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Fernando Pessoa e heterônimos

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Prévia do material em texto

FERNANDO PESSOA 
E 
HETERÔNIMOS
1. Relacione os fragmentos a seguir de acordo com as características dos heterônimos de Fernando Pessoa:
I.
“(...) Mas serenamente 
Imita o Olimpo 
No teu coração. 
Os deuses são deuses 
Porque não se pensam.”
II.
“(...) Começo a conhecer-me. Não existo. 
Sou o intervalo entre o que desejo ser e o que os outros me fizeram, 
ou metade desse intervalo, porque também há vida ... 
Sou isso, enfim (...)”.
III.
“(...) Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...”.
( ) Álvaro de Campos.
( ) Alberto Caeiro.
( ) Ricardo Reis.
a) II, III e I. b) I, II e III. c) III, I e II. d) II, I e III.
 Eu sou do tamanho do que vejo
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
 (Alberto Caeiro)
2. A tira de Hagar e o poema de Alberto Caeiro (um dos heterônimos de Fernando Pessoa) expressam, com linguagens diferentes, uma mesma ideia: a de que a compreensão que temos do mundo é condicionada, essencialmente,
a) pelo alcance de cada cultura.
b) pela capacidade visual do observador.
c) pelo senso de humor de cada um.
d) pela idade do observador.
e) pela altura do ponto de observação
3. (FEI - SP)
 Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
 Fernando Pessoa
 A palavra título indica que:
a) o texto apresentará a visão do eu lírico sobre os outros com quem convive.
b) o poema tecerá considerações sobre a subjetividade do próprio eu lírico.
c) o texto discutirá a formação do leitor.
d) o poema dialogará com os leitores em potencial.
e) o poema tecerá considerações sobre o amor.
4. Assinale a sequência correta de acordo com as características dos heterônimos de Fernando Pessoa:
I. Um dos heterônimos mais importantes, embora seja um camponês sem estudo. Seu estilo direto e simples, na verdade, esconde reflexões profundas que estão na contramão do pensamento filosófico. Uma de suas obras mais conhecidas é “O Guardador de Rebanhos”.
II. Sua obra é marcada por três fases: na primeira, é o tédio e a busca por diferentes experiências que marcam a poesia; na segunda, a crença na civilização; na terceira, o intimismo, a introspecção e o pessimismo.
III. Apresenta uma linguagem culta e clássica em poemas que fazem alusões à mitologia grega. É pouco espontâneo, e em sua poesia predomina um tom sentencioso de caráter moralizante.
 
a) Ricardo Reis, Fernando Pessoa e Alberto Caeiro.
b) Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.
c) Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro.
d) Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis.
Indique a alternativa que preenche corretamente as afirmações abaixo.
5. Ao se destacar como um poeta múltiplo, Fernando Pessoa apresenta ____ com diferentes____ entre os quais Ricardo Reis e Álvaro de Campos, com obras de tendência, respectivamente, ____ e ____.
a) pseudônimos – imagens – clássica – simbolista
b) heterônimos – linguagens – neoclássica – modernista
c) pseudônimos – estilos – simbolista – modernista
e) heterônimos – visões de mundo – surrealista – vanguardista
6. (UFRGS) Leia o poema abaixo do heterônimo Ricardo Reis.
“Tão cedo passa tudo quanto passa!
Morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. O mais é nada.”
 
 Em relação ao poema, considere as afirmações abaixo.
I. Trata-se de uma ode do heterônimo clássico de Fernando Pessoa; daí a linguagem e o estilo elevados.
II. Expressa, em seus quatro primeiros versos, um tema recorrente da sua criação: a consciência da brevidade de tudo.
III. Expressa, em seus dois últimos versos, a ideia de que é preciso viver como se cada instante fosse o último, porque “o mais é nada”.
 Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
7.
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
[...]
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
 Álvaro de Campos
 
 Sobre Poema em linha reta, obra prestigiada de Fernando Pessoa, é correto afirmar:
a) o eu lírico coloca-se crítico em relação a si próprio.
b) o poema não apresenta ironias em relação às convenções sociais da época.
c) a essência do poema é enaltecer pessoas falsas.
d) não deixa claro que as etiquetas da sociedade são motivos para marginalização de muitos.
e) Álvaro de Campos não usa conceitos do mundo convencional para tecer suas reflexões.
8. (URCA)
 São heterônimos de Fernando Pessoa:
a) Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.
b) Ricardo Reis, João Ubaldo e Álvares de Azevedo.
c) Umberto Eco, Álvares de Azevedo e Ricardo Reis.
d) Álvaro de Campos, Saramago e Alberto Caeiro.
e) Fernando Veríssimo, Ricardo Reis e João Ubaldo.
 
9. (URCA)
 A respeito de Fernando Pessoa, é INCORRETO afirmar que:
a) Não só assimilou o passado lírico de seu povo, como refletiu em si as grandes inquietações humanas do começo do século.
b) Os heterônimos são meios de conhecer a complexidade cósmica impossível para uma só pessoa.
c) Ricardo Reis simboliza uma forma humanística de ver o mundo do espírito da Antiguidade Clássica.
d) Junto com Mário de Sá-Carneiro, dirige a publicação do segundo número de Orpheu.
e) A Tabacaria, de Alberto Caeiro, mostra seu desejo de deixar o grande centro em busca da simplicidade do campo.
10. (UNICAMP)
Leia o poema “Mar Português”, de Fernando Pessoa.
 MAR PORTUGUÊS
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu. 
 No poema, a apóstrofe, uma figura de linguagem, indica que o enunciador
a) convoca o mar a refletir sobre a história das navegações portuguesas.   
b) apresenta o mar como responsável pelo sofrimento do povo português.   
c) revela ao mar sua crítica às ações portuguesas no período das navegações.   
d) projeta no mar sua tristeza com as consequências das conquistas de Portugal.  
GABARITO
1 – A
2 – A
3 – B
4 – D
5 – B
6 – E
7 – A
8 – A
9 – E
10 – A
 MAR PORTUGUÊS 
Ó mar salgado, quanto do teu sal 
São lágrimas de Portugal! 
Por te cruzarmos, quantas mães choraram, 
Quantos filhos em vão rezaram! 
Quantas noivas ficaram por casar 
Para que fosses nosso, ó mar! 
 
Valeu a pena? Tudo vale a pena 
Se a alma não é pequena. 
Quem quer passar além do Bojador 
Tem que passar além da dor. 
Deus ao mar o perigo e o abismo deu, 
Mas nele é que espelhou o céu. 
 AUTOPSICOGRAFIA 
O poeta é um fingidor 
Finge tão completamente 
Que chega a fingir que é dor 
A dor que deveras sente. 
E os que leem o que escreve, 
Na dor lida sentem bem, 
Não as duas que ele teve, 
Mas só a que eles não têm. 
E assim nas calhas de roda 
Gira, a entreter a razão, 
Esse comboio de corda 
Que se chama coração. 
 “O mistério das coisas, onde está ele?Onde está o que não aparece 
 Pelo menos a mostrar-nos que é mistério? 
 Que sabe o rio e que sabe a árvore 
 E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso? 
 Sempre que olho para as coisas e penso no que os homens pensam delas, 
 Rio como um regato que soa fresco numa pedra.” 
 II – “Não me importo com as rimas. Raras vezes 
 Há duas árvores iguais, uma ao lado da outra 
 Penso e escrevo como as flores têm cor 
 Mas com menos perfeição no meu modo de exprimir -me 
 Porque me falta a simplicidade divina.” 
 III – “Ponho na altiva mente o fixo esforço 
 Da altura, e à sorte deixo, 
 E às suas leis, o verso; 
 Que, quando é alto e régio o pensamento, 
 Súbdita a frase o busca 
 E o escravo ritmo o serve.” 
 IV – “Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável? 
 Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa? 
 Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade. 
 Assim, como sou, tenham paciência! 
 Vão para o diabo sem mim, 
 Ou deixem-me ir sozinho para o diabo! 
 Para que havemos de ir juntos?” 
 V – “Temos todos que vivemos, 
 Uma vida que é vivida 
 E outra vida que é pensada, 
 E a única vida que tenho 
 É essa que é dividida 
 Entre a verdadeira e a errada.” 
 VI – “Aos deuses peço só que me concedam 
 O nada lhes pedir. A dita é um jugo 
 E o ser feliz oprime. 
 Porque é um certo estado. 
 Não quieto nem inquieto meu ser calmo 
 Quero erguer alto acima de onde os homens 
 Têm prazer ou dores.” 
 VII– “Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno! 
 Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria! 
 Por todos os meus nervos dissecados fora, 
 Em fúria fora e dentro de mim.” 
 VIII – “E olho para as flores e sorrio... 
 Não sei se elas me compreendem 
 Nem se eu as compreendo a elas, 
 Mas sei que a verdade está nelas e em mim 
 E na nossa comum divindade.” 
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos... 
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é, 
Mas porque a amo, e amo-a por isso, 
Porque quem ama nunca sabe o que ama 
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ... 
Amar é a eterna inocência, 
E a única inocência não pensar... 
Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã... 
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã, 
E assim será possível; mas hoje não... 
Não, hoje nada; hoje não posso. 
A persistência confusa da minha subjetividade objetiva, 
O sono da minha vida real, intercalado, 
O cansaço antecipado e infinito, 
Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico... 
Não sei quantas almas tenho. 
Cada momento mudei. 
Continuamente me estranho. 
Nunca me vi nem acabei. 
De tanto ser, só tenho alma. 
Quem tem alma não tem calma. 
Quem vê é só o que vê, 
Quem sente não é quem é, 
Acima da verdade estão os deuses. 
A nossa ciência é uma falhada cópia 
Da certeza com que eles 
Sabem que há o Universo. 
Tudo é tudo, e mais alto estão os deuses, 
Não pertence à ciência conhecê-los, 
Mas adorar devemos 
Seus vultos como às flores, 
Porque visíveis à nossa alta vista, 
São tão reais como reais as flores 
E no seu calmo Olimpo são outra Natureza.

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