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A – A inflamação crônica pode ser classificada em dois tipos: INESPECÍFICA: resultante da exposição a certas substâncias irritantes que geram reação inflamatória crônica inespecífica, tecido de granulação e cicatrização por fibrose. Caracteriza-se por infiltrado constituído por linfócitos, plasmócitos, eosinófilos, monócitos, macrófagos, mastócitos, etc., com distribuição ao redor de vasos e, ou no interstício conjuntivo, associando-se ou não com folículos linfoides. ESPECÍFICA: resultante do contato com agente agressor e promovendo alterações histológicas variando com base na natureza do agente agressor no tecido. A reação inflamatória crônica granulomatosa é secundária aos agentes infecciosos persistentes (granulomas imunogênicos) e aos não infecciosos particulados inertes ou de difícil degradação (granulomas não imunogênicos). Mostra predomínio de macrófagos ativados e modificados, ou de macrófagos não epitelioides, com citoplasma vacuolado, que se organizam em agregados, associados, variavelmente, com outras células na periferia: linfócitos, plasmócitos, ou eosinófilos, segundo o agente etiológico. B – FASE DE INFLAMAÇÃO: resulta no acúmulo de sangue e de outros mediadores inflamatórios. Gera o exsudado de plasma, neutrófilos e alguns monócitos em 24 horas. FASE DE LIMPEZA: resulta da combinação de enzimas proteolíticas liberadas de neutrófilos e enzimas autolíticas pelas células de tecidos mortos e da intensa ativação de macrófagos, promovendo, assim, a eliminação do tecido necrótico, detritos e glóbulos vermelhos. FASE DE REMODELAGEM DO TECIDO DE GRANULAÇÃO: decorre da angiogênese ou neovascularização e da fibrogênese. C – Angiogênese (neovascularização): compreende a formação de novos vasos sanguíneos no leito da lesão com base na intensa proliferação de células endoteliais alocadas na periferia dos vasos sanguíneos rombos. Estes vasos sofrem diferenciação em células musculares, vênulas de paredes finas e capilares e o processo é controlado por diferentes fatores de crescimento, dentre eles: fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF), fator de crescimento transformantes tipo-β (TGF-β) e fator de crescimento de fibroblastos básico (bFGF) e pelo fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) secretado por células mesenquimais, enquanto seus receptores estão presentes em apenas células endoteliais. Fibroplasia: os vasos sanguíneos recém-formados estão dispostos em uma substância fundamental ou matriz amorfa que oferece sustentação para eles. Além disso, observa-se a presença de fibroblastos que posteriormente vão originar fibrócitos com alta capacidade mitótica e que apresentam características morfológicas e funcionais de células musculares lisas (miofibroblastos). Por volta do 6º dia, as fibrilas de colágeno começam a surgir. Conforme a maturação destes elementos ocorre, todas estas estruturas amadurecem e, especialmente, mais colágeno é sintetizado, entretanto, observa-se uma expressiva redução no número de fibroblastos e dos vasos sanguíneos. Este fenômeno está intimamente relacionado com a formação de cicatrizes de aparência inativa. D – Radical livre é um átomo ou molécula que possui um número ímpar de elétrons em sua última camada eletrônica. Isso o torna instável e altamente reativo, fazendo com que esteja sempre buscando capturar ou ceder elétrons das células à sua volta. Sob condições normais, os radicais livres são essenciais para o funcionamento do organismo. Porém, quando em excesso, passam a atacar células sadias, como proteínas, lipídios e DNA, causando envelhecimento precoce. Alguns radicais livres são naturalmente produzidos pelo organismo humano para desempenhar diversas funções metabólicas, atuando principalmente no sistema imunológico. Estes são chamados de radicais livres de origem endógena. Há também os radicais livres de origem exógena, que são originados a partir de fatores externos ao organismo, como poluição, radiação solar e outros tipos de radiação, consumo de tabaco e álcool e maus hábitos alimentares. A formação dos radicais livres decorre da metabolização do oxigênio pelo organismo e sua produção ocorre no citoplasma, nas mitocôndrias ou na membrana. Os alvos dos radicais livres (que são células vizinhas) dependem do local onde cada radical foi formado. Um radical livre, quando não encontra outro com que se ligar, acaba atacando moléculas e células sadias, que, ao perderem o elétron que as mantinham estáveis, se transformam em novos radicais livres. Esse processo gera uma reação em cadeia, capaz de danificar inúmeras células, levando à morte celular (em casos extremos, como já foi explicado). Por vezes, o excesso de radicais livres no organismo danifica a membrana da célula, causando a destruição dos ácidos graxos poli insaturados que as compõem, caracterizando a situação de peroxidação lipídica. E – Os antioxidantes são substâncias que têm a capacidade de proteger as células contra os efeitos dos radicais livres produzidos pelo organismo. Eles também podem favorecer o aumento da imunidade e a prevenção de doenças como artrite reumatoide, alguns tipos de câncer, doenças cardiovasculares e relacionadas ao envelhecimento, como o Alzheimer, entre outras. Os antioxidantes mais conhecidos são as vitaminas A, C e E, que têm a capacidade de atrasar e até de inibir a oxidação celular, que é um processo natural que acontece em nosso corpo, e de auxiliar na regulação de radicais livres. REFERÊNCIAS https://www.ecycle.com.br/radicais-livres/ https://www.centralnacionalunimed.com.br/viver-bem/alimentacao/o-que-sao-antioxidantes-