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E-BOOK INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DO TRABALHO Fundamentos de Segurança no Trabalho APRESENTAÇÃO Ações voltadas à saúde e à segurança ocupacional nem sempre estiveram presentes no ambiente de trabalho. Com a evolução do processo produtivo, que começou de forma artesanal e hoje é realizado grandemente por linha de produção, foram desenvolvidas medidas que protegessem os trabalhadores dos danos causados pelas condições de trabalho. Mesmo que essas medidas existam, ainda há necessidade de aprimorá-las e modificar a cultura dos empregados e empregadores. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer as mudanças voltadas à saúde e à segurança ocupacional ao longo do tempo.• Analisar o impacto da evolução tecnológica no processo de trabalho.• Refletir sobre a introdução da saúde e da segurança ocupacional no meio ambiente de trabalho. • DESAFIO Com a chegada da tecnologia, o acesso ao produto está mais rápido e barato. Porém, para que fosse possível chegar a tal resultado, muitas pessoas sofreram com amputações, doenças e perda de familiares, condições provocadas pelas condições de trabalho. Assim que a segurança e a saúde ocupacional começaram a ser implementadas, as condições de trabalho foram melhorando, e a integridade física dos trabalhadores, preservada. Vamos ao desafio? Esta é a imagem do Parthenon, uma construção grega realizada entre 447 e 438 a.C. e dedicada à deusa Athenas. O trabalho era executado pelo homem, com o auxílio de animais. Esta é uma imagem da Ponte Presidente Costa e Silva, popularmente conhecida como Ponte Rio-Niterói. Uma construção brasileira realizada entre 1969 e 1974. O trabalho era executado pelo homem, com o auxílio de máquinas. Esta imagem simboliza o que temos de mais moderno na construção, que é a construção de casas utilizando impressora 3D. O trabalho é executado, em grande parte, por máquinas. Conhecendo essa evolução ocorrida no método utilizado para construir edificações, como o avanço tecnológico pode ter melhorado as condições de saúde e segurança ocupacional? INFOGRÁFICO Observe no infográfico a evolução iniciada assim que a segurança e a saúde ocupacional começaram a ser implementadas. CONTEÚDO DO LIVRO O trabalho é tão antigo quanto o homem. As histórias do homem e do trabalho se confundem em alguns momentos, pois, nos primórdios, o homem trabalhava para garantir sua sobrevivência e de sua prole. Vamos conhecer um pouco mais sobre segurança do trabalho acompanhando o capítulo a seguir. Boa leitura! GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS HUMANOS Luciano Oliveira de Oliveira Fundamentos de segurança no trabalho Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer as mudanças voltadas à saúde e à segurança ocupacional ao longo do tempo. Analisar o impacto da evolução tecnológica no processo de trabalho sobre a saúde ocupacional. Refl etir sobre a introdução da saúde e da segurança ocupacional no meio ambiente de trabalho. Introdução Neste texto, vamos discorrer sobre os fundamentos de segurança no trabalho e as novas tecnologias de gestão. No primeiro momento, va- mos relembrar fatos históricos, tentando identificar como o trabalho era conceituado e qual é sua importância nos dias atuais. Vamos identificar, também, o impacto da evolução tecnológica sobre a saúde do trabalhador e, por último, refletir sobre a qualidade de vida no trabalho. Mudanças voltadas à saúde e à segurança ocupacional ao longo do tempo No princípio, o homem não tinha muita criatividade e se apropriava apenas do que a terra lhe oferecia. Porém, com o decorrer do tempo, sentiu a necessidade de criar novas opções para sustentar seus desejos e vontades devido à escassez de alimentos, mas este novo caminho proporcionou inúmeros riscos à sua saúde. Ocorrem, então, diversas invenções, como o fogo, a lança de pedra, a faca de pedra e até mesmo armaduras para proteção corporal. Você consegue perceber que, nesta fase, a capacidade do homem de empreender, criar e inovar é imensa? Essas características estão presentes até os dias atuais, claro, com maior volume e agressividade. O Quadro 1 ajudará você a situar-se em relação a alguns períodos da história sobre a evolução do ser humano. Nômades (25 mil anos atrás) O homem não plantava, apenas coletava da terra a sua alimentação e fazia migrações entre as regiões quando estes recursos terminavam. Caça (20 mil anos atrás) Com a escassez de alimentos, a caça tornou-se seu principal trabalho, em função de sua sobrevivência. Agricultura (entre 10 e 12 mil anos atrás) O homem deixou de ser nômade e passou a estabelecer-se em região fixa. Ele percebeu a multiplicação dos alimentos ao colocar sementes na terra, colhendo o que plantava. Em momentos de pouca caça, o plantio era a sua alimentação. Comércio (em torno de 3 mil anos) Percebeu também que poderia trocar seu trabalho por coisas que não tinha. Assim dava-se origem ao comércio entre as pessoas. Corporações de ofício (século XI) Surge o artesanato, e os artesãos passavam seus conhecimentos aos companheiros e aprendizes. Nascem, nesse momento, alguns conceitos de qualidade e marca de produtos. Era Industrial ou Maquinofatura (século XVIII) Auge da Revolução Industrial. Com o advento das máquinas, o homem fornecia sua mão de obra em troca de salários. Homem = Máquina. Era da Informação Valoriza-se, aqui, o conhecimento do ser humano e o livre comércio entre as nações (globalização). Quadro 1. O ser humano percorreu três grandes revoluções: a agrícola, a industrial e a tecnológica. Cada uma marcou uma fase de adaptação das pessoas em relação ao trabalho. Os movimentos ocorridos no século XVIII deram a essa época o título de século das luzes, devido ao progresso das ciências, como física, filosofia e biologia. Com o passar dos anos, a indústria precisou expandir as vendas do que produzia, pois o consumo local não estava mais atendendo às expectativas dos empresários. A busca constante por novos mercados e a expansão da economia Gestão estratégica de recursos humanos126 geraram atritos entre alguns países, provocando, assim, a Primeira Guerra Mundial (de 1914 a 1918). Nesse período, a mulher precisou deixar o lar e ser introduzida nas empresas para fazer o trabalho dos homens que lutavam na guerra. Surge então o espaço da mulher no mundo do trabalho. É muito importante você saber que, durante a Revolução Industrial, as condições de trabalho eram completamente insalubres e precárias (jornadas de trabalho de 14 a 18 horas diárias). Não existia preocupação com a saúde dos trabalhadores. Repare que o termo “segurança” nunca foi uma prioridade para o ser humano no seu processo de evolução. Ainda hoje, presenciamos ocorrências que colocam o homem como objetivo empresarial secundário. Acesse este link para compreender um pouco mais sobre as guerras que marcaram a história da humanidade: http://www.sohistoria.com.br/ef2/cronologiaguerras/. Após o fim da Primeira Guerra Mundial, o mundo tentava se reerguer, mas as dificuldades eram muitas. A Europa, devastada, dependia das impor- tações de vários países para se reconstruir, e um dos principais países era os Estados Unidos. A produção em massa de produtos e serviços fez deste país uma potência financeiro-econômica, gerando muitos empregos. No entanto, a Europa atingiu o equilíbrio e passou a depender menos dos Estados Unidos. Em 1929 ocorre uma grande crise financeira mundial gerada pelos Estados Unidos, período chamado de “a grande depressão”. Com o passar dos anos, os Estados Unidos precisaram desenvolver estratégias para proteger seu mercado interno, reduzindo as importações e aumentando as tarifas. Esse evento ajudou a desencadear a Segunda Guerra Mundial. As guerras marcaram a história da humanidade e estão presentes até nossosdias. No entanto, as guerras corporativas são feitas por estratégias psicológicas, tendo como armas o conhecimento e a informação. 127Fundamentos de segurança no trabalho Você percebeu a importância de conhecer a história para entender os dias atuais? Com o fim da Segunda Guerra Mundial, muitas mudanças ocorreram no mundo do trabalho, tendo sido proporcionadas pelo avanço da tecnologia. A partir de então, começam as preocupações com a saúde dos trabalhadores, pois manter-se competitivo nesta nova era de tecnologias, informação e co- nhecimento somente é possível com e através das pessoas. O impacto da evolução tecnológica no processo de trabalho sobre a saúde ocupacional Todos os profi ssionais que trabalham sob algum tipo de pressão, em qualquer parte da organização, correm grande risco de desenvolver alguma doença ocupacional. Contudo, essas doenças não estão ligadas somente a pressões no ambiente de trabalho. Uma desavença com um colega, uma discussão com algum subordinado, um erro de comunicação resultando a perda de uma venda e problemas na família são exemplos de situações que podem provocar reações adversas, o que estimula o surgimento de alguma doença ocupacional com o decorrer do tempo. Saúde ocupacional Para que você entenda mais sobre saúde ocupacional, deve compreender o mecanismo da saúde para o ser humano de modo geral. A saúde é descrita como o desfecho da gestão de seis áreas distintas inerentes aos ser humano (SILVA; MARCHI, 1997). Cada uma delas apresenta sua importância para o resultado fi nal da saúde de um indivíduo. São elas: 1. Saúde física: quadro clínico do indivíduo, desde a alimentação até o uso correto do sistema médico. 2. Saúde emocional: alta capacidade de gerenciamento do estresse até um nível elevado de entusiasmo. 3. Saúde social: harmonia familiar, bons relacionamentos. 4. Saúde profissional: satisfação com o trabalho, desenvolvimento pro- fissional constante e realizações nas funções exercidas. 5. Saúde intelectual: expansão dos conhecimentos, participação no po- tencial interno. Gestão estratégica de recursos humanos128 6. Saúde espiritual: pensamentos positivos e otimistas baseados em valores e ética. Você sabe que o trabalho é necessário ao ser humano, pois tal atividade é a grande responsável pela autocolocação do indivíduo em sociedade. O trabalho exerce um papel de grande importância para a construção de identidade, autoestima e bem-estar psíquico da pessoa. Vimos aqui a evolução do homem até os dias atuais. Podemos perceber, com essa evolução, que o trabalho sempre foi parte inerente do ser humano. Ele apenas evoluiu. Não podemos escapar do trabalho e, da mesma forma que configura uma conquista, traz também desgaste mental com o decorrer do tempo. Todos os indivíduos, quando executam algum tipo de trabalho, estão sujeitos ao desenvolvimento de algum tipo de doença ocupacional. Você sabia que a palavra “trabalho” deriva do latim tripalium? Tripalium (tri, três; palum, madeira) era um instrumento feito de três estacas usadas para torturar escravos e pobres que não conseguiam pagar seus impostos. Evolução da tecnologia – a era da informação Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo sofreu enormes mudanças provo- cadas pelo avanço tecnológico. O surgimento da informática fez emergir a era da informação, modifi cando a forma de se comunicar com a nova automação. Tais acontecimentos impactaram na economia mundial, e assim surgiu a globalização. Com isso, o comércio entre as nações fi cou mais competitivo, o que causou mudanças extremas na forma de trabalhar. Essa novidade alterou o comportamento das pessoas e sua forma de ver o mundo. A informação pode ser armazenada e transformada, gerando valor ao ser humano. O conhecimento conquista dimensões globais no momento em que temos acesso a novas culturas, novos clientes e novas possibilidades. Tudo isso foi possível com a Internet. Você deve estar se perguntando: e o Brasil? O que aconteceu com o Bra- sil? Em relação a outros países, a industrialização aqui é nova. No entanto, 129Fundamentos de segurança no trabalho já ensaiava o surgimento durante o período colonial. A História nos mostra quatro períodos que o Brasil percorreu para chegar onde estamos hoje. São eles: Primeiro período (1500 a 1808): Toda a produção vinha de Portugal, pois a colônia era proibida de produzir qualquer tipo de produto. Segundo período (1808 a 1930): Denominado “período da implan- tação”, pois sofreu inúmeros ajustes tarifários para as importações, principalmente com a entrada da Inglaterra no processo. Novas leis surgiram e desencadearam mudanças e crescimento nas indústrias, tendo como consequência a redução das importações. Com o início da Primeira Guerra, o Brasil precisou utilizar mais seus recursos internos, pois havia grande dificuldade na importação de insumos e matéria-prima. Terceiro período (1930 a 1956): Período considerado como a “Revo- lução Industrial Brasileira”, pois o governo de Getúlio Vargas adota políticas de substituição de mão de obra de imigrantes pela mão de obra nacional. Em decorrência do êxodo rural, há maior investimento na indústria, fazendo com que o café deixasse de ser o princípio de atividade econômica principal. Quarto período (a partir de 1956): A partir desse momento, o Bra- sil começa a ser reconhecido como uma economia internacional e se torna um país altamente industrializado. Sua história foi marcada por altos e baixos. O grande desenvolvimento só foi possível graças aos investimentos estrangeiros, que foram atraídos com vários incentivos – tarifários, cambiais e fiscais – do governo. Aumente seus conhecimentos sobre a Revolução Industrial Brasileira acessando este link : https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_ industrializa%C3%A7%C3%A3o_no_Brasil. Em 1919 é criada a Lei n° 3.724, de 15 de janeiro, primeira lei brasileira sobre acidentes de trabalho. Gestão estratégica de recursos humanos130 Normas regulamentadoras Existe uma série de normas regulamentadoras no Brasil. Elas são responsáveis por manter os empregados contratados mediante o regime da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), protegidos e com a devida preservação da sua saúde física e mental, dentro das empresas públicas ou privadas. Hoje, conta--se com 37 normas regulamentadoras aprovadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego no Brasil. No link a seguir, você pode ver mais detalhes a respeito de cada norma regula- mentadora sobre segurança e saúde no trabalho: http://www.mtps.gov.br/ seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras. A introdução da saúde e da segurança ocupacional no meio ambiente de trabalho Como vimos até aqui, o trabalho percorreu muitos caminhos e evoluiu de forma signifi cativa no decorrer do tempo. Algumas questões ligadas à saúde no trabalho sempre estiveram presentes. Neste último trecho, você verá as principais doenças que atingem os trabalhadores e que estão relacionadas ao mundo do trabalho. Estresse no trabalho A partir do momento em que nasce, o ser humano recebe infl uências constantes e estímulos do ambiente onde vive, das pessoas que o circundam e do seu próprio organismo. Tais estímulos desencadeiam uma série de reações fun- damentais para a sua sobrevivência. No decorrer da vida, o homem adapta-se gradativamente ao mundo. Tais adaptações podem ocorrer de forma tranquila ou conturbada, conforme a natureza dos estímulos recebidos. As reações do organismo, diante dos estímulos proporcionados pela rotina, passaram a ser motivo de fascínio e estudo de muitos pesquisadores. 131Fundamentos de segurança no trabalho Após muitos anos de estudos e experiências, chegou-se à identificação da “síndrome do estresse”. Essa doença é caracterizada por afetar o indivíduo de modo geral, causando defesa sistêmica. É considerada de adaptação por buscar um estado de equilíbrio (ARANTES; VIEIRA, 2002). Existem alguns indicadores sintomáticos deestresse nos indivíduos, evi- denciados pela dinâmica psicossomática. São eles: Sintomas psicológicos: instabilidade emocional, ansiedade, depressão, agressividade, irritabilidade, entre outras sensações. Sintomas físicos: úlceras, alergias, asma, enxaquecas, alcoolismo, disfunções coronarianas e circulatórias. Sintomas sociais: queda no desempenho profissional, ausências, aci- dentes, conflitos domésticos, apatia. Foram citados aqui alguns indicadores de estresse que o corpo humano está sujeito quando é atingido pelos agentes estressores. Repare, porém, caro leitor, que o corpo humano e a mente, através de processos simultâneos, estão em uma busca constante pelo equilíbrio dos níveis das emoções. Por consequência, surgem alguns sintomas provindos das funções dos órgãos distribuídos pelo corpo humano, conforme expressa o Quadro 2. Órgãos Sintomas Aparelho digestório Vômitos, diarreia, prisão de ventre, alterações da mobilidade do estômago e dos intestinos. Aparelho respiratório Asma, bronquite. Aparelho geniturinário Dor ao urinar, cólicas renais, aumento da frequência urinária, vaginismo, ejaculação precoce, cólicas menstruais. Aparelho circulatório Hipertensão arterial, enxaqueca, cefaleia de tensão. Pele Neurodermites, eczemas, pruridos. Quadro 2. Gestão estratégica de recursos humanos132 Para muitos pesquisadores, o estresse é considerado o mal do século XXI, pois é a partir dele que outras doenças – depressão e síndrome de burnout, por exemplo – começam a se manifestar. Síndrome de burnout É impossível falar em estresse no trabalho sem citar a síndrome de burnout! Essa síndrome é considerada uma das mais significativas doenças ligadas ao estresse no trabalho. Os primeiros estudos sobre burnout tiveram início na década de 1970 com o surgimento de vários tipos de pesquisas sobre o assunto. O termo “burnout” foi utilizado inicialmente por Freudenberger (1974), um médico psicanalista que, através de experiências pessoais de frustração e dificuldades, chegou a um estado de exaustão física e emocional. Freudenberger descreveu burnout como um sentimento de fracasso e exaustão, causado por excessivo desgaste de energia e recursos, ligados a situações de trabalho em que se tem, como objeto de trabalho, o contato com outras pessoas. Explica-se a síndrome de burnout como uma resposta emocional do corpo em função de situações de estresse – relacionadas ao trabalho –. Podem ser situações que envolvam outras pessoas ou apenas o próprio indivíduo, quando este alimenta muitas expectativas relativas ao seu desenvolvimento no trabalho, mas, por diferentes razões, não as atinge. Podemos identificar a síndrome de burnout em profissões como as de médico, en- fermeiro, professor, bombeiro e policial. São ocupações que lidam diretamente com pessoas. As condições de trabalho estão divididas em ambiente físico (temperatura, pressão etc.), químico (vapores, poeiras, fumaças etc.), biológico (vírus, bac- térias, fungos etc.) e em condições de higiene e de segurança. Com a devida 133Fundamentos de segurança no trabalho preocupação por parte das empresas, é possível o ajuste da estrutura com a realidade psicossocial que envolve o ser humano. O Quadro 3 mostra a relação das outras doenças que percorrem o dia a dia do ser humano dentro das empresas. Doenças ocupacionais Doenças por repetição Lesão por esforço repetitivo (LERS) Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) Doenças respiratórias Asma ocupacional Antracose Bissinose Siderose Doenças de pele Dermatose ocupacional Câncer Doenças auditivas Surdez Doenças visuais Catarata Desgaste da visão Doenças psicossociais Estresse Depressão Síndrome de burnout Ansiedade Síndrome do pânico Quadro 3. No contexto empresarial atual, no qual as inovações acontecem em um ritmo cada vez mais acelerado, a pressão acarretada sobre os trabalhadores tende a ser cada vez maior. Há uma busca constante de melhoria da produti- vidade e aumento da competitividade frente ao mercado globalizado. Estudos comprovam que as doenças ocupacionais estão se tornando cada fez mais frequentes, exigindo a atenção e os cuidados da alta diretoria das organizações, no sentido de procurar atenuar seus efeitos sobre a atuação dos profissionais. Uma das ferramentas mais utilizadas é a pesquisa de clima organizacional. Gestão estratégica de recursos humanos134 ARANTES, M. A. C.; VIEIRA, M. J. F. Estresse: clínica psicanalítica. 2. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002. SILVA, M. A. D.; MARCHI, R. Saúde e qualidade de vida no trabalho. São Paulo: Best Seller, 1997. Leituras recomendadas BECK, A. T.; ALFORD, B. A. Depressã o: causas e tratamento. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. CARLOTTO, M. S. Síndrome de Burnout: um tipo de estresse ocupacional. Canoas: Ulbra, 2001. DEJOURS, C. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. 5. ed. São Paulo: Cortez, 1992. DUPONT. Principais doenças ocupacionais. [S.l.: s.n.], 2015. Disponível em: <http://fa- landodeprotecao.com.br/principais-doencas-ocupacionais>. Acesso em: 21 jun. 2016. LIMONGI-FRANÇA, A. C.; RODRIGUES, A. L. Stress e trabalho: uma abordagem psicos- somática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999. MUCHINSKY, P. M. Psicologia organizacional. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2004. ROBBINS, S. P. Comportamento organizacional. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. ROJAS, P. Té cnico em seguranç a do trabalho. Porto Alegre: Bookman, 2015. ZANELLI, J. C. (Org.). Estresse nas organizacõ es de trabalho: compreensã o e intervenç ã o baseadas em evidê ncias. Porto Alegre: Artmed, 2010. Gestão estratégica de recursos humanos136 Conteúdo: DICA DO PROFESSOR Referem-se às leis que regulamentam o vínculo empregatício, regendo o acordo de trabalho entre funcionários e empresas.O vídeo mostra como a segurança e a saúde ocupacional começaram a ser inseridas nas atividades laborais. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) As Normas Regulamentadoras, estabelecidas pelo Ministério do Trabalho, referem-se a qual tópico de atuação nas indústrias e organizações? A) As diretrizes básicas para avaliação e concessão de benefícios sociais referente à doença e acidente relacionado ao trabalho. B) As normativas obrigatórias para as empresas e organizações para implementação de ações de proteção da integridade física e saúde dos trabalhadores, onde o regime de contrato seja a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. C) Referem-se às leis que regulamentam o vínculo empregatício, regendo o acordo de trabalho entre funcionários e empresas. D) A descrição da formação mínima necessária para os profissionais da segurança e saúde ocupacional atuantes nas organizações. E) Definição dos tópicos de avaliação de concessão de bolsas de apoio ao desenvolvimento dos trabalhadores no Programa Nacional de Valorização do Trabalhador. Em relação às doenças ocupacionais, inerentes à realização de qualquer tipo de 2) atividade laborar, podemos afirmar que: A) Todos os trabalhadores estão expostos em menor ou maior grau, sendo que medidas de prevenção e controle devem ser adotadas para evita-las. B) Com a Revolução Digital a incidência destas doenças ocupacionais foi reduzida, em função das atividades realizadas pelos trabalhadores. C) Os trabalhadores devem escolher trabalho em locais onde existam menos riscos, estando assim protegidos das doenças ocupacionais. D) Somente a pressão por realizar uma determinada tarefa gera doenças ocupacionais E) As doenças ocupacionais estão controladas nos ambientes de trabalho, em função da grande evolução tecnológica e competitividade global. 3) Em relação às doenças ocupacionais apresentadas, os Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) estão associados a: A) Ruído, onde um trabalhador fica exposto a diversas máquinas em operação sem a devidaproteção sonora. B) Poeira, onde um trabalhador fica em ambiente com material em suspensão no ar sem a devida proteção respiratória. C) Estresse, relacionado à carga de trabalho muito superior a que um determinado trabalhador consegue realizar. D) Câncer, onde um trabalhador fica exposto a compostos químicos carcinogênicos. E) Repetição de uma tarefa, como por exemplo, um operador de computador que utiliza o teclado durante períodos de tempo longos. 4) As condições nos locais de trabalho levam a riscos ocupacionais nestes ambientes. Exemplos de atividade que envolvem a presença de riscos biológicos são: A) Costura de peças de vestuário em fábricas têxteis. B) Manuseio de material contendo vírus em laboratórios de analise clínicas. C) Corte e dobra de chapas de aço em metalúrgicas. D) Mistura de componentes químicos em indústrias químicas. E) Trabalho em temperatura baixa em câmaras frias de frigoríficos. 5) A Síndrome de burnout, termo utilizado inicialmente por Freudenberger (1974), caracteriza um esgotamento físico e mental, causado por: A) Exposição a risco relacionado às temperaturas e pressões anormais (altas ou baixas) no ambiente de trabalho. B) Dificuldade de atendimento das normas regulamentadoras impostas pelo Ministério do Trabalho. C) Sentimento de fracasso e exaustão, causado por excessivo desgaste de energia e recursos, ligados a situações de trabalho. D) Dificuldades respiratórias relacionadas à asma causada por poeiras no local de trabalho. E) Carregamento e movimentação excessiva de peso nos ambientes de trabalho. NA PRÁTICA Vejamos um exemplo de como pode ocorrer o desenvolvimento de proteção de uma máquina. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: A história do direito e da justiça do trabalho no Brasil Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Saúde e Segurança no Trabalho Informal: Desafios e Oportunidades para a Indústria Brasileira Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Saúde do trabalhador e da trabalhadora Relaciona a questão da saúde e segurança no trabalho no Brasil com o esforço de integração com as linhas de assistência de saúde públicas. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Institucional Fundacentro A Fundacentro é o maior centro de pesquisa da América Latina na área de Segurança e Saúde no Trabalho (SST). Este vídeo traz um breve resumo dos trabalhos realizados pela Instituição ao longo de mais de quatro décadas de existência. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Normas Regulamentadoras - NR´s. APRESENTAÇÃO O ambiente de trabalho pode causar doenças ou acidentes quando estratégias de prevenção não são implementadas para proteger os trabalhadores, que devem ser adequadas para diminuir os riscos presentes no ambiente e os impactos dos fatores comportamentais dos trabalhadores. As Normas Regulamentadoras (NRs) foram criadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego como diretriz para promover a prevenção de doenças e riscos ocupacionais e proteger a saúde e integridade física dos trabalhadores. Nesta Unidade de Aprendizagem você vai conhecer as normas regulamentadores e sua aplicação no ambiente de trabalho conforme a necessidade da empresa. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar as normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego.• Relacionar as normas regulamentadoras adequadas à situação analisada.• Construir meios de implementação das normas regulamentadoras.• DESAFIO Uma empreiteira foi contratada por uma construtora para realizar a pintura da fachada de um edifício com cinco pavimentos. Para que os funcionários da empreiteira possam ingressar no canteiro de obras é necessário apresentar algumas documentações referentes à proteção da saúde dos funcionários, identificação dos riscos ocupacionais, capacitação para trabalho em altura e utilização de equipamentos de proteção individual. O setor de Recursos Humanos da empresa pediu que você, engenheiro da obra, ajudasse a identificar quais documentos devem ser apresentados à empresa cliente que atendam a esses critérios. Liste os documentos que serão apresentados, identificando o número da norma referente a cada um deles. INFOGRÁFICO Para um equilíbrio entre as exigências legais, as quais incluem-se as NRs, e os valores e princípios da empresa, é preciso desenvolver ações como capacitações, levantamentos estatísticos de custos, acidentes, doenças, comparar como a prevenção resulta em economia, entre outras ações que promovam a conscientização dos gestores e funcionários sem que seja necessário um ato punitivo como autuação e multa. Veja no infográfico que atitudes podem nortear estas ações para contribuir com a implementação das NRs. CONTEÚDO DO LIVRO Com a leitura do capítulo Normas Regulamentadoras NRs, da obra Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional, você vai conhecer as Normas Regulamentadoras publicadas pelo Ministério do Trabalho que possuem valor de lei, identificando a relação das mesmas com a prática profissional, a qual busca adequar o que gera risco à saúde e integridade física dos trabalhadores, resultando na implementação das normas. Boa leitura. SEGURANÇA DO TRABALHO E SAÚDE OCUPACIONAL André Luís Abitante Normas regulamentadoras — NRs Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Identificar as normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho. � Relacionar a(s) norma(s) regulamentadora(s) adequada(s) à situação analisada. � Construir meios de implementação das normas regulamentadoras. Introdução O ambiente de trabalho pode causar doenças ou acidentes, quando estratégias de prevenção não são implementadas para proteger os traba- lhadores, ou seja, ele deve ser adequado para diminuir os riscos presentes e os impactos dos fatores comportamentais dos trabalhadores. As normas regulamentadoras foram criadas pelo Ministério do Traba- lho (MTb), como diretriz para promover a prevenção de doenças e riscos ocupacionais e proteger a saúde e integridade física dos trabalhadores. Neste capítulo, você conhecerá as normas regulamentadores e a aplicação no ambiente de trabalho conforme a necessidade da empresa. Normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho As normas regulamentadoras (NRs) são publicações do Ministério do Trabalho, por meio da Portaria número 3.214/78, para parametrizar a saúde e a segurança ocupacional dentro das instituições que possuem empregados contratados por regime de trabalho baseado na Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT. As NRs são elaboradas e modificadas por uma comissão tripartite (go- verno, empresários e empregados), por meio de portarias expedidas pelo MTb. Nada, nessas normas, “cai em desuso” sem a existência de uma nova portaria, Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1 identificando a modificação pretendida. Cabe lembrar que os requisitos de segurança e saúde ocupacional não ficam restritos às NRs, estando presentes em outros documentos, como: leis, decretos, decretos-lei, medidas provisórias, portarias, instruções normativas da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), resoluções da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e agências do Governo, ordens de ser- viço do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e regulamentos técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Veja, a seguir, quais são essas normas (NRs)e sobre o que cada uma aborda em sua redação. � NR 1 – Disposições Gerais: trazem algumas definições sobre o campo de aplicação de todas as normas regulamentadoras, atividades de órgãos governamentais relacionados à saúde e segurança ocupacional, termos que serão comuns às outrasnormas regulamentadoras e responsabilida- des dos envolvidos na aplicação das normatizações. Trata da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST), das Delegacias Regionais do Trabalho (DRT), bem como define o que são setor de serviços, canteiros de obras, frentes de trabalho, responsabilidades solidárias, etc. Estabelece, ainda, as penalidades previstas para os empregados infratores: advertência oral, advertência escrita, suspensão sem paga- mento, dispensa por “justa causa” – em relação ao empregador, há a NR 3 (Embargo ou Interdição) e NR 28 (Fiscalização e Penalidades). Tem a sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nos artigos 154 a 159 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). � NR 2 – Inspeção Prévia: trata sobre as situações em que as empresas deverão solicitar ao MTb a realização de inspeção prévia em seus estabelecimentos, bem como a forma de sua realização. Contudo, as demandas de trabalho do Ministério do Trabalho são maiores que as forças de trabalho que o mesmo possui, estando esta prática em desuso pela instituição governamental, mesmo que normatizada, com existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nos artigos 160 e 161 da CLT. Pela norma, toda empresa deve comunicar e solicitar vistoria e aprovação da DRT, órgão regional do MTb, antes de iniciar suas atividades e sempre que ocorrerem modificações substanciais nas instalações e/ou nos equipamentos de seu(s) estabelecimento(s). Estando tudo em conformidade, a empresa recebe o CAI (Certificado de Aprovação de Instalações). Normas regulamentadoras — NRs2 Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1 � NR 3 – Embargo ou Interdição: a norma define a aplicação de medidas de urgência em situações de risco grave e iminente, ou seja, toda situação de trabalho que coloque a vida ou integridade física do trabalhador em risco, para paralisação das atividades de forma parcial ou totalitária, até que o risco seja neutralizado.As situações de risco são definidas pelas NRs — por exemplo, na NR 13 (itens 13.1.4, 13.2.5, 13.3.2, 13.3.4, 13.3.12 e 13.5.1), em relação às caldeiras e vasos sob pressão, na NR 15 anexo 1 (item 7), anexo 2 (item 4) e anexo 3, com relação às atividades e operações insalubres envolvendo ruído e calor, etc. Somente o Delegado Regional do Trabalho, baseado em laudo técnico, poderá interditar ou embargar, respectivamente, um estabelecimento ou obra (serviço de construção, montagem, instalação, manutenção e/ou reforma), indi- cando na decisão tomada, com a brevidade que a ocorrência exigir, as providências que deverão ser adotadas. A NR 3 tem existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, no artigo 161 da CLT. A norma estabelece,ainda,o princípio da “dupla visita” para os Auditores Fiscais do Trabalho (AFT), ou seja, a fiscalização possui caráter educa- tivo e punitivo, desde que: não haja caracterizado nenhum risco grave e iminente; tenha ocorrido promulgação ou expedição de novas leis, regulamentos ou instruções ministeriais; trata-se de primeira inspeção nos estabelecimentos ou locais de trabalho recentemente inaugurados ou empreendidos; trata-se de estabelecimento ou local de trabalho com até (10) dez trabalhadores, salvo quando for constatada infração por falta de registro de empregado ou de anotação da CTPS, bem como na ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou embaraço a fiscalização; trata-se de microempresa ou de pequeno porte, na forma da lei específica. As empresas podem recorrer (de embargos ou interdições) no prazo de 10 (dez) dias à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho (SSMT), à qual é facultado dar efeito suspensivo. � NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT): aborda a formação e o dimensiona- mento das equipes de profissionais de saúde e segurança ocupacional que irão compor o serviço (baseado no número de empregados total), definindo algumas das atividades que devem ser apresentadas ao Minis- tério do Trabalho, assim como a periodicidade de apresentação dessas informações. Cada empresa deve registrar na DRT, órgão regional do MTb, uma equipe SESMT, contemplando médico, engenheiro de segurança, enfermeiro, técnico de segurança e auxiliar de enfermagem. Essa equipe é dimensionada segundo o Quadro II desta NR — por 3Normas regulamentadoras — NRs Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1 exemplo: os canteiros de obras e as frentes de trabalho com menos de 1.000 (mil) empregados e situados no mesmo estado, território ou distrito federal não serão considerados como estabelecimentos, mas como integrantes da empresa de engenharia principal responsável, ou seja, os engenheiros de segurança, os médicos e os enfermeiros poderão ficar centralizados, desde que a distância a ser percorrida entre aquele estabelecimento em que se situa o serviço e cada um dos demais não ultrapasse a 5 km (cinco quilômetros). � NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA): define os critérios que devem ser seguidos para constituição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, processo eleitoral e dimensiona- mento, que deve ser feito baseado no Quadro I da referida norma, que funciona como uma matriz, cruzando informações sobre o grupo que a empresa pertence, a Classificação Nacional de Atividade Econômica, o número de empregados, treinamentos e atribuições da CIPA — por exemplo: nos grupos C-18 e C-18A (construção) deverá ser constituída a CIPA por estabelecimento a partir de 70 trabalhadores; quando o estabelecimento possuir menos de 70 trabalhadores, observar o di- mensionamento descrito na NR 18, subitem 18.33.1. A NR 5 tem sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nos artigos 163 a 165 do Capítulo V do Título II da CLT. Os objetivos da CIPA visam a garantir a representação dos trabalhadores nas questões de melhoria da segurança e saúde ocupacional, em reuniões mensais, e seu registro junto ao órgão regional do MTb deve ser feito em até 10 (dez) dias após a eleição. O empregador deve promover para todos os membros da CIPA, titulares e suplentes, por meio da SESMT, em horário de expediente normal da empresa, curso sobre prevenção de acidentes do trabalho, com carga horária mínima de 18 (dezoito) horas, obedecendo a um currículo básico. � NR 6 – Equipamento de Proteção Individual (EPI): determina os critérios para identificação dos Equipamentos de Proteção Individual, Treinamento para uso, monitoramento das condições do EPI e respon- sabilidades dos empregados e empregadores. A interpretação desta norma, principalmente no que diz respeito à responsabilidade do em- pregador, é de fundamental importância para a aplicação da NR 15, na caracterização e/ou descaracterização da insalubridade. A norma tem a sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nos artigos 166 a 167 da CLT. Conforme estabelece a Portaria MTb/ SIT no. 25, de 15 de outubro de 2001, todo fabricante ou importador Normas regulamentadoras — NRs4 Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1 de EPI deve cadastrar-se junto ao MTb, de acordo com as disposições contidas no Anexo II da NR 6. O uso de EPI é obrigatório, e deve ser recomendado pelo SESMT ou CIPA, nas seguintes condições: sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes de trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho; enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; para atender às situações de emergência. É responsabilidade do empregador (item 6.6 da NR 6): adquirir o adequado EPI ao risco de cada atividade; exigir seu uso; fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional com- petente em matéria de segurança e saúde no trabalho; orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; substituir imediatamente,quando danificado ou extraviado; responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; comunicar ao MTb qualquer irregularidade observada. As responsabilidades do empregado (item 6.7 da NR 6) são: usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; responsabilizar-se pela guarda e conservação; comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. � NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO): estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implantação do PCMSO por parte de todos os empregadores e instituições, visando ao monitoramento individual dos trabalhadores expostos a agentes quí- micos, físicos e biológicos, definidos pela NR 9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Um Médico deve ser o responsável pela elaboração e pelo acompanhamento do programa, sendo o empregador responsável por viabilizar esse processo. Esta norma determina os exames médicos admissionais (realizados para todos os funcionários), os demissionais, e os Atestados de Saúde Ocupacional (ASO), onde devem constar todos os itens previstos na NR 7, com atenção para: nome, número de identidade, função, riscos ocupacionais específicos, tipos de exames que foram realizados com data, nome do médico coordenador e nº de registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), definição apto/ inapto, nome do médico examinador e forma de contato ou endereço, data e assinatura (inclusive do trabalhador, comprovando o recebimento de uma segunda via do atestado). O PCMSO pode e deve ser alterado a qualquer momento, em seu todo ou em parte, sempre que o médico detecte mudanças em riscos ocupacionais decorrentes das alterações nos processos de trabalho; novas descobertas da ciência médica, em relação 5Normas regulamentadoras — NRs Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1 a efeitos de riscos existentes; mudança de critérios de interpretação dos exames; ou, ainda, reavaliações do reconhecimento dos riscos. Esses documentos não necessitam de homologação ou registro nas Delegacias Regionais do Trabalho, basta ser arquivado no estabelecimento e ficar à disposição da fiscalização, por um período mínimo de 20 anos após o desligamento do trabalhador. � NR 8 – Edificações: aborda critérios que devem ser seguidos para manter a segurança, o conforto e a saúde dos profissionais que utilizam a edificação onde se encontra a empresa, descrevendo as medidas e características adequadas para as instalações. A NR 8 tem sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nos artigos 170 a 174 da CLT. As recomendações vão desde os pisos (que não devem apresentar saliências nem depressões), passando pelas aberturas nas paredes (que devem ser protegidas de forma que impeçam a queda de pessoas ou objetos), pelos terraços (que devem dispor de guarda-corpo com no mínimo 90 cm de altura), até questões referentes à ventilação e iluminação natural (evitar insolação excessiva ou falta de insolação). � NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA): traz as recomendações para definição e prevenção dos riscos ambientais, a responsabilidade do empregador e dos empregados no atendimento à normatização, por meio do estabelecimento da obrigatoriedade de elaboração e implementação de um programa de higiene ocupacional. A NR 9 tem sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nos artigos 176 a 178 da CLT. O item 9.5.1 estabelece que, para fins de elaboração do PPRA, os riscos ambientais são os agentes físicos (ruído, vibrações, pressões anormais, etc.), químicos (poeiras, fumos, névoas, etc.) e biológicos (bactérias, fungos, etc.) existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores. Recomenda-se que o empregador direcione a elaboração do PPRA para o SESMT da empresa ou contrate um serviço terceirizado, que pode ser uma instituição, uma empresa de consul- toria privada ou, até mesmo, um profissional autônomo. O PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores identificados nas avaliações realizadas pelo PPRA, não poderá existir um PCMSO sem que o mesmo esteja baseado num PPRA atualizado. O PPRA deve ser complementado por outros programas (previstos nas demais NRs) e requisitos legais, tais como: Programa de Conservação Auditiva (PCA - Ordem de Serviço INSS/DSS 608/99), Normas regulamentadoras — NRs6 Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1 Programa de Proteção Respiratória (PPR - Instrução Normativa MTb/ SSST 01/94), Programa de Prevenção de Exposição Ocupacional ao Benzeno no Trabalho (PPEOB - NR 15), Avaliação Ergonômica (NR 17), Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT - NR 18) e Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR - NR 22). � NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade: a norma descreve as diversas atividades de trabalho com eletricidade, elencando as documentações necessárias para evidenciar medidas pro- tetivas, habilitações e treinamentos entre outros, contemplando as fases de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica, incluindo elaboração de projetos, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas, bem como quaisquer trabalhos realizados em suas proximidades. A NR 10 tem sua existência jurídica assegurada pelos artigos 179 a 181 da CLT, porém, por tratar-se de serviço técnico, várias normas da ABNT (5410, 5413, 9518 etc.) tratam dos mesmos assuntos. Estabelece medidas de proteção individual (EPIs — capacete classe B, óculos de proteção contra a radiação, luvas e mangas isolantes de borracha, vestimenta resistente ao arco elétrico, etc.) e coletiva, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio do religamento automático, aterramento das instalações entre outras. Os EPIs e normas destes, particularmente para os riscos da eletricidade, devem seguir a Portaria MTb/SIT 48/03 e a Portaria MTb/ SIT 108/04. Para efetivo cumprimento e aplicação da NR 10, as empre- sas devem contar com colaboradores que tenham realizado um curso específico na área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino, o que pode ocorrer, segundo a regulamentação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em três níveis: cursos de formação inicial (eletricistas), de nível médio (eletrotécnicos ou eletromecânicos) e superior (engenheiros eletricistas). Treinamentos na empresa não bastam para qualificar o trabalhador, sendo necessária a apresentação de um diploma ou certificado de qualificação profissional, que devem ser “reciclados” em um período de até dois anos. � NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais: traz informações sobre a segurança no transporte, a movimentação, a armazenagem e o manuseio de materiais, descrevendo procedimentos que devem ser seguidos, capacitações, arranjo físico e estrutura da edificação. Essa NR foi redigida recentemente, devido ao 7Normas regulamentadoras — NRs Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1 grande número de acidentes causados pelos equipamentos de içamento e transporte de materiais, ocorridos com a crescente mecanização das atividades, que motivaram um aumento da quantidade de materiais movimentados no ambiente de trabalho. A NR 11 tem a sua existência jurídica assegurada no nível de legislação ordinária, nos artigos 182 e 183 da CLT, bem como várias NBRs que tratam do assunto (6327, 11900, 13541, 13542, 13543 e 13545). Trata tanto dos equipamentos de içamento (talhas manuais e elétricas, pontes-rolantes, guindaste de cavalete, de torre, de cabeça de martelo, lança horizontal e móvel sobre rodas ou esteiras) e transporte (rolete, correia,rosca sem fim e de caneca), suas particularidades e inspeções, como da armazenagem de materiais e dos trabalhadores diretamente envolvidos, como,por exemplo: 1) operadores de gruas e guindastes móveis, e o uso de procedimentos sinalizatórios com o braço e as mãos; 2) estivadores, cujo carregamento manual de sacos só pode dar-se até 60m. � NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos: aborda requisitos que devem ser adotados na instalação, operação e manutenção de máquinas e equipamentos. A NR 12 tem a sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nos artigos 184 a 186 da CLT, além de ligação direta com várias normas da ABNT (NBRs). Trata sobre dispositivos de acionamento e parada, particularidades de prensas hidráulicas e mecânicas, comando bi-manual, energia elétrica, elementos rotativos, transmissão de força, combustão interna, guilho- tinas, injetoras, calandras, enfim, tudo que é utilizado atualmente pela indústria. Conceitua os sistemas de proteção de máquinas e equipamen- tos (fixas, enclausuradas, à distância ou intertravamento) e estabelece os cuidados específicos no trabalho de manutenção e operação, por meio de programas especiais, como, por exemplo, o Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Equipamentos Similares (PPRPS). � NR 13 – Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulação: a norma traz diretrizes para implementação da segurança na operação de caldei- ras, vasos de pressão e tubulação, descrevendo informações sobre manutenção, documentos que devem ser elaborados para evidenciar a realização de medidas protetivas (prontuários, registro de segurança, projeto de instalação e/ou reparo, relatórios de inspeção), definição de termos técnicos sobre o assunto, entre outros. A NR 13 tem a sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nos artigos 187 e 188 da CLT, sendo balizada pelas NBRs 5413, 12177 e 12228.A norma conceitua, para questões legais, a pressão máxima, Normas regulamentadoras — NRs8 Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1 pressão máxima admissível e pressão de projeto. Estabelece como risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens: válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior à PMTA; instrumento que indique a pressão do vapor acumulado; injetor ou outro meio de alimentação de água, independentemente do sistema principal, em caldeiras a combustível sólido; sistema de drenagem rápida de água, em caldeiras de recuperação de álcalis; sistema de indicação para controle do nível de água ou outro sistema que evite o superaquecimento por alimentação deficiente. Para efeito desta NR, será considerado operador de caldeira aquele que possuir ensino fundamental completo e satisfizer pelo menos uma das seguintes condições: possuir certificado de Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras e comprovação de estágio prático, conforme subitem 13.3.11; possuir certificado de Treinamento de Segurança para Operação de Caldeiras previsto no item 13.3.5 alínea “b” da NR 13; possuir comprovação de pelo menos 3 (três) anos de experiência nesta atividade. � NR 14 – Fornos: são descritas nesta NR poucas informações para serem seguidas na operação de fornos, relacionadas à instalação, estrutura dos fornos e sistema de proteção. � NR 15 – Atividades e Operações Insalubres: esta norma define, em seus anexos, os agentes insalubres, limites de tolerância e critérios técnicos e legais para avaliar e caracterizar as atividades e operações insalubres e o adicional devido para cada caso. Devem ser observadas a NBR 14725 (Produtos químicos — Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente) e a CLT (Título II - Capítulo V - Seção XIII - Das Atividades Insalubres ou Perigosas), entre outros, inclusive a NR 15 prevê que, na falta de uma legislação nacional específica para a segu- rança e atividade do trabalhador, podem ser aplicadas normalizações ou critérios de avaliações internacionais validados e reconhecidos, pois a segurança das pessoas transcende a legislação nacional, trata-se de um direito de todo ser humano. Atividade ou operação insalubre é toda aquela prestada em condições que expõem o trabalhador aos agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da sua natureza, intensidade ou concentração do agente e tempo de exposição aos seus efeitos sem as devidas medidas de controle de ordem individual, coletiva ou administrativa (CLT, Art. 189). Os limites de exposição são valores de referência, tolerados como admissíveis, para fins de exposição ocupacional; para determinar esses valores, são utilizados estudos epi- demiológicos, analogia química e experimentação científica. A norma 9Normas regulamentadoras — NRs Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1 estabelece dois tipos de critérios para caracterização da insalubridade: os quantitativos (ruído, calor, radiação, vibrações etc.) e os qualitativos (radiações não ionizantes, frio, benzeno, agentes cancerígenos, etc.). A NR 15 é importante na operacionalização da NR 9 (PPRA), no que diz respeito à obrigatoriedade dos levantamentos ambientais dos agentes químicos e físicos quantificáveis, isto é, aqueles que possuem limites de tolerância estabelecidos pelos documentos legais existentes. � NR 16 – Atividades e Operações Perigosas: a NR define as atividades consideradas perigosas e responsabilidades do empregador para proteção dos trabalhadores. Atualmente, os agentes inseridos dentro da questão da periculosidade são os líquidos inflamáveis e explosivos, as radiações ionizantes, a eletricidade (energia elétrica), as atividades e operações perigosas com exposição a roubos ou outras espécies de violência fí- sica nas atividades profissionais de segurança patrimonial ou pessoal, bem como algumas atividades desenvolvidas em motocicletas. Esta norma tem sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nos artigos 193 a 197 da CLT. Os artigos 193 a 197 dizem respeito, exclusivamente, aos dois agentes de periculosidade: inflamáveis e explosivos. As leis existentes transferem toda aplicabilidade da CLT aos critérios técnicos estabelecidos pela NR 16. � NR 17 – Ergonomia: define parâmetros que permitam a análise ergo- nômica do trabalho, ou seja, a adaptação das condições de trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, a fim de proporcionar máximo de conforto, segurança e desempenho. A NR 17 tem a sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nos artigos 198 e 199 da CLT. A análise ergonômica do trabalho (AET) deve conter as seguintes etapas: análise da demanda e do contexto; análise global da empresa no seu contexto das condições técnicas, econômicas e sociais; análise da população de trabalho; definição das situações de trabalho a serem estudadas; descrição das tarefas prescritas, das tarefas reais e das atividades; análise das atividades — elemento cen- tral do estudo; diagnóstico; validação do diagnóstico; recomendações; simulação do trabalho com as modificações propostas; avaliação do trabalho na nova situação. � NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção: a norma informa medidas protetivas que devem ser imple- mentadas em canteiros de obras,de caráter preventivo, para minimizar os riscos e proteger a integridade física e saúde dos trabalhadores deste ramo de atividade, como o Programa de Condições e Meio Ambiente Normas regulamentadoras — NRs10 Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1 de Trabalho - PCMAT, treinamentos, procedimentos, particularidades sobre a CIPA deste ramo de atividade, entre outros. A NR 18 tem a sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, no inciso I do artigo 200 da CLT, bem como ligação com diversas normas da ABNT.Segundo o item 18.3.1 da NR 18, o PCMAT é obrigatório nas obras (individualizadas) com 20 (vinte) trabalhadoresou mais, contemplando os aspectos desta NR e outros dispositivos comple- mentares de segurança (por ex.: NR 9 – PPRA), entre eles: memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e opera- ções, levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas preventivas; projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas da execução da obra; especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas; cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT; layout inicial do canteiro da obra, contemplando, inclusive, previsão do dimensionamento das áreas de vivência; programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, com sua carga horária.É obrigatório o registro do PCMAT na DRT, conforme o item 18.2, antes do início das atividades, porém alterações podem ocorrer durante a construção, visando sempre à segu- rança dos trabalhadores, como, por exemplo: alteração de cronograma, inclusão de novas tecnologias e equipamentos, mudança de projeto ou alteração na relação mão de obra e equipamento. � NR 19 – Explosivos: trata, exclusivamente, dos aspectos de segurança que envolve as atividades com explosivos, no que diz respeito à esto- cagem, ao manuseio e ao transporte. Explosivos são substâncias, ou misturas de substâncias, que, quando excitadas por agente externo, são capazes de rapidamente se transformarem em gases, produzindo calor intenso e pressões elevadas. � NR 20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combus- tíveis: a norma descreve informações sobre características envolvendo as atividades com líquidos inflamáveis e combustíveis, GLP e outros gases inflamáveis, suas instalações, capacitações, procedimentos, me- didas protetivas e de prevenção, entre outros. As definições de líquido inflamável e combustível dependem do aspecto legal em questão. Sob o ponto de vista legal da periculosidade, vale somente a definição dada pela NR 20, onde o ponto de fulgor (PF) é a referência principal para se caracterizar um determinado líquido como inflamável ou combustível: líquido inflamável é todo produto que possua ponto de fulgor inferior a 11Normas regulamentadoras — NRs Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1 70ºC e pressão de vapor absoluta que não exceda a 2,8 kgf/cm², a 37,7ºC; líquido combustível é todo produto que possua ponto de fulgor igual ou superior a 70 ºC e inferior a 93,3ºC. Todo projeto e toda instalação de equipamentos e armazenagem desses produtos, por exemplo, postos de combustíveis, devem seguir as NBRs pertinentes. � NR 21 – Trabalhos a Céu Aberto: define as necessidades mínimas para manter atividades sob céu aberto para manter o conforto dos trabalhadores, sem expô-los a situações de risco, tais como em minas ao ar livre e pedreiras. Torna obrigatório, por exemplo: a existência de abrigos, ainda que rústicos, capazes de proteger os trabalhadores contra intempéries; medidas especiais que protejam os trabalhadores contra a insolação excessiva, o calor, o frio, a umidade e os ventos inconvenien- tes; aos trabalhadores que residirem no local do trabalho deverão ser oferecidos alojamentos que apresentem adequadas condições sanitárias; para os trabalhos realizados em regiões pantanosas ou alagadiças, serão imperativas as medidas de profilaxia de endemias, de acordo com as normas de saúde pública; os locais de trabalho deverão ser mantidos em condições sanitárias compatíveis com o gênero de atividade. � NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração: a norma traz uma série de critérios e procedimentos que devem ser seguidos para diminuir os riscos à saúde e integridade física dos trabalhadores do ramo da mineração — a céu aberto e subterrâneo, incluindo também os garimpos, no que couberem, beneficiamentos de minerais e pes- quisa mineral. São abordadas as particularidades da CIPA deste setor, responsabilidades do empregador e empregados, medidas protetivas, entre outros.Estabelece o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), sendo que os riscos das atividades deste setor dependem de algumas condições, entre as quais podemos destacar: tipo de mineral ou lavrado; formação geológica do mineral e da rocha encaixante (hospedeira); porcentagem de sílica livre no minério lavrado; presença de gases; presença de água; métodos de lavra. O PGR inclui todas as etapas do PPRA (NR 9) — por isso, a Instrução Normativa INSS/PRES número 20 estabelece que o PGR pode substituir o Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT) para fins de comprovação da ativi- dade especial. O subitem 22.3.7.1.3 da NR 22 desobriga as empresas de mineração da exigência do PPRA em função da obrigatoriedade de implementar o PGR. � NR 23 – Proteção Contra Incêndios: esta norma traz informações sobre proteção contra incêndios. Contudo, não basta segui-la para Normas regulamentadoras — NRs12 Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1 implementar medidas de proteção contra incêndio, sendo preciso co- nhecer as NBRs pertinentes(principalmente a ABNT 14276), além de seguir as legislações estaduais para esta finalidade. A NR 23 tem a sua existência jurídica assegurada em nível de legislação ordinária, no inciso IV do artigo 200 da CLT.Conforme o item 23.8.1 da NR 23, exercícios de combate ao fogo devem ser feitos periodicamente, objetivando: que o pessoal grave o significado do sinal de alarme; que a evacuação do local faça-se em boa ordem; que seja evitado qualquer pânico; que sejam atribuídas tarefas e responsabilidades específicas aos empregados; que seja verificado se a sirene de alarme foi ouvida em todas as áreas. � NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Traba- lho: traz informações que devem ser seguidas pelas instituições para promover um ambiente de trabalho com condições mínimas de higiene e conforto, descrevendo características de banheiros, refeitórios, limpeza do ambiente, entre outros � NR 25 – Resíduos Industriais: define resíduos industriais e as res- ponsabilidades das empresas sobre o destino final a ser dado, àqueles resultantes da produção e/ou dos ambientes de trabalho, na busca por alternativas sustentáveis.Existe uma relação direta entre a NR 25 com a NR 6, NR 7, NR 9 e NR 15. Não é competência dos Auditores Fiscais do Trabalho (AFTs) a fiscalização ambiental que,dependendo da com- petência de cada caso, pode ficar a cargo do IBAMA, das Secretarias Estaduais de Meio Ambiente ou dos respectivos órgãos estaduais de controle ambiental. Recomenda-se a consulta da Lei Ambiental de cada Estado da Federação em complemento à Lei Federal no 9.605/98, que introduz a criminalidade da conduta do empregador e determina as penas previstas para as condutas danosas ao patrimônio ambiental. � NR 26 – Sinalização de Segurança: esta norma estabelece a padroni- zação da sinalização de segurança utilizada nos ambientes de trabalho, que deve ser utilizada combinada às NBRs pertinentes. As cores devem ser usadas nos locais de trabalho para facilitar a identificação dos equipamentos de segurança, delimitar áreas, identificar as canaliza- ções empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e gases, e advertir contra riscos.A ABNT publicou diversas normas técnicas sobre a padronização das cores no ambiente de trabalho: algumas delas estão listadas nos documentos complementares desta NR. � NR 27 – Registro Profissional do Técnico de Segurança do Tra- balho: esta norma foi revogada. Ela descrevia informações sobre o 13Normas regulamentadoras — NRs Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1 procedimento de registros dos profissionais técnicos em segurança do trabalho, que foi modificado. � NR 28 – Fiscalização e Penalidades: descreve como serão calculadas as penalidades relativas ao descumprimento das Normas Regulamen- tadoras, que serão constatados por meio da fiscalização dos auditoresfiscais da Superintendência Regional do Trabalho. � NR 29 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário: a norma parametriza a saúde e segurança ocupacional das atividades portuárias, como medidas protetivas, medidas prevencionis- tas, responsabilidade dos empregados e do empregador, peculiaridades da CIPA deste ramo de atividade, entre outros. � NR 30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário: regulamenta as ações de proteção à saúde e segurança dos trabalhadores que traba- lham em embarcações, atribuições do Grupo de Segurança e Saúde no Trabalho de bordo, responsabilidades dos empregados e empregadores, entre outros. � NR 31 – Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura: normatiza as ativi- dades de saúde e segurança ocupacional em ramos de atividades rurais. � NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde: são descritos os parâmetros para proteção dos trabalhadores que laboram em serviços de saúde, observando a complexidade destes e seus riscos para definição de ações prevencionistas. � NR 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados: a norma estabelece os requisitos mínimos para a identificação e o reco- nhecimento de espaços confinados, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços. As normas da ABNT 14606 e 16577 complementam a NR 33. Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminan- tes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio. Segundo o item 33.2.1 da NR 33, são responsabilidades do empregador: indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta norma; identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento; identificar os riscos específicos de cada espaço confinado; implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, por Normas regulamentadoras — NRs14 Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1 medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergên- cia e salvamento, de forma a garantir permanentemente ambientes com condições adequadas de trabalho; garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de controle, de emergência e salvamento em espaços confinados; garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por escrito, da Permissão de Entrada e Trabalho, conforme modelo constante no anexo II desta NR; fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores; acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores das empresas contratadas provendo os meios e condições para que eles possam atuar em conformidade com esta NR; interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de risco grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local; garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada acesso aos espaços confinados. � NR 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, Reparação e Desmonte Naval: traz definições sobre procedimentos, medidas protetivas e de prevenção, responsabilidades dos empregados e do empregador para promoção da saúde e segurança dos trabalhadores que atuam na construção Naval. � NR 35 – Trabalho em Altura: define procedimentos e medidas pro- tetivas para realização de atividades que envolvam trabalho em altura. Trabalho em altura é todo aquele executado em atividades acima de 2m do nível do piso, ou mesmo quando o trabalho é desenvolvido próximo a valas com profundidade maior que 2,00 metros, mesmo que o trabalhador não suba em estrutura alguma, já que o desnível existe independentemente disto. Os trabalhos em altura só podem ser executados com o auxílio de equipamentos concebidos para tal fim, ou utilizando dispositivos de proteção coletiva, tais como guarda-corpos, plataformas ou redes de segurança. Se tal não for possível, devido à natureza do trabalho, deve-se dispor de meios de acesso seguros. Como é possível verificar, o trabalho em altura está presente em praticamente todos os tipos de atividades profissionais, seja nas atividades fins ou em atividades de suporte, como manutenção e limpeza, por exemplo. Até o ano de edição desta norma (2012), cerca de 40% dos acidentes de trabalho eram causados por quedas. No setor da construção civil, por exemplo, segundo a Fundacentro, cerca de 23% dos acidentes de trabalho 15Normas regulamentadoras — NRs Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1 são quedas de altura. De acordo com a norma, cabe ao empregador: garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas na Norma; assegurar a realização da Análise de Risco — AR e, quando for aplicável, preparar a Permissão de Trabalho — PT; desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras que envolvam trabalho em altura; assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segu- rança aplicáveis; adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção estabelecidas na Norma pelas empresas contratadas; garantir aos trabalhadores informações atuali- zadas sobre os riscos e as medidas de controle; garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de pro- teção definidas na NR 35; assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível; assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade; assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma. Já, ao trabalhador, cabem as seguintes obrigações: cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador; colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma; interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis; zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho. � NR 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados: esta norma define critérios para proteção da saúde e integridade física de trabalhadores que atuam em frigorífico, abatedores, entre outros, trazendo um grande foco para ergonomia deste processo de trabalho. Normas regulamentadoras — NRs16 Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1 Estas normas constantemente são atualizadas para atender às mudanças do mercado de trabalho, além serem produzidas novas normatizações para atender aos ramos de atividades que ainda possuam poucos parâmetros de saúde e segurança ocupacional para serem seguidos. Como identificar as normas regulamentadoras que devem ser aplicadas na empresa A identificação das normas regulamentadoras que se aplicam à empresa deve ser observada a partir da leitura da norma na íntegra, observando se as suas descrições são voltadas ao ramo de atividade da empresa. De modo geral, a maioria das normas regulamentadoras possui uma abor- dagem específica, ou seja, direciona-se a um determinado ramo de atividade.Já as generalistas, que são a minoria,têm sua abordagem direcionada a todas as empresas que possuem vínculo de trabalho regido por CLT. No quadro 1, são apresentadas as normas regulamentadoras baseadas nessas características. Normas Regulamentadoras Específicas Normas Regulamentadoras Generalistas NR6; NR10; NR11; NR12; NR13; NR14; NR15; NR16; NR18; NR19; NR20; NR21; NR22; NR25; NR 29; NR30; NR31; NR32; NR33; NR34; NR35; NR36. NR-37 Segurança e saúde em plataformas de petróleo: essa norma estabelece os requisitos mínimos de segurança, saúde e condições de vivência no trabalho a bordo de plataformas de petróleo brasileiras. Foi criada com o objetivo de diminuir a incidência de doenças ocupacionais, contribuindo para a preservação das plataformas e do ambiente marinho. NR1; NR2; NR3; NR4; NR5; NR7; NR8; NR9; NR17; NR23; NR24; NR26; NR28. Quadro 1. Normas regulamentadoras com abordagem específica. 17Normas regulamentadoras — NRs Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1 A partir do momento em que os processos de trabalho desenvolvidos na empresa são conhecidos pelos profissionais que estarão trabalhando direta- mente com a implementação das normas regulamentadoras, torna-se simples compreender quais as específicas que deverão ser implementadas. Para saber mais sobre as normas regulamentadoras, acesse o site do Ministério do Trabalho. No menu à esquerda do site, clique no título hiperlinkado “Segurança e saúde no tra- balho”. A seguir, abrirá uma nova página onde você encontrará o botão “Normatização”. Clique neste botão e aparecerá a opção da leitura das normas regulamentadoras em português; clique nesta opção e aparecerão as normas regulamentadoras publicadas. Lembre-se de que a melhor forma de manter seu conhecimento sobre as normas atualizado é acessando do site do Ministério do Trabalho. Meios para implementar as normas regulamentadoras no ambiente de trabalho Para implementar as normas regulamentadoras no ambiente de trabalho, é preciso compreender a cultura organizacional, identificar as inconformidades que devem ser adequadas e estabelecer as prioridades de adequação, dando urgência às situações de maior risco para a saúde e integridade física dos trabalhadores. Esta etapa deve contar com a participação dos trabalhadores, quando for uma demanda que interfira nas práticas destes profissionais, pois eles podem trazer a visão dos impactos que essas mudanças podem causar na operação. Também, é preciso que a gestão apoie as modificações e adequações que serão propostas para que sejam aceitas de forma sistêmica e com um olhar corporativo. Sempre que for necessário implementar uma nova diretriz ou modificar o que já existe, deve-se ler a normatização na íntegra, evitando fazer apenas a leitura de resumos e comentários sobre a normatização, e buscar analisar o que será preciso mudar, utilizando-se de ferramentas de gestão, como 5W2H, PDCA, Brainstorming, entre outras, que favorecem o alcance de propostas para melhoria. Se a equipe responsável pela implementação das modificações tiver dúvidas sobre como determinado requisito das normas regulamentadoras deve ser interpretado, é possível ler os manuais das Normas, que foram publicados Normas regulamentadoras — NRs18 Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1 pelo Ministério do Trabalho, e, em casos em que o manual não foi elaborado, pode-se fazer uma consulta a auditores que trabalham na Superintendência Regional do Trabalho. Quem nunca se deparou comum monitor sobre alguns livros, para que o mesmo fique na altura dos olhos da pessoa que opera o computador? Isso, na verdade, é um cuidado ergométrico.No ambiente de trabalho, a NR 17 (item 17.4.3) é quem recomenda as medidas a serem tomadas com equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo de forma habitual e permanente.Entre elas: � condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador; � o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas; � a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam aproximada- mente iguais. Outra alternativa para adequar as práticas da empresa às exigências legais é observar como as empresas do mesmo ramo de atividade estão aplicando a normatização em seus estabelecimentos, selecionando as melhores práticas conforme a realidade da empresa. Também pode ser efetiva a consulta a estudos de casos, publicados em periódicos acadêmicos, ou, ainda, contratar uma consultoria que preste um serviço de apoio à implementação. Um exemplo de contratação de consultoria para adequação das práticas às normas regulamentadoras é a contratação do serviço de elaboração de Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA e Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO. As normas que parametrizam a elaboração destes programas descrevem a necessidade de possuir um médico coordena- dor do PCMSO, a partir do momento que a empresa possui um determinado número de funcionários, conforme o grau de risco. Como algumas empresas são pequenas e não atingem o número definido na legislação para manter um médico coordenador na empresa, a maioria opta por contratar uma consulto- ria que elabore os programas e auxilie o setor de recursos humanos, que, na maioria das vezes, assume esse papel na ausência do Serviço Especializado 19Normas regulamentadoras — NRs Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1 em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT (que tam- bém é dimensionado conforme o número de funcionários e grau de risco da empresa, devendo ser consultado o Quadro II da NR4 para identificação dos profissionais que irão compor o serviço). Os meios disponíveis para adequar as práticas da empresa às exigências legais são inúmeros, porém só serão bons quando se opta por aquele que está de acordo com a conduta corporativa. Logo não há uma definição do melhor meio para implementação das normas, mas é necessário conhecer as alternativas existentes para identificar a que melhor será aproveitada dentro da instituição. BRASIL. Decreto-lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Brasília, DF, 1943. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto-lei/Del5452.htm>. Acesso em: 15 fev. 2018. BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 1: disposições gerais.Diário Oficial da União,Brasília, DF, 06 jul. 1978. Atualizada em 2009. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/images/ Documentos/SST/NR/NR1.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2018. BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 2: inspeção prévia.Diário Oficial da União,Brasília, DF, 06 jul. 1978. Atualizada em 1983. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/images/ Documentos/SST/NR/NR2.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2018. BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 3: embargo e interdição. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 06 jul. 1978. Atualizada em 2011. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/ images/Documentos/SST/NR/NR3.pdf>. Acesso em: 3 jan. 2018. BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 4: serviços especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 06 jul. 1978. Atualizada em 2016. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/ SST/NR/NR4.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2018. BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 5: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Diá- rio Oficial da União, Brasília, DF, 06 jul. 1978. Atualizada em 2011. Disponível em: <http:// trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR5.pdf>. Acesso em: 27 dez. 2017. BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 6: Equipamento de Proteção Individual - EPI.Diário Oficial da União, Brasília,
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