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Distúrbios urinários

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Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
1 
 
Enfermagem na Saúde do Adulto 
SISTEMA URINÁRIO 
 Eliminação de fluidos e resíduos do corpo; 
 Regulação do volume sanguíneo, pressão, pH e 
equilíbrio eletrolítico por meio da produção e 
excreção de urina. 
 
SUPERIOR 
 Rins: 
o Filtração do sangue, 
o Produção de urina; 
o Reabsorção de substâncias importantes 
(eletrólitos, aminoácidos); 
o Eliminação de resíduos na urina 
 Ureteres: transporte da urina dos rins até a bexiga 
urinária 
INFERIOR 
 Bexiga urinária: armazenamento de urina e 
controle da micção 
 Uretra: transporte de urina da bexiga urinária para 
fora do corpo (nos homens, a função adicional é o 
transporte do sêmen na ejaculação) 
 
 Músculo detrusor: 
 
 Óstio dos ureteres: 
 
 Trígono vesical: 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
2 
 
 Uretra feminina: 
 
 
 Uretra masculina: 
 
 
ENCHIMENTO E ESVAZIAMENTO 
 
 Pressão de perda > 40cm H2O podem levar a: lesão 
do TU  refluxo  pielonefrite  perda da função 
renal 
 Lesão do tronco cerebral = Hiperatividade 
Detrusora (AVE, Parkinson, Paralisia Cerebral, Tu 
Cerebral, Demência) 
 Lesão entre T6 e S2 = Hiperatividade Detrusora, 
obstrução por dissinergia e hipereflexia autonômica 
do esfíncter 
 Lesão abaixo de S2 = arreflexia do detrusor e < da 
complacência (trauma, EM, lesão sacral) 
 Bexiga neurogênica 
RETENÇÃO URINÁRIA 
 Esvaziamento inadequado da vesícula urinária. 
 Acarretado por obstrução das vias urinárias ou 
neurogênica 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
3 
 
 Principais consequências: ITU, incontinência, 
refluxo ureteral, insuficiência renal 
 Volume vesical: 
o Masculino 200 - 500ml por micção 
o Feminino 150 - 400ml por micção 
 Resíduo Pós-miccional: Aceitável 100ml sem 
infecção recorrente 
 ITU recorrente 
o 2 ou mais episódios de infecção do trato 
urinário (ITU) em 6 meses ou 3x em 1 ano 
o RPM aceitável com infecção 50ml 
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO 
 Vida sexual ativa após período de abstinência 
 Coito anal seguido de coito vaginal 
 Uso de espermicida 
 Gestação 
 Cateter Vesical de Longa Permanência 
 Prolapsos 
 Mulheres pós menopausa 
 Diurese concentrada 
 Indicar hidratação adequada 
 Micções frequentes 
 Evitar e tratar infecções ginecológicas 
 Evitar constipação 
 Micção após o ato sexual 
 Troca do preservativo 
 Higiene anal no sentido anteroposterior 
CÁLCULOS URINÁRIOS 
 São partículas sólidas no sistema urinário. 
 Podem causar dor, náuseas, vômitos, hematúria e, 
possivelmente, calafrios e febre decorrentes de 
infecção secundária. 
 O diagnóstico baseia-se no exame de urina e em TC. 
 O tratamento é feito com analgésicos, antibióticos 
para infecção, terapia expulsiva, litotripsia por 
ondas de choque ou cirurgia endoscópica. 
 Áreas comuns de impactação: 
o Junção ureteropélvica 
o Ureter distal (no nível dos vasos ilíacos) 
o Junção ureterovesical 
 Podem ser formados de: cálcio, ácido úrico, cistina, 
fosfato de amônio e magnésio 
 
 
OBSTRUÇÃO DO TRATO URINÁRIO 
Causas mais comuns: 
 Em crianças: defeitos congênitos que estreitam ou 
bloqueiam o ureter ou a uretra. 
 Em jovens adultos: Cálculos no rim ou ureter ou em 
outro local do trato urinário 
 Em idosos: Hiperplasia prostática benigna (HPB) ou 
câncer de próstata, tumores e cálculos 
 Estenoses: estreitamentos por tecido cicatricial que 
se desenvolvem após radioterapia, cirurgia ou 
procedimentos realizados no trato urinário 
 
DOENÇAS GLOMERULARES 
 Concentrações elevadas de creatinina no sangue 
 Anormalidades no exame de urina 
o Proteinúria 
o Hematúria 
 Os sintomas primários incluem anorexia, mal-estar 
e urina espumosa causada pela alta concentração 
de proteínas. 
 A retenção de líquidos pode causar 
o Dispneia (derrame pleural ou edema 
laríngeo) 
o Artralgia (hidrartrose) 
o Dor abdominal (ascite ou, em crianças, 
edema mesentérico) 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
4 
 
DOENÇAS TUBULOGLOMERULARES 
 Necrose tubular aguda 
 Nefrite tubulointersticial aguda ou crônica 
 Nefropatia por contraste 
 Nefropatia por analgésicos 
 Nefropatia de refluxo 
 Rim do mieloma 
 Perturbações metabólicas e exposição a toxinas. 
DISTÚRBIOS DE VASOS SANGUÍNEOS RENAIS 
 
 Doença renal ateroembólica 
 Bloqueio das artérias renais 
 Necrose cortical dos rins 
 Nefrosclerose arteriolar hipertensiva 
 Trombose da veia renal 
INSUFICIÊNCIA RENAL 
 Ocorre quando os rins não são capazes de filtrar 
devidamente os resíduos metabólicos do sangue. 
 Doença renal crônica: uma diminuição lenta e 
progressiva (durante meses ou anos) da capacidade 
dos rins de filtrar os resíduos metabólicos do 
sangue. 
o Nefropatia diabética 
o Nefroesclerose hipertensiva 
o Várias glomerulopatias primárias e 
secundárias 
o Síndrome metabólica, que estão presentes 
hipertensão e diabetes tipo 2 
 Lesão renal aguda: uma diminuição rápida (em dias 
ou semanas) da capacidade dos rins de filtrar os 
resíduos metabólicos do sangue. 
o Obstrução / tumor obstrutivo 
o Hemorragia 
o Desidratação grave 
o Insuficiência cardíaca 
o Choque 
o Sepse 
 
 
CATETER VESICAL INTERMITENTE LIMPO (CVIL) 
 Quando bem indicado, é um recurso seguro, pois 
tem um pequeno índice de complicações 
 Reduz os índices de infecções urinarias 
 Preserva o trato urinário superior (redução do 
refluxo vesicoureteral 
 Preserva o músculo da bexiga. 
 Melhora a qualidade de vida dos pacientes pois 
melhora a continência 
 Promove maior independência, 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
5 
 
 Assegura um melhor convívio social, 
 Ajudando na recuperação da autoestima. 
 De forma temporária ou definitiva 
 4 - 6x/dia 
 Ao primeiro sinal de ITU aumentar ingestão hídrica 
e o número de CIL/dia 
 A prevenção de ITU se dá pelo controle da distensão 
vesical e não pela assepsia da técnica. 
 Complicações: 
o Incluindo infecções do trato urinário (itus) 
de repetição ou persistentes 
o Lesões da mucosa uretral, 
o Estenose de uretra 
o Falso trajeto 
CATETER VESICAL PERMANENTE (CVP) 
 Cateter de silicone e coletor com válvula 
antirrefluxo 
 Procedimento estéril, lubrificante anestésico 
 Higiene do períneo frequente, 
 Não há evidência científica do benefício do 
treinamento vesical pelo fechamento do cateter. 
 Balonete com 5 - 10ml de água destilada = formato 
assimétrico, esvaziamento, lesões 
 Insuflar o balão com ar prejudica o esvaziamento e 
causa irritação e espasmo. 
 INDICAÇÃO: Quadros pré/trans/pós op , obstrução 
infra vesical , estado terminal, lesão por pressão 
estágio 3 – 4 
 É realmente necessário? Estímulo à micção 
espontânea, treino miccional, cateter externo 
 Fixação: abdômen homens e coxa em mulheres 
 Tampões oclusores (CONSCIÊNCIA), troca do 
coletor 
 Higiene das mãos para o esvaziamento 
 Lavagem vesical: grande risco 
 Nunca deixar o coletor em contato com o chão 
 Frequência de troca conforme protocolo 
institucional e avaliação individual de cada 
paciente. 
 Se necessitar abrir o sistema, todo o conjunto deve 
ser trocado 
 Não há evidência definitiva na literatura sobre 
intervalo ótimo para troca do cateter vesical de 
permanência (via uretral ou via suprapúbica) nos 
pacientes que necessitam do uso prolongado. Por 
essa razão, não há recomendação para a troca com 
intervalo fixo. 
 Realizar a troca quando indicado por alterações 
clínicas do paciente, como nos episódios de 
infecção, drenagem inadequada ou incrustações. 
 Se o paciente tem um padrão de tempo entre a 
colocação do cateter e o surgimento de infecção ou 
de obstrução, especialmente quando a obstrução é 
causada por incrustações. Nesses casos, a troca 
pode ser planejada com intervalos regulares, uma 
semana antes do provável início das manifestações 
clínicas. 
 Conforme indicado pelo fabricante do cateter 
(geralmente a cada 12 semanas). 
 Complicações: 
o Infecçõeso Obstruções 
o Retenção urinária 
o Formação de falsos trajetos ou fístulas 
o Dor e desconforto uretral 
o Hematúria 
o Impossibilidade de esvaziar o balão 
o Bacteriúria após 3 a 4 semanas de seu uso 
CATETERISMO DE CURTO PRAZO (ATÉ 14 DIAS) 
 Durante os procedimentos cirúrgicos e cuidados 
pós-operatórios 
 Para monitoramento exato da produção de urina 
em doenças agudas 
 Para alívio da retenção urinária aguda ou crônica 
 Instilação de medicamento diretamente na bexiga 
CATETERISMO DE LONGO PRAZO (A PARTIR DE 
15 DIAS) 
 Obstrução da saída da bexiga sem possibilidade de 
correção cirúrgica 
 Retenção crônica, sem possibilidade de cateterismo 
 Lesão perineal com rompimento da pele ou 
infectados, úlceras de pressão apenas como último 
recurso 
 Casos em que o paciente insiste nesta forma de 
manejo após discussão dos riscos. 
 Incontinência intratável quando todas as outras 
medidas foram testadas e comprovadas serem 
ineficaz. 
 Incontinência urinária intratável, onde o 
cateterismo melhora a qualidade de vida do 
paciente apenas como último recurso quando as 
abordagens alternativas não invasivas são 
insatisfatórias ou mal-sucedido. 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
6 
 
RETIRADA 
 Esvaziar completamente o balonete, pode conter 
de 10 a 30 mL de solução, nos casos de 
procedimentos endourológicos podem chegar a 60 
mL 
 Tracionar o cateter lenta e gentilmente, havendo 
qualquer resistência, atentar para a possibilidade 
do balonete não ter sido esvaziado completamente 
(repetir o procedimento de esvaziamento do 
balonete). Permanecendo a resistência, 
encaminhar para serviço hospitalar de referência. 
 Nos primeiros dias após a remoção, a micção 
espontânea pode causar ardência e a coloração 
pode estar ligeiramente tingida de sangue. Orientar 
sobre ingesta hídrica, mobilização (quando não 
houver restrições) e uma rotina de idas ao 
banheiro, a cada 4 horas, independentemente da 
vontade de urinar. 
 Orientar sobre sinais de infecção (febre, dor 
abdominal, urina com mau cheiro, hematúria) 
 A decisão sobre remoção do cateter vesical de 
permanência é uma conduta médica. 
CATETER SUPRAPÚBICO / CISTOSTOMIA 
 Através do abdome acima do osso púbico 
 Indicações: 
o Cateter não consegue avançar pela uretra 
o Estenose de Uretra 
o Lesão grave da uretra 
o Cálculo impactado dentro da uretra 
quando não é possível resolver o cálculo 
de imediato 
o Próstatas muito volumosas 
o Câncer avançado da próstata e da uretra 
o Infecções graves do períneo (síndrome de 
Fournier) 
 
URETEROSTOMIA 
 
NEFROSTOMIA 
 Cateter flexível colocado dentro do rim 
 Obstrução nos ureteres. 
 Infecção 
 Irrigação 
 Troca 
 Pele 
 
UROSTOMIA BRICKER 
 Urostomia, conduto ileal ou bexiga de Bricker 
 Uma parte isolada do intestino é trazida para a 
superfície do lado direito do abdome e a outra 
extremidade é suturada. Os ureteres são separados 
da bexiga e religados com a seção isolada do 
intestino. 
 Incontinente 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
 Incontinência urinária aos esforços: tossir, espirrar, 
levantar peso resultante de músculo pélvico fraco, 
lento ou tenso 
o Aumento da pressão intra-abdominal 
o FMAP 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
7 
 
 Incontinência urinária de urgência: vontade súbita 
e urgente de urinar com perdas. Bexiga urinária 
muito sensível ou muito ativa 
o Comportamental 
o Concentração da urina - água 
o Diário miccional 
o Treino - 4/4horas 
o Anticolinérgicos 
o Trânsito intestinal 
o Estimulantes /irritantes 
o FMAP 
 Incontinência urinária mista: combinação de 
perdas aos esforços e urgência 
 Comum, porém não normal 
TREINAMENTO VESICAL 
 Educação do paciente sobre seus hábitos 
miccionais 
 Educação do paciente para regime de micção 
programada com aumentos graduais do intervalo 
entre as micções. 
 Aumentar a capacidade vesical; 
 Frequentemente realizado em conjunto aos 
exercícios da musculatura do assoalho pélvico 
 Fazer diário miccional por 24h. 
 Após, urinar “pelo relógio”, em intervalos regulares, 
usando inicialmente o menor intervalo entre as 
micções 
 Controlar a urgência (desejo de urinar) entre as 
micções programadas com técnicas de distração, 
relaxamento e contrações da musculatura do 
assoalho pélvico 
 Após 2 a 7 dias com menos sintomas de urgência 
e/ou incontinência, aumentar o intervalo, 
gradualmente até que seja atingido 2 a 4 horas de 
intervalo entre as micções 
 EXERCÍCIOS DE FORTALECIMENTO DA 
MUSCULATURA DO ASSOALHO PÉLVICO 
o Para reduzir perdas de urina em pessoas 
que têm incontinência de esforço 
o Para o controle da vontade súbita de 
urinar, incontinência de urgência 
o Para reduzir prolapso de órgão pélvico 
o Podem reduzir perdas de urina em 
homens que fizeram cirurgia prostática 
o Identificar a musculatura 
o Pode ser feito em qualquer posição 
o Realizar 10 exercícios de contração rápida 
dos músculos do assoalho pélvico 3 vezes 
ao dia, diariamente. 
o Após reavaliação, realizar 10 contrações 
mantidas por 6 a 10 segundos. 
o Os resultados podem ser observados a 
partir do primeiro mês, porém 
recomenda-se continuar o exercício por 
pelo menos 3 meses para avaliar a 
resposta. 
MUDANÇA DE HÁBITOS 
1. Aumentar a ingestão de água 
2. Sentar-se no vaso para fazer xixi 
3. Reduzir os irritantes da bexiga 
4. Planejar a frequência urinária 
5. Relaxar o assoalho pélvico 
6. Melhorar a função intestinal 
7. Treinamento muscular pélvico 
 
ALGUNS TERMOS 
 Oliguria: excreção de diurese inferior a 400mL/dia 
ou menos de 20mL/hora 
 Anuria: quando a diurese é inferior a 100mL/dia 
 Poliúria: excreção de volume urinário superior a 
2.500mL/dia 
 Disúria: micção associada à sensação de dor, 
queimor ou desconforto 
 Urgência: necessidade súbita e imperiosa de urinar 
 Polaciúria: necessidade de urinar com intervalos 
inferiores a 2hrs, 
 Hesitação: demora para iniciar a micção 
 Noctúria: 2x ou mais á noite. Após 70 anos: 3x ou 
mais

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