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Resumo Cultura um conceito antropológico

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Resumo
Cultura: Um Conceito Antropológico
Em Ideia sobre a origem da cultura, o autor analisa as ideias de diversos autores com
o propósito de explicar o surgimento da cultura entre os seres humanos. Destaca que, para
Lévi-Strauss a cultura surgiu no momento em que o homem convencionou a primeira regra (a
proibição do incesto). Para Leslie White, a cultura surgiu após uma mudança na fisiologia
humana, quando o cérebro do homem foi capaz de criar símbolos. Após analisar as diferentes
teorias, observou que algumas explicações sugerem que a cultura apareceu de repente, num
dado momento. Opondo-se a esta ideia, o autor argumenta que a cultura desenvolveu-se
simultaneamente com o equipamento biológico do homem em um processo contínuo e lento.
Em as Teorias modernas sobre a cultura, tenta mostrar como a antropologia tem se
esforçado para reconstruir o conceito de cultura, “fragmentado por inúmeras reformulações
(LARAIA, 2006, p.59)”. Para tal, utiliza o modelo de Roger Keesing, no qual classifica as
teorias em quatro grupos: cultura como um sistema adaptativo; teorias idealistas de cultura;
cultura como sistemas estruturais; cultura como sistema simbólico.
Após analisar as diferentes teorias sobre a concepção de cultura, argumenta que para
uma compreensão exata do conceito de cultura é necessário compreender a própria natureza
humana. Acrescenta que “os antropólogos sabem de fato o que é cultura, mas divergem na
maneira de exteriorizar este conhecimento (LARAIA, 2006, p.63)”.
Na segunda parte do livro, o autor reúne cinco capítulos para discutir a atuação da
cultura e como ela molda os indivíduos (cultura condiciona a visão de mundo do homem; A
Cultura interfere no plano biológico; Os indivíduos participam diferentemente da sua
culturais; A cultura tem uma lógica própria; A Cultura é dinâmica).
Em A cultura condiciona a visão de mundo do homem, discute como indivíduos de
culturas diferentes percebem o mundo de maneiras diferente. Afirma que “a cultura é uma
lente através da qual o homem vê o mundo (LARAIA, p.67)”.
O autor aponta que o indivíduo pode sofrer punições – não apenas físicas, mas
também morais, quando apresenta atitudes e/ou comportamento fora do padrão esperado para
sua cultura.
Reforça que todos os seres humanos possuem necessidades fisiológicas, mas a
forma/maneira de satisfazer tais necessidades é cultural. A fome, por exemplo, é uma
necessidade natural, porém as práticas associadas a escolha do alimento, a preparação do
prato, o comportamento à mesa e o horário das refeições, são formas de ser e agir construídas
socialmente e transmitida de geração a geração.
Argumenta que o ao longo da História do homem na Terra, ele se separou em
“pequenos grupos, cada um com sua própria linguagem, sua própria visão de mundo, seus
costumes, expectativas (LARAIA p.72)”, e diferentes comportamentos sociais transmitidos
por uma herança cultural. A medida que vê o mundo atravé da sua lente cultural, o indivíduo
pode considerar o seu modo de vida como o mais correto e mais natural, e as práticas de
outros sistemas culturais podem ser percebidas como absurdas, deprimentes ou imorais. “Tal
tendência, denominada etnocentrismo, é responsável, em seus casos extremos, pela ocorrência
de conflitos sociais (LARAIA, p.73)”.
Na perspectiva cultural, o ponto fundamental de referência do homem, não é a
humanidade, mas o grupo. Daí a relação, pelo menos a estranheza em relação aos
estrangeiros, bem como aos grupos de uma mesma sociedade.
Em A Cultura interfere no plano biológico, o autor apresenta alguns casos que
indicam a atuação da cultura no aspecto biológico do ser humano e, revelam como os padrões
culturais influenciam o surgimento ou a cura de doenças, a morte, a sensação de fome etc.
Em Os indivíduos participam diferentemente da sua cultura, destaca que, embora
nenhum indivíduo conheça totalmente o seu sistema cultural, é necessário ter um
conhecimento mínimo para operar dentro do mesmo. Este conhecimento mínimo deve ser
partilhado por todos os componentes da sociedade, de forma a permitir a convivência dos
mesmos.
Em A cultura tem uma lógica própria argumenta que “não existem sistemas culturais
lógicos e pré-lógicos (LARAIA, p. 87)”. Ao analisar diferentes sistemas culturais, afirma que
cada cultura organizou uma forma de explicar e classificar mundo ao seu redor. Todos
sistemas culturais possuem sua própria lógica, a medida encontram coerência dentro do
próprio sistema. Isso significa que uma sociedade que não possui microscópio encontrará uma
forma de explicar a origem das doenças dentro do seu próprio sistema, dentro desse sistema a
explicação é completamente lógica.
Em A Cultura é dinâmica, o autor evidencia o caráter dinâmico da cultura. Destaca
que, a variação ocorre nas sociedades e grupos humanos, uma vez que “os homens ao
contrário das formigas tem a capacidade de questionar seus próprios hábitos e modificá-los
(LARAIA, p.95)”.
Partindo da concepção que o sistema cultural está sempre em transformação – ainda
que sutil e imperceptível, o autor apresenta dois tipos de mudanças que podem ocorrer nos
sistemas culturais (mudança interna; resultante do encontro de um sistema cultural com o
outro).
Ao analisar hábitos e costumes entre gerações, observa que “o tempo constitui um
elemento importante na análise de uma cultura (LARAIA, p.99)”. Ressalta que perceber este
movimento de variação do sistema cultural é fundamental para “atenuar o choque entre
gerações e evitar o comportamento preconceituoso''. Da mesma forma que é fundamental para
a humanidade a compreensão das diferenças entre povos de culturas diferentes, é necessário
compreender as diferenças que ocorrem dentro do mesmo sistema (LARAIA, p.101)”.

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