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/ CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS Curso: Filosofia Semestre: 6º Disciplina: FILOSOFIA POLÍTICA ATIVIDADE AVALIATIVA ESPECIAL (AAE) 1 - referente as aulas 1 a 4 Professor: Manoel Carlos Marques de Oliveira Nome: RGM: ORIENTAÇÕES · Data a partir do dia 06/11 e tem como prazo limite de entrega dia 12/11/2021. · Após essa data o sistema não irá aceitar, nem o professor deverá aceitar por e-mail. · Não haverá a opção de AAE. · Cada questão terá o valor de 0,0 a 1,0 ponto. · As atividades objetivas deverão ser respondidas no gabarito, será aceita somente se estiver no gabarito. PREENCHER O GABARITO – SERÁ CORRIGIDO SOMENTE O GABARITO Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Questão 5 Questão 6 Questão 7 Questão 8 Questão 9 Questão 10 B C A C A E C C A D PROVA (0,0 a 10,0 pontos) 1-“A palavra democracia é de origem grega e significa ‘governo do povo’, ‘governo de todos os cidadãos’. A democracia foi uma invenção dos gregos da Antiguidade, que elaboraram teoricamente esse conceito e implantaram o regime democrático na pólis. Em Atenas, no século VI a.C., a ágora – praça pública – era o local de encontro dos cidadãos, onde se discutiam os problemas da cidade” (ARANHA e MARTINS, 2016, p. 229). Tendo em vista o trecho apresentado, assim como os seus conhecimentos sobre a democracia tanto na Grécia Antiga quanto na contemporaneidade, assinale a alternativa correta. A) Na Grécia Antiga, a democracia direta se valia de representantes que defendiam os interesses comuns. A partir disso, pode-se afirmar que a exclusão política não ocorria com tanta frequência. B) A crise na contemporaneidade acerca da democracia consiste no fato de que há conflitos entre democracia e representação. A “democracia representativa” possui uma crise em seu próprio cerne. Afinal, se a democracia é entendida como governo do povo, a representação consiste na seleção de apenas alguns que governam, e os critérios para conceder o poder a “alguns” nem sempre têm sido os mais democráticos. C) A consolidação da democracia grega contribuiu com o surgimento da filosofia. Aliás, pensadores estrangeiros que faziam parte do corpo democrático foram os principais teóricos que efetuaram as causas em prol do surgimento de tal ciência. D) A ágora (praça pública), na Grécia Antiga, espaço onde eram debatidos assuntos de interesse comum, favorecia o desenvolvimento do discurso político. Desse modo, elaborava-se o novo ideal de justiça, pelo qual as pessoas poderiam participar das decisões políticas. É importante frisar que os estrangeiros (metecos), quando eram prósperos comerciantes, eram considerados cidadãos e, por isso, participavam do processo de argumentação e de discussão. E) N.D.E 2- Nas cidades-estados da Grécia Antiga, sobretudo em Atenas, a discussão política entre os homens livres ocorria em ambiente público. Esse ambiente era conhecido como: A) Campos Elísios B) Coreto C) Ágora D) Praça Cidadã E) Liceu 3- O clima do “politicamente correto” em que nos mergulharam impede o raciocínio. Este novo senso comum diz que todos os preconceitos são errados. Ao que um amigo observou: “Então vocês têm preconceito contra os preconceitos”. Ele demonstrava que é impossível não ter preconceitos, que vivemos com eles, e que grande quantidade deles nos é útil. Mas, afinal, quais preconceitos são pré-julgamentos danosos? São aqueles que carregam um juízo de valor depreciativo e hostil. Lembre-se do seu tempo de colégio. Quem era alvo dos bullies? Os diferentes. As crianças parecem repetir a história da humanidade: nascem trogloditas, violentas, cruéis com quem não é da tribo, e vão se civilizando aos poucos. Alguns, nem tanto. Serão os que vão conservar esses rótulos pétreos, imutáveis, muitas vezes carregados de ódio contra os “diferentes”, e difíceis (se não impossíveis) de mudar. Adaptado de Francisco Daudt. Folha de S.Paulo, 07.02.2012. O artigo citado aborda a relação entre as tendências culturais politicamente corretas e os preconceitos. Com base no texto, pode-se afirmar que a superação dos preconceitos que induzem comportamentos agressivos depende: A) da capacidade racional de discriminar entre pré-julgamentos socialmente úteis e preconceitos disseminadores de hostilidade. B) de uma assimilação integral dos critérios “politicamente corretos” para representar e julgar objetivamente a realidade. C) da construção de valores coletivos que permitam que cada pessoa diferencie os amigos e os inimigos de sua comunidade. D) de medidas de natureza jurídica que criminalizem a expressão oral de juízos preconceituosos contra integrantes de minorias. E) do fortalecimento de valores de natureza religiosa e espiritual, garantidores do amor ao próximo e da convivência pacífica. 4- A justiça é um dos temas fundamentais da investigação política de Aristóteles. No capítulo 12 do livro III da Política (1282 b 14-22), ele afirma: “Uma vez que, em todas as ciências e em todas as artes, o fim é um bem, mas o bem maior e no sentido mais pleno é aquele que serve de fim na arte ou ciência é que é a mais soberana de todas, e essa é a capacidade política, mas o bem político é o justo (to dikaion), essa é, portanto, a vantagem comum que nos interessa”. Para Aristóteles, a justiça é a ordem da comunidade política. Aristóteles, nesse contexto político, vê a justiça como “justiça distributiva”, aquela que vigora na relação do todo (polis) com as partes (cidadãos), tem por princípio permitir e promover a participação dos cidadãos na promoção do bem comum da polis ou de forma absolutamente igual ou de forma proporcionalmente igual. A justiça vigora mais propriamente ali onde os homens são livres e iguais e, entre eles, subsistem relacionamentos regulados pela lei. Faz parte dessa liberdade os cidadãos poderem participar de maneira alternada do governo e das funções públicas, governando não em favor de si mesmos, mas em favor dos governados. A justiça na polis, portanto, culmina em uma convivência pacífica, baseada na philia (amizade em sentido amplo, solidariedade). Com relação às ideias apresentadas no texto acima, assinale a opção correta. A) Para Aristóteles, justiça é o resultado de um acordo entre os homens, que estabelece o meio-termo entre fazer injustiça sem ser penalizado e sofrer injustiça sem poder se defender ou vingar. B) Na concepção de Aristóteles, a política não possui relação com felicidade nem com amizade, mas unicamente com a justiça. C) A justiça é o bem comum em devir, como constante exigência histórica de uma convivência social ordenada segundo os valores da liberdade e da igualdade. D) O governo mais justo é aquele em que os governantes visam ao seu bem em primeiro lugar, e não ao bem dos governados. E) Do ponto de vista político, Aristóteles considera a justiça eminentemente como justiça corretiva, isto é, como modo de se conseguir que um cidadão seja punido por um delito que ele tenha cometido. 5- Aristóteles, ao definir o homem como um “animal político”, objetivou destacar que o homem é essencialmente um A) membro de instituição social. B) defensor de seu partido político. C) adepto da política liberal. D) eficaz funcionário público. E) penalizado por sofrer injustiça. 6- A República de Platão é uma das obras mais lidas e reconhecidas da História da humanidade. Seu tema principal é: A) A construção de uma cidade ideal, que Platão implanta de fato em uma terra distante de Atenas, como nos narra depois em sua Carta Sétima; B) O conceito de verdade construído na Alegoria da Caverna, o que demonstra que toda a construção da cidade não passa de uma metáfora e que o tema que interessa realmente a Platão não é política, e sim conhecimento; C) A arte e sua necessária submissão à ciência, como fica claro nos livros III e X em que Platão argumenta não ser a arte uma atividade racional; D) A ética e a política, embora Platão argumente que a cidade ideal não pudesse ser construída. Ela precisava ser pensada a fim de iluminar os governantes;E) Uma política que deve ser submetida não aos desígnios das vontades subjetivas mas a um governo estabelecido em bases racionais. 7- Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade. MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado). Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao: a) valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo. b) rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos. c) afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana. d) romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem. e) redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão. 8- Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado. Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se. MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991. A partir da análise histórica do comportamento humano em suas relações sociais e políticas, Maquiavel define o homem como um ser: A) munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos outros. B) possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito na política. C) guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e inconstantes. D) naturalmente racional, vivendo em um estado pré-social e portando seus direitos naturais. E) sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares. 9- A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito, que, embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em conjunto, a diferença entre um e outro homem não é suficientemente considerável para que um deles possa com base nela reclamar algum benefício a que outro não possa igualmente aspirar. HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2003. Para Hobbes, antes da constituição da sociedade civil, quando dois homens desejavam o mesmo objeto, eles: A) entravam em conflito. B) recorriam aos clérigos. C) consultavam os anciãos. D) apelavam aos governantes. E) exerciam a solidariedade. 10- TEXTO I Tudo aquilo que é válido para um tempo de guerra, em que todo homem é inimigo de todo homem, é válido também para o tempo durante o qual os homens vivem sem outra segurança senão a que lhes pode ser oferecida por sua própria força e invenção. HOBBES, T. Levlatã. São Paulo: Abril Cultural, 1983 TEXTO II Não vamos concluir, com Hobbes que, por não ter nenhuma ideia de bondade, o homem seja naturalmente mau. Esse autor deveria dizer que, sendo o estado de natureza aquele em que o cuidado de nossa conservação é menos prejudicial à dos outros, esse estado era, por conseguinte, o mais próprio à paz e o mais conveniente ao gênero humano. ROUSSEAU, J.-J Discurso sobre a origem e o fundamento da desigualdade entre os homens. São Paulo: Martins Fontes, 1993 (adaptado). Os trechos apresentam divergências conceituais entre autores que sustentam um entendimento segundo o qual a igualdade entre os homens se dá em razão de uma: A) predisposição ao conhecimento. B) submissão ao transcendente. C) tradição epistemológica. D) condição original. E) vocação política.
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