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Controle externo da atividade policial

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7 Investigação Preliminar 
 
Conceito 
 Conjunto de normas que regulam a fiscalização 
exercida pelo MP em relação à Polícia, na 
prevenção, apuração e investigação de fatos 
tidos como criminosos, na preservação dos 
direitos e garantias constitucionais dos presos 
que estejam sob responsabilidade das 
autoridades policiais e na fiscalização do 
cumprimento das determinações judiciais 
(Rodrigo Régnier Chemim Guimarães); 
 decorre do sistema de freios e contrapesos 
previsto pelo regime democrático; 
 é instrumento de realização do poder punitivo 
do Estado; 
 sujeitam-se os organismos policiais 
relacionados no art. 144 da CF, bem como as 
polícias legislativas ou qualquer outro órgão ou 
instituição, civil ou militar, com poder de polícia 
relacionada com a segurança pública e 
persecução criminal; 
Art. 129, inciso VII, CF – cabe ao MP exercer o 
controle externo da atividade policial, na forma da lei 
complementar, de iniciativa dos respectivos 
Procuradores-Gerais da União e dos Estados. 
Art. 9ª, LC n. 75/93 – o MPU exercerá o controle 
externo da atividade policial por meio de medidas 
judiciais e extrajudiciais, podendo: 
• ter livre ingresso em estabelecimentos 
policiais ou prisionais; 
• ter acesso a quaisquer documentos relativos 
à atividade-fim policial; 
• representar à autoridade competente pela 
adoção de providências para sanar a omissão 
indevida, ou para prevenir ou corrigir 
ilegalidade ou abuso de poder; 
• requisitar à autoridade competente para 
instauração de inquérito policial sobre a 
omissão ou fato ilícito ocorrido no exercício da 
atividade policial; 
• promover a ação penal por abuso de poder. 
Art. 10 da LC nº 75/93 – a prisão de qualquer pessoa, 
por parte de autoridade federal ou do DF e Territórios, 
deverá ser comunicada imediatamente ao MP 
competente, com indicação do lugar onde se encontra 
o preso e cópia dos documentos comprobatórios da 
legalidade da prisão. 
Resolução nº 20, de 28 de maio de 2007, do CNMP – 
regulamenta, no âmbito do MP, o controle externo da 
atividade policial. 
Art. 2º – o controle externo da atividade policial pelo 
MP tem como objetivo manter a regularidade e a 
adequação dos procedimentos empregados na 
execução da atividade policial, bem como a integração 
das funções do MP e das Polícias voltadas para a 
persecução penal e o interesse público, atentando, 
especialmente, para: 
• o respeito aos direitos fundamentais 
assegurados na CF e nas leis; 
• a preservação da ordem pública, da 
incolumidade das pessoas e do patrimônio 
público; 
• a prevenção da criminalidade; 
• a finalidade, a celeridade, o aperfeiçoamento 
e a indisponibilidade da persecução penal; 
• a prevenção ou a correção de irregularidades, 
ilegalidades ou de abuso de poder relacionados 
à atividade de investigação criminal; 
• a superação de falhas na produção 
probatória, inclusive técnicas, para fins de 
investigação criminal; 
• a probidade administrativa no exercício da 
atividade policial. 
Formas 
 
7 Investigação Preliminar 
Há duas formas de controle externo da atividade 
policial: 
 Controle difuso: exercido por todos os 
membros do MP com atribuição criminal 
quando do exame dos procedimentos que lhes 
forem atribuídos; é possível a adoção das 
seguintes medidas: 
1) controle de ocorrências com acesso a 
registros manuais e informatizados; 
2) prazos de IPs; 
3) qualidade do IP; 
4) bens apreendidos; 
5) propositura de medidas cautelares. 
 Controle concentrado: exercido através de 
membros com atribuições específicas para o 
controle externo da atividade policial, 
conforme disciplinado no âmbito de cada MP; 
inúmeras medidas podem ser adotadas: 
1) ações de improbidade administrativa; 
2) ACP na defesa dos interesses difusos; 
3) procedimentos de investigação criminal; 
4) requisições; 
5) recomendações; 
6) termos de ajustamento de conduta; 
7) visitas às delegacias de polícia e unidades 
prisionais; 
8) comunicações de prisões em flagrante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autoria: Gabriela Medeiros 
Doutrina: LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de processo penal: 
volume único / Renato Brasileiro de Lima – 8. ed. rev., ampl. e atual. 
– Salvador: Ed. JusPodivm, 2020.

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