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APOSTILA - INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DO TRABALHO

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E-BOOK
INTRODUÇÃO À 
SEGURANÇA DO TRABALHO
Fundamentos de Segurança no Trabalho
APRESENTAÇÃO
Ações voltadas à saúde e à segurança ocupacional nem sempre estiveram presentes no ambiente 
de trabalho. Com a evolução do processo produtivo, que começou de forma artesanal e hoje é 
realizado grandemente por linha de produção, foram desenvolvidas medidas que protegessem os 
trabalhadores dos danos causados pelas condições de trabalho. Mesmo que essas medidas 
existam, ainda há necessidade de aprimorá-las e modificar a cultura dos empregados e 
empregadores.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer as mudanças voltadas à saúde e à segurança ocupacional ao longo do tempo.•
Analisar o impacto da evolução tecnológica no processo de trabalho.•
Refletir sobre a introdução da saúde e da segurança ocupacional no meio ambiente de 
trabalho.
•
DESAFIO
Com a chegada da tecnologia, o acesso ao produto está mais rápido e barato. Porém, para que 
fosse possível chegar a tal resultado, muitas pessoas sofreram com amputações, doenças e perda 
de familiares, condições provocadas pelas condições de trabalho.
Assim que a segurança e a saúde ocupacional começaram a ser implementadas, as condições de 
trabalho foram melhorando, e a integridade física dos trabalhadores, preservada.
Vamos ao desafio?
Esta é a imagem do Parthenon, uma construção grega realizada entre 447 e 438 a.C. e dedicada 
à deusa Athenas. O trabalho era executado pelo homem, com o auxílio de animais.
Esta é uma imagem da Ponte Presidente Costa e Silva, popularmente conhecida como Ponte 
Rio-Niterói. Uma construção brasileira realizada entre 1969 e 1974. O trabalho era executado 
pelo homem, com o auxílio de máquinas.
Esta imagem simboliza o que temos de mais moderno na construção, que é a construção de 
casas utilizando impressora 3D. O trabalho é executado, em grande parte, por máquinas.
 
Conhecendo essa evolução ocorrida no método utilizado para construir edificações, como o 
avanço tecnológico pode ter melhorado as 
condições de saúde e segurança ocupacional?
INFOGRÁFICO
Observe no infográfico a evolução iniciada assim que a segurança e a saúde ocupacional 
começaram a ser implementadas.
CONTEÚDO DO LIVRO
O trabalho é tão antigo quanto o homem. As histórias do homem e do trabalho se confundem em 
alguns momentos, pois, nos primórdios, o homem trabalhava para garantir sua sobrevivência e 
de sua prole. Vamos conhecer um pouco mais sobre segurança do trabalho acompanhando o 
capítulo a seguir.
Boa leitura!
GESTÃO 
ESTRATÉGICA 
DE RECURSOS 
HUMANOS
Luciano Oliveira de 
Oliveira
Fundamentos de 
segurança no trabalho
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Reconhecer as mudanças voltadas à saúde e à segurança ocupacional 
ao longo do tempo.
 Analisar o impacto da evolução tecnológica no processo de trabalho 
sobre a saúde ocupacional.
 Refl etir sobre a introdução da saúde e da segurança ocupacional no
meio ambiente de trabalho.
Introdução
Neste texto, vamos discorrer sobre os fundamentos de segurança no 
trabalho e as novas tecnologias de gestão. No primeiro momento, va-
mos relembrar fatos históricos, tentando identificar como o trabalho era 
conceituado e qual é sua importância nos dias atuais. Vamos identificar, 
também, o impacto da evolução tecnológica sobre a saúde do trabalhador 
e, por último, refletir sobre a qualidade de vida no trabalho. 
Mudanças voltadas à saúde e à segurança 
ocupacional ao longo do tempo
No princípio, o homem não tinha muita criatividade e se apropriava apenas do 
que a terra lhe oferecia. Porém, com o decorrer do tempo, sentiu a necessidade 
de criar novas opções para sustentar seus desejos e vontades devido à escassez 
de alimentos, mas este novo caminho proporcionou inúmeros riscos à sua saúde. 
Ocorrem, então, diversas invenções, como o fogo, a lança de pedra, a 
faca de pedra e até mesmo armaduras para proteção corporal. Você consegue 
perceber que, nesta fase, a capacidade do homem de empreender, criar e inovar 
é imensa? Essas características estão presentes até os dias atuais, claro, com 
maior volume e agressividade.
O Quadro 1 ajudará você a situar-se em relação a alguns períodos da 
história sobre a evolução do ser humano.
Nômades (25 
mil anos atrás)
O homem não plantava, apenas coletava da terra 
a sua alimentação e fazia migrações entre as 
regiões quando estes recursos terminavam.
Caça (20 mil 
anos atrás)
Com a escassez de alimentos, a caça tornou-se seu 
principal trabalho, em função de sua sobrevivência.
Agricultura 
(entre 10 e 12 
mil anos atrás)
O homem deixou de ser nômade e passou a estabelecer-se 
em região fixa. Ele percebeu a multiplicação dos alimentos 
ao colocar sementes na terra, colhendo o que plantava. Em 
momentos de pouca caça, o plantio era a sua alimentação.
Comércio 
(em torno de 
3 mil anos)
Percebeu também que poderia trocar seu 
trabalho por coisas que não tinha. Assim dava-se 
origem ao comércio entre as pessoas.
Corporações de 
ofício (século XI)
Surge o artesanato, e os artesãos passavam 
seus conhecimentos aos companheiros e 
aprendizes. Nascem, nesse momento, alguns 
conceitos de qualidade e marca de produtos.
Era Industrial ou 
Maquinofatura 
(século XVIII)
Auge da Revolução Industrial. Com o advento das 
máquinas, o homem fornecia sua mão de obra 
em troca de salários. Homem = Máquina.
Era da 
Informação
Valoriza-se, aqui, o conhecimento do ser humano e 
o livre comércio entre as nações (globalização).
 Quadro 1. 
O ser humano percorreu três grandes revoluções: a agrícola, a industrial 
e a tecnológica. Cada uma marcou uma fase de adaptação das pessoas em 
relação ao trabalho. Os movimentos ocorridos no século XVIII deram a essa 
época o título de século das luzes, devido ao progresso das ciências, como 
física, filosofia e biologia.
Com o passar dos anos, a indústria precisou expandir as vendas do que 
produzia, pois o consumo local não estava mais atendendo às expectativas dos 
empresários. A busca constante por novos mercados e a expansão da economia 
Gestão estratégica de recursos humanos126
geraram atritos entre alguns países, provocando, assim, a Primeira Guerra 
Mundial (de 1914 a 1918). Nesse período, a mulher precisou deixar o lar e ser 
introduzida nas empresas para fazer o trabalho dos homens que lutavam na 
guerra. Surge então o espaço da mulher no mundo do trabalho.
É muito importante você saber que, durante a Revolução Industrial, as 
condições de trabalho eram completamente insalubres e precárias (jornadas 
de trabalho de 14 a 18 horas diárias). Não existia preocupação com a saúde 
dos trabalhadores. Repare que o termo “segurança” nunca foi uma prioridade 
para o ser humano no seu processo de evolução. Ainda hoje, presenciamos 
ocorrências que colocam o homem como objetivo empresarial secundário.
Acesse este link para compreender um pouco mais sobre as guerras que marcaram a 
história da humanidade: http://www.sohistoria.com.br/ef2/cronologiaguerras/.
Após o fim da Primeira Guerra Mundial, o mundo tentava se reerguer, 
mas as dificuldades eram muitas. A Europa, devastada, dependia das impor-
tações de vários países para se reconstruir, e um dos principais países era os 
Estados Unidos. A produção em massa de produtos e serviços fez deste país 
uma potência financeiro-econômica, gerando muitos empregos. No entanto, 
a Europa atingiu o equilíbrio e passou a depender menos dos Estados Unidos. 
Em 1929 ocorre uma grande crise financeira mundial gerada pelos Estados 
Unidos, período chamado de “a grande depressão”. Com o passar dos anos, os 
Estados Unidos precisaram desenvolver estratégias para proteger seu mercado 
interno, reduzindo as importações e aumentando as tarifas. Esse evento ajudou 
a desencadear a Segunda Guerra Mundial. 
As guerras marcaram a história da humanidade e estão presentes até nossosdias. No 
entanto, as guerras corporativas são feitas por estratégias psicológicas, tendo como 
armas o conhecimento e a informação.
127Fundamentos de segurança no trabalho
Você percebeu a importância de conhecer a história para entender os dias 
atuais? Com o fim da Segunda Guerra Mundial, muitas mudanças ocorreram 
no mundo do trabalho, tendo sido proporcionadas pelo avanço da tecnologia. 
A partir de então, começam as preocupações com a saúde dos trabalhadores, 
pois manter-se competitivo nesta nova era de tecnologias, informação e co-
nhecimento somente é possível com e através das pessoas.
O impacto da evolução tecnológica no processo 
de trabalho sobre a saúde ocupacional
Todos os profi ssionais que trabalham sob algum tipo de pressão, em qualquer 
parte da organização, correm grande risco de desenvolver alguma doença 
ocupacional. Contudo, essas doenças não estão ligadas somente a pressões 
no ambiente de trabalho. Uma desavença com um colega, uma discussão 
com algum subordinado, um erro de comunicação resultando a perda de uma 
venda e problemas na família são exemplos de situações que podem provocar 
reações adversas, o que estimula o surgimento de alguma doença ocupacional 
com o decorrer do tempo. 
Saúde ocupacional
Para que você entenda mais sobre saúde ocupacional, deve compreender o 
mecanismo da saúde para o ser humano de modo geral. A saúde é descrita 
como o desfecho da gestão de seis áreas distintas inerentes aos ser humano 
(SILVA; MARCHI, 1997). Cada uma delas apresenta sua importância para o 
resultado fi nal da saúde de um indivíduo. São elas:
1. Saúde física: quadro clínico do indivíduo, desde a alimentação até o 
uso correto do sistema médico. 
2. Saúde emocional: alta capacidade de gerenciamento do estresse até 
um nível elevado de entusiasmo.
3. Saúde social: harmonia familiar, bons relacionamentos.
4. Saúde profissional: satisfação com o trabalho, desenvolvimento pro-
fissional constante e realizações nas funções exercidas.
5. Saúde intelectual: expansão dos conhecimentos, participação no po-
tencial interno.
Gestão estratégica de recursos humanos128
6. Saúde espiritual: pensamentos positivos e otimistas baseados em 
valores e ética.
Você sabe que o trabalho é necessário ao ser humano, pois tal atividade é a 
grande responsável pela autocolocação do indivíduo em sociedade. O trabalho 
exerce um papel de grande importância para a construção de identidade, 
autoestima e bem-estar psíquico da pessoa. Vimos aqui a evolução do homem 
até os dias atuais. Podemos perceber, com essa evolução, que o trabalho sempre 
foi parte inerente do ser humano. Ele apenas evoluiu.
Não podemos escapar do trabalho e, da mesma forma que configura uma 
conquista, traz também desgaste mental com o decorrer do tempo. Todos 
os indivíduos, quando executam algum tipo de trabalho, estão sujeitos ao 
desenvolvimento de algum tipo de doença ocupacional. 
Você sabia que a palavra “trabalho” deriva do latim tripalium? Tripalium (tri, três; palum, 
madeira) era um instrumento feito de três estacas usadas para torturar escravos e 
pobres que não conseguiam pagar seus impostos.
Evolução da tecnologia – a era da informação
Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo sofreu enormes mudanças provo-
cadas pelo avanço tecnológico. O surgimento da informática fez emergir a era 
da informação, modifi cando a forma de se comunicar com a nova automação. 
Tais acontecimentos impactaram na economia mundial, e assim surgiu a 
globalização. Com isso, o comércio entre as nações fi cou mais competitivo, 
o que causou mudanças extremas na forma de trabalhar. 
Essa novidade alterou o comportamento das pessoas e sua forma de ver 
o mundo. A informação pode ser armazenada e transformada, gerando valor 
ao ser humano. O conhecimento conquista dimensões globais no momento 
em que temos acesso a novas culturas, novos clientes e novas possibilidades. 
Tudo isso foi possível com a Internet.
Você deve estar se perguntando: e o Brasil? O que aconteceu com o Bra-
sil? Em relação a outros países, a industrialização aqui é nova. No entanto, 
129Fundamentos de segurança no trabalho
já ensaiava o surgimento durante o período colonial. A História nos mostra 
quatro períodos que o Brasil percorreu para chegar onde estamos hoje. São eles:
  Primeiro período (1500 a 1808): Toda a produção vinha de Portugal, 
pois a colônia era proibida de produzir qualquer tipo de produto.
  Segundo período (1808 a 1930): Denominado “período da implan-
tação”, pois sofreu inúmeros ajustes tarifários para as importações, 
principalmente com a entrada da Inglaterra no processo. Novas leis 
surgiram e desencadearam mudanças e crescimento nas indústrias, tendo 
como consequência a redução das importações. Com o início da Primeira 
Guerra, o Brasil precisou utilizar mais seus recursos internos, pois 
havia grande dificuldade na importação de insumos e matéria-prima.
  Terceiro período (1930 a 1956): Período considerado como a “Revo-
lução Industrial Brasileira”, pois o governo de Getúlio Vargas adota 
políticas de substituição de mão de obra de imigrantes pela mão de 
obra nacional. Em decorrência do êxodo rural, há maior investimento 
na indústria, fazendo com que o café deixasse de ser o princípio de 
atividade econômica principal.
  Quarto período (a partir de 1956): A partir desse momento, o Bra-
sil começa a ser reconhecido como uma economia internacional e se 
torna um país altamente industrializado. Sua história foi marcada por 
altos e baixos. O grande desenvolvimento só foi possível graças aos 
investimentos estrangeiros, que foram atraídos com vários incentivos 
– tarifários, cambiais e fiscais – do governo.
Aumente seus conhecimentos sobre a Revolução Industrial Brasileira 
acessando este link : https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_
industrializa%C3%A7%C3%A3o_no_Brasil.
Em 1919 é criada a Lei n° 3.724, de 15 de janeiro, primeira lei brasileira sobre acidentes 
de trabalho.
Gestão estratégica de recursos humanos130
Normas regulamentadoras
Existe uma série de normas regulamentadoras no Brasil. Elas são responsáveis 
por manter os empregados contratados mediante o regime da Consolidação 
das Leis Trabalhistas (CLT), protegidos e com a devida preservação da sua 
saúde física e mental, dentro das empresas públicas ou privadas. Hoje, conta--se 
com 37 normas regulamentadoras aprovadas pelo Ministério do Trabalho e 
Emprego no Brasil.
No link a seguir, você pode ver mais detalhes a respeito de cada norma regula-
mentadora sobre segurança e saúde no trabalho: http://www.mtps.gov.br/
seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras.
A introdução da saúde e da segurança 
ocupacional no meio ambiente de trabalho
Como vimos até aqui, o trabalho percorreu muitos caminhos e evoluiu de 
forma signifi cativa no decorrer do tempo. Algumas questões ligadas à saúde 
no trabalho sempre estiveram presentes. Neste último trecho, você verá as 
principais doenças que atingem os trabalhadores e que estão relacionadas ao 
mundo do trabalho.
Estresse no trabalho
A partir do momento em que nasce, o ser humano recebe infl uências constantes 
e estímulos do ambiente onde vive, das pessoas que o circundam e do seu 
próprio organismo. Tais estímulos desencadeiam uma série de reações fun-
damentais para a sua sobrevivência. No decorrer da vida, o homem adapta-se 
gradativamente ao mundo. Tais adaptações podem ocorrer de forma tranquila 
ou conturbada, conforme a natureza dos estímulos recebidos.
As reações do organismo, diante dos estímulos proporcionados pela rotina, 
passaram a ser motivo de fascínio e estudo de muitos pesquisadores. 
131Fundamentos de segurança no trabalho
Após muitos anos de estudos e experiências, chegou-se à identificação da 
“síndrome do estresse”. Essa doença é caracterizada por afetar o indivíduo 
de modo geral, causando defesa sistêmica. É considerada de adaptação 
por buscar um estado de equilíbrio (ARANTES; VIEIRA, 2002). 
Existem alguns indicadores sintomáticos deestresse nos indivíduos, evi-
denciados pela dinâmica psicossomática. São eles: 
  Sintomas psicológicos: instabilidade emocional, ansiedade, depressão, 
agressividade, irritabilidade, entre outras sensações. 
  Sintomas físicos: úlceras, alergias, asma, enxaquecas, alcoolismo, 
disfunções coronarianas e circulatórias. 
  Sintomas sociais: queda no desempenho profissional, ausências, aci-
dentes, conflitos domésticos, apatia.
Foram citados aqui alguns indicadores de estresse que o corpo humano está 
sujeito quando é atingido pelos agentes estressores. Repare, porém, caro leitor, 
que o corpo humano e a mente, através de processos simultâneos, estão em 
uma busca constante pelo equilíbrio dos níveis das emoções. Por consequência, 
surgem alguns sintomas provindos das funções dos órgãos distribuídos pelo 
corpo humano, conforme expressa o Quadro 2.
Órgãos Sintomas
Aparelho digestório Vômitos, diarreia, prisão de ventre, alterações 
da mobilidade do estômago e dos intestinos.
Aparelho respiratório Asma, bronquite.
Aparelho geniturinário Dor ao urinar, cólicas renais, aumento da 
frequência urinária, vaginismo, ejaculação 
precoce, cólicas menstruais.
Aparelho circulatório Hipertensão arterial, enxaqueca, cefaleia de tensão.
Pele Neurodermites, eczemas, pruridos.
 Quadro 2. 
Gestão estratégica de recursos humanos132
Para muitos pesquisadores, o estresse é considerado o mal do século XXI, pois é a 
partir dele que outras doenças – depressão e síndrome de burnout, por exemplo – 
começam a se manifestar.
Síndrome de burnout
É impossível falar em estresse no trabalho sem citar a síndrome de burnout!
Essa síndrome é considerada uma das mais significativas doenças ligadas 
ao estresse no trabalho. Os primeiros estudos sobre burnout tiveram início na 
década de 1970 com o surgimento de vários tipos de pesquisas sobre o assunto. 
O termo “burnout” foi utilizado inicialmente por Freudenberger (1974), 
um médico psicanalista que, através de experiências pessoais de frustração e 
dificuldades, chegou a um estado de exaustão física e emocional. Freudenberger 
descreveu burnout como um sentimento de fracasso e exaustão, causado por 
excessivo desgaste de energia e recursos, ligados a situações de trabalho em 
que se tem, como objeto de trabalho, o contato com outras pessoas.
Explica-se a síndrome de burnout como uma resposta emocional do corpo 
em função de situações de estresse – relacionadas ao trabalho –. Podem ser 
situações que envolvam outras pessoas ou apenas o próprio indivíduo, quando 
este alimenta muitas expectativas relativas ao seu desenvolvimento no trabalho, 
mas, por diferentes razões, não as atinge.
Podemos identificar a síndrome de burnout em profissões como as de médico, en-
fermeiro, professor, bombeiro e policial. São ocupações que lidam diretamente com 
pessoas.
As condições de trabalho estão divididas em ambiente físico (temperatura, 
pressão etc.), químico (vapores, poeiras, fumaças etc.), biológico (vírus, bac-
térias, fungos etc.) e em condições de higiene e de segurança. Com a devida 
133Fundamentos de segurança no trabalho
preocupação por parte das empresas, é possível o ajuste da estrutura com a 
realidade psicossocial que envolve o ser humano.
O Quadro 3 mostra a relação das outras doenças que percorrem o dia a dia 
do ser humano dentro das empresas.
Doenças ocupacionais
Doenças por repetição  Lesão por esforço repetitivo (LERS)
  Distúrbios osteomusculares relacionados 
ao trabalho (DORT)
Doenças respiratórias  Asma ocupacional
  Antracose
  Bissinose
  Siderose
Doenças de pele  Dermatose ocupacional
  Câncer
Doenças auditivas  Surdez
Doenças visuais  Catarata
  Desgaste da visão
Doenças psicossociais  Estresse
  Depressão
  Síndrome de burnout
  Ansiedade
  Síndrome do pânico
 Quadro 3. 
No contexto empresarial atual, no qual as inovações acontecem em um 
ritmo cada vez mais acelerado, a pressão acarretada sobre os trabalhadores 
tende a ser cada vez maior. Há uma busca constante de melhoria da produti-
vidade e aumento da competitividade frente ao mercado globalizado. Estudos 
comprovam que as doenças ocupacionais estão se tornando cada fez mais 
frequentes, exigindo a atenção e os cuidados da alta diretoria das organizações, 
no sentido de procurar atenuar seus efeitos sobre a atuação dos profissionais. 
Uma das ferramentas mais utilizadas é a pesquisa de clima organizacional.
Gestão estratégica de recursos humanos134
ARANTES, M. A. C.; VIEIRA, M. J. F. Estresse: clínica psicanalítica. 2. ed. São Paulo: Casa 
do Psicólogo, 2002.
SILVA, M. A. D.; MARCHI, R. Saúde e qualidade de vida no trabalho. São Paulo: Best 
Seller, 1997.
Leituras recomendadas
BECK, A. T.; ALFORD, B. A. Depressã o: causas e tratamento. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 
2011.
CARLOTTO, M. S. Síndrome de Burnout: um tipo de estresse ocupacional. Canoas: 
Ulbra, 2001.
DEJOURS, C. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. 5. ed. São 
Paulo: Cortez, 1992.
DUPONT. Principais doenças ocupacionais. [S.l.: s.n.], 2015. Disponível em: <http://fa-
landodeprotecao.com.br/principais-doencas-ocupacionais>. Acesso em: 21 jun. 2016.
LIMONGI-FRANÇA, A. C.; RODRIGUES, A. L. Stress e trabalho: uma abordagem psicos-
somática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
MUCHINSKY, P. M. Psicologia organizacional. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 
2004.
ROBBINS, S. P. Comportamento organizacional. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
ROJAS, P. Té cnico em seguranç a do trabalho. Porto Alegre: Bookman, 2015.
ZANELLI, J. C. (Org.). Estresse nas organizacõ es de trabalho: compreensã o e intervenç ã o 
baseadas em evidê ncias. Porto Alegre: Artmed, 2010.
Gestão estratégica de recursos humanos136
Conteúdo:
 
DICA DO PROFESSOR
Referem-se às leis que regulamentam o vínculo empregatício, regendo o acordo de trabalho 
entre funcionários e empresas.O vídeo mostra como a segurança e a saúde ocupacional 
começaram a ser inseridas nas atividades laborais.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
EXERCÍCIOS
1) As Normas Regulamentadoras, estabelecidas pelo Ministério do Trabalho, referem-se 
a qual tópico de atuação nas indústrias e organizações? 
A) As diretrizes básicas para avaliação e concessão de benefícios sociais referente à doença e 
acidente relacionado ao trabalho.
B) As normativas obrigatórias para as empresas e organizações para implementação de ações 
de proteção da integridade física e saúde dos trabalhadores, onde o regime de contrato seja 
a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. 
C) Referem-se às leis que regulamentam o vínculo empregatício, regendo o acordo de 
trabalho entre funcionários e empresas.
D) A descrição da formação mínima necessária para os profissionais da segurança e saúde 
ocupacional atuantes nas organizações.
E) Definição dos tópicos de avaliação de concessão de bolsas de apoio ao desenvolvimento 
dos trabalhadores no Programa Nacional de Valorização do Trabalhador.
Em relação às doenças ocupacionais, inerentes à realização de qualquer tipo de 2) 
atividade laborar, podemos afirmar que: 
A) Todos os trabalhadores estão expostos em menor ou maior grau, sendo que medidas de 
prevenção e controle devem ser adotadas para evita-las. 
B) Com a Revolução Digital a incidência destas doenças ocupacionais foi reduzida, em 
função das atividades realizadas pelos trabalhadores. 
C) Os trabalhadores devem escolher trabalho em locais onde existam menos riscos, estando 
assim protegidos das doenças ocupacionais. 
D) Somente a pressão por realizar uma determinada tarefa gera doenças ocupacionais 
E) As doenças ocupacionais estão controladas nos ambientes de trabalho, em função da 
grande evolução tecnológica e competitividade global. 
3) Em relação às doenças ocupacionais apresentadas, os Distúrbios osteomusculares 
relacionados ao trabalho (DORT) estão associados a: 
A) Ruído, onde um trabalhador fica exposto a diversas máquinas em operação sem a devidaproteção sonora. 
B) Poeira, onde um trabalhador fica em ambiente com material em suspensão no ar sem a 
devida proteção respiratória. 
C) Estresse, relacionado à carga de trabalho muito superior a que um determinado trabalhador 
consegue realizar. 
D) Câncer, onde um trabalhador fica exposto a compostos químicos carcinogênicos. 
E) Repetição de uma tarefa, como por exemplo, um operador de computador que utiliza o 
teclado durante períodos de tempo longos. 
4) As condições nos locais de trabalho levam a riscos ocupacionais nestes ambientes. 
Exemplos de atividade que envolvem a presença de riscos biológicos são: 
A) Costura de peças de vestuário em fábricas têxteis. 
B) Manuseio de material contendo vírus em laboratórios de analise clínicas. 
C) Corte e dobra de chapas de aço em metalúrgicas. 
D) Mistura de componentes químicos em indústrias químicas. 
E) 
Trabalho em temperatura baixa em câmaras frias de frigoríficos.
5) A Síndrome de burnout, termo utilizado inicialmente por Freudenberger (1974), 
caracteriza um esgotamento físico e mental, causado por: 
A) Exposição a risco relacionado às temperaturas e pressões anormais (altas ou baixas) no 
ambiente de trabalho. 
B) Dificuldade de atendimento das normas regulamentadoras impostas pelo Ministério do 
Trabalho. 
C) Sentimento de fracasso e exaustão, causado por excessivo desgaste de energia e recursos, 
ligados a situações de trabalho. 
D) Dificuldades respiratórias relacionadas à asma causada por poeiras no local de trabalho. 
E) Carregamento e movimentação excessiva de peso nos ambientes de trabalho. 
NA PRÁTICA
Vejamos um exemplo de como pode ocorrer o desenvolvimento de proteção de uma máquina.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
A história do direito e da justiça do trabalho no Brasil
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Saúde e Segurança no Trabalho Informal: Desafios e Oportunidades para a Indústria 
Brasileira
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Saúde do trabalhador e da trabalhadora
Relaciona a questão da saúde e segurança no trabalho no Brasil com o esforço de integração 
com as linhas de assistência de saúde públicas.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Institucional Fundacentro
A Fundacentro é o maior centro de pesquisa da América Latina na área de Segurança e Saúde no 
Trabalho (SST). Este vídeo traz um breve resumo dos trabalhos realizados pela Instituição ao 
longo de mais de quatro décadas de existência.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Normas Regulamentadoras - NR´s.
APRESENTAÇÃO
O ambiente de trabalho pode causar doenças ou acidentes quando estratégias de prevenção não 
são implementadas para proteger os trabalhadores, que devem ser adequadas para diminuir os 
riscos presentes no ambiente e os impactos dos fatores comportamentais dos trabalhadores. 
As Normas Regulamentadoras (NRs) foram criadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego 
como diretriz para promover a prevenção de doenças e riscos ocupacionais e proteger a saúde e 
integridade física dos trabalhadores. Nesta Unidade de Aprendizagem você vai conhecer as 
normas regulamentadores e sua aplicação no ambiente de trabalho conforme a necessidade da 
empresa. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar as normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego.•
Relacionar as normas regulamentadoras adequadas à situação analisada.•
Construir meios de implementação das normas regulamentadoras.•
DESAFIO
Uma empreiteira foi contratada por uma construtora para realizar a pintura da fachada de um 
edifício com cinco pavimentos. Para que os funcionários da empreiteira possam ingressar no 
canteiro de obras é necessário apresentar algumas documentações referentes à proteção da saúde 
dos funcionários, identificação dos riscos ocupacionais, capacitação para trabalho em altura e 
utilização de equipamentos de proteção individual. O setor de Recursos Humanos da empresa 
pediu que você, engenheiro da obra, ajudasse a identificar quais documentos devem ser 
apresentados à empresa cliente que atendam a esses critérios. Liste os documentos que serão 
apresentados, identificando o número da norma referente a cada um deles.
INFOGRÁFICO
Para um equilíbrio entre as exigências legais, as quais incluem-se as NRs, e os valores e 
princípios da empresa, é preciso desenvolver ações como capacitações, levantamentos 
estatísticos de custos, acidentes, doenças, comparar como a prevenção resulta em economia, 
entre outras ações que promovam a conscientização dos gestores e funcionários sem que seja 
necessário um ato punitivo como autuação e multa.
Veja no infográfico que atitudes podem nortear estas ações para contribuir com a 
implementação das NRs.
 
CONTEÚDO DO LIVRO
Com a leitura do capítulo Normas Regulamentadoras NRs, da obra Segurança do Trabalho e 
Saúde Ocupacional, você vai conhecer as Normas Regulamentadoras publicadas pelo Ministério 
do Trabalho que possuem valor de lei, identificando a relação das mesmas com a prática 
profissional, a qual busca adequar o que gera risco à saúde e integridade física dos 
trabalhadores, resultando na implementação das normas.
Boa leitura.
SEGURANÇA 
DO TRABALHO 
E SAÚDE 
OCUPACIONAL
André Luís Abitante
Normas regulamentadoras 
— NRs
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar as normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho.
 � Relacionar a(s) norma(s) regulamentadora(s) adequada(s) à situação 
analisada.
 � Construir meios de implementação das normas regulamentadoras.
Introdução
O ambiente de trabalho pode causar doenças ou acidentes, quando 
estratégias de prevenção não são implementadas para proteger os traba-
lhadores, ou seja, ele deve ser adequado para diminuir os riscos presentes 
e os impactos dos fatores comportamentais dos trabalhadores. 
As normas regulamentadoras foram criadas pelo Ministério do Traba-
lho (MTb), como diretriz para promover a prevenção de doenças e riscos 
ocupacionais e proteger a saúde e integridade física dos trabalhadores. 
Neste capítulo, você conhecerá as normas regulamentadores e a 
aplicação no ambiente de trabalho conforme a necessidade da empresa. 
Normas regulamentadoras do 
Ministério do Trabalho
As normas regulamentadoras (NRs) são publicações do Ministério do Trabalho, 
por meio da Portaria número 3.214/78, para parametrizar a saúde e a segurança 
ocupacional dentro das instituições que possuem empregados contratados por 
regime de trabalho baseado na Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT. 
As NRs são elaboradas e modificadas por uma comissão tripartite (go-
verno, empresários e empregados), por meio de portarias expedidas pelo MTb. 
Nada, nessas normas, “cai em desuso” sem a existência de uma nova portaria, 
Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1
identificando a modificação pretendida. Cabe lembrar que os requisitos de 
segurança e saúde ocupacional não ficam restritos às NRs, estando presentes 
em outros documentos, como: leis, decretos, decretos-lei, medidas provisórias, 
portarias, instruções normativas da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de 
Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), resoluções da Comissão 
Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e agências do Governo, ordens de ser-
viço do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e regulamentos técnicos 
do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial 
(Inmetro). Veja, a seguir, quais são essas normas (NRs)e sobre o que cada 
uma aborda em sua redação. 
 � NR 1 – Disposições Gerais: trazem algumas definições sobre o campo 
de aplicação de todas as normas regulamentadoras, atividades de órgãos 
governamentais relacionados à saúde e segurança ocupacional, termos 
que serão comuns às outrasnormas regulamentadoras e responsabilida-
des dos envolvidos na aplicação das normatizações. Trata da Secretaria 
de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST), das Delegacias Regionais 
do Trabalho (DRT), bem como define o que são setor de serviços, 
canteiros de obras, frentes de trabalho, responsabilidades solidárias, 
etc. Estabelece, ainda, as penalidades previstas para os empregados 
infratores: advertência oral, advertência escrita, suspensão sem paga-
mento, dispensa por “justa causa” – em relação ao empregador, há a NR 
3 (Embargo ou Interdição) e NR 28 (Fiscalização e Penalidades). Tem 
a sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, 
nos artigos 154 a 159 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
 � NR 2 – Inspeção Prévia: trata sobre as situações em que as empresas 
deverão solicitar ao MTb a realização de inspeção prévia em seus 
estabelecimentos, bem como a forma de sua realização. Contudo, as 
demandas de trabalho do Ministério do Trabalho são maiores que as 
forças de trabalho que o mesmo possui, estando esta prática em desuso 
pela instituição governamental, mesmo que normatizada, com existência 
jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nos artigos 160 
e 161 da CLT. Pela norma, toda empresa deve comunicar e solicitar 
vistoria e aprovação da DRT, órgão regional do MTb, antes de iniciar 
suas atividades e sempre que ocorrerem modificações substanciais 
nas instalações e/ou nos equipamentos de seu(s) estabelecimento(s). 
Estando tudo em conformidade, a empresa recebe o CAI (Certificado 
de Aprovação de Instalações).
Normas regulamentadoras — NRs2
Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1
 � NR 3 – Embargo ou Interdição: a norma define a aplicação de medidas 
de urgência em situações de risco grave e iminente, ou seja, toda situação 
de trabalho que coloque a vida ou integridade física do trabalhador em 
risco, para paralisação das atividades de forma parcial ou totalitária, 
até que o risco seja neutralizado.As situações de risco são definidas 
pelas NRs — por exemplo, na NR 13 (itens 13.1.4, 13.2.5, 13.3.2, 13.3.4, 
13.3.12 e 13.5.1), em relação às caldeiras e vasos sob pressão, na NR 15 
anexo 1 (item 7), anexo 2 (item 4) e anexo 3, com relação às atividades e 
operações insalubres envolvendo ruído e calor, etc. Somente o Delegado 
Regional do Trabalho, baseado em laudo técnico, poderá interditar ou 
embargar, respectivamente, um estabelecimento ou obra (serviço de 
construção, montagem, instalação, manutenção e/ou reforma), indi-
cando na decisão tomada, com a brevidade que a ocorrência exigir, as 
providências que deverão ser adotadas. A NR 3 tem existência jurídica 
assegurada, em nível de legislação ordinária, no artigo 161 da CLT. A 
norma estabelece,ainda,o princípio da “dupla visita” para os Auditores 
Fiscais do Trabalho (AFT), ou seja, a fiscalização possui caráter educa-
tivo e punitivo, desde que: não haja caracterizado nenhum risco grave 
e iminente; tenha ocorrido promulgação ou expedição de novas leis, 
regulamentos ou instruções ministeriais; trata-se de primeira inspeção 
nos estabelecimentos ou locais de trabalho recentemente inaugurados ou 
empreendidos; trata-se de estabelecimento ou local de trabalho com até 
(10) dez trabalhadores, salvo quando for constatada infração por falta de 
registro de empregado ou de anotação da CTPS, bem como na ocorrência 
de reincidência, fraude, resistência ou embaraço a fiscalização; trata-se 
de microempresa ou de pequeno porte, na forma da lei específica. As 
empresas podem recorrer (de embargos ou interdições) no prazo de 10 
(dez) dias à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho (SSMT), 
à qual é facultado dar efeito suspensivo.
 � NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho (SESMT): aborda a formação e o dimensiona-
mento das equipes de profissionais de saúde e segurança ocupacional 
que irão compor o serviço (baseado no número de empregados total), 
definindo algumas das atividades que devem ser apresentadas ao Minis-
tério do Trabalho, assim como a periodicidade de apresentação dessas 
informações. Cada empresa deve registrar na DRT, órgão regional 
do MTb, uma equipe SESMT, contemplando médico, engenheiro de 
segurança, enfermeiro, técnico de segurança e auxiliar de enfermagem. 
Essa equipe é dimensionada segundo o Quadro II desta NR — por 
3Normas regulamentadoras — NRs
Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1
exemplo: os canteiros de obras e as frentes de trabalho com menos 
de 1.000 (mil) empregados e situados no mesmo estado, território ou 
distrito federal não serão considerados como estabelecimentos, mas 
como integrantes da empresa de engenharia principal responsável, ou 
seja, os engenheiros de segurança, os médicos e os enfermeiros poderão 
ficar centralizados, desde que a distância a ser percorrida entre aquele 
estabelecimento em que se situa o serviço e cada um dos demais não 
ultrapasse a 5 km (cinco quilômetros).
 � NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA): define 
os critérios que devem ser seguidos para constituição da Comissão 
Interna de Prevenção de Acidentes, processo eleitoral e dimensiona-
mento, que deve ser feito baseado no Quadro I da referida norma, que 
funciona como uma matriz, cruzando informações sobre o grupo que 
a empresa pertence, a Classificação Nacional de Atividade Econômica, 
o número de empregados, treinamentos e atribuições da CIPA — por 
exemplo: nos grupos C-18 e C-18A (construção) deverá ser constituída 
a CIPA por estabelecimento a partir de 70 trabalhadores; quando o 
estabelecimento possuir menos de 70 trabalhadores, observar o di-
mensionamento descrito na NR 18, subitem 18.33.1. A NR 5 tem sua 
existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nos 
artigos 163 a 165 do Capítulo V do Título II da CLT. Os objetivos da 
CIPA visam a garantir a representação dos trabalhadores nas questões 
de melhoria da segurança e saúde ocupacional, em reuniões mensais, 
e seu registro junto ao órgão regional do MTb deve ser feito em até 
10 (dez) dias após a eleição. O empregador deve promover para todos 
os membros da CIPA, titulares e suplentes, por meio da SESMT, em 
horário de expediente normal da empresa, curso sobre prevenção de 
acidentes do trabalho, com carga horária mínima de 18 (dezoito) horas, 
obedecendo a um currículo básico.
 � NR 6 – Equipamento de Proteção Individual (EPI): determina os 
critérios para identificação dos Equipamentos de Proteção Individual, 
Treinamento para uso, monitoramento das condições do EPI e respon-
sabilidades dos empregados e empregadores. A interpretação desta 
norma, principalmente no que diz respeito à responsabilidade do em-
pregador, é de fundamental importância para a aplicação da NR 15, na 
caracterização e/ou descaracterização da insalubridade. A norma tem 
a sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, 
nos artigos 166 a 167 da CLT. Conforme estabelece a Portaria MTb/
SIT no. 25, de 15 de outubro de 2001, todo fabricante ou importador 
Normas regulamentadoras — NRs4
Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1
de EPI deve cadastrar-se junto ao MTb, de acordo com as disposições 
contidas no Anexo II da NR 6. O uso de EPI é obrigatório, e deve ser 
recomendado pelo SESMT ou CIPA, nas seguintes condições: sempre 
que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não 
oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes de trabalho 
e/ou de doenças profissionais e do trabalho; enquanto as medidas de 
proteção coletiva estiverem sendo implantadas; para atender às situações 
de emergência. É responsabilidade do empregador (item 6.6 da NR 6): 
adquirir o adequado EPI ao risco de cada atividade; exigir seu uso; 
fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional com-
petente em matéria de segurança e saúde no trabalho; orientar e treinar 
o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; substituir 
imediatamente,quando danificado ou extraviado; responsabilizar-se 
pela higienização e manutenção periódica; comunicar ao MTb qualquer 
irregularidade observada. As responsabilidades do empregado (item 
6.7 da NR 6) são: usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se 
destina; responsabilizar-se pela guarda e conservação; comunicar ao 
empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; cumprir 
as determinações do empregador sobre o uso adequado.
 � NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
(PCMSO): estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implantação 
do PCMSO por parte de todos os empregadores e instituições, visando 
ao monitoramento individual dos trabalhadores expostos a agentes quí-
micos, físicos e biológicos, definidos pela NR 9 Programa de Prevenção 
de Riscos Ambientais (PPRA). Um Médico deve ser o responsável pela 
elaboração e pelo acompanhamento do programa, sendo o empregador 
responsável por viabilizar esse processo. Esta norma determina os 
exames médicos admissionais (realizados para todos os funcionários), 
os demissionais, e os Atestados de Saúde Ocupacional (ASO), onde 
devem constar todos os itens previstos na NR 7, com atenção para: nome, 
número de identidade, função, riscos ocupacionais específicos, tipos de 
exames que foram realizados com data, nome do médico coordenador e 
nº de registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), definição apto/
inapto, nome do médico examinador e forma de contato ou endereço, 
data e assinatura (inclusive do trabalhador, comprovando o recebimento 
de uma segunda via do atestado). O PCMSO pode e deve ser alterado 
a qualquer momento, em seu todo ou em parte, sempre que o médico 
detecte mudanças em riscos ocupacionais decorrentes das alterações nos 
processos de trabalho; novas descobertas da ciência médica, em relação 
5Normas regulamentadoras — NRs
Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1
a efeitos de riscos existentes; mudança de critérios de interpretação dos 
exames; ou, ainda, reavaliações do reconhecimento dos riscos. Esses 
documentos não necessitam de homologação ou registro nas Delegacias 
Regionais do Trabalho, basta ser arquivado no estabelecimento e ficar 
à disposição da fiscalização, por um período mínimo de 20 anos após 
o desligamento do trabalhador.
 � NR 8 – Edificações: aborda critérios que devem ser seguidos para 
manter a segurança, o conforto e a saúde dos profissionais que utilizam 
a edificação onde se encontra a empresa, descrevendo as medidas e 
características adequadas para as instalações. A NR 8 tem sua existência 
jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nos artigos 170 
a 174 da CLT. As recomendações vão desde os pisos (que não devem 
apresentar saliências nem depressões), passando pelas aberturas nas 
paredes (que devem ser protegidas de forma que impeçam a queda de 
pessoas ou objetos), pelos terraços (que devem dispor de guarda-corpo 
com no mínimo 90 cm de altura), até questões referentes à ventilação 
e iluminação natural (evitar insolação excessiva ou falta de insolação). 
 � NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA): traz 
as recomendações para definição e prevenção dos riscos ambientais, 
a responsabilidade do empregador e dos empregados no atendimento 
à normatização, por meio do estabelecimento da obrigatoriedade de 
elaboração e implementação de um programa de higiene ocupacional. 
A NR 9 tem sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação 
ordinária, nos artigos 176 a 178 da CLT. O item 9.5.1 estabelece que, 
para fins de elaboração do PPRA, os riscos ambientais são os agentes 
físicos (ruído, vibrações, pressões anormais, etc.), químicos (poeiras, 
fumos, névoas, etc.) e biológicos (bactérias, fungos, etc.) existentes nos 
ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração 
ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à 
saúde dos trabalhadores. Recomenda-se que o empregador direcione a 
elaboração do PPRA para o SESMT da empresa ou contrate um serviço 
terceirizado, que pode ser uma instituição, uma empresa de consul-
toria privada ou, até mesmo, um profissional autônomo. O PCMSO 
deverá ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos 
trabalhadores identificados nas avaliações realizadas pelo PPRA, não 
poderá existir um PCMSO sem que o mesmo esteja baseado num PPRA 
atualizado. O PPRA deve ser complementado por outros programas 
(previstos nas demais NRs) e requisitos legais, tais como: Programa de 
Conservação Auditiva (PCA - Ordem de Serviço INSS/DSS 608/99), 
Normas regulamentadoras — NRs6
Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1
Programa de Proteção Respiratória (PPR - Instrução Normativa MTb/
SSST 01/94), Programa de Prevenção de Exposição Ocupacional ao 
Benzeno no Trabalho (PPEOB - NR 15), Avaliação Ergonômica (NR 
17), Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria 
da Construção (PCMAT - NR 18) e Programa de Gerenciamento de 
Riscos (PGR - NR 22).
 � NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade: a 
norma descreve as diversas atividades de trabalho com eletricidade, 
elencando as documentações necessárias para evidenciar medidas pro-
tetivas, habilitações e treinamentos entre outros, contemplando as fases 
de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica, 
incluindo elaboração de projetos, construção, montagem, operação, 
manutenção das instalações elétricas, bem como quaisquer trabalhos 
realizados em suas proximidades. A NR 10 tem sua existência jurídica 
assegurada pelos artigos 179 a 181 da CLT, porém, por tratar-se de 
serviço técnico, várias normas da ABNT (5410, 5413, 9518 etc.) tratam 
dos mesmos assuntos. Estabelece medidas de proteção individual (EPIs 
— capacete classe B, óculos de proteção contra a radiação, luvas e 
mangas isolantes de borracha, vestimenta resistente ao arco elétrico, etc.) 
e coletiva, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, 
sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação, 
bloqueio do religamento automático, aterramento das instalações entre 
outras. Os EPIs e normas destes, particularmente para os riscos da 
eletricidade, devem seguir a Portaria MTb/SIT 48/03 e a Portaria MTb/
SIT 108/04. Para efetivo cumprimento e aplicação da NR 10, as empre-
sas devem contar com colaboradores que tenham realizado um curso 
específico na área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino, 
o que pode ocorrer, segundo a regulamentação da Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional (LDB), em três níveis: cursos de formação 
inicial (eletricistas), de nível médio (eletrotécnicos ou eletromecânicos) 
e superior (engenheiros eletricistas). Treinamentos na empresa não 
bastam para qualificar o trabalhador, sendo necessária a apresentação 
de um diploma ou certificado de qualificação profissional, que devem 
ser “reciclados” em um período de até dois anos.
 � NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio 
de Materiais: traz informações sobre a segurança no transporte, a 
movimentação, a armazenagem e o manuseio de materiais, descrevendo 
procedimentos que devem ser seguidos, capacitações, arranjo físico e 
estrutura da edificação. Essa NR foi redigida recentemente, devido ao 
7Normas regulamentadoras — NRs
Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1
grande número de acidentes causados pelos equipamentos de içamento 
e transporte de materiais, ocorridos com a crescente mecanização das 
atividades, que motivaram um aumento da quantidade de materiais 
movimentados no ambiente de trabalho. A NR 11 tem a sua existência 
jurídica assegurada no nível de legislação ordinária, nos artigos 182 e 
183 da CLT, bem como várias NBRs que tratam do assunto (6327, 11900, 
13541, 13542, 13543 e 13545). Trata tanto dos equipamentos de içamento 
(talhas manuais e elétricas, pontes-rolantes, guindaste de cavalete, de 
torre, de cabeça de martelo, lança horizontal e móvel sobre rodas ou 
esteiras) e transporte (rolete, correia,rosca sem fim e de caneca), suas 
particularidades e inspeções, como da armazenagem de materiais e dos 
trabalhadores diretamente envolvidos, como,por exemplo: 1) operadores 
de gruas e guindastes móveis, e o uso de procedimentos sinalizatórios 
com o braço e as mãos; 2) estivadores, cujo carregamento manual de 
sacos só pode dar-se até 60m.
 � NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos: 
aborda requisitos que devem ser adotados na instalação, operação e 
manutenção de máquinas e equipamentos. A NR 12 tem a sua existência 
jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nos artigos 184 a 
186 da CLT, além de ligação direta com várias normas da ABNT (NBRs). 
Trata sobre dispositivos de acionamento e parada, particularidades de 
prensas hidráulicas e mecânicas, comando bi-manual, energia elétrica, 
elementos rotativos, transmissão de força, combustão interna, guilho-
tinas, injetoras, calandras, enfim, tudo que é utilizado atualmente pela 
indústria. Conceitua os sistemas de proteção de máquinas e equipamen-
tos (fixas, enclausuradas, à distância ou intertravamento) e estabelece os 
cuidados específicos no trabalho de manutenção e operação, por meio 
de programas especiais, como, por exemplo, o Programa de Prevenção 
de Riscos em Prensas e Equipamentos Similares (PPRPS). 
 � NR 13 – Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulação: a norma traz 
diretrizes para implementação da segurança na operação de caldei-
ras, vasos de pressão e tubulação, descrevendo informações sobre 
manutenção, documentos que devem ser elaborados para evidenciar a 
realização de medidas protetivas (prontuários, registro de segurança, 
projeto de instalação e/ou reparo, relatórios de inspeção), definição 
de termos técnicos sobre o assunto, entre outros. A NR 13 tem a sua 
existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nos 
artigos 187 e 188 da CLT, sendo balizada pelas NBRs 5413, 12177 e 
12228.A norma conceitua, para questões legais, a pressão máxima, 
Normas regulamentadoras — NRs8
Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1
pressão máxima admissível e pressão de projeto. Estabelece como risco 
grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens: válvula de 
segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior à 
PMTA; instrumento que indique a pressão do vapor acumulado; injetor 
ou outro meio de alimentação de água, independentemente do sistema 
principal, em caldeiras a combustível sólido; sistema de drenagem 
rápida de água, em caldeiras de recuperação de álcalis; sistema de 
indicação para controle do nível de água ou outro sistema que evite o 
superaquecimento por alimentação deficiente. Para efeito desta NR, será 
considerado operador de caldeira aquele que possuir ensino fundamental 
completo e satisfizer pelo menos uma das seguintes condições: possuir 
certificado de Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras 
e comprovação de estágio prático, conforme subitem 13.3.11; possuir 
certificado de Treinamento de Segurança para Operação de Caldeiras 
previsto no item 13.3.5 alínea “b” da NR 13; possuir comprovação de 
pelo menos 3 (três) anos de experiência nesta atividade. 
 � NR 14 – Fornos: são descritas nesta NR poucas informações para serem 
seguidas na operação de fornos, relacionadas à instalação, estrutura 
dos fornos e sistema de proteção.
 � NR 15 – Atividades e Operações Insalubres: esta norma define, em 
seus anexos, os agentes insalubres, limites de tolerância e critérios 
técnicos e legais para avaliar e caracterizar as atividades e operações 
insalubres e o adicional devido para cada caso. Devem ser observadas a 
NBR 14725 (Produtos químicos — Informações sobre segurança, saúde 
e meio ambiente) e a CLT (Título II - Capítulo V - Seção XIII - Das 
Atividades Insalubres ou Perigosas), entre outros, inclusive a NR 15 
prevê que, na falta de uma legislação nacional específica para a segu-
rança e atividade do trabalhador, podem ser aplicadas normalizações 
ou critérios de avaliações internacionais validados e reconhecidos, pois 
a segurança das pessoas transcende a legislação nacional, trata-se de 
um direito de todo ser humano. Atividade ou operação insalubre é toda 
aquela prestada em condições que expõem o trabalhador aos agentes 
nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da sua 
natureza, intensidade ou concentração do agente e tempo de exposição 
aos seus efeitos sem as devidas medidas de controle de ordem individual, 
coletiva ou administrativa (CLT, Art. 189). Os limites de exposição são 
valores de referência, tolerados como admissíveis, para fins de exposição 
ocupacional; para determinar esses valores, são utilizados estudos epi-
demiológicos, analogia química e experimentação científica. A norma 
9Normas regulamentadoras — NRs
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estabelece dois tipos de critérios para caracterização da insalubridade: 
os quantitativos (ruído, calor, radiação, vibrações etc.) e os qualitativos 
(radiações não ionizantes, frio, benzeno, agentes cancerígenos, etc.). A 
NR 15 é importante na operacionalização da NR 9 (PPRA), no que diz 
respeito à obrigatoriedade dos levantamentos ambientais dos agentes 
químicos e físicos quantificáveis, isto é, aqueles que possuem limites 
de tolerância estabelecidos pelos documentos legais existentes.
 � NR 16 – Atividades e Operações Perigosas: a NR define as atividades 
consideradas perigosas e responsabilidades do empregador para proteção 
dos trabalhadores. Atualmente, os agentes inseridos dentro da questão 
da periculosidade são os líquidos inflamáveis e explosivos, as radiações 
ionizantes, a eletricidade (energia elétrica), as atividades e operações 
perigosas com exposição a roubos ou outras espécies de violência fí-
sica nas atividades profissionais de segurança patrimonial ou pessoal, 
bem como algumas atividades desenvolvidas em motocicletas. Esta 
norma tem sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação 
ordinária, nos artigos 193 a 197 da CLT. Os artigos 193 a 197 dizem 
respeito, exclusivamente, aos dois agentes de periculosidade: inflamáveis 
e explosivos. As leis existentes transferem toda aplicabilidade da CLT 
aos critérios técnicos estabelecidos pela NR 16.
 � NR 17 – Ergonomia: define parâmetros que permitam a análise ergo-
nômica do trabalho, ou seja, a adaptação das condições de trabalho às 
condições psicofisiológicas dos trabalhadores, a fim de proporcionar 
máximo de conforto, segurança e desempenho. A NR 17 tem a sua 
existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nos 
artigos 198 e 199 da CLT. A análise ergonômica do trabalho (AET) deve 
conter as seguintes etapas: análise da demanda e do contexto; análise 
global da empresa no seu contexto das condições técnicas, econômicas 
e sociais; análise da população de trabalho; definição das situações 
de trabalho a serem estudadas; descrição das tarefas prescritas, das 
tarefas reais e das atividades; análise das atividades — elemento cen-
tral do estudo; diagnóstico; validação do diagnóstico; recomendações; 
simulação do trabalho com as modificações propostas; avaliação do 
trabalho na nova situação.
 � NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção: a norma informa medidas protetivas que devem ser imple-
mentadas em canteiros de obras,de caráter preventivo, para minimizar 
os riscos e proteger a integridade física e saúde dos trabalhadores deste 
ramo de atividade, como o Programa de Condições e Meio Ambiente 
Normas regulamentadoras — NRs10
Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1
de Trabalho - PCMAT, treinamentos, procedimentos, particularidades 
sobre a CIPA deste ramo de atividade, entre outros. A NR 18 tem a 
sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, no 
inciso I do artigo 200 da CLT, bem como ligação com diversas normas 
da ABNT.Segundo o item 18.3.1 da NR 18, o PCMAT é obrigatório 
nas obras (individualizadas) com 20 (vinte) trabalhadoresou mais, 
contemplando os aspectos desta NR e outros dispositivos comple-
mentares de segurança (por ex.: NR 9 – PPRA), entre eles: memorial 
sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e opera-
ções, levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do 
trabalho e suas respectivas medidas preventivas; projeto de execução 
das proteções coletivas em conformidade com as etapas da execução 
da obra; especificação técnica das proteções coletivas e individuais a 
serem utilizadas; cronograma de implantação das medidas preventivas 
definidas no PCMAT; layout inicial do canteiro da obra, contemplando, 
inclusive, previsão do dimensionamento das áreas de vivência; programa 
educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças 
do trabalho, com sua carga horária.É obrigatório o registro do PCMAT 
na DRT, conforme o item 18.2, antes do início das atividades, porém 
alterações podem ocorrer durante a construção, visando sempre à segu-
rança dos trabalhadores, como, por exemplo: alteração de cronograma, 
inclusão de novas tecnologias e equipamentos, mudança de projeto ou 
alteração na relação mão de obra e equipamento.
 � NR 19 – Explosivos: trata, exclusivamente, dos aspectos de segurança 
que envolve as atividades com explosivos, no que diz respeito à esto-
cagem, ao manuseio e ao transporte. Explosivos são substâncias, ou 
misturas de substâncias, que, quando excitadas por agente externo, são 
capazes de rapidamente se transformarem em gases, produzindo calor 
intenso e pressões elevadas.
 � NR 20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combus-
tíveis: a norma descreve informações sobre características envolvendo 
as atividades com líquidos inflamáveis e combustíveis, GLP e outros 
gases inflamáveis, suas instalações, capacitações, procedimentos, me-
didas protetivas e de prevenção, entre outros. As definições de líquido 
inflamável e combustível dependem do aspecto legal em questão. Sob 
o ponto de vista legal da periculosidade, vale somente a definição dada 
pela NR 20, onde o ponto de fulgor (PF) é a referência principal para se 
caracterizar um determinado líquido como inflamável ou combustível: 
líquido inflamável é todo produto que possua ponto de fulgor inferior a 
11Normas regulamentadoras — NRs
Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1
70ºC e pressão de vapor absoluta que não exceda a 2,8 kgf/cm², a 37,7ºC; 
líquido combustível é todo produto que possua ponto de fulgor igual 
ou superior a 70 ºC e inferior a 93,3ºC. Todo projeto e toda instalação 
de equipamentos e armazenagem desses produtos, por exemplo, postos 
de combustíveis, devem seguir as NBRs pertinentes.
 � NR 21 – Trabalhos a Céu Aberto: define as necessidades mínimas 
para manter atividades sob céu aberto para manter o conforto dos 
trabalhadores, sem expô-los a situações de risco, tais como em minas 
ao ar livre e pedreiras. Torna obrigatório, por exemplo: a existência de 
abrigos, ainda que rústicos, capazes de proteger os trabalhadores contra 
intempéries; medidas especiais que protejam os trabalhadores contra a 
insolação excessiva, o calor, o frio, a umidade e os ventos inconvenien-
tes; aos trabalhadores que residirem no local do trabalho deverão ser 
oferecidos alojamentos que apresentem adequadas condições sanitárias; 
para os trabalhos realizados em regiões pantanosas ou alagadiças, serão 
imperativas as medidas de profilaxia de endemias, de acordo com as 
normas de saúde pública; os locais de trabalho deverão ser mantidos 
em condições sanitárias compatíveis com o gênero de atividade.
 � NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração: a norma 
traz uma série de critérios e procedimentos que devem ser seguidos 
para diminuir os riscos à saúde e integridade física dos trabalhadores 
do ramo da mineração — a céu aberto e subterrâneo, incluindo também 
os garimpos, no que couberem, beneficiamentos de minerais e pes-
quisa mineral. São abordadas as particularidades da CIPA deste setor, 
responsabilidades do empregador e empregados, medidas protetivas, 
entre outros.Estabelece o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), 
sendo que os riscos das atividades deste setor dependem de algumas 
condições, entre as quais podemos destacar: tipo de mineral ou lavrado; 
formação geológica do mineral e da rocha encaixante (hospedeira); 
porcentagem de sílica livre no minério lavrado; presença de gases; 
presença de água; métodos de lavra. O PGR inclui todas as etapas do 
PPRA (NR 9) — por isso, a Instrução Normativa INSS/PRES número 
20 estabelece que o PGR pode substituir o Laudo Técnico de Condições 
Ambientais do Trabalho (LTCAT) para fins de comprovação da ativi-
dade especial. O subitem 22.3.7.1.3 da NR 22 desobriga as empresas 
de mineração da exigência do PPRA em função da obrigatoriedade de 
implementar o PGR.
 � NR 23 – Proteção Contra Incêndios: esta norma traz informações 
sobre proteção contra incêndios. Contudo, não basta segui-la para 
Normas regulamentadoras — NRs12
Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1
implementar medidas de proteção contra incêndio, sendo preciso co-
nhecer as NBRs pertinentes(principalmente a ABNT 14276), além de 
seguir as legislações estaduais para esta finalidade. A NR 23 tem a sua 
existência jurídica assegurada em nível de legislação ordinária, no inciso 
IV do artigo 200 da CLT.Conforme o item 23.8.1 da NR 23, exercícios 
de combate ao fogo devem ser feitos periodicamente, objetivando: que 
o pessoal grave o significado do sinal de alarme; que a evacuação do 
local faça-se em boa ordem; que seja evitado qualquer pânico; que sejam 
atribuídas tarefas e responsabilidades específicas aos empregados; 
que seja verificado se a sirene de alarme foi ouvida em todas as áreas.
 � NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Traba-
lho: traz informações que devem ser seguidas pelas instituições para 
promover um ambiente de trabalho com condições mínimas de higiene e 
conforto, descrevendo características de banheiros, refeitórios, limpeza 
do ambiente, entre outros
 � NR 25 – Resíduos Industriais: define resíduos industriais e as res-
ponsabilidades das empresas sobre o destino final a ser dado, àqueles 
resultantes da produção e/ou dos ambientes de trabalho, na busca por 
alternativas sustentáveis.Existe uma relação direta entre a NR 25 com 
a NR 6, NR 7, NR 9 e NR 15. Não é competência dos Auditores Fiscais 
do Trabalho (AFTs) a fiscalização ambiental que,dependendo da com-
petência de cada caso, pode ficar a cargo do IBAMA, das Secretarias 
Estaduais de Meio Ambiente ou dos respectivos órgãos estaduais de 
controle ambiental. Recomenda-se a consulta da Lei Ambiental de 
cada Estado da Federação em complemento à Lei Federal no 9.605/98, 
que introduz a criminalidade da conduta do empregador e determina 
as penas previstas para as condutas danosas ao patrimônio ambiental.
 � NR 26 – Sinalização de Segurança: esta norma estabelece a padroni-
zação da sinalização de segurança utilizada nos ambientes de trabalho, 
que deve ser utilizada combinada às NBRs pertinentes. As cores devem 
ser usadas nos locais de trabalho para facilitar a identificação dos 
equipamentos de segurança, delimitar áreas, identificar as canaliza-
ções empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e gases, 
e advertir contra riscos.A ABNT publicou diversas normas técnicas 
sobre a padronização das cores no ambiente de trabalho: algumas delas 
estão listadas nos documentos complementares desta NR.
 � NR 27 – Registro Profissional do Técnico de Segurança do Tra-
balho: esta norma foi revogada. Ela descrevia informações sobre o 
13Normas regulamentadoras — NRs
Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1
procedimento de registros dos profissionais técnicos em segurança do 
trabalho, que foi modificado.
 � NR 28 – Fiscalização e Penalidades: descreve como serão calculadas 
as penalidades relativas ao descumprimento das Normas Regulamen-
tadoras, que serão constatados por meio da fiscalização dos auditoresfiscais da Superintendência Regional do Trabalho.
 � NR 29 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho 
Portuário: a norma parametriza a saúde e segurança ocupacional das 
atividades portuárias, como medidas protetivas, medidas prevencionis-
tas, responsabilidade dos empregados e do empregador, peculiaridades 
da CIPA deste ramo de atividade, entre outros.
 � NR 30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário: regulamenta 
as ações de proteção à saúde e segurança dos trabalhadores que traba-
lham em embarcações, atribuições do Grupo de Segurança e Saúde no 
Trabalho de bordo, responsabilidades dos empregados e empregadores, 
entre outros.
 � NR 31 – Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, 
Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura: normatiza as ativi-
dades de saúde e segurança ocupacional em ramos de atividades rurais. 
 � NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde: são 
descritos os parâmetros para proteção dos trabalhadores que laboram 
em serviços de saúde, observando a complexidade destes e seus riscos 
para definição de ações prevencionistas. 
 � NR 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados: 
a norma estabelece os requisitos mínimos para a identificação e o reco-
nhecimento de espaços confinados, avaliação, monitoramento e controle 
dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança 
e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes 
espaços. As normas da ABNT 14606 e 16577 complementam a NR 
33. Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para 
ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e 
saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminan-
tes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.
Segundo o item 33.2.1 da NR 33, são responsabilidades do empregador: 
indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta 
norma; identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento; 
identificar os riscos específicos de cada espaço confinado; implementar 
a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, por 
Normas regulamentadoras — NRs14
Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1
medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergên-
cia e salvamento, de forma a garantir permanentemente ambientes com 
condições adequadas de trabalho; garantir a capacitação continuada dos 
trabalhadores sobre os riscos, as medidas de controle, de emergência 
e salvamento em espaços confinados; garantir que o acesso ao espaço 
confinado somente ocorra após a emissão, por escrito, da Permissão 
de Entrada e Trabalho, conforme modelo constante no anexo II desta 
NR; fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas 
áreas onde desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus 
trabalhadores; acompanhar a implementação das medidas de segurança 
e saúde dos trabalhadores das empresas contratadas provendo os meios 
e condições para que eles possam atuar em conformidade com esta NR; 
interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de 
condição de risco grave e iminente, procedendo ao imediato abandono 
do local; garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de 
controle antes de cada acesso aos espaços confinados.
 � NR 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção, Reparação e Desmonte Naval: traz definições sobre 
procedimentos, medidas protetivas e de prevenção, responsabilidades 
dos empregados e do empregador para promoção da saúde e segurança 
dos trabalhadores que atuam na construção Naval.
 � NR 35 – Trabalho em Altura: define procedimentos e medidas pro-
tetivas para realização de atividades que envolvam trabalho em altura. 
Trabalho em altura é todo aquele executado em atividades acima de 
2m do nível do piso, ou mesmo quando o trabalho é desenvolvido 
próximo a valas com profundidade maior que 2,00 metros, mesmo 
que o trabalhador não suba em estrutura alguma, já que o desnível 
existe independentemente disto. Os trabalhos em altura só podem ser 
executados com o auxílio de equipamentos concebidos para tal fim, ou 
utilizando dispositivos de proteção coletiva, tais como guarda-corpos, 
plataformas ou redes de segurança. Se tal não for possível, devido à 
natureza do trabalho, deve-se dispor de meios de acesso seguros. Como 
é possível verificar, o trabalho em altura está presente em praticamente 
todos os tipos de atividades profissionais, seja nas atividades fins ou 
em atividades de suporte, como manutenção e limpeza, por exemplo. 
Até o ano de edição desta norma (2012), cerca de 40% dos acidentes de 
trabalho eram causados por quedas. No setor da construção civil, por 
exemplo, segundo a Fundacentro, cerca de 23% dos acidentes de trabalho 
15Normas regulamentadoras — NRs
Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1
são quedas de altura. De acordo com a norma, cabe ao empregador: 
garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas na 
Norma; assegurar a realização da Análise de Risco — AR e, quando 
for aplicável, preparar a Permissão de Trabalho — PT; desenvolver 
procedimento operacional para as atividades rotineiras que envolvam 
trabalho em altura; assegurar a realização de avaliação prévia das 
condições no local do trabalho em altura, pelo estudo, planejamento 
e implementação das ações e das medidas complementares de segu-
rança aplicáveis; adotar as providências necessárias para acompanhar 
o cumprimento das medidas de proteção estabelecidas na Norma pelas 
empresas contratadas; garantir aos trabalhadores informações atuali-
zadas sobre os riscos e as medidas de controle; garantir que qualquer 
trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de pro-
teção definidas na NR 35; assegurar a suspensão dos trabalhos em 
altura quando verificar situação ou condição de risco não prevista, 
cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível; assegurar 
que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma 
será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da 
atividade; assegurar a organização e o arquivamento da documentação 
prevista nesta Norma. Já, ao trabalhador, cabem as seguintes obrigações: 
cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, 
inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador; colaborar com 
o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma; 
interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que 
constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança 
e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu 
superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis; zelar pela 
sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas 
por suas ações ou omissões no trabalho.
 � NR 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e 
Processamento de Carnes e Derivados: esta norma define critérios 
para proteção da saúde e integridade física de trabalhadores que atuam 
em frigorífico, abatedores, entre outros, trazendo um grande foco para 
ergonomia deste processo de trabalho.
Normas regulamentadoras — NRs16
Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1
Estas normas constantemente são atualizadas para atender às mudanças 
do mercado de trabalho, além serem produzidas novas normatizações para 
atender aos ramos de atividades que ainda possuam poucos parâmetros de 
saúde e segurança ocupacional para serem seguidos. 
Como identificar as normas regulamentadoras 
que devem ser aplicadas na empresa
A identificação das normas regulamentadoras que se aplicam à empresa deve 
ser observada a partir da leitura da norma na íntegra, observando se as suas 
descrições são voltadas ao ramo de atividade da empresa. 
De modo geral, a maioria das normas regulamentadoras possui uma abor-
dagem específica, ou seja, direciona-se a um determinado ramo de atividade.Já as generalistas, que são a minoria,têm sua abordagem direcionada a todas 
as empresas que possuem vínculo de trabalho regido por CLT. No quadro 1, 
são apresentadas as normas regulamentadoras baseadas nessas características.
Normas Regulamentadoras Específicas
Normas Regulamentadoras 
Generalistas
NR6; NR10; NR11; NR12; NR13; NR14; 
NR15; NR16; NR18; NR19; NR20; NR21; 
NR22; NR25; NR 29; NR30; NR31; 
NR32; NR33; NR34; NR35; NR36.
NR-37 Segurança e saúde em plataformas 
de petróleo: essa norma estabelece os 
requisitos mínimos de segurança, saúde e 
condições de vivência no trabalho a bordo 
de plataformas de petróleo brasileiras. 
Foi criada com o objetivo de diminuir 
a incidência de doenças ocupacionais, 
contribuindo para a preservação das 
plataformas e do ambiente marinho.
NR1; NR2; NR3; NR4; NR5; 
NR7; NR8; NR9; NR17; NR23; 
NR24; NR26; NR28.
Quadro 1. Normas regulamentadoras com abordagem específica.
17Normas regulamentadoras — NRs
Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1
A partir do momento em que os processos de trabalho desenvolvidos na 
empresa são conhecidos pelos profissionais que estarão trabalhando direta-
mente com a implementação das normas regulamentadoras, torna-se simples 
compreender quais as específicas que deverão ser implementadas. 
Para saber mais sobre as normas regulamentadoras, acesse o site do Ministério do 
Trabalho.
No menu à esquerda do site, clique no título hiperlinkado “Segurança e saúde no tra-
balho”. A seguir, abrirá uma nova página onde você encontrará o botão “Normatização”. 
Clique neste botão e aparecerá a opção da leitura das normas regulamentadoras em 
português; clique nesta opção e aparecerão as normas regulamentadoras publicadas. 
Lembre-se de que a melhor forma de manter seu conhecimento sobre as normas 
atualizado é acessando do site do Ministério do Trabalho. 
Meios para implementar as normas 
regulamentadoras no ambiente de trabalho 
Para implementar as normas regulamentadoras no ambiente de trabalho, é 
preciso compreender a cultura organizacional, identificar as inconformidades 
que devem ser adequadas e estabelecer as prioridades de adequação, dando 
urgência às situações de maior risco para a saúde e integridade física dos 
trabalhadores. 
Esta etapa deve contar com a participação dos trabalhadores, quando for uma 
demanda que interfira nas práticas destes profissionais, pois eles podem trazer 
a visão dos impactos que essas mudanças podem causar na operação. Também, 
é preciso que a gestão apoie as modificações e adequações que serão propostas 
para que sejam aceitas de forma sistêmica e com um olhar corporativo.
Sempre que for necessário implementar uma nova diretriz ou modificar o que 
já existe, deve-se ler a normatização na íntegra, evitando fazer apenas a leitura 
de resumos e comentários sobre a normatização, e buscar analisar o que será 
preciso mudar, utilizando-se de ferramentas de gestão, como 5W2H, PDCA, 
Brainstorming, entre outras, que favorecem o alcance de propostas para melhoria.
Se a equipe responsável pela implementação das modificações tiver dúvidas 
sobre como determinado requisito das normas regulamentadoras deve ser 
interpretado, é possível ler os manuais das Normas, que foram publicados 
Normas regulamentadoras — NRs18
Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1
pelo Ministério do Trabalho, e, em casos em que o manual não foi elaborado, 
pode-se fazer uma consulta a auditores que trabalham na Superintendência 
Regional do Trabalho. 
Quem nunca se deparou comum monitor sobre alguns livros, para que o mesmo fique 
na altura dos olhos da pessoa que opera o computador? Isso, na verdade, é um cuidado 
ergométrico.No ambiente de trabalho, a NR 17 (item 17.4.3) é quem recomenda as 
medidas a serem tomadas com equipamentos utilizados no processamento eletrônico 
de dados com terminais de vídeo de forma habitual e permanente.Entre elas: 
 � condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento 
à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos 
ângulos de visibilidade ao trabalhador;
 � o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador 
ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas;
 � a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira 
que as distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam aproximada-
mente iguais. 
Outra alternativa para adequar as práticas da empresa às exigências legais 
é observar como as empresas do mesmo ramo de atividade estão aplicando a 
normatização em seus estabelecimentos, selecionando as melhores práticas 
conforme a realidade da empresa. Também pode ser efetiva a consulta a 
estudos de casos, publicados em periódicos acadêmicos, ou, ainda, contratar 
uma consultoria que preste um serviço de apoio à implementação.
Um exemplo de contratação de consultoria para adequação das práticas às 
normas regulamentadoras é a contratação do serviço de elaboração de Programa 
de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA e Programa de Controle Médico 
de Saúde Ocupacional - PCMSO. As normas que parametrizam a elaboração 
destes programas descrevem a necessidade de possuir um médico coordena-
dor do PCMSO, a partir do momento que a empresa possui um determinado 
número de funcionários, conforme o grau de risco. Como algumas empresas 
são pequenas e não atingem o número definido na legislação para manter um 
médico coordenador na empresa, a maioria opta por contratar uma consulto-
ria que elabore os programas e auxilie o setor de recursos humanos, que, na 
maioria das vezes, assume esse papel na ausência do Serviço Especializado 
19Normas regulamentadoras — NRs
Identificação interna do documento G75O2FXW5D-LP4FLZ1
em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT (que tam-
bém é dimensionado conforme o número de funcionários e grau de risco da 
empresa, devendo ser consultado o Quadro II da NR4 para identificação dos 
profissionais que irão compor o serviço).
Os meios disponíveis para adequar as práticas da empresa às exigências 
legais são inúmeros, porém só serão bons quando se opta por aquele que está 
de acordo com a conduta corporativa. Logo não há uma definição do melhor 
meio para implementação das normas, mas é necessário conhecer as alternativas 
existentes para identificar a que melhor será aproveitada dentro da instituição. 
BRASIL. Decreto-lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do 
Trabalho. Brasília, DF, 1943. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
decreto-lei/Del5452.htm>. Acesso em: 15 fev. 2018.
BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 1: disposições gerais.Diário Oficial da União,Brasília, 
DF, 06 jul. 1978. Atualizada em 2009. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/images/
Documentos/SST/NR/NR1.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2018. 
BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 2: inspeção prévia.Diário Oficial da União,Brasília, 
DF, 06 jul. 1978. Atualizada em 1983. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/images/
Documentos/SST/NR/NR2.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2018. 
BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 3: embargo e interdição. Diário Oficial da União, 
Brasília, DF, 06 jul. 1978. Atualizada em 2011. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/
images/Documentos/SST/NR/NR3.pdf>. Acesso em: 3 jan. 2018. 
BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 4: serviços especializados em Engenharia de 
Segurança e Medicina do Trabalho. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 06 jul. 1978. 
Atualizada em 2016. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/
SST/NR/NR4.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2018. 
BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 5: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Diá-
rio Oficial da União, Brasília, DF, 06 jul. 1978. Atualizada em 2011. Disponível em: <http://
trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR5.pdf>. Acesso em: 27 dez. 2017. 
BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 6: Equipamento de Proteção Individual - EPI.Diário 
Oficial da União, Brasília,

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