre outros. O trabalho de pesquisa foi de cunho qualitativo que procurou abordar o TDAH, características, desafios e suas implicações no ambiente escolar e a importância para o aprendizado e desenvolvimento humano. Uma pesquisa bibliográfica tem o objetivo, segundo Marconi e Lakatos (2003), é aproximar o pesquisador de tudo aquilo que já foi produzido sobre o tema em questão, em diversos modelos que podem estar disponíveis por publicação ou gravação. A pesquisa bibliográfica não se resume, no entanto, em uma reprodução ditada por outrem, pois visa a propor uma releitura do tema sob uma nova perspectiva. Os estudos analisados apontaram que as dificuldades podem estar relacionadas a fatores intrínsecos, de ordem neurológica ou hereditária. Assim sendo importante que os profissionais envolvidos no processo educacional estejam sempre atentos ao surgimento das dificuldades apresentadas, identificando se as mesmas são de forma momentânea ou permanente. 12 RESULTADOS E DISCUSSÕES Notoriamente responsável pelos, conflitos e defasagens em diversos contextos, o TDAH é fator contribuinte para o fracasso escolar. De acordo com Richter (2009), a criança com esse transtorno está propensa a apresentar problemas de aprendizagem que podem resultar em baixo rendimento acadêmico, repetência, evasão escolar e dificuldades de relacionamento. O fracasso escolar tem instigado pesquisadores e estudiosos das mais diversas áreas. Não somente os profissionais de Pedagogia e Psicopedagogia nos dias atuais debruçam-se sob tal problemática que denuncia uma gama multifacetada de insuficiências. Por entender Saúde e Educação enquanto campos retroalimentares que convivem eco dependem, em uma relação dialética de contribuições e influências, a Psicologia tem direcionado seus intentos investigativos também para a área educacional, contribuindo de maneira relevante com uma vasta gama de produções científicas. A bibliografia consultada destaca que trabalhar com crianças que apresentam o TDAH não é uma tarefa fácil e que a compreensão do diagnóstico como o fim de um processo de procura por culpados é comum. Ações como esta, porém, reprimem a fragilidade do sistema educacional e a incapacidade dos professores, pais, e demais envolvidos com a aprendizagem da criança frente às demandas e consequências de conviver, cuidar e ensinar uma criança com TDAH. Compreende-se, que concepções e posturas pouco plásticas podem promover a marginalização destas crianças, que por sua vez tendem a apresentar um desempenho aquém do esperado. As suposições podem ser precipitadas, ainda assim, as possibilidades para a manutenção deste cenário separatista presentes no cotidiano são convidativas. Com as pesquisas realizadas neste trabalho demonstram que o TDAH tem grande interferência na vida escolar dos alunos, e a falta de atenção influencia negativamente diante do desenvolvimento da aprendizagem, onde assim na maioria dos casos os alunos com TDAH se excluem de tudo e de todos. 13 UM POUCO DA HISTÓRIA E O QUE É TDAH Muitas pessoas acreditam que o TDAH é uma condição atual porque somente nas últimas décadas temos ouvido falar mais a respeito do problema. Porém, é uma condição que já existe há muito tempo, contudo, algumas pessoas insistem em dizer que seja modismo para justificar comportamentos inadequados. Em 2012, o Journal of Attention Disorders (jornal acadêmico americano), revisado por pares que abrange o campo da psiquiatria e dos distúrbios de atenção, publicou a descoberta de um livro de 1775, ou seja, há 246 anos atrás. O livro The Earliest, do médico alemão Melchior Adam Weikard, onde as páginas figuravam um artigo inteiramente dedicado a “Transtornos de Atenção”, artigo chamado de: Attentio Volubilis onde descreve o déficit de atenção com características comportamentais que hoje se encaixam no que hoje chamamos critérios diagnósticos para o TDAH. Acredita-se que esse artigo seja a primeira referência a síndrome que hoje é conhecida como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, ou TDAH. Em 1902 o TDAH foi explicado e apresentado pela primeira vez por um pediatra inglês (George Still). George observou algumas alterações no comportamento de várias crianças atendidas em seu consultório, onde verificou que tais comportamentosnão podiam ser atribuídos a falhas educacionais ou falta de disciplina familiar, mas sim um determinante biológico incapaz de ser demonstrado. Esse grupo de crianças selecionadas por Still para o estudo, não correspondia exatamente ao que se considera hoje como TDAH, pois estavam inclusas as crianças com deficiência mental, crianças com lesões cerebrais e crianças epiléticas, porém todas elas apresentavam alguns traços em comum: um acentuado grau de inquietação, uma dificuldade de atenção, e também uma dificuldade de aprender com a experiência, e por mais que recebessem ensinamentos, essas crianças voltavam a praticar os mesmos erros. O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade é uma forma usada para relacionar um transtorno de desenvolvimento específico, que é observado tanto 14 em crianças como em adultos, destacando uma inibição comportamental, atenção sustentada, resistência à distração e também a regulação do nível de atividade da pessoa. A hiperatividade teve muitos nomes no decorrer dos anos, tais como: síndrome da criança hiperativa, reação hipercinética da infância, disfunção cerebral mínima e transtorno de déficit de atenção (com ou sem hiperatividade). Após grupos de psiquiatras realizarem pesquisas, chegou-se à conclusão de que o TDAH é um transtorno da inibição da auto regulação, ou seja, comportamentos que envolvem sistemas executivos do cérebro que monitoram comportamento em andamento, suprimindo escolhas e ações inapropriadas. O termo do Transtorno do Déficit de Atenção foi adotado oficialmente e, 1980 pela Associação Americana de Psiquiatria, e, no ano de 1994 foi atualizado para Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDA/H), onde o acréscimo da barra inclinada significa que o problema pode ocorrer com ou sem o componente de hiperatividade, inicialmente considerado o sintoma mais importante e definidor do quadro. Estima-se que 3-5% da população é diagnosticada com TDAH e vem sido descrito com foco nos sintomas motores inicialmente, e na desatenção, a partir do DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) III. Passou por algumas atualizações no DSM IV, que prevaleceram entre 1994 e 2013 e o CID (Classificação Internacional de Doenças), mantendo-se no DSM V com poucas alterações, mas relevantes para o entendimento das especificidades com relação à comorbidades. É estudado desde o século XIX, mas não há unanimidade sobre causas, consequências e tratamentos, levando a controvérsias sobre o diagnóstico (BARKLEY, 2002). O TDAH tem história e está na história há mais de dois séculos. Hoje, entendemos que crianças e adultos com o transtorno são inteligentes, podem se virar sozinhos, mas podem ter prejuízos na sua funcionalidade em função de três componentes (déficit de atenção, impulsividade e agitação), que, com auxílio de medicamentos e intervenções por meio de atendimentos clínicos, podem trazer grandes e significativos funcionamento para esse paciente enquanto vida independente e autônoma. 15 CARACTERISTICAS DO TDAH Conforme o Manual de Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais DSM-V, (APA,2014), às características do TDAH acaba sendo representado por uma trio sintomático que é, desatenção, impulsividade e hiperatividade, que é denominado como um transtorno de neurodesenvolvimento, porque isto no geral, tem um começo no período do desenvolvimento da criança, e também a presença desses sintomas que é caracterizado e manifestado na infância, junto com alguns prejuízos que pode variar se pessoa para pessoa, e poderá permanecer até a vida adulta. Conforme Phelan (2005), menciona que certas características gerais em que as crianças que têm TDAH podem demonstrar, como uma desatenção ou então uma tendência para a distração, quando ela não consegue ficar com sua atenção presa em só uma atividade. Impulsividade, ela acaba agindo sem pensar, não tem preocupação com as consequências que pode ocorrer, ela não supera com excitação o seu emocional, não se preocupa com as consequências, não sabe esperar, desobediência, como uma grande dificuldade de respeitar todas as regras, problema sociais, como a dificuldade em se relacionar com outras pessoas, desorganizado, esquecimento, pode chegar até perder suas coisas. É importante acrescentar que este transtorno tenha um grande índice de uma comorbidade que a mais comum para quem possui o TDAH é: O transtorno do opositor desafiador TOD, que conforme DSM-V, possui conforme uma das principais características a desobediência, e o desafio de um comportamento hospital. O transtorno da aprendizagem, que é a dificuldade que a pessoa poderá demonstrar se, atingindo, a sua cognição e acaba nos impedindo de ter conhecimentos novos. O transtorno da conduta TAC, que é caracterizado porque trata-se de um comportamento que se repete e se perde em uma conduta antissocial, desafiada e agressiva (APA, 2014). Este termo comodidades significa que os outros transtornos ou então alguma doença parecida, por conta da sua grande taxa, acaba se tornando difícil de ter um diagnóstico diferente, levando em consideração que as comorbidades é uma regra é não é uma exceção, que é importante considerar uma possível possibilidade de mais um tipo de transtorno associado. 16 COMO INDENTIFICAR O TDAH Conforme o DSM-V (2013) possui uma lista que contém 18 sintomas, sendo que 9 são para desatenção, 6 para a hiperatividade e 3 para a impulsividade. Como uma maneira de diagnóstico é considerado a quantidade de 6 sintomas para a desatenção ou então 6 sintomas para impulsividade e hiperatividade. Portanto, os sintomas eles vão ter que persistir para mais seis meses, que poderá ser então verificado logo no começo ou então até seus 12 anos de idade, o que antes era possível é que somente antes dos 7 anos, como também é importante considerar sempre estar presente em mais de um contexto, como o escolar e o familiar, e também pode ter interferência muito significativa para a vida funcional desta pessoa. E também pode ter expectativa de um transtorno ser apontado como sendo leve, moderado ou então grave, tudo depende do nível e do prejuízo que estas distintas poderiam provocar na vida desta pessoa. O diagnóstico para o TDAH ele é clínico, acontece por meio de uma observação no comportamento por meio de critérios de diagnóstico que possuem nos Manuais de Diagnóstico e Estatístico das Perturbações Mentais (DSM-V), sempre levando em consideração a gravidade e a persistência de todas as manifestações destes sintomas que tem nexo com o transtorno. (PEREIRA et al., 2017). Mesmo que certos profissionais procuram por meios de mudanças complementares e o diagnóstico poderá ser solicitado alguns exames, que pode ser o de neuroimagem ou então teste de neuropsicológicos, portanto, esse pode servir para poder complementar no processo, porém é alô opcional não é nada obrigatório para poder concluir um diagnóstico clínico. Sobre o exame de neuroimagem, mencionam que não tão confiáveis assim para poder afirmar este tipo de diagnóstico, pois é necessário um diagnóstico que seja realizado por um profissional que seja médico e que atenda a área do desenvolvimento infantil, para que desta maneira possa definir o que é algo disfuncional e o que ele espera nos termos do comportamento para cada tipo de idade. 17 TIPOS DE TDAH O TDAH atinge cerca de 8 a 11% das crianças que estão no período de idade escolar. No entanto, vários especialistas destacam que o TDAH é superdiagnóstico, por grande parte pois os critérios são incluídos de modo impreciso. Segundo o DSM-5, existem 3 tipos de TDAH como: desatenção predominante; hiperatividade e impulsividade predominante; combinado (SULKES, 2020). No entanto, o TDHA em geral, é aproximadamente duas vezes mais comum as pessoas de sexo masculino, mesmo que as taxasvariam conforme o tipo. Do tipo predominantemente hiperativo e impulsivo acontece 2 a 9 vezes mais entre os meninos, mesmo a forma predominantemente desatenta acontece com a mesma frequência em ambos os sexos. E o TDAH não possui uma só ocorrência específica conhecida (SULKES, 2020). DESAFIOS DO TDAH A escola é um local em que as pessoas demonstram seus ideais, carácter, necessidades, elas dividem tudo um lugar físico. Sabendo que é um contexto importante para todas as crianças, porque é por meio de suas relações sociais, é indicado que compram os objetivos façam atividades, segundo toda uma rotina e passando a maioria do tempo, e o professor tem um papel muito importante que é de educador (PEREIRA et al., 2017). A escola se revela como um desafio para o TDAH, mesmo sendo uma área de experimentos e de desenvolvimentos, em que a criança vai testar todas as suas capacidades físicas, emocionais e intelectuais. É nesta área que os professores eles verificam que certos alunos possuem certos comportamentos que são considerados desafiador na sala, como uma falta de organização, motivação, distração fácil, problemas para poder completar as tarefas, dificuldade para aprender, e pode ter muita agressividade, e isso poderá complicar ainda mais a relação com os outros alunos. Estes elementos, podem atingir a aprendizagem e levar para um fracasso escolar. É nesta forma dentro da relação escolar, que as questões do TDAH ficam destacados, porque o fato como uma menor realização de certas tarefas, baixo desempenho em uma certa 18 atividade, e a grande dificuldade de ficar prestando atenção, acabam sendo muito evidentes (LUIZÃO; SCICCHITANO, 2014). CONSEQUENCIAS E POSSIVEIS CAUSAS DO TDAH O fator das consequências, de acordo com Silva e Albertini (2016), à medida que a saúde de uma criança é a responsável por seu ideal de qual seria a promessa, tomar o corpo por um diagnóstico pode chegar em um sistema de subjetivação. Na forma em que o conhecimento científico se interpõe entre uma criança e o outro, sejam estes pais, médicos ou professores, o mesmo deixa de ficar em um ambiente de investimento preciso para que esta inter-relação deixe assumir um controle do seu corpo como um sujeito. Por conta disso, as práticas e as falas da criança acabam sendo entendidas e significadas por estes meios, inserindo-a em um laço por um sentido e não por uma história, sem a singularidade, que mais se desestabiliza do que se mantém em estrutura. O sujeito tem a chance de uma opção ética que possa sustentar o seu traço de singularidade por meio da sua vontade ou de se entregar a um imperativo do gozo dos demais em um apagamento da subjetividade. As causas de uma criança que tem TDAH costumam ser bem severas. Pois, os pais, médicos e professores, até entenderem que se trata de uma criança com TDAH, e assim procuram as melhores maneiras de repreensão. O castigo ou a punição é a pior maneira de poder lidar com estas crianças que têm esse transtorno. Pois, ao invés de reduzir a questão, esta forma de tratá-la pode acabar estimulando os sintomas mais prejudiciais. No entanto, as punições ou castigos podem acabar gerando uma autoestima baixa, o bullying, e a criança pode até desenvolver uma fobia com relação aos ambientes que ela frequenta. Para que isso não aconteça em nenhum lugar, todos devem entender quais as formas certas para tratar uma criança com TDAH (NASSIF, 2016). Porém, o conhecimento é um grande capital que se tem e a sua acumulação tem que servir para uma boa convivência. O mesmo existe para que possa ser integrado, transformado, situado, encontrado, aplicado e incorporado em sua real missão que é proporcionar mudanças e encontros. No entendimento, um conhecimento sem possuir um auxílio de afeto que acaba se treinando bem insensível e frio, já que o entendimento acaba estimulando uma inteligência, 19 porém, é o afeto que permanece vivo o entusiasmo, e que possa sustentar os propósitos que a mente realiza e que serve como um bom auxiliar de uma razão. A sensibilidade faz uma pessoa com TDAH ser mais solidária a dor e a precisão alheia, onde faz aparecer uma real condição de sujeito (MATOS, 2013). CONCEITO DA CRIANÇA HIPERATIVA O Transtorno de Déficit de Atenção - Hiperatividade (TDAH), tornou se um termo comum entre as pessoas, principalmente dentro das escolas e entre os professores. Frequentemente se fala que crianças agitadas são hiperativas sem nem mesmo conhecer os sintomas e fazer um diagnóstico correto com um profissional para dar um parecer sobre o aluno. Silva (2003) ressalta que as causas do TDAH ainda não são totalmente conhecidas e comprovadas cientificamente, porém já se podem identificar algumas delas. Para que a pessoa possa ser considerada hiperativa necessita apresentar pelo menos, seis das seguintes características. Tem a dificuldade de identificar detalhes ou faz erros por falta de cuidado, apresenta dificuldade em manter a atenção, parecendo não ouvir, não consegue se organizar e seguir instruções não gostando de realizar as tarefas que exigem maior esforço mental, esquece ou perde frequentemente os objetos necessários para uma atividade, distrai-se facilmente e é passível de esquecimento com muita frequência nas tarefas diárias. O conhecimento das propriedades intrínsecas ao TDAH é importante para não deixar que os possíveis problemas de aprendizagem atrapalhem o desenvolvimento natural de uma criança. Porém é preciso educar e preparar a criança para aprender, levando em consideração os limites e possibilidades das mesmas nos diferentes momentos de desenvolvimento da sua vida, o espaço em que vive suas amizades, integração ao grupo e o contato com o mundo a sua volta. (MATOS, 2005, p. 16). A hiperatividade ganha destaque pela agitação excessiva das crianças. Meninos e meninas que não param quietos, correm e são bastante falantes, por exemplo. Indaga se que a questão da inquietação não é levada a sério. Muitos 20 definem a inquietude como indisciplina, traços da personalidade ou simplesmente, travessuras de criança. São distúrbios de neurodesenvolvimento que aparece na infância. Essa denominação busca identificar transtornos que podem afetar tanto o aprendizado e a aquisição de novas informações, como a conservação desse conhecimento e a sua aplicação. Entretanto, trata se de uma condição neurológica que afeta a parte do cérebro responsável pelo desenvolvimento. Desse modo, ela provoca disfunções importantes, como atenção, percepção, aprendizagem, e interação social. A hiperatividade carrega uma bagagem com uma série de sinais, como inquietação, agitação e incapacidade de esperar. Pode haver dificuldade de socialização e de controle de comportamento, aquisição do aprendizado, etc. Todos esses sintomas podem ser leves ou até pode exigir uma assistência para o tratamento da hiperatividade. Em resumo o problema é prejudicial ao desenvolvimento infantil em fases importantes da vida. De acordo com a Associação Brasileira de Déficit de Atenção e Hiperatividade a prevalência do TDAH gira em torno de 3 a 5% da população infantil do Brasil sendo mais frequentes em meninos do que meninas, e de vários outros países do mundo onde o transtorno já foi base de pesquisa para os cientistas. De acordo com os especialistas, investigações mostram que uma em cada 20 crianças têm TDAH, e que os meninos sofrem mais com o distúrbio. Estudos referenciais dizem que para cada três a cinco meninos, um tem TDAH. Caso não receba tratamento adequado na infância, há grande associação de depressão, ansiedade e envolvimento com drogas e álcool na fase adulta. Nos adultos estima uma prevalência em aproximadamente 4%. Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª Ed. 2013 - DSM-5, levantamentos populacionais sugerem que o TDAH ocorre na maioria das culturas em cercade 5% das crianças de 2,5% em adultos. Constata-se então que a criança pequena e o pré-adolescente são menos capazes de se concentrar em uma determinada atividade por um período 21 longo de tempo do que as pessoas mais adultas, no entanto, isso não são critérios de classificação como hiperativos. Contudo, pode-se dizer que na idade escolar, as crianças hiperativas apresentam maior probabilidade à reprovação, abandono escolar, baixo rendimento e principalmente apresentam dificuldade de relacionamento, fatores estes que precisam ser estudados, analisados e a escola precisam fazer o seu papel, incluindo a todos e buscar alternativas de trabalhar com estas crianças incluindo-as na sociedade. Hiperatividade ou indisciplina? A criança portadora de hiperatividade pode ser confundida como malcriada ou com o comportamento de uma criança enérgica demais, ou até mesmo travessa diante das suas brincadeiras. Direcionando para que muitos pais não percebam que há algo de errado, levando-os a se dar conta dessa defasagem somente na idade escolar, quando os desafios se tornam cada vez maiores. Diante da falta de diagnóstico ou do teste de hiperatividade acaba gerando experiências dolorosas, especialmente na alfabetização. Ocorre que a criança pode ser vítima de bullying e com isso enfrenta uma série de dificuldades e incompreensão. Em consequência, convive com esse transtorno até a vida adulta. As principais características da hiperatividade temos a agitação e a inquietação. Diante disso, o hiperativo simplesmente não consegue ficar parado. Com isso, a criança não consegue permanecer sentada por muito tempo, mexe as mãos e os pés a todo instante. A criança hiperativa corre, pula, fica inquieto, retira objetos do lugar como se estivesse constantemente buscando se ocupar de alguma coisa. Na fase escolar, por exemplo, levanta da cadeira ou caminha pelo ambiente, mesmo sem permissão. Em razão disso, toda essa energia acaba confundida com indisciplina. Esse sintoma de hiperatividade se torna uma sensação constante e incômoda de inquietude quando chega a adolescência ou a fase adulta. 22 A hiperatividade também é bastante conhecida pela tagarelice, crianças com essa condição falam o tempo todo. A agitação incontrolável faz com que a criança fale tudo aquilo que está sentindo. Com essa atitude é um meio de sanar a sua inquietação e de buscar compreensão sobre o que está sentindo. Por não ter muito discernimento de quando fazer isso, interrompe conversas, se mete onde não é chamada e responde precipitadamente. Procura se reforçar que o hiperativo não sabe aguardar a sua vez. Ansiedade, agressividade e impulsividade são sintomas da hiperatividade que demandam bastante atenção. Muitos hiperativos são ansiosos e não sabem esperar. Não obedecem a regras, furam filas, atropelam os coleguinhas em brincadeiras ou são inconvenientes em diversas situações. Quando apresentam agressividade ou impulsividade, essas crianças podem ter comportamentos prejudiciais. E devido a esses sintomas dificulta a socialização e gera más interpretações. Como consequência, isola se de tudo, acaba sendo vítima de bullying ou causando ferimentos neles e nos outros. Outras evidencias do TDAH são a desatenção e a distração. Identifica se esses indícios em crianças muito desastradas, que se machucam facilmente batendo em coisas a seu redor, ou que têm alguma dificuldade em concluir uma tarefa. Algumas vivem facilmente distraídas. É necessário apenas um ruido ou um mosquito passar para ela parar de ouvir o que você diz, por exemplo. Os sintomas comuns de hiperatividade é a falta de compreensão e absorção de conteúdo. Uma grande parte das crianças hiperativas não consegue realizar uma determinada tarefa, mesmo que seja simples ou que tenha sido bem instruída. Isso não significa que ela seja uma criança preguiçosa ou malcriada, mas sim, que há uma dificuldade no aprendizado. A falta de desempenho escolar é um dos indícios mais fortes da hiperatividade, que acaba ficando abaixo do esperado. Crianças com dificuldade de aprendizagem necessitam receber uma atenção especial de educadores, com o intuito de tentar identificar a causa ou problema que interfere na aprendizagem. Deixando claro que dificuldade de aprendizagem não é o mesmo que transtorno de aprendizagem o que causa certa confusão na hora de identificar o problema na criança. 23 Pais e professores não são especialistas em distúrbios, mas ao identificar tais dificuldades de aprendizagem na criança eles devem buscar o auxílio de um especialista, para que a criança possa receber o tratamento adequado de acordo com a especificidade de cada distúrbio. Dificuldade de aprendizagem é um termo genérico para descrever a defasagem de aprendizado na aquisição de uma ou mais competências, mas sem uma causa evidente. Em compensação os transtornos de aprendizagem referem- se a problemas relacionados a deficiências sensoriais e intelectuais que dificultam o processo de aprendizagem (GIROTTO, GIROTTO; OLIVEIRA, 2015). Existem relações específicas entre transtornos de aprendizagem e atraso no desenvolvimento da linguagem, da fala e da escrita; alterações na ortografia, problemas na resolução matemática, confusão em aprender e diferenciar letras e sons, imaturidade fonológica e antecedência familiar. Problemas socioeconômicos culturais e emocionais, metodologias de ensino inadequadas e a dificuldades secundárias a outros quadros clínicos concomitantes a período de desenvolvimento o que remete a um grande desafio de efetivação de aprendizado, relaciona se a dificuldade de aprendizagem principalmente em crianças em fase inicial do processo de ensino aprendizado. O comprometimento ou atraso no desenvolvimento de funções ligadas à maturação biológica da parte central do sistema nervoso, o distúrbio de aprendizagem, identificado pela sigla DA se inicia ainda na infância, e tem sido considerado problema específico da leitura escrita e do raciocínio matemático, identificado em geral nos primeiros anos escolares. Por ser um transtorno incurável, acompanha o indivíduo por toda a vida, embora possa ser atenuado, a depender do tipo de transtorno. Associa-se ao atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem, a confusão têmpora- espaciais, de esquema corporal e de lateralidade ou alterações do funcionamento cerebral normal. A etiologia do distúrbio pode estar relacionada a alterações genéticas ou adquiridas. Para Siqueira e Gurgel-Gianetti (2011) o transtorno de aprendizagem 24 possui uma relação direta com problemas na aquisição e desenvolvimento de funções cerebrais as quais envolvem o ato de aprender. Estrutura do cérebro Fonte: Revista Pesquisa FAPESP É comum ouvirmos a história de que usamos apenas 10% das nossas capacidades mentais. Este mito tem origem, numa leitura equivocada do filosofo e psicólogo norte americano Willian James (1842-1910) que afirmou que o raciocínio lógico tem emprego limitado em boa parte de situações da vida humana, agimos por instinto. Estudos realizados no cérebro mostraram evidências de disfunção em pessoas com TDAH. Devido a inteligência que temos a capacidade de usar informações para solucionar problemas práticos que envolvem tanto a razão quanto os instintos e os sentimento. Existem outros fatores que também atuam na memória, como as emoções e o sono. As emoções agem modulando e reforçando as memórias, enquanto o sono é essencial para limpar a memória de trabalho, logo, atua no aprendizado, é denominado que a gente aprende. 25 A origem do TDAH destaca se pelos fatores genéticos, pois tem um papel bastante relevante na vida dos indivíduos com o transtorno. De acordo com as pesquisas, mostram que o TDAH é bem maior em fatores genéticos e que a herdabilidade média do TDAH é estimada em 76%. Estudos estabeleceram as basesgenéticas do TDAH, Apoiando a contribuição genética para o surgimento do transtorno. Diversos estudos verificaram que 60% das crianças com TDAH herdaram o transtorno dos pais, essa probabilidade aumenta em ate oito vezes à criança ter TDAH se um dos pais tiverem o problema. Por conseguinte, estudos demostram relações importantes entre o TDAH e uma série de dificuldades na aprendizagem e no desempenho escolar. O TDAH é a principal razão que as crianças tenham baixo desempenho acadêmico crônico e para os altos índices de abandono escolar. ABORDAGEM DIAGNOSTICA Especialistas utilizam as orientações diagnósticos que buscam auxiliar de maneira complementar a confirmação do transtorno na vida da criança. De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª edição (DSM-V). É o guia oficial para diagnóstico de doenças e transtornos psicológicos, elaborado pelos melhores especialistas do mundo. Através de levantamentos feitos pelo DSM-5 acredita- se que o TDAH ocorre em 5% das crianças e 2,5% dos adultos. Ainda de acordo com estudo, é mais frequente em meninos que meninas, na população geral. Quando se compara o público infantil e os demais, a pesquisa constatou que a proporção de TDAH se configura da seguinte forma: 2:1 em crianças e 1,6:1 em adultos. Cabe sempre lembrar que o diagnóstico do TDAH deve ser sempre multidisciplinar. Essa distinçaõ é composta em sua grande maioria por profissionais de saúde e educação. Entretanto, compete aos pais exercer um papel de extrema relevância nesse processo quando os profissionais e os envolvidos buscam analisar a abordagem diagnóstica, as partes envolvidas elaboram um esquema e o que elas desempenham ou ficam responsáveis. Como vemos a seguir; 26 – Médico: anamnese, escalas de avaliação, exame complementar; – Pais: disponibilizam o perfil comportamental e desenvolvimento; relatam a rotina de sono e os prejuízos afetivos e sociais; – Escolas: a instituição deve fornecer relatórios referentes ao percurso do aluno; além disso, dados sobre aprendizagem e comportamento também são imprescindíveis nesse processo; – Equipe: os especialistas ficam por conta de disponibilizar a avaliação psicognitiva e afetiva, além da presença indispensável de fonoaudiólogos e psicopedagogos. Existe alguma dificuldade para o diagnóstico do TDAH? Alguns estudos sugerem que o diagnóstico voltado para o subtipo desatento costuma ter o seu grau de dificuldade em função da falta de comportamentos evidentes (LARROCA e DOMINGOS, 2012). As manifestações clínicas são utilizadas para conduzirem o diagnóstico podem ter suas causas originadas em fatores associados, como alguns déficits sensorial e intelectual. Um ponto que simboliza o desafio para a realização do diagnóstico, de acordo com Folquitto (2009), é que tanto o déficit de atenção e a hiperatividade, que são sintomas presentes no TDAH, são tidos como ... “aspectos dimensionais na população, ou seja, manifestam-se, em menor intensidade, no comportamento de crianças e adultos de um modo geral”. O diagnóstico do TDAH não é um transtorno simples e depende muito de uma observação prévia, sobretudo no ambiente escolar na execução de tarefas ou em detalhes do aspecto comportamental, diante disso, os professores comunicam aos pais, que por sua vez, precisam procurar auxílio médico e psicopedagógico para fazer acompanhamento e dar o início aos tratamentos. De acordo com os critérios diagnósticos estabelecido pelo DSM-V ressaltam que o TDHA é dividido em dois grupos com objetivo de esquematizar e facilitar a identificação dos sintomas que podem evidenciar a existência do TDHA. 27 •Déficit de atenção •Desatenção a detalhes e erros •Dificuldade com instruções, regras e prazos •Alta distração •Perde, esquece objetos •Hiperatividade e impulsividade •Desorganização •Evita ou reluta tarefas de esforço mental •Faz tudo a “mil” •Interrompe inoportunamente •Dificuldade em esperar •Movimento excessivo do corpo durante postura •Não automatiza tarefas do cotidiano •Sobe, escala, exposição em perigos •Dificuldade em permanecer sentado Os diagnósticos são inteiramente clinico, e feito por médico especialista em TDAH, o processo diagnóstico de TDAH segue uma relação e critérios médicos específicos, incluindo a determinação de subtipo, nível de remissão e gravidade do transtorno. As consultas com pessoas com TDAH geralmente são mais longas, pois é preciso colher históricos familiares em função da herdabilidade genética. O processo diagnóstico feito ´por especialistas seguem alguns passos: • Entrevistas com os pais •Entrevistas e relatórios com professores •Questionários e escalas de sintomas •Avaliação e observação da criança no consultório 28 •Avaliação neuropsicológica • Avaliação psicopedagógica •Avaliação fonoaudiológica •Anamnese e testes neurológicos Através dessas avaliações que se concluirá as características mais predominantes do indivíduo com TDAH, onde serão classificados em um dos 3 tipos existentes: predominante desatento, predominante hiperativo-impulsivo e tipo combinado. O tipo predominante desatento é característico quando o individuo tiver uma concentração curta, quando os sintomas de desatenção são mais marcantes. O tipo predominante hiperativo/impulsivo é classificado quando os sintomas de hiperatividade e impulsividade estão presentes em proporções significativas e equivalentes (SILVA, 2009, p.207) As crianças que apresentam estes sintomas mostram altos índices de impopularidade, porque na maioria das vezes agem sem pensar, falham em fazer planos e não realizam o que se espera delas. O tipo predominante combinado tem as características quando os sintomas de desatenção e de hiperatividade/impulsividade estão presentes no mesmo grau de intensidade. As crianças que apresentam estes sintomas costumam ser mais rejeitada por colegas, por serem consideradas mais negligentes, são mais tímidos e costumam não interagir com as pessoas ao seu redor. Mesmo existindo características para os indivíduos que apresentam o transtorno, esta patologia é bastante heterogênea. No entanto, os sujeitos não são o transtorno em si. Possuem uma identidade própria e não devem ser reconhecidos apenas por um transtorno que faz parte do que são. Paulatinamente, a experiência de si e a identidade pessoal passam a ser contaminadas pelo reconhecimento, nos critérios diagnósticos do transtorno, de novas leituras para antigas dificuldades pessoais. (ROSSANO, 2005, p.14) 29 Algumas escalas de avaliação são utilizadas não só como instrumentos de diagnósticos, mas como porcentagem de sintomatologia e no rastreio diagnóstico da sintomatologia do transtorno. A principal fonte de pesquisa são os docentes, à medida que eles têm uma rotina com as crianças, pois possibilitam dar mais informações diárias do desenvolvimento, podendo citar possíveis déficits de atenção ou comportamento inadequado e também sinalizarem os pontos fortes destas crianças. SINTOMAS DO TDAH Deve se ficar atento quanto aos sintomas e jamais confundir-se com algum distúrbio de aprendizagem, como dislexia, disgrafia, discalculia, etc. Os sintomas do TDAH podem ser de fácil percepção para quem convive com a criança, por exemplo, ou podem ser mais implícitos. De qualquer forma, só uma equipe médica é capaz de fazer o diagnóstico exato. Os profissionais responsáveis que cuidam desses casos alertam: é necessário que a pessoa manifeste, um padrão persistente de desatenção ou hiperatividade/impulsividade que cause influência no comportamento da pessoa, assim como seu desenvolvimento. Principais sinais de que manifesta o TDAH: •Desatenção frequente em situações do cotidiano (obrigatórias e lúdicas) •Dificuldade para seguir instruções ou finalizar o que devia (alguma tarefa) •Não familiarizar com atividadesque peçam raciocínio ou atenção (atividades que precisam de esforço mental) •Ficam distraídos por estímulos externos e não prestar atenção ao que se passa dentro do contexto ao que está inserido •Perder objetos que fazem parte de alguma função rotineira •Levantar-se da cadeira a todo instante (inquietação total •Não ter paciência de esperar o outro terminar as atividades e querer passar na frente 30 Os sintomas de impulsividade, são os mais explícitos às pessoas que estão ao torno; entretanto aqueles que estão ligados à desatenção, podem ser percebidos por pais e educadores, por exemplo. Entende-se que é bem possível que alguns desses sintomas estejam presentes em grandes ou menores intensidades em diversas pessoas, e não cause grandes prejuízos a sua vida. COMO É O TRATAMENTO? O tratamento do TDAH precisa ser ministrado por uma equipe médica multidisciplinar. Na maioria dos casos, pode-se notar a presença de neuropsiquiatras, neuropediatras e neurologistas. No entanto, profissionais de outras áreas também são imprescindíveis para reforçar o tratamento: psicólogos, fonoaudiólogos, psicomotricistas, entre outros. O tratamento do TDAH é feito com o uso de medicamentos, terapia comportamental ou uma combinação dos dois. Um item que merece destaque é o psicoestimulante, pois ele estimula a atividade e promove maior atenção à pessoa em suas funções. Além disso, os psicoestimulantes são responsáveis pela melhora nas áreas cerebrais que são influenciadas pelo TDAH. Lembrando que esses medicamentos devem ter licença da ANVISA e só podem ser receitadas por médicos. O tratamento farmacológico administrado no TDAH, mais usado no Brasil é o psicoestimulante metilfenidato de liberação imediata (Ritalina®), e suas principais contraindicações para o uso são: hipertensão grave, insuficiência cardíaca, arritmia, angina, psicose, glaucoma, hipertireoidismo, história pessoal ou familiar de Síndrome de Tourette. A dose ideal do metilfenidato é aquela que atinge os resultados-alvo com o mínimo de efeitos colaterais. É importante que os pais monitorem a adesão e os efeitos adversos, os efeitos adversos costumam ser leves e podem desaparecer com o tempo ou podem ser resolvidos com ajustes de dose. Em relação às intervenções psicoterápicas, a mais estudada e com maior evidencia cientifica de eficiência para os sintomas cardinais do TDAH é a Terapia Cognitivo Comportamental-TCC. Crianças com TDAH muito adaptativas demandam técnicas comportamentais que podem ajudar muito, nem todas as crianças com TDAH necessita fazer psicoterapia, o quadro sempre exige orientação familiar 31 Como alternativa, há grupos de apoio que servem não só para a pessoa com o TDAH, mas para os familiares também. Nas reuniões realizadas, algum profissional da saúde passa informações relacionadas aos sintomas e às maneiras que se têm para lidar com os desafios e outras etapas do tratamento. Para finalizar, é importante ressaltar que somente uma equipe médica pode fornecer um diagnóstico completo acerca do TDAH. O TDAH E SUAS IMPLICAÇÕES NO AMBIENTE ESCOLAR Estudos realizados no Brasil por profissionais da educação, apontaram que 87% dos portadores de TDAH repetem o ano na mesma série mais de uma vez, comparados a 30% dos estudantes que não eram portadores deste transtorno. Por meio desses estudos constatou-se que 48% dos portadores de TDAH já haviam sido expulsos de outros colégios onde estudavam frente a 17% e 2%, respectivamente, do grupo de não portadores, 81% das crianças com TDAH apresentaram desempenho inferior ao esperado para a sua faixa de escolaridade, apresentaram um atraso escolar de pelo menos um ano ou mais, e apenas 19% apresentaram desempenho escolar compatível com o esperado para a sua idade. O TDAH é considerado um distúrbio infantil, podendo prejudicar a aprendizagem no âmbito escolar, pois existem relatos de pais e professores de crianças portadoras do TDAH de que prejudica todo rendimento escolar, mesmo que a criança demonstre interesse e capacidade de aprender. A maior dificuldade da criança com TDAH é prestar atenção e o ambiente escolar é extremamente sistematizado e que necessita de dois tipos de atenção ao qual a criança tem maior dificuldade que é a atenção Seletiva que é não prestar atenção como por exemplo: em pequenos barulhinhos, e atenção Sustentada; que é por exemplo, sustentar a atenção na explicação do professor do começo ao fim. A criança com TDAH não consegue manter essa manutenção, ela tem uma oscilação de atenção. Temos dois tipos de TDAH: Combinado e Desatento. O TDAH Combinado, é o que tem hiperatividade e impulsividade associados e o Desatento é apenas a desatenção. A criança com perfil desatento, ela tem muito 32 mais prejuízo escolar, pois, como a escola sempre começa do nível simples para o complexo e, como ela não consegue acompanhar o ritmo, vai perdendo o interesse e por conseguinte, será uma criança mal alfabetizada, vai demorar para aprender a ler e escrever e escreverá com muitas falhas e o olho do professor precisa estar muito treinado. E acaba que a escola manda primeiro pra fazer avaliação o perfil hiperativo porque a criança não para o professor não dá conta e o perfil desatento acaba não tendo a atenção necessária. Por isso, é muito importante que o professor e toda a equipe pedagógica estejam bem informados sobre as possibilidades de tratamento do quadro de TDAH, incluindo a medicação e como ela age no sistema nervoso central e sobre os comportamentos inadequados, além de entender que as melhoras ocorrem no aumento do foco, da atenção, na execução, na caligrafia, nas habilidades motoras finais e na melhora dos relacionamentos interpessoais. Para Barkley (2002), prognosticar uma criança pode se tornar mais difícil, pois ela pode apresentar comorbidades, ou seja, pode apresentar, além do TDAH, outro quadro clínico, como o transtorno de aprendizagem, presente em 20 a 30% dos alunos com TDAH, ou o Transtorno Desafiador Opositivo presente em 50% das crianças com TDAH e problemas de conduta, também presentes de 15 a 25% dos portadores do transtorno. Atualmente, existem informações de todo tipo sobre as dificuldades e transtornos de aprendizagem, mas infelizmente o sistema educacional é desenvolvido para alunos que não apresentam nenhum déficit de aprendizagem, e não estão preparados para receber uma criança com o diagnóstico e nem tão pouco podem observar a possibilidade de um aluno ser portador de TDAH. Os alunos que possuem distúrbios e estão inseridos no meio de alunos que não apresentam nenhum problema, muitas vezes são tratados de uma forma preconceituosa e com muito despreparo da parte dos professores e coordenadores, não oferecendo assim, nenhuma assistência e apoio necessário a esse aluno. Com muita frequência, as crianças consideradas difíceis dentro da sala de aula são vistas e rotuladas pela escola como uma criança hiperativa, e muitas crianças que sofrem com o transtorno acaba permanecendo sem ser 33 diagnosticada e em todos os casos, o problema de aprendizado e de humor também são ignorados com frequência. A educação inclusiva é uma escola que precisa ser ampliada para a participação de todos e deve estar familiarizada com as informações básicas do TDAH. Por conta disso é muito importante que todo o corpo docente esteja preparado para trabalhar com uma criança que apresente qualquer distúrbio ou transtorno e, ao perceber alguma característica diferenciada, imediatamente encaminhar a criança para uma avaliação psicopedagógica. O professor precisa ter experiência e criatividade para poder elaborar uma variedade de alternativas, para poder avaliar qual delas funciona melhor em cada situação. É muito importante que o professor seja capaz de modificar a forma de aula e se adequar ao estilo de aprendizagem da criança. É de grande importânciausar a criatividade em sala de aula, elaborando uma aula que seja atrativa tanto para as crianças que apresentem sintomas do TDAH, como para as demais, uma aula bem elaborada e cativante, poderá despertar a vontade dessa criança em aprender. 34 CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante o desenvolvimento deste trabalho de pesquisa, constatou se que o cérebro é o órgão que conduz a vida do ser humano. E que a capacidade humana de conhecer e de aprender, não está na sua essência, como não está no meio social ou na cultura. O ser humano não nasce inteligente, ele se torna inteligente conforme apropria-se do que faz, ele modifica sua capacidade de pensar e consequentemente sua capacidade de aprender. Assim produzindo sua consciência, a mente humana resulta de intermináveis construções, o contexto em que ocorre cada aprendizado é de importância crucial. Esse contexto inclui uma grande quantidade de fatores moduladores, que nos últimos anos a pesquisa demonstrou com clareza que influem diferentemente sobre aquilo que adquirimos em elação a formação de memória. O estudo da neurociência vem comprovar a importância de ver o ser humano com um ser social, biológico e psicológico. No momento que essa compreensão é colocada em prática o resultado da aprendizagem é positivo. Neste trabalho apresentaram-se estudos sobre o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, da memória e como ela funciona. Salientou se que a plasticidade é item fundamental para a aprendizagem e que ocorre em todas as etapas da vida humana. Transformar o conteúdo escolar de uma disciplina em algo relevante para o aprendiz é um grande desafio para o professor, mas não se deve esquecer que existem outros fatores importantes que podem influenciar a aprendizagem. A falta de material escolar adequado, de um ambiente adequado para o estudo em casa, a impossibilidade de acesso à internet e livros, ausência de estímulos dos pais e professores podem gerar dificuldades de aprendizagem. As crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem e desenvolvimento de habilidades, devem receber um acompanhamento no meio escolar afim de identificar os distúrbios que ocasionam tais problemas. A maioria dos estudos que se referem as dificuldades de aprendizagem, relacionam que a maior causa desses distúrbios ocorrem na fase escolar, aonde na maioria das vezes está relacionado a problemas pedagógicos, sociais ou físicos. 35 O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma síndrome psiquiátrica predominante em crianças e adolescentes, apresentando critérios clínicos operacionais bem estabelecidos para o seu diagnóstico. Atualmente, a síndrome é divide se em três tipos principais que apresenta uma alta taxa de comorbidades, em especial com outros transtornos do comportamento. O processo de avaliação diagnóstica é bem amplo, e envolve simultaneamente a coleta de dados com os pais, com a criança e com a escola. O tratamento do TDAH necessita de uma abordagem múltipla, e abrange intervenções psicossociais e psicofarmacológicos. O transtorno em questão tem sido muito estudado e discutido atualmente, mas é importante que sejam disseminadas informações corretas sobre o transtorno, visto que muitas crianças são diagnosticadas e medicadas equivocadamente, sem de fato apresentarem o transtorno. Crianças com TDAH tem características diferenciadas das outras crianças sem o transtorno, e estas diferenças parecem evidenciar-se quando a criança ingressa no contexto escolar. É importante salientar que o TDAH não se caracteriza necessariamente, como uma dificuldade de aprendizagem e sim como um distúrbio. No entanto, devido a algumas peculiaridades do transtorno as crianças podem ter prejuízos na vida escolar. Crianças com transtorno podem apresentar lacunas no aprendizado, por isso é importante que o psicopedagogo tenha conhecimento acerca do TDAH. O conjunto desses resultados desta revisão sistemática mostra que desenvolver programas de intervenção para crianças com TDAH em escolas é um grande e necessário desafio para pesquisadores das áreas da saúde mental. Diversas pesquisas apresentam que as abordagens multidisciplinares são as mais recomendadas para o tratamento de TDAH, o que inclui o uso de psicoestimulantes combinado com intervenção comportamental e treino cognitivo. O objetivo desse estudo de revisão sistemática foi investigar estudo de intervenção baseados em evidências com crianças e adolescentes com TDAH, devido à alta prevalência de TDAH e a singularidade de seus sintomas, 36 a alta busca por tratamentos para a manipulação eficaz dos sintomas de TDAH tem sido uma grande preocupação entre pesquisadores nas últimas décadas. Diante do exposto, conclui-se, com este artigo, que os diagnósticos utilizados como justificativa para o fracasso escolar por um viés que culpabiliza a criança e isenta os demais responsáveis. Entretanto, as preocupações existentes dizem respeito às capacitações dos profissionais envolvidos no tratamento da criança e nas demais pessoas responsáveis pelo seu cuidado, pois o uso unilateral e irresponsável do diagnóstico e dos meios de tratamento utilizados pode contribuir para a erradicação das expressões comportamentais da criança. 37 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS American Psychiatric Association (2014). 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