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Autora: Profa. Paula de Sousa e Castro 
Colaboradores: Prof. Ricardo Calasans 
 Prof. Laura Cristina da Cruz Dominciano
 Prof. Ivy Judensnaider
Higiene Ocupacional 
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Professora conteudista: Paula de Sousa e Castro
Mestre em Ciências pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP). Especialista em Gerenciamento 
de Serviços de Enfermagem pela Escola Paulista de Enfermagem (Unifesp), em Autogestão em Saúde pela Fiocruz e em 
Saúde da Família pela Faculdade de Medicina da USP. Enfermeira graduada pela Faculdade de Enfermagem do Hospital 
Israelita Albert Einstein. Também fez Aprimoramento em Saúde Pública pela Faculdade de Medicina de Botucatu 
(Unesp). Professora-adjunta do curso de Enfermagem da Universidade Paulista (UNIP). Tem experiência em Tutoria a 
Distância para cursos de Especialização pela Universidade Aberta do Brasil (UAB/Unifesp) e pelo Unasus/Unifesp, nos 
cursos de Gestão em Enfermagem e no Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab). Possui 
experiência hospitalar e mais de dez anos em saúde pública, atuando principalmente na Estratégia de Saúde da 
Família. Sua principal linha de pesquisa é relacionada a custos na saúde, em especial na Atenção Básica.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
C355h Castro, Paula de Sousa e.
Higiene Ocupacional. / Paula de Sousa e Castro. – São Paulo: 
Editora Sol, 2015.
160 p. il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XXI, n. 2-053/15, ISSN 1517-9230.
1. Riscos ambientais. 2. Programas de prevenção. 3. Ações 
emergenciais. I. Título.
CDU 613.2:341.617 
XIX
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Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Rose Castilho
 Juliana Maria Mendes
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Sumário
Higiene Ocupacional
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................9
Unidade I
1 HIGIENE OCUPACIONAL ............................................................................................................................... 13
1.1 Evolução do trabalho na História .................................................................................................. 13
1.2 Histórico sobre segurança e saúde do trabalho ....................................................................... 14
1.2.1 Aspectos conceituais sobre segurança e saúde no trabalho ................................................. 19
1.3 Legislação brasileira ............................................................................................................................. 20
1.3.1 Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho .............................................................. 21
1.3.2 Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego ................................... 24
1.4 Definição de Higiene Ocupacional ............................................................................................... 31
2 RISCOS AMBIENTAIS ...................................................................................................................................... 33
2.1 Riscos de acidente de trabalho ....................................................................................................... 33
2.2 Tipos de riscos ...................................................................................................................................... 33
2.2.1 Riscos emocionais................................................................................................................................... 33
2.2.2 Riscos mecânicos .................................................................................................................................... 34
2.2.3 Riscos físicos ............................................................................................................................................. 37
2.2.4 Riscos químicos ....................................................................................................................................... 43
2.2.5 Riscos biológicos ..................................................................................................................................... 44
2.2.6 Riscos ergonômicos ............................................................................................................................... 45
2.2.7 Riscos sociais ............................................................................................................................................ 47
Unidade II
3 AMBIÊNCIA E AMBIENTE DE TRABALHO ................................................................................................ 51
3.1 Atividade industrial e agentes peculiares às atividades ....................................................... 53
3.1.1 Fatores meteorológicos e topográficos ......................................................................................... 54
3.1.2 Espaço confinado .................................................................................................................................... 55
3.2 Ambientes insalubres .......................................................................................................................... 56
3.2.1 Atividades periculosas .......................................................................................................................... 58
3.2.2 Atividades penosas ................................................................................................................................. 58
3.3 Acidente do trabalho .......................................................................................................................... 59
3.3.1 Conceito de acidente do trabalho ................................................................................................... 59
3.3.2 Causas dos acidentes e doenças do trabalho .............................................................................. 63
3.3.3 Repercussão social dos acidentes .................................................................................................... 64
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3.3.4 Repercussão econômica dos acidentes ......................................................................................... 65
3.3.5 Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) ............................................................................. 67
4 CONTROLE DOS AGENTES AMBIENTAIS ................................................................................................. 68
4.1 Adoção de medidas de segurança ................................................................................................. 68
4.1.1 Medidas de proteção administrativa .............................................................................................. 68
4.1.2 Medidas de proteção coletiva ............................................................................................................ 69
4.1.3 Medidas de proteção individual ....................................................................................................... 69
4.2 Definição de EPI .................................................................................................................................... 70
4.2.1 Classificação dos EPIs .......................................................................................................................... 72
4.3 MAPA DE RISCOS .................................................................................................................................. 75
4.4 Sinalização de segurança .................................................................................................................. 83
4.4.1 Cor na segurança do trabalho ........................................................................................................... 83
Unidade III
5 NOÇÕES DE SEQUELAS ASSOCIADAS AO AGENTE AMBIENTAL ................................................... 90
5.1 Avaliação por critérios quantitativos dos riscos ...................................................................... 90
5.1.1 Instrumentos de tolerância ................................................................................................................ 90
5.2 Anamnese ocupacional ...................................................................................................................... 94
5.2.1 Perfil ocupacional ................................................................................................................................... 95
5.2.2 Exposição ocupacional ......................................................................................................................... 95
5.2.3 Contaminação ambiental .................................................................................................................... 95
5.3 Segurança e saúde no ambiente hospitalar .............................................................................. 96
5.3.1 Riscos físicos no ambiente hospitalar ............................................................................................ 97
5.3.2 Riscos químicos no ambiente hospitalar ...................................................................................... 98
5.3.3 Riscos biológicos no ambiente hospitalar ................................................................................... 99
5.3.4 Riscos ergonômicos no ambiente hospitalar ............................................................................100
5.3.5 Riscos de acidentes no ambiente hospitalar ............................................................................100
5.4 Problemas crônicos de origem ocupacional ...........................................................................101
5.4.1 Dermatoses ocupacionais ..................................................................................................................101
5.4.2 Surdez ocupacional ..............................................................................................................................102
5.4.3 Dores na coluna ...................................................................................................................................103
5.5 Intoxicação no trabalho ...................................................................................................................103
5.5.1 Classificação das intoxicações .........................................................................................................104
6 PROGRAMAS DE PREVENÇÃO .................................................................................................................105
6.1 NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) ........................................106
6.2 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) ...................................109
6.3 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção (PCMAT) ................................................................................................................................110
6.3.1 Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) ........................... 112
6.3.2 Dimensionamento do SESMT ...........................................................................................................113
6.3.3 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) ............................................................. 114
6.4 A importância da medicina e segurança do trabalho preventiva ..................................116
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Unidade IV
7 AÇÕES EMERGENCIAIS ...............................................................................................................................121
7.1 Proteção contra incêndios ..............................................................................................................123
7.1.1 Métodos de extinção de incêndios ............................................................................................... 126
7.1.2 Extintores de incêndio ....................................................................................................................... 126
7.2 Sistemas de alarmes ..........................................................................................................................127
7.2.1 Acionadores manuais e alarmes .................................................................................................... 128
7.3 Riscos de explosões ...........................................................................................................................129
7.3.1 Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) ................................................................................................... 130
7.4 Brigada de incêndio ..........................................................................................................................130
7.5 Plano de abandono ............................................................................................................................131
7.6 Plano de gerenciamento de risco ................................................................................................132
7.6.1 Sistema de gestão ............................................................................................................................... 132
7.6.2 Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho/British Standard – BS8800 ............135
7.6.3 Inspeções e relatórios de segurança ............................................................................................ 137
7.6.4 Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Sipat) ................................... 138
8 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO E A PREVIDÊNCIA SOCIAL .............................................1388.1 Previdência Social ..............................................................................................................................138
8.2 Indicadores estatísticos na gestão da segurança e saúde do trabalhador .................145
8.2.1 Indicadores recomendados pela OIT ............................................................................................ 146
8.2.2 Indicadores recomendados pela saúde pública ....................................................................... 146
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APRESENTAÇÃO
Nas empresas, nas indústrias, nos estabelecimentos comerciais ou em instituições de saúde, o 
ambiente de trabalho é composto por vários agentes que podem se tornar riscos potenciais para que 
aconteçam acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.
O profissional de segurança e saúde do trabalho deve possuir conhecimentos sobre a higiene 
ocupacional, que pode ser definida como uma ciência que identifica quais são os riscos ambientais para a 
ocorrência de um agravo à saúde do trabalhador e realiza medidas preventivas nos ambientes de trabalho.
Para a realização dessas medidas de prevenção será necessário que o profissional da higiene 
ocupacional tenha conhecimento sobre os riscos ambientais, de que maneira estes podem interferir na 
integridade física e moral, bem como quais são os limites de tolerância permitidos por lei para cada tipo 
de exposição.
Com o conhecimento de toda a legislação pertinente sobre a segurança e a saúde do trabalhador, 
a higiene ocupacional terá como objetivo promover ambientes com maior qualidade, de maneira que 
estabeleça medidas de controle ideais.
Caso, mesmo após todas as medidas de proteção, ainda assim o acidente de trabalho ou a doença 
ocupacional aconteça, é importante conhecer a legislação sobre a comunicação do acidente para que o 
trabalhador tenha garantidos seus benefícios previdenciários.
Esse é um tema de extrema relevância no âmbito nacional e no internacional para que a condição 
econômica e social da população se mantenha em evolução permanente e de maneira adequada, 
garantindo a humanização dentro dos ambientes de trabalho.
Tenha um ótimo aproveitamento! Bons estudos!
INTRODUÇÃO
Atualmente, as doenças ocupacionais apresentam alta morbidade e mortalidade em todo o 
mundo. Um dos desafios que precisam ser superados é o de alcançar um diagnóstico correto, e o mais 
precocemente possível, de que aquela situação de doença tenha sido causada diretamente por condições 
do ambiente de trabalho.
Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (2014), anualmente, ocorrem 337 milhões 
de acidentes de trabalho em todo o mundo, gerando pelo menos três dias de afastamento, por não 
serem acidentes fatais. Além disso, as doenças relacionadas ao trabalho são responsáveis por 160 
milhões de casos novos. Já os dados de mortalidade chegam a aproximadamente 1,95 milhão de mortes 
por doenças e 358 mil mortes por acidentes. 
Apesar dos números tão alarmantes, eles ainda não são suficientemente agressivos para que alertem 
governantes, empresários e trabalhadores sobre a magnitude deste problema, que gera um impacto 
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individual, social e econômico muito negativo. Outro dado grave é que as doenças ocupacionais são 
menos visíveis, fazendo sua subnotificação ser muito grande, ou seja, o que temos de conhecimento 
hoje de doenças ocupacionais pode ser apenas a ponta de um iceberg.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, na América Latina, apenas entre 1% e 4% 
das doenças ocupacionais sejam notificados, tendo-se em conta que, no Brasil, os dados oficiais 
restringem-se apenas ao universo dos trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – 
CLT (BRASIL, 2004a).
Por ano, segundo a Coordenação de Saúde do Trabalhador, do Ministério da Saúde (Cosat/MS), 
o Brasil perde 4% do Produto Interno Bruto (PIB) por causa de acidentes e doenças do trabalho. 
O cálculo inclui os gastos da Previdência Social, os do Ministério da Saúde e os prejuízos para a 
produção. No ano de 2007, a Previdência concedeu R$ 10,7 bilhões em benefícios decorrentes de 
acidentes do trabalho. Foram 5 bilhões de reais em pagamentos de auxílios por doença, acidente e 
aposentadorias, e 5,7 bilhões de reais pagos em aposentadorias especiais, concedidas pela exposição 
do trabalhador a riscos (JAKOBI, 2008).
Segundo Lóes (apud JAKOBI, 2008), as causas externas de morte, ou “traumas”, como são referidas 
no meio médico, não constituem meros “acidentes”, como são geralmente reconhecidas. São causas de 
morte evitáveis, as quais, se assumidas dessa forma, tornam-se passíveis de intervenções que promovam 
a diminuição da ocorrência, bem como das consequências que delas advêm.
De um total de 503.890 acidentes de trabalho registrados pelo Instituto Nacional de Seguridade 
Social (INSS), 80,1% corresponderam a acidentes típicos (ocorridos no local de trabalho), 14,6% 
a acidentes de trajeto (durante o deslocamento entre a residência e o local de trabalho) e 5,3% a 
doenças do trabalho. As mulheres participaram com 23,3% no total de acidentes registrados, e o 
maior número de agravos (38,63%) foi registrado entre pessoas de 20 a 29 anos. O setor agrícola 
contribuiu com 6,8% do total de acidentes, enquanto indústria e serviços tiveram participações de 
47,1% e 45,3%, respectivamente. Os setores com maior participação entre os acidentes típicos foram 
agricultura (7,8%) e indústria de produtos alimentícios e bebidas (10,6%). Dentre os acidentes de 
trajeto, destacam-se os segmentos de prestação de serviços (18,1%) e comércio varejista (18,9%). 
Já para as doenças relacionadas ao trabalho, tiveram maior frequência os setores intermediários 
financeiros (19,8%) e o comércio varejista, com 17,2% (BRASIL, 2006 apud JAKOBI, 2008).
A necessidade de formulação de políticas, estratégias e técnicas preventivas de acidentes e de 
doenças depende muito da vontade governamental e da empresarial, com apoio e interesse também dos 
trabalhadores, que precisam ter consciência dos riscos a que são expostos e de como são importantes os 
cuidados de proteção e de prevenção.
Por essa necessidade, e com o objetivo de que houvesse uma política nacional voltada para a 
prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, em 18 de maio de 1992, foi aprovada pelo 
Congresso Nacional a Convenção nº 155 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Ela dispõe 
sobre a Segurança e a Saúde dos Trabalhadores e o Meio Ambiente de Trabalho, de forma que estabeleça 
metas para redução de riscos à saúde existentes nos ambientes de trabalho (BRASIL, 2012a). 
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Entretanto, não houve redução de acidentes e doenças ocupacionais como se esperava, o que levou 
à necessidade de uma política que ressaltasse a necessidade da promoção da saúde e da prevenção 
de doenças e agravos, por meio do comprometimento de todos os envolvidos. Em 2006, é aprovada 
a Convenção nº 187 da OIT, sobre a Estrutura de Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho. Esta 
convenção não foi ratificada pelo Brasil e tem como disposição o desenvolvimento, a implantação e 
a revisão periódica de uma política coerente de segurança e saúde no trabalho, com infraestrutura 
necessária para que seja uma política e um plano nacional. 
A OMS, em 2007, considerando a necessidade da formulação de políticas específicas para a saúde 
do trabalhador, aprova o Plano de Ação Mundial sobre a Saúde dos Trabalhadores, queem conjunto 
com as convenções da OIT reforça o estabelecimento de mecanismos de coordenação intersetorial das 
atividades na área. 
A instituição de uma política nacional de ações de vigilância em saúde sobre as situações de risco 
que afetam os trabalhadores é plenamente localizável quanto à origem, uma vez que a maioria aflui 
para o SUS, sendo considerada medida urgente. Um programa de vigilância em Saúde do Trabalhador, 
orientado por uma vontade política efetiva e suficiente, acarretaria uma enorme economia para o SUS 
e para o País, além do incremento na produtividade e na melhoria da qualidade de vida de 80 milhões 
de brasileiros (RENAST, 2006).
A Vigilância em Saúde do Trabalhador (Visat) tem por objetivo conhecer a realidade de saúde da 
população trabalhadora por meio da caracterização de adoecimento e morte relacionados com o 
trabalho: em sua magnitude, distribuição e tendências, avaliação dos ambientes, processo produtivo e 
condições de trabalho, identificando os fatores de risco e as cargas de trabalho a que estão expostos 
os trabalhadores, bem como as possibilidades de intervenção (AYRES, 2002 apud JAKOBI, 2008, p. 21).
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HIGIENE OCUPACIONAL 
Unidade I
1 HIGIENE OCUPACIONAL
1.1 Evolução do trabalho na História
O ser humano, no decorrer de sua existência, precisou desenvolver meios de sobrevivência nas 
diversas condições ambientais e sociais. Para isso, ao longo da História, observamos uma evolução na 
tecnologia e nos processos de produção para que as necessidades do homem pudessem ser supridas.
Segundo Dias et al. (2009): 
As inter-relações produção/trabalho, ambiente e saúde, determinadas pelo 
modo de produção e consumo hegemônico em uma dada sociedade, são 
a principal referência para se entender as condições de vida, o perfil de 
adoecimento e morte das pessoas, a vulnerabilidade diferenciada de certos 
grupos sociais e a degradação ambiental e, assim, para construir alternativas 
de mudança capazes de garantir vida e saúde para o ambiente e a população 
(DIAS et al., 2009, p. 2062).
A primeira fase que identificamos como processo de trabalho na evolução do ser humano foi para 
que este conseguisse suprir suas necessidades para sobrevivência e tinha como principais atividades a 
caça e a pesca.
Posteriormente, encontramos registros de atividade agrícola, caracterizada por ser uma realização 
artesanal, com o aprendizado do Homem a cultivar e armazenar seu cultivo, podendo comercializar 
aquilo que fosse excedente.
A mudança deste modelo trabalhista agrícola e de pastoreio para o modelo industrial acontece após 
a descoberta da energia hidráulica, da máquina a vapor e da eletricidade. 
Iniciam-se então as primeiras concentrações de pessoas em trabalhos industriais, que, por serem 
uma atividade nova, apresentavam alto índice de acidentes.
Henry Ford incorpora um novo modelo de processo de trabalho ao indicar que cada funcionário faça 
uma determinada atividade, de maneira que todas as tarefas sejam executadas de maneira sistematizada, 
conseguindo melhorar a escala industrial de trabalho.
Com o passar dos anos, a evolução industrial não tem mais períodos de estagnação, continuando 
apenas a evoluir, chegando finalmente à automação tecnológica, com o uso de máquinas para a 
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realização de tarefas que até então eram executadas pelo Homem, exigindo desta maneira novas regras 
para que os processos de produção possam ser melhorados.
Com este breve histórico podemos concluir que o trabalho, junto com a matéria-prima e com a 
tecnologia, é essencial para a produção de bens e riquezas. Mesmo em condições de uso de tecnologias 
para o processo de trabalho, sempre será necessária a presença do Homem para a execução das tarefas. 
O que podemos perceber com a evolução do processo de trabalho ao longo da nossa História é que 
sempre houve a exploração da natureza e do trabalhador, e, desta forma, paralelamente, aconteceram 
as degradações ambientais. Assim, as doenças relacionadas aos processos de trabalho também se 
modificaram com a evolução do trabalho em cada época, pela mudança, em cada período, da carga 
biológica, psíquica, social e econômica exigida em cada processo. 
Algumas doenças foram controladas, e outras, praticamente extintas. Outras ainda emergiram de 
acordo com esse processo de evolução. No entanto, o que ficou muito claro e necessário foi o conjunto 
das ciências sobre a saúde do trabalhador e sobre o ambiente para que o desenvolvimento econômico e 
político não interferisse nas condições adequadas de trabalho.
 Observação
O homem de Neandertal é uma espécie extinta que habitou a Europa 
e partes do oeste da Ásia há cerca de 300 mil anos. Além de adotar muitas 
preocupações estéticas e espirituais do homem moderno, ele usava 
vestimentas de couro para proteção de sua integridade física contra os 
perigos advindos do mato.
1.2 Histórico sobre segurança e saúde do trabalho
Já discutimos sobre a evolução do trabalho na História e pudemos perceber que a preocupação 
com os trabalhadores não era uma das metas dos empregadores. No entanto, na medicina, 
encontramos relatos de historiadores de que este era um tema de preocupação e que deveria ser 
pesquisado. Aristóteles, no século IV a.C., já prestava atendimento aos trabalhadores e tentava 
fazer prevenção de enfermidades e suas complicações. Platão, ao estudar o corpo humano, 
identificava que determinadas alterações no esqueleto eram dadas pelo trabalho exercido 
por aquele indivíduo. Hipócrates conseguiu revelar a origem das doenças dos indivíduos que 
trabalhavam em minas de estanho. 
Talvez a primeira legislação específica sobre a segurança no ambiente de trabalho seja datada do 
período de 1844 a 1848, na Inglaterra, com a aprovação das Leis de Segurança no Trabalho e Saúde 
Pública, que regulamentavam as doenças profissionais e os problemas de saúde. A França regulamentou 
a Higiene e Segurança do Trabalho em 1862, e, em 1865, na Alemanha, foi criada a Lei de Indenização 
Obrigatória aos Trabalhadores, delegando aos empregados a compensação financeira pela doença ou 
pelo acidente ocasionado no ambiente de trabalho. 
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Em 1919 foi criada, em Genebra, a OIT, como parte do Tratado de Versalhes, que pôs fim à Primeira 
Guerra Mundial, substituindo a Associação Internacional de Proteção Legal ao Trabalhador. Sua criação 
tem como base a convicção de que a paz universal e permanente somente pode estar baseada na justiça 
social.
A OIT é responsável pela formulação e pela aplicação das normas internacionais do trabalho. 
As convenções, uma vez ratificadas por decisão soberana de um país, passam a fazer parte de seu 
ordenamento jurídico. O Brasil está entre os membros fundadores da OIT e participa da Conferência 
Internacional do Trabalho desde sua primeira reunião.
Durante seus primeiros quarenta anos, a OIT se consagrou por desenvolver normas 
internacionais do trabalho e garantir sua aplicação. Entre 1919 e 1939, foram adotadas 67 
convenções e 66 recomendações.
Em 1944, os delegados da Conferência Internacional do Trabalho adotaram a Declaração de Filadélfia, 
que, como anexo à sua Constituição, forma, desde então, a carta de princípios e objetivos da OIT. 
Essa declaração reafirma o princípio de que a paz só pode estar baseada na justiça social e estabelece 
quatro ideias fundamentais, que constituem valores e princípios básicos da OIT até hoje:• O trabalho deve ser fonte de dignidade.
• O trabalho não é uma mercadoria. 
• A pobreza, em qualquer lugar, é uma ameaça à prosperidade de todos.
• Todos os seres humanos têm o direito de perseguir o seu bem-estar material em condições de 
liberdade e dignidade, segurança econômica e igualdade de oportunidades.
 Saiba mais
Você pode aprimorar os conhecimentos sobre as ações da OIT visitando 
seu site, em que você poderá clicar nos links para acesso aos vídeos e 
publicações:
<http://www.oit.org.br/>.
No Brasil, a partir da Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977, que altera o Capítulo V do Título II 
da Consolidação das Leis do Trabalho (BRASIL, 1977), e com o Decreto-lei nº 7.036, de 1º de novembro 
de 1944, é determinado que todas as empresas com mais de cem empregados deverão organizar um 
Comitê de Segurança. Em 1953, é oficializada a criação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
(Cipa) pela Portaria nº 155, de 27 de novembro.
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Unidade I
No Brasil, a OIT tem representação desde a década de 1950, promovendo as normas internacionais 
do trabalho, do emprego, da melhoria das condições de trabalho e da ampliação da proteção social. A 
OIT no Brasil também se esforça para a promoção do trabalho decente em áreas importantes, como o 
combate ao trabalho forçado e ao trabalho infantil, ao tráfico de pessoas para fins de exploração sexual 
e comercial, além de buscar a promoção da igualdade de oportunidades e tratamento de gênero e raça 
no trabalho. 
Em maio de 2006, foi lançada no Brasil, de maneira pioneira, a Agenda Nacional de Trabalho Decente 
(ANTD), em atendimento à necessidade de uma agenda de trabalho decente no País, com definição de 
três prioridades:
• a geração de mais e melhores empregos, com igualdade de oportunidades e de tratamento; 
• a erradicação do trabalho escravo e a eliminação do trabalho infantil, em especial em suas piores 
formas; 
• o fortalecimento do diálogo social como instrumento de governabilidade democrática.
A seguir estão listadas as Convenções da OIT ratificadas pelo Brasil e que fazem parte do nosso 
ordenamento jurídico.
Quadro 1 – Convenções da OIT ratificadas pelo Brasil
Convenção Título Ratificação pelo Brasil Convenção Título 
Ratificação 
pelo Brasil
3
Convenção relativa ao emprego 
das mulheres antes e depois do 
parto (proteção à maternidade)
26/04/1934 118
Igualdade de 
tratamento entre 
nacionais e estrangeiros 
em Previdência Social
24/03/1969
4 Convenção relativa ao trabalho noturno das mulheres 26/04/1934 119 Proteção das máquinas 16/04/1992
5 Idade mínima de admissão nos trabalhos industriais 26/04/1934 120
Higiene no comércio e 
nos escritórios 24/03/1969
6 Trabalho noturno dos menores na indústria 26/04/1934 122 Política de emprego 24/03/1969
7
Convenção sobre a idade 
mínima para admissão de 
menores no trabalho marítimo 
(revista em 1936)
08/06/1936 124
Exame médico dos 
adolescentes para o 
trabalho subterrâneo 
nas minas
21/08/1970
11 Direito de sindicalização na agricultura 25/04/1957 125
Certificados de 
capacidade dos 
pescadores
21/08/1970
12 Indenização por acidente do trabalho na agricultura 25/04/1957 126
Alojamento a bordo dos 
navios de pesca 12/04/1994
14 Repouso semanal na indústria 25/04/1957 127 Peso máximo das cargas 21/08/1970
16 Exame médico de menores no trabalho marítimo 08/06/1936 131
Fixação de salários 
mínimos, especialmente 
nos países em 
desenvolvimento
04/05/1983
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Igualdade de tratamento 
(indenização por acidente de 
trabalho)
25/04/1957 132 Férias remuneradas (revista) 23/09/1988
21 Inspeção dos emigrantes a bordo dos navios 18/06/1965 133
Alojamento a bordo 
de navios (disposições 
complementares)
16/04/1992
22 Contrato de engajamento de marinheiros 18/06/1965 134
Prevenção de acidentes 
do trabalho dos 
marítimos
25/071996
26 Métodos de fixação de salários mínimos 25/04/1957 135
Proteção de 
representantes de 
trabalhadores
18/05/1990
29 Trabalho forçado ou obrigatório 25/04/1957 136
Proteção contra os 
riscos da intoxicação 
pelo benzeno
24/03/1993
41
Convenção relativa ao trabalho 
noturno das mulheres (revista, 
1934)
08/06/1936 137 Trabalho portuário 12/08/1994
42 Indenização por enfermidade profissional (revista) 08/06/1936 138
Idade mínima para 
admissão 28/06/1990
45
Emprego de mulheres nos 
trabalhos subterrâneos das 
minas
22/09/1938 139
Prevenção e controle 
de riscos profissionais 
causados por 
substâncias ou agentes 
cancerígenos
27/06/1990
52 Férias remuneradas 22/09/1938 140 Licença remunerada para estudos 16/04/1992
53 Certificados de capacidade dos oficiais da marinha mercante 12/10/1938 141
Organizações de 
trabalhadores rurais 27/09/1994
58 Idade mínima no trabalho marítimo (revista) 12/10/1938 142
Desenvolvimento de 
recursos humanos 24/11/1981
80 Revisão dos artigos finais 13/04/1948 144
Consultas tripartites 
sobre normas 
internacionais do 
trabalho
27/09/1994
81 Inspeção do trabalho na indústria e no comércio 11/10/1989 145
Continuidade no 
emprego marítimo 18/05/1990
88 Organização do serviço de emprego 25/04/1957 146
Convenção relativa às 
férias anuais pagas dos 
marítimos
24/09/1998
89 Trabalho noturno das mulheres na indústria (revista) 25/04/1957 147
Normas mínimas da 
marinha mercante 17/01/1991
91 Férias remuneradas dos marítimos (revista) 18/06/1995 148
Contaminação do ar, 
ruído e vibrações 14/01/1982
92 Alojamento de tripulação a bordo (revista) 08/06/1954 151
Direito de sindicalização 
e relações de trabalho 
na administração 
pública
15/06/2010
94 Cláusulas de trabalho em contratos em órgãos públicos 18/06/1965 152
Segurança e higiene 
dos trabalhos 
portuários
18/05/1990
95 Proteção do salário 25/04/1957 154 Fomento à negociação coletiva 10/07/1992
96 Concernente aos escritórios remunerados de empregos 21/06/1957 155
Segurança e saúde dos 
trabalhadores 18/05/1992
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Unidade I
97 Trabalhadores migrantes (revista) 18/06/1965 159
Reabilitação 
profissional e emprego 
de pessoas deficientes
18/05/1990
98 Direito de sindicalização e de negociação coletiva 18/11/1952 160
Estatísticas do trabalho 
(revista) 02/07/1990
99 Métodos de fixação de salário mínimo na agricultura 25/04/1957 161
Serviços de saúde do 
trabalho 18/05/1990
100
Igualdade de remuneração 
de homens e mulheres 
trabalhadores por trabalho de 
igual valor
25/04/1957 162 Utilização do amianto com segurança 18/05/1990
101 Férias remuneradas na agricultura 25/04/1957 163
Bem-estar dos 
trabalhadores 
marítimos no mar e no 
porto
04/03/1997
102 Normas mínimas de seguridade social 15/06/2009 164
Proteção à saúde e 
assistência médica 
aos trabalhadores 
marítimos
04/03/1997
103 Amparo à maternidade (revista) 18/06/1995 166
Repatriação de 
trabalhadores 
marítimos
04/03/1997
104 Abolição das sanções penais nos trabalhos indígenas 18/06/1965 167
Convenção sobre 
segurança e saúde na 
construção
19/05/2006
105 Abolição do trabalho forçado 18/06/1965 168
Promoção do emprego 
e proteção contra o 
desemprego
24/03/1993
106 Repouso semanal no comércio e nos escritórios 18/06/1965 169
Sobre povos indígenas 
e tribais 25/07/2002
107 Populações indígenas e tribais 18/06/1965 170 Segurança no trabalho com produtos químicos 23/12/1996
108 Documentos de identidade marítimos 05/11/1963 171 Trabalho noturno 18/12/2002
111 Discriminação em matéria de emprego e ocupação 26/11/1965174
Convenção sobre a 
prevenção de acidentes 
industriais maiores
02/08/2001
113 Exame médico dos pescadores 01/03/1965 176
Convenção sobre 
segurança e saúde nas 
minas
18/05/2006
115 Proteção contra as radiações 05/09/1966 178
Convenção relativa à 
inspeção das condições 
de vida e de trabalho 
dos trabalhadores 
marítimos
21/12/2007
116 Revisão dos artigos finais 05/09/1966 182
Convenção sobre 
proibição das piores 
formas de trabalho 
infantil e ação imediata 
para sua eliminação
02/02/2000
117 Objetivos e normas básicas da política social 24/03/1969 185
Convenção sobre 
os documentos de 
identidade da gente do 
mar (revista)
21/01/2010
Fonte: ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO ([s.d.]).
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HIGIENE OCUPACIONAL 
 Saiba mais
Para o conhecimento na íntegra das convenções ratificadas pelo Brasil, 
você poderá acessar os conteúdos por meio do site oficial da OIT:
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT). Convenções 
ratificadas pelo Brasil. [s.d.]. Disponível em: <http://www.oitbrasil.org.br/
convention>. Acesso em: 4 fev. 2015.
1.2.1 Aspectos conceituais sobre segurança e saúde no trabalho
Segundo Chiavenato (2000), a Segurança do Trabalho 
[...] é o conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas, 
empregadas para prevenir acidentes, quer eliminando as condições inseguras 
do ambiente, quer instruindo ou convencendo as pessoas da implantação 
de práticas preventivas [...] é o conjunto de atividades relacionadas com 
a prevenção de acidentes e com a eliminação de condições inseguras de 
trabalho (CHIAVENATO, 2000, p. 438).
Segundo Heimstra (1978 apud MULATINHO, 2001, p. 29), “Existe uma crescente preocupação com 
a maneira pela qual o ambiente físico influi no comportamento humano – tanto o construído como o 
natural”, e “determinadas qualidades associadas a um ambiente particular podem ter amplo efeito sobre 
o comportamento e a personalidade do indivíduo”.
Entendendo que o ambiente é um somatório de diversos subsistemas, todas as suas dimensões – 
físicas, estruturais, materiais e humanas –, tanto em qualidade quanto em quantidade, poderão ser 
fatores determinantes e desencadeantes de alterações no comportamento humano. 
Conforme Chiavenato (1994 apud MULATINHO, 2001): 
[...] a empresa constitui o ambiente dentro do qual as pessoas trabalham e 
vivem a maior parte de suas vidas. Nesse contexto as pessoas dão algo de 
si mesmas e esperam algo em troca, seja em curto, seja em longo prazo. 
A maneira pela qual esse ambiente é moldado e estruturado influencia 
poderosamente a qualidade de vida das pessoas. Mais do que isso, 
influencia o próprio comportamento e os objetivos pessoais de cada ser 
humano. E isso, consequentemente, afeta o funcionamento da empresa 
(CHIAVENATO, 1994 apud MULATINHO, 2001, p. 30).
A necessidade de criação de um programa responsável pela segurança e pela saúde no trabalho deve 
ser de interesse de empresas privadas e públicas, com o objetivo de prevenir afastamentos, aposentadorias 
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e indenizações. É um processo muito menos custoso, já que deve ter como objetivo principal ser um 
projeto educativo dentro da instituição, para que o funcionário também tenha a consciência de sua 
responsabilidade pela sua própria segurança, de seus colegas e de sua família. 
A finalidade da Segurança do Trabalho será o de estabelecer normas e procedimentos de maneira 
que a integridade física e psíquica do trabalhador seja mantida e garantida, além de manter condições 
seguras para todas as atividades laborais, controlando os riscos profissionais em cada processo de 
trabalho nos diversos setores da empresa.
1.3 Legislação brasileira
Toda e qualquer empresa deve ser considerada como um conjunto de pessoas que nela trabalham 
em busca de um objetivo comum e que formam um organismo único, que pode e deve ser considerado 
como um organismo vivo. Portanto, nossa primeira preocupação é de como manter suas necessidades 
básicas de sobrevivência dentro dos diversos meios ambientais que encontramos.
Desta forma, os gestores devem considerar que suas empresas precisam manter suas funções 
de maneira saudável e em perfeito funcionamento. Assim, evitando que enfermidades possam 
surgir associadas às atividades laborais, fazendo os funcionários passarem a não participar mais do 
processo produtivo, visto que precisam se ausentar para atendimentos em ambulatórios médicos 
e hospitais. 
Também devemos levar em consideração que todos os serem humanos sofrem variações do seu 
estado de saúde de acordo com a exposição a diversos fatores ambientais, que podem favorecer o 
surgimento de uma determinada situação de mudança no estado de saúde daquele indivíduo. Assim, 
há a necessidade de que exista uma forma de prevenção das possibilidades que possam levar qualquer 
indivíduo ao adoecimento. 
A segurança e a higiene no ambiente de trabalho devem ter como objetivo garantir que as condições 
de trabalho tenham a capacidade de assegurar a saúde dos trabalhadores. 
Segundo a OMS, para que um ambiente de trabalho tenha condições adequadas de higiene e 
segurança, deve-se garantir um “estado de bem-estar físico, mental e social e não [...] apenas a ausência 
de doença ou de enfermidade” (BIBLIOTECA VIRTUAL DE DIREITOS HUMANOS DA UNIVERSIDADE DE 
SÃO PAULO, 1946).
Portanto, quando se faz uma análise de forma não médica, a higiene do trabalho deve ter como 
objetivos a identificação de quais fatores podem afetar o ambiente de trabalho para que o trabalhador 
não seja exposto às doenças profissionais, de maneira que crie estratégias que eliminem ou reduzam 
todo e qualquer risco durante a execução das atividades laborais. 
Para a garantia dessas condições de segurança, encontramos, na legislação brasileira, várias diretrizes 
para que elas sejam alcançadas.
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HIGIENE OCUPACIONAL 
De acordo com a Lei nº 6.514, no artigo 162 (BRASIL, 1977): “As empresas, de acordo com normas 
a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em 
segurança e em medicina do trabalho”. Já no artigo 163, é descrita a obrigatoriedade da constituição de 
uma Cipa.
De acordo com dados da Previdência Social, a quantidade de acidentes de trabalho vem diminuindo, 
mas ainda é alto o número de acidentes sem Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT) registrado, 
como podemos observar a seguir.
Tabela 1 – Total de acidentes de trabalho no Brasil (2008/2010)
Ano 2008 2009 2010
Total 755.980 733.365 701.496
Fonte: adaptado de Brasil (2010a).
Tabela 2 – Acidentes de trabalho com CAT registrado no Brasil (2008/2010)
Motivo 2008 2009 2010
Típico 441.925 424.498 414.824
Trajeto 88.742 90.180 94.789
Doença do trabalho 20.356 19.570 15.593
Total 551.023 534.248 525.206
Fonte: adaptado de Brasil (2010a).
Tabela 3 – Quantidade de acidentes do trabalho sem CAT registrado no Brasil (2008/2010)
2008 2009 2010
204.957 199.117 176.290
Fonte: adaptado de Brasil (2010a).
1.3.1 Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho
A Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho foi elaborada por uma comissão composta pelo 
Governo, por representantes de organizações de empregadores e por representação de trabalhadores. 
Foi aprovada pelo Decreto n° 7.602, de 7 de novembro de 2011. 
A construção desta política se dá pela necessidade de seguir o que está no Acordo nº 155 da OIT, que 
dispõe sobre Segurança e Saúde dosTrabalhadores e o Meio Ambiente de Trabalho e estabelece que é 
dever do Estado a elaboração de uma política nacional sobre o tema.
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Unidade I
A seguir, confira o objetivo e os princípios desta política, bem como suas diretrizes.
Objetivo e princípios 
I. A Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho – PNSST tem por objetivos a 
promoção da saúde e a melhoria da qualidade de vida do trabalhador e a prevenção de 
acidentes e de danos à saúde advindos, relacionados ao trabalho ou que ocorram no 
curso dele, por meio da eliminação ou redução dos riscos nos ambientes de trabalho.
II. A PNSST tem por princípios: 
a) universalidade;
b) prevenção;
c) precedência das ações de promoção, proteção e prevenção sobre as de assistência, 
reabilitação e reparação;
d) diálogo social; e
e) integralidade.
[...]
Diretrizes
IV. As ações no âmbito da PNSST devem constar de um Plano Nacional de Segurança e 
Saúde no Trabalho e desenvolver-se de acordo com as seguintes diretrizes: 
a) inclusão dos trabalhadores brasileiros no sistema nacional de promoção e proteção 
da saúde; 
b) harmonização da legislação e a articulação das ações de promoção, proteção, 
prevenção, assistência, reabilitação e reparação da saúde do trabalhador; 
c) adoção de medidas especiais para atividades laborais de alto risco; 
d) estruturação de rede integrada de informações em saúde do trabalhador; 
e) promoção da implantação de sistemas e programas de gestão da segurança e saúde 
nos locais de trabalho; 
f) reestruturação da formação em saúde do trabalhador e em segurança no trabalho e 
estímulo à capacitação e à educação continuada de trabalhadores; 
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g) promoção de agenda integrada de estudos e pesquisas em segurança e saúde no 
trabalho. 
Fonte: Brasil (2011a).
A implantação da PNSST, bem como a sua execução, tem como responsáveis principais o Ministério 
do Trabalho e Emprego (MTE), o Ministério da Saúde e o Ministério da Previdência Social, que devem se 
articular com outros órgãos e instituições que atuem na área. 
Ao MTE coube a responsabilidade de formulação e proposição das diretrizes para a inspeção do 
trabalho, além de supervisão, coordenação e execução de atividades que estejam ligadas à inspeção 
dos ambientes de trabalho. Deve ainda elaborar estudos e pesquisas, produzir análises, avaliações e 
testes de medidas e métodos que visem à eliminação ou à redução de riscos no trabalho, incluindo: 
providenciar equipamentos de proteção coletiva e individual; desenvolver e executar ações educativas; 
difundir informações que contribuam para a proteção e promoção da saúde do trabalhador; contribuir 
com órgãos públicos e entidades civis para a proteção e promoção da saúde do trabalhador; realizar 
levantamentos para a identificação das causas de acidentes e doenças nos ambientes de trabalho; 
e estabelecer parcerias e intercâmbios técnicos com organismos e instituições afins, nacionais e 
internacionais, para fortalecer a atuação institucional, capacitar os colaboradores e contribuir com a 
implementação de ações globais de organismos internacionais. 
Ao Ministério da Saúde competem as ações que estão ligadas diretamente à assistência que deve 
ser prestada para o trabalhador, de forma que garanta seu direito já exposto na Constituição, a qual 
determina que todo cidadão tem o direito à integralidade da assistência, devendo ter garantidos a 
promoção, a prevenção, o tratamento e a reabilitação.
VII – Compete ao Ministério da Saúde:
a) fomentar a estruturação da atenção integral à saúde dos trabalhadores, 
envolvendo a promoção de ambientes e processos de trabalho saudáveis, o 
fortalecimento da vigilância de ambientes, processos e agravos relacionados 
ao trabalho, a assistência integral à saúde dos trabalhadores, reabilitação 
física e psicossocial e a adequação e ampliação da capacidade institucional;
b) definir, em conjunto com as secretarias de saúde de Estados e Municípios, 
normas, parâmetros e indicadores para o acompanhamento das ações de 
saúde do trabalhador a serem desenvolvidas no Sistema Único de Saúde, 
segundo os respectivos níveis de complexidade destas ações;
c) promover a revisão periódica da listagem oficial de doenças relacionadas 
ao trabalho;
d) contribuir para a estruturação e operacionalização da rede integrada de 
informações em saúde do trabalhador;
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e) apoiar o desenvolvimento de estudos e pesquisas em saúde do trabalhador;
f) estimular o desenvolvimento de processos de capacitação de recursos 
humanos em saúde do trabalhador; e
g) promover a participação da comunidade na gestão das ações em saúde 
do trabalhador (BRASIL, 2011a).
Já ao Ministério da Previdência Social coube a responsabilidade por formular e propor diretrizes, 
direcionadas à fiscalização e ao reconhecimento de benefícios previdenciários, avaliar a capacidade 
ou incapacidade laboral para o início ou a interrupção dos benefícios previdenciários e promover a 
reabilitação profissional.
1.3.2 Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego
As Normas Regulamentadoras (NRs) foram criadas pela Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 
1978, com a finalidade de regulamentar o Capítulo V, Título II, da CLT, relativas a segurança e 
medicina do trabalho. Essas normas são de grande importância para os profissionais da área 
de segurança do trabalho, no que compete à prevenção de acidentes de trabalho, nos diversos 
segmentos organizacionais. 
Atualmente, estão em vigor 36 Normas Regulamentadoras, que serão apresentadas a seguir com um 
breve resumo. 
NR 1 – Disposições Gerais
Introduz as Normas Regulamentadoras no mundo da segurança do trabalho, bem como sua 
aplicação por parte das empresas. Traz as competências da Secretaria de Segurança e Saúde no 
Trabalho (SSST), da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) e da Delegacia do Trabalho Marítimo 
(DTM), bem como as competências do empregador e do empregado quanto às normas de 
segurança.
NR 2 – Inspeção Prévia
Determina que, antes de dar início às suas atividades, todo estabelecimento novo deve solicitar 
aprovação de suas instalações ao órgão regional do MTE.
NR 3 – Embargo e Interdição
Essa norma trata da necessidade de embargo, ou seja, da paralisação total ou parcial de uma obra, 
e da interdição, que implica paralisação total ou parcial do estabelecimento, do setor de serviço, de 
máquina ou de equipamento. Determina que, durante um embargo ou uma interdição, os empregados 
deverão receber os salários como se estivessem em efetivo exercício.
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NR 4 – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT)
Aborda a composição do SESMT, quais profissionais deverão fazer parte da equipe, quais as 
atribuições de cada um, quais os requisitos de investidura, qual a jornada de trabalho e de que forma 
deve ser feito o dimensionamento da equipe dentro de cada instituição. 
NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa)
Pode ser considerada como uma das normas mais relevantes para a segurança do trabalho, tendo 
em vista sua finalidade de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo que 
torne compatível permanentemente o trabalho coma preservação da vida e a promoção da saúde 
do trabalhador. Determina quais são as atribuições dos integrantes da comissão, como deve se dar o 
processo eleitoral, de que forma devem acontecer as reuniões ordinárias e extraordinárias, e como se dá 
a estabilidade de seus integrantes.
NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual
Define o conceito de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e comenta a importância dos 
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) e como deve ser sua aplicação no cotidiano das empresas. 
Esclarece as responsabilidades do empregado, do empregador, do fabricante e do Ministério quanto ao 
uso, à manutenção, à conservação e à higienização dos EPIs. Apresenta ainda um quadro informativo 
de todos os tipos de EPI indicados para cada tipo de atividade profissional, de forma que garanta a 
segurança do trabalhador.
NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)
Com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos trabalhadores, estabelece a 
obrigatoriedade, por parte de todos os empregadores e instituições, da implementação do PCMSO e da realização 
dos seguintes exames: admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional. 
NR 8 – Edificações
Estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações para garantir 
segurança e conforto aos que nelas trabalham. Determina que os locais de trabalho devem ter a altura 
do piso ao teto de acordo com as posturas municipais, atendidas as condições de conforto, segurança 
e salubridade.
NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
Determina a obrigatoriedade da elaboração e da implementação do PPRA por parte de todos os 
empregados. O programa visa à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, por meio 
da antecipação, do reconhecimento, da avaliação e do consequente controle da ocorrência de riscos 
ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, considerando a proteção do 
meio ambiente e dos recursos naturais. 
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NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
Estabelece os requisitos mínimos, bem como as condições a serem observadas na implementação 
de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma que garanta a segurança e a saúde dos 
trabalhadores que, direta ou indiretamente, interagem com instalações elétricas e serviços com 
eletricidade. Traz medidas de controle e proteção, coletivas e individuais, nas atividades em que haja 
risco elétrico, bem como seus procedimentos de segurança. 
NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais 
Busca assegurar os procedimentos de segurança para a operação de elevadores, guindastes, 
transportadores industriais e máquinas transportadoras. Traz, ainda, normas de segurança do 
trabalho em atividades de transporte de sacas, como a distância máxima de 60 metros para 
o transporte manual de um saco pelo trabalhador, bem como as regras de armazenamento de 
materiais nos locais de trabalho. 
NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos 
Define as referências técnicas, os princípios fundamentais e as medidas de proteção para garantir a 
saúde e a integridade física dos trabalhadores, bem como estabelece requisitos mínimos para a prevenção 
de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos 
de todos os tipos, e ainda à sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer 
título em todas as suas atividades econômicas.
NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão
Regulamenta as atividades envolvendo as caldeiras e os vasos de pressão, determinando que toda 
caldeira deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalada: prontuário, registro de segurança, 
projeto de instalação e projetos de alteração e de reparo. Explica os tipos de caldeira e seus procedimentos 
de segurança, instalação e manuseio. Também comenta sobre o tipo de treinamento dos seus operadores, 
a carga horária e os requisitos de investidura. 
NR 14 – Fornos
Segundo esta norma, os fornos, independentemente da utilização, devem ser construídos 
solidamente e revestidos com material refratário, de forma que o calor radiante não ultrapasse 
os limites de tolerância estabelecidos. Também devem ser instalados em locais adequados, 
oferecendo o máximo de segurança e conforto aos trabalhadores. Devem ser instalados de forma 
que evite acúmulo de gases nocivos e altas temperaturas em áreas vizinhas, e os que utilizam 
combustíveis gasosos ou líquidos devem ter sistemas e proteção para não ocorrer explosão por 
falha da chama de aquecimento ou no acionamento do queimador, a ponto de evitar o retrocesso 
da chama. 
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NR 15 – Atividades e operações insalubres 
Determina quais são as atividades consideradas insalubres ou as operações insalubres que se 
desenvolvem em limites acima dos toleráveis.
NR 16 – Atividades e operações perigosas 
Determina que são consideradas perigosas as atividades e operações com explosivos, inflamáveis e 
radiações ionizantes ou substâncias radioativas. 
NR 17 – Ergonomia 
Estabelece parâmetros para adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas 
dos trabalhadores, proporcionando o máximo em termos de conforto, segurança e desempenho eficiente. 
Nas condições de trabalho, estão inclusos aspectos relacionados ao levantamento, ao transporte e à 
descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho, 
bem como à própria organização do trabalho. 
NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção 
Estabelece as diretrizes administrativas, de planejamento e de organização que têm como objetivo a 
implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições 
e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção. De acordo com essa norma, é vedado o 
ingresso ou a permanência de trabalhadores no canteiro de obras sem que estejam assegurados pelas 
medidas previstas nessa norma. 
Também comenta sobre o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção (PCMAT). Traz regulamentações sobre as áreas de vivência, determinando que os canteiros 
de obras disponham de instalações sanitárias, vestiários, alojamento, local de refeições, cozinha (quando 
houver preparo de refeições), lavanderia, área de lazer e ambulatório, quando se tratar de frentes de 
trabalho com cinquenta ou mais trabalhadores. 
NR 19 – Explosivos
De acordo com esta norma, são considerados explosivos materiais ou substâncias que, quando 
iniciados, sofrem decomposição muito rápida em produtos mais estáveis, com grande liberação de calor 
e desenvolvimento súbito de pressão. Determina que a fabricação de explosivos somente é permitida às 
empresas portadoras de Título de Registro (TR), emitido pelo Exército Brasileiro, bem como seus critérios 
de armazenamento e transporte. 
NR 20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis 
Esta norma traz a definição de líquido combustível como todo aquele que possua ponto de fulgor 
igual ou superior a 70 ºC e inferior a 93,3 ºC. Ainda de acordo com seus preceitos, os tanques de 
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armazenagem serão construídos de aço ou de concreto, a menos que a característica do líquido requeira 
material especial. 
 Observação
Para a perfeita compreensãoda norma, devemos entender como ponto 
de fulgor a menor temperatura na qual determinado material combustível 
libera vapor em quantidade suficiente para formar uma mistura inflamável 
por uma fonte externa de calor. 
NR 21 – Trabalho a Céu Aberto
Norma de extrema relevância para a segurança do trabalho. Segundo ela, nos trabalhos 
realizados a céu aberto, a existência de abrigos capazes de proteger os trabalhadores contra 
intempéries é obrigatória, ainda que sejam rústicos. São exigidas medidas especiais que protejam 
os trabalhadores contra a insolação excessiva, o calor, o frio, a umidade e os ventos inconvenientes. 
Para os trabalhadores que residirem no local do trabalho, deverão ser oferecidos alojamentos que 
apresentem adequadas condições sanitárias, ficando vedada, em qualquer hipótese, a moradia 
coletiva; e, para os trabalhos realizados em regiões pantanosas ou alagadiças, serão imperativas 
as medidas de profilaxia de endemias, de acordo com as normas de saúde pública. 
NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
O setor de mineração desempenha um papel muito importante, contribuindo para o desenvolvimento 
econômico e para o bem-estar social. Essa norma elabora uma disciplina para o trabalhador da área, 
tornando compatíveis o planejamento e o desenvolvimento da atividade mineira, buscando a segurança 
e a saúde dos trabalhadores, controlando todos os riscos existentes com adoção e implementação de 
treinamentos e uma política de segurança. 
NR 23 – Proteção contra Incêndios
Conforme as diretrizes desta norma, todos os trabalhadores devem adotar medidas de prevenção 
de incêndios, em conformidade com a legislação estadual e com as normas técnicas aplicáveis. 
Os empregadores ficam ainda obrigados a providenciar para todos os trabalhadores informações 
sobre a utilização dos equipamentos de combate a incêndio, os procedimentos para evacuação 
dos locais de trabalho com segurança e os dispositivos de alarme existentes na organização. 
Os locais de trabalho deverão dispor de saídas em número suficiente, dispostas de modo que 
aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso 
de emergência. Quanto às saídas de emergência, jamais deverão ser fechadas à chave nem presas 
durante a jornada de trabalho.
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NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho 
Segundo esta norma, as instalações sanitárias de uma empresa deverão ser separadas por sexo, 
ficando esses locais submetidos a processo permanente de higienização, de forma que sejam mantidos 
limpos e desprovidos de quaisquer odores durante toda a jornada de trabalho. Serão exigidos: a previsão 
de 60 litros diários de água por trabalhador para o consumo nas instalações sanitárias; um chuveiro 
para cada dez trabalhadores nas atividades ou operações insalubres, ou nos trabalhos com exposição a 
substâncias tóxicas, irritantes, infectantes, alergizantes, poeiras ou substâncias que provoquem sujidade, 
além dos casos em que estejam expostos a calor intenso. Além disso, em empresas que tenham mais de 
trezentos funcionários, é obrigatória a existência de refeitório. 
NR 25 – Resíduos Industriais
Estabelece meios de prevenção quanto ao descarte dos resíduos das indústrias, sendo esses nas 
formas sólida, líquida, gasosa ou a combinação delas, mostrando que a empresa deve buscar a redução 
da geração desses resíduos com melhores práticas tecnológicas e organizacionais disponíveis. Todo 
resíduo tem o seu destino adequado: são feitos exames para saber sua destinação correta, como deve 
ser coletado, acondicionado, transportado, tratado e encaminhado à sua destinação final, e a área de 
trabalho deve estar livre de qualquer contaminante que possa comprometer a saúde dos trabalhadores. 
Aqueles que atuam diretamente com esses resíduos devem ser capacitados pela empresa continuamente, 
para estarem sempre cientes dos riscos a que estão expostos e de suas medidas de prevenção. Para os 
dejetos radioativos, seu descarte é conforme a legislação específica da Comissão de Energia Nuclear 
(CNEN), e os resíduos de origem biológica, conforme legislação sanitária e ambiental. 
NR 26 – Sinalização de Segurança
Regulamenta a cor na segurança do trabalho. Em estabelecimentos ou locais de trabalho, devem 
ser adotadas cores para a segurança, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes, bem como 
identificar os equipamentos de segurança, delimitar áreas e identificar tubulações empregadas para a 
condução de líquidos e gases. Determina ainda que a rotulagem preventiva deve conter: identificação 
e composição do produto químico, pictograma de perigo, palavra de advertência, frase(s) de perigo, 
frase(s) de precaução e informações suplementares.
NR 27 – Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho
Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego criada pela Portaria GM nº 3.214, de 
8 de junho de 1978, porém revogada pela Portaria nº 262, de 29 de maio de 2008, publicada no DOU 
de 30 de maio de 2008. 
NR 28 – Fiscalização e Penalidades
Norma que estabelece procedimentos a serem adotados pela fiscalização de segurança e saúde do 
trabalho, delimitando prazos para a correção de irregularidades encontradas, a aplicação de penalidades, 
a interdição ou embargos de locais. 
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NR 29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário 
Regula a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, bem como facilita os 
procedimentos de primeiros socorros em caso de acidentes, pensando nas melhores condições de 
segurança e saúde do trabalho portuário. A norma é aplicada para a operação tanto a bordo quanto em 
terra, em portos organizados e instalações portuárias de uso privativo retroportuário. 
NR 30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário 
Visa à proteção e à regulamentação das condições de trabalho aquaviário, aplicando-se a toda 
embarcação, de bandeira nacional ou estrangeira. Todas as embarcações comerciais de transporte ou de 
passageiros são consideradas trabalho aquaviário. 
NR 31 – Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração 
Florestal e Aquicultura 
Pela precariedade nos trabalhos no ramo da agricultura, esta norma traz importantes determinações 
relacionadas à implementação dos ambientes de trabalho rurais, definindo as obrigações do empregador 
quanto à higiene e a toda condição apropriada para o trabalho, proporcionando a ele dignidade não 
somente durante a realização dos afazeres e a jornada de trabalho no campo, mas também em seus 
momentos de descanso. 
NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde
Estabelece as diretrizes brasileiras para qualquer edificação destinada à prestação de assistência à 
saúde da população e a todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde, 
visando à implementação de ações de prevenção aos profissionais, com medidas de controle, programas 
de prevenção e EPI adequado de forma objetiva, garantindo todas as condições de segurança, proteção e 
prevenção dos trabalhadores. Dispõe sobre as responsabilidades entre contratante e contratado quanto 
ao seu cumprimento. Para cada situação de risco, recomenda a adoção de medidas preventivas e a 
capacitação dos trabalhadores para um trabalho seguro. 
NR 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados
O intuito desta norma é identificar o espaço confinado e reconhecer, avaliar, monitorar e controlar 
os riscos existentes, garantindo a segurança dos trabalhadores, tanto aos que trabalham diretamente 
quanto aos que trabalham indiretamentenesses espaços, incluindo medidas técnicas de prevenção, 
equipamentos utilizados nessa tarefa, avaliação atmosférica e medidas de controle e eliminação de 
riscos existentes. 
NR 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval 
Elaborada para atividades da indústria de construção e reparação naval, propõe medidas de 
prevenção à segurança, à saúde e ao meio ambiente nessa atividade. Apresenta as responsabilidades 
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do empregador para a garantia de sua implementação e estabelece metas a serem cumpridas no que 
diz respeito a: trabalho a quente; jateamento; hidrojateamento; movimentação de cargas; instalações 
elétricas e provisórias; montagem e desmontagem de andaimes; pinturas; trabalho em altura; utilização 
de radionuclídeos e gamagrafia, bem como de máquinas portáteis e rotativas. 
NR 35 – Trabalho em Altura
Pelo número de acidentes do trabalho com consequências graves e fatais ocorridos por motivos de queda, 
esta norma adota princípios para atividades em altura, contemplando o planejamento e evitando que o 
trabalhador fique exposto a uma situação de risco, de modo que seja eliminado todo o risco de queda ou que 
sejam tomadas medidas que minimizem a sua consequência, quando o risco de queda com diferenças de níveis 
não puder ser evitado. Esta norma propõe a utilização dos preceitos legais para a antecipação dos riscos, a fim 
de que seja aplicada medida adequada, como utilização de metodologias de análise de risco, determinando a 
Permissão de Trabalho, para que esse trabalho possa ser realizado com a máxima segurança. 
NR 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes 
e Derivados 
O objetivo desta norma é estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação, o controle e o 
monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento 
de carnes e derivados destinados ao consumo humano, de forma que garanta permanentemente a 
segurança, a saúde e a qualidade de vida no trabalho, sem prejuízo da observância do disposto nas 
demais normas. Esta norma regulamenta questões quanto ao mobiliário e a postos de trabalho, 
estrados, passarelas e plataformas, manuseio de produtos, levantamento e transporte de produtos e 
cargas, recepção e descarga de animais, equipamentos e ferramentas, condições ambientais de trabalho, 
gerenciamento dos riscos, programas de prevenção, organização das atividades, análise ergonômica do 
trabalho, informações e treinamentos em segurança e saúde no trabalho. 
 Lembrete
De forma resumida e prática, abordamos a legislação aplicada à higiene 
e à segurança do trabalho. As Normas Regulamentadoras foram criadas pela 
Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, com a finalidade de regulamentar 
o Capítulo V, Título II da CLT, relativo à segurança e à medicina do trabalho.
1.4 Definição de Higiene Ocupacional 
Segundo Barsano e Barbosa (2014), a 
[...] higiene do trabalho – ou higiene industrial, como também é conhecida 
por muitos – tem papel fundamental no vasto campo da segurança do 
trabalho e da qualidade de vida, pois é nos preceitos dessa ciência que os 
membros do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina 
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do Trabalho (SESMT), por meio de seus conhecimentos técnicos e com o uso 
de instrumentos de medição específicos, conseguem garantir, na prática, 
que o funcionário labore em um ambiente de trabalho saudável, ou seja, em 
um lugar onde lhe seja garantida, na medida do possível, sua integridade 
física e psíquica (BARSANO; BARBOSA, 2014, p. 73). 
A Higiene Ocupacional pode ser entendida como uma disciplina da área tecnológica voltada para 
o estudo e a aplicação de métodos para a prevenção de acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e 
outras formas de agravos à saúde do trabalhador. Cabe à Higiene Ocupacional, juntamente com outras 
áreas, como Ergonomia, identificar os fatores de risco que levam à ocorrência de acidentes e doenças 
ocupacionais, avaliar seus efeitos na saúde do trabalhador e propor medidas de intervenção técnica a 
serem implantadas nos ambientes de trabalho. 
Em 2014, houve a inclusão da Higiene Ocupacional na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), 
sendo reconhecida oficialmente no Brasil como ciência. Entretanto, não existem ainda diretrizes para 
que haja uma formação padronizada de profissionais que possam ser qualificados como higienistas 
ocupacionais.
De qualquer forma, é fato que os profissionais que estão diretamente ligados a atividades de 
segurança devem ser familiarizados com os conhecimentos necessários sobre a Higiene Ocupacional 
para sua formação e experiência neste campo. 
Segundo Goelzer (2014), os higienistas ocupacionais devem: 
• Prever (antecipar) fatores de risco para a saúde e o meio ambiente 
que podem estar associados aos diferentes tipos de trabalho e atuar 
para preveni-los já nas etapas de planejamento e projeto de processos 
(incluindo equipamentos, matérias-primas, produtos químicos etc.) e 
locais de trabalho. 
• Reconhecer agentes e fatores de risco (produtos químicos e poeiras, 
agentes físicos e biológicos, fatores ergonômicos e psicossociais) que 
podem estar presentes em locais de trabalho, determinar as condições 
de exposição e entender seus possíveis efeitos na saúde e no bem-estar 
dos trabalhadores. 
• Avaliar a exposição dos trabalhadores a agentes e fatores de risco 
por meio de métodos qualitativos e/ou quantitativos e interpretar os 
resultados obtidos, com vistas a eliminar a exposição ou reduzi-la a 
níveis aceitáveis. 
• Projetar e/ou recomendar medidas de prevenção e controle de riscos, 
eficientes e econômicas, e integrá-las a programas bem-gerenciados 
e sustentáveis. 
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• Reconhecer agentes que podem ter impacto sobre o meio ambiente e 
contribuir para a proteção ambiental (GOELZER, 2014, p. 3). 
Ainda segundo a autora, os higienistas ocupacionais devem ter atenção especial para que aconteça, 
principalmente, a prevenção primária de riscos, sempre com a participação dos trabalhadores e com o 
desenvolvimento de uma política de gestão participativa para a resolução dos problemas encontrados, 
para que as soluções possam ser aplicáveis. 
2 RISCOS AMBIENTAIS
Neste tópico, abordaremos os tipos de riscos ambientais a que os trabalhadores podem estar sujeitos 
em sua rotina de trabalho. 
2.1 Riscos de acidente de trabalho
O conceito de risco deve ser observado sob duas vertentes: o risco quantitativo, que é o risco 
matemático, ou seja, qual é a probabilidade de acontecer, numerando quantos acidentes podemos ter 
em uma determinada situação; e o risco qualitativo, que será indicado pela condição do processo de 
trabalho (MATTOS; MÁSCULO, 2011). 
Para classificar o tipo de um risco, precisamos primeiro entender que riscos podem ser classificados de 
maneiras diferentes. Segundo Ivar Odonne (apud MATTOS; MÁSCULO, 2011), os riscos em um ambiente 
podem ser classificados em quatro grupos distintos: 
• fatores ambientais que podem interferir na condição de trabalho nos ambientes interno e externo, 
como calor e luz; 
• fatores ambientais específicos do ambiente de trabalho; 
• atividade muscular; 
• condições que podem determinar efeitos estressantes.
Outra forma de classificação é aquela descrita nas legislações e que é recomendada para a formação 
dos mapas de risco,estabelecendo quais são os riscos mecânicos, físicos, químicos, biológicos e 
ergonômicos. 
2.2 Tipos de riscos 
Neste subtópico veremos a descrição detalhada dos tipos de riscos. 
2.2.1 Riscos emocionais
Levar os problemas pessoais para o ambiente de trabalho é algo que pode ser esperado como 
natural para qualquer trabalhador, já que o ser humano é sempre influenciado pelas suas condições 
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psicológicas e sociais. Conseguimos perceber, em alguns casos, por meio de sinais como angústia, 
quando um colaborador não está bem, por não conseguir desenvolver adequadamente todas as 
suas metas. 
Esses fatores emocionais podem ser responsáveis por um aumento no índice do absenteísmo, 
bem como de doenças e acidentes de trabalho. Portanto, o profissional que trabalha diretamente 
com a segurança e a saúde do trabalhador deve estar atento para qualquer alteração no desempenho 
profissional ou mesmo nas atitudes pessoais e propor medidas que possam melhorar a condição contínua 
do ambiente de trabalho para aquele trabalhador e para toda a equipe.
2.2.2 Riscos mecânicos
Podem ser definidos como aquelas condições que são geradas pelo contato físico do trabalhador 
com o agente que pode ser nocivo. Este tipo de risco é caracterizado pelas seguintes condições: 
• pode estar presente em pontos específicos do ambiente de trabalho; 
• age, de modo geral, diretamente sobre o trabalhador; 
• pode ocasionar lesões agudas e imediatas.
Podemos citar como exemplo de risco mecânico a presença de um estilete em uma mesa de escritório. 
Este pode ser utilizado para apontar um lápis ou cortar um papel, mas, pelo simples fato de estar 
presente no ambiente, já gera um risco para qualquer pessoa que esteja nesse ambiente. 
Materiais com características de corte, aquecidos, perfurantes, em movimento ou energizados 
também são exemplos de riscos mecânicos. Além dos materiais que diretamente podem ser considerados 
riscos mecânicos por alterações na estrutura física arquitetônica de um ambiente, como irregularidades 
em pisos. Apesar de não causarem diretamente uma lesão no trabalhador, podem provocar um acidente, 
como uma queda. 
Em um ambiente de trabalho, além da estrutura física, a forma pela qual os ambientes são 
montados, como a disposição dos móveis e a altura de bancadas e armários, também pode provocar 
acidentes e lesões. 
Dessa forma, podemos definir que os riscos mecânicos são todos os fatores que colocam em 
perigo o trabalhador ou que afetam sua integridade física ou moral durante o expediente de trabalho. 
São causas de acidentes com origens mecânicas que, quando não são fatais, causam a perda de um 
membro ou, em casos mais leves, escoriações e queimaduras, mas podem ocasionar desconfortos 
morais e psíquicos. 
Nos termos da Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994, em seu Anexo 6, da NR5-Cipa, são 
considerados riscos geradores de acidentes: arranjos físicos inadequados ou deficientes, máquinas 
e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, 
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eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, animais peçonhentos, armazenamento inadequado 
e outras situações de risco que podem contribuir para a ocorrência de acidentes. 
Arranjo físico inadequado
Resultante de prédios com área de trabalho insuficiente, localização imprópria de máquinas e 
equipamentos, desorganização de móveis, ferramentas e maquinários de trabalho, sinalização incorreta 
e inexistente, pisos fracos, escorregadios e irregulares.
Máquinas e equipamentos sem proteção
Caso de máquinas obsoletas, sem proteção em pontos de transmissão e operação, com as engrenagens 
expostas, comando de liga-desliga fora do alcance do operador, máquinas e equipamentos com defeitos 
ou inadequados, sem dispositivos de segurança. 
Ferramentas inadequadas ou defeituosas
Ferramentas em mau estado de conservação, usadas de forma incorreta ou fornecidas 
inadequadamente para aquele tipo de trabalho. 
Iluminação inadequada
Ambientes com baixa iluminação, de maneira imprópria para o tipo de atividade profissional, ou de 
maneira excessiva, que possa causar ofuscamento nos olhos. 
Eletricidade
Acidentes originados com energia elétrica por instalação imprópria, com defeito ou exposta, fios 
desencapados, falta de sinalização e falta de manutenção. 
Probabilidade de incêndio ou explosão
Áreas com armazenamento inadequado de inflamáveis e/ou gases, manipulação e transporte 
inadequados de produtos inflamáveis e perigosos, sobrecarga em rede elétrica, falta de sinalização, falta 
de equipamentos de combate a incêndios ou equipamentos defeituosos, falta da brigada de incêndio, 
bem como de seu treinamento e de simulados. 
Animais peçonhentos
Acidentes envolvendo animais venenosos com inoculadores de veneno, como cobras, escorpiões, 
aranhas, lacraias, taturanas, vespas, formigas, abelhas e marimbondos. 
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Armazenamento inadequado
O estoque inadequado de produtos, utensílios e ferramentas de trabalho costuma acarretar acidentes, 
pelo mau armazenamento de caixas em prateleiras, estantes malposicionadas, falta de sinalização, mau 
uso de empilhadeiras durante o processo de armazenagem e andaimes malposicionados. 
Para a prevenção de riscos de acidentes, é necessária uma atenção especial e complexa dos 
profissionais envolvidos com a segurança do trabalho, devendo-se observar cada tipo de risco e propor 
sua respectiva medida de prevenção. Alguns procedimentos de segurança podem ajudar a evitar futuros 
acidentes de trabalho: 
• todos os trabalhadores devem conhecer os riscos a que estão expostos, bem como receber 
treinamento quanto às respectivas formas de prevenção e controle; 
• todos os trabalhadores devem estar em perfeitas condições de saúde, a ponto de exercer suas 
atividades com total atenção, zelo e profissionalismo; 
• todos os trabalhadores devem obedecer rigorosamente às normas de segurança do trabalho 
em vigor, bem como às ordens de serviço expedidas pelo empregador e aos pareceres técnicos 
emitidos pelos profissionais de segurança do trabalho; 
• todos os trabalhadores devem utilizar os EPIs adequados, como: 
— óculos ou viseiras de proteção contra a projeção de limalhas, aparas ou fragmentos de máquinas, 
em especial, quando há o manuseio de metais muito duros, frágeis ou quebradiços; 
— luvas adequadas ao tipo de trabalho a ser realizado na empresa; 
— as limalhas e as aparas resultantes de processos de maquinação nunca devem ser retiradas com 
as mãos. Para tal, deve ser utilizado um pincel ou similar, quando elas estiverem secas, e uma 
escova de borracha, quando estiverem úmidas ou com gordura; 
• não utilizar, em hipótese alguma, acessórios e adornos pessoais durante o expediente de trabalho, 
como anéis, pulseiras, brincos e colares; 
• os cabelos compridos devem ser usados sempre presos e protegidos por uma touca, um chapéu 
ou similar; 
• os trabalhadores não devem utilizar a barba comprida, pois pode ficar presa em elementos da 
máquina dotados de movimento, bem como atrapalhar o uso de máscara de proteção respiratória; 
• para evitar acidentes com animais peçonhentos, as vestimentas devem ser verificadas antes do uso, 
principalmente, no caso dos trabalhadores da indústria da construção civil, de obras inacabadas, 
onde houver entulhos, materiais de construção, ou seja, locais em que animais possam estar 
presentes.37
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 Observação
Segundo o artigo 158, inciso II da CLT, constitui ato faltoso do empregado 
a recusa injustificada ao uso dos equipamentos de proteção individual 
fornecidos pela empresa, sendo passível até de penalidade máxima de justa 
causa, nos casos de reincidência.
2.2.3 Riscos físicos
Os riscos físicos são aqueles causados por agentes que, em um ambiente, podem alterar suas 
características físicas e, depois, podem causar lesões em quem estiver presente no ambiente. 
São características dos riscos físicos: 
• possibilidade de transmissão, propagando sua nocividade; 
• causar lesões, mesmo que não haja contato direto com sua fonte; 
• geralmente causam lesões crônicas, imediatas.
Como exemplos de riscos físicos, podemos citar ruídos, iluminação, calor, vibrações, radiações e pressão. 
Neste tipo de risco é importante destacar que a condição de causar a agressão ou a lesão estará 
diretamente ligada à exposição àquele risco. Esses agentes precisam ter a característica de uma 
fonte propagadora progressiva de alterações de sua intensidade de forma que cause uma lesão 
transitória ou permanente. 
Ruídos
Os ruídos são os incômodos sonoros que afetam a saúde do trabalhador. As máquinas e os 
equipamentos utilizados pelas indústrias produzem ruídos que podem atingir níveis excessivos, podendo 
causar graves prejuízos à saúde do trabalhador. Dependendo do tempo de exposição, do nível sonoro e 
da sensibilidade individual, os danos podem se manifestar imediatamente ou gradualmente. 
De acordo com a NR nº 15, os ruídos se dividem em: 
• ruídos contínuos ou intermitentes; 
• ruídos de impacto. 
Os ruídos contínuos ou intermitentes são aqueles em que se avalia o limite de tolerância. Esses 
ruídos são medidos em decibéis (dB) por meio de instrumentos de nível de pressão sonora, com leituras 
feitas próximas ao ouvido do trabalhador, operando circuito de compensação A. 
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Unidade I
Sem a proteção necessária, não é permitido que a exposição a ruídos ultrapasse o valor de 115 dB (A). 
Caso o trabalhador seja exposto a uma atividade com ruídos sonoros superiores a esses valores e não 
se encontre devidamente protegido, está exposto a um risco grave e iminente. 
Já os ruídos de impacto são aqueles que apresentam picos de energia acústica de duração 
inferior a um segundo, com intervalos maiores que um segundo. Nestes casos, o limite de 
tolerância para os ruídos de impacto é de 130 dB. Esses ruídos são medidos se operando circuitos 
de compensação C. 
De acordo com o Anexo 1 da NR 15, quanto maior o nível de ruído, menor deve ser o tempo de exposição. 
Tabela 4 – Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente, segundo a NR 15 
Nível de ruído em 
dB (A)
Máxima exposição diária 
– Permissível
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Fonte: Brasil (1978). 
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Temperaturas extremas
A exposição a baixas temperaturas pode oferecer riscos diretos, em especial, à pele do 
trabalhador, provocando feridas, rachaduras e até necrose. De forma indireta, pode causar 
agravamento de doenças reumáticas, além de aumentar a predisposição para acidentes e 
doenças respiratórias. 
Já as altas temperaturas podem provocar desidratação, cãibras, fadiga física, distúrbios psiconeuróticos, 
insolação e feridas. 
 Observação
As medições devem ser efetuadas no local onde o trabalhador permanece, 
à altura da região do corpo mais atingida. Os períodos de descanso serão 
considerados como tempo de serviço para todos os efeitos legais. 
Vibrações
O uso de máquinas que causam vibrações é muito comum na indústria. Tais equipamentos podem 
causar impacto à saúde do trabalhador. Essas vibrações podem ser classificadas em: 
• Localizadas: atingem apenas uma parte ou mais do corpo. Em geral, são provocadas por ferramentas 
manuais, elétricas ou pneumáticas. As principais consequências da exposição inadequada, sem 
proteção e contínua são alterações neurovasculares. É possível também que o funcionário tenha 
perda óssea, podendo levar à osteoporose. 
• Generalizadas: atingem o corpo inteiro do trabalhador. Estas acontecem com o uso de máquinas 
de grande porte, além de ônibus, tratores e caminhões. Nestes casos, as principais consequências 
estão relacionadas a lesões na coluna vertebral. 
A principal medida de proteção e controle, como forma de minimizar os danos, é a recomendação 
de que o funcionário tenha o menor tempo possível de exposição contínua, havendo revezamento dos 
trabalhadores durante a execução das atividades.
Pressões anormais
O Anexo 6 da Norma Regulamentadora 15 do MTE, criada pela Portaria GM nº 3.214, de 8 de junho 
de 1978, e alterada pela Portaria SIT nº 291, de 8 de dezembro de 2011, define quais são os trabalhos 
regulamentados sob condições hiperbáricas. 
As pressões atmosféricas anormais no ambiente de trabalho podem prejudicar a saúde do trabalhador, 
seja ela menor ou maior que o normal. 
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Unidade I
A pressão hiperbárica acontece quando o ser humano está sujeito a pressões maiores que a 
atmosférica. É o caso dos trabalhadores em plataformas de petróleo e nas tubulações submersas em 
oceanos, bem como dos mergulhadores. 
Figura 1 – Mergulhador
Já a pressão hipobárica acontece quando o ser humano está sujeito a pressões menores que a 
atmosférica. Estas condições acontecem quando o trabalhador está em elevadas altitudes, como aqueles 
que trabalham em manutenção e limpeza de arranha-céus. 
Figura 2 – Trabalhadores em arranha-céu
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Radiações
Nas nossas atividades diárias as radiações estão presentes em todas as suas formas, em diversos 
produtos, e até mesmo aquelas provenientes da luz solar. Podemos citar como algumas aplicações 
tecnológicas das radiações o rádio, a televisão, os radares, os celulares e as comunicações wireless, bem 
como as fibras ópticas e os fornos de micro-ondas. 
Classificamos as radiações em ionizantes e não ionizantes. 
Radiação ionizante
As radiações ionizantes possuem um poder de penetração maior e se caracterizam pela propriedade 
de ionizar átomos da matéria-prima com os quais interagem. 
Essa radiação é parte integrante da vida humana, tendo possibilidades de aplicação desde na área 
médica até em armas bélicas. 
Atualmente, sua metodologia é de extremo auxílio, em especial, para o uso médico, por meio de sua 
aplicação controlada, sendo mais utilizada na radiografia comum. Entretanto, os efeitos da radiação 
podem ser maléficos, levando à teratogênese e até à morte. 
Assim, os operadores de raios X e de equipamentos de radioterapia estão frequentemente expostos 
a este tipo de radiação, que pode afetar o organismoou se manifestar até mesmo nos descendentes das 
pessoas expostas. 
Os exemplos dessas radiações são: 
• radiação alfa (α): possui poder de penetração no papel; 
• radiação beta (β): possui poder de penetração no papel e no corpo humano; 
• radiação gama (γ): possui poder de penetração no papel, no corpo humano e no aço; 
• raios X: possuem poder de penetração no papel, no corpo humano, no aço e no chumbo.
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Unidade I
α
β
γ
papel metal
Figura 3 – Alcance das radiações ionizantes
Figura 4 – Símbolo internacional da radiação ionizante
Radiação não ionizante
Ao contrário das radiações ionizantes, as não ionizantes não possuem energia capaz de produzir 
emissão de elétrons de átomos. Geralmente, essas radiações podem ser divididas em sônicas e 
eletromagnéticas. 
Seguem os principais exemplos deste tipo de radiação: 
• radiação ultravioleta (UV): proveniente da luz solar; 
• radiação infravermelha (IV): proveniente de fornos, solda elétrica e de operações que envolvem 
raios laser e micro-ondas. 
Os principais efeitos colaterais da exposição a este tipo de radiação são alterações visuais (como 
conjuntivites e catarata) e lesões diretamente na pele do trabalhador, como queimaduras. 
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HIGIENE OCUPACIONAL 
Dentre as principais medidas de controle e prevenção das radiações ionizantes e não ionizantes 
estão: 
• uso de dosímetro de bolso para operadores de raios X; 
• realização de exames periódicos; 
• isolamento da radiação com a utilização de biombos protetores para operação de soldas e 
enclausuramento da fonte de radiação, como revestimento de chumbo em pisos e paredes; 
• fornecimento de EPI adequado pela empresa.
2.2.4 Riscos químicos
São aqueles causados por agentes que, em um ambiente, sofrem alteração da sua composição 
química. Esses agentes podem causar lesões por meio do contato direto ou não, bem como pela inalação 
de um determinado produto, ou mesmo pela saturação do produto no ar daquele ambiente. 
Esses agentes se apresentam em diversos estados: gasoso, líquido, sólido ou na forma de 
partículas suspensas (neblina, poeira, fumaça). Quando esses agentes estão em suspensão, são 
denominados aerodispersoides. 
Pelo fato de poderem apresentar formas diversas e poderem causar lesões por contato direto ou não, 
as principais vias de entrada no ser humano são de modo direto, pela pele, e de modo indireto, pelos 
sistemas respiratório e digestório. 
A exposição a esses agentes químicos pode levá-los a penetrar no organismo de maneira acidental 
ou por exposição crônica. O contato pode gerar diversos efeitos no organismo humano, como doenças 
em diferentes sistemas, mutações celulares e até câncer. 
Segundo Mattos e Másculo (apud BARSANO; BARBOSA, 2014), apesar de quase todos os 
trabalhadores estarem sujeitos à exposição química, esse tema ganha mais relevância em alguns 
setores em virtude da presença mais intensa desses componentes, como nas indústrias química, 
petroquímica e petrolífera, na produção de cloro-soda, amianto e baterias, na metalurgia e na 
siderurgia, dentre outros. 
A NR 9, do Ministério do Trabalho e Emprego, define como agentes químicos: 
[...] substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no 
organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, 
neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de 
exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através 
da pele ou por ingestão (BRASIL, 2014a). 
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2.2.5 Riscos biológicos
Seres vivos, em especial microrganismos, quando introduzidos nos processos de trabalho, como 
manipulação de vírus e bactérias, podem ser potencialmente nocivos aos seres humanos, quando não 
manipulados com alguns cuidados. 
Condições ambientais que favoreçam a proliferação de animais transmissores de doenças, em 
especial pela falta de higiene e de saneamento básico, e que podem aumentar a proliferação de animais 
peçonhentos (como cobras e escorpiões) também são de risco. 
Atualmente os riscos biológicos estão presentes em diversas áreas de atuação, do ambiente 
hospitalar às indústrias farmacêuticas e alimentícias, além de centrais de tratamento de dejetos e 
atividades agrícolas. 
Classificação dos agentes biológicos
Os agentes biológicos são aqueles que podem afetar o ser humano, bem como o ambiente, 
alterando a fauna e a flora. Cada agente biológico é distribuído em uma das seguintes classes 
de risco: 
• Classe de risco 1: considerado de baixo risco individual e para a comunidade, “[...] inclui os agentes 
biológicos conhecidos por não causarem doenças ao homem ou aos animais sadios. Exemplo: 
Lactobacillus sp e Bacillus subtillis” (BRASIL, 2011b).
• Classe de risco 2: considerado de risco individual moderado e limitado para a comunidade, 
[...] abrange os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos 
animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no 
meio ambiente é limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas 
e profiláticas eficazes. Exemplos: Schistosoma mansoni e vírus da rubéola 
(BRASIL, 2011b). 
• Classe de risco 3: considerado de alto risco individual e moderado para a comunidade, 
[...] engloba os agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão 
por via respiratória e que causam patologias humanas ou animais 
potencialmente letais, para as quais existem usualmente medidas de 
tratamento e/ou prevenção. Representam risco se disseminados na 
comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa. 
Exemplos: Bacillus anthracis e vírus da imunodeficiência humana (HIV) 
(BRASIL, 2011b). 
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• Classe de risco 4: considerado de alto risco individual e para a comunidade, 
[...] contém os agentes biológicos com grande poder de transmissibilidade 
por via respiratória ou de transmissão desconhecida. Até o momento não 
há nenhuma medida profilática ou terapêutica eficaz contra infecções 
ocasionadas por eles. Causam doenças humanas e animais de alta gravidade, 
com elevada capacidade de disseminação na comunidade e no meio 
ambiente. Essa classe inclui, principalmente, os vírus. Exemplo: Ebola e gripe 
aviária (BRASIL, 2011b). 
Para o manuseio seguro de agentes biológicos, durante as atividades de trabalho, é necessário que 
algumas recomendações sejam seguidas: 
• em todos os locais de trabalho deve haver um manual de segurança e/ou procedimentos, que 
deve ser divulgado para que todos os funcionários adotem as medidas necessárias; 
• a pessoa responsável pelo local onde há a manipulação de agentes biológicos deve assegurar que 
todos os funcionários tenham conhecimento das práticas descritas no manual; 
• os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) devem ser utilizados em toda e qualquer situação 
de exposição (óculos de segurança, máscaras, viseiras e aventais); 
• o uso de lentes de contato deve ser evitado; 
• no local de trabalho, sempre utilizar sapatos adequados para a proteção; 
• manter o ambiente sempre limpo e organizado.
2.2.6 Riscos ergonômicos
Quando introduzidos no processo de trabalho, mas com uso inadequado pelos usuários, os riscos 
ergonômicos podem causar limitações e alterações físicas no trabalhador. 
As característicasdos riscos ergonômicos estão sempre diretamente ligadas à condição de 
trabalho de cada pessoa, em razão do uso individual dos equipamentos, que, na maioria dos casos, 
são adquiridos pelas empresas de maneira generalizada, sem levar em consideração as características 
antropométricas de cada indivíduo. Outra condição importante que pode afetar ergonomicamente o 
indivíduo é a carga de estresse dentro do seu ambiente de trabalho. 
Os riscos ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos nos trabalhadores, como 
esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura inadequada, 
controle rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turnos diurno e noturno, 
jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade, e situações de estresse que podem levar 
a quadros mais graves, como a depressão. 
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Unidade I
A Ergonomia é entendida como uma ciência e está regulamentada pela NR 17 do Ministério 
do Trabalho e Emprego. Tem como objetivo estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das 
condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores em prol do conforto, da 
segurança e do desempenho eficiente. 
Aspectos relacionados a levantamento, transporte e descarga de materiais, mobiliários, equipamentos 
e a quais são as condições ambientais do trabalho, bem como sua organização, também são incluídos 
como aspectos ergonômicos a serem estudados e avaliados. 
É importante ressaltar que esses riscos, além de provocarem danos à saúde por produzirem alterações 
nos estados emocional e físico dos trabalhadores, podem comprometer diretamente a produtividade, 
a saúde e a segurança. Podemos citar como principais exemplos desses danos: LER/Dort (Lesão por 
Esforço Repetitivo/Doenças Osteoarticulares Relacionadas ao Trabalho), cansaço físico e psíquico, dores 
musculares, hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doenças nervosas e do aparelho digestivo, 
taquicardia, tensão, ansiedade, problemas de coluna, agressividade e várias outras doenças que ainda 
desconhecemos. 
 Observação
A LER não é considerada uma doença ou enfermidade, mas sim um 
grupo de condições que afetam o sistema musculoesquelético. Para 
sua prevenção, é essencial que se crie um bom ambiente de trabalho, 
principalmente, respeitando os limites de cada trabalhador. 
Podemos perceber que os riscos ergonômicos estão presentes em nossas vidas e que, para evitar 
que eles comprometam as nossas atividades e a saúde dos trabalhadores, é necessário que o ambiente 
de trabalho tenha aspectos de praticidade e conforto físico e psíquico, modernização de máquinas 
e equipamentos, além de melhoria dos processos de trabalho entre as pessoas, alterando o ritmo de 
trabalho e utilizando ferramentas que aumentem a autoestima do trabalhador. 
Para que os eventos adversos causados por esses riscos possam ser minimizados, algumas práticas 
devem ser adotadas: 
• reconhecimento e valorização do capital humano; 
• prática de ouvidoria para os funcionários, de maneira simplificada e que, na maioria das vezes, 
pode trazer soluções práticas e efetivas; 
• eliminação de movimentos ou de posturas críticas com treinamentos sobre relacionamento 
interpessoal e de melhoria de processos de trabalho; 
• adequações e melhorias ambientais; 
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• criação de projetos ergonômicos, de maneira que melhore o bem-estar dos trabalhadores; 
• ter como prática o revezamento de funcionários e o rodízio de tarefas, evitando o excesso de 
atividades repetitivas; 
• implantar programas de prevenção de lesões e de preparo para o trabalho, como a 
ginástica laboral; 
• supervisionar e orientar os trabalhadores sobre a necessidade de postura correta, utilização de EPI 
e manuseio adequado de máquinas e instrumentos; 
• pausas durante o período de trabalho para que haja a recuperação do trabalhador das atividades 
repetitivas e desconfortantes; 
• aperfeiçoar as condições para que o trabalhador melhore sua hidratação durante o expediente; 
• proporcionar momentos de interação à equipe.
2.2.7 Riscos sociais
Os riscos sociais estão diretamente ligados à cultura empresarial e à política adotada pela empresa 
para gestão, especialmente, dos recursos humanos.
Dentre as condições diretas para aumentar o risco social estão: a carga horária de trabalho; o 
dimensionamento inadequado de pessoal para um determinado local de trabalho; e horários de 
trabalho incompatíveis com outros relacionamentos pessoais e sociais, como turnos noturnos, plantões 
em feriados e finais de semana. Esse tipo de risco interferirá especialmente nas condições psicológicas 
das pessoas. 
 Lembrete
As doenças ocupacionais são menos visíveis que as demais, 
fazendo sua subnotificação ser muito grande, ou seja, o que temos de 
conhecimento hoje a respeito de doenças ocupacionais pode ser apenas 
a ponta de um iceberg. 
 Resumo
Abordamos que a segurança do trabalho sempre acompanhou a vida do 
homem, mesmo nos momentos mais difíceis. Conhecemos, inclusive, um 
pouco sobre alguns pensadores marcantes da história. 
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Unidade I
Vimos um breve relato histórico da OIT e quais as suas convenções 
ratificadas pelo Brasil, explicando sua importância social para uma vida 
mais justa. 
Aprendemos as principais normas que regulamentam a segurança do 
trabalho; e alguns tópicos da Constituição Federal de 1988 que buscam 
proteger, na prática, a integridade física e psíquica dos trabalhadores. 
De forma resumida, foi abordada a legislação aplicada à área de 
higiene e segurança do trabalho, bem como as Normas Regulamentadoras 
emanadas do Ministério do Trabalho e Emprego, que foram criadas pela 
Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, com a finalidade de regulamentar 
o Capítulo V, Título II da CLT, relativo à segurança e à medicina do trabalho. 
Vimos que, atualmente, nossa legislação conta com 36 Normas 
Regulamentadoras em vigor, as quais, de uma maneira ou de outra, 
regulamentam, criam procedimentos de trabalho, penalizam infrações 
e ensinam procedimentos seguros, sempre em busca de um ambiente 
de trabalho mais sadio e longe dos perigos, de forma que proteja a vida 
do trabalhador. 
Definimos também que a Higiene Ocupacional pode ser definida como 
uma técnica ou ciência não médica que se dedica à identificação e à 
quantificação dos contaminantes do ambiente de trabalho, assim como 
à avaliação da exposição dos trabalhadores a esses contaminantes. Deve 
também estabelecer medidas preventivas de maneira que diminua o risco 
do trabalhador em relação ao agente ambiental e/ou material. 
Conceituamos as formas de avaliações qualitativas e quantitativas 
dos riscos. Vimos que os riscos físicos se dividem em vibrações, ruídos, 
radiações, temperaturas, pressões anormais e umidades; os riscos químicos 
são poeiras, fumos, névoas, vapores, gases; os riscos biológicos são 
bactérias, fungos, parasitas, protozoários e insetos; e os riscos ergonômicos 
são postura inadequada, monotonia e repetitividade, ritmos excessivos de 
trabalho e estresse. Por fim, vimos também sobre os riscos sociais, que estão 
diretamente ligados à cultura e à política empresariais.
 Exercícios
Questão 1. (CESGRANRIO 2012) A higiene ocupacional cuida do ambiente de trabalho para prevenir 
doenças ou lesões nos trabalhadores causadas pelo exercício de atividades em ambientes expostos a 
ruídos, substânciasquímicas e bactérias, entre outros. Entre as normas da Higiene Ocupacional está a 
que estabelece que o(s):
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A) Trabalhador, exposto a ruído contínuo e intermitente superior a 100 dB(A), sem proteção auditiva, 
não corre risco de perda de audição.
B) Empregador deverá manter o registro de dados do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
por um período mínimo de 30 anos.
C) Profissionais habilitados a trabalhar nessa área são apenas os graduados em medicina.
D) Trabalhadores são obrigados a permanecer no canteiro de obras por, no mínimo, duas horas após 
a descompressão, cumprindo um período de observação médica.
E) Trabalhadores expostos às radiações da luz negra (ultravioleta na faixa de 400–320 nanômetros) 
estão exercendo atividades consideradas insalubres.
Resposta correta: alternativa D.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta. 
Justificativa: sem a proteção necessária, não é permitido que a exposição a ruídos ultrapasse o valor 
de 115 dB(A) podendo haver o risco de perda da audição.
B) Alternativa incorreta. 
Justificativa: os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20 (vinte) anos.
C) Alternativa incorreta. 
Justificativa: podem atuar técnicos ou especialistas em higiene ocupacional, assim como engenheiros 
de segurança. 
D) Alternativa correta. 
Justificativa: a NR 15, Anexo 6 (trabalho sob condições hiperbáricas) diz, no item 1.3.5, que após 
a descompressão, os trabalhadores serão obrigados a permanecer, no mínimo, por 2 (duas) horas, no 
canteiro de obra, cumprindo um período de observação médica.
E) Alternativa incorreta. 
Justificativa: as atividades ou operações que exponham os trabalhadores às radiações da luz negra 
(ultravioleta na faixa - 400- 320 nanômetros) não serão consideradas insalubres.
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Unidade I
Questão 2. (FCC 2014) A higiene ocupacional também objetiva a promoção de ambientes de 
trabalho salubres, a proteção e a promoção da saúde do trabalhador e a proteção do meio ambiente. A 
classificação dos fatores de riscos inclui:
A) Os riscos físicos, que se apresentam em forma de energia, como gases e vapores.
B) Os riscos físicos, como névoas, e riscos químicos, como fumos e neblina.
C) A radiação ionizante e as temperaturas extremas como risco químico e físico, respectivamente.
D) O pólen e pelos de gato como substâncias derivadas das formas vivas, sendo um risco biológico.
E) Os riscos biológicos, que além das formas vivas, abrangem os aerodispersoides.
Resolução desta questão na plataforma.
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Unidade II
3 AMBIÊNCIA E AMBIENTE DE TRABALHO
Segundo Grisi (apud MULATINHO, 2001, p. 23), a expressão ambiência, ou meio ambiente, é 
considerada, por alguns autores, como “dúbia e pleonástica e, como tal, inclui dimensões muito 
amplas, com conotações econômicas, socioculturais e de segurança, inerentes ao ambiente 
humano”. 
O impacto dos problemas ambientais sobre a humanidade e sobre os recursos naturais nos mostra que 
a mudança ambiental global pode ameaçar a própria existência da humanidade e, consequentemente, 
gerar danos graves e irreversíveis para o ecossistema mundial. 
Segundo Mulatinho (2001), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) 
apresentou algumas das principais questões globais que ocorrem e que podem interferir no ambiente 
de uma empresa: o aquecimento da temperatura da Terra; a utilização desordenada dos recursos 
naturais; a destruição da camada de ozônio; a perda da diversidade biológica da Terra; a contaminação 
ou a exploração excessiva dos recursos dos oceanos; a gravidade do aumento das doenças ambientais 
produzidas pelo desequilíbrio da estabilidade planetária; a superpopulação mundial; a ocupação 
inadequada dos solos agricultáveis; a escassez, o mau uso e a poluição das águas; e a busca de novos 
paradigmas de produção e consumo. 
Considerando que o Brasil abriga 60% da Floresta Amazônica, encontramos uma grande reserva 
da biodiversidade do planeta por meio de um mosaico de classes de solo, relevo diversificado, clima 
variando de úmido a semiárido, além de grandes ecossistemas distintos e um sem-número de formas 
de uso e ocupação do espaço. Tudo isso, vinculado à heterogeneidade cultural do seu povo, faz o Brasil 
apresentar características próprias. 
Outras questões ainda devem preocupar no que diz respeito ao nosso ambiente:
[...] saneamento básico inadequado ou inexistente; crescimento da 
população; pobreza; urbanização descontrolada; consumo e desperdício 
de energia; perda de solo agricultável e desertificação; práticas agrícolas 
inadequadas; substâncias tóxicas e perigosas; ineficiente gestão dos recursos 
hídricos; mineração e garimpos predatórios; processos industriais poluentes; 
poluição do ar em áreas metropolitanas; destruição da Mata Atlântica; 
devastação do cerrado e da caatinga; queimadas na Amazônia; ocupação e 
destruição de mangues e outros ecossistemas importantes (SEBRAE, 1998, 
p. 39-40 apud MULATINHO, 2001, p. 24). 
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Unidade II
Segundo Mulatinho (2001), é importante entender que há um vínculo profundo entre o trabalho e o 
meio ambiente. Assim, adotar uma visão a partir do local de trabalho é uma maneira fácil e inteligente 
de observar o meio ambiente. 
Através do trabalho, o homem se apropria da natureza, transformando-a 
segundo seus interesses e necessidades e identifica nos processos produtivos 
as situações de risco e de alteração ambiental que afetam coletivos de 
trabalhadores e coletividades vizinhas. A exigência de um meio saudável 
transcendeu as fronteiras nacionais e constitui hoje requisito de peso ao 
comércio internacional (MULATINHO, 2001, p. 25). 
Por diferentes caminhos, busca-se a melhor qualidade de vida. A história do Homem, nos primórdios, 
é marcada pela perfeita inter-relação com a natureza, da qual suas ações faziam parte diretamente. 
Pode-se afirmar que essa interação não degradava o meio ambiente, mas dele tirava alimentos (os seres 
humanos caçavam, pescavam e colhiam frutos). Nesse processo, o Homem praticava o nomadismo. A 
partir daí, deu um grande salto com a construção das cidades e saiu do seu ambiente natural para um 
ambiente construído. 
Segundo Heimstra (1978, p. 3 apud MULATINHO, 2001), o ambiente físico compreende tudo o que 
nos rodeia. O autor ainda divide o ambiente físico em dois tipos: o construído, ou modificado pelo 
homem, e o natural. Existe um grande interesse no relacionamento existente entre o comportamento do 
homem e as características do ambiente físico, tais como: os espaços das construções nos quais ocorre o 
comportamento, o projeto de instituições e a maneira pela qual as características de um projeto podem 
afetar o comportamento e os efeitos da vida urbana. 
A diferença entre o ambiente construído, ou modificado pelo homem, e seu ambiente natural é de 
primordial importância, uma vez que existe muito pouco do ambiente natural que, até certo ponto, não 
tenha sido modificado pelo homem. 
Para o entendimento e a vigilância da incidência e da prevalência de uma determinada doença ou 
de um agravo, é essencial o conhecimento do padrão estabelecido em cada área geográfica previamente 
delimitada. Essa área geográfica podeser já estabelecida como um território administrativo (no caso 
de bairros, cidades e estados), ou pode ser identificada em um território de características próprias 
(áreas industrializadas, rurais ou de desmatamento, por exemplo). Mapear adequadamente esse padrão 
geográfico permite localizar a ocorrência de uma doença, bem como seu prognóstico, além de possibilitar 
a identificação das áreas de maior risco ou de necessidade de intervenção (CARNEIRO, 2003; RIBEIRO, 
2000 apud JAKOBI, 2008). 
Reis (2008 apud JAKOBI, 2008, p. 16) define Saúde do Trabalhador da seguinte maneira: 
[...] é uma subárea da Saúde Pública que tem como objeto de estudo as 
relações entre o trabalho e a saúde. No Brasil, o Sistema Único de Saúde 
(SUS) tem como objetivos, para essa subárea, a promoção e a proteção da 
saúde do trabalhador. Procura atingi-los por meio do desenvolvimento de 
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ações de vigilância dos riscos presentes nos ambientes, condições de trabalho 
e dos agravos à saúde, além da organização e prestação da assistência, o 
que compreende procedimentos de diagnóstico, tratamento e reabilitação 
de forma integrada. 
Como dito anteriormente, agravos e doenças relacionados à saúde do trabalhador são considerados 
como um dos maiores desafios da saúde pública, em especial, pela complexidade da diversidade de 
atividades laborais, associada às características regionais geográficas e culturais. 
Em todas as atividades laborais já são conhecidos os mais diversos riscos aos quais os trabalhadores 
são expostos, que levam ao agravo, à doença ou à morte e que poderiam ser evitados por medidas de 
prevenção e proteção. 
Segundo Porto e Mattos (2003 apud JAKOBI, 2008), a produção de acidentes e das doenças, a 
destruição ambiental, assim como o esforço e a estratégia de combater esses problemas, expressa 
o valor político e econômico da vida das pessoas e do meio ambiente em sua totalidade num dado 
contexto social. 
No Brasil, a prevenção de agravos e doenças nunca foi uma política efetiva, visto que nossa 
legislação trabalhista teve início apenas na década de 1940. A formulação da CLT, associada ao avanço 
econômico do País, levou a um aumento das atividades ligadas à indústria e, consequentemente, a 
um aumento considerável de acidentes e doenças ocupacionais. Em meados da década de 1970, o 
Brasil chegou a ter 10% dos seus trabalhadores acidentados. Houve, então, a necessidade de criação 
de normas obrigatórias para que as empresas enfrentassem essa situação, com a incorporação de 
profissionais especializados na área de segurança e medicina do trabalho, como médicos, engenheiros 
e técnicos, formando uma nova área dentro da empresa com a denominação de SESMT. 
Foi nessa situação de persistência de elevados índices de acidentes e de doenças relacionadas ao 
trabalho, com grandes perdas humanas e econômicas, que se desenhou a política denominada Saúde 
do Trabalhador. A Lei nº 8.080/90, Lei Orgânica da Saúde, criou o Sistema Único de Saúde (SUS) e 
estabeleceu suas competências e atribuições, dentre elas a de executar as ações de vigilância em Saúde 
do Trabalhador (BRASIL, 1990). 
Com as ações sobre a saúde do trabalhador especificadas na legislação do SUS, há a busca de uma 
concretização de práticas mais humanizadas na gestão das políticas e estratégias formuladas para a 
busca da redução de riscos, em especial, dos relacionados ao ambiente de trabalho.
3.1 Atividade industrial e agentes peculiares às atividades
Caracterizado pelo espaço físico ou abstrato, o local usado para interação do trabalhador e que 
pode influenciar positiva ou negativamente por alterar seu estado físico, mental e social pode ser 
denominado ambiente de trabalho. Wada (1990) define ambiente de trabalho como um conjunto de 
fatores interdependentes: 
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Unidade II
Quando um desses fatores, ou um conjunto deles, foge ao controle, seja 
pelos níveis permitidos ou pelos processos que se desencadeiam, o ambiente 
de trabalho torna-se suscetível a desenvolver as patologias do trabalho, que 
podem ser citadas como acidentes de trabalho, doenças profissionais ou 
doenças do trabalho (WADA, 1990, p. 36). 
É no local de trabalho que a maioria das pessoas passa a maior parte do seu tempo, podendo chegar 
a quase dois terços do dia, quando somamos o tempo que gastamos para chegar ao trabalho e voltar 
para casa. Dessa forma, o ambiente de trabalho deve ser valorizado e ter atenção especial de todos os 
gestores e trabalhadores, e também de profissionais especializados em segurança e saúde do trabalhador. 
Os fatores que influenciam esse ambiente são os meteorológicos, os topográficos e os emocionais. 
3.1.1 Fatores meteorológicos e topográficos
A atmosfera atua em todos os ambientes como meio de propagação da poluição do ar, mas também 
como agente de difusão dos poluentes. Dessa forma, a atmosfera é alterada por fatores meteorológicos, 
em especial pelos ventos, pela temperatura e pela umidade do ar. Essas alterações influenciam tanto o 
ambiente externo quanto o interno, quando associadas a outros fatores, por exemplo, a presença ou não 
de aparelhos que possam melhorar ou piorar essa atmosfera, como ventiladores e umidificadores de ar. 
Esses fatores podem, não raro, desencadear doenças que poderiam estar latentes no trabalhador. É 
o caso, por exemplo, de algumas doenças respiratórias, como a rinite alérgica, que tem seu surgimento 
acentuado por influências meteorológicas, presença de poeira ou de um ar muito seco no ambiente de 
trabalho, podendo torná-lo mais insalubre. 
Segundo Barsano e Barbosa (2014, p. 64), os poluentes atuam diretamente na qualidade do ambiente 
e podem ser classificados conforme segue. 
• Primários: são aqueles emitidos diretamente de fontes identificáveis e que estão na atmosfera 
na forma em que são emitidos. Exemplos: poeiras em geral, compostos de enxofre, monóxido de 
carbono, compostos orgânicos, compostos de hidrogênio e compostos radioativos. 
• Secundários: são produzidos no ar pela reação entre dois ou mais poluentes. Exemplos: dióxido de 
enxofre, proveniente das atividades industriais (combustão de óleos, operações de fusão, usinas 
de natureza tipicamente química) e neblina de ácido sulfúrico. 
• Fontes naturais de poluentes: vegetação, polens, solo, gotículas do mar e poeira. 
A atmosfera é influenciada na sua composição diretamente pela presença da poluição, que pode ter 
suas origens nas seguintes atividades: 
• industrial: pelos poluentes emitidos em suas ações; 
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• metalúrgica: por meio da liberação, principalmente, de monóxido de carbono, fumos, dióxido 
metálico, gás sulfuroso, fumos de chumbo e cinzas; 
• manufatura e acabamentos de metais: fumos metálicos, poeiras da fundição e vapores solventes; 
• mineração: gases explosivos, poeiras em geral, monóxido de carbono; 
• produtos alimentícios: substâncias cloríferas; 
• indústrias mecânicas: poeiras e névoas do departamento de acabamento, fumaças e fumos no 
tratamento térmico; 
• indústrias de papel e papelão: sulfeto de hidrogênio; 
• indústria de madeiras: poeira, solventes, fumaça das queimas de resíduos da madeira; 
• química e farmacêutica: todas as formas de poluição do ar.
De acordo com a Norma Regulamentadora nº 17, do Ministério do Trabalho e Emprego, que trata 
especificamente da Ergonomia, as condições de trabalho devem estar adequadas às característicaspsicológicas e fisiológicas e ligadas à natureza do trabalho a ser executado. 
Dessa forma, nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam esforço intelectual e 
atenção de maneira constante, como salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento 
ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto: 
• níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no 
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro); 
• índice de temperatura efetiva entre 20 ºC e 23 ºC; 
• velocidade do ar não superior a 0,75 m/s; 
• umidade relativa do ar não inferior a 40%.
3.1.2 Espaço confinado
Algumas atividades profissionais são exercidas em ambientes confinados e, pelas suas características 
e pelos fatores mencionados das condições meteorológicas, podem chegar a patamares extremamente 
desfavoráveis aos trabalhadores. Portanto, medidas de prevenção devem ser adotadas para oferecer 
condições de segurança, higiene e conforto no ambiente laboral. 
De acordo com a NR 33, que tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para a identificação 
de espaços confinados e o reconhecimento, a avaliação, o monitoramento e o controle dos riscos 
existentes, esse ambiente de trabalho é definido da seguinte forma: 
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Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado 
para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de 
entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover 
contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de 
oxigênio (BRASIL, 2012b). 
Nesses ambientes, os riscos de acidentes por explosão, incêndio ou asfixia são as maiores 
preocupações. As condições de ventilação, concentração de oxigênio e de substâncias tóxicas e 
perigosas devem ser avaliadas antes do início das atividades e monitoradas continuamente para a 
garantia da segurança dos trabalhadores.
Também é importante lembrar que, nesses ambientes, a ausência de luz solar direta pode afetar o 
trabalhador psicologicamente e fisiologicamente, por este perder a noção do tempo de trabalho naquela 
mesma atividade.
3.2 Ambientes insalubres
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seu artigo 189, traz a definição de insalubridade: 
[...] Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por 
sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados 
a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão 
da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus 
efeitos (BRASIL, 1943). 
O Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, criou a NR 
15, que trata das atividades e das operações insalubres. Esta norma diz que o exercício de trabalho em 
condições de insalubridade assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário 
mínimo da região, equivalente a: 
• 40% para insalubridade de grau máximo; 
• 20% para insalubridade de grau médio; 
• 10% para insalubridade de grau mínimo.
A NR 15 apresenta, em seus anexos, os limites de tolerância para cada atividade considerada insalubre: 
• Anexo 1 – Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente. 
• Anexo 2 – Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto. 
• Anexo 3 – Limites de Tolerância para Exposição ao Calor. 
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• Anexo 5 – Limites de Tolerância para Radiações Ionizantes. 
• Anexo 11 – Agentes Químicos cuja Insalubridade é Caracterizada por Limite de Tolerância e 
Inspeção no Local de Trabalho. 
• Anexo 12 – Limites de Tolerância para Poeiras Minerais. 
Além dos anexos que descrevem os limites de tolerância, a NR ainda determina atividades que, por 
si só, já são insalubres: 
• Anexo 6 – Trabalho sob Condições Hiperbáricas. 
• Anexo 13 – Agentes Químicos. 
• Anexo 14 – Agentes Biológicos. 
Outras atividades, para serem consideradas insalubres, precisam ser avaliadas e necessitam de laudos 
de inspeção no local de trabalho: 
• Anexo 7 – Radiações Não Ionizantes. 
• Anexo 8 – Vibrações. 
• Anexo 9 – Frio. 
• Anexo 10 – Umidade. 
Caso haja incidência de mais de um fator de insalubridade, será considerado o grau mais elevado 
para efeito de acréscimo salarial, não sendo permitida a percepção acumulativa. 
A NR 15 define em seus Anexos 11, 12 e 13: 
Anexo 11 – [...] o método e os parâmetros para se calcular o grau de 
insalubridade em função da exposição a agentes químicos para os quais há 
limite de tolerância para absorção por via respiratória ou cutânea. 
Anexo 12 – [...] os procedimentos de medição e limites de tolerância para a 
exposição dos trabalhadores a poeiras minerais (asbesto, manganês e seus 
compostos, e sílica livre cristalizada). 
Anexo 13 – [...] apresenta os diferentes graus de insalubridade relativos a 
atividades e operações envolvendo agentes químicos, tais como arsênico, 
chumbo, cromo e benzeno (BRASIL, 1978). 
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3.2.1 Atividades periculosas
O artigo 193 da CLT define periculosidade da seguinte maneira: 
[...] São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da 
regulamentação pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por 
sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em 
virtude de exposição permanente do trabalhador a: 
I – inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; 
II – roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais 
de segurança pessoal ou patrimonial (BRASIL, 1943). 
Já a NR 16 acrescentou ao rol das atividades periculosas as atividades e operações perigosas com 
radiações ionizantes ou substâncias radioativas. 
O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% sobre 
o salário-base, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros 
das empresas. 
De acordo com o artigo 194 da CLT, o empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade ou de 
periculosidade que porventura lhe seja devido, cujo direito cessará tão logo haja a eliminação do risco à 
sua saúde ou à sua integridade física (BRASIL, 1943). 
 Observação
A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, 
segundo as normas do Ministério do Trabalho, serão feitas por meio de 
perícia, que fica a cargo de médico ou engenheiro do trabalho registrado 
no Ministério do Trabalho. 
3.2.2 Atividades penosas
O conceito de atividade penosa e sua aplicação prática no cotidiano ainda hoje confundem os 
estudiosos da área de segurança e saúde do trabalho. A falta de regulamentação específica dessa 
atividade é a principal razão da polêmica gerada em torno desse importante adicional, que faz falta no 
salário de muitos trabalhadores. 
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 7º, inciso XXIII, inclui como direitos inerentes aos 
trabalhadores urbanos e rurais o “adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres 
ou perigosas, na forma da lei” (BRASIL, 1988). Porém, atualmente, estão regulamentados apenas os 
adicionais relativos à insalubridade e à periculosidade, conforme visto anteriormente. 
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O vocábulo penosoé descrito como aquele “que é causa de dor, sofrimento ou incômodo; [...]. Que 
requer grande esforço ou grande sacrifício” (AULETE, 2015). 
Desta forma, podemos definir como atividades penosas as que, a princípio, não sejam consideradas 
insalubres ou periculosas, bem como as atividades sujas e degradantes, que causam dor e sofrimento ao 
trabalhador, assim como o trabalho azedo, fedido, ácido, áspero, rude e cruel, ou quando o profissional 
exercer o trabalho de forma árdua, amarga, difícil e trabalhosa, causando-lhe incômodos. 
Cretella Junior (apud OLIVEIRA, 2002, p. 186) nos apresenta a seguinte definição:
Penoso é o trabalho acerbo, árduo, amargo, difícil, molesto, trabalhoso, 
incômodo, laborioso, doloroso, rude. [...] Penosas são, entre outras, as 
atividades de ajuste e reajuste de aparelhos de alta precisão (microscópios, 
rádios, relógios, televisores, computadores, vídeos, fornos de micro-ondas, 
refrigeradores), pinturas artesanais de tecidos e vasos, em indústria, 
bordados microscópicos, restauração de quadros, de esculturas danificadas 
pelo tempo, por pessoas ou pelo meio ambiente, lapidação, tipografia fina, 
gravações, revisão de jornais, revistas, tecidos, impressos. Todo esse tipo de 
atividade não é perigoso, nem insalubre, mas sim penoso; exigindo atenção 
constante e vigilância acima do comum. 
Portanto, podemos citar como exemplos de atividades penosas:
• os trabalhos de corte realizados pelos boias-frias nos canaviais; 
• os trabalhos exercidos na extração do minério de carvão, bem como nas carvoarias; 
• o trabalho a céu aberto, sob sol escaldante ou outras fortes intempéries naturais; 
• o trabalho exercido na limpeza subterrânea das tubulações de esgoto público. 
3.3 Acidente do trabalho
3.3.1 Conceito de acidente do trabalho
Acidente do trabalho é conceituado como o evento indesejado e inesperado, que tem como 
característica principal provocar lesão corporal ou perturbação funcional que causa morte, perda ou 
redução permanente ou temporária da capacidade do trabalhador. Quando esse evento não gera dano, 
estamos diante de um incidente ou quase incidente. 
Acidente é toda ocorrência não desejada que modifica o andamento normal de qualquer tipo de 
atividade ou põe fim a este. O conceito pode ser aplicado a diferentes situações, como um equipamento 
danificado (perdas materiais) ou quando alguém sofre algum tipo de lesão que provoque danos ao 
indivíduo que foi vitimado. 
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A segurança do trabalho aborda o tema Acidente do Trabalho em dois enfoques: 
• conceito legal; 
• conceito prevencionista. 
De acordo com o artigo 2º da Lei nº 6.367, de 19 de outubro de 1976, acidente de trabalho é definido 
como “aquele que ocorrer pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal 
ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução, permanente ou temporária, da 
capacidade para o trabalho” (BRASIL, 1976). 
A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência 
Social, define: 
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a 
serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos 
no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação 
funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou 
temporária, da capacidade para o trabalho (BRASIL, 1991). 
Também são consideradas como acidente do trabalho: 
• doença profissional: originada ou provocada pelo exercício do trabalho característico de 
determinada atividade; 
• doença do trabalho: contraída ou desencadeada em razão de condições especiais em que o 
trabalho é realizado e que apresente relação direta com ele.
Dessa forma, podemos afirmar que qualquer situação que cause algum dano, mesmo que este não 
seja material ou físico, deve ser investigada como acidente. Segundo a NR 3 (BRASIL, 2000), “considera-se 
grave e iminente risco toda condição ou situação de trabalho que possa causar acidente ou doença 
relacionada ao trabalho com lesão grave à integridade física do trabalhador”.
A Lei nº 8.213/91, em seu artigo 21, também versa sobre o acidente de trabalho: 
[...]
I – o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, 
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou 
perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija 
atenção médica para a sua recuperação; 
II – o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em 
consequência de: 
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a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou 
companheiro de trabalho; 
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa 
relacionada ao trabalho; 
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de 
companheiro de trabalho; 
d) ato de pessoa privada do uso da razão; 
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou 
decorrentes de força maior; 
III – a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no 
exercício de sua atividade; 
IV – o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de 
trabalho: 
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da 
empresa; 
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe 
evitar prejuízo ou proporcionar proveito; 
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando 
financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da 
mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, 
inclusive veículo de propriedade do segurado; 
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para 
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de 
propriedade do segurado (BRASIL, 1991). 
 Observação
Quando o funcionário se acidenta utilizando veículo particular, mas 
está recebendo vale-transporte da empresa para uso de transporte coletivo 
(ônibus, metrô etc.), também é um acidente do trabalho. O que caracteriza o 
acidente de trajeto não é o meio de locomoção utilizado, mas a causalidade 
do evento. No entanto, nada impede que o funcionário sofra alguma 
penalidade por parte da empresa por cometer uma falta grave. 
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Considera-se acidente do trabalho, também, a situação em que o empregado, durante os períodos 
destinados à refeição ou ao descanso, ou, por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas 
realizadas no local de trabalho ou durante este, venha a se acidentar. 
Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de 
acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências do acidente anterior. Por 
exemplo: um trabalhador que sofreu um acidente anos atrás jogando bola, tendo rompido o tendão da 
perna, ao subir as escadas da empresa, acaba rompendo esse mesmo tendão. 
De acordo com o conceito prevencionista, o acidente de trabalho é abordado não somente como uma 
causa de dano real ao trabalhador ou ao patrimônio. É, principalmente, uma previsão, uma antecipação 
de algum evento que, sob o olhar prevencionista dos profissionais envolvidos com a segurança do 
trabalho na empresa (SESMT e Cipa), possa desencadear, por meio de diversos incidentes (quase 
acidentes), uma lesão pequena ou grave, ou até mesmo um acidente fatal (morte do trabalhador). 
A partir de um pisoescorregadio, por exemplo, é possível prever diversos acidentes: um trabalhador 
escorrega e não sofre nenhuma escoriação, nenhum dano (houve um incidente); outro funcionário, por 
sua vez, pode escorregar no mesmo piso e sofrer graves lesões. 
De acordo com Vianna (apud MULATINHO, 2001), consideramos como circunstâncias dos acidentes de 
trabalho lesões ocorridas no local de trabalho e no trajeto de ida e volta do trabalho; bem como acidentes 
que tenham ocorrido fora dos limites da empresa e fora do local de trabalho, mas em razão dele.
Os tipos de acidentes de trabalho podem ser classificados como: 
1) Acidentes sem afastamento, quando o empregado é acidentado e 
continua a trabalhar normalmente após ter ocorrido o acidente; 
2) Acidentes com afastamento, quando o empregado acidentado deixa 
de trabalhar durante algum tempo, devido às consequências do 
acidente, que podem resultar em: 
a) Incapacidade temporária, que significa a perda total da capacidade 
de trabalho durante o dia do acidente, podendo se prolongar por 
mais dias. Porém, ao retornar ao trabalho, o empregado assume o 
cargo que ocupava sem redução de sua capacidade de trabalhar; 
b) Incapacidade permanente parcial, que é a redução permanente e 
parcial da capacidade de trabalhar motivada por redução da função 
ou perda de qualquer membro ou parte dele devido ao acidente; 
c) Incapacidade total permanente, que é a perda total, em caráter 
permanente, da capacidade de trabalho; 
d) Morte (VIANNA, 1976, p. 53 apud MULATINHO, 2001, p. 32). 
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HIGIENE OCUPACIONAL 
Consideramos como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início 
da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, o dia da segregação compulsória ou 
o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo o que ocorrer primeiro. 
3.3.2 Causas dos acidentes e doenças do trabalho
As causas de um acidente de trabalho são, na maioria das vezes, complexas. Porém, há três fatores 
que, direta ou indiretamente, atuam no desencadeamento de qualquer acidente: atos inseguros, 
condições inseguras e fator pessoal de insegurança. 
Estudar as causas que podem levar ao acontecimento do acidente ou da doença do trabalho é 
constituir uma maneira de conhecer de forma metodológica como e por que surgem os acidentes de 
trabalho. Isso facilita o estudo das medidas preventivas, reduzindo a ocorrência de novos acidentes. 
Como principais fatores de contribuição para a ocorrência do acidente de trabalho, podemos citar: 
• condição ambiente de insegurança: a condição ambiental existente na empresa e que predispõe 
ao acidente; 
• ato inseguro: qualquer comportamento inadequado que predisponha ao acidente.
Os atos inseguros são atos voluntários ou involuntários do trabalhador que, por negligência, 
imprudência ou imperícia deste, acabam desencadeando determinado acidente. Por exemplo: 
• o empregado recusar-se a usar o EPI para trabalhar em um lugar em que haja risco de queda de 
objetos, como na construção civil; 
• correr dentro da empresa; 
• deixar de observar as normas de segurança da empresa.
 Observação
Negligência é quando deixamos de fazer algo por desleixo, ou seja, é 
um ato voluntário de não querer fazer algo mesmo sabendo que aquilo é 
de extrema importância. Decorre da omissão.
Imprudência é quando fazemos algo sem a cautela necessária, mesmo 
sabendo que a falta desta implicará uma consequência negativa.
Imperícia é quando praticamos um ato para o qual não somos treinados 
e/ou capacitados. 
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Unidade II
 Lembrete
Conforme prescreve o artigo 158, inciso II da CLT, a recusa, sem 
justificativa, do empregado a usar EPIs fornecidos pela empresa é 
considerada como ato faltoso, podendo ser aplicada até a penalidade 
máxima de justa causa, nos casos de reincidência. 
As condições inseguras são os fatores ambientais de risco aos quais o trabalhador está exposto, mas 
cuja ocorrência não depende de sua influência, como: 
• local de trabalho muito próximo a máquinas e equipamentos; 
• iluminação inadequada; 
• fornecimento de ferramentas e maquinários defeituosos para o trabalhador.
Também se deve levar em consideração quando o trabalhador executa suas tarefas laborais com 
má vontade, más condições físicas ou com pouca ou nenhuma experiência, por exemplo: trabalhador 
embriagado ou doente, com alguma deficiência física ou com uma doença psíquica. 
3.3.3 Repercussão social dos acidentes
A repercussão social dos acidentes é de extensão gravíssima. Vianna (1976, p. 12-3 apud MULATINHO, 
2001) destaca as seguintes, dentre outras: 
• limitação das atividades sociais do acidentado, que, em razão da gravidade do acidente, pode até 
se marginalizar da sociedade; 
• reflexos familiares, caracterizados pelos cuidados especiais que terão de ser dispensados ao 
trabalhador, ocasionando, inclusive, o afastamento de outras pessoas do trabalho; 
• necessário aumento de despesas médicas e consequente redução da renda familiar; 
• alteração de projetos, que, diante da natureza do acidente, podem até ser cancelados; 
• diminuição da força de trabalho e aumento do preço dos produtos: mesmo quando é considerado 
um fato isolado, os reflexos do acidente podem ser trágicos, influindo, inclusive, no preço final 
do produto, que fica onerado pela diminuição da produção em escala e pelos encargos adicionais 
relativos ao amparo do acidentado e à substituição do trabalhador; 
• maior número de dependentes da coletividade: consequência lógica dos acidentes ocorridos.
A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência 
Social, regulamenta de forma simples e objetiva os principais direitos dos profissionais, bem como a 
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obrigação das empresas e do Poder Público de disponibilizar vagas de emprego com condições dignas 
de trabalho, locomoção e qualidade de vida. 
A habilitação e a reabilitação profissional e social deverão proporcionar, ao beneficiário incapacitado, 
preparação parcial ou total para o trabalho, e, às pessoas portadoras de deficiência, os meios para a 
reeducação e a readaptação profissional e social indicados para a participação no mercado de trabalho 
e no contexto em que vivem. 
A reabilitação profissional compreende o fornecimento de aparelho de prótese, órtese e instrumentos 
de auxílio para locomoção, quando a perda ou a redução da capacidade funcional puder ser atenuada 
por seu uso, bem como o fornecimento dos equipamentos necessários à habilitação e à reabilitação 
social e profissional. 
A reparação ou a substituição dos aparelhos desgastados pelo uso normal ou por ocorrência estranha 
à vontade do beneficiário também fazem parte dos benefícios do acidentado, bem como o transporte 
ao trabalho, quando necessário. 
3.3.4 Repercussão econômica dos acidentes
O tempo de trabalho perdido, decorrente do afastamento do acidentado, é a primeira consequência 
econômica do acidente de trabalho. No entanto, não é a única. Veja no texto a seguir uma interessante 
visão a respeito do impacto econômico dos acidentes de trabalho. 
Podemos destacar [dentre as consequências econômicas] ainda: 
• Queda de produção pela interrupção do trabalho. Até que o trabalhador retorne ou 
seja substituído, há um lapso de tempo em que suas tarefas deixam de ser executadas, 
influindo [na] redução da produção.
• Diminuição da produtividade causada pelos impactosemocionais: o acidente, por si 
só, é um fato chocante. As pessoas presentes ou envolvidas sentem-se traumatizadas 
com o evento, fator que repercute negativamente na produtividade.
• Custos de máquinas ou equipamentos danificados e matéria-prima ou materiais 
perdidos: a empresa, às vezes, vê-se obrigada a paralisar seus trabalhos por se tratar 
de equipamento vital.
• Gastos com primeiros socorros e transporte de acidentados.
• Atraso na entrega de produtos e imagem negativa da empresa, como consequência 
da paralisação de seus serviços. 
• Desvio de grandes somas para atender às consequências, em prejuízo de aplicações 
mais necessárias. 
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Unidade II
[...] Os acidentes com trabalhadores causam inúmeros prejuízos, não só para o empregador 
como também para a pessoa atingida, para a sua família e para toda a sociedade. O 
trabalhador acidentado, além das consequências físicas que sofre, quase sempre não está 
capacitado a suportar o ônus financeiro que ocorre nessas ocasiões.
Para a família do trabalhador, o acidente traz inúmeras dificuldades, tais como: cuidado 
com o acidentado; aumento de despesas; renda diminuída; alteração de projetos familiares. 
Para a empresa, causará: tempo de trabalho perdido pelo acidentado; queda da produção pela 
interrupção do trabalho; gastos com os primeiros socorros e [o] transporte do acidentado; 
má fama para a empresa etc.
Um programa de segurança eficiente pode parecer difícil e oneroso para a empresa, mas 
as análises de causas e consequências, bem como os prejuízos causados à própria empresa, 
à sociedade e à nação indicam que “é mais caro ter acidentes do que preveni-los”. Sem essa 
atuação, tornar-se-á cada vez mais difícil atingir a meta de proporcionar aos trabalhadores 
brasileiros condições seguras de trabalho para garantia de sua prevenção. 
A redução dos acidentes do trabalho, comprovadamente, leva aos seguintes benefícios, 
[dentre outros]: 
• Benefícios sociais com: redução de preço final de produtos; redução de encargos pela 
Previdência Social, em decorrência de acidentes; maior força de trabalho; equilíbrio 
de ânimos (entre trabalhadores) pela ausência do mal-estar causado pelos acidentes.
• Maior equilíbrio entre a renda e as despesas do trabalhador; tranquilidade no meio 
familiar.
• Benefícios para a empresa com: 
— redução de prejuízos com desperdício de materiais;
— diminuição de prejuízos em decorrência de paralisação e consertos de máquinas 
e equipamentos; 
— aumento na produção; 
— maior produtividade dos trabalhadores; 
— menor despesa com treinamento de substitutos de acidentados; 
— redução de salários adicionais pagos por trabalhos em hora extra em virtude de 
acidentes; 
— redução de despesas médicas e salários não cobertos pelo seguro.
Fonte: Mulatinho (2001, p. 33-4).
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3.3.5 Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT)
A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é feita pela empresa à Previdência Social dentro do 
prazo legal, independentemente de ter havido afastamento do trabalhador. Além de ser uma obrigação 
legal do empregador, a CAT serve para fins estatísticos. 
A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência 
Social, afirma, em seus artigos 22 e 23: 
Art. 22. A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência 
Social até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de 
morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável 
entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, 
sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela 
Previdência Social. [...] 
Art. 23. Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional 
ou do trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício 
da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que 
for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro 
(BRASIL, 1991). 
 Observação
Na falta da emissão da CAT por parte da empresa, podem formalizá-la: 
o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o 
médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública. 
A comunicação será feita ao INSS por intermédio do formulário CAT, preenchido em seis vias, com 
a seguinte destinação: 
• 1ª via – INSS; 
• 2ª via – à empresa; 
• 3ª via – ao segurando ou dependente; 
• 4ª via – ao sindicato de classe do trabalhador;
• 5ª via – ao Sistema Único de Saúde (SUS); 
• 6ª via – à Delegacia Regional do Trabalho. 
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 Saiba mais
Veja o impresso da CAT diretamente no site da Previdência: 
BRASIL. Previdência Social. Comunicação de acidente de trabalho. 
[s.d.]. Disponível em: <http://www.previdencia.gov.br/forms/formularios/
form001.html>. Acesso em: 9 fev. 2015. 
4 CONTROLE DOS AGENTES AMBIENTAIS
4.1 Adoção de medidas de segurança
Já discutimos que, para a Segurança e Saúde no Trabalho, ou objetivo maior é o de prever a 
possibilidade de ocorrência de situações potencialmente perigosas à integridade física do trabalhador, 
procurando ao máximo eliminá-las na sua origem.
Para que esta meta seja alcançada, é necessário que o Serviço Especializado em Engenharia de 
Segurança do Trabalho (SESMT), conjuntamente com a Cipa, conheçam os riscos provenientes das 
atividades profissionais, em seus diversos aspectos, como insalubridade do ambiente de trabalho, das 
máquinas e de equipamentos inadequados, de procedimentos operacionais ineficientes e das condições 
inseguras do local de trabalho, bem como outros fatores que exponham os colaboradores a risco em 
suas atividades. 
Após a análise desses fatores, devem ser adotadas medidas de proteção no trabalho que visem 
à prevenção de acidentes e doenças profissionais, que podem ser alcançadas por meio de medidas 
administrativas, de proteção coletiva e de proteção individual. 
4.1.1 Medidas de proteção administrativa
Garantir as condições ideais de trabalho deve ser uma preocupação a se iniciar com a adoção de 
medidas administrativas tomadas pelos profissionais da segurança do trabalho como forma de eliminar 
os riscos que colocam em perigo a integridade física e psíquica do trabalhador. 
Dentre as medidas de proteção administrativa que devem ser adotadas, podemos citar: 
• ordens de serviço, pareceres e instruções implantadas pelo SESMT; 
• restrições impostas pelo empregador na entrada e na saída de locais de risco; 
• procedimentos de trabalho e execução de serviços; 
• proibição de entrada em espaços confinados; 
• preceitos de segurança e saúde no trabalho.
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4.1.2 Medidas de proteção coletiva
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) são procedimentos ou equipamentos utilizados ou 
projetados para a proteção de um grupo de pessoas, na realização de determinada tarefa ou qualquer 
atividade. 
Essas medidas são para que a segurança coletiva seja alcançada, ou seja, para que se atinja a 
segurança de diversos trabalhadores envolvidos em uma mesma atividade e/ou um mesmo procedimento 
de trabalho. 
Alguns exemplos de EPC: 
• exaustores em uma cozinha industrial; 
• redes de proteção; 
• projeto de enclausuramento acústico de um compressor,para evitar escape de ruídos; 
• proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos; 
• grades de proteção contra queda de materiais.
4.1.3 Medidas de proteção individual
A utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) deve ocorrer em qualquer situação 
de trabalho, sendo um complemento da utilização dos EPCs. Para a determinação de qual deve ser 
o EPI adequado para o trabalhador, o primeiro passo é identificar de quais riscos deve ser protegido. 
Essa avaliação deve ser qualitativa e quantitativa do risco e definirá qual a potencialidade do dano ao 
organismo do colaborador. 
O uso de EPIs como capacetes, calçados de segurança, óculos de proteção contra partículas volantes 
e luvas deverá ser adotado sempre que todas as medidas de proteção forem utilizadas e mesmo assim 
permanecer o risco acima dos limites toleráveis de segurança, colocando em perigo a integridade física 
e psíquica do trabalhador. 
Após a avaliação e a caracterização do risco, ele deve ser enfrentado em sua origem para que possa 
ser neutralizado ou eliminado. Caso a situação de risco se mantenha, os membros do SESMT devem 
realizar uma ação de proteção coletiva entre a zona de risco e os trabalhadores. 
A adoção de medidas de proteção individual relativas ao trabalhador deve ter início com a 
seleção de EPIs apropriados aos agentes de risco e à natureza antropométrica do trabalhador, 
como o tamanho adequado de calçados e luvas de segurança, que deve ser adequado ao perfil 
do funcionário. 
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4.2 Definição de EPI
A NR 6, criada pela Portaria GM nº 3.214, de 8 de junho de 1978, e alterada pela Portaria SIT nº 
292, de 8 de dezembro de 2011, trata das medidas de proteção individual e define EPI como: “[...] todo 
dispositivo ou produto, de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos 
suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho” (BRASIL, 2011c).
De acordo com essa NR, os EPIs, de fabricação nacional ou estrangeira, só podem ser postos à venda 
ou utilizados com a indicação do Certificado de Aprovação, expedido pelo órgão nacional competente 
em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
A utilização de EPI também deve ser avaliada como medida de redução de custos, já que a sua não 
utilização poderá causar mais danos aos trabalhadores e aumentar despesas tanto para o empregador 
quanto para o funcionário. 
É de responsabilidade do SESMT, em conjunto com a avaliação da Cipa e dos próprios 
trabalhadores, a recomendação ao empregador do uso adequado de EPI para cada risco existente de 
determinada atividade, sendo obrigatório o fornecimento dos equipamentos de maneira gratuita 
aos empregados, adequados a cada risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, 
nas seguintes condições: 
• sempre que as medidas de ordem geral não oferecerem completa proteção contra os riscos de 
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; 
• enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; 
• para atender a situações de emergência. 
O empregador ainda tem as seguintes obrigações com relação ao uso e ao fornecimento do EPI: 
• exigir seu uso; 
• fornecer somente EPI aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de SST; 
• orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, a guarda e a conservação; 
• substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; 
• responsabilizar-se pela higienização e pela manutenção periódica; 
• comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada; 
• registrar o seu fornecimento ao trabalhador, por meio de livros, fichas ou sistema eletrônico.
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Ao empregado, a NR 6 determina as seguintes responsabilidades, dentre outras:
• utilizar apenas para a finalidade a que se destina; 
• responsabilizar-se pela guarda e pela conservação; 
• comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; 
• cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. 
Sobre os fabricantes também incidem algumas obrigações:
• cadastrar-se no órgão nacional competente em segurança e saúde no trabalho; 
• solicitar emissão do Certificado de Aprovação (CA) ao órgão nacional competente em segurança 
e saúde no trabalho; 
• solicitar a renovação do CA quando vencido o prazo de validade estipulado; 
• requerer novo CA quando houver alteração das especificações do equipamento aprovado; 
• responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao CA; 
• comercializar ou colocar à venda somente o EPI portador de CA; 
• comunicar ao órgão nacional de SST as alterações dos dados cadastrais fornecidos; 
• comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando a respeito de sua 
utilização, sua manutenção, sua restrição etc.; 
• fazer constar no EPI o número do lote de fabricação; 
• providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do Sinmetro, quando for o caso;
• fornecer as informações referentes aos processos de limpeza e higienização de seus EPIs.
Ao Ministério do Trabalho e Emprego também cabem algumas obrigações:
• cadastrar o fabricante ou importador de EPI; 
• receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI; 
• estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI; 
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• emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador; 
• fiscalizar a qualidade do EPI; 
• suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora; 
• cancelar o CA.
Sempre que julgar necessário, o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no 
trabalho poderá requisitar amostras de EPI, identificadas com o nome do fabricante e o número de 
referência, além de qualquer outro requisito. 
O MTE também deverá, por meio de seus órgãos regionais, fiscalizar e orientar quanto ao uso 
adequado e à qualidade do EPI, além de recolher amostras e aplicar as penalidades que forem cabíveis, 
caso haja o descumprimento da NR 6. 
 Observação
Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador 
selecionar o EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional 
tecnicamente habilitado, a Cipa ou, na falta desta, o designado e os 
trabalhadores usuários. 
4.2.1 Classificação dos EPIs 
Pela diversidade dos EPIs, os profissionais de segurança do trabalho ou responsáveis devem atentar 
ao fornecimento adequado do equipamento para os trabalhadores. Portanto, é importante que seja 
observado, de maneira criteriosa, como a atividade é exercida e qual o tipo de risco que ela oferece. 
Esta é uma forma de fazer o EPI alcançar o seu objetivo principal, que é o de proteger o trabalhador de 
acidentes físicos, além de possibilitar conforto em atividades insalubres. 
A seguir, vamos destacar alguns tipos de EPI, de acordo com sua finalidade.
• EPI para proteção da cabeça: 
— capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio; 
— capacete de segurança para proteção contra choques elétricos; 
— capuz de segurança para proteção do crânio e do pescoço contra riscos de origem térmica; 
— capuz de segurança para proteção do crânio e do pescoço contra respingos de produtos químicos. 
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• EPI para proteção dos olhos e da face: 
— óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes; 
— óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa; 
— protetor facial de segurança contra respingos de produtos químicos; 
— protetor facial de segurança contra radiação infravermelha; 
— máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e da face contra radiação ultravioleta; 
— máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e da face contra radiação 
infravermelha.
• EPI para proteção auditiva:
— protetor auditivo circum-auricular contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido 
na NR 15; 
— protetor auditivo de inserção contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR 15; 
— protetor auditivo semiauricular contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na 
NR 15.
• EPI para proteção respiratória: 
— respirador purificador de ar contra poeiras e névoas; 
— respirador purificador de ar contra gases de produtos químicos; 
— respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido para proteção em atmosferas com 
concentração imediatamente perigosa à vida e à saúde e em ambientes confinados.
• EPI para proteção do tronco: 
— vestimentas de segurança que ofereçam proteção contra riscos de origem térmica, mecânica, 
química, radioativa e meteorológica, bem como umidade proveniente de operações com uso 
de água; 
— colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando armas de 
fogo, para proteção contra riscos de origem mecânica. 
• EPI para proteção dos membros superiores:
— luva de segurança para proteção das mãos contra choques elétricos; 
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Unidade II
— luva de segurança para proteção das mãos contra agentes térmicos; 
— luva de segurança para proteção das mãos contra agentes biológicos; 
— manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra umidade; 
— manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos; 
— braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra agentes cortantes; 
— dedeira de segurança para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes. 
• EPI para proteção de membros inferiores: 
— calçado de segurança para proteção contra impactos de quedas de objetos;
— calçado de segurança para proteção dos pés contra choques elétricos;
— perneira de segurança para proteção da perna contra respingos de produtos químicos;
— perneira de segurança para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes;
— calça de segurança para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;
— calça de segurança para proteção das pernas contra respingos de produtos químicos.
• EPI para proteção do corpo inteiro:
— macacão de segurança para proteção do tronco e dos membros superiores e inferiores 
contra chamas; 
— conjunto de segurança formado por calça e blusão, jaqueta ou paletó para proteção do tronco 
e dos membros superiores e inferiores contra agentes térmicos; 
— vestimenta condutiva de segurança para proteção do tronco e dos membros superiores e 
inferiores contra choques elétricos. 
• EPI para proteção contra quedas com diferença de nível:
— dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações 
com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de segurança para 
proteção contra quedas; 
— cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura.
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 Saiba mais
Para saber sobre outros tipos de EPI e suas alterações, instruções e 
pareceres técnicos a respeito, assim como outras normas regulamentadoras, 
acesse o site do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e fique atento às 
atualizações disponíveis:
<http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. 
4.3 MAPA DE RISCOS
Dentro das Diretrizes do Plano de Ação de Saúde do Trabalhador da Rede Nacional de Atenção 
Integral à Saúde do Trabalhador (Renast), a Vigilância da Saúde dos Trabalhadores (Visat) compreende:
[...] conjunto de ações que visa conhecer a magnitude dos acidentes e doenças 
relacionados ao trabalho, identificar os fatores de riscos ocupacionais, 
estabelecer medidas de controle e prevenção e avaliar os serviços de saúde 
de forma permanente, visando à transformação das condições de trabalho e 
à garantia da qualidade da assistência à saúde do trabalhador (AYRES, 2002 
apud JAKOBI, 2001, p. 19). 
No que diz respeito ao reconhecimento dos riscos presentes em todos os locais de trabalho, bem 
como às atividades laborativas que podem comprometer a segurança e a saúde das pessoas, a vigilância 
deve acompanhar todas as variáveis e tendências de cada fator identificado, de maneira que realize a 
descrição, a distribuição, a análise, a avaliação, a interpretação dos eventos e, por fim, defina quais as 
recomendações para a prevenção e para a resolução dos problemas já acontecidos. 
Esse acompanhamento será então representado graficamente num Mapa de Riscos, no qual os 
fatores e riscos prejudiciais serão identificados e relacionados ao conjunto de variáveis originadas em 
cada ambiente, de acordo com cada processo da organização do trabalho, e que podem interferir no 
processo saúde-doença do trabalhador. 
De acordo com Rodrigues (1991 apud JAKOBI, 2001, p. 20), o mapeamento de riscos pode ser feito 
a partir da utilização de algumas técnicas, cuja complexidade pode ser gradativamente crescente nas 
etapas sequenciais do trabalho de vigilância, como as de geoprocessamento, sendo entendido como 
“um conjunto de técnicas de coleta, exibição e tratamento de informações especializadas” que permite 
a análise conjunta de uma gama de variáveis socioambientais. 
Com o auxílio de ferramentas de análise espacial, aumenta a compreensão da dinâmica dos 
dados, pois contribui para a identificação de agrupamentos contínuos e áreas de transição, 
determinando áreas de risco para além dos limites político-administrativos ao detectar situações 
de riscos diferenciados. 
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Dentro do amplo espectro do que é denominado Mapa de Risco, encontram-se mapas que 
têm como conteúdo desde a presença de agentes ambientais de risco até suas consequências, 
previstas ou medidas, sobre a população. Os possíveis danos à saúde humana causados por 
atividades poluidoras são precedidos por processos de uso de substâncias químicas, sua emissão 
para o ambiente, a exposição de uma população e a dose a que será submetida esta população 
(BARCELOS, 1996 apud JAKOBI, 2001). 
Por meio da união entre os processos desencadeadores de riscos ambientais, pode-se estabelecer 
uma sequência de passos metodológicos que permitem a análise globalizada de riscos à saúde. 
Esta metodologia foi recentemente utilizada na avaliação de riscos à saúde dos trabalhadores de 
uma indústria que utiliza mercúrio em seu processo produtivo (MELO; BARCELLOS, 1993 apud 
JAKOBI, 2001). 
Com a evolução industrial e tecnológica, o ambiente sofre constantes ataques que levam ao 
aumento de agressões e lesões à população, em especial pela falta de tratamento adequado dos 
dejetos industriais, que são liberados na atmosfera, nos leitos de rios e, muitas vezes, diretamente 
no solo. 
Também devemos considerar o descuido com o armazenamento, transporte e destino final de 
resíduos, quepodem sofrer outras alterações físico-químicas dos seus compostos, aumentando o risco 
de exposição das pessoas e do ambiente. 
Como discutimos anteriormente, o Mapa de Riscos é a representação gráfica de como os 
trabalhadores percebem o seu ambiente de trabalho e deve ser simples e objetivo, a fim de que 
os trabalhadores leigos consigam interpretá-lo sem auxílio técnico. O Mapa de Riscos tem como 
principais objetivos: 
• reunir informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde 
no trabalho das empresas; 
• possibilitar a troca e a divulgação de informações entre os trabalhadores, além de estimular sua 
participação nas atividades de prevenção.
Dentro da empresa, quem é responsável pela elaboração do Mapa de Riscos é a Cipa. Os integrantes 
devem ouvir os trabalhadores envolvidos quanto aos agentes que causam desconforto, mal-estar, irritação 
e todo fator que influencie de forma negativa a relação do trabalhador com o seu ambiente laboral. 
Os critérios que devem ser observados para a elaboração do mapa são descritos a seguir. 
• Conhecer o processo de trabalho no local analisado:
— quanto aos trabalhadores: número, sexo, jornada, horas de treinamentos profissionais e 
indicadores de saúde; 
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— quanto aos instrumentos e materiais de trabalho; 
— quanto às atividades exercidas; 
— quanto às características do ambiente.
• Identificar os agentes de risco existentes no local analisado.
• Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia:
— quais as medidas de proteção coletiva; 
— quais as medidas de organização do trabalho; 
— quais as medidas de proteção individual; 
— quais as medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiário, armários, bebedouros, 
refeitórios, área de lazer.
• Identificar os indicadores de saúde: 
— quais as queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos; 
— número de acidentes de trabalho ocorridos; 
— quais as doenças profissionais já diagnosticadas; 
— quais as causas mais frequentes de ausência ao trabalho.
• Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.
• Elaborar o mapa de riscos, sobre o layout da empresa, indicando por meio do círculo: 
— o grupo a que pertence o risco; 
— o número de trabalhadores expostos ao risco, dentro do círculo; 
— a especificação do agente (químico, ergonômico), também anotado dentro do círculo; 
— a intensidade do risco de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada 
por tamanhos proporcionalmente diferentes dos círculos. 
O Mapa de Riscos deve ser feito de forma setorial e completa, e, depois, afixado no local de trabalho, 
de maneira visível e de fácil acesso a todos os trabalhadores. Foi criado para que as empresas representem 
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graficamente os riscos existentes nos diversos ambientes de trabalho, o que faz dele um dos métodos 
mais simples para a avaliação qualitativa dos riscos existentes nesses locais. 
O mapa deve ser elaborado pelos próprios trabalhadores, sendo um recurso participativo 
que deve ser adequado conforme suas sensibilidades. Serve como instrumento preliminar de 
levantamento de riscos, como meio de informação para os demais empregados e visitantes, 
e também auxilia no planejamento de ações preventivas que serão adotadas pela Cipa. A 
representação gráfica dos riscos por meio de círculos de diferentes cores e tamanhos permite a 
fácil visualização da situação. 
O objetivo do mapa é reunir conhecimento básico para estabelecer a análise da situação de 
informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção. 
Os principais benefícios da obtenção do Mapa de Riscos são: 
• identificação antecipada dos riscos existentes nos locais de trabalho aos quais os trabalhadores 
podem estar expostos; 
• conscientização quanto ao uso apropriado das medidas e dos equipamentos de proteção coletiva 
e individual; 
• redução de gastos com acidentes e doenças, medicamentos, indenização, substituição de 
funcionários e danos patrimoniais; 
• facilitação da gestão de saúde e segurança no trabalho com aumento da segurança interna 
e externa; 
• melhoria do clima organizacional, com maior produtividade, competitividade e lucratividade.
Para identificar o tipo de risco, são utilizadas cores conforme a Tabela de Classificação dos Riscos 
Ambientais. Já a gravidade é representada pelo tamanho dos círculos:
• círculo pequeno: risco pequeno, por sua essência ou por ser risco médio já protegido; 
• círculo médio: risco que gera relativo incômodo, mas que pode ser controlado; 
• círculo grande: risco que pode matar, mutilar ou gerar doenças e que não dispõe de mecanismos 
para redução, neutralização ou controle. 
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Quanto ao significado das cores: 
Marrom = risco biológico
Vermelho = risco químico
Amarelo = risco ergonômico
Azul = risco mecânico
Verde = risco físico
Figura 5 – Significado das cores na classificação dos riscos 
Quanto ao tamanho dos círculos, deve-se descrever da seguinte forma:
• círculo pequeno: risco leve; 
• círculo médio: risco médio; 
• círculo grande: risco elevado.
Deve-se conhecer o processo de trabalho do local avaliado, conforme a Tabela de Classificação dos 
Riscos Ambientais, bem como identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia referente a: 
• proteção coletiva; 
• organização do trabalho; 
• proteção individual; 
• higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouros, refeitórios, área de lazer.
Identificar os indicadores de saúde também é de extrema importância. Dentre estes, podemos citar: 
• queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos; 
• acidentes de trabalho ocorridos; 
• doenças profissionais diagnosticadas; 
• causas mais frequentes de ausência ao trabalho. 
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Quanto à elaboração do Mapa de Riscos, sobre uma planta ou desenho do local de trabalho, é 
importante identificar por meio do círculo: 
• o grupo a que pertence o risco, conforme as cores classificadas; 
• o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo; 
• a especificação do agente químico ou ergonômico, também dentro do círculo; 
• a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada 
por tamanhos proporcionalmente diferentes dos círculos. 
Dentre os riscos físicos, podemos citar:
• presença de ruídos, que podem provocar cansaço, dores de cabeça, irritação, redução da audição, 
distúrbios no aparelho digestivo, taquicardia e até mesmo perigo de infarto; 
• presença de vibrações, que podem causar cansaço, irritação, dores nos membros e/ou na coluna, 
doença do movimento, artrite, distúrbios digestivos e lesões nos ossos ou nos tecidos moles; 
• presença de calor excessivo, podendo provocar taquicardia, cansaço, internação, prostração 
térmica, choque térmico, fadiga térmica, perturbação das funções digestivas, hipertensão 
e hipotensão; 
• presença de radiação não ionizante, que pode provocar queimaduras, lesões nos olhos, na pele e 
em outros órgãos; 
• presença de radiação ionizante,que pode causar alterações nas células, câncer, fadiga e 
problemas visuais; 
• presença de umidade em excesso, podendo causar distúrbios respiratórios, quedas, doenças de 
pele e doenças circulatórias.
Dentre os riscos químicos, podemos citar:
• Poeiras:
— minerais: silicose, asbestose; 
— vegetais: bissinose, bagaçose; 
— alcalinas: enfisema pulmonar.
• Fumos metálicos: ocorre intoxicação específica de acordo com o metal; febre dos fumos metálicos, 
doença pulmonar obstrutiva.
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• Névoas, neblinas, gases e vapores:
— irritantes: causam irritação das vias aéreas superiores (exemplo: ácido clorídrico); 
— asfixiantes: dores de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma e morte (exemplos: 
hidrogênio, oxigênio, hélio, acetileno, metano, dióxido de carbono, monóxido de carbono); 
— anestésicos: ação depressiva sobre o sistema nervoso, danos aos diversos órgãos e ao sistema 
formador do sangue (exemplos: butano, propano, aldeídos, cetonas, cloreto de carbono, 
tricloroetileno, benzeno, tolueno, álcoois, xileno. 
• Substâncias, compostos ou produtos químicos em geral.
Dentre os riscos biológicos estão: 
• vírus: podem causar doenças como hepatite, poliomielite, herpes, varíola, febre amarela, raiva, 
aids, rubéola, dengue, meningites; 
• bactérias/bacilos: podem causar hanseníase, tuberculose, tétano, pneumonia, difteria, cólera, leptospirose; 
• protozoários: malária, mal de Chagas, toxoplasmose; 
• fungos: alergias e micoses.
Os riscos ergonômicos podem ser por esforço físico, levantamento e transporte manual de peso, 
exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos, 
jornada prolongada de trabalho, monotonia e repetitividade, dentre outras situações causadoras de 
estresse físico e psíquico. 
Riscos ergonômicos podem causar: cansaço, dores musculares, fraqueza, hipertensão arterial, 
úlceras, doenças nervosas, agravamento do diabetes, alterações do sono, da libido e da vida 
social, com reflexos na saúde e no comportamento, acidentes, problemas na coluna vertebral, 
taquicardia, cardiopatia (angina, infarto), agravamento da asma, tensão, ansiedade, comportamentos 
estereotipados, medo. 
Dentre os fatores que podem causar riscos de acidente, podemos citar: 
• o arranjo físico inadequado, podendo provocar acidentes, desgastes físicos; 
• a existência de máquinas e equipamentos sem proteção, podendo levar à ocorrência de acidentes graves; 
• o uso de ferramentas inadequadas ou defeituosas, em sua maioria, provoca acidentes com 
repercussão nos membros superiores; 
• trabalhar em locais com iluminação inadequada implica risco de acidentes; 
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• a eletricidade, quando mal-empregada; 
• a probabilidade de incêndio ou explosão; 
• o armazenamento inadequado; 
• a existência e a manipulação de animais peçonhentos.
Classificação dos riscos
De acordo com a Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994, o Mapa de Riscos deve obedecer à 
seguinte classificação: 
Tabela 5 – Classificação de riscos
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5
Riscos físicos Riscos químicos Riscos biológicos Riscos ergonômicos Riscos de acidentes
Verde Vermelho Marrom Amarelo Azul 
Ruídos 
Vibrações 
Radiações 
ionizantes 
Radiações não 
ionizantes 
Frio 
Calor 
Pressões anormais 
Umidade 
Poeira 
Fumos 
Névoas 
Neblina 
Gases 
Vapores 
Substâncias 
Compostos ou 
produtos químicos 
em geral 
Bactérias 
Vírus 
Protozoários 
Fungos 
Parasitas 
Bacilos 
Esforço físico intenso 
Levantamento e 
transporte de peso 
Exigência de postura 
inadequada 
Controle rígido de 
produtividade 
Imposição de ritmos 
excessivos 
Trabalho em turno e 
noturno 
Jornadas de trabalho 
prolongadas 
Monotonia e 
repetitividade 
Outras situações 
causadoras de 
estresse físico e/ou 
psíquico 
Esforço físico 
inadequado 
Máquinas e 
equipamentos sem 
proteção 
Ferramentas 
inadequadas ou 
defeituosas 
Iluminação inadequada 
Probabilidade de 
incêndio ou explosão 
Armazenamento 
inadequado 
Animais peçonhentos 
Outras situações de risco 
que poderão contribuir 
para a ocorrência de 
acidentes 
Fonte: Barsano; Barbosa (2014. p. 71).
 Lembrete
O conceito de risco deve ser observado sob duas vertentes: o risco 
quantitativo, que é o risco matemático, ou seja, qual é a probabilidade de 
acontecer, numerando quantos acidentes podemos ter em uma determinada 
situação; e o risco qualitativo, que será indicado pela condição do processo 
de trabalho (MATTOS; MÁSCULO, 2011). 
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4.4 Sinalização de segurança
As cores exercem papel muito importante no nosso dia a dia. São a forma mais simples e objetiva de 
comunicação, a maneira mais prática de se demonstrar algo, criar um objetivo, ilustrar o procedimento 
em determinada situação. Por sua simplicidade, a cor consegue atingir praticamente todos aqueles que 
possuem o sentido da visão. 
Por sua característica de padronização universal, as cores são utilizadas com muita frequência na 
segurança do trabalho, por exemplo: faixa branca para sinalizar a passagem de pedestres, extintores de 
incêndio na cor vermelha etc. 
As cores em segurança no trabalho são padronizadas e regulamentadas pela NR 26, uma norma 
muito rica em questão de conhecimento e de fácil entendimento. 
4.4.1 Cor na segurança do trabalho
Conforme determina a NR 26, as cores devem ser adotadas para a segurança em estabelecimentos 
ou locais de trabalho, com o objetivo de indicar e advertir a respeito dos riscos existentes. 
As cores aplicadas nos locais de trabalho – para identificar os equipamentos de segurança, delimitar 
áreas, identificar tubulações utilizadas para a condução de líquidos e gases, bem como advertir contra 
riscos – devem atender ao disposto nas normas técnicas oficiais. 
A utilização de cores, no entanto, não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de 
acidentes, e o seu uso deve ser muito reduzido, de forma que não ocasione distração, confusão e fadiga 
ao trabalhador. 
De acordo com a norma, cada cor tem uma finalidade específica de sinalização e deve seguir um 
padrão para efeito de orientação, como podemos ilustrar nos exemplos a seguir. 
• Vermelho: geralmente utilizado para identificar equipamentos de proteção contra incêndio: 
— caixa de alarme de incêndio; 
— hidrantes e bombas de incêndio; 
— extintores e sua localização; 
— localização de mangueiras de incêndio; 
— tubulações, válvulas e hastes do sistema de aspersão de água; 
— transporte com equipamentos de combate a incêndio; 
— portas de saídas de emergência; 
— rede de água para incêndio.
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• Amarelo: empregado para indicar cuidado:
— partes baixas de escadas portáteis; 
— corrimãos, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que apresentem risco; 
— bordas horizontais de portas de elevadores que se fecham verticalmente; 
— faixas no piso da entrada de elevadores e plataformas de carregamento; 
— meios-fios, onde haja necessidade de chamar a atenção; 
— fundos de letreiros e avisos de advertência; 
— bandeiras como sinal de advertência (combinado ao preto); 
— comandos e equipamentos suspensos que ofereçam risco; 
— para-choques paraveículos de transporte pesados, com listras pretas.
• Branco: muito utilizado para indicar a “localização” específica de algo, como:
— passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas; 
— direção e circulação, por meio de sinais; 
— localização e coletores de resíduos e bebedouros; 
— área em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate a incêndio ou outros 
equipamentos de emergência; 
— áreas destinadas à armazenagem; 
— zonas de segurança.
• Preto: será empregado para indicar:
— canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (óleo lubrificante, asfalto, óleo 
combustível, alcatrão, piche etc.); 
— em substituição ao branco, ou combinado a este, quando condições especiais o exigirem. 
• Azul: a norma recomenda seu uso:
— para indicar cuidado contra uso e movimentação de equipamentos, fora de serviço; 
— empregado em barreiras e bandeirolas de advertência nos pontos de comando, de partida ou 
em fontes de energia dos equipamentos; 
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— em canalizações de ar comprimido; 
— para prevenção contra movimento acidental de qualquer equipamento em manutenção; 
— avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de potência. 
• Verde: é a cor que caracteriza segurança, como é indicado em: 
— canalizações de água; 
— caixas de equipamento de socorro de urgência; 
— caixas contendo máscaras contra gases; 
— quadros para exposição de cartazes, boletins, aviso de segurança; 
— localização de EPI; 
— emblemas de segurança e dispositivos. 
• Laranja: dentre outros objetivos, é muito utilizado para indicar sinalização de maquinários: 
— canalização contendo ácidos; 
— partes móveis de máquinas e equipamentos; 
— partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou abertas; 
— faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos; 
— faces externas de polias e engrenagens; 
— botões de arranque de segurança; 
— dispositivo de corte, borda de serras e prensas.
• Púrpura: indica os perigos de radiações eletromagnéticas penetrantes e partículas nucleares:
— acesso a locais onde se manipulam ou se armazenam materiais radioativos ou por estes 
contaminados; 
— locais onde tenham sido enterrados materiais e equipamentos contaminados; 
— recipientes de materiais radioativos ou de refugos de materiais e equipamentos contaminados.
• Lilás: deverá ser usado para indicar: 
— canalizações que contenham álcalis;
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— identificação de lubrificantes, em refinarias de petróleo. 
• Cinza: temos duas opções possíveis: 
— cinza-claro: canalizações em vácuo; 
— cinza-escuro: eletrodutos.
• Alumínio: canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa viscosidade, 
como óleo diesel, gasolina, querosene e óleo lubrificante.
• Marrom: pode ser adotado, a critério da empresa, para identificar qualquer fluido não identificável 
pelas demais cores.
Para a utilização das cores, a norma ainda recomenda as seguintes instruções: 
• O corpo das máquinas deverá ser pintado de branco, preto ou verde. 
• As canalizações industriais de líquidos e gases deverão estar pintadas em toda a sua extensão, de 
forma que facilite a identificação do produto e evite acidentes.
• Obrigatoriamente, a canalização de água potável deverá ser diferenciada das demais. 
• Quando houver a necessidade de uma identificação mais detalhada, a diferenciação será feita por 
meio de faixas com cores diferentes a serem aplicadas sobre a cor básica. Ela deverá ser feita de 
forma que possibilite ser vista em qualquer parte da tubulação. 
• Todos os acessórios das tubulações serão pintados nas cores básicas, de acordo com a natureza do 
produto a ser transportado. 
• Quando necessário, o sentido do fluido deverá ser indicado por meio de seta pintada em cor de 
contraste sobre a cor básica da tubulação. 
• O mesmo sistema de cores que identifica as canalizações deve ser utilizado nos depósitos ou 
tanques fixos de armazenamento de fluidos. 
Para a sinalização de substâncias perigosas, além da padronização das cores e de suas instruções 
específicas, outros itens previstos na NR 26 tratam de diretrizes para sua sinalização, com destaque para 
a rotulagem preventiva, um conjunto de elementos com informações escritas, impressas ou gráficas 
relativas a um produto químico. Esta deve ser afixada, impressa ou anexada à embalagem que contém 
o produto e deve apresentar, no mínimo, os seguintes elementos:
• identificação e composição do produto químico; 
• pictograma de perigo; 
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• palavra de advertência; 
• frase de perigo; 
• frase de precaução; 
• informações suplementares.
 Resumo
Aprendemos que os riscos de acidentes estão relacionados a arranjo 
físico inadequado, máquinas e equipamentos defeituosos, eletricidade, 
incêndios, explosões e quedas.
Conhecemos as principais modalidades de trabalho que prejudicam a 
saúde dos trabalhadores: insalubres, perigosas e penosas. As atividades ou 
operações insalubres são aquelas que, por sua natureza, possuem condições 
ou métodos de trabalho que exponham os empregados a agentes nocivos 
à saúde, acima dos limites de tolerância fixados, em razão da natureza e 
da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. As 
atividades perigosas são também consideradas como periculosas, e ainda 
falta regulamentação específica para as atividades penosas. 
Ressaltamos também a importância da prevenção dos acidentes de 
trabalho, visto que são fenômenos geradores de perdas, o que provoca 
a necessidade de buscar seu controle. Embora não seja possível predizer 
quando eles ocorrerão, sabe-se que os acidentes resultam de processos que 
podem ser detectados e corrigidos.
Evitar que o processo produtivo apresente disfunções é reduzir as 
chances de que os acidentes ocorram. 
Abordamos ainda as medidas de proteção no trabalho, seus objetivos 
e seus exemplos, assim como os principais tópicos da NR 6, que trata 
dos EPIs. 
As medidas de proteção no trabalho abordadas foram as administrativas, 
as coletivas e as individuais. Também foram apresentados alguns exemplos 
de EPIs, bem como suas utilidades para as diversas proteções de riscos. 
Para encerrar, outro tema importante foi a NR 26, que regulamenta a 
padronização das cores e a sua utilização na prevenção de riscos, além de 
outras específicas.
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Unidade II
 Exercícios
Questão 1. (FUNDAÇÃO VUNESP 2015) Conforme dispõe o art. 19 da Lei nº 8.213/91, “acidente de 
trabalho” é:
A) O que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço, ou não, da empresa ou pelo exercício do trabalho 
dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando, ou não, lesão corporal ou 
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da 
capacidade para o trabalho.
B) O que ocorre pela função da empresa ou pelo exercício da função dos segurados referidos no 
inciso VII do art. 12 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a 
morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
C) O que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos 
segurados referidosno inciso V do art. 12 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação 
funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade 
para o trabalho.
D) O que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos 
segurados referidos no inciso V do art. 12 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação 
funcional, com exceção das que causem a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, 
da capacidade para o trabalho.
E) O que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos 
segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação 
funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade 
para o trabalho.
Resposta correta: alternativa E.
Análise da questão
A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e 
dá outras providências. Em seu Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a 
serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos 
no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte 
ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. 
Questão 2. (FUNDAÇÃO VUNESP 2013). Com relação à elaboração do mapa de riscos, é correto 
afirmar que:
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A) Serve para a conscientização e informação dos trabalhadores através da fácil visualização dos 
riscos existentes na empresa.
B) Tem por objetivo a prevenção dos principais riscos ambientais, que consistem dos riscos físicos, 
químicos, biológicos, ergonômicos e dos riscos de acidentes.
C) A validade do mapa de riscos da empresa é de doze meses, devendo, após esse período, ser 
novamente reavaliado.
D) A elaboração do mapa de riscos é atribuição exclusiva da CIPA, com assessoria do SESMT, onde 
houver, e com a aprovação do empregador.
E) Nas empresas que não dispõem de CIPA nem de SESMT, o empregador deverá contratar serviço de 
profissional qualificado para elaboração do documento legal.
Resolução desta questão na plataforma.
 
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Unidade III
Unidade III
5 NOÇÕES DE SEQUELAS ASSOCIADAS AO AGENTE AMBIENTAL
5.1 Avaliação por critérios quantitativos dos riscos
As intensidades e/ou as concentrações dos agentes nocivos, quando superiores aos limites de 
tolerância estabelecidos pela legislação, expõem a integridade física e psíquica do trabalhador em 
suas atividades.
Para saber se em um ambiente há ruído suficiente para pôr em risco a integridade do funcionário, 
não basta que o profissional da segurança do trabalho conheça os critérios qualitativos do risco físico; ele 
precisa, principalmente, conhecer o critério quantitativo desse risco, aferir com instrumentos específicos o 
limite de tolerância em decibéis dB (A) e o seu tempo de exposição e, de acordo com a NR 15, deve propor 
a medida corretiva. 
Limites de Tolerância (LTs)
De forma prática, podemos definir como Limites de Tolerância (LTs) as concentrações ou intensidades 
de agentes nocivos abaixo das quais a maioria dos expostos não deverá apresentar danos específicos à 
integridade física ou psíquica do trabalhador durante a jornada de trabalho. 
A NR 15 do MTE, que regulamenta as atividades e as operações insalubres, define, em seu item 
15.1.5, como Limites de Tolerância “[...] a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada 
com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, 
durante a sua vida laboral” (BRASIL, 2014b). 
5.1.1 Instrumentos de tolerância
A segurança do trabalho dispõe de diversos instrumentos de medição específicos para cada tipo 
de atividade.
Decibelímetro
Trata-se de um dispositivo extremamente versátil para a medição da intensidade do som em 
qualquer ambiente acústico (ruidoso ou silencioso, agudo, grave ou de faixa ampla, intermitente ou 
contínuo). Existem diversas marcas e vários modelos que se dividem em analógicos e digitais. A maioria 
dos profissionais que usa esse equipamento aprende a manuseá-lo logo, com facilidade.
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Figura 6 – Decibelímetro 
Dosímetro
Instrumento de medição portátil utilizado para medir a intensidade sonora na unidade de decibéis 
(dB) em uma determinada frequência sonora. A medição é realizada por meio de um microfone colocado 
próximo à zona auditiva do trabalhador, que o transporta durante seu expediente de trabalho, auferindo 
ao final do dia a dosagem média de ruído que recebeu. 
É um instrumento muito utilizado nas indústrias para a elaboração do Programa de Controle 
Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). A 
amostragem é feita automaticamente pelo aparelho, por meio do qual é colhido o nível médio de ruído 
para a apresentação aos órgãos competentes e para a prevenção de riscos ocupacionais.
Figura 7 – Dosímetro 
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Unidade III
Luxímetro
Instrumento utilizado pra medir o nível de iluminação dos ambientes de trabalho. De acordo com 
a ABNT, cada ambiente tem um nível de iluminação mínimo adequado para a realização das tarefas 
às quais se destina. A norma que regulamenta a iluminação dos interiores dos estabelecimentos é a 
NBR 5413. 
Figura 8 – Luxímetro
Explosímetro
Instrumento pelo qual se testam, na atmosfera, a concentração e a inflamabilidade que ela contém. Os 
testes são realizados sugando-se uma amostra da atmosfera a ser testada sobre um filamento aquecido. 
Os combustíveis contidos na atmosfera são queimados no filamento, que eleva sua temperatura e 
aumenta sua resistência proporcionalmente à concentração de combustíveis na amostra. O desequilíbrio 
resultante faz o ponteiro indicador mover-se escala acima. Essa escala é graduada em porcentagem do 
limite mais baixo da explosão. 
O aparelho permite medir vapores de combustíveis no ar, mas não é capaz de medir a porcentagem 
de vapor em fumaça ou atmosfera inerte, em razão da ausência de oxigênio necessário à combustão na 
unidade detentora do instrumento. 
Outra limitação diz respeito à toxicidade de certa atmosfera não sujeita a explosões, o que não é 
identificado pelo explosímetro. 
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Figura 9 – Explosímetro 
 Saiba mais
O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial 
(Inmetro) possui diversas portarias que regulamentam diretrizes para a 
manipulação em áreas perigosas. 
Uma delas é a Portaria nº 280, de 5 de agosto de 2008, que aprova 
o Regulamento Técnico da Qualidade para Registro de Empresa Inspetora 
de Contentores Intermediários para Granéis Destinados ao Transporte de 
Produtos Perigosos. Confira: 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 
Inmetro. Portaria nº 280, de 5 de agosto de 2008. Disponível em: <www.inmetro.
gov.br/rtac/pdf/RTAC001351.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2015.
Vibrômetro e acelerômetroSão instrumentos destinados a medir as vibrações mecânicas do ambiente e também em máquinas e 
equipamentos nos postos de trabalho. Enquanto o vibrômetro mede as baixas frequências, o acelerômetro 
é usado para altas frequências. 
Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo (IBUTG)
Este é um instrumento de medição que avalia a exposição ocupacional ao calor, de acordo com 
o Anexo 3 da NR 15. Ele possui três termômetros – de bulbo seco, de bulbo úmido e de globo. 
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Combinados adequadamente, esses termômetros fornecem a sobrecarga térmica à qual estão expostos 
os funcionários durante suas atividades. 
Figura 10 – Índice de Bulbo Úmido
5.2 Anamnese ocupacional
A maioria das doenças relacionadas ao trabalho e ao meio ambiente se manifesta como queixas 
comuns, sem sinais e sintomas específicos. Assim, a história de exposição a um agente ou uma 
situação no trabalho capaz de produzir doença é fundamental para o diagnóstico correto e para 
a adoção dos procedimentos dele decorrentes, como o tratamento, a prevenção e os possíveis 
encaminhamentos previdenciários. 
O profissional da segurança e saúde ocupacional tem um papel importante na detecção, no 
tratamento e na prevenção de doenças decorrentes das exposições tóxicas e/ou de situações particulares 
de trabalho, que podem ser reconhecidas ou suspeitadas a partir da história do paciente. 
Na anamnese ocupacional são abordadas questões com a descrição dos trabalhos atual e 
passado, levantando os riscos aos quais o trabalhador está ou esteve exposto, como o contato com 
poeiras, fumaças, metais, líquidos e outras substâncias químicas, ou ainda fatores como calor e 
ruídos excessivos. 
Devem ser levantados ainda a jornada de trabalho e o turno (diurno, noturno ou rodízio), além de 
questionar o trabalhador sobre as suas condições de trabalho. 
A descrição da atividade realizada, do ritmo e dos turnos de trabalho, além da característica da 
matéria-prima ou da substância que possa interferir no risco do trabalhador também são informações 
essenciais a serem colhidas para que seja feita a diferenciação entre as categorias de funcionários com 
o mesmo cargo, mas alocados em funções diferentes. 
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A anamnese ocupacional, durante sua fase de investigação, deve ser dividida em três etapas: qual o 
perfil ocupacional, qual a exposição ocupacional e qual a contaminação ambiental. 
5.2.1 Perfil ocupacional
Neste perfil devem estar contidas as atividades atuais e as passadas. Este perfil deve 
descrever o ritmo de trabalho e das atividades, o conteúdo das tarefas, as matérias-primas 
utilizadas, o posto de trabalho, os riscos ambientais, as medidas de proteção e os efeitos 
verificados com a exposição. 
Devem ser investigados, também, fatores que possam aumentar ou modificar os riscos ocupacionais, 
ou ainda predispor a estes, como idade, sexo, hábito de fumar ou se alimentar no trabalho, e avaliar se 
os sintomas são exacerbados ou atenuados pela exposição ao risco ocupacional. 
 Observação
Durante a avaliação do perfil ocupacional, é importante analisar a 
modificação dos riscos aos fins de semana, nas férias, ao final do turno 
de trabalho ou ainda em que dia da semana ou em que horário do dia os 
sintomas são mais intensos. 
5.2.2 Exposição ocupacional
A descrição da exposição de característica específica relata fatores que podem modificar os efeitos 
das exposições aos riscos ocupacionais, como alergias, patologias no trabalho atual ou no passado, 
além da predisposição a adquirir determinadas doenças. Também deve citar fatores que possam alterar 
as respostas aos riscos ocupacionais, quando eles existirem, tais como histórico de doença respiratória 
ou cardíaca, patologia renal, insuficiência hepática, alterações neurológicas, estado de nutrição, erro 
metabólico e alterações de vitaminas. Além disso, deve buscar problemas de saúde similares em colegas 
de trabalho. 
A adoção de uma rotina na coleta da história ocupacional e a existência de uma rede de referência 
para as ações no cuidado desempenham um papel importante para detecção, prevenção e tratamento 
das doenças relacionadas ao trabalho. 
5.2.3 Contaminação ambiental
Investiga a ocorrência de exposição não profissional a substâncias potencialmente patogênicas – se 
a casa do trabalhador for próxima a alguma indústria, por exemplo –, a contaminação com substâncias 
tóxicas ou pesticidas nos momentos de lazer e até mesmo com resíduos tóxicos trazidos do ambiente 
de trabalho para casa. 
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5.3 Segurança e saúde no ambiente hospitalar
A saúde está intimamente relacionada com o desenvolvimento. A pobreza 
resultante de um desenvolvimento insuficiente e o subconsumo decorrente 
de um desenvolvimento inadequado, associados à expansão da população 
mundial, podem causar sérios problemas para a saúde em todos os países, 
independentemente do seu grau de desenvolvimento (BARBIERI, 1998, p. 95 
apud MULATINHO, 2001, p. 37). 
É importante dar atenção especial aos programas preventivos que não busquem apenas remediar 
e tratar doenças. O hospital tem como objetivo a prestação de serviços de assistência com qualidade, 
eficiência e eficácia. Esse patamar não pode ser alcançado sem um efetivo Sistema de Gestão de um 
programa de prevenção de acidentes que deve dar a oportunidade de criação de condições ambientais 
seguras para todos os que desenvolvem suas atividades de trabalho. 
No hospital, deve ser assegurada a redução de riscos e acidentes. Para isso, devem-se promover 
e reforçar práticas seguras de trabalho e proporcionar ambientes livres de riscos, observando-se as 
legislações vigentes em âmbitos municipal, estadual e federal. 
Além das preocupações legais em definir os riscos existentes no ambiente hospitalar, é 
importante inventariá-los de forma objetiva e racional. O risco aponta uma probabilidade de 
possíveis danos dentro de um período de tempo, ou ainda pode significar a incerteza quanto 
à ocorrência de um determinado evento. A palavra risco indica a possibilidade de existência 
de perigo. 
O risco, onde quer que se encontre, pode ser analisado, visando à sua eliminação ou ao seu controle. 
No hospital, encontram-se vários riscos, devendo ser realizada a análise destes em todas as atividades 
de trabalho. 
Visando à eliminação e/ou ao controle dos riscos, estes devem ser analisados e fundamentados nos 
seguintes conceitos: 
• reconhecer: identificar e caracterizar, ou seja, apontar qual dos agentes de riscos de dano à saúde 
existem no local de trabalho; 
• avaliar: verificar, de acordo com técnicas específicas, o grau de intensidade do risco, ou seja, se é 
grande, médio ou pequeno comparado a padrões previamente estabelecidos; 
• controlar: adotar medidas técnicas, administrativas, preventivas ou corretivas de diferentes 
naturezas, que tenham como objetivo eliminar ou atenuar os riscos presentes no ambiente 
de trabalho.
A responsabilidade de cuidar para que o ambiente e os funcionários apresentem condições adequadas 
de segurança cabe aos administradores e supervisores. Além disso, também cabe a cada um deles adotar, 
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como parte rotineira e normal de suas atividades, as práticasde segurança no trabalho e de controle e 
prevenção das doenças. 
5.3.1 Riscos físicos no ambiente hospitalar
Encontramos, no ambiente hospitalar, agentes físicos, como calor, ruído, radiações ionizantes e não 
ionizantes, pressões anormais e umidade. 
O calor é uma forma de energia determinada pela variação de temperatura do corpo que cedeu ou 
recebeu calor. 
A transmissão por radiação é feita por meio de ondas eletromagnéticas que são transmitidas pelo 
ar e pelo vácuo. 
No ambiente hospitalar, o calor é muito utilizado nas operações de limpeza, desinfecção e 
esterilização dos artigos hospitalares, no preparo de alimentação pelos Serviços de Nutrição e Dietética 
e nos Laboratórios de Análises Clínicas, no preparo de soluções especiais. É empregado com finalidade 
terapêutica, como nos casos dos berços aquecidos e das incubadoras, e utilizado nos tratamentos de 
recém-nascidos, nas sofisticadas técnicas cirúrgicas de raios laser ou de unidades eletrocirúrgicas etc. 
O calor em quantidade elevada pode causar efeitos indesejáveis sobre o corpo humano, tais como: 
golpes de calor (insolação), cujos sintomas são colapso, convulsão, delírio, alucinações, dentre outros; 
desidratação ou queda do teor da água, caracterizada pelo aumento da pulsação e da temperatura do 
corpo; e queda do teor de sal, ocorrendo fadiga, tontura, náuseas, vômitos e cãibras.
A umidade excessiva deve ser observada e prontamente corrigida. No hospital, o setor de Lavanderia, 
em razão das atividades de higiene e limpeza, e o setor de Nutrição e Dietética são os locais onde 
se faz mais uso de água. Em outros ambientes, a umidade pode ser detectada por meio de inspeção 
visual, verificando manchas nas paredes e nos pisos, decorrentes de infiltrações de água, por danos na 
tubulação, ou mesmo de esgotos. Danos de maiores consequências podem ocorrer, acarretando até a 
desestruturação do prédio (BRASIL, 1995, p. 32 apud MULATINHO, 2001, p. 40). O controle da umidade 
deve ser observado desde o projeto inicial de edificação. O uso de placas de advertência é outra medida 
utilizada para evitar acidentes. 
As radiações ionizantes no ambiente hospitalar são aquelas presentes nas áreas de radiodiagnóstico 
e radioterapia ou nas quais são utilizados os equipamentos de diagnóstico, como centros cirúrgicos e 
Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Embora seus efeitos variem de pessoa para pessoa, a exposição 
prolongada pode encurtar a expectativa de vida. 
As radiações não ionizantes apresentam-se nos processos que fazem uso da luz ultravioleta, da luz 
infravermelha – empregada na fisioterapia – e em procedimentos cirúrgicos na forma de laser. Ambos 
podem produzir queimaduras. 
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A respeito das vibrações, o Anexo 8 da NR 15 da Portaria nº 3.214/78 – Segurança e Medicina do Trabalho 
– diz que “as atividades e operações que exponham os trabalhadores, sem a proteção adequada, às vibrações 
localizadas ou de corpo inteiro, serão caracterizadas como insalubres, através de perícia realizada no local 
de trabalho” (MT, 2000, p. 193 apud MULATINHO, 2001, p. 40). Os efeitos danosos das vibrações podem 
acometer as pessoas, as estruturas da edificação e os equipamentos sensíveis, impedindo o seu funcionamento 
adequado. No corpo humano, causam, dentre outros sintomas, cansaço, dores nos membros, dores na coluna, 
artrite, problemas digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos moles e lesões circulatórias. 
No ruído, a ocorrência de perda auditiva depende da intensidade (nível da pressão sonora), do tipo 
(contínuo, intermitente ou de impacto), da duração (tempo de exposição a cada tipo de agente) e da 
qualidade (frequência dos sons que compõem o ruído em análise). No organismo, pode desencadear 
graves perturbações, afetando o sistema nervoso e os aparelhos digestivo e circulatório, e trazendo 
desconforto e fadiga, influindo na produtividade profissional. 
Legalmente, a avaliação do risco deverá ser feita por meio da análise do ambiente de trabalho, 
visando determinar os períodos de descanso aos quais o trabalhador tem direito, segundo os tipos de 
trabalho realizado. 
5.3.2 Riscos químicos no ambiente hospitalar
Os trabalhadores de saúde estão expostos a uma enorme variedade de substâncias tóxicas. 
Nos hospitais, os produtos químicos são utilizados em grandes quantidades e com diferentes 
finalidades: metais (intoxicação por chumbo, mercúrio, manganês, cádmio etc.); gases e vapores 
(intoxicação por monóxido de carbono, dentre outros); e agentes de limpeza, desinfecção e esterilização, 
como produtos de manutenção de equipamentos e instalações, largamente utilizados como soluções 
medicamentosas. A circulação desses produtos no ambiente hospitalar, tanto em embalagem original 
quanto em preparações para uso, deve ser tal que garanta a proteção de quem os transporta e evite a 
contaminação do ambiente. 
Os riscos químicos são encontrados nos processos de esterilização usados abundantemente nos 
hospitais, podendo-se fazer uso de gases ou líquidos, ambos prejudiciais à saúde. 
Os produtos quimioterápicos são ministrados nos tratamentos de pacientes com o objetivo 
de reduzir tumores malignos (células cancerígenas). As drogas bacteriostáticas (que detêm 
o crescimento dos germes) são denominadas de citostáticos, pois impedem o crescimento das 
células. No armazenamento, na estocagem, no transporte, na manipulação e na aplicação desses 
produtos, é importante observar todas as medidas preventivas, assim como o treinamento 
adequado do pessoal que faz o manuseio. A aplicação inadequada dessas substâncias pode trazer 
sérias consequências aos pacientes e aos funcionários que executam esse tipo de serviço. Pode 
significar a diferença entre saúde e doença, e, em casos extremos, entre a vida e a morte. 
O reconhecimento dos riscos deve ser feito de acordo com a característica de cada instituição 
hospitalar, que deve possuir a ficha de cada produto que entra no hospital. Desse modo, todos os 
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produtos químicos e seus riscos podem ser conhecidos pelos profissionais, permitindo que sejam 
tomadas medidas de controle, que visam educar e treinar o trabalhador para as atividades necessárias 
ao serviço. Tais medidas envolvem a proteção do trabalhador por meio do uso de Equipamentos de 
Proteção Individual (EPIs), o controle da saúde por exames médicos periódicos e a limitação do tempo 
de exposição do trabalhador à fonte de risco. 
Algumas medidas tomadas em relação ao ambiente de trabalho são: a substituição do produto 
tóxico ou nocivo; a mudança do processo ou o encerramento da operação; e a manutenção das medidas 
de controle adotadas. 
5.3.3 Riscos biológicos no ambiente hospitalar 
O risco biológico é intensivamente encontrado no ambiente hospitalar, pois este reúne densa 
população microbiológica, infecções cruzadas, contato com sangue e outros fluidos corporais, 
manipulação de amostras patológicas, deficiência de higiene e de limpeza na lavagem das mãos e falha 
nos processos de desinfecção, esterilização e assepsia. 
Os riscos biológicos abrangem doenças transmissíveis agudas e crônicas, parasitoses e reações 
tóxicas e alérgicas a plantas e animais. Esse tipo de risco se apresenta para os trabalhadores de saúde, 
principalmente, pelas infecções causadas por bactérias, vírus, Rickettsia, clamídia e fungos. Na maioria 
das vezes, a contaminação acontece pelo contato que os profissionais têm com o paciente infectado: o 
próprio rosto (conjuntiva ocular e mucosas da boca e do nariz) ao alcance do ar expirado pelo paciente, 
o contato com os respingos de sangue e outros fluidoscorporais, quando de procedimentos invasivos, 
vômitos, tosses, espirros, dentre outros.
As maiores fontes de contaminação são os contatos mão-boca e mão-olho, cortes e feridas 
superficiais na pele exposta e perfuração cutânea (BRASIL, 1995, p. 42 apud MULATINHO, 2001). 
Entre as principais infecções que podem afetar os trabalhadores de saúde 
estão: hepatite B, tuberculose pulmonar, citomegalovírus (CMV), infecção 
pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e síndrome da imunodeficiência 
adquirida (Sida). Com efeito, o risco de infecção está condicionado a variáveis 
epidemiológicas relacionadas como: a) Agente: virulência, toxicidade, dose 
infecciosa e via de infecção (respiratória, digestiva, cutânea e mucosa, 
íntegras ou não); b) Hospedeiro: idade, sexo, raça, gravidez, imunidade à 
instalação de novos agentes; c) Atividade ocupacional: técnicas e métodos, 
qualidade dos equipamentos e materiais de trabalhos, prática de medidas 
eficazes de higiene e segurança do trabalho (BULHÕES, 1994, p. 160 apud 
MULATINHO, 2001, p. 43). 
Os edifícios hospitalares também estão doentes. É possível encontrar infestação de ratos, baratas, 
formigas, moscas, pombos e até gatos que se hospedam nas construções e transportam germes e 
doenças. Além disso, há aspiradores, nebulizadores, pias, bicas de torneiras, limpezas malfeitas e vasos 
de plantas. 
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Os profissionais da área devem ter plena consciência da segurança em seu ambiente de trabalho. 
Normalmente, por não terem sido infectados, alguns profissionais pensam que o seu ambiente de 
trabalho é inócuo.
A implementação de novas técnicas de segurança deverá ser buscada e adotada sempre que as 
medidas utilizadas na instituição se mostrarem ineficazes. 
5.3.4 Riscos ergonômicos no ambiente hospitalar
Observam-se as psiconeuroses e outras manifestações de ordem emocional, movimentos repetitivos 
– tenossinovite – ou na tentativa de posicionar ou mover o paciente, ocasionando graves problemas 
relativos à coluna vertebral. 
A Ergonomia visa à adaptação do meio ambiente de trabalho ao homem. Estudos antropométricos e 
posturais baseiam-se na análise da atividade decorrente das cargas de trabalho física, mental e psíquica, 
gerada pela excessiva atividade laboral. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados com 
o levantamento, o transporte e a descarga de materiais, o mobiliário, os equipamentos, a própria 
organização do trabalho, a imposição de ritmos excessivos, as jornadas prolongadas, o trabalho noturno, 
a monotonia, a repetitividade e outras situações causadoras de estresse físico e/ou psíquico etc.
A NR 17, que trata das questões de Ergonomia, deve ser aplicada a todas as atividades profissionais 
e seus respectivos ambientes de trabalho. Deve-se observar o seguinte: 
[...] o mobiliário para o trabalho executado seja na posição em pé, 
seja sentado deve ser planejado e adaptado às posições requeridas; os 
equipamentos que compõem o posto de trabalho devem estar adequados 
às características dos trabalhadores e ao trabalho; as condições ambientais 
devem observar o conforto térmico, o nível de ruído nos seus limites e 
todos os parâmetros de iluminação e visualização segura e eficiente para as 
atividades; a organização do trabalho deve levar em consideração: normas 
de produção, o modo operatório, a exigência do tempo, a determinação 
do conteúdo de tempo, o ritmo de trabalho e o conteúdo das tarefas. 
Esses aspectos devem estar adequados às características psicofisiológicas 
dos trabalhadores e à natureza do trabalho executado (SALAROLI, 1999, 
p. 45-6 apud MULATINHO, 2001, p. 44). 
5.3.5 Riscos de acidentes no ambiente hospitalar 
Os riscos de acidentes ocorrem com funcionários durante o seu trabalho em razão de vibrações, 
doença arterial periférica, máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, 
eletricidade, iluminação inadequada ou toda situação de risco que poderá gerar acidentes. 
Nos pacientes, verificamos diversas causas, como: escorregões e quedas durante a deambulação, o 
banho, a movimentação em macas etc. 
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Nos EUA, 10% das ações legais que representaram custos para os hospitais, durante um período de 
três anos (1975 a 1978), envolveram quedas. Outro estudo mostrou que, de 875 reivindicações, 20% 
foram devidas a quedas e escorregões (BRASIL, 1995, p. 45 apud MULATINHO, 2001). 
A iluminação adequada propicia índice elevado de produtividade, melhor condução dos processos de 
trabalho, melhor qualidade do produto final e redução do número de acidentes. No ambiente hospitalar, 
deve ter como foco as salas de cirurgias e os campos operatórios, contribuindo, assim, para a redução 
de acidentes. 
Muito comuns são os acidentes com materiais perfurocortantes ou cortocontusos (contaminados) 
depositados em recipientes inadequados, assim como a não utilização de Equipamentos de Proteção 
Individual (EPIs), podendo levar a um risco do tipo biológico. Dessa forma, a coleta de lixo hospitalar 
deve ser seletiva, definindo-se quais recipientes devem ser utilizados para a coleta dos resíduos. 
A prevenção desses riscos visa à busca de ambiente físico propício à eficácia, ao conforto, à segurança 
e à satisfação do trabalhador por meio do uso de regras, normas e regulamentos de um sistema de 
gestão de segurança e saúde do trabalho. 
5.4 Problemas crônicos de origem ocupacional
Neste subtópico abordaremos as dermatoses ocupacionais, a surdez ocupacional e as dores na 
coluna, problemas crônicos decorrentes das atividades desempenhadas pelos trabalhadores. 
5.4.1 Dermatoses ocupacionais
O problema das dermatoses ocupacionais é amplo e muito complexo, sendo uma das maiores causas 
de falta ao trabalho em todo o mundo. Mesmo para o médico do trabalho mais experiente, muitas vezes, 
é difícil lidar com esses pacientes no âmbito da relação com a empresa, pois é frequente a necessidade de 
orientação segura, no sentido maior de proteção no ambiente profissional, ou até mesmo de mudança 
no ramo de atividade. No entanto, nem sempre é fácil convencer o paciente e/ou a empresa. 
A saúde dos trabalhadores e a convivência saudável com seu ambiente de trabalho são de 
vital importância para a empresa, pois o trabalhador, em suas plenas condições de trabalho e 
saudável, consegue manter sua produção com maior qualidade e elevada. Portanto, é necessário 
que alguns cuidados sejam tomados quanto à saúde dos funcionários, quando trabalham direta 
ou indiretamente com produtos quimicamente perigosos, principalmente, os derivados de óleo 
mineral, petróleo, detergentes, solventes, plásticos, resinas, borracha natural, tintas, vernizes, 
corantes e ácidos. Essas substâncias podem provocar, frequentemente, dermatites ou dermatoses 
nos indivíduos, quando ficam em contato com esses tipos de produtos sem as mínimas condições 
de segurança e higiene exigidas. 
As causas das dermatoses ocupacionais podem ser: 
• mecânicas: em razão de trauma ou fricção; 
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• físicas: decorrentes da exposição ao frio, ao calor e a radiações ionizantes; 
• químicas: pelo contato com compostos orgânicos e inorgânicos; 
• biológicas: em virtude do contato com plantas, animais e microrganismos. 
No organismo, as dermatoses podem surgir por meio de dois mecanismos diferentes: o otoérgico e 
o alérgico. 
O mecanismo otoérgico, também chamado de não imunológico, correspondea 75% das dermatoses 
causadas por irritantes primários, como ácidos fortes, álcalis, solventes e sais de metal. A dermatite 
de contato por irritante primário, causada pelo contato direto com o composto químico, leva ao 
aparecimento de irritação local, sem irradiação, e desaparece quando cessa a exposição, voltando a 
aparecer a cada contato. Essa dermatite vai depender do tempo de exposição e da concentração da 
substância envolvida. 
O mecanismo alérgico, por sua vez, ocorre quando uma pessoa já sensibilizada apresenta uma reação 
tardia a uma substância, de 48 a 72 horas após a exposição, e uma dermatite de contato normalmente 
aparece cinco dias após a exposição e o contato. O diagnóstico dessa doença é realizado por meio da 
história ocupacional, das manifestações e da realização de testes dermatológicos. 
As principais substâncias químicas causadoras de dermatites de contato são os bicarbonatos 
de cromo, potássio e amônio; os plásticos, como resinas epóxi e catalisadores; aceleradores e 
antioxidantes de borracha; agentes germicidas usados em sabões e compostos halogenados; 
aminas aromáticas e seus derivados, como tinturas e anestésicos locais; o mercúrio e seus 
compostos inorgânicos; o níquel e seus compostos; o cobalto e seus compostos; e algumas 
ervas venenosas. 
No ambiente de trabalho, é importante observar as condições de trabalho e as medidas de segurança 
e de higiene no local, além de pesquisar lesões cutâneas semelhantes em outros profissionais e observar 
se a reexposição do trabalhador ao alérgeno causará agravamento do quadro. 
O tratamento profilático desta patologia consiste em proteger os trabalhadores dos agentes 
alérgenos. 
5.4.2 Surdez ocupacional
A exposição a ruídos de duração prolongada ou de grande intensidade pode acarretar danos à 
audição e, consequentemente, levar à surdez profissional. Essa doença é muito comum em caldeireiros, 
ferreiros, prenseiros, maquinistas, tecelões, dentre outros. 
O grau da lesão produzida pelo ruído está relacionado com diversos fatores. Um dos principais é a 
intensidade. Ruídos superiores a 80 dB poderão levar a um trauma auditivo. O tipo de ruído também é 
importante. O ruído intermitente, ou de impacto, parece produzir danos maiores. O período de exposição 
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também deve ser levado em conta, assim como a duração do trabalho, uma vez que seu efeito é 
acumulativo. 
Também são fatores importantes a suscetibilidade individual, a idade, as patologias auditivas e 
outras já existentes, como a hipertensão arterial e o hipertireoidismo. 
Trauma acústico e surdez por exposição ao ruído são os tipos de transtornos auditivos que podem 
acometer o profissional. O trauma acústico é uma lesão produzida no ouvido médio ou no interno por 
impacto sonoro ou ruído intenso. 
A surdez por exposição ao ruído decorre de exposição crônica, em que traumatismos sucessivos levam 
a um deslocamento assimétrico da membrana basilar. Os sintomas causados em razão da cronicidade da 
evolução do quadro, normalmente, são zumbido noturno ou em locais silenciosos.
Além da perda auditiva característica, o ruído pode ser o fator causador de outras doenças, que 
podem afetar psicologicamente o trabalhador, causando depressão, estresse, dentre outras doenças, 
podendo chegar a gerar danos, inclusive, no sistema cardiovascular, que podem causar hipertensão 
arterial sistêmica e taquicardia. 
5.4.3 Dores na coluna 
Uma das maiores queixas no mundo moderno é a dor na coluna. Dentro de um ambiente laboral, 
essa patologia acomete vários trabalhadores, em razão de diversos fatores. 
Algumas situações e doenças estão relacionadas com as dores na coluna, como osteoporose, hérnias 
de disco, tumores, postura viciosa, obesidade, fibromialgia, artrose e artrite reumatoide. Alguns fatores 
de risco podem influenciar o aparecimento do quadro de dor na coluna: obesidade, tensão emocional, 
esforços excessivos, idade, sexo e atividade profissional. 
Certas doenças da coluna vertebral podem estar relacionadas ao trabalho. As dores musculares são 
um exemplo disso, especialmente, as dores da coluna lombar, denominadas lombalgias.
Problemas posturais, que podem gerar desvios no eixo ou aumento da curvatura preexistente da 
coluna vertebral, também podem causar dores comuns na coluna. 
5.5 Intoxicação no trabalho
O ambiente de trabalho pode apresentar vários fatores de risco ao trabalhador. A emissão de gases por 
meio de vazamentos de alguns equipamentos é uma das principais causas de intoxicação no trabalho. 
O próprio trabalhador, por vezes, pode cometer alguns erros que acarretam intoxicação, como: 
• ausência ou uso inadequado de EPIs; 
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• manuseio de produtos tóxicos em locais inadequados, como em ambientes abertos com ação do 
vento contra o próprio trabalhador; 
• uso da mesma roupa por vários dias consecutivos, ausência de banho diário e alimentação sem 
higiene das mãos; 
• banho com água quente antes do trabalho, o que provoca a dilatação dos poros da pele, facilitando 
a penetração de toxinas; 
• aplicação de produtos tóxicos em ambientes com temperaturas elevadas, que pode favorecer a 
penetração pela pele do trabalhador; 
• ficar sozinho em seu posto de trabalho, correndo o risco de não receber ajuda imediata em caso 
de intoxicação.
Outros fatores, como o armazenamento inadequado dos produtos tóxicos, também podem causar 
acidentes.
Ainda em relação ao trabalhador, é importante sua avaliação no que diz respeito a sua resistência 
àquele produto, como também a condição em que este trabalhador pode levar a contaminação para sua 
casa, como pela lavagem inadequada de suas roupas de trabalho com as pessoais. 
5.5.1 Classificação das intoxicações
As intoxicações são classificadas de três formas, de acordo com o que segue.
• Origem:
— acidentais: por medicamentos, alimentos, ambiente ou profissão; 
— intencionais: homicídios, suicídios ou doping; 
— genéticas: transmitidas geneticamente; 
— congênitas: adquiridas pelo feto na gestação; 
— sociais: dependência química.
• Efeitos:
— crônicas: de ação lenta e progressiva, com exposição contínua; 
— agudas: introdução rápida do agente tóxico no organismo, em dose única.
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• Níveis operacionais:
— altas doses: exposição curta; intoxicações agudas e acidentais; 
— doses médias: exposição por período maior; intoxicação profissional; 
— pequenas doses: exposição longa, com efeito teratogênico; intoxicação ambiental.
Os agentes tóxicos entram no organismo obedecendo a uma sequência de etapas determinadas.
• Absorção: é a passagem do agente tóxico do local de exposição para a corrente sanguínea. Ocorre 
pelas vias de penetração cutânea, digestiva, respiratória, além de outras menos comuns, como 
ocular, genital e dental. 
• Distribuição: após a absorção, o agente tóxico se difunde pelos tecidos através do sangue, do 
líquido intersticial e dos líquidos celulares. No corpo, existem os órgãos considerados de proteção, 
ou seja, quando armazenado, o agente tóxico dificilmente causa danos ao organismo. Os principais 
órgãos de proteção são as proteínas plasmáticas, o fígado e os rins. 
• Metabolismo: são os processos pelos quais o agente tóxico e seus metabólitos se modificam no 
organismo por reações enzimáticas e não enzimáticas. Algumas dessas transformações podem 
reduzir ou mesmo impedir seus efeitos, diminuindo a atividadee facilitando a excreção. O principal 
sítio de desintoxicação é o fígado, por meio de enzimas chamadas de biotransformadoras. 
• Excreção: são os processos pelos quais os agentes tóxicos são eliminados do organismo. A principal 
via de eliminação é a urinária, mas também pode haver excreção por via pulmonar, digestiva ou 
outras secundárias. 
6 PROGRAMAS DE PREVENÇÃO
O amplo campo de atuação da higiene e da segurança do trabalho atinge seus objetivos com a 
aplicação prática e eficaz de seus principais programas de prevenção: o Programa de Controle Médico 
de Saúde Ocupacional (PCMSO), o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o Programa 
de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT). Os dois primeiros são 
obrigatórios para todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores regidos pela CLT, e o 
PCMAT é específico para os da indústria da construção civil. 
Os responsáveis pela gestão desses programas são os profissionais que compõem o Serviço 
Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), que, em conjunto com 
a Cipa, realizam esforços na prevenção de acidentes e no controle da saúde nas empresas e em 
campanhas de conscientização para alcançar os objetivos citados. Aos profissionais especializados 
em Segurança e em Medicina do Trabalho, é vedado o exercício de outras atividades na empresa 
durante o horário de sua atuação nos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho.
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6.1 NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
O PPRA é definido e regulamentado pela NR 9, contida na Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 
1978, do Ministério do Trabalho e Emprego. Essa norma estabelece a obrigatoriedade da elaboração 
e da implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), por parte de todos 
os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados. O programa visa à 
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores e tem como forma de atuação a antecipação, 
o reconhecimento e a avaliação da situação. Em consequência disso, alcança o controle da ocorrência 
de riscos ambientais já existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, considerando a 
proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. 
As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob 
a responsabilidade do empregador e com a participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência e 
profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle. 
Quando não forem identificados riscos ambientais nas fases de antecipação ou reconhecimento, o 
PPRA poderá resumir-se nas seguintes etapas: 
• antecipação e reconhecimento dos riscos; 
• registro e divulgação dos dados.
O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da 
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto 
nas demais Normas Regulamentadoras, em especial, com o Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional (PCMSO). A NR 9 estabelece parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na 
execução do PPRA, podendo estes ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho. 
Conforme determina essa norma, são considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos 
e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em razão de sua natureza, concentração ou 
intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
O PPRA deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura:
• planejamento anual, com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; 
• estratégia e metodologia de ação; 
• forma de registro, manutenção e divulgação dos dados; 
• periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA. 
Sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, deve ser efetuada uma análise global do 
PPRA para avaliação do seu desenvolvimento, realização dos ajustes necessários e estabelecimento de 
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novas metas e prioridades. Suas alterações e complementações devem ser apresentadas e discutidas 
na Cipa, quando existente na empresa, de acordo com a NR 5, sendo sua cópia anexada ao livro de 
atas dessa comissão. 
O PPRA deve incluir as seguintes etapas:
• antecipação e reconhecimento dos riscos; 
• estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; 
• avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; 
• implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; 
• monitoramento da exposição aos riscos; 
• registro e divulgação dos dados.
A elaboração, a implementação, o acompanhamento e a avaliação do PPRA poderão ser feitos pelo 
SESMT ou por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver 
o programa.
 Observação
O PPRA tem como obrigatoriedades a avaliação, o controle e o 
monitoramento dos riscos físicos, químicos e biológicos do ambiente de 
trabalho; porém, fica a critério do SESMT a inclusão de outros riscos laborais, 
como o ergonômico e o de acidentes, em seu programa de prevenção, 
como é feito em algumas empresas, o que, se não é obrigatório pela NR 9, 
qualifica ainda mais a gestão dos riscos nas organizações.
A antecipação deverá envolver a análise de projetos de novas instalações, bem como de novos 
métodos ou processos de trabalho, ou de modificações dos já existentes, visando identificar os riscos 
potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação. O reconhecimento dos 
riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando aplicáveis: 
• identificação desses riscos; 
• determinação e localização das possíveis fontes geradoras; 
• identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de 
trabalho; 
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• identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos; 
• caracterização das atividades e do tipo de exposição; 
• obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde 
decorrente do trabalho; 
• possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados; 
• descrição das medidas de controle já existentes.
A avaliação quantitativa deverá ser realizada, sempre que necessário, para:
• comprovar o controle da exposição ou a inexistência de riscos identificados na etapa de reconhecimento; 
• dimensionar a exposição dos trabalhadores; 
• subsidiar o equacionamento das medidas de controle.
Quadro 2 – Modelo de matriz para antecipação e reconhecimento de riscos ambientais 
Reconhecimento dos riscos ambientais
Nome da empresa Funções existentes
Técnico de segurança responsável 
Setor de trabalho 
Descrição das atividades
Agentes Tipo Fonte geradora Gradação Medidas de prevenção
Efeitos Exposição EPC EPI
Físico
Químico
Biológico
Gradação dos riscos
Categoria Gradação de efeitos à saúde Categoria Gradação de exposição
0 Efeitos reversíveis e pequenos 0 Nenhum contato com o agente ou contato desprezível
1 Efeitos reversíveis à saúde, preocupantes 1 Contatos esporádicos com o agente
2 Efeitos severos à saúde, preocupantes 2 Contato frequente com o agente em baixas concentrações
3 Efeitos irreversíveis à saúde, preocupantes 3 Contato frequente com o agente em altas concentrações
4 Ameaça à vida, lesão incapacitante ocupacional4 Contato frequente em altíssimas concentrações
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6.2 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) 
O PCMSO é regulamentado pela NR 7, contida na Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, do 
MTE, e pode ser definido como um programa que tem como objetivo estabelecer o nexo causal entre a 
atividade profissional e um determinado risco no ambiente de trabalho. Após a detecção, monitora e faz 
o devido controle para que não venham a ocorrer danos à saúde do trabalhador. 
Deve ser elaborado e implementado por todos os empregadores e instituições, com o objetivo 
de promoção e preservação da saúde do conjunto de seus trabalhadores, sendo parte integrante do 
conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde de seus colaboradores, 
devendo, ainda, estar articulado com o disposto nas demais normas. 
Além de ser um programa voltado à saúde do trabalhador, o PCMSO deve:
• considerar as questões de incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de trabalhadores, 
privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e 
o trabalho; 
• ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados 
ao trabalho, inclusive, de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de 
doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores; 
• ser planejado e implantando com base nos riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente, os 
identificados nas avaliações previstas nas demais Normas Regulamentadoras; 
• obedecer a um planejamento cujas ações de saúde a serem executadas durante o ano estejam 
previstas, devendo ser objeto de relatório anual.
São responsabilidades do empregador: 
• garantir a elaboração e a efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia; 
• custear todos os procedimentos relacionados ao PCMSO, sem ônus para o empregado; 
• indicar, dentre os médicos do SESMT da empresa, um coordenador responsável pela execução 
do PCMSO; 
• no caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de acordo com a NR 4, 
deverá o empregador indicar médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para coordenar 
o PCMSO; 
• inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá contratar médico de outra 
especialidade para coordenar o PCMSO.
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Unidade III
O médico-coordenador deverá realizar os exames médicos previstos na NR 7 ou encarregá-los a 
profissional médico familiarizado com os princípios da patologia ocupacional e com as suas causas, bem 
como com o ambiente, as condições de trabalho e os riscos a que está ou será exposto cada trabalhador 
a ser examinado. 
O PCMSO deve incluir, no desenvolvimento de suas atividades, a realização obrigatória dos exames 
médicos descritos a seguir. 
• Admissional: deve ser realizado antes que o trabalhador assuma suas atividades.
• Periódico: é realizado periodicamente e deve considerar os prazos estipulados pelo 
médico-coordenador, a análise dos riscos por setor e função, assim como a idade do colaborador.
• Retorno ao trabalho: realizado obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao trabalho do 
colaborador ausente por período igual ou superior a 30 dias por motivo de doença ou acidente, 
de natureza ocupacional ou não, ou parto. 
• Mudança de função: realizado obrigatoriamente antes da data da mudança. Entende-se por 
mudança de função toda e qualquer alteração de atividade, posto de trabalho ou setor que implique 
a exposição do trabalhador a risco diferente daquele a que estava exposto antes da mudança. 
• Demissional: será obrigatoriamente realizado até a data da homologação da dispensa, desde que 
o último exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de 135 dias, para as empresas 
de graus de risco 1 e 2, e 90 dias, para as empresas de graus de risco 3 e 4. 
Os testes que devem compreender esses exames são: avaliação clínica, abrangendo anamnese 
ocupacional e exames físico e mental; além de exames complementares, realizados de acordo com os 
termos específicos na NR 7 em seus anexos. 
Para cada um desses exames realizados, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional 
(ASO), em duas vias. A primeira é arquivada no local de trabalho do funcionário, para que fique à 
disposição da fiscalização do trabalho, e a segunda é obrigatoriamente entregue ao trabalhador, 
mediante recibo da primeira. 
Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo a avaliação clínica e exames complementares, as 
conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registrados em prontuário clínico individual, que ficará 
sob responsabilidade do médico-coordenador, e deverão ser mantidos por um período mínimo de vinte 
anos após o desligamento do trabalhador. 
6.3 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção (PCMAT) 
O Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT) pode 
ser definido como um conjunto de ações relativas à segurança e à saúde no trabalho, ordenadamente 
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dispostas, visando à preservação da saúde e da integridade física de todos os trabalhadores de canteiro 
de obras, incluindo-se terceiros e o meio ambiente (MATTOS; MÁSCULO, 2011). 
De acordo com a NR 18, a elaboração e o cumprimento desse programa são obrigatórios nos 
estabelecimentos com vinte trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos dessa NR e outros 
dispositivos complementares de segurança.
Além de outras exigências, o PCMAT deve: 
• contemplar as exigências contidas na NR 9; 
• ser mantido no estabelecimento, à disposição do órgão regional do MTE; 
• ser elaborado e executado por profissional legalmente habilitado na área de segurança do trabalho. 
É importante salientar que a implementação do PCMAT nos estabelecimentos é de responsabilidade 
do empregador ou do condomínio e que o programa não é uma carta de intenções elaborada pela 
empresa, mas um elenco de providências a serem executadas em virtude do cronograma da obra 
(MATTOS; MÁSCULO, 2011). 
Nesse mesmo sentido, a NR 18 relata os documentos que integram esse programa: 
[...] Documentos que integram o PCMAT: 
a) Memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades 
e operações, levando-se em consideração riscos de acidentes e de 
doenças do trabalho e suas respectivas medidas preventivas; 
b) Projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as 
etapas de execução da obra; 
c) Especificação técnica das proteções coletivas e individuais a 
serem utilizadas; 
d) Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no 
PCMAT; 
e) Layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive, previsão 
de dimensionamento das áreas de vivência; 
f) Programa educativo contemplando a temática de prevenção de 
acidentes e doenças do trabalho, com sua carga horária (BRASIL, 2013a). 
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6.3.1 Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT)
Todas as empresas devem tratar da segurança e da prevenção de acidentes, bem como das condições 
do ambiente de trabalho, por meio dos instrumentos do SESMT e da Cipa. Estes serão os órgãos, dentro 
da empresa, responsáveispela proteção da integridade física do trabalhador e de qualquer condição 
anormal ao ambiente que possam afetar a saúde do trabalhador. 
A CLT, em seus artigos 162 a 165, bem como a Portaria nº 3.214/78, do Ministério do Trabalho e 
Emprego, regulamentam o SESMT e a Cipa, tornando-os obrigatórios em todas as empresas públicas 
e privadas, de administração direta ou indireta e dos Poderes Legislativo e Judiciário, desde que 
possuam trabalhadores que tenham vínculo empregatício regido pela CLT. 
Para sua implantação, deverá ser levado em conta o número de funcionários da empresa, além de 
quais são os riscos presentes no ambiente de trabalho. 
O SESMT tem como finalidade principal garantir a integridade física do trabalhador, de maneira que 
controle os riscos aos quais os profissionais possam estar expostos, avaliando de que maneira podem 
acontecer melhorias das condições em cada processo de trabalho, dentro da instituição, para que não 
ocorra aquilo que se busca prevenir: o acidente de trabalho.
O SESMT deverá ser composto pelos seguintes profissionais:
• engenheiro de segurança do trabalho; 
• médico do trabalho; 
• enfermeiro do trabalho; 
• técnicos de segurança do trabalho; 
• auxiliares de enfermagem do trabalho.
Os profissionais de nível médio, como o técnico de segurança do trabalho e o auxiliar de enfermagem 
do trabalho, devem dedicar oito horas por dia às atividades do SESMT. 
Profissionais graduados em nível superior, como o engenheiro de segurança do trabalho, o médico 
do trabalho e o enfermeiro do trabalho, devem dedicar-se às atividades do SESMT, no mínimo, três horas 
por dia, em tempo parcial, ou seis horas por dia, em tempo integral. 
 Lembrete
Aos profissionais especializados em Segurança e em Medicina do 
Trabalho, é vedado o exercício de outras atividades na empresa durante 
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o horário de sua atuação nos Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho. 
Serão de responsabilidade da equipe as competências expostas a seguir. 
• Aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e medicina do trabalho a todos os seus 
componentes, inclusive, como manusear máquinas e equipamentos, de maneira que reduza e, se 
possível, elimine os riscos ali existentes.
• Determinar quando esgotados todos os meios conhecidos para eliminação dos riscos; e, se 
persistirem, mesmo reduzidos, deverão ser utilizados, pelo trabalhador, os Equipamentos de 
Proteção Individual (EPIs), de acordo com o que determina a NR 6, desde que a concentração, a 
intensidade ou a característica do agente assim o exija.
• Promover a realização das atividades de conscientização, educação e orientação aos trabalhadores 
para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto por meio de campanhas 
quanto de programas de educação permanente. 
• Esclarecer e levar os empregados a conscientizar-se dos acidentes de trabalho e das doenças 
ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção.
• Analisar e registrar os acidentes ocorridos, com ou sem vítimas, e todos os casos de doença ocupacional.
• Registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e 
agentes de insalubridade.
• Elaborar plano de controle de efeitos de catástrofes, combate a incêndios, salvamento e 
pronto-atendimento a vítimas.
6.3.2 Dimensionamento do SESMT
O dimensionamento do SESMT deve ser vinculado à graduação do risco da atividade principal e ao 
número total de empregados da empresa. Para se chegar à composição do SESMT de uma determinada 
empresa, deve-se conhecer o grau de risco de sua atividade principal, ou seja, conhecer a Classificação 
Nacional da Atividade Econômica (CNAE) da empresa, para saber o grau de risco estabelecido pelo 
Ministério do Trabalho e Emprego.
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Unidade III
Na tabela a seguir, podemos verificar como acontece o dimensionamento de acordo com o Quadro 
II da NR 4:
Tabela 6 – Dimensionamento do SESMT
Grau de 
risco
Nº de empregados
50 a 100 101 a 250
251 a 
500
501 a 
1000
1001 
a 
2000
2001 
a 
3500
3501 
a 
5000
Acima de 5000 
Para cada grupo 
de 4000 ou 
fração de 2000 **Técnicos
1
Téc. Seg. Trabalho 1 1 1 2 1
Engenheiro Seg. Trab. 1* 1 1*
Aux. Enf. Trabalho 1 1 1
Enfermeiro do Trabalho 1*
Médico do Trabalho 1* 1* 1 1*
2
Téc. Seg. Trabalho 1 1 2 5 1
Engenheiro Seg. Trab. 1* 1 1 1*
Aux. Enf. Trabalho 1 1 1 1
Enfermeiro do Trabalho 1
Médico do Trabalho 1* 1 1 1
3
Téc. Seg. Trabalho 1 2 3 4 6 8 3
Engenheiro Seg. Trab. 1* 1 1 2 1
Aux. Enf. Trabalho 1 2 1 1
Enfermeiro do Trabalho 1
Médico do Trabalho 1* 1 1 2 1
4
Téc. Seg. Trabalho 1 2 3 4 5 8 10 3
Engenheiro Seg. Trab. 1* 1* 1 1 2 3 1
Aux. Enf. Trabalho 1 1 2 1 1
Enfermeiro do Trabalho 1
Médico do Trabalho 1* 1* 1 1 2 3 1
(*) Tempo parcial – mínimo de três horas. 
(**) O dimensionamento total deverá ser feito levando-se em consideração o dimensionamento de 3501 a 5000 mais o 
dimensionamento do(s) grupos(s) de 4000 ou fração acima de 2000.
Obs.: hospitais, ambulatórios, maternidades, casas de saúde e repouso, clínicas e estabelecimentos similares de saúde e repouso, 
clínicas e estabelecimentos similares com mais de quinhentos empregados deverão contratar um enfermeiro em tempo integral.
Fonte: Brasil (2009a, p. 27).
6.3.3 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa)
A Cipa foi criada a partir de uma sugestão de trabalhadores de diversos países que, reunidos 
na OIT, organizaram um comitê para estudos de segurança e higiene do trabalho, bem como de 
recomendações de medidas preventivas de doenças e acidentes do trabalho, que passariam a ser 
adotadas pelos países de acordo com o interesse de cada um em promover a melhoria nas condições 
de trabalho de seu povo. 
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Essa comissão tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho e 
a promoção da saúde do trabalhador de modo que torne compatível o trabalho com a preservação 
da vida. Atualmente, está regulamentada pelos artigos 162 a 165 da CLT e pela NR 5 do MTE, cujas 
instruções trazem diversos ensinamentos a todos os envolvidos no quesito segurança do trabalho e 
prevenção de acidentes. 
A Cipa será composta por representantes dos empregados e do trabalhador, de empresas privadas 
e públicas, sociedades de economia mista, órgãos de administração direta e indireta, instituições 
beneficentes e toda e qualquer instituição que tenha como regime trabalhista a CLT. 
A composição de representantes do empregador e dos empregados se dará da seguinte maneira: 
• representantes dos empregadores, titulares e suplentes, por eles designados; 
• representantes dos empregados, titulares e suplentes, eleitos em votação secreta da qual 
participam, independentemente de filiação sindical.
O mandato dos membros da Cipa terá duração de um ano, permitida uma reeleição, na qual é 
vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para o cargo, desde o registro de 
sua candidatura até um ano após o final de seu mandato. 
Dentre as atribuições da Cipa estão:
• identificar os riscos dos processos de trabalho e elaborar os mapas de riscos; 
• elaborar plano de trabalho com medidas de prevenção de acidentes; 
• participar da implementação e do controle de qualidade das medidas de prevenção necessárias; 
• realizar periodicamente verificações nos ambientes de trabalho, bem como em suas condições;• divulgar aos trabalhadores informações relativas à saúde e à segurança no trabalho; 
• requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador a paralisação de máquinas ou setor em que 
considere haver risco grave e iminente à segurança e à saúde dos trabalhadores; 
• colaborar para o desenvolvimento e a implementação do PCMSO e do PPRA, bem como de outros 
programas relacionados a segurança e saúde no trabalho; 
• promover anualmente, em conjunto com o SESMT, quando houver, a Semana Interna de Prevenção 
de Acidentes do Trabalho (Sipat).
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Unidade III
 Lembrete
É importante a consulta da NR 5, disponível no site do Ministério do 
Trabalho e Emprego, para conhecer todos os procedimentos do processo 
eleitoral, assim como a composição e o dimensionamento da Cipa, cujo 
número de efetivos e suplentes obedecerá aos critérios de número de 
funcionários e da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). 
6.4 A importância da medicina e segurança do trabalho preventiva
As mudanças no mundo do trabalho advindas das inovações tecnológicas e organizacionais têm 
incrementado significativamente a produção nas empresas, eliminando tarefas penosas ou pesadas. 
Essa relação estabelecida entre o homem e a tecnologia ocasionou novos riscos para a saúde dos 
trabalhadores nos aspectos físico, mental e social. 
Tal processo passou a exigir dos trabalhadores uma maior qualificação e uma crescente intervenção 
nos processos produtivos, o que, consequentemente, tornou-os mais suscetíveis a acidentes de trabalho. 
Apesar de tantas transformações serem tão evidentes, ainda fica difícil de serem captadas e 
apreendidas pelos profissionais. Atualmente, ainda nos deparamos com empresas desinformadas, 
desinteressadas ou até mesmo com dificuldades de solucionar assuntos relacionados a acidentes 
de trabalho. 
O Estado, como responsável pela fiscalização das condições de trabalho, bem como por toda a sua 
regulamentação, precisou adaptar-se para que houvesse uma intervenção adequada no ambiente de 
trabalho, relacionando-o com as causas das doenças. 
Dessa forma, houve uma necessidade de agregação da figura do médico do trabalho na condição 
de poder identificar quais eram as necessidades para ações preventivas dentro da empresa e, assim, 
diminuir a incidência de agravos à saúde do trabalhador. 
Com a diversidade de legislação que temos agregada ao nosso Poder Judiciário, as empresas 
acabam se limitando ao mínimo que a legislação pede, como se o cumprimento apenas de sua leitura 
fosse suficiente. No entanto, é necessária uma análise detalhada de todos esses documentos com 
o objetivo de instaurar uma cultura direcionada para a promoção de um ambiente saudável e a 
prevenção de agravos. 
O setor de Segurança e Saúde adquiriu grande importância e credibilidade, com o objetivo de 
preservar a saúde e a integridade física e moral dos trabalhadores. Isso aconteceu porque, atualmente, 
o entendimento de que o ambiente de trabalho é responsável por uma série de doenças ocupacionais 
aumentou, fazendo os empregadores e as empresas não encararem mais a necessidade de implantação 
de programas apenas como exigência de lei. 
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Assim, a antecipação, tanto pela equipe de segurança e saúde do trabalho quanto pelo trabalhador 
e pelo empregador, deve ser o grande objetivo da equipe de gestão, identificando quais são os riscos 
inerentes a cada processo de trabalho, observando as condições para que esse ambiente esteja livre 
de insalubridade ou para que, ao menos, esta seja a menor possível, garantindo um menor tempo de 
exposição do trabalhador a ela.
Além da antecipação dos possíveis riscos, é importante o treinamento adequado, permanente e 
constante, para que os trabalhadores compreendam sua responsabilidade no cuidado com o seu EPI, 
bem como a importância do uso correto deste em todas as ocasiões necessárias de uso. 
Com um pensamento preventivo, todos na empresa têm a ganhar. É possível melhorar a qualidade 
de vida no ambiente de trabalho, oferecendo condições de uma participação ativa de todos e, assim, 
conseguir fazer um levantamento criterioso dos problemas que acometem os trabalhadores e quais as 
melhores soluções. 
 Saiba mais
O Ministério do Trabalho e Emprego publicou, em 2010, pelo 
Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, um guia de análise 
no qual é possível ampliar seus conhecimentos sobre a importância da 
prevenção: 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Secretaria de Inspeção 
do Trabalho. Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho. Guia de 
análise: acidentes de trabalho. Brasília, 2010b. Disponível em: <http://portal.
mte.gov.br/data/files/FF8080812D8C0D42012D94E6D33776D7/Guia%20
AT%20pdf%20para%20internet.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2015.
 Resumo
Iniciamos nossa discussão sobre como podemos avaliar as sequelas 
deixadas pelos riscos ambientais, em especial, com o conhecimento sobre 
os limites de tolerância regulamentados pela NR 15 do Ministério do 
Trabalho e Emprego.
Abordamos quais são os equipamentos utilizados para avaliação 
e medição da intensidade de cada risco para a determinação da 
tolerância. Vimos os conceitos de tolerância, bem como a aplicação dos 
principais instrumentos de medição nas avaliações quantitativas dos 
riscos, dentre eles: decibelímetro, dosímetro, luxímetro, explosímetro, 
vibrômetro e acelerômetro.
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Unidade III
Além da avaliação da tolerância de cada risco, discutimos a necessidade 
de uma avaliação adequada do profissional, chamada de anamnese 
ocupacional, sendo imprescindível que o trabalhador tenha a avaliação de 
seu perfil ocupacional, de sua exposição ocupacional e da contaminação 
ambiental a que ele poderá estar exposto.
Vimos que, como necessidade ímpar, o ambiente hospitalar possui todos 
os riscos presentes, o que exige um aprendizado mais detalhado sobre as 
atividades nele desenvolvidas. 
Também abordamos algumas obrigações a serem seguidas pelas 
empresas. O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) 
é obrigatório para todas as empresas e instituições que admitam 
trabalhadores, com o objetivo de preservar a saúde e a integridade física 
dos empregados, identificando riscos ambientais existentes no trabalho 
(físicos, químicos e biológicos). Para tanto, impõe reconhecimento, 
avaliação e controle da ocorrência desses riscos ambientais, envolvendo 
ações, sob responsabilidade do empregador, cuja abrangência depende 
das características de cada ambiente de trabalho. 
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) é um 
programa técnico-preventivo a ser realizado pela empresa como parte 
do conjunto mais amplo de iniciativas no campo de proteção à saúde 
dos empregados. É obrigatório para todas as empresas e tem caráter de 
prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde 
relacionados ao trabalho. 
O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do 
Trabalho (SESMT) pretende promover a saúde e proteger a integridade 
do trabalhador no local de trabalho, devendo ser implementado 
obrigatoriamente em todas as empresas privadas e públicas que possuam 
empregados regidos pela CLT, conforme o grau de risco da atividade 
principal e o número de trabalhadores do estabelecimento. 
A Cipa é um instrumento de que os trabalhadores dispõem para tratar 
da prevenção de acidentes de trabalho, das condições do ambiente de 
trabalho e de todos os aspectosque afetam sua saúde e sua segurança. 
 Exercícios
Questão 1. (IBFC 2016) Segurança do trabalho, também denominada segurança ocupacional, é um 
conjunto de ciências e tecnologias que tem o objetivo de promover a segurança do trabalhador no seu 
local de trabalho. Assinale a alternativa incorreta:
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A) Os principais agentes físicos encontrados no ambiente hospitalar são: calor, ruído, radiações 
ionizantes, radiações não ionizantes e pressões anormais.
B) Os principais agentes químicos encontrados no ambiente hospitalar são: agentes de limpeza, 
desinfecção e esterilização, drogas quimioterápicas, gases medicinais e produtos para manutenção 
de equipamentos.
C) O risco biológico é menos comum e menos grave no ambiente hospitalar e está relacionado 
diretamente ao setor, cada setor terá seus riscos biológicos.
D) Além dos riscos físicos, químicos e biológicos, também existem no ambiente hospitalar os riscos 
mecânicos e ergonômicos
E) A incidência de acidentes perfurocortantes com material biológico na área da enfermagem é alta, 
a prevenção e treinamento constante e o uso de dispositivos de proteção é importante para a 
redução dessa incidência.
Resposta correta: alternativa C.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta. 
Justificativa: os principais agentes físicos encontrados no ambiente hospitalar são o calor, ruído, 
radiações ionizantes, radiações não ionizantes e pressões anormais. Embora os níveis de iluminação 
sejam relacionados diretamente a problemas de saúde, sua análise é feita por estar relacionada a todas 
as atividades de trabalho. O calor é uma forma de energia que pode ser transmitida de um corpo para 
outro, por radiação, condução ou convecção. 
B) Alternativa incorreta. 
Justificativa: os produtos químicos são largamente utilizados em hospitais com diversas 
finalidades, como agentes de limpeza, desinfecção e esterilização (quaternários de amônio, 
glutaraldeído, óxido de etileno etc.). São empregados também como soluções medicamentosas 
(drogas quimioterápicas, psicotrópicos, gases medicinais etc.). Podem ser utilizados como produtos 
de manutenção de equipamentos e instalações (óleo diesel, graxas, óleos lubrificantes, colas, 
solventes, mercúrio etc.).
C) Alternativa correta. 
Justificativa: o risco biológico é muito comum e mais grave no ambiente hospitalar e está relacionado 
diretamente ao setor, cada setor terá seus riscos biológicos dependendo da sanitização que se faça no 
local para evitar crescimento de biofilmes. 
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Unidade III
D) Alternativa incorreta. 
Justificativa: os riscos ambientais incluem os agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e 
acidentais existentes nos ambientes de trabalho e que podem causar danos à saúde do trabalhador. 
E) Alternativa incorreta. 
Justificativa: a incidência de acidentes perfurocortantes com material biológico na área da 
enfermagem é alta, com isso a educação continuada previne as incidências. 
Questão 2. (INSTITUTO AOCP 2015). O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) é 
aplicável a:
A) Todas as empresas com mais de 10 funcionários, sendo o empregador o responsável pela 
sua implantação.
B) Todas as empresas com mais de 50 funcionários, sendo o empregador o responsável pela 
sua implantação.
C) Todas as empresas com mais de 100 funcionários, sendo o empregador o responsável pela sua 
implantação.
D) Todas as empresas com mais de 500 funcionários, sendo o empregador o responsável pela 
sua implantação.
E) Todas as empresas, independentemente do seu número de funcionários, sendo o empregador o 
responsável pela sua implantação.
Resolução desta questão na plataforma.
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HIGIENE OCUPACIONAL 
Unidade IV
7 AÇÕES EMERGENCIAIS
O gerenciamento de riscos em instalações ou atividades perigosas deve apresentar medidas de 
prevenção contra acidentes maiores, o que exige a atuação sobre a frequência de ocorrência de falhas 
que possam resultar em acidentes, bem como sobre as possíveis consequências desses acidentes, caso 
venham a acontecer. Isso poderá reduzir os impactos causados às pessoas e ao meio ambiente.
O Plano de Emergência é parte integrante de um Programa de Gerenciamento de Risco (PGR) e 
tem como objetivo reduzir ao máximo os danos causados por acidentes.
Uma condição prévia para a elaboração de um plano adequado é obter um estudo minucioso de 
análise de risco, de forma que as tipologias acidentais, os recursos e as ações necessárias para minimizar 
os impactos possam ser dimensionados de maneira mais adequada. Assim, o estudo de análise de risco 
deve ser um pressuposto básico para a elaboração de um plano de emergência. No caso de acidentes 
maiores, a limitação dos danos é proporcional ao nível de planejamento. Portanto, um plano de 
emergência que seja cuidadosamente elaborado e implantado tem uma chance mais efetiva de evitar 
que um acidente se transforme num desastre.
Um plano de emergência deve fornecer um conjunto de diretrizes e informações, com o objetivo de 
adoção de procedimentos lógicos, técnicos e administrativos estruturados para proporcionar respostas 
rápidas e eficientes em situações de emergência.
De modo geral, o plano deve:
• proporcionar a restrição dos possíveis danos a uma determinada área, dimensionada anteriormente, 
evitando que os impactos ultrapassem os limites de segurança previamente estabelecidos; 
• abranger todas as ações necessárias para impedir que circunstâncias, internas ou externas às 
instalações envolvidas no acidente, colaborem para o seu agravamento; 
• ser um recurso prático, que proporcione respostas rápidas e eficazes em situações emergenciais; 
• ser o mais objetivo e breve possível, abrangendo, de forma clara, as obrigações e responsabilidades 
dos envolvidos.
O estudo de análise de risco deve ser considerado um pressuposto para a elaboração de um plano de 
emergência, porque dele devem ser extraídas, dentre outras, as seguintes informações:
• cenários acidentais; 
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Unidade IV
• consequências esperadas em cada uma das hipóteses acidentais consideradas; 
• possíveis impactos e áreas afetadas.
A partir dessas informações, é possível programar a elaboração do plano de emergência, pois passa 
a ser mais fácil o dimensionamento das seguintes ações:
• isolamento; 
• sinalização; 
• definição de pontos de encontro e rotas de fuga; 
• dimensionamento e localização estratégica de equipamentos de combate e de proteção individual; 
• definição de procedimentos de combate a vazamentos e incêndios.
De modo geral, um plano de emergência para o atendimento a acidentes que envolvam produtos ou 
atividades perigosas deve conter a seguinte estrutura:
• introdução; 
• características das instalações e atividades; 
• objetivo; 
• área de abrangência; 
• estrutura organizacional; 
• acionamento; 
• procedimentos de combate: 
— avaliação; 
— isolamento e evacuação; 
— combate a incêndios; 
— controle de vazamentos; 
— reparos de emergência; 
— ações de rescaldo (pós-emergenciais).
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Embora possam ser definidos procedimentos padronizados, é importante que sejam determinadas 
ações de combate compatíveis com os possíveis danos esperados em cada uma das hipóteses acidentais 
estudadas e seus respectivos cenários. Os resultados dos estudos de consequências, alcançados por meio 
de modelos de simulação, podem proporcionar dados importantes para estabelecer ações específicas. 
O isolamento e a evacuação de áreas, por exemplo, devem ser planejados com base nas distâncias dos 
vazamentos ou em outros fenômenos previamente estudados.
O êxito de uma operação de atendimento a acidentes maiores está intimamente ligado às ações de 
resposta previstas e iniciadas por um plano de emergência. Assim, para que as ações previstas tenham os 
resultados esperados em situações emergenciais, o plano deve ser devidamente divulgado internamente, 
além de ter integração com outros planos locais e regionais, junto a outras entidades que certamente 
deverão atuar em conjunto na resposta aos acidentes.
A implantação do plano, além da divulgação, está relacionada ao suprimento dos recursos, humanos e 
materiais, necessários e compatíveis com o tamanho das ocorrências que podem necessitar atendimento.
Da mesma forma, faz parte da aplicação do plano a implementação e a manutenção de um programa 
de treinamento, com diferentes níveis de dificuldade, abrangendo treinamentos teóricos e individuais, 
além de exercícios de campo e operações simuladas de coordenação. 
Após a etapa de implantação, um plano de emergência deve ser atualizado e revisado 
de forma periódica, de acordo com a experiência adquirida ao longo do tempo, tanto nos 
atendimentos reais quanto nos treinamentos. É importante que a manutenção do plano 
contemple as seguintes atividades:
• sistema de atualização de informações; 
• registros dos atendimentos realizados; 
• reavaliação periódica dos procedimentos; 
• reposição e renovação de recursos.
7.1 Proteção contra incêndios
Para o surgimento do fogo, são necessários os seguintes elementos: combustível, comburente, calor 
e reação em cadeia. Dispostos de forma conjunta, tais elementos constituem o tetraedro do fogo e são 
responsáveis pela origem do processo de combustão. As particularidades de cada elemento do tetraedro 
e suas funções básicas nessa reação química são:
• combustível: é todo material, em estado sólido, líquido ou gasoso, com capacidade para queimar 
e, assim, alimentar a combustão; 
• comburente: é o elemento que possibilita vida às chamas, por meio do consumo do oxigênio no ambiente; 
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• reação em cadeia: é o processo contínuo do fogo por meio da combustão dos gases inflamáveis, da 
fumaça, de resíduos particulados e do oxigênio ainda presente, gerando mais fogo, sucessivamente; 
• calor: é uma forma de energia na qual as moléculas aumentam sua velocidade e sua vibração, 
elevando a temperatura de determinado material ou substância, em virtude de um processo físico 
ou químico.
A propagação do fogo será interrompida com o uso de um determinado agente extintor que tenha 
como finalidade eliminar um ou mais componentes do tetraedro do fogo, extinguindo a combustão. 
Apesar de ser um fenômeno natural, o fogo tem particularidades que dão a impressão de que ele 
“age por vontade própria”, como se tivesse “vida”. No entanto, trata-se de uma reação química oxidante 
de alta destruição, que deve ser estudada para evitar desastres sem proporções e para ser combatida de 
forma que diminua danos à comunidade, ao patrimônio e ao meio ambiente. 
Como o incêndio pode ocorrer em ambientes fechados, locomove-se e é influenciado por agentes 
externos, é de vital importância adotar procedimentos corretos no combate a ele para resguardar a 
segurança física dos brigadistas e do Corpo de Bombeiros.
 Saiba mais
Cada Estado possui uma Corporação de Bombeiros, pois estes são 
profissionais militares. É interessante fazer uma busca em seu Estado e 
visitar o site do Corpo de Bombeiros de sua região. É possível encontrar 
informações sobre cursos, legislação e vistorias. A seguir, alguns endereços 
eletrônicos do Corpo de Bombeiros de diferentes localidades: 
<http://www.bombeiros.pa.gov.br/>.
<http://www.cbm.sc.gov.br/hotsite/>.
<http://www.corpodebombeiros.sp.gov.br/>.
<http://www.pm.ba.gov.br/bombeiros/>.
<https://www.cbm.df.gov.br/>.
Um incêndio pode se estender de forma contínua e progressiva para outros setores, pavimentos e 
edificações vizinhas por meio do calor, propagando-se de três diferentes maneiras: 
• convecção: transferência de calor por meio de camadas de ar quente (gases) de forma 
ascendente (subida); 
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• condução: transferência de calor, de molécula a molécula, multiplicando-se em um mesmo corpo 
sólido, aquecendo-o em toda a sua extensão; 
• irradiação: transferência de calor por meio de ondas caloríficas, irradiando em todas as direções, 
possibilitando o surgimento de focos no que estiver ao redor.
Os incêndios são classificados com a finalidade de avaliar a periculosidade dos materiais envolvidos 
em possíveis ocorrências e, com isso, utilizar o agente extintor adequado no combate a esses incêndios, 
conforme as particularidades de cada sinistro.
Esta classificação foi elaborada pela entidade americana National Fire Protection Association (NFPA) 
e é aceita internacionalmente pelos Corpos de Bombeiros, inclusive nas corporações do Brasil e nas 
instruções técnicas vigentes no País. 
Classe A – incêndio em materiais sólidos, como madeira, papel e tecido 
etc. Esses materiais apresentam duas propriedades: deixam resíduos 
quando queimados (brasas, cinzas, carvão) e queimam em superfícies e 
em profundidade. 
Classe B – incêndio em líquidos inflamáveis, como óleo, gasolina, querosene 
etc. Esses materiais apresentam duas propriedades: não deixam resíduos 
quando queimados e queimam somente em superfície. 
Classe C – incêndio em equipamentos elétricos energizados, como 
máquinas elétricas, quadros de força etc. Ao ser desligado o circuito 
elétrico, o incêndio passa a ser de classe A. Importante: não jogue água 
em fogo de classe C (material elétrico energizado), porque a água é boa 
condutora de eletricidade. 
Classe D – incêndio em metais que inflamam facilmente, como alumínio em 
pó, magnésio, carbonato de potássio etc. Não jogue água neste incêndio, 
pois na presença da água esses metais reagem de forma violenta (SÃO 
PAULO, 2011a, p. 14-5). 
 Observação
Apesar de pouco divulgadas, existem mais duas classes de incêndio 
reconhecidas internacionalmente no combate a incêndios: 
• Classe E: que trata do fogo em materiais radioativos e nucleares.
• Classe K: que trata do fogo em cozinhas industriais e similares (banha, 
gordura e óleo). 
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7.1.1 Métodos de extinção de incêndios
Para que a inibição do princípio das chamas, durante sua propagação descontrolada, não atinja o 
estágio de um incêndio generalizado, devem ser utilizados métodos e equipamentos adequados para a 
extinção do fogo. Assim, é importante anular um ou mais elementos que compõem o tetraedro do fogo, 
quebrando o ciclo de alimentação das chamas. 
O procedimento correto para a interrupção desse ciclo constante é a utilização dos métodos de 
extinção de incêndio obedecendo às características de cada classe de incêndio e, desse modo, oferecendo 
um combate com maior eficiência e sem riscos adicionaisna hora da ocorrência. 
São métodos eficientes para a extinção do fogo: 
• isolamento: trata-se da retirada do material combustível que ainda não foi atingido, evitando o 
aumento da área incendiada; 
• resfriamento: consiste na retirada do calor do material combustível, diminuindo sua temperatura 
com a utilização de água; 
• abafamento: é a retirada do comburente (oxigênio), eliminando o elemento que intensifica a 
propagação do fogo e utilizando agentes extintores de origem natural (areia, terra) ou químico 
(bicarbonato de sódio, sulfato de alumínio, grafite em pó); 
• quebra da reação em cadeia: consiste na interrupção da reação em cadeia, bloqueando o seu ciclo 
contínuo diretamente na área das chamas, com agentes extintores que reajam ao contato com o 
fogo e eliminem o comburente.
7.1.2 Extintores de incêndio
A melhor opção para o combate de princípios de incêndio são os extintores portáteis, ou sobre rodas, 
que têm como finalidade extinguir pequenos focos em ambientes pequenos ou outras situações em que 
o fogo não saiu do controle. No entanto, devem ser utilizados com agilidade e manuseio correto, pois 
suas cargas são suficientes para ocorrências rápidas e podem esvaziar em pouco tempo.
Como qualquer equipamento de segurança, os extintores só deverão ser utilizados se obedecerem 
às normas brasileiras ou aos regulamentos técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização 
e Qualidade Industrial (Inmetro). Além disso, para o melhor aproveitamento dos extintores em situações 
de emergência, é preciso observar as diretrizes de instruções técnicas e as normas vigentes em relação 
ao seu uso e acondicionamento. 
Os extintores de incêndio e suas aplicações são classificados, de acordo com a classe de fogo a 
extinguir, da seguinte forma: 
• extintor de espuma: usado nos fogos das Classes A e B (abafamento e resfriamento); 
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• extintor de gás carbônico: indicado nos fogos das Classes B e C, e na Classe A em seu início 
(abafamento); 
• extintor de pó químico seco: usado nos fogos das Classes B e C (abafamento); 
• extintor de água pressurizada: indicado nos fogos de Classe A (resfriamento). 
 Observação
Para o uso correto do extintor, é essencial transportá-lo até as 
proximidades do fogo, soltar a trava de segurança e apontar o mangotinho 
para a base do fogo, apertando o gatilho. 
7.2 Sistemas de alarmes
Em qualquer ocorrência que possa causar algum evento adverso que venha a colocar em risco o 
patrimônio, o meio ambiente e principalmente a vida humana, devem ser adotados procedimentos 
técnicos de prevenção. Com relação à proteção contra incêndios, não poderia ser diferente. A utilização 
de um sistema provido de alarmes de detecção de incêndios é importante para a antecipação do 
surgimento desses sinistros. 
Para maior eficiência em um trabalho preventivo, nesse aspecto, é necessária a implantação de 
equipamentos que atendam às principais normas, instruções técnicas e legislações vigentes para se 
obter um aparelhamento de segurança de forma criteriosa e ampla, que alcance todo o ambiente a 
ser protegido. Um sistema de alarme e detecção de incêndio, dependendo do porte físico da área a ser 
instalada (cinemas, indústrias, shopping depósitos), deve conter:
• detectores térmicos de fumaça e de gases; 
• alarmes de emergência; 
• dispositivos de pronta-resposta; 
• dimensionamento adequado do sistema; 
• central de alarme (controle e supervisão).
Os detectores de incêndio têm a finalidade de registrar e analisar a presença ou a variação de 
fenômenos físicos (calor) ou químicos (GLP, gases inflamáveis), transmitindo essas informações a 
uma central de controle e acionando outros dispositivos de segurança. Os principais detectores de 
incêndio são os descritos a seguir.
• Detectores de temperatura: quando há alteração de temperatura no ambiente, ultrapassando um 
valor preestabelecido. Podem ser classificados em: 
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— Detectores térmicos: detectam a ultrapassagem de temperaturas predeterminadas, que 
indiquem o princípio de incêndio de forma convicta. 
— Detectores termovelocimétricos: detectam a rápida elevação da temperatura em ambientes 
com presença de calor, fumaça e gases, e que poderiam indicar falsamente os princípios de 
incêndio em locais como saunas e cozinhas industriais. 
— Detectores lineares: detectam variações de temperatura por meio de cabos com pequenos 
sensores. São indicados para grandes áreas e longas distâncias, como túneis de metrô, linhas 
de gás e refinarias. 
• Detectores de fumaça: são dispositivos para detecção de fumaça, gases e partículas, e são 
classificados em:
— Detectores iônicos: são dispositivos que detectam gases ou partículas, visíveis ou não, ainda na 
fase de pré-combustão, antes que se inflamem e se transformem em chamas. 
— Detectores ópticos: detectam sinais visíveis, indicando a presença de fumaça. 
— Detectores por aspiração: detectam partículas de fumaça em pré-combustão suspensas no ar, 
que são aspiradas, por meio de dutos, para uma câmara sensível na qual são analisadas suas 
variações de temperatura. 
• Chuveiros automáticos (sprinklers): são detectores providos de bico com ampola que se estilhaçam 
a uma temperatura preestabelecida. Ao detectarem elevação de temperatura e/ou presença de 
fumaça e gases, liberam água pressurizada canalizada e iniciam imediatamente o combate ao 
fogo. Além disso, possibilitam a redução do calor, fornecendo, assim, condições de fuga para as 
possíveis vítimas. 
7.2.1 Acionadores manuais e alarmes
Acionadores manuais são alarmes que devem ser utilizados com a finalidade de aviso de emergência 
para a população de uma determinada área em caso de ocorrência de um sinistro de grande porte que 
venha a oferecer risco iminente a todos, necessitando, assim, de rápida retirada para um local seguro. 
Seu acionamento depende da ação humana e serve como aviso nos mais variados desastres – incêndios, 
inundações, perigo de desabamento –, por isso devem ser utilizados somente em casos de máxima 
urgência ou em exercícios simulados de plano de abandono. 
Conforme as orientações dos requerimentos legais, os acionadores manuais devem obedecer à 
seguinte padronização: 
• serem instalados em áreas com grande trânsito de pessoas (corredores, saídas principais, áreas 
de lazer); 
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• possuírem dispositivo que impeça o acionamento acidental; 
• serem instalados em locais visíveis; 
• os botões acionadores devem estar acondicionados em caixas lacradas, com tampa de vidro ou de 
plástico quebrável e pintados nas cores padronizadas (geralmente vermelho); 
• a caixa deve conter a inscrição “quebrar em caso de emergência”.
Todos os detectores de incêndio, chuveiros automáticos e acionadores manuais devem ser instalados 
em número suficiente e que atenda às necessidades das áreas a serem protegidas. As campainhas devem 
emitir som em tonalidade diferente daquelas dos alarmes sonoros dos estabelecimentos, dos pavimentos 
ou das edificações locais, para possibilitar sua distinção. 
Todos os dispositivos de detecção de incêndio e alarmes devem estar conectados a uma central de 
alarme, em local seguro, de preferência em setores afastados do prédio principal, como portarias, ou em 
áreas com pouca probabilidade de serem atingidas por um incêndio ou outros sinistros de grande porte. 
Dependendo do porte das instalações físicasdo empreendimento e do grau de risco, é importante que 
essa central tenha interligação com outros dispositivos de segurança para controle e supervisão, como: 
• verificação dos níveis das caixas d’água; 
• pressurização das linhas de hidrantes e chuveiros sprinklers; 
• desenergização de todas as áreas, inclusive das saídas de emergência, escadarias e portas 
corta-fogo; 
• sistema de comunicação direta com o Corpo de Bombeiros e com a brigada de incêndio.
7.3 Riscos de explosões
Uma preocupação são os incêndios causados por explosões provenientes de armazenamento 
inadequado de produtos perigosos. É de suma importância o conhecimento das características e dos 
perigos de produtos utilizados nas dependências específicas de cada área de atuação (como os setores 
produtivos), para servir como parâmetro na adoção de medidas de prevenção, emergência e treinamento. 
Quaisquer procedimentos de prevenção devem ser baseados em medidas técnicas elaboradas 
por profissionais com conhecimento em segurança do trabalho, prevenção em combate a incêndios, 
profissionais da área ambiental e outros que estejam familiarizados com as normas técnicas vigentes 
quanto ao assunto em questão, como: 
• Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho.
• Normas Brasileiras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
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• Instruções Técnicas dos Corpos de Bombeiros.
• Legislações ambientais.
• Outras leis e normas regulamentadoras.
7.3.1 Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)
O GLP, ou gás de cozinha, como é popularmente conhecido, é um líquido inflamável derivado 
do petróleo, confinado sob pressão em um recipiente metálico (botijão). Esse material é composto 
por propano e butano, não é tóxico, é asfixiante, mais pesado que o ar e inodoro (o cheiro ocorre 
em razão de um produto denominado mercaptana, adicionado ao GLP). Em áreas industriais e 
edificações residenciais, é obrigatório seu armazenamento em locais externos (baterias de gás), 
com fornecimento canalizado.
É importante a instalação de detectores desses gases em cozinhas industriais, refinarias e outros 
locais em que se faça necessário, para a inibição de vazamentos. No caso de residências particulares, 
nas quais o histórico de acidentes é muito alto e geralmente os botijões estão em locais confinados, são 
necessários alguns cuidados em caso de vazamentos: 
• nunca acionar interruptores de luz; 
• abrir portas e janelas; 
• fazer ventilação manual; 
• isolar a área e acionar o Corpo de Bombeiros.
7.4 Brigada de incêndio
O incêndio é um evento de emergência. Se não houver uma preparação do contingente de pessoas 
envolvido no combate ao fogo, poderá haver pânico e, consequentemente, mais vítimas. Isso pode ser 
evitado com os exercícios de alerta, para que não ocorram danos maiores por falta de conhecimento 
técnico e operacional do fogo, dos equipamentos de combate e das rotas de fuga. 
É necessário o apoio de pessoas treinadas para exercer a função de controlar a situação e ditar 
comandos e orientações até a chegada do Corpo de Bombeiros. Por isso, é importante a implantação de 
uma brigada de incêndio, pois ela realizará as primeiras ações de combate ao fogo no seu início e fará 
o atendimento às primeiras vítimas, até a chegada de ajuda especializada.
Mais que uma necessidade, a formação da brigada é obrigatória, como determina a Instrução Técnica 
nº 17/2011 do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo e de outras corporações, bem como a NR 
23, de Segurança e Medicina do Trabalho, que determina ao empregador a incorporação de grupos de 
pessoas que possam atender a essa finalidade. 
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Com o intuito de alcançar uma preparação adequada, os candidatos a brigadistas devem passar 
por um curso de formação para atender aos requisitos mínimos de treinamento e ter aproveitamento 
satisfatório tanto na aplicação prática quanto na teórica. 
Conforme a IT nº 17/SP (SÃO PAULO, 2011b), o profissional habilitado para a formação e a reciclagem 
da brigada de incêndio deve preencher os seguintes requisitos: 
• ter formação em Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho e ser devidamente registrado nos 
conselhos regionais competentes ou no Ministério do Trabalho; 
• o médico e o enfermeiro do trabalho só podem se responsabilizar pelo treinamento de primeiros socorros; 
• ter Ensino Médio completo e especialização em Prevenção e Combate a Incêndio. 
As principais atribuições da brigada de incêndio são: 
• ações de prevenção: análise de riscos, notificações de irregularidades, orientação à população fixa 
e à flutuante, participação nos exercícios simulados e conhecimento do plano de emergência; 
• ações de emergência: alarme, abandono de área, acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou de 
ajuda externa, corte de energia, primeiros socorros, combate ao princípio de incêndio, recepção e 
orientação do Corpo de Bombeiros.
7.5 Plano de abandono
Para maior eficiência na retirada da população local em caso de ocorrência de incêndio, um 
plano de abandono deve ser implantado, e seu treinamento deve ser feito por meio de exercícios 
simulados envolvendo todas as pessoas pertencentes à área de interesse (setores, pavimentos, 
edificações). Esses exercícios devem atender a certos requisitos para um plano de abandono correto 
e bem-preparado: 
• ser realizados periodicamente e, de preferência, sem aviso; 
• ser o mais próximos possível da realidade; 
• ser realizados sob a direção de grupos de pessoas capazes de prepará-los e dirigi-los. 
Tais exercícios têm a finalidade de averiguar a eficiência do que foi planejado e executado, como: 
• o tempo gasto no abandono; 
• o tempo gasto no atendimento aos primeiros socorros; 
• a atuação da brigada; 
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• o comportamento da população; 
• o tempo gasto até a chegada do Corpo de Bombeiros; 
• falhas operacionais e de equipamentos; 
• ponto de encontro.
O plano de abandono é parte integrante do conteúdo de formação da brigada de incêndio e, 
sempre que possível, deve ser trabalhado em conjunto com integrantes de outras áreas, como os 
colaboradores envolvidos na segurança do trabalho (SEMST e Cipa), e de outros setores da empresa 
(segurança patrimonial, manutenção e outros), com a intenção de alcançar melhorias no planejamento 
dos exercícios e de promover participação na parte preventiva. 
Para uma melhoria contínua, é importante atentar a outros detalhes que possam ser úteis nos planos 
de emergência, como deixar em local visível e acessível telefones de emergência (Corpo de Bombeiros, 
Defesa Civil, Polícias Civil e Militar, hospitais etc.), mapas dos arredores para possível locomoção de 
transporte das vítimas e planos de ajuda mútua com empresas e edificações vizinhas, em caso de 
necessidade. 
 Observação
Para que o plano de abandono tenha êxito, são importantes treinamentos 
periódicos envolvendo a equipe da brigada e a população local.
7.6 Plano de gerenciamento de risco
7.6.1 Sistema de gestão
Ao estudarmos as funções administrativas, verificamos que o planejamento, a organização, a 
coordenação, a direção e o controle constituem-se no processo de gerir pessoas e organizações em 
busca da realização dos objetivos propostos. 
Sistema de Gestão, segundo Cicco (1996 apud MULATINHO, 2001), 
[...] é um conjunto, em qualquer nível de complexidade, de pessoas, recursos, 
políticas e procedimentos, componentes esses que interagemde modo organizado 
para assegurar que [...] uma dada tarefa seja realizada, ou para alcançar um 
resultado especificado (CICCO, 1996 apud MULATINHO, 2001, p. 45). 
Já segundo Cardella (1999 apud MULATINHO, 2001, p. 45), “Sistema de Gestão é um conjunto de 
instrumentos inter-relacionados, interatuantes e interdependentes, que a organização utiliza para 
planejar, operar e controlar suas atividades para atingir objetivos”.
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A gestão eficiente e eficaz é feita de forma que as necessidades e os objetivos das pessoas sejam 
consistentes e complementares aos objetivos da organização a que elas estão ligadas. 
Os objetivos de uma organização devem ser definidos de forma clara e concisa, comunicados 
a todos os níveis hierárquicos e conhecidos por todos os elementos envolvidos na execução 
dos trabalhos. 
Segundo Cardella (1999 apud MULATINHO, 2001, p. 46), a empresa é, ao mesmo tempo, uma 
unidade de produção e uma organização social sobre a qual influi a realidade social, econômica e 
cultural de seus trabalhadores e consumidores, e “são instrumentos do sistema de gestão: princípios, 
objetivos, estratégias, política, diretrizes, sistemas organizacionais e operacionais, programas (projetos, 
metas, planos), atividades, métodos, normas e procedimentos”. Estes instrumentos de gestão podem ser 
definidos da seguinte forma: 
• Princípio é a base sobre a qual o sistema de gestão é construído. Resulta da filosofia, do 
paradigma dominante.
• Objetivos são os resultados que se deseja atingir. 
• Estratégia é um caminho para atingir o objetivo.
• Política é um conjunto de regras comportamentais ou colocação dos objetivos como guia para a 
ação administrativa.
• Diretriz é uma orientação, são linhas mestras de ação para cada área de trabalho.
• Sistema organizacional é um sistema no qual as relações entre pessoas predominam sobre as 
relações entre equipamentos.
• Sistema operacional é aquele em que predominam as relações entre equipamentos sobre as 
relações entre pessoas.
• Programa é um conjunto de ações desenvolvidas dentro de um determinado campo de ação. 
É constituído por objetivos específicos, diretrizes, estratégias, metas, projetos, atividades e 
planos de ação.
• Meta é um ponto intermediário na trajetória que leva ao objetivo. 
• Projeto é a menor unidade de ação com características repetitivas, utilizadas para atingir e/ou 
manter metas e objetivos. 
• Plano de ação é um conjunto de ações integradas para atingir determinada meta, com indicação 
de quem, quando e onde serão executadas.
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• Método é um caminho geral para resolver problemas. 
• Normas são regras que asseguram os procedimentos. Regras são restrições impostas a 
procedimentos, processos, operações ou equipamentos.
• Procedimento é o detalhamento de atividades que devem ser executadas.
 Observação
“A gestão eficiente e eficaz é feita de forma que as necessidades e [os] 
objetivos das pessoas sejam consistentes e complementares aos objetivos 
da organização a que elas estão ligadas” (CARDELLA, 1999, p. 51).
Existe uma grande diferença entre gerenciar pessoas e gerenciar com pessoas. No primeiro caso, 
as pessoas são o objeto da gerência, elas são guiadas e controladas para o alcance de determinados 
objetivos. No segundo caso, as pessoas são o sujeito ativo da gerência, elas é que guiam e controlam 
para alcançar determinados objetivos individuais e organizacionais. 
Segundo Chiavenato (1997 apud MULATINHO, 2001, p. 48), gerenciar é chegar a um alto 
grau de cooperação e de comprometimento, isto é, mais do que gerenciar pessoas, é gerenciar 
com pessoas. Esse é o caminho para a modernização e a competitividade das empresas. Toda 
atividade acidental, supérflua ou residual deve ser eliminada prontamente. O gerente precisa 
ser objetivo, tornar a organização mais flexível, mais elástica, mais maleável, mais rápida e, 
sobretudo, mais humana. Na realidade, gerenciar com pessoas é a principal consequência da 
gerência participativa. 
O gerenciamento participativo é uma evolução do processo democrático e constitui uma forma de 
administração na qual as pessoas tenham possibilidades de: participar; questionar; discutir; sugerir; e 
alterar um projeto, uma decisão ou uma proposta. 
Todas as pessoas têm visão clara do negócio, conhecem os objetivos e as metas pretendidas, e as 
decisões são do grupo, mediante consenso e máximo envolvimento das pessoas. As responsabilidades 
são definidas para permitir a contribuição pessoal e a grupal. 
O futuro das organizações está: na administração participativa; no envolvimento dos profissionais; 
no clima organizacional (sentimento em relação à empresa); na valorização da mudança; na liderança 
situacional; no planejamento estratégico situacional; na responsabilidade objetiva; na democratização 
das informações; na valorização do trabalho; e na valorização dos clientes. 
A administração participativa representa o envolvimento das pessoas na gestão da empresa, supõe 
um processo de mudança cultural. Nas empresas em que as pessoas são ouvidas, as ideias e sugestões 
podem fluir com mais facilidade, trazendo importantes contribuições para os negócios (CHIAVENATO, 
1994 apud MULATINHO, 2001). 
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7.6.2 Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho/British Standard – BS8800 
A Norma BS 8800 é de origem britânica, elaborada pelo Occupational Health and Safety Management 
– Comitê Técnico HS de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho. Levou aproximadamente 15 meses 
para ser discutida a aprovada oficialmente. Entrou em vigor no dia 15 de maio de 1996. Trata-se de um 
guia de diretrizes aplicável a qualquer organização, independentemente do tamanho ou da natureza do 
negócio. Compatível com as Normas Regulamentadoras (NR) do Ministério do Trabalho, complementar 
a outros Sistemas de Gestão existentes e integrável à ISO 9001 e à ISO 14001, fornece a estrutura (diz o 
que fazer). Os anexos da norma dão detalhes de como implementar os vários elementos do sistema – a 
norma diz como fazer, não é certificável, recebe da entidade certificadora apenas um certificado que 
atesta a conformidade aos requisitos da norma. 
Norma é uma regra que estabelece como o serviço deve ser realizado, é um documento que contém 
instruções estruturadas e objetivas com fins determinados.
Essa norma tem como objetivos principais aumentar a eficiência produtiva; fortalecer a competição 
de mercado; facilitar acesso à informação, de forma organizada, sistemática e criteriosa, constituindo 
um instrumento de consulta permanente para todas as pessoas da empresa; padronizar e uniformizar o 
desempenho das pessoas; assegurar a compatibilidade física e funcional; propiciar gerenciamento eficaz 
de processos; e contribuir para o bem-estar do cidadão. 
A norma BS 8800 propõe um modelo de gestão, dá orientações quanto ao desenvolvimento de 
Sistemas de Gestão da SST e à ligação com outras normas sobre Sistemas de Gestão, devendo-se 
observar a influência dos fatores humanos, culturais, políticos etc. dentro das organizações que podem 
determinar ou destruir a eficácia de qualquer Sistema de Gestão. 
Tais fatores devem ser analisados cuidadosamente quando da implementação do guia. A partir 
de critérios definidos, as organizações poderão ser capazes de estabelecer procedimentos para definir 
políticas e objetivos, implementar o Sistema de Gestão de SSTe demonstrar que os atingiram. 
É necessário tratar a segurança e a saúde no trabalho como um sistema, buscando sinergia e otimização 
do desempenho das várias partes funcionais de uma empresa. No Brasil, algumas organizações estão 
adotando a BS 8800 como padrão de referência do sistema de gestão de SST. 
De acordo com Cicco (1996 apud MULATINHO, 2001), para a implantação de um Sistema de 
Gestão eficaz, deverão ser observados o porte da organização, as atividades desenvolvidas, os perigos 
existentes e as condições de funcionamento para a definição da forma e da extensão dos elementos 
a serem aplicados. 
A BS 8800 abrange alguns elementos do Sistema de Gestão, como os seguintes. 
• Análise crítica da situação: o objetivo é fazer o diagnóstico da situação atual da empresa, 
analisando as ações que estão sendo desenvolvidas, e adequá-las no processo de planejamento 
do Sistema de Gestão.
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• A política de SST: consiste em características, como o comprometimento da alta administração 
com o desempenho dos negócios e o reconhecimento da importância da SST; o fornecimento 
de recursos; o estabelecimento de objetivos e o envolvimento e treinamento de funcionários de 
todos os níveis; e a realização de auditoria periódica de conformidade com a política. 
• Planejamento: significa visualizar o futuro e traçar o programa de ação definindo o que, quem, 
onde, quando, para que o resultado desejado seja atingido, ressaltando, nesse planejamento, a 
importância da avaliação de riscos que deve ser realizada pela organização.
• Implementação e operação: a norma prevê a existência de um representante da alta administração 
para coordenar e garantir a implementação e o desempenho do sistema.
• Verificação e ação corretiva: a mensuração do desempenho consiste em identificar os erros 
ou desvios, a fim de corrigi-los e evitar sua repetição, bem como em informar se tudo está 
sendo realizado em conformidade com o que foi planejado e organizado, para assegurar que os 
objetivos sejam atingidos.
• Análise crítica pela administração: deverão ser realizadas análises críticas periódicas para identificar 
que ação é necessária para corrigir quaisquer deficiências, observando-se o desempenho macro do 
Sistema de Gestão de SST; o desempenho dos elementos individuais do sistema; as observações das 
auditorias; fatores internos e externos, como mudanças na estrutura organizacional; pendências 
legais; introdução de novas tecnologias; e outros. 
Além desses elementos, a BS 8800 conta com seis anexos, nomeados: A, B, C, D, E e F. O Anexo 
A mostra a inter-relação deste guia com a ISO 9001, bem como orienta as organizações que já 
operam ou que desejam operar a norma internacional sobre Sistemas de Gestão de Qualidade, para 
integrar a SST ao seu Sistema de Gestão planejado ou existente. O Anexo B contém orientações 
em relação à organização, bem como fornece orientação sobre alocação de responsabilidades e 
organização de pessoas, recursos, comunicações e documentação para definição e implantação da 
política e administração eficaz do SST. O planejamento e a implementação do SST estão contidos 
no Anexo C, que descreve um procedimento de planejamento que as organizações que desejem 
desenvolver qualquer aspecto do seu Sistema de Gestão podem utilizar. O Anexo D explica a 
necessidade, os princípios e a prática da avaliação de riscos de SST, considerando a natureza de 
suas atividades e a gravidade de seus riscos. O Anexo E mostra diversas maneiras de adotar a 
mensuração do desempenho e explica a sua necessidade. É necessário que os responsáveis por 
essa atividade sejam competentes em fazê-la. O Anexo F orienta sobre como operar um sistema 
de auditoria de Segurança e Saúde no Trabalho, de acordo com as necessidades e o tamanho das 
organizações, imprescindível para o funcionamento de um Sistema de Gestão eficaz, bem como 
define as decisões-chave e mostra como dirigi-las.
Esse guia poderá ser utilizado em organizações de grande, médio e pequeno porte, independentemente 
das atividades que realizam. Auxilia no conhecimento dos processos produtivos e administrativos de 
uma empresa, identificando aqueles que podem motivar a ocorrência de incidentes críticos, acidentes 
de trabalho e doenças ocupacionais. Quanto à aplicação, deverá ser realizada proporcionalmente, de 
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acordo com o levantamento das necessidades feito por cada organização. A administração da empresa 
deve definir, documentar e ratificar sua política de Segurança e Saúde no Trabalho (SST). 
A gestão efetiva de um Sistema de Gestão de SST determina a redução de custos e promove a 
eficiência dos negócios. 
7.6.3 Inspeções e relatórios de segurança
Para que se possam observar as não conformidades relacionadas à segurança do trabalho, é 
importante que se inspecionem os aspectos importantes que a compõem, como os dispositivos de 
segurança, os equipamentos de proteção, os locais de trabalho, os procedimentos operacionais e outros 
fatores de gestão de segurança do trabalho, por meio de medidas de controle e averiguação, e que se 
ateste a eficácia dos trabalhos de prevenção. 
Uma das formas mais conhecidas de inspecionar os locais de trabalho e, ao mesmo tempo, orientar 
os trabalhadores – e que é muito utilizada pelos profissionais do SESMT – é o Diálogo Diário de 
Segurança (DDS). Este tem como finalidade despertar diariamente a conscientização prevencionista nos 
colaboradores, por meio de conversas rápidas, durando em torno de cinco minutos, no próprio local de 
trabalho e com assuntos relacionados às atividades exercidas na empresa. 
O DDS não é uma reunião, mas deve ser considerado como um momento de reflexão, conscientização, 
orientação e até mesmo de cobrança a respeito de procedimentos que não estão sendo cumpridos. Por 
isso a importância do registro da presença dos participantes como garantia da ciência deles sobre os 
assuntos tratados. 
Falando em prevenção, é importante a conscientização sobre a necessidade de instrumentos de 
checagem, que só são possíveis por meio de um relatório de inspeção para averiguação de requisitos de 
segurança, manutenção e procedimentos obrigatórios em máquinas e equipamentos, como os exigidos 
na NR 13 e na NR 23. 
A adoção de instrumentos de checagem, além de obrigatória, tem a vantagem de não 
permitir que itens importantes sejam esquecidos na inspeção, principalmente, em dispositivos 
que requeiram atenção rigorosa, como averiguações de avarias físicas nos equipamentos, datas 
de validade de manutenção, substituição de dispositivos de segurança e recomendações. Em 
alguns casos, se negligenciada, a falta da checagem pode resultar em graves acidentes, como 
incêndios e explosões. 
Ao profissional de segurança do trabalho, é requerido que esteja atento à elaboração de documentos 
atribuídos à sua área, pois há uma infinidade de anexos nas Normas Regulamentadoras do MTE que 
servem de modelo na criação de matrizes para relatórios, atas de reunião e documentos de controle, 
além de outras finalidades. 
Os relatórios de segurança também têm o propósito de descrever acidentes, incidentes, irregularidades, 
medidas de correção, dentre outras informações importantes e que devem constar por obrigatoriedade 
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legal e para facilitar a análise do acidente e do sinistro na empresa, como data da ocorrência, dados do 
empregador e do empregado e descriçãodos acontecimentos. 
7.6.4 Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Sipat) 
A Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Sipat) é um evento muito importante. 
É o momento em que a Cipa e o SESMT têm a oportunidade de acentuar ainda mais os conceitos 
prevencionistas a respeito da segurança do trabalho e da saúde ocupacional, que muitas vezes são 
negligenciados por funcionários e até pelos próprios empregadores, que ainda enxergam esse nobre 
evento como mera obrigação legal. 
Trata-se de uma semana dedicada a palestras, avaliações médicas e reuniões especiais com a finalidade 
de promover para todos os envolvidos uma reflexão sobre a conscientização acerca da segurança não 
só dentro da empresa, mas também em seus lares, no lazer, no trânsito e em outras atividades sociais. 
Alguns temas que podem ser abordados, não só para os empregados, mas, se possível, estender-se a 
outros atores da sociedade: 
• campanha de prevenção da aids; 
• campanha de prevenção e conscientização sobre o alcoolismo e o consumo de drogas; 
• acidentes de trânsito em virtude do consumo de álcool; 
• consequências do uso do tabaco; 
• incentivo à doação de sangue; 
• qualidade de vida e mudança de estilo de vida (alimentação, atividade física, lazer etc.).
 Lembrete
O gerenciamento de risco em instalações ou atividades perigosas deve 
apresentar medidas de prevenção contra acidentes maiores, o que exige a 
atuação sobre a frequência de ocorrência de falhas que possam resultar 
em acidentes, e as possíveis consequências desses acidentes, caso venham 
a acontecer.
8 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO E A PREVIDÊNCIA SOCIAL
8.1 Previdência Social
A Previdência Social é um seguro que garantirá uma renda ao trabalhador ou à sua família quando 
ocorrer perda temporária ou permanente da capacidade de trabalho em decorrência dos riscos sociais. 
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A Lei Elói Chaves, criada em janeiro de 1923, por meio do Decreto nº 4.682, foi considerada a 
primeira lei brasileira de Previdência Social. Tudo começou com a Caixa de Aposentadorias e Pensões 
destinada aos empregados de empresas ferroviárias, criada pelo Congresso Nacional, que os beneficiava 
com assistência médica, remédios subsidiados, auxílio-funeral e pensões para seus dependentes. Em 
1926, os benefícios foram estendidos também para os trabalhadores das empresas portuárias e marítimas. 
Com a Era Vargas, em 1930, houve a reestruturação da Previdência Social, sendo incorporadas 
praticamente todas as categorias de trabalhadores urbanos. Ocorreu a criação de grandes Institutos 
Nacionais de Previdência. O financiamento dos benefícios começou a ser repartido entre os funcionários, 
os empregadores e o Governo Federal, em observação à seguridade social, o que foi um conceito inspirado 
na legislação previdenciária americana, com uma nova concepção de seguro social total que procurava 
abranger toda a população na luta contra a miséria, auxiliando na garantia de condições sociais dignas. 
A Lei Orgânica de 1960 originou a doutrina previdenciária atual. A Previdência Social foi elevada à 
condição de Instituto, passando a abranger quase todos os trabalhadores urbanos brasileiros. Também 
unificou a legislação previdenciária relativa a todos os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IPAs): 
Marítimos, Bancários, Trabalhadores em Estiva e Transporte de Cargas, Industriários e Servidores do 
Estado. Cria-se, portanto, o princípio da universalidade, incluso na Constituição Federal de 1988. 
Criado em 1967, o Instituto Nacional da Previdência Social (INPS), por meio da fusão dos IAPs, era 
responsável por toda a assistência médica dos trabalhadores formais. O trabalhador contribuía com 8% 
de seu salário, mais 8% da folha de pagamento da empresa, independentemente da função ou do cargo 
exercido dentro da organização. No entanto, a assistência somente cobria os trabalhadores autônomos 
ou os empregadores que contribuíssem em dobro para o INPS, ou seja, com 16% da sua renda básica. 
O Ministério da Previdência e Assistência Social foi criado em 1974 e passou a ter todas as atribuições 
referentes à Previdência Social. Ao INPS cabia a concessão de benefícios, a readaptação do profissional 
às atividades de trabalho e o amparo aos idosos, enquanto ao Instituto de Administração da Previdência 
e Assistência Social (Iapas) cabia a responsabilidade de administrar e recolher recursos. Por fim, ao 
Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) cabia administrar o sistema de 
saúde previdenciário.
Em 1976, houve a consolidação do processo de criação do Sistema Nacional de Previdência e 
Assistência Social (Sinpas), bem como a criação do Fundo de Previdência e Assistência Social como 
instrumento financeiro. O Sinpas era composto por: 
• Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (Iapas). 
• Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
• Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps).
• Fundação Legião Brasileira da Assistência (LBA).
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Unidade IV
• Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor (Funabem).
• Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social (Dataprev).
• Central de Medicamentos (Ceme).
Com a Constituição de 1988, houve a unificação formal de algumas dessas estruturas, e foi criado 
o Sistema Único de Saúde (SUS), pela Lei nº 8080/90, tendo sido realizada a incorporação de hospitais 
universitários do Ministério da Educação, ben como das redes públicas e privadas conveniadas de saúde 
nos Estados e Municípios, formando um sistema que tem abrangência nacional. 
O artigo 201 da Constituição Federal ainda determina que a Previdência Social seja organizada sob 
regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória. Observando critérios que preservem o 
equilíbrio financeiro, a Previdência Social atenderá, nos termos da lei: 
• à cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte ou idade avançada; 
• à proteção à maternidade, especialmente, à gestante; 
• à proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; 
• ao salário-família e ao auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; 
• à pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e aos dependentes.
É comum as pessoas se confundirem sobre quais são as responsabilidades do INSS e quais são as 
responsabilidades do SUS.
O INSS está vinculado ao Ministério da Previdência Social, sendo responsável pela concessão 
de benefícios aos seus contribuintes em casos de doença, invalidez, morte e idade avançada, 
além de dar proteção à maternidade. Dispõe de serviços de perícia médica e reabilitação de 
trabalhadores que estão vinculados à Previdência Social, e, para que o servidor tenha acesso aos 
benefícios, ele deve ser contribuinte. 
Já o SUS é vinculado ao Ministério da Saúde, sendo responsável pela assistência à saúde 
de todo cidadão, contribuinte ou não do INSS. Dispõe de atendimento médico, internações, 
tratamentos e reabilitação. 
Para a melhor compreensão sobre o tema, vamos destacar alguns conceitos básicos: 
• benefícios previdenciários: são os benefícios concedidos em razão da incapacidade proveniente de 
causa comum; 
• benefícios acidentários: são os benefícios concedidos nos casos de incapacidade decorrente de 
acidentes do trabalho, incluindo doença ocupacional; 
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HIGIENE OCUPACIONAL• carência: é o tempo de contribuição exigido para se garantir o recebimento da aposentadoria ou 
de outros benefícios a que tem direito o segurado; 
• acidente de trabalho: ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do 
trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause 
a morte, ou ainda a perda ou a redução, permanente ou temporária, da capacidade laborativa. 
São considerados acidentes de trabalho as seguintes condições: 
• doença profissional: por exemplo, distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho, em digitadores; 
faringite, no professor; 
• doença do trabalho: presença, no ambiente de trabalho, de agente físico, químico ou biológico 
(pneumoconiose, silicose, câncer).
Não são considerados doenças do trabalho: 
• doença degenerativa; 
• doença inerente ao grupo etário; 
• doença que não produza incapacidade laborativa; 
• doença endêmica adquirida por habitante em região na qual essa enfermidade se desenvolva. 
Equiparam-se a acidentes de trabalho: 
• acidente ligado ao trabalho que tenha contribuído diretamente para a morte do segurado, ou 
ainda para a redução ou a perda da sua capacidade laborativa, mesmo que não tenha sido sua 
única causa; 
• ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou colega de trabalho; 
• ofensa física intencional, mesmo de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; 
• ato de imprudência, negligência ou imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; 
• ato de pessoa privada do uso da razão; 
• desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos decorrentes de força maior; 
• doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; 
• acidentes sofridos pelo segurado, ainda que fora do local e do horário de trabalho, quando: 
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Unidade IV
— na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; 
— na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou lhe 
proporcionar proveito; 
— em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando financiada pela empresa 
dentro de seus planos para melhor capacitação de mão de obra, independentemente do meio 
de locomoção utilizado, inclusive de propriedade do segurado; 
— no percurso da residência para o local de trabalho, ou vice-versa, qualquer que seja o meio de 
locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. 
Os benefícios oferecidos pelo regime da Previdência Social para os contribuintes são os listados a seguir: 
• auxílio-doença; 
• auxílio-acidente; 
• aposentadoria por invalidez; 
• auxílio-reclusão; 
• pensão por morte; 
• salário-maternidade; 
• salário-família; 
• aposentadoria por idade; 
• aposentadoria por tempo de contribuição; 
• aposentadoria especial.
Vamos destacar aqui os benefícios que estão relacionados com a necessidade do amparo ligada ao 
trabalho, no que diz respeito à segurança e à manutenção da saúde. 
 Lembrete
O INSS está vinculado ao Ministério da Previdência Social, sendo 
responsável pela concessão de benefícios ao contribuinte. Já o SUS é 
vinculado ao Ministério da Saúde e é responsável pela assistência à saúde 
de todo cidadão, contribuinte ou não do INSS.
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Auxílio-doença
Benefício concedido ao segurado que ficar incapacitado temporariamente para o trabalho, 
por motivo de doença ou acidente de qualquer causa ou natureza. Todos os segurados têm o 
direito a receber auxílio-doença a partir do 16º dia de incapacidade. Já os contribuintes individual, 
doméstico, avulso, especial e facultativo têm o direito a receber auxílio-doença a partir da data em 
que ocorreu a incapacidade. 
A carência mínima para o recebimento do auxílio-doença é de 12 contribuições, sendo o valor do 
benefício de 91% do salário de benefício. 
Em alguns casos especiais não há a necessidade desta carência mínima. São eles: 
• tuberculose ativa; 
• hanseníase; 
• alienação mental (loucura); 
• neoplasia maligna (câncer); 
• cegueira; 
• paralisia irreversível e incapacitante; 
• cardiopatia grave; 
• doença de Parkinson; 
• espondiloartrose anquilosante (artrose aguda nas vértebras); 
• nefropatia grave; 
• estado avançado da doença de Paget (inflamação deformante nos ossos); 
• síndrome da imunodeficiência adquirida (aids); 
• contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada; 
• hepatopatia grave.
Auxílio-acidente
Benefício cedido como indenização ao segurado empregado, trabalhador avulso, segurado especial 
e ao médico-residente que sofram lesões ou apresentem sequelas de acidentes de qualquer natureza ou 
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decorrentes de acidente de trabalho. Concedido para segurado que recebia auxílio-doença acidentário 
ou previdenciário. O auxílio-acidente pode ser acumulado com outros benefícios pagos pela previdência, 
exceto com a aposentadoria. 
Quando for concedida a aposentadoria, o valor do auxílio-acidente será computado como salário de 
contribuição. Nesse caso não é exigido o cumprimento de período de carência, e seu valor corresponderá 
a 50% do salário de benefício. 
Aposentadoria por invalidez
Benefício pecuniário concedido ao segurado que, estando ou não em auxílio-doença, seja 
considerado incapaz definitivamente para o trabalho e insuscetível de reabilitação. Todos os 
segurados têm o direito de receber o benefício da aposentadoria por invalidez, sendo a carência 
mínima de 12 contribuições mensais para a Previdência Social. No caso de incapacidade provocada 
por acidentes de qualquer natureza, não é exigida a carência. O valor do benefício é de 100% do 
salário de benefício, com acréscimo de 25% caso haja a necessidade de assistência permanente 
de outra pessoa. 
Para este benefício é obrigatório o exame médico pericial, e não deve ocorrer o diagnóstico de 
doença preexistente. O beneficiado deve se afastar de todas as atividades laborais, e, no caso de requerer 
reversão dessa condição, uma revisão pode ser solicitada. 
As situações em que há a necessidade do acréscimo de 25% são: 
• cegueira total; 
• perda de nove dos dez dedos da mão ou mais; 
• paralisia dos dois membros superiores ou inferiores; 
• perda de membro inferior acima do pé, quando for impossível o uso de prótese; 
• perda de uma das mãos ou dos dois pés, mesmo quando for possível o uso de próteses; 
• perda de um membro superior e um inferior, quando for impossível o uso de prótese; 
• alteração mental, com grave perturbação organizacional e social; 
• doença que exija permanência contínua em leito; 
• incapacidade permanente para atividades da vida diária.
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Pensão por morte
Benefício pago aos dependentes quando o segurado falecer. Pode ser concedido por motivo de 
acidente de trabalho ou de morte natural. Não é exigido o cumprimento do tempo de carência; basta 
que se comprove a qualidade de segurado. A pensão tem o mesmo valor da aposentadoria do segurado 
falecido. Caso o segurado ainda não tenha se aposentado quando do falecimento, calcula-se uma 
aposentadoria por invalidez com início na data do óbito. Caso haja mais de um dependente com direito 
à pensão,o valor é repartido igualmente entre eles.
Aposentadoria especial
Concedida aos segurados empregados, exceto domésticos, e aos trabalhadores avulsos que tenham 
trabalhado em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15, 20 
ou 25 anos, de acordo com o nível de exposição aos agentes nocivos. Para ter direito ao benefício, é 
necessário ter contribuído por pelo menos 15 anos para a Previdência Social. O valor da aposentadoria 
corresponde a 100% do salário de benefício. 
A aposentadoria especial é concedida ao contruibuinte que sofre acidentes nas atividades ou exposição a 
longo prazo, por exemplo, extração, fabricação, transporte, manipulação, manutenção e operação que envolva 
agentes como carvão mineral, chumbo, cromo, cloro, ruído acima de 90 dB, sílica, níquel, mercúrio e iodo. 
A exposição a fósforo, petróleo, xisto betuminoso, asbestos (amianto), dissulfeto de carbono, temperaturas 
anormais (NR 15), pressão atmosférica anormal, microrganismos e parasitas infecciosos vivos e suas toxinas e 
radiações ionizantes estão entre as causas mais frequentes apontadas como motivo de aposentadorias especiais. 
 Saiba mais
Para aprofundar seus conhecimentos sobre a atuação da Previdência 
Social, acesse o site:
<http://www.mpas.gov.br/>. 
8.2 Indicadores estatísticos na gestão da segurança e saúde do trabalhador
Na gestão da segurança e saúde do trabalhador os indicadores estatísticos assumem um papel de 
grande importância na prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.
Os métodos estatísticos são amplamente utilizados nos estudos de Higiene e Segurança do Trabalho 
como ferramentas para a gestão da segurança e saúde do trabalhador, no planejamento e controle 
das condições de segurança do trabalho. Com essa finalidade, são usados indicadores para comparar 
situações em diferentes locais e atividades, bem como para avaliar a eficácia de intervenções necessárias 
para melhorias das condições de trabalho.
Dentre os indicadores mais usados, têm-se aqueles recomendados pela OIT e pela saúde pública.
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8.2.1 Indicadores recomendados pela OIT
É recomendado pela OIT o uso de pelo menos dois indicadores: as taxas de frequência e as 
de gravidade.
A taxa de frequência (F) é dada pelo número de acidentes por milhão de horas-homem de exposição 
ao risco, em determinado período.
Para um período anual, utilizaremos a seguinte fórmula:
F = Nº total de acidentes x 1.000.000 
 horas-homem de exposição ao risco
De acordo com Mattos e Másculo (2011), embora a ABNT NBR 14280:2001 recomende como 
denominador o uso de “horas-homem de exposição ao risco”, no Brasil é utilizado o denominador 
de “horas-homem trabalhadas”. Dessa forma, o cálculo poderá apresentar um impacto bem menor 
nos resultados, já que o total de horas trabalhadas será maior que o número de horas de exposição 
ao risco. 
A taxa de gravidade (G) se dá pelo tempo computado por milhão de horas-homem de exposição ao 
risco em determinado período. 
Segundo Mattos e Másculo (2011, p. 27), para a ABNT NBR 14280:2001, o tempo computado 
consiste no tempo contado em “dias perdidos, pelos acidentados, com incapacidade temporária 
total” mais os “dias debitados pelos acidentados vítimas de morte ou incapacidade permanente, 
total ou parcial”. 
Os dias perdidos são os dias corridos de afastamento do trabalho em virtude de lesão pessoal, 
excetuados o do acidente e o da volta ao trabalho. 
Para o período anual, calcularemos da seguinte forma:
G = Tempo computado x 1.000.000 
 horas-homem de exposição ao risco
8.2.2 Indicadores recomendados pela saúde pública
Os indicadores da saúde pública utilizados são: taxa de mortalidade, taxa de letalidade e anos 
potenciais perdidos. A taxa de mortalidade (M) será calculada pelo número de óbitos por milhão de 
horas-homem de exposição ao risco ou por número de pessoas expostas em determinado período. 
Já a taxa de letalidade (L) será calculada pelo número de óbitos por número de acidentes ocorridos 
em determinado período, enquanto os anos potenciais perdidos (APP) serão calculados pela soma das 
diferenças entre a idade-limite para trabalhar e a idade do óbito do trabalhador. 
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Trata-se de um indicador de grande sofisticação, permitindo avaliar o impacto gerado em situações 
nas quais ocorrer a morte prematura da população trabalhadora. O APP será maior quanto mais jovem 
for o trabalhador.
 Saiba mais
A tabela de dias debitados está anexa à NR 5 e atribui o valor de dias 
debitados para cada natureza de agravo. 
BRASIL. Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho. Portaria n° 33, 
de 27 de outubro de 1983. Brasília, 1983. p. 24-5. Disponível em: <http://
portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812C13D0FE012C13F1E6FE74D8/
p_19831027_33a.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2015. 
Outra forma de encarar a gravidade de acidentes na empresa está no impacto, medido por meio do 
custo dos acidentes. Afinal, sabe-se que, em cada acidente, não apenas o acidentado é atingido, mas há 
também a perda de materiais, a absorção de outras pessoas (para socorrer o acidentado, para comentar 
o evento, para recolocar o sistema em funcionamento), o consumo de materiais e equipamentos no 
atendimento às vítimas e outros gastos. A soma dos valores monetários desses consumos pode ser 
empregada para se chegar à conclusão quanto aos pontos críticos. 
Nessa perspectiva, os segmentos de capital intensivo, por concentrarem maior parcela de capital nas 
mãos de poucas pessoas, tendem a apresentar maior custo de acidentes. Provavelmente resida nesse 
fato a explicação para se verificarem menores taxas de acidentes nesses setores do que nos artesanais 
de mão de obra intensiva, tais como a construção civil e a extração de madeira. 
 Resumo
Aprendemos que os elementos necessários para o surgimento do fogo 
são o combustível, o comburente, o calor e a reação em cadeia (tetraedro 
do fogo) e que um incêndio pode se propagar de três maneiras: convecção, 
condução e irradiação.
Foram abordadas as classes de incêndios, os tipos de extintores e as 
diversas formas de extinção do fogo. 
Vimos também alguns dispositivos de detecção de incêndio, brigada de 
incêndio e plano de abandono, itens importantes de prevenção e combate 
em caso de sinistro, bem como os riscos de explosões e os cuidados no caso 
de vazamento de gás. 
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Unidade IV
Tratamos da história e da evolução da Previdência Social, um seguro que 
garante uma renda ao trabalhador ou à sua família no caso de ocorrência 
de perda da capacidade de trabalho. 
Por fim, apresentamos os métodos estatísticos utilizados na gestão da 
segurança e saúde do trabalhador, que são usados para comparar situações em 
diferentes locais e atividades, visando à melhoria das condições de trabalho. 
 Exercícios
Questão 1. (CESGRANRIO 2011) O conhecimento dos equipamentos de combate a incêndios, sua 
destinação e utilização são de responsabilidade da Cipa, o que inclui os extintores de incêndio. Nessa 
perspectiva, qual dos extintores não é adequado à classe de incêndio direcionada?
A) CO2, para incêndios classe B.
B) CO2, para incêndios classe C.
C) PQS, para incêndios classe C.
D) AP, para incêndios classe C.
E) AP, para incêndios classe A.
Resposta correta: alternativa D.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: CO2 para incêndios na classe B é eficiente.Classe B: líquidos e gases inflamáveis, ou 
em sólidos que se liquefazem para entrar em combustão (gasolina, GLP, parafina etc.). Neste caso não 
se pode usar extintores à base de água.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: CO2 para incêndios na classe C é eficiente. Classe C: equipamentos elétricos energizados( 
motores, geradores, cabos, etc.). Extintores de pó químico e de gases são os permitidos para esse tipo de 
incêndio.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: PQS para incêndios na classe C é eficiente, porém pode danificar equipamentos delicados. 
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D) Alternativa correta.
Justificativa: AP para incêndios classe C não tem eficiência, exceto se pulverizada. 
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: AP para incêndios classe A tem excelente eficiência. Classe A: materiais sólidos fibrosos, 
tais como madeira, papel, tecido etc., que se caracterizam por deixar, após a queima, resíduos como 
carvão e cinza. Essa classe de incêndios deve ser combatida com extintores de H2O ou de espuma.
Questão 2. (CESGRANRIO 2011). A Gestão de Saúde e dos Sistemas de Gestão de Segurança e 
Saúde Ocupacional é norteada nacionalmente pelos diplomas legais vigentes e pela Política Nacional 
de Segurança e Saúde do Trabalhador. Os ministérios responsáveis pelo desenvolvimento da Política 
Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador, de forma articulada e cooperativa, são os:
A) Do Trabalho e Emprego, da Previdência Social e da Saúde.
B) Do Trabalho, da Educação e da Saúde.
C) Do Trabalho, da Previdência Social e da Justiça.
D) Da Educação, da Justiça e da Saúde.
E) Da Defesa, da Previdência Social e da Saúde.
Resolução desta questão na plataforma.
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FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
FILE000558404364.JPG. Disponível em: <http://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/h/heirbornstud/ 
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Figura 2
FILE0001493916057.JPG. Disponível em: <http://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/d/dantada/
preview/fldr_2008_11_11/file0001493916057.jpg>. Acesso em: 5 fev. 2015. 
Figura 3
Grupo Unip-Objetivo. 
Figura 4 
WARNING-ICON-42-1023134-M.JPG. Disponível em: <http://www.freeimages.com/assets/182971/ 
1829703700/warning-icon-42-1023134-m.jpg>. Acesso em: 5 fev. 2015. 
Figura 5 
Grupo Unip-Objetivo. 
Figura 6 
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Figura 7 
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Figura 8 
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Figura 10 
20111008201038.JPG. Disponível em: <http://www.lutron.com.tw/ImgLutron/20111008201038.jpg>. 
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providências. Brasília, 1976. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6367.htm>. 
Acesso em: 6 fev. 2015. 
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dezembro de 1977. Altera o Capítulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo à 
segurança e medicina do trabalho, e dá outras providências. Brasília, 1977. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6514.htm>. Acesso em: 4 fev. 2015. 
___. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n° 8.080, de 19 de 
setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a 
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília, 1990. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm>. Acesso em: 6 fev. 2015. 
___. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 
1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Brasília, 1991. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm>. Acesso em: 6 fev. 2015. 
___. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto nº 7.602, de 7 
de novembro de 2011. Dispõe sobre a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho – PNSST. 
Brasília, 2011a. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/
D7602.htm>. Acesso em: 4 fev. 2015. 
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Sites
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<http://www.mpas.gov.br/>.
<http://www.oit.org.br/>.
<http://www.pm.ba.gov.br/bombeiros/>.
<http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm>. 
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Exercícios
Unidade I – Questão 1: FUNDAÇÃO CESGRARIO. Petrobras – Petróleo Brasileiro S.A. – 2012: Técnico 
de Segurança Júnior. Questão 25. Disponível em: <http://www.cesgranrio.org.br/pdf/petrobras0112/
provas/PROVA%2055%20-%20T%C3%89CNICO(A)%20DE%20SEGURAN%C3%87A%20
J%C3%9ANIOR.pdf>. Acesso em: 26 set. 2018.
Unidade I – Questão 2: FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (FCC). Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região 
– 2014: Técnico Judiciário – Enfermagem. Questão 43. Disponível em: <https://www.qconcursos.com/
arquivos/prova/arquivo_prova/57020/fcc-2014-trt-2-regiao-sp-tecnico-judiciario-enfermagem-prova.
pdf>. Acesso em: 26 set. 2018.
Unidade II – Questão 1: FUNDAÇÃO VUNESP. Prefeitura Municipal de São José dos Campos – 2015: 
Assistente Técnico Municipal – Técnico em Segurança do Trabalho. Questão 36. Disponível em: 
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<https://www.qconcursos.com/arquivos/prova/arquivo_prova/42783/vunesp-2015-prefeitura-de-sao-
jose-dos-campos-sp-assistente-tecnico-municipal-tecnico-em-seguranca-do-trabalho-prova.pdf>. 
Acesso em: 26 set. 2018.
Unidade II – Questão 2: FUNDAÇÃO VUNESP. Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial – 
2013: Técnico 1 (Segurança do Trabalho). Questão 60. Disponível em: <https://www.qconcursos.com/
arquivos/prova/arquivo_prova/31184/vunesp-2013-cta-tecnico-de-seguranca-do-trabalho-prova.
pdf>. Acesso em: 26 set. 2018.
Unidade III – Questão 1: INSTITUTO BRASILEIRO DE FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO (IBFC). Empresa 
Brasileira de Serviços Hospitalares – 2016: Técnico em Enfermagem. Questão 45. Disponível em: 
<https://www.qconcursos.com/arquivos/prova/arquivo_prova/51210/ibfc-2016-ebserh-tecnico-em-
enfermagem-huap-uff-prova.pdf>. Acesso em: 26 set. 2018.
Unidade III – Questão 2: INSTITUTO AOCP. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – 2015: Técnico 
em Segurança do Trabalho. Questão 41. Disponível em: <https://www.qconcursos.com/arquivos/prova/
arquivo_prova/51015/instituto-aocp-2015-ebserh-tecnico-em-seguranca-do-trabalho-hc-ufg-prova.
pdf>. Acesso em: 26 set. 2018.
Unidade IV – Questão 1: FUNDAÇÃO CESGRARIO. Petrobras Transporte S.A. – 2011: Técnico de 
Segurança Júnior. Questão 23. Disponível em: <http://www.cesgranrio.org.br/pdf/transpetro0311/
provas/PROVA%2030%20-%20T%C3%89CNICO(A)%20DE%20SEGURAN%C3%87A%20
J%C3%9ANIOR.pdf>. Acesso em: 26 set. 2018.
Unidade IV – Questão 2: FUNDAÇÃO CESGRARIO. Petrobras Transporte S.A. – 2011: Médico do 
Trabalho Júnior. Questão 41. Disponível em: <http://www.cesgranrio.org.br/pdf/transpetro0311/provas/
PROVA%2016%20-%20M%C3%89DICO(A)%20%20DO%20TRABALHO%20J%C3%9ANIOR.pdf>. 
Acesso em: 26 set. 2018.
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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