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Pielonefrite Aguda

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS 
LABORATÓRIO DE PATOLOGIA 
 
AV. CARVALHO LEAL, 1777, CACHOEIRINHA 
Cep: 69065-001 MANAUS-AM 
 
LAUDO HISTOPATOLÓGICO 
 
 
N.o de Registro: 004 Data de Entrada: 
04/08/2022 
Procedência (Clínica/Hospital/Ambulatório) 
Hospital Geral do Amazonas. 
Nome do Paciente: Ana Julia Vabo Couto 
Gênero: Feminino. Data de nascimento: 
01/01/1975 
Raça: Parda. 
Estado Civil: Casada. Profissão: Não se aplica. 
 
Naturalidade: Manacapuru - AM. 
Telefone: 92 99564998 
 E-mail: Não tem. 
RG: 43.213.664-2 
 
Nacionalidade: Brasileira. 
Endereço Residencial: Rua E1, 210 - Novo Aleixo, Manaus - AM, 69058-576 
Médico/Dentista responsável: Médico Ruberval Coelho 
Telefone contato do 
profissional requisitante: 
Não Informado. 
E-mail do profissional requisitante: 
cirurgiageral.ruberval@hospitalgeralam.com.br 
Localização da Lesão: Rim 
direito 
Tecido mole ou duro? 
Mole 
Tipo de biópsia/Citopatologia? 
Biópsia Incisional. 
Fixador utilizado: Formol 10% Hipótese Diagnóstica: 
- Pielonefrite Aguda; 
- Infecção do trato urinário; 
- Doença inflamatória pélvica; 
 
RESUMO CLÍNICO: Paciente do sexo feminino, 48 anos, bancária, compareceu ao ambulatório com queixa de 
disúria (desconforto ou dor ao urinar) há 4 dias, graduada inicialmente em 5/10, de início gradual e com 
irradiação para a região lombar. Apresentava, ainda, polaciúria e dor suprapúbica. Há 2 dias o quadro se 
intensificou, evoluindo também com febre, calafrios e cefaléia holocraniana intensa, de caráter pulsátil. Paciente 
refere uso de dipirona em quadros prévios de dor. Nos antecedentes patológicos, afirma diagnóstico de diabetes 
mellitus do tipo 2 há 3 anos, utilizando metformina desde então. Afirma fazer dieta com pouco açúcar e exercícios 
físicos regulares. 
 No exame físico, a paciente apresentava-se em REG (Regular estado geral), LOTE (lúcida e orientada no 
tempo e espaço), hidratada, anictérica e acianótica. Altura: 1,57 metros. Peso: 71 kg. IMC: 28,8 kg/m2. 
Circunferência abdominal: 86 cm. PA: 135×90 mmHg. FC: 81 bpm. FR: 18 irpm. Temperatura: 38,2 oC. Notou-se 
abdome globoso às custas de panículo adiposo, sem dor à palpação superficial ou profunda. Apresenta sinal 
de Giordano positivo (indicativo de doença renal). A paciente foi orientada a fazer exames laboratoriais para 
esclarecimento diagnóstico. 
 
ACHADO CIRÚRGICO: A peça cirúrgica foi coletada por meio da técnica de biopsia de Punção Aspirativa por 
Agulha Grossa (PAAG), com o auxilio de um aparelho ultrassonográfico: (1) foram retirados 2 cilindros do tecido 
renal, localizados inferiormente a margem da última costela, em seguida, (2) o material coletado foi armazenado e 
fixado em formol 10%. 
 
 PAOLA MYCHELLY DA SILVA MARQUES 
 Patologista 
2022010094 
 Fotomicrografia da Lesão 
 
 
 
 
MACROSCOPIA: 
 Com a confirmação da presença dos sinais cardinais e o tempo de manifestação dos sintomas 
clínicos, durante o exame físico, foi possível identificar que a paciente estava passando por um processo 
inflamatório agudo, do tipo infeccioso – como dito pela mesma, passados 2 dias o seu quadro clínico se agravou 
e manifestou uma forte dor de cabeça, do tipo pulsativa e apresentou febre e calafrios → decorrente do aumento do 
fluxo sanguíneo, com a dilatação dos vasos (hiperemia). Além disso, queixou-se está sofrendo dor ao urinar 
(disúria) há 4 dias, e relatou as constantes idas ao banheiro (polaciúria), assim como uma dor acima do púbis (dor 
suprapúbica) – caracterizando um quadro de infecção no trato urinário. 
O não tratamento da infecção urinária contribuiu para o comprometimento dos rins – a infecção urinária deve-
se a entrada de bactérias na uretra, e seu desenvolvimento na bexiga. Fatores importantes para a ocorrência da 
infecção: (1) o canal uretral está praticamente em extremo contato com o ânus, o que influência na infecção 
bacteriana, (2) a uretra feminina é menor que a do homem e (3) relações sexuais. 
 A não procura por tratamento, faz com que o agente infeccioso que antes se encontrava na uretra, ascenda 
para a bexiga, passe pelos ureteres e posteriormente os rins → gerando um problema renal e causando a 
Pielonefrite. 
 Outros pontos importantes para a confirmação do diagnóstico de Pielonefrite Aguda, foi: (1) paciente ter 
diabete mellitus do tipo 2, (2) está acima do peso, mesmo que pratique exercícios físicos recorrentes e tenha uma 
dieta saudável → “abdome globoso as custas do panículo adiposo” e (3) ter testado positivo para o Sinal de 
Giordano (ocorrência de dor na região lombar, o que caracteriza um problema renal). 
E com a coleta da peça cirúrgica, notou-se a presença de pontos amarelados (secreção purulenta → pus – necrose 
liquefativa) disseminados pelo tecido renal, reafirmando a ocorrência de uma inflamação aguda no rim, com 
infecção (pois os sintomas ocorreram em menos de 4 dias). 
 
MICROSCOPIA: 
 Nos cortes da lâmina histológica do tecido renal, foram encontrados inúmeros infiltrados inflamatórios, 
devido a intensa produção de células de defesa como macrófagos e neutrófilos, que estão atuando contra agentes 
agressores. A área de calcificação distrófica, formada após a ocorrência da necrose tecidual, indica que houve 
uma tentativa de reparação do local, por células de defesa. Além disso, foram encontrados abscessos e 
microabscessos, formados por liquido purulento (pus), decorrente da inflamação aguda e do processo de necrose 
que houve na área. O interior do abcesso é formado por células polimorfonucleadas e com a ocorrência da 
precipitação desses abcessos, houve a liberação do cálcio. 
 Figura 3 e 4, há espaço capsular, que são regiões esbranquiçadas ao redor dos glomérulos (na região 
cortical) e citoplasma eosinófilico, contendo presença de núcleos picnótico, decorrente do processo de necrose de 
coagulação. Além disso, há aglomerados de células mononucleares (linfócito, macrófago, neutrófilos) e anucleares 
(hemácias) e vasos congestos (dilatados e preenchidos com liquido sanguíneo). 
 Observa-se a presença de tecido epitelial do tipo cuboide simples ao redor dos túbulos renais. Os túbulos 
contorcidos proximais são caracterizados por um citoplasma mais granuloso/calibroso e com a luz do vaso 
mais estreita, enquanto os contorcidos distais são mais finos e formados por um lúmen maior. 
 
 
DIAGNÓSTICO: Pielonefrite Aguda/ Infecção no Trato Urinário e Doença Inflamatória Pélvica. 
 
 
 
 
 
 PAOLA MYCHELLY DA SILVA MARQUES 
 Patologista 
2022010094 
 Fotomicrografia da Lesão 
 
 
 
 
Figura 1 – Nota-se a presença de microabcessos (representado pelo círculo), necrose (liquefativa e de coagulação), células polimorfonucleadas e uma área de 
calcificação (quadrado vermelho), vasos congestos, artérias renais (setas) e tecido adiposo. 
 
 
 
Figura 2 - Composição de tecido granulado (início de uma área com inflamação do tipo crônica e notou-se a fibras colágenas), linfócitos, neutrófilos (devido o 
processo inflamatório agudo), hemácias e uma camada de tecido com fibroblastos. Além de ser perceptível a formação de novos vasos → angiogênese (inf. 
Crôn. Inesp.) e de edema exsudato. 
 
 
 
 
 
 
 
 PAOLA MYCHELLY DA SILVA MARQUES 
 Patologista 
2022010094 
 Fotomicrografia da Lesão 
 
 
 
 
 
Figura 3 - Citoplasma da lâmina histológica eosinofilico e com presença de núcleos picnóticos. Observou-se a presença de necrose, espaço capsular (representado 
pela estrela laranja) circundando glomérulos renais e vasos congestos e exsudato. E presença de túbulos contorcidos proximais e distais. 
 
 
 
Figura 4 – Lâmina com presença de glomérulo, espaço capsular (estrela verde), aglomerados de hemácias e linfócitos, assim como, túbulos contorcidos distais 
(representado pela sigla TCD) e proximais (representado pela sigla TCP). 
 
 
 
 
Manaus, 18 de setembro de 2022 
 
 
 
 PAOLA MYCHELLY DA SILVA MARQUES 
 Patologista 
2022010094Fotomicrografia da Lesão 
 
Glomérulo e Cápsula de Browman 
TCP 
TCD 
Túbulo Contorcido 
Proximal 
Túbulo 
Contorcido Distal