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Livro - Rotinas de Segurança e Saúde do Trabalho vol 1

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ROTINAS DE 
SEGURANÇA 
E SAÚDE DO 
TRABALHO
SÉRIE SEGURANÇA DO TRABALHO
LIVRO 1
ROTINAS DE 
SEGURANÇA 
E SAÚDE DO 
TRABALHO
SÉRIE SEGURANÇA DO TRABALHO
LIVRO 1
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA - DIRET
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia
Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira
Diretor Adjunto de Educação e Tecnologia 
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
Robson Braga de Andrade
Presidente do Conselho Nacional
SENAI – Departamento Nacional
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor-Geral
Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira
Diretor Adjunto de Educação e Tecnologia 
Gustavo Leal Sales Filho
Diretor de Operações
SÉRIE SEGURANÇA DO TRABALHO
ROTINAS DE 
SEGURANÇA 
E SAÚDE DO 
TRABALHO
LIVRO 1
SENAI
Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial 
Departamento Nacional
Sede
Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto 
Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001 
Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
© 2017. SENAI – Departamento Nacional
© 2017. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, 
mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, 
por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe da Gerência de Educação e Tecnologia do SENAI 
de Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada 
por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
SENAI Departamento Nacional
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
SENAI Departamento Regional de Santa Catarina
Gerência de Educação e Tecnologia – GEDUT
FICHA CATALOGRÁFICA
S491r 
 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional 
Rotinas de segurança e saúde do trabalho / Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. Brasília : 
SENAI/DN, 2017. 
v 1. : il. ; 30 cm. - (Série segurança do trabalho) 
Inclui índice e bibliografia 
 ISBN 978-855054835-7 
1. Segurança do trabalho. 2. Segurança do trabalho – Legislação. 3. Ética.
I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de
Santa Catarina II. Título III. Série.
 CDU: 
614.8 
Lista de ilustrações
Figura 1 - Interdição ........................................................................................................................................................21
Figura 2 - Símbolo SESMT .............................................................................................................................................23
Figura 3 - Símbolo CIPA ..................................................................................................................................................24
Figura 4 - Equipamento de Proteção Individual – EPI .........................................................................................25
Figura 5 - Médico do trabalho avaliando a saúde do trabalhador para retornar ao trabalho..............26
Figura 6 - Trabalho em instalação elétrica...............................................................................................................29
Figura 7 - Equipamento de movimentação e transporte ..................................................................................30
Figura 8 - Sistema de proteção fixa ...........................................................................................................................32
Figura 9 - Dispositivo de parada de emergência ..................................................................................................33
Figura 10 - Sinalização de segurança ........................................................................................................................34
Figura 11 - Caldeira flamotubular a gás ...................................................................................................................35
Figura 12 - Tubulação de gás .......................................................................................................................................36
Figura 13 - Vasos de pressão – reservatório de ar comprimido.......................................................................37
Figura 14 - Forno ..............................................................................................................................................................38
Figura 15 - Atividades e operações insalubres ......................................................................................................39
Figura 16 - Caracterização da insalubridade ..........................................................................................................39
Figura 17 - Atividade insalubre ...................................................................................................................................40
Figura 18 - Ergonomia aplicada ao posto de trabalho .......................................................................................41
Figura 19 - Trabalho na construção ...........................................................................................................................42
Figura 20 - Dinamite utilizada em detonação .......................................................................................................43
Figura 21 - Pictograma para líquidos inflamáveis ................................................................................................44
Figura 22 - Sinalização de segurança ........................................................................................................................47
Figura 23 - Trabalho aquaviário ..................................................................................................................................49
Figura 24 - Símbolo da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT ...............................................57
Figura 25 - Símbolo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) .........................................................60
Figura 26 - CLT ...................................................................................................................................................................61
Figura 27 - Logomarca da previdência social ........................................................................................................63
Figura 28 - Epidemia de gripe .....................................................................................................................................66
Figura 29 - Ciclo PDCA ....................................................................................................................................................68
Figura 30 - Inspeção de rotina .....................................................................................................................................73
Figura 31 - Execução da inspeção ..............................................................................................................................78
Figura 32 - A faca é um risco para as crianças ........................................................................................................89
Figura 33 - Máquina sem proteção contra acidentes de trabalho .................................................................89
Figura 34 - A circulação de veículos é um risco aos pedestres ........................................................................91
Figura 35 - Perigo da exposição dos pedestres à circulação de veículos.....................................................92
Figura 36 - Exemplo árvore de causas ................................................................................................................... 100
Figura 37 - Diagrama de causae efeito ................................................................................................................. 101
Figura 38 - Exemplo de diagrama de causa e efeito ......................................................................................... 103
Figura 39 - Componentes de um sistema com probabilidade previstas de falhas ............................... 104
Figura 40 - Equipamentos do processo ................................................................................................................ 107
Figura 41 - Fluxograma de engenharia ................................................................................................................. 111
Figura 42 - Tanque de GLP ......................................................................................................................................... 113
Figura 43 - Perigo e risco ............................................................................................................................................ 128
Figura 44 - Arranjo físico ............................................................................................................................................. 130
Figura 45 - Espaço confinado ................................................................................................................................... 131
Figura 46 - Transporte e movimentação de cargas por meio mecânico ................................................... 138
Figura 47 - Armazenamento ..................................................................................................................................... 139
Figura 48 - Sistema de isolamento através do uso de fitas listradas .......................................................... 142
Figura 49 - Poluição ambiental ................................................................................................................................ 145
Figura 50 - Equipamentos de segurança pessoal .............................................................................................. 149
Figura 51 - Símbolo de risco biológico .................................................................................................................. 152
Figura 52 - Imunização suína .................................................................................................................................... 153
Figura 53 - Risco biológico ......................................................................................................................................... 157
Figura 54 - Atividade de trabalho exposta a risco biológico ......................................................................... 158
Figura 55 - Uso de equipamentos de proteção individual contra agentes biológicos ....................... 160
Figura 56 - Modelo de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) ....................................................... 163
Figura 57 - Características físicas do corpo humano ........................................................................................ 172
Figura 58 - Posto de trabalho ergonômico .......................................................................................................... 173
Figura 59 - Dicas de postura ..................................................................................................................................... 176
Figura 60 - Fisiologia humana .................................................................................................................................. 178
Figura 61 - Iceberg da ergonomia ........................................................................................................................... 180
Figura 62 - Sinais de alarme de doenças relacionadas .................................................................................... 180
Figura 63 - Postura correta e incorreta das mãos .............................................................................................. 182
Figura 64 - Posto de trabalho .................................................................................................................................... 185
Figura 65 - Posto de trabalho com presença de riscos ambientais ............................................................. 185
Figura 66 - Ginástica laboral ...................................................................................................................................... 187
Figura 67 - Sobrecarga na coluna devido a má postura ................................................................................. 187
Figura 68 - Fibras vermelhas da coluna vertebral ............................................................................................. 190
Figura 69 - Contração e descontração muscular ............................................................................................... 191
Figura 70 - Alongando................................................................................................................................................. 193
Figura 71 - Como se abaixar ..................................................................................................................................... 193
Figura 72 - Como levantar peso ............................................................................................................................... 194
Figura 73 - Ambiente de trabalho adequado ..................................................................................................... 195
Figura 74 - Trabalho repetitivo de digitação ....................................................................................................... 196
Figura 75 - Postura em pé .......................................................................................................................................... 199
Figura 76 - Trabalho sentado utilizando o computador ................................................................................. 200
Figura 77 - Pausa no trabalho para o almoço ..................................................................................................... 201
Figura 78 - Fábrica com iluminação natural ........................................................................................................ 207
Figura 79 - Luxímetro ................................................................................................................................................... 218
Figura 80 - Iluminação do ambiente de trabalho .............................................................................................. 218
Figura 81 - Luxímetro ................................................................................................................................................... 219
Figura 82 - Iluminação natural ................................................................................................................................. 224
Quadro 1 - Exemplo de ficha de inspeção de segurança ....................................................................................75
Quadro 2 - Exemplo de ficha de inspeção de segurança com lista de verificação ....................................76
Quadro 3 - Exemplo de relatório de inspeção ........................................................................................................76
Quadro 4 - Modelo de checklist de inspeção de segurança do trabalho ......................................................81
Quadro 5 - Medidas qualitativas de consequências ou impactos ...................................................................93
Quadro 6 - Medidas qualitativas de probabilidades ............................................................................................94
Quadro 7 - Matriz de análise qualitativa de riscos .................................................................................................94
Quadro 8 - Exemplos de variações de diferentes componentes ......................................................................97Quadro 9 - Organização dos fatores do acidente ..................................................................................................99
Quadro 10 - Modelo de formulário para AMFE ................................................................................................... 106
Quadro 11 - Palavras-guia e seus significados ..................................................................................................... 109
Quadro 12 - Exemplo do método HAZOP ............................................................................................................. 112
Quadro 13 - Exemplo HAZOP do tanque de GLP ................................................................................................ 115
Quadro 14 - Modelo de formulário para APR ....................................................................................................... 116
Quadro 15 - Categorias de frequência ................................................................................................................... 117
Quadro 16 - Categorias de severidade .................................................................................................................. 117
Quadro 17 - Matriz de risco ......................................................................................................................................... 118
Quadro 18 - Classes de risco ....................................................................................................................................... 118
Quadro 19 - Exemplo de formulário APR preenchido ....................................................................................... 119
Quadro 20 - Modelo de plano de ação ................................................................................................................... 122
Quadro 21 - Exemplo de plano de ação ................................................................................................................. 123
Quadro 22 - Efeitos da intensidade da corrente no corpo humano ............................................................ 133
Quadro 23 - Riscos biológicos X consequências ................................................................................................. 156
Quadro 24 - Exemplo de checklist .......................................................................................................................... 166
Quadro 25 - Iluminância por classe de tarefa visual .......................................................................................... 213
Quadro 26 - Iluminância por tipo de atividade (valores médios em serviço) ........................................... 213
Quadro 27 - Fatores determinantes da iluminância adequada ..................................................................... 214
Sumário
1 Introdução ........................................................................................................................................................................13
2 Legislação aplicada à saúde, segurança e meio ambiente do trabalho.....................................................17
2.1 Normas regulamentadoras do ministério do trabalho e emprego ...........................................18
2.2 Notas técnicas aplicadas à saúde, segurança e meio ambiente do trabalho ........................56
2.3 Normas brasileiras .......................................................................................................................................56
2.4 Legislação trabalhista e previdenciária ..............................................................................................58
2.4.1 Legislação trabalhista ..............................................................................................................59
2.4.2 Legislação previdenciária .......................................................................................................63
2.5 Legislação regional aplicada à saúde, à segurança e ao meio ambiente do trabalho .......67
3 Inspeções de segurança ..............................................................................................................................................71
3.1 Definição ........................................................................................................................................................72
3.2 Tipos de inspeções de segurança ..........................................................................................................73
3.3 Relatórios de inspeção ..............................................................................................................................74
3.4 Execução da inspeção ................................................................................................................................77
3.4.1 Planejamento .............................................................................................................................78
3.4.2 Lista de verificação (checklist) ..............................................................................................79
3.4.3 Desvios e erros ...........................................................................................................................82
3.4.4 Registro .........................................................................................................................................82
3.5 Meios para divulgação dos resultados das inspeções ...................................................................83
4 Análise de riscos .............................................................................................................................................................87
4.1 Definições.......................................................................................................................................................89
4.1.1 Desvio............................................................................................................................................90
4.1.2 Risco ...............................................................................................................................................91
4.1.3 Perigo ............................................................................................................................................91
4.2 Técnicas de análises quantitativas e qualitativas .............................................................................92
4.2.1 Análise qualitativa ....................................................................................................................93
4.2.2 Análise quantitativa .................................................................................................................95
4.3 Ferramentas ...................................................................................................................................................95
4.3.1 Análise por árvore de causas ................................................................................................96
4.3.2 Diagrama de causa e efeito ................................................................................................ 101
4.3.3 Análise de Modos de Falhas e Efeitos – AMFE ............................................................. 103
4.3.4 HAZOP ........................................................................................................................................ 107
4.3.5 Análise Preliminar de Risco – APR .................................................................................... 115
4.3.6 Plano de ação – 5W2H.......................................................................................................... 121
5 Riscos de acidentes .................................................................................................................................................... 127
5.1 Definição .....................................................................................................................................................128
5.2 Tipos de riscos de acidentes ................................................................................................................. 129
5.2.1 Arranjo físico ............................................................................................................................ 129
5.2.2 Espaço confinado ................................................................................................................... 131
5.2.3 Elétricos ..................................................................................................................................... 132
5.2.4 Incêndio e explosão .............................................................................................................. 134
5.2.5 Trabalho em altura ................................................................................................................. 136
5.2.6 Transporte, armazenamento e movimentação de cargas ....................................... 137
5.2.7 Animais peçonhentos .......................................................................................................... 140
5.3 Controle dos riscos de acidentes ........................................................................................................ 141
5.4 Terminologia técnica ............................................................................................................................... 143
5.5 Medidas preventivas ............................................................................................................................... 147
6 Riscos biológicos ......................................................................................................................................................... 151
6.1 Definições.................................................................................................................................................... 152
6.2 Tipos de riscos ........................................................................................................................................... 154
6.2.1 Bactérias .................................................................................................................................... 154
6.2.2 Vírus ............................................................................................................................................ 155
6.2.3 Fungos ....................................................................................................................................... 155
6.3 Efeitos da exposição ............................................................................................................................... 156
6.4 Controle ....................................................................................................................................................... 159
6.5 Medidas preventivas ............................................................................................................................... 164
7 Ergonomia ..................................................................................................................................................................... 171
7.1 Definição ..................................................................................................................................................... 172
7.2 Tipos de riscos ergonômicos ............................................................................................................... 177
7.3 Fisiologia do trabalho ............................................................................................................................. 178
7.4 Doenças relacionadas ............................................................................................................................. 179
7.5 Análise ergonômica ................................................................................................................................. 184
7.5.1 Roteiro para análise ergonômica de uma atividade ................................................. 185
7.6 Intervenção ergonômica ....................................................................................................................... 188
7.7 Biomecânica ............................................................................................................................................... 190
7.7.1 Trabalho estático x dinâmico ............................................................................................. 190
7.7.2 Esforço dinâmico .................................................................................................................... 191
7.7.3 Alongamento muscular ....................................................................................................... 192
7.8 Conforto térmico, acústico e iluminação adequada no posto de trabalho de forma 
 quantitativa ................................................................................................................................................ 194
7.9 Terminologia técnica ............................................................................................................................... 196
7.10 Controle dos riscos ergonômicos..................................................................................................... 197
7.11 Medidas preventivas ............................................................................................................................. 198
7.11.1 Recomendações de ergonomia para utilização correta de músculos e 
 do sistema locomotor ......................................................................................................... 198
7.11.2 Orientações para uso da postura em pé ..................................................................... 199
7.11.3 Orientações para uso da postura sentada .................................................................. 199
7.11.4 Pausas no trabalho .............................................................................................................. 200
8 Iluminamento............................................................................................................................................................... 205
8.1 Definição ..................................................................................................................................................... 207
8.2 Efeitos da exposição ................................................................................................................................ 209
8.3 Limites de tolerância ............................................................................................................................... 211
8.3.1 NBR 5413 – iluminância de interiores ............................................................................. 211
8.3.2 NBR ISO 8995-1 - iluminação de ambientes de trabalho - parte 1 ....................... 215
8.4 Instrumentos de medição ..................................................................................................................... 217
8.4.1 Luxímetro .................................................................................................................................. 217
8.5 Avaliação de níveis ................................................................................................................................... 219
8.6 Terminologia técnica ............................................................................................................................... 222
8.7 Controle ....................................................................................................................................................... 223
8.8 Medidas preventivas ............................................................................................................................... 224
Referências
Minicurrículo dos autores
Índice
1
Prezadoaluno! 
Você está iniciando agora uma nova etapa de seus estudos ligada à atuação do profissional 
de saúde e segurança do trabalho, que visa, principalmente, à condução de ações preventivas 
de acordo com as normas vigentes e os princípios de higiene ocupacional, responsabilidade 
social, sustentabilidade e promoção à saúde do trabalhador com ética profissional. Portanto, 
este livro tem o objetivo de ajudar você a desenvolver capacidades técnicas, sociais, organiza-
tivas e metodológicas necessárias para o desenvolvimento das atividades de inspeção e acom-
panhamento de atividades laborais.
Neste livro, você terá acesso a conhecimentos que irão te ajudar a reconhecer legislação, 
normas e notas técnicas aplicáveis ao ramo de atuação e ou atividade do local a ser inspecio-
nado, bem como correlacionar as exigências da legislação ao ramo de atuação e ou atividade 
identificadas no local de trabalho. O conteúdo deste livro visa contribuir para que você possa 
identificar os riscos, planejar e executar inspeções de segurança e aplicar técnicas de análise de 
risco e também cumprir normas e procedimentos de segurança estabelecidos pela empresa 
para avaliação de processo de trabalho e ou novo projeto, a fim de garantir a saúde e integri-
dade física. 
Outro propósito do conteúdo deste livro é ajudar você a interpretar os relatórios de ins-
peção e avaliação de riscos para identificar se as medidas propostas no relatório estão sendo 
cumpridas. Além disso, propõe avaliar a evolução ou a mitigação dos riscos ocupacionais evi-
denciados no relatório e identificar novas situações de riscos não contempladas inicialmente 
nos relatórios e avaliações.
Ao longo dos capítulos deste livro, você irá conhecer a legislação aplicada à saúde, segu-
rança e meio ambiente do trabalho através de Normas Regulamentadoras, Notas Técnicas e 
Normas Brasileiras aplicadas à saúde, segurança e meio ambiente do trabalho. Também serão 
tratados aspectos da legislação trabalhista, previdenciária e regional aplicadas à saúde, segu-
rança e meio ambiente do trabalho.
Na sequência, você estudará as inspeções de segurança, seus tipos e os conceitos neces-
sários para você planejar, preparar e executar inspeções de segurança, como também relatar 
e registrar o resultado destas inspeções. Além disso, oportunizará a você o conhecimento de 
algumas técnicas importantes aplicadas na análise de riscos.
Introdução
ROTINAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO16
Mais adiante, seus estudos estarão focados nos riscos que podem existir no ambiente de trabalho. Você 
conhecerá os riscos de acidentes, seus tipos e os principais aspectos de cada um deles. Dentre os tipos de 
riscos de acidentes, você estudará: arranjo físico, espaço confinado, acidentes elétricos, incêndio e explo-
são, trabalho em altura e transporte, armazenamento e movimentação de cargas. Também conhecerá os 
riscos biológicos, os efeitos da exposição, seus tipos e as formas de controle e prevenção dos mesmos.
Fique sempre atento às atualizações que ocorrem na legislação trabalhista (Normas Regulamentadoras 
– NRs, Portarias, Notas Técnicas, Instruções Normativa, Ordens de Serviço, entre outros), previdenciária, nas 
Normas de Higiene Ocupacional (NHOs) e nas Normas Brasileiras (NBRs). É recomendável que, antes de 
fazer uso das leis ou normas, você confira a última versão destes documentos, consultando os respectivos 
endereços eletrônicos oficiais. Por exemplo, no site do Ministério da Fazenda, Secretaria da Previdência, 
você encontrará a legislação previdenciária e os Anuários Estatísticos de acidentes de trabalho. Já no 
site da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, você encontrará as informações referentes ao 
cancelamento, à revisão e à atualização de Normas Brasileiras. As Normas de Higiene Ocupacional estão 
disponíveis para download gratuito na biblioteca do site do Ministério do Trabalho.
Esteja sempre em alerta com relação à legislação! As informações advinhas de fontes oficiais, como as 
do Governo Federal, são sempre confiáveis.
Finalizando, você conhecerá os riscos relacionados à ergonomia, seus tipos e as doenças relacionadas, 
os conceitos de fisiologia do trabalho, análise ergonômica e as medidas de controle e prevenção destes 
riscos, bem como o iluminamento no local de trabalho e de que modo são considerados os limites de tole-
rância e verificada a condição existente na iluminação do local, considerando o tipo de trabalho executado.
Bons estudos!
2
Considerando que as ações para promover a saúde e segurança no ambiente de trabalho, 
muitas vezes, são conflitantes com outros interesses organizacionais e pessoais, de que forma 
você pode embasar seus argumentos e alinhar suas ações quando estiver atuando na área de 
saúde e segurança no trabalho?
No estudo deste capítulo, você irá conhecer os principais aspectos da legislação aplicada à 
saúde e segurança no trabalho. Isso significa que, conhecendo as Normas Regulamentadoras, 
você entenderá como é estruturada a área de saúde e segurança do trabalho nas organizações, 
bem como os requisitos, deveres e direitos relacionados a questões de segurança em vários 
tipos de atividades e em diversos ramos de atuação. 
O estudo da legislação consolidada através das leis, notas técnicas e normas ajudará você a 
conduzir sua atuação na área de saúde e segurança do trabalho de forma preventiva, como na 
realização de inspeções de segurança nos ambientes laborais.
Ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a) reconhecer legislação, normas e notas técnicas aplicáveis ao ramo de atuação e ou 
atividade do local a ser inspecionado; 
b) correlacionar os itens exigidos na legislação, normas e notas técnicas ao ramo de atuação 
e ou atividade identificadas in loco;
c) correlacionar os itens exigidos na legislação, normas e notas técnicas, aplicáveis a ser 
desenvolvido.
A partir de agora, você terá a oportunidade de conhecer diversos temas sobre o assunto, 
que farão a diferença em suas práticas.
Bons estudos!
Legislação Aplicada à Saúde, Segurança e 
Meio Ambiente do Trabalho
ROTINAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO20
2.1 NORMAS REGULAMENTADORAS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO
Você gosta de esportes? Todos os tipos de esporte possuem regras específicas para o bom andamento 
das competições e para a preservação da segurança dos atletas. Neste caso, o foco dos competidores é 
a vitória, e os outros aspectos que envolvem a competição ficariam em segundo plano se não fossem as 
regras obedecidas.
No ambiente de trabalho, a situação é semelhante. É necessário que haja regras específicas que levem 
em conta o tipo de função, a atividade e o ambiente de trabalho para que os riscos à saúde e segurança 
sejam minimizados, considerando que o objetivo principal das empresas é produtividade, qualidade, re-
dução de custos e, consequentemente, o lucro. Do ponto de vista da saúde e segurança no trabalho, as 
principais regras a serem seguidas são as Normas Regulamentadoras, que apresentam, de modo específi-
co, requisitos para a saúde e segurança no trabalho.
A seguir, você conhecerá como surgiram e de que forma as Normas Regulamentadoras tratam as ques-
tões que envolvem a saúde e segurança no trabalho.
A Constituição Federal traz diversas disposições com relação à segurança no trabalho e à saúde do 
trabalhador. O artigo 6º trata dos direitos sociais, dispondo que: “São direitos sociais a educação, a saúde, 
o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a 
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.” (BRASIL,1988).
O artigo 7º estabelece que:
São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de 
sua condição social:
[...]
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene 
e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na 
forma da lei;
[...]
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho,a cargo do empregador, sem excluir a in-
denização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa. (BRASIL, 2003).
Submetida a tais determinações constitucionais, encontra-se a Lei nº 6.514/77, que é hierarquicamen-
te inferior à Constituição Federal e alterou o texto originário da CLT, inserindo o Capítulo V, que trata da 
Segurança e Medicina no Trabalho.
As disposições constantes no capítulo V da CLT também não têm condições de entrar em minúcias 
da proteção ao trabalhador e dos deveres do empregador com relação à saúde e segurança no trabalho. 
Então, encontra-se subordinada a essa Lei a Portaria 3.214/78, que instituiu as NRs emitidas pelo Ministério 
do Trabalho.
2 LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO 21
Conhecer essas leis é essencial para o desenvolvimento de sua futura profissão como Técnico em 
Segurança do Trabalho.
Quando a Portaria 3.214/78 foi aprovada, eram 28 as NRs. Posteriormente, outras normas foram criadas, 
sendo que aquelas já existentes passaram por atualizações ou sofreram alterações. As NRs disciplinam 
os artigos 154 ao 201 da CLT e servem de base e de parâmetro técnico às pessoas/empresas que devem 
atender aos ditames legais.
Considerando que as atuais 36 normas existentes possuem inter-relações, o importante é que você 
perceba que na prática prevencionista pouco adianta atender a uma NR específica, sem levar em conside-
ração as demais.
É relevante salientar que novas normas surgem periodicamente, assim como atualizações de normas 
anteriores também são feitas com frequência. O Governo tem priorizado a negociação tripartite (repre-
sentantes dos governos, empregadores e empregados) para o estabelecimento ou a alteração de uma 
determinada norma. Depois de pronto o seu escopo, a norma é disponibilizada à sociedade, para que se 
manifeste a respeito.
O Ministério do Trabalho passou a adotar os princípios preconizados pela Organização Internacional do 
Trabalho (OIT), que enfatiza o uso do Sistema Tripartite Paritário, ou seja, a atuação do governo, do traba-
lhador e do empregador, para a construção de regulamentações na área de segurança e saúde no trabalho.
Agora, você irá conhecer as 36 NRs existentes atualmente e, de forma sucinta, o que compõe cada uma 
delas. 
NR 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS: esta norma garante aos trabalhadores o direito à informação e permite 
a presença de representantes dos trabalhadores durante a fiscalização das normas de segurança e saúde. 
Também determina que as normas regulamentadoras relativas à segurança e medicina do trabalho, 
obrigatoriamente, deverão ser cumpridas por todas as empresas privadas e públicas, desde que possuam 
empregados celetistas. Também determina que o Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho é o 
órgão competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar todas as atividades inerentes.
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ROTINAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO22
Entre outros assuntos, trata das ordens de serviço a serem elaboradas pelo empregador, dando ciência 
aos empregados. A seguir, acompanhe os principais tópicos da NR 1.
1.3 A Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST) é o órgão de âmbito nacional 
competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar as atividades relacionadas 
com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção 
de Acidentes do Trabalho (CANPAT), o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) 
e, ainda, a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre 
segurança e medicina do trabalho em todo o território nacional.
1.3.1 Compete, ainda, à Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST) conhecer, 
em última instância, dos recursos voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos 
Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e saúde no trabalho.
1.4 A Delegacia Regional do Trabalho (DRT), atual Superintendência Regional do Trabalho 
e Emprego (SRTE), nos limites de sua jurisdição, é o órgão regional competente para 
executar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a 
Campanha Nacional de Prevenção dos Acidentes do Trabalho (CANPAT), o Programa de 
Alimentação do Trabalhador (PAT) e, ainda, a fiscalização do cumprimento dos preceitos 
legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho.
1.4.1 Compete, ainda, à Delegacia Regional do Trabalho (DRT) ou à Delegacia do Tra-
balho Marítimo (DTM), nos limites de sua jurisdição:
a) adotar medidas necessárias à fiel observância dos preceitos legais e regulamentares 
sobre segurança e medicina do trabalho;
b) impor as penalidades cabíveis por descumprimento dos preceitos legais e regula-
mentares sobre segurança e medicina do trabalho;
c) embargar obra, interditar estabelecimento, setor de serviço, canteiro de obra, frente 
de trabalho, locais de trabalho, máquinas e equipamentos;
d) notificar as empresas, estipulando prazos, para eliminação e/ou neutralização de in-
salubridade;
e) atender requisições judiciais para realização de perícias sobre segurança e medicina 
do trabalho nas localidades onde não houver Médico do Trabalho ou Engenheiro de 
Segurança do Trabalho registrado no MTb. (BRASIL, 2009).
Cabe ao empregador:
a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e 
medicina do trabalho;
b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos 
empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos;
c) informar aos trabalhadores:
I - os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;
II - os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;
2 LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO 23
III - os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos 
quais os próprios trabalhadores forem submetidos;
IV - os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.
V - permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos pre-
ceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;
VI - determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doen-
ça relacionada ao trabalho. (BRASIL, 2009).
Cabe ao empregado:
a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho, 
inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador;
b) usar o EPI fornecido pelo empregador;
c) submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras - NR;
d) colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras – NR. (BRASIL, 
2009).
Como você pôde perceber, esta norma reforça a obrigatoriedade do cumprimento de todas as Normas 
Regulamentadoras e destaca as responsabilidades do empregador e do empregado.
NR 2 - INSPEÇÃO PRÉVIA: essa NR determina que todo estabelecimento novo deverá solicitar aprova-
ção de suas instalações ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego, que emitirá o Certificado 
de Aprovação de Instalações - CAI, por meio de modelo preestabelecido. (BRASIL, 1983a).
NR 3 - EMBARGO OU INTERDIÇÃO: este documento estabelece critérios para o embargo de obras ou 
interdição de fábricas, setores e máquinas quando constatado situações de trabalho que apresentem con-
dições de risco grave e iminente aos trabalhadores. Também concede competência aos superintendentes 
regionais do Trabalho e Emprego para atuar neste sentido. (BRASIL, 2011a). 
Figura 1 - Interdição
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ROTINAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO24
Observe agora, alguns tópicos desta norma:
3.1 Embargo e interdição são medidas de urgência, adotadas a partir da constatação de 
situação de trabalho que caracterize risco grave e iminente ao trabalhador.
3.1.1 Considera-se grave e iminente risco, toda condição ou situação de trabalho que 
possa causar acidente ou doença relacionada ao trabalho com lesão grave à integridade 
física do trabalhador.
3.2 A interdição implicaa paralisação total ou parcial do estabelecimento, setor de 
serviço, máquina ou equipamento.
3.3 O embargo implica a paralisação total ou parcial da obra.
3.3.1 Considera-se obra todo e qualquer serviço de engenharia de construção, monta-
gem, instalação, manutenção ou reforma.
3.4 Durante a vigência da interdição ou do embargo, podem ser desenvolvidas ativi-
dades necessárias à correção da situação de grave e iminente risco, desde que adotadas 
medidas de proteção adequadas dos trabalhadores envolvidos.
3.5 Durante a paralisação decorrente da imposição de interdição ou embargo, os em-
pregados devem receber os salários como se estivessem em efetivo exercício. (BRASIL, 
2011a).
Agora, para melhorar o entendimento do item 3.1.1, pode-se citar como exemplo quando o fiscal do 
MTE visita uma empresa e identifica que os andaimes não estão atendendo à norma na construção do pré-
dio. Ou seja, os andaimes não estão bem presos, falta guarda-corpo, entre outros problemas. Neste caso, o 
MTE notifica a empresa, dando um prazo de dez dias para ela se adequar às normas.
Após o prazo estipulado, o MTE retorna à empresa e faz nova verificação. Caso a empresa não tenha feita 
a adequação e não esteja atendendo ao requisito motivo da notificação, a obra será embargada.
Pelo exemplo exposto, é possível observar que a empresa que contratou a construtora 
é que sofre as consequências, pois a interditada é ela, e não a construtora. Portanto, 
vale ressaltar que, antes de contratar qualquer empresa, deve-se averiguar se ela está 
adequada e oferece condições necessárias ao atendimento das normas.
 FIQUE 
 ALERTA
NR 4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO 
TRABALHO (SESMT): a implantação do SESMT depende da gradação do risco da atividade principal da 
empresa (Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE) e do número total de empregados 
do estabelecimento. Dependendo desses elementos, o SESMT deverá ser composto por um Engenheiro 
de Segurança do Trabalho, um Médico do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Auxiliar de Enfermagem do 
Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho, sendo todos estes, na condição de empregados da empresa. 
Conheça o símbolo da SESMT na figura, a seguir. (BRASIL, 2016a).
2 LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO 25
Segundo a NR 4 ainda, as empresas são obrigadas a constituir o SESMT, devendo exigir dos profissionais 
que o integram a comprovação o cumprimento dos seguintes requisitos:
Figura 2 - Símbolo SESMT
Fonte: SENAI (2017)
Os profissionais integrantes do SESMT devem possuir formação e registro profissional 
em conformidade com o disposto na regulamentação da profissão e nos instrumentos 
normativos emitidos pelo respectivo Conselho Profissional, quando existente. (BRASIL, 
2016)
Você deve lembrar que o SESMT de sua empresa deverá ser cadastrado no site do MTE. http://trabalho.
gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/sistema-sesmt-servicos-especializados-em-engenharia-de-segu-
ranca-e-em-medicina-do-trabalho. A NR 4 descreve detalhadamente o procedimento para o dimensiona-
mento do SESMT.
Para fazer o dimensionamento do SESMT, você deverá seguir os seguintes passos: 
a)Obter o cartão do CNPJ através do site da Receita Federal do Brasil.
b)Verificar o cartão do CNPJ para buscar a Classificação Nacional da Atividade 
Econômica CNAE.
c)Verificar o grau de risco da atividade na NR 4.
d)Consultar o quadro II da NR 4, tomando como base o número de empregados e o 
grau de risco.
 CURIOSI 
 DADES
NR 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES (CIPA): é importante que você saiba que 
todas as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, instituições beneficentes, cooperati-
vas e clubes (desde que possuam empregados celetistas e dependendo do grau de risco da empresa e do 
número de empregados), são obrigadas a manter a CIPA. 
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ROTINAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO26
Esse dimensionamento depende da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e do 
número de empregados da empresa. (BRASIL, 2011b).
O objetivo da CIPA é a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, tornando a atividade 
compatível com a preservação da saúde do trabalhador. Conheça a seguir o símbolo que representa a CIPA.
Figura 3 - Símbolo CIPA
Fonte: SENAI (2017)
A CIPA é composta de representantes da empresa e representantes dos empregados. Os representan-
tes dos empregadores serão por eles designados. Já os representantes dos empregados serão eleitos em 
escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empre-
gados interessados. Isto vale para os titulares e os suplentes.
O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição.
O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os representantes dos em-
pregados escolherão entre os titulares o vice-presidente. 
Esta norma estabelece como deverá funcionar a CIPA e as responsabilidades dos empregados, do em-
pregador, do presidente e vice-presidente e do secretário.
NR 6 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIS): antes de abordar a norma de EPI, faz-se 
necessário lembrar que o EPI deve ser implantado como última alternativa para resolver o problema da 
exposição a riscos. Um bom profissional da área de segurança do trabalho deve estudar alternativas para a 
eliminação e o controle de riscos na fonte. (BRASIL, 2017a).
Só quando não for possível essa eliminação e/ou controle, ou ainda, para complementar a proteção, é 
que se deve pensar na implantação do EPI.
As empresas são obrigadas a fornecer, gratuitamente, aos seus empregados os EPIs, que são destina-
dos a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. Todo equipamento deve ter o Certificado de 
Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho e Emprego. Além disso, a empresa que importa EPIs, também 
deverá ser registrada no Departamento de Segurança e Saúde do Trabalho (existindo para esse fim, todo 
um processo administrativo).
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2 LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO 27
Nesse sentido, é importante lembrar que o uso dos EPIs:
a) não eliminam o risco;
b) não evitam acidentes;
c) podem evitar danos pessoais, se corretamente utilizados. 
Veja alguns exemplos na figura a seguir.
Capacete de segurança 
Óculos de segurança 
Abafador de ruído 
Cinto de segurança 
Luvas de raspa 
Máscara filtradora 
Calça comprida 
Calçado fechado 
Obs: todos os equipamentos de segurança devem possuir certificado de autenticidade. 
Figura 4 - Equipamento de proteção individual – EPI
Fonte: SENAI (2011)
Dentre outras obrigações, o empregador deve adquirir o tipo adequado de EPI à atividade do emprega-
do e fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo Ministério do Trabalho.
Já o trabalhador tem, dentre as suas obrigações, o dever de usar o EPI apenas para a finalidade a que se 
destina e responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
É de fundamental importância que o Técnico de Segurança conheça e providencie a monitoração dos 
riscos existentes no ambiente de trabalho. Não se pode dimensionar um protetor auditivo, por exemplo, 
sem se conhecer qual é o nível de ruído existente no local de trabalho.
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ROTINAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO28
O Certificado de Aprovação - CA é um documento emitido pelo MTE que tem por 
finalidade avaliar e manter um padrão nos equipamentos de proteção. Para se obter 
um CA, o fabricante ou importador, deve enviar uma amostra do equipamento para 
um laboratório autorizado, que faz testes com esse equipamento e emite um laudo 
com as características do produto. Esse laudo é enviado ao MTE para emissão do CA 
do padrão dos equipamentos, que devem obedecer às especificações presentes no 
laudo. Para consultar o Certificado de Aprovação (CA), você deve acessar o site do 
Ministério do Trabalho e Previdência Social– MTPS através do link: http://caepi.mte.
gov.br/internet/ConsultaCAInternet.aspx
 CURIOSI 
 DADES
NR 7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL (PCMSO): estabelece que em-
pregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados estão obrigados a elaborar e im-
plementar o Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – PCMSO. Este programa deve ter caráter 
preventivo, de rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos, das doenças profissionais e dos danos à 
saúde decorrentes do trabalho. Veja a figura que representa o PCMSO na sequência. (BRASIL, 2013a).
Figura 5 - Médico do trabalho avaliando a saúde do trabalhador para retornar ao trabalho
Fonte: iStock
Os resultados dos exames realizados deverão gerar um Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), que fica-
rá arquivado na empresa do trabalhador examinado - inclusive frente de trabalho ou canteiro de obras - à 
disposição da fiscalização do trabalho. Além disso, uma via do ASO obrigatoriamente deverá ser entregue 
ao trabalhador.
O programa de controle médico e saúde ocupacional tem como objetivo promover e preservar a saúde 
do conjunto dos trabalhadores. Observe, a seguir, os tipos de exames e procedimentos que podem fazer 
parte do programa.
Exames clínicos:
a) Admissional: antes que o trabalhador assuma as suas atividades.
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2 LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO 29
b) Periódico: a cada seis meses, um ano, ou a cada dois anos, conforme a faixa etária dos trabalhadores 
e o tipo de exposição.
c) Retorno ao Trabalho: no primeiro dia da volta ao trabalho, de todo empregado que esteve ausente 
por um período igual ou superior a 30 dias, por motivo de doença, acidente ou parto.
d) Mudança de Função: sempre que houver alterações nas atividades do funcionário.
e) Demissional: será obrigatoriamente realizada até a data da homologação.
NR 8 – EDIFICAÇÕES 
Esta norma define os parâmetros para as edificações, observando a proteção contra a chuva, insolação 
excessiva ou falta de insolação. Os locais de trabalho devem ter, no mínimo, 3 metros de pé-direito (assim 
considerada a altura do piso ao teto). Devem-se observar as legislações pertinentes nos níveis federal, 
estadual e municipal. (BRASIL, 2011c)
NR 9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA): o objetivo desta NR é a pre-
servação da saúde e integridade do trabalhador, por meio da antecipação, da avaliação e do controle dos 
riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em vista a proteção 
ao meio ambiente e os recursos naturais. São levados em conta os agentes físicos, químicos e biológicos:
a) Agentes biológicos – são considerados agentes biológicos: bactérias, fungos, bacilos, 
parasitas, protozoários, vírus, entre outros.
b) Agentes físicos - diversas formas de energia às quais os trabalhadores possam estar 
expostos, tais como: ruídos, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, 
radia-ções ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom.
c) Agentes químicos - substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no or-
ganismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases 
ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou 
ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão. (BRASIL, 2017b)
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ROTINAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO30
Além desses agentes, há também os riscos ergonômicos e os riscos mecânicos. Esta norma determina 
que o PPRA deve estar descrito em um documento-base contendo todos os seus aspectos estruturais. Este 
documento, suas alterações e complementações deverão ser apresentadas e discutidas pela CIPA, sendo 
sua cópia anexada ao livro de atas desta Comissão, além de estar disponível às autoridades competentes.
É importante manter esses dados no PPRA, para que as empresas não sofram ações de natureza civil 
por danos causados ao trabalhador, mantendo-se atualizados os Laudos Técnicos e o Perfil Profissiográfico 
Previdenciário (PPP).
 CASOS E RELATOS
O poder da lei – Fiscais do Ministério do Trabalho interditam quase metade da empresa
Havia uma fábrica na região sul do Brasil com dezenas de máquinas, sendo a maioria delas prensas 
hidráulicas, que trabalhavam noite e dia para cumprir as metas de produção. As paradas destas 
máquinas para manutenção ou por motivos relacionados ao processo de produção impactavam 
fortemente nos resultados da empresa. 
Por apresentarem risco aos operadores, estas máquinas estavam em processo de adequação aos 
requisitos da NR 12. Ou seja, estava sendo programada a instalação de proteções e dispositivos de 
segurança para eliminar ou minimizar os riscos aos operadores.
Em uma tarde ensolarada de terça-feira, a empresa recebeu uma visita inesperada. Eram fiscais 
do Ministério do Trabalho que realizaram uma verificação na qual foi constatado que, apesar da 
empresa estar em processo de adequação das máquinas, ainda haviam muitas máquinas que não 
cumpriam exigências descritas na NR 12. Naquela mesma tarde, foram interditadas cerca de 40% 
das máquinas e sua liberação somente seria feita após a adequação completa de todas elas.
Então, a empresa formou uma equipe, do tipo força tarefa, para fazer com urgência a adequação. 
Após uma semana de muito trabalho, foram concluídas as adequações e as máquinas foram nova-
mente verificadas e depois liberadas pelos fiscais.
O resultado deste episódio foi o prejuízo pela perda de produção causada pela parada por uma 
semana, além do custo pontual e não previsto referente ao trabalho de adequação das máquinas. 
Este foi um exemplo do poder de um órgão fiscalizador com respaldo dos requisitos de uma NR e dos 
impactos de uma interdição em um processo produtivo. 
2 LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO 31
NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE: trata das condições míni-
mas para garantir a segurança daqueles que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas, 
incluindo: projeto, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação, bem como os terceiros e os 
usuários. A figura que segue apresenta um exemplo de painel eletrônico, cuja operação do mesmo se 
encaixa nesta NR. (BRASIL, 2016b)
Figura 6 - Trabalho em instalação elétrica
Em linhas gerais, a NR 10 estabelece diretrizes básicas destinadas à implementação de medidas de con-
trole e sistemas preventivos ao risco elétrico. A seguir são apresentados os principais itens que fazem parte 
da estrutura desta norma.
a) Medidas de controle e proteção contra o risco elétrico e outros riscos adicionais;
b) Projetos de instalações elétricas;
c) Construção, montagem, operação e manutenção de instalações elétricas;
d) Segurança em instalações elétricas desenergizadas;
e) Segurança em instalações elétricas energizadas;
f ) Trabalhos envolvendo alta tensão (AT);
g) Habilitação, qualificação, capacitação e autorização dos trabalhadores;
h) Proteção contra incêndio e explosão em instalações e equipamentos elétricos;
i) Sinalização de segurança nas instalações e serviços que envolvem eletricidade;
j) Procedimentos de trabalho para serviços em instalações elétricas;
k) Situações de emergência que envolvam instalações ou serviços com eletricidade;
l) Responsabilidades de contratantes e contratados
Inseridos nestes itens da norma há uma série de requisitos específicos apresentados de forma detalha-
da. Vale a pena fazer uma boa leitura desta NR. 
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ROTINAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO32
NR 11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS: a norma 
aplica-se aos equipamentos de transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais, esta-
belecendo critérios para sua construção (que deve oferecer resistência e segurança) e utilização. Na figura, 
a seguir, você pode observar um dos equipamentos de movimentação de cargas. (BRASIL, 2016c)
Figura 7 - Equipamento de movimentaçãoe transporte
Define também que “Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilita-
dos e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com o nome 
e fotografia, em lugar visível.” (BRASIL, 2016c).
Veja, a seguir, no Casos e Relatos um exemplo de acidente envolvendo equipamentos de manuseio e 
descumprimento das Normas Regulamentadoras de segurança.
 CASOS E RELATOS
Brincadeira fatal entre colegas leva empresa a indenizar herdeiros em r$ 100 mil
A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho entendeu que houve responsabilidade objetiva 
da empresa E. M. Ltda., em Nova Lima (MG), pela morte de um empregado em acidente ocorrido 
em suas dependências. Dessa forma, manteve decisão que condenou a empresa a indenizar em R$ 
100 mil, por danos morais, os herdeiros do trabalhador.
O acidente ocorreu fora do expediente normal, após a dispensa antecipada dos empregados 
devido a um jogo de futebol, e resultou de brincadeira entre colegas de trabalho, em que um 
deles conduziu uma escavadeira na direção dos outros que se encontravam no pátio e, num 
desfecho inesperado e trágico, um trabalhador foi atingido pela lâmina do equipamento e morreu 
decapitado.
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2 LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO 33
No caso, o Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região valeu-se da previsão do Código Civil de 
que o empregador responde pelos atos de seus empregados, independentemente de culpa de sua 
parte. Em sua análise, majorou o valor da indenização por danos morais, de R$ 30 mil para R$ 100 
mil, dada a grave repercussão do acidente (morte do trabalhador) e o número de pessoas lesadas 
(viúva e sete filhos).
Na Quarta Turma, ainda que examinada a responsabilidade da empresa sob o enfoque puramente 
subjetivo, é clara sua culpa no acidente de trabalho. O empregador agiu com imprudência do de-
ver geral de cautela, pois permitiu que empregados permanecessem no local de trabalho após 
o expediente, sem a supervisão de superior hierárquico e com livre acesso aos equipamentos da 
empresa, observou o relator.
Sob esse enfoque, a Quarta Turma não acolheu o pedido do empregador de eximir-se de culpa no 
acidente e do dever de indenizar. Além da indenização, fixada em R$ 100 mil, foi assegurada aos 
herdeiros pensão mensal equivalente a um salário do empregado falecido. (MENDES, 2011).
Mediante o exposto anteriormente, você pode perceber que, mesmo o empregado não estando traba-
lhando, a empresa assume os riscos. Com tal exemplo, perceba o quanto é importante o treinamento para 
quem conduz esse tipo de equipamento. Lembre-se de que o treinamento deve ser realizado conforme 
prescreve a Norma.
Além do treinamento, os operadores de equipamentos listados na norma devem passar, anualmente, 
por exames de saúde completos, por conta do empregador.
A norma determina, ainda, que todos os transportadores industriais sejam permanentemente inspecio-
nados e que peças defeituosas devem ser substituídas imediatamente. Essa norma também apresenta as 
distâncias e alturas seguras durante o armazenamento de materiais.
NR 12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS: a NR 12, recentemente atu-
alizada pela Portaria MTb n.º 873, de 06 de julho de 2017, no item 12.1, define:
[...] referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a 
saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a 
prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de 
máquinas e equipamentos de todos os tipos, e ainda à sua fabricação, importação, com-
ercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas as atividades econômicas, 
sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras - NR 
aprovadas pela Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978, nas normas técnicas oficiais e, 
na ausência ou omissão destas, nas normas internacionais aplicáveis. (BRASIL, 2017c).
ROTINAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO34
 CASOS E RELATOS
Metalúrgica Irene: acidente mutila mão de trabalhador
Operador de prensa perdeu os quatro dedos da mão direita em acidente ocorrido em uma prensa 
sem as proteções determinadas pela convenção de prensas, na noite de quarta-feira, em uma Me-
talúrgica de Diadema.
“A empresa deve ser responsabilizada pela sua atitude negligente, pois fez a proteção com equi-
pamentos inadequados que continuaram permitindo o acesso das mãos na área de prensagem”, 
disse Mauro Soares, diretor do Sindicato.
A prensa que mutilou o trabalhador estava com proteções inadequadas e em desacordo com a 
convenção de proteção de prensas.
A Delegacia Regional do Trabalho (DRT) e o Sindicato já haviam alertado várias vezes a empresa, 
mas ela não fez a proteção de forma adequada.
“O acidente é fruto do descaso da direção da fábrica”, comentou. Mauro disse ainda, que a conven-
ção de proteção de prensas existe há seis anos, mas não é respeitada por boa parte das empresas. 
“Este é o sexto acidente na categoria, que mutila trabalhador, em menos de 20 dias úteis, o que 
mostra a falta de adequação das máquinas”, afirmou. Para ele, a interdição é a ação mais eficiente 
para acabar com as mutilações de trabalhadores.
Como exemplo, Mauro lembrou que, há 15 dias, fiscais da DRT interditaram 30 máquinas de outra 
empresa, a partir de fiscalização feita com o Sindicato.
Com as máquinas interditadas, a empresa se apressou em colocar as proteções exigidas por lei e 
regularizar a sua situação. “A experiência mostra que as empresas se mexem rapidamente quando 
perdem dinheiro em decorrência da máquina parada”, concluiu. (CNM/CUT, 2008).
Figura 8 - Sistema de proteção fixa
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Mesmo esta norma estabelecendo os requisitos mínimos de utilização de máquinas e equipamentos de 
todos os tipos, ainda acontecem alguns acidentes.
A nova - NR 12 traz em seu escopo 19 títulos de exigências a serem cumpridas, tanto por empresas 
fabricantes e comerciantes de máquinas e equipamentos, quanto pelas empresas usuárias destes.
a) Princípios gerais.
b) Arranjo físico e instalações.
c) Instalações e dispositivos elétricos.
d) Dispositivos de partida, acionamento e parada.
e) Sistemas de segurança.
f ) Dispositivos de parada de emergência. Veja um exemplo do dispositivo na figura a seguir.
Figura 9 - Dispositivo de parada de emergência
g) Meios de acesso permanentes.
h) Componentes pressurizados.
i) Transportadores de materiais.
j) Aspectos ergonômicos. 
k) Riscos adicionais.
l) Manutenção, inspeção, preparação, ajustes e reparos.
m) Sinalização. Modelos de sinalizações você pode ver na figura apresentada na sequência.
n) Manuais.
o) Procedimentos de trabalho e segurança.
p) Projeto, fabricação, importação, venda, leilão, locação, cessão a qualquer título e utilização.
q) Capacitação.
r) Outros requisitos específicos de segurança.
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s) Disposições finais. (BRASIL, 2017c). 
Figura 10 - Sinalização de segurança
Nas disposições finais, aparece a necessidade da criação de um “Inventário”, conforme apresentado no 
item 12.153. “O empregador deve manter inventário atualizado das máquinas e equipamentos com identi-
ficação por tipo, capacidade, sistemas de segurança e localização em planta baixa, elaborado por profissio-
nal qualificado ou legalmente habilitado.” (BRASIL, 2017c).
O inventário deve ser um dos primeiros documentos a ser elaborado para o atendimento dessa norma, 
pois, com ele, é possível ter um panorama da realidade da empresa, tais como, quantidade de máquinas 
existentes e sistemas de proteção já implantados.
A seguir, você irá conhecer os temas tratados nos anexos da NR 12 que complementam as definições 
básicas e medidas de ordem geral para todas as máquinas:
a) distâncias desegurança e requisitos para uso de detectores de presença opto-
eletrônicos;
b) conteúdo programático da capacitação;
c) meios de acesso permanentes;
d) glossário;
e) motoserras;
f ) máquinas para panificação e confeitaria;
g) máquinas para açougue e mercearia;
h) prensas e similares;
i) injetoras de materiais plásticos;
j) máquinas para fabricação de calçados e afins;
k) máquinas e implementos para uso agrícola e florestal.
l) equipamentos de Guindar para Elevação de Pessoas e Realização de Trabalho em 
Altura (BRASIL, 2017c).
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Na NR 12 existe uma grande evolução, pois esta determina, já no seu primeiro item, a exigência de se 
projetar e construir a máquina ou o equipamento de forma segura. Desse modo, eliminam-se muitos pro-
blemas na origem. Passando os prazos concedidos, todas as máquinas adquiridas nas empresas deverão 
estar em conformidade com essa norma, oferecendo segurança aos usuários.
Cabe ao Técnico de Segurança conhecer essa norma, repassar informações à empresa, principalmente 
aos setores de manutenção e compras, para que possam fiscalizar a aquisição de máquinas seguras e exigir 
do fornecedor o cumprimento da legislação.
NR 13 – CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO E TUBULAÇÕES: esta norma estabelece “[...] requisitos mí-
nimos para gestão da integridade estrutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão e suas tubulações de 
interligação nos aspectos relacionados à instalação, inspeção, operação e manutenção, visando à segu-
rança e à saúde dos trabalhadores”. (BRASIL, 2017d, p. 01). Na figura, a seguir, você pode verificar uma das 
caldeiras que tem sua inspeção regulamentada pela NR 13.
Figura 11 - Caldeira flamotubular a gás
O empregador é o responsável pela adoção das medidas determinadas nesta NR. O item 13.2.1 determi-
na que esta norma deve ser aplicada aos seguintes equipamentos:
a) todos os equipamentos enquadrados como caldeiras conforme item 13.4.1.1 e 
13.4.1.2;
b) vasos de pressão cujo produto P.V seja superior a 8 (oito), onde P é a pressão máxima 
de operação em kPa, em módulo, e V o seu volume interno em m³;
c) vasos de pressão que contenham fluido da classe A, especificados no item 13.5.1.2, 
alínea “a”, independente das dimensões e do produto P.V;
d) recipientes móveis com P.V superior a 8 (oito) ou com fluido da classe A, especificados 
no item 13.5.1.2, alínea “a”;
e) tubulações ou sistemas de tubulação interligados a caldeiras ou vasos de pressão, ca-
tegorizados conforme itens 13.4.1.2 e 13.5.1.2, que contenham fluidos de classe A ou 
B conforme item 13.5.1.2, alínea “a” desta NR. (BRASIL, 2017d, p. 01).
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Conheça na figura, a seguir, um exemplo de tubulação de gás de acordo com a norma citada.
Figura 12 - Tubulação de gás
Para efetuar a multiplicação dos valores de pressão e volume, mencionados anteriormente, devem ser 
utilizadas sempre as seguintes unidades de medida:
a) Considerar volume em m³.
b) Considerar pressão em kPa. Acompanhe a tabela de conversão a seguir.
CONVERSÃO DE UNIDADES DE PRESSÃO
UNIDADES DE PRESSÃO KGF/CM² KPA
kgf/cm² 1 98,07
KPa 101,97 1
Tabela 1 - Conversão de unidades de pressão
Fonte: SENAI (2017)
Para a aplicação dos requisitos da NR 13 em vasos de pressão, um dos primeiros passos é a identificação 
da categoria do vaso. Para isso, além do resultado do produto pressão vezes volume, é necessário identi-
ficar a classe do fluido que está contido no vaso. Para obter mais detalhes sobre as classes de fluido, você 
deve consultar o item 13.5.1.2 da NR 13.
Conforme o item 13.3.1 da NR 13 BRASIL, 2017d, p. 02), “Constitui condição de risco grave e iminente 
- RGI o não cumprimento de qualquer item previsto nesta NR que possa causar acidente ou doença relacio-
nada ao trabalho, com lesão grave à integridade física do trabalhador [...]”, nos seguintes casos:
a) operação de equipamentos abrangidos por esta NR sem os dispositivos de segurança 
previstos conforme itens 13.4.1.3.a, 13.5.1.3.a e 13.6.1.2;
b) atraso na inspeção de segurança periódica de caldeiras;
c) bloqueio de dispositivos de segurança de caldeiras, vasos de pressão e tubulações, 
sem a devida justificativa técnica baseada em códigos, normas ou procedimentos for-
mais de operação do equipamento;
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d) ausência de dispositivo operacional de controle do nível de água de caldeira;
e) operação de equipamento enquadrado nesta NR com deterioração atestada por 
meio de recomendação de sua retirada de operação constante de parecer conclusivo 
em relatório de inspeção de segurança, de acordo com seu respectivo código de pro-
jeto ou de adequação ao uso;
f ) operação de caldeira por trabalhador que não atenda aos requisitos estabelecidos no 
Anexo I desta NR, ou que não esteja sob supervisão, acompanhamento ou assistência 
específica de operador qualificado. (BRASIL, 2017d, p. 02).
É importante que você saiba que caldeiras, vasos de pressão e tubulações contidas na abrangência des-
ta norma devem ser submetidas a inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária. A frequência 
da inspeção periódica é determinada conforme a classificação da caldeira, vaso de pressão e tubulações. 
Um exemplo de vasos de pressão pode ser observado na figura que segue.
Figura 13 - Vasos de pressão – Reservatório de ar comprimido
 
Os vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna ou externa, diferente da 
atmosférica. Para efeito desta NR, os vasos de pressão são classificados em categorias segundo a classe de 
fluido (A, B, C e D) e também classificado em grupos de potencial de risco em função do produto PV, onde 
P é a pressão máxima de operação em MPa e V o seu volume em m3, conforme segue:
Grupo 1 - P.V ≥ 100
Grupo 2 - P.V < 100 e P.V ≥ 30
Grupo 3 - P.V < 30 e P.V ≥ 2,5
Grupo 4 - P.V < 2,5 e P.V ≥ 1
Grupo 5 - P.V < 1
Para classificar os vasos de pressão de acordo com o seu potencial de risco, deve-se efetuar o produto P 
x V, e o valor da pressão deve estar expresso na unidade Mpa. 
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Para facilitar a conversão das unidades de pressão, observe a tabela a seguir.
CONVERSÃO DE UNIDADES DE PRESSÃO
UNIDADES DE PRESSÃO BAR KGF/CM² MPA PSI
Bar 1 1,02 0,1 14,5
kgf/cm² 0,98 1 0,1 14,22
MPa 10 101.971,6 1 145,04
psi 0,07 0,07 0,01 1
Tabela 2 - Conversão de unidades de pressão
Fonte: SENAI (2017)
Você também precisa saber que as tubulações ou sistemas de tubulação devem possuir dispositivos 
de segurança conforme os critérios do código de projeto utilizado, ou em atendimento às recomendações 
de estudo de análises de cenários de falhas. Bem como, devem ser identificadas segundo padronização 
formalmente instituída pelo estabelecimento, e sinalizadas conforme a NR 26. (BRASIL, 2015a).
NR 14 – FORNOS: esta NR define os parâmetros para a instalação de fornos, os cuidados com gases, 
chamas e líquidos. (BRASIL, 1983b). Um exemplo de forno regulamentado por essa NR é o apresentado na 
figura a seguir. 
Figura 14 - Forno
Em relação a este assunto, é importante que você observe também as legislações pertinentes nos níveis 
federal, estadual e municipal.
NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES: considerada atividade insalubre, quando ocorre 
além dos limites de tolerância, isto é: intensidade, natureza e tempo de exposição ao agente que causará 
dano à saúde do trabalhador durante a sua vida laboral. 
As atividades insalubres estão contidas nos anexos da Norma e são considerados como agentes: ruído 
contínuo ou permanente; ruído de impacto; tolerância para exposição ao calor; radiações ionizantes e não 
ionizantes; trabalho sob condições hiperbáricas; vibrações; frio; umidade; agentes biológicos; benzeno; 
agentes químicos e poeiras minerais. (BRASIL, 2014a). 
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