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Histoplasmose, Blastomicose e Coccidioidomicose

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Histoplasmose, blastomicose e coccidioidomicose. Micoses sistêmicas que 
não ficam restritas a um único sítio. 
-
Blastomicose não é endêmica, presente na região norte americana.-
HISTOPLASMOSE
Identificação inicial do Histoplasma capsulatum, posteriormente a descoberta 
de fungo termodimórfico, doença rara, fatal e de transmissão misteriosa. 
-
Fungo patogênico, cosmopolita e via de infecção é inalatória. Doença é 
benigna e auto resolutiva na maioria dos casos. 
-
A doença depende da carga fúngica inalada e da condição imunológica do 
hospedeiro. 
-
Agente etiológico: Histoplasma capsulatum - termodimórfico, saprófita do 
solo, endêmica das américas. 
-
Variedade duboisii presente apenas na África, células maiores e paredes mais 
espessas. 
-
- Forma filamentosa: branco acastanhado, hifas hialinas finas, septadas e 
ramificadas, conídios espiculados. 
- Forma leveduras: pequenas, ovóides e frequentemente gemulação única 
(células filha não ligada a células mãe). 
Reservatórios
Solos, úmidos e ácidos, principalmente com excretas de aves e morcegos.-
Morcegos possuem esse fungo na sua microbiota, são portadores crônicos. -
Acomete mais homens entre 30-50 anos. -
- Em ambiente tanto urbano quanto rural: escavação, demolição, 
desmatamento, construções e reformas. 
Ciclo de infecção
Inalação dos conídios espiculados no ambiente, fungo na forma filamentosa. -
O fungo alcança o sistema respiratório e geram uma resposta inflamatória 
(atraem células fagocitárias - macrófagos e neutrófilos).
-
No pulmão, ocorre o dimorfismo (espaços alveolares) em que o fungo passa 
para a forma leveduriforme na tentativa de escapar da resposta imune. 
-
Células do sistema imune podem transportar macrófago com leveduras no 
seu interior pelo sistema linfático, levando a disseminação. Atinge a 
circulação sanguínea. 
-
- Incubação de 1 a 2 semanas. 
Manifestações clínicas
Casos leves ou graves (disseminação sistêmica). -
- Gravidade e grau de disseminação depende da carga fúngica e de condições 
do hospedeiro. 
Assintomática 
- 60 a 95% dos casos. 
- Indivíduos imunocompetentes expostos a um pequeno inóculo. 
Infecção pulmonar aguda 
- Indivíduos que inalaram grande quantidade de conídios, é limitada ao trato 
respiratório. 
- Ocorre resposta inflamatória exacerbada.
- Auto resolução de 2 a 4 semanas. 
- Sintomas: febre, calafrio, dispnéia, mialgias e dor torácica. 
- Demanda tratamento, pois pode gerar quadro de insuficiência respiratória. 
Forma disseminada
Compromete fígado, baço, SNC, medula, choque séptico…-
Pessoas portadoras de HIV e pessoas imunocomprometidas, imunidade 
mediada por células pouco efetiva. 
-
- Mortalidade em 70% dos casos mesmo com tratamento. 
Lesões cutâneas bem variadas, papulas, ulcerações…-
- Pacientes HIV+/Aids: infecção disseminada rápida e frequentemente fatal. 
Variação duboisii
- Apresenta lesões ósseas, pleomórficas (irregulas), abscessos cutâneas. 
Diagnóstico
Aspectos clínicos.-
Cultura (negativa na fase aguda e positiva na disseminada), histopatologia e 
sorologia.
-
Na histopatologia o fungo é observado no interior dos macrófagos.-
Tratamento
Itraconazol (histoplasmose pulmonar aguda, terapia de manutenção).-
Anfotericina B (ataque para histoplasmose pulmonar aguda grave ou 
disseminada). Formulação lipídica é menos hepatotóxica. 
-
COCCIDIOIDOMICOSE 
Agente: Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii (mais relevante para 
américa latina). Termodimórficos. 
-
Infecção pode ser benigna com resolução espontânea em imunocompetentes 
na maioria dos casos. 
-
Vive em ambientes de clima árido e semi-árido, altas temperaturas e pouco 
chuva (nordeste do Brasil). Atinge agricultores, arqueólogos e zoologistas. 
-
Podem acometer tanto seres humanos como animais, cachorros, gado…-
Infecção por inalação. -
Característica da forma leveduriforme: forma esferular com endosporos no 
interior. 
-
Forma filamentosa com muitos artroconídios. -
- Doença dos caçadores de tatu - forte associação com essa atividade, realizada 
por homens e assistida por cachorros. 
Agente etiológico 
- Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii. 
- Forma filamentosa: colônia esbranquiçada e algodonosa, artroconídios 
hialinos. 
- Leveduras: forma característica esferular com endospóros no seu interior 
(somente in vivo). 
Manifestações clínicas
Forma pulmonar primária: 
- primeiro contato, maioria auto resolutivo, alguns progridem para 
desenvolvimento de doença pulmonar.
- Doença respiratória aguda semelhante a outras doenças como tuberculose. 
- Incubação de 3 semanas. 
Pulmonar progressiva:
- Crônica, a forma primária não se resolve e evolui. Mais de 2 meses de 
sintomas.
- Evolui da primo-infecção. Tosse e dispneia, derrame pleural. 
Disseminada:
- Lesões disseminadas na pele, pode causar meningite. 
- Gravidade e grau de disseminação depende da carga fúngica e das condições 
do hospedeiro. 
Diagnóstico
Micológico direto, histopatológico com presença de esferulas.-
Cultura - NB3. -
Sorologia disponível e extremamente importante.-
Tratamento
Fluconazol (reicidiva, fungistático não elimina totalmente).-
Itraconazol (casos mais restritos, disseminada mas sem envolvimento do 
SNC).
-
Anfotericina B para pacientes críticos. -
BLASTOMICOSE
Não endêmica do Brasil, não há casos aqui. Defasado no registro do SUS.-
- Endêmica da América do Norte. 
Agente: Blastomyces dermatitidis. Termodimórficos. -
Agente etiológico
- Forma filamentosa: hifas hialinas septadas, conidióforos curtos produzindo 
conídios ovais, botões únicos, semelhantes a pirulitos. 
- Leveduras: parede espessa e brotamento, duplamente contornadas. 
Ciclo de infecção 
Via inalatória, inala estruturas fúngicas presentes no solo, excrementos de 
animais, matéria vegetal em decomposição, etc. 
-
- Trauma também pode ocorrer, menos frequente. 
Ocorre a termoconversão no organismo humano formando leveduras 
gemulantes. 
-
- Levedura possui capa espessa que dificulta fagocitose e morte do fungo. 
Pode haver casos disseminados.-
Formas clínicas
- Amplo espectro, leve até disseminada grave.
- Sem tratamento, o prognóstico é grave quando disseminada (78% de 
letalidade) 
- Pulmonar aguda e crônica
- Cutânea de inoculação primária. 
- Cutânea de evolução crônica (mais comum, dissminada). 
- Disseminada atinge ossos. 
Diagnóstico 
- Cultura, EMD, histopatológico. 
- Sorologia não é usada por conta de reação cruzada com outras micoses. 
Tratamento
- Itraconazol e Anfotericina B. 
 
Esferula do 
coccidioides
Micoses Sistêmicas e Endêmicas II
terça-feira, 11 de outubro de 2022 15:22
Histoplasmose, blastomicose e coccidioidomicose. Micoses sistêmicas que 
não ficam restritas a um único sítio. 
-
Blastomicose não é endêmica, presente na região norte americana.-
HISTOPLASMOSE
Identificação inicial do Histoplasma capsulatum, posteriormente a descoberta 
de fungo termodimórfico, doença rara, fatal e de transmissão misteriosa. 
-
Fungo patogênico, cosmopolita e via de infecção é inalatória. Doença é 
benigna e auto resolutiva na maioria dos casos. 
-
A doença depende da carga fúngica inalada e da condição imunológica do 
hospedeiro. 
-
Agente etiológico: Histoplasma capsulatum - termodimórfico, saprófita do 
solo, endêmica das américas. 
-
Variedade duboisii presente apenas na África, células maiores e paredes mais 
espessas. 
-
- Forma filamentosa: branco acastanhado, hifas hialinas finas, septadas e 
ramificadas, conídios espiculados. 
- Forma leveduras: pequenas, ovóides e frequentemente gemulação única 
(células filha não ligada a células mãe). 
Reservatórios
Solos, úmidos e ácidos, principalmente com excretas de aves e morcegos.-
Morcegos possuem esse fungo na sua microbiota, são portadores crônicos. -
Acomete mais homens entre 30-50 anos. -
- Em ambiente tanto urbano quanto rural: escavação, demolição, 
desmatamento, construções e reformas. 
Ciclo de infecção
Inalação dos conídios espiculados no ambiente, fungo na forma filamentosa. -
O fungo alcança o sistema respiratórioe geram uma resposta inflamatória 
(atraem células fagocitárias - macrófagos e neutrófilos).
-
No pulmão, ocorre o dimorfismo (espaços alveolares) em que o fungo passa 
para a forma leveduriforme na tentativa de escapar da resposta imune. 
-
Células do sistema imune podem transportar macrófago com leveduras no 
seu interior pelo sistema linfático, levando a disseminação. Atinge a 
circulação sanguínea. 
-
- Incubação de 1 a 2 semanas. 
Manifestações clínicas
Casos leves ou graves (disseminação sistêmica). -
- Gravidade e grau de disseminação depende da carga fúngica e de condições 
do hospedeiro. 
Assintomática 
- 60 a 95% dos casos. 
- Indivíduos imunocompetentes expostos a um pequeno inóculo. 
Infecção pulmonar aguda 
- Indivíduos que inalaram grande quantidade de conídios, é limitada ao trato 
respiratório. 
- Ocorre resposta inflamatória exacerbada.
- Auto resolução de 2 a 4 semanas. 
- Sintomas: febre, calafrio, dispnéia, mialgias e dor torácica. 
- Demanda tratamento, pois pode gerar quadro de insuficiência respiratória. 
Forma disseminada
Compromete fígado, baço, SNC, medula, choque séptico…-
Pessoas portadoras de HIV e pessoas imunocomprometidas, imunidade 
mediada por células pouco efetiva. 
-
- Mortalidade em 70% dos casos mesmo com tratamento. 
Lesões cutâneas bem variadas, papulas, ulcerações…-
- Pacientes HIV+/Aids: infecção disseminada rápida e frequentemente fatal. 
Variação duboisii
- Apresenta lesões ósseas, pleomórficas (irregulas), abscessos cutâneas. 
Diagnóstico
Aspectos clínicos.-
Cultura (negativa na fase aguda e positiva na disseminada), histopatologia e 
sorologia.
-
Na histopatologia o fungo é observado no interior dos macrófagos.-
Tratamento
Itraconazol (histoplasmose pulmonar aguda, terapia de manutenção).-
Anfotericina B (ataque para histoplasmose pulmonar aguda grave ou 
disseminada). Formulação lipídica é menos hepatotóxica. 
-
COCCIDIOIDOMICOSE 
Agente: Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii (mais relevante para 
américa latina). Termodimórficos. 
-
Infecção pode ser benigna com resolução espontânea em imunocompetentes 
na maioria dos casos. 
-
Vive em ambientes de clima árido e semi-árido, altas temperaturas e pouco 
chuva (nordeste do Brasil). Atinge agricultores, arqueólogos e zoologistas. 
-
Podem acometer tanto seres humanos como animais, cachorros, gado…-
Infecção por inalação. -
Característica da forma leveduriforme: forma esferular com endosporos no 
interior. 
-
Forma filamentosa com muitos artroconídios. -
- Doença dos caçadores de tatu - forte associação com essa atividade, realizada 
por homens e assistida por cachorros. 
Agente etiológico 
- Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii. 
- Forma filamentosa: colônia esbranquiçada e algodonosa, artroconídios 
hialinos. 
- Leveduras: forma característica esferular com endospóros no seu interior 
(somente in vivo). 
Manifestações clínicas
Forma pulmonar primária: 
- primeiro contato, maioria auto resolutivo, alguns progridem para 
desenvolvimento de doença pulmonar.
- Doença respiratória aguda semelhante a outras doenças como tuberculose. 
- Incubação de 3 semanas. 
Pulmonar progressiva:
- Crônica, a forma primária não se resolve e evolui. Mais de 2 meses de 
sintomas.
- Evolui da primo-infecção. Tosse e dispneia, derrame pleural. 
Disseminada:
- Lesões disseminadas na pele, pode causar meningite. 
- Gravidade e grau de disseminação depende da carga fúngica e das condições 
do hospedeiro. 
Diagnóstico
Micológico direto, histopatológico com presença de esferulas.-
Cultura - NB3. -
Sorologia disponível e extremamente importante.-
Tratamento
Fluconazol (reicidiva, fungistático não elimina totalmente).-
Itraconazol (casos mais restritos, disseminada mas sem envolvimento do 
SNC).
-
Anfotericina B para pacientes críticos. -
BLASTOMICOSE
Não endêmica do Brasil, não há casos aqui. Defasado no registro do SUS.-
- Endêmica da América do Norte. 
Agente: Blastomyces dermatitidis. Termodimórficos. -
Agente etiológico
- Forma filamentosa: hifas hialinas septadas, conidióforos curtos produzindo 
conídios ovais, botões únicos, semelhantes a pirulitos. 
- Leveduras: parede espessa e brotamento, duplamente contornadas. 
Ciclo de infecção 
Via inalatória, inala estruturas fúngicas presentes no solo, excrementos de 
animais, matéria vegetal em decomposição, etc. 
-
- Trauma também pode ocorrer, menos frequente. 
Ocorre a termoconversão no organismo humano formando leveduras 
gemulantes. 
-
- Levedura possui capa espessa que dificulta fagocitose e morte do fungo. 
Pode haver casos disseminados.-
Formas clínicas
- Amplo espectro, leve até disseminada grave.
- Sem tratamento, o prognóstico é grave quando disseminada (78% de 
letalidade) 
- Pulmonar aguda e crônica
- Cutânea de inoculação primária. 
- Cutânea de evolução crônica (mais comum, dissminada). 
- Disseminada atinge ossos. 
Diagnóstico 
- Cultura, EMD, histopatológico. 
- Sorologia não é usada por conta de reação cruzada com outras micoses. 
Tratamento
- Itraconazol e Anfotericina B. 
 
Esferula do 
coccidioides
Micoses Sistêmicas e Endêmicas II
terça-feira, 11 de outubro de 2022 15:22
Histoplasmose, blastomicose e coccidioidomicose. Micoses sistêmicas que 
não ficam restritas a um único sítio. 
-
Blastomicose não é endêmica, presente na região norte americana.-
HISTOPLASMOSE
Identificação inicial do Histoplasma capsulatum, posteriormente a descoberta 
de fungo termodimórfico, doença rara, fatal e de transmissão misteriosa. 
-
Fungo patogênico, cosmopolita e via de infecção é inalatória. Doença é 
benigna e auto resolutiva na maioria dos casos. 
-
A doença depende da carga fúngica inalada e da condição imunológica do 
hospedeiro. 
-
Agente etiológico: Histoplasma capsulatum - termodimórfico, saprófita do 
solo, endêmica das américas. 
-
Variedade duboisii presente apenas na África, células maiores e paredes mais 
espessas. 
-
- Forma filamentosa: branco acastanhado, hifas hialinas finas, septadas e 
ramificadas, conídios espiculados. 
- Forma leveduras: pequenas, ovóides e frequentemente gemulação única 
(células filha não ligada a células mãe). 
Reservatórios
Solos, úmidos e ácidos, principalmente com excretas de aves e morcegos.-
Morcegos possuem esse fungo na sua microbiota, são portadores crônicos. -
Acomete mais homens entre 30-50 anos. -
- Em ambiente tanto urbano quanto rural: escavação, demolição, 
desmatamento, construções e reformas. 
Ciclo de infecção
Inalação dos conídios espiculados no ambiente, fungo na forma filamentosa. -
O fungo alcança o sistema respiratório e geram uma resposta inflamatória 
(atraem células fagocitárias - macrófagos e neutrófilos).
-
No pulmão, ocorre o dimorfismo (espaços alveolares) em que o fungo passa 
para a forma leveduriforme na tentativa de escapar da resposta imune. 
-
Células do sistema imune podem transportar macrófago com leveduras no 
seu interior pelo sistema linfático, levando a disseminação. Atinge a 
circulação sanguínea. 
-
- Incubação de 1 a 2 semanas. 
Manifestações clínicas
Casos leves ou graves (disseminação sistêmica). -
- Gravidade e grau de disseminação depende da carga fúngica e de condições 
do hospedeiro. 
Assintomática 
- 60 a 95% dos casos. 
- Indivíduos imunocompetentes expostos a um pequeno inóculo. 
Infecção pulmonar aguda 
- Indivíduos que inalaram grande quantidade de conídios, é limitada ao trato 
respiratório. 
- Ocorre resposta inflamatória exacerbada.
- Auto resolução de 2 a 4 semanas. 
- Sintomas: febre, calafrio, dispnéia, mialgias e dor torácica. 
- Demanda tratamento, pois pode gerar quadro de insuficiência respiratória. 
Forma disseminada
Compromete fígado, baço, SNC, medula, choque séptico…-
Pessoas portadoras de HIV e pessoas imunocomprometidas, imunidade 
mediada por células pouco efetiva. 
-
- Mortalidade em 70% dos casos mesmo com tratamento. 
Lesões cutâneas bem variadas, papulas, ulcerações…-
- Pacientes HIV+/Aids: infecção disseminada rápida e frequentemente fatal. 
Variaçãoduboisii
- Apresenta lesões ósseas, pleomórficas (irregulas), abscessos cutâneas. 
Diagnóstico
Aspectos clínicos.-
Cultura (negativa na fase aguda e positiva na disseminada), histopatologia e 
sorologia.
-
Na histopatologia o fungo é observado no interior dos macrófagos.-
Tratamento
Itraconazol (histoplasmose pulmonar aguda, terapia de manutenção).-
Anfotericina B (ataque para histoplasmose pulmonar aguda grave ou 
disseminada). Formulação lipídica é menos hepatotóxica. 
-
COCCIDIOIDOMICOSE 
Agente: Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii (mais relevante para 
américa latina). Termodimórficos. 
-
Infecção pode ser benigna com resolução espontânea em imunocompetentes 
na maioria dos casos. 
-
Vive em ambientes de clima árido e semi-árido, altas temperaturas e pouco 
chuva (nordeste do Brasil). Atinge agricultores, arqueólogos e zoologistas. 
-
Podem acometer tanto seres humanos como animais, cachorros, gado…-
Infecção por inalação. -
Característica da forma leveduriforme: forma esferular com endosporos no 
interior. 
-
Forma filamentosa com muitos artroconídios. -
- Doença dos caçadores de tatu - forte associação com essa atividade, realizada 
por homens e assistida por cachorros. 
Agente etiológico 
- Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii. 
- Forma filamentosa: colônia esbranquiçada e algodonosa, artroconídios 
hialinos. 
- Leveduras: forma característica esferular com endospóros no seu interior 
(somente in vivo). 
Manifestações clínicas
Forma pulmonar primária: 
- primeiro contato, maioria auto resolutivo, alguns progridem para 
desenvolvimento de doença pulmonar.
- Doença respiratória aguda semelhante a outras doenças como tuberculose. 
- Incubação de 3 semanas. 
Pulmonar progressiva:
- Crônica, a forma primária não se resolve e evolui. Mais de 2 meses de 
sintomas.
- Evolui da primo-infecção. Tosse e dispneia, derrame pleural. 
Disseminada:
- Lesões disseminadas na pele, pode causar meningite. 
- Gravidade e grau de disseminação depende da carga fúngica e das condições 
do hospedeiro. 
Diagnóstico
Micológico direto, histopatológico com presença de esferulas.-
Cultura - NB3. -
Sorologia disponível e extremamente importante.-
Tratamento
Fluconazol (reicidiva, fungistático não elimina totalmente).-
Itraconazol (casos mais restritos, disseminada mas sem envolvimento do 
SNC).
-
Anfotericina B para pacientes críticos. -
BLASTOMICOSE
Não endêmica do Brasil, não há casos aqui. Defasado no registro do SUS.-
- Endêmica da América do Norte. 
Agente: Blastomyces dermatitidis. Termodimórficos. -
Agente etiológico
- Forma filamentosa: hifas hialinas septadas, conidióforos curtos produzindo 
conídios ovais, botões únicos, semelhantes a pirulitos. 
- Leveduras: parede espessa e brotamento, duplamente contornadas. 
Ciclo de infecção 
Via inalatória, inala estruturas fúngicas presentes no solo, excrementos de 
animais, matéria vegetal em decomposição, etc. 
-
- Trauma também pode ocorrer, menos frequente. 
Ocorre a termoconversão no organismo humano formando leveduras 
gemulantes. 
-
- Levedura possui capa espessa que dificulta fagocitose e morte do fungo. 
Pode haver casos disseminados.-
Formas clínicas
- Amplo espectro, leve até disseminada grave.
- Sem tratamento, o prognóstico é grave quando disseminada (78% de 
letalidade) 
- Pulmonar aguda e crônica
- Cutânea de inoculação primária. 
- Cutânea de evolução crônica (mais comum, dissminada). 
- Disseminada atinge ossos. 
Diagnóstico 
- Cultura, EMD, histopatológico. 
- Sorologia não é usada por conta de reação cruzada com outras micoses. 
Tratamento
- Itraconazol e Anfotericina B. 
 
Esferula do 
coccidioides
Micoses Sistêmicas e Endêmicas II
terça-feira, 11 de outubro de 2022 15:22
Histoplasmose, blastomicose e coccidioidomicose. Micoses sistêmicas que 
não ficam restritas a um único sítio. 
-
Blastomicose não é endêmica, presente na região norte americana.-
HISTOPLASMOSE
Identificação inicial do Histoplasma capsulatum, posteriormente a descoberta 
de fungo termodimórfico, doença rara, fatal e de transmissão misteriosa. 
-
Fungo patogênico, cosmopolita e via de infecção é inalatória. Doença é 
benigna e auto resolutiva na maioria dos casos. 
-
A doença depende da carga fúngica inalada e da condição imunológica do 
hospedeiro. 
-
Agente etiológico: Histoplasma capsulatum - termodimórfico, saprófita do 
solo, endêmica das américas. 
-
Variedade duboisii presente apenas na África, células maiores e paredes mais 
espessas. 
-
- Forma filamentosa: branco acastanhado, hifas hialinas finas, septadas e 
ramificadas, conídios espiculados. 
- Forma leveduras: pequenas, ovóides e frequentemente gemulação única 
(células filha não ligada a células mãe). 
Reservatórios
Solos, úmidos e ácidos, principalmente com excretas de aves e morcegos.-
Morcegos possuem esse fungo na sua microbiota, são portadores crônicos. -
Acomete mais homens entre 30-50 anos. -
- Em ambiente tanto urbano quanto rural: escavação, demolição, 
desmatamento, construções e reformas. 
Ciclo de infecção
Inalação dos conídios espiculados no ambiente, fungo na forma filamentosa. -
O fungo alcança o sistema respiratório e geram uma resposta inflamatória 
(atraem células fagocitárias - macrófagos e neutrófilos).
-
No pulmão, ocorre o dimorfismo (espaços alveolares) em que o fungo passa 
para a forma leveduriforme na tentativa de escapar da resposta imune. 
-
Células do sistema imune podem transportar macrófago com leveduras no 
seu interior pelo sistema linfático, levando a disseminação. Atinge a 
circulação sanguínea. 
-
- Incubação de 1 a 2 semanas. 
Manifestações clínicas
Casos leves ou graves (disseminação sistêmica). -
- Gravidade e grau de disseminação depende da carga fúngica e de condições 
do hospedeiro. 
Assintomática 
- 60 a 95% dos casos. 
- Indivíduos imunocompetentes expostos a um pequeno inóculo. 
Infecção pulmonar aguda 
- Indivíduos que inalaram grande quantidade de conídios, é limitada ao trato 
respiratório. 
- Ocorre resposta inflamatória exacerbada.
- Auto resolução de 2 a 4 semanas. 
- Sintomas: febre, calafrio, dispnéia, mialgias e dor torácica. 
- Demanda tratamento, pois pode gerar quadro de insuficiência respiratória. 
Forma disseminada
Compromete fígado, baço, SNC, medula, choque séptico…-
Pessoas portadoras de HIV e pessoas imunocomprometidas, imunidade 
mediada por células pouco efetiva. 
-
- Mortalidade em 70% dos casos mesmo com tratamento. 
Lesões cutâneas bem variadas, papulas, ulcerações…-
- Pacientes HIV+/Aids: infecção disseminada rápida e frequentemente fatal. 
Variação duboisii
- Apresenta lesões ósseas, pleomórficas (irregulas), abscessos cutâneas. 
Diagnóstico
Aspectos clínicos.-
Cultura (negativa na fase aguda e positiva na disseminada), histopatologia e 
sorologia.
-
Na histopatologia o fungo é observado no interior dos macrófagos.-
Tratamento
Itraconazol (histoplasmose pulmonar aguda, terapia de manutenção).-
Anfotericina B (ataque para histoplasmose pulmonar aguda grave ou 
disseminada). Formulação lipídica é menos hepatotóxica. 
-
COCCIDIOIDOMICOSE 
Agente: Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii (mais relevante para 
américa latina). Termodimórficos. 
-
Infecção pode ser benigna com resolução espontânea em imunocompetentes 
na maioria dos casos. 
-
Vive em ambientes de clima árido e semi-árido, altas temperaturas e pouco 
chuva (nordeste do Brasil). Atinge agricultores, arqueólogos e zoologistas. 
-
Podem acometer tanto seres humanos como animais, cachorros, gado…-
Infecção por inalação. -
Característica da forma leveduriforme: forma esferular com endosporos no 
interior. 
-
Forma filamentosa com muitos artroconídios. -
- Doença dos caçadores de tatu - forte associação com essa atividade, realizada 
por homens e assistida por cachorros. 
Agente etiológico 
- Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii. 
- Forma filamentosa: colônia esbranquiçada e algodonosa, artroconídios 
hialinos. 
- Leveduras: forma característica esferular com endospórosno seu interior 
(somente in vivo). 
Manifestações clínicas
Forma pulmonar primária: 
- primeiro contato, maioria auto resolutivo, alguns progridem para 
desenvolvimento de doença pulmonar.
- Doença respiratória aguda semelhante a outras doenças como tuberculose. 
- Incubação de 3 semanas. 
Pulmonar progressiva:
- Crônica, a forma primária não se resolve e evolui. Mais de 2 meses de 
sintomas.
- Evolui da primo-infecção. Tosse e dispneia, derrame pleural. 
Disseminada:
- Lesões disseminadas na pele, pode causar meningite. 
- Gravidade e grau de disseminação depende da carga fúngica e das condições 
do hospedeiro. 
Diagnóstico
Micológico direto, histopatológico com presença de esferulas.-
Cultura - NB3. -
Sorologia disponível e extremamente importante.-
Tratamento
Fluconazol (reicidiva, fungistático não elimina totalmente).-
Itraconazol (casos mais restritos, disseminada mas sem envolvimento do 
SNC).
-
Anfotericina B para pacientes críticos. -
BLASTOMICOSE
Não endêmica do Brasil, não há casos aqui. Defasado no registro do SUS.-
- Endêmica da América do Norte. 
Agente: Blastomyces dermatitidis. Termodimórficos. -
Agente etiológico
- Forma filamentosa: hifas hialinas septadas, conidióforos curtos produzindo 
conídios ovais, botões únicos, semelhantes a pirulitos. 
- Leveduras: parede espessa e brotamento, duplamente contornadas. 
Ciclo de infecção 
Via inalatória, inala estruturas fúngicas presentes no solo, excrementos de 
animais, matéria vegetal em decomposição, etc. 
-
- Trauma também pode ocorrer, menos frequente. 
Ocorre a termoconversão no organismo humano formando leveduras 
gemulantes. 
-
- Levedura possui capa espessa que dificulta fagocitose e morte do fungo. 
Pode haver casos disseminados.-
Formas clínicas
- Amplo espectro, leve até disseminada grave.
- Sem tratamento, o prognóstico é grave quando disseminada (78% de 
letalidade) 
- Pulmonar aguda e crônica
- Cutânea de inoculação primária. 
- Cutânea de evolução crônica (mais comum, dissminada). 
- Disseminada atinge ossos. 
Diagnóstico 
- Cultura, EMD, histopatológico. 
- Sorologia não é usada por conta de reação cruzada com outras micoses. 
Tratamento
- Itraconazol e Anfotericina B. 
 
Esferula do 
coccidioides
Micoses Sistêmicas e Endêmicas II
terça-feira, 11 de outubro de 2022 15:22
Histoplasmose, blastomicose e coccidioidomicose. Micoses sistêmicas que 
não ficam restritas a um único sítio. 
-
Blastomicose não é endêmica, presente na região norte americana.-
HISTOPLASMOSE
Identificação inicial do Histoplasma capsulatum, posteriormente a descoberta 
de fungo termodimórfico, doença rara, fatal e de transmissão misteriosa. 
-
Fungo patogênico, cosmopolita e via de infecção é inalatória. Doença é 
benigna e auto resolutiva na maioria dos casos. 
-
A doença depende da carga fúngica inalada e da condição imunológica do 
hospedeiro. 
-
Agente etiológico: Histoplasma capsulatum - termodimórfico, saprófita do 
solo, endêmica das américas. 
-
Variedade duboisii presente apenas na África, células maiores e paredes mais 
espessas. 
-
- Forma filamentosa: branco acastanhado, hifas hialinas finas, septadas e 
ramificadas, conídios espiculados. 
- Forma leveduras: pequenas, ovóides e frequentemente gemulação única 
(células filha não ligada a células mãe). 
Reservatórios
Solos, úmidos e ácidos, principalmente com excretas de aves e morcegos.-
Morcegos possuem esse fungo na sua microbiota, são portadores crônicos. -
Acomete mais homens entre 30-50 anos. -
- Em ambiente tanto urbano quanto rural: escavação, demolição, 
desmatamento, construções e reformas. 
Ciclo de infecção
Inalação dos conídios espiculados no ambiente, fungo na forma filamentosa. -
O fungo alcança o sistema respiratório e geram uma resposta inflamatória 
(atraem células fagocitárias - macrófagos e neutrófilos).
-
No pulmão, ocorre o dimorfismo (espaços alveolares) em que o fungo passa 
para a forma leveduriforme na tentativa de escapar da resposta imune. 
-
Células do sistema imune podem transportar macrófago com leveduras no 
seu interior pelo sistema linfático, levando a disseminação. Atinge a 
circulação sanguínea. 
-
- Incubação de 1 a 2 semanas. 
Manifestações clínicas
Casos leves ou graves (disseminação sistêmica). -
- Gravidade e grau de disseminação depende da carga fúngica e de condições 
do hospedeiro. 
Assintomática 
- 60 a 95% dos casos. 
- Indivíduos imunocompetentes expostos a um pequeno inóculo. 
Infecção pulmonar aguda 
- Indivíduos que inalaram grande quantidade de conídios, é limitada ao trato 
respiratório. 
- Ocorre resposta inflamatória exacerbada.
- Auto resolução de 2 a 4 semanas. 
- Sintomas: febre, calafrio, dispnéia, mialgias e dor torácica. 
- Demanda tratamento, pois pode gerar quadro de insuficiência respiratória. 
Forma disseminada
Compromete fígado, baço, SNC, medula, choque séptico…-
Pessoas portadoras de HIV e pessoas imunocomprometidas, imunidade 
mediada por células pouco efetiva. 
-
- Mortalidade em 70% dos casos mesmo com tratamento. 
Lesões cutâneas bem variadas, papulas, ulcerações…-
- Pacientes HIV+/Aids: infecção disseminada rápida e frequentemente fatal. 
Variação duboisii
- Apresenta lesões ósseas, pleomórficas (irregulas), abscessos cutâneas. 
Diagnóstico
Aspectos clínicos.-
Cultura (negativa na fase aguda e positiva na disseminada), histopatologia e 
sorologia.
-
Na histopatologia o fungo é observado no interior dos macrófagos.-
Tratamento
Itraconazol (histoplasmose pulmonar aguda, terapia de manutenção).-
Anfotericina B (ataque para histoplasmose pulmonar aguda grave ou 
disseminada). Formulação lipídica é menos hepatotóxica. 
-
COCCIDIOIDOMICOSE 
Agente: Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii (mais relevante para 
américa latina). Termodimórficos. 
-
Infecção pode ser benigna com resolução espontânea em imunocompetentes 
na maioria dos casos. 
-
Vive em ambientes de clima árido e semi-árido, altas temperaturas e pouco 
chuva (nordeste do Brasil). Atinge agricultores, arqueólogos e zoologistas. 
-
Podem acometer tanto seres humanos como animais, cachorros, gado…-
Infecção por inalação. -
Característica da forma leveduriforme: forma esferular com endosporos no 
interior. 
-
Forma filamentosa com muitos artroconídios. -
- Doença dos caçadores de tatu - forte associação com essa atividade, realizada 
por homens e assistida por cachorros. 
Agente etiológico 
- Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii. 
- Forma filamentosa: colônia esbranquiçada e algodonosa, artroconídios 
hialinos. 
- Leveduras: forma característica esferular com endospóros no seu interior 
(somente in vivo). 
Manifestações clínicas
Forma pulmonar primária: 
- primeiro contato, maioria auto resolutivo, alguns progridem para 
desenvolvimento de doença pulmonar.
- Doença respiratória aguda semelhante a outras doenças como tuberculose. 
- Incubação de 3 semanas. 
Pulmonar progressiva:
- Crônica, a forma primária não se resolve e evolui. Mais de 2 meses de 
sintomas.
- Evolui da primo-infecção. Tosse e dispneia, derrame pleural. 
Disseminada:
- Lesões disseminadas na pele, pode causar meningite. 
- Gravidade e grau de disseminação depende da carga fúngica e das condições 
do hospedeiro. 
Diagnóstico
Micológico direto, histopatológico com presença de esferulas.-
Cultura - NB3. -
Sorologia disponível e extremamente importante.-
Tratamento
Fluconazol (reicidiva, fungistático não elimina totalmente).-
Itraconazol (casos mais restritos, disseminada mas sem envolvimento do 
SNC).
-
Anfotericina B para pacientes críticos. -
BLASTOMICOSE
Não endêmica do Brasil, não há casos aqui. Defasado no registro do SUS.-
- Endêmica da América do Norte. 
Agente: Blastomyces dermatitidis. Termodimórficos. -
Agente etiológico
- Forma filamentosa: hifas hialinas septadas, conidióforos curtos produzindo 
conídios ovais, botões únicos, semelhantes a pirulitos. 
- Leveduras: parede espessa e brotamento, duplamente contornadas. 
Ciclo de infecção 
Via inalatória, inala estruturas fúngicaspresentes no solo, excrementos de 
animais, matéria vegetal em decomposição, etc. 
-
- Trauma também pode ocorrer, menos frequente. 
Ocorre a termoconversão no organismo humano formando leveduras 
gemulantes. 
-
- Levedura possui capa espessa que dificulta fagocitose e morte do fungo. 
Pode haver casos disseminados.-
Formas clínicas
- Amplo espectro, leve até disseminada grave.
- Sem tratamento, o prognóstico é grave quando disseminada (78% de 
letalidade) 
- Pulmonar aguda e crônica
- Cutânea de inoculação primária. 
- Cutânea de evolução crônica (mais comum, dissminada). 
- Disseminada atinge ossos. 
Diagnóstico 
- Cultura, EMD, histopatológico. 
- Sorologia não é usada por conta de reação cruzada com outras micoses. 
Tratamento
- Itraconazol e Anfotericina B. 
 
Esferula do 
coccidioides
Micoses Sistêmicas e Endêmicas II
terça-feira, 11 de outubro de 2022 15:22
Histoplasmose, blastomicose e coccidioidomicose. Micoses sistêmicas que 
não ficam restritas a um único sítio. 
-
Blastomicose não é endêmica, presente na região norte americana.-
HISTOPLASMOSE
Identificação inicial do Histoplasma capsulatum, posteriormente a descoberta 
de fungo termodimórfico, doença rara, fatal e de transmissão misteriosa. 
-
Fungo patogênico, cosmopolita e via de infecção é inalatória. Doença é 
benigna e auto resolutiva na maioria dos casos. 
-
A doença depende da carga fúngica inalada e da condição imunológica do 
hospedeiro. 
-
Agente etiológico: Histoplasma capsulatum - termodimórfico, saprófita do 
solo, endêmica das américas. 
-
Variedade duboisii presente apenas na África, células maiores e paredes mais 
espessas. 
-
- Forma filamentosa: branco acastanhado, hifas hialinas finas, septadas e 
ramificadas, conídios espiculados. 
- Forma leveduras: pequenas, ovóides e frequentemente gemulação única 
(células filha não ligada a células mãe). 
Reservatórios
Solos, úmidos e ácidos, principalmente com excretas de aves e morcegos.-
Morcegos possuem esse fungo na sua microbiota, são portadores crônicos. -
Acomete mais homens entre 30-50 anos. -
- Em ambiente tanto urbano quanto rural: escavação, demolição, 
desmatamento, construções e reformas. 
Ciclo de infecção
Inalação dos conídios espiculados no ambiente, fungo na forma filamentosa. -
O fungo alcança o sistema respiratório e geram uma resposta inflamatória 
(atraem células fagocitárias - macrófagos e neutrófilos).
-
No pulmão, ocorre o dimorfismo (espaços alveolares) em que o fungo passa 
para a forma leveduriforme na tentativa de escapar da resposta imune. 
-
Células do sistema imune podem transportar macrófago com leveduras no 
seu interior pelo sistema linfático, levando a disseminação. Atinge a 
circulação sanguínea. 
-
- Incubação de 1 a 2 semanas. 
Manifestações clínicas
Casos leves ou graves (disseminação sistêmica). -
- Gravidade e grau de disseminação depende da carga fúngica e de condições 
do hospedeiro. 
Assintomática 
- 60 a 95% dos casos. 
- Indivíduos imunocompetentes expostos a um pequeno inóculo. 
Infecção pulmonar aguda 
- Indivíduos que inalaram grande quantidade de conídios, é limitada ao trato 
respiratório. 
- Ocorre resposta inflamatória exacerbada.
- Auto resolução de 2 a 4 semanas. 
- Sintomas: febre, calafrio, dispnéia, mialgias e dor torácica. 
- Demanda tratamento, pois pode gerar quadro de insuficiência respiratória. 
Forma disseminada
Compromete fígado, baço, SNC, medula, choque séptico…-
Pessoas portadoras de HIV e pessoas imunocomprometidas, imunidade 
mediada por células pouco efetiva. 
-
- Mortalidade em 70% dos casos mesmo com tratamento. 
Lesões cutâneas bem variadas, papulas, ulcerações…-
- Pacientes HIV+/Aids: infecção disseminada rápida e frequentemente fatal. 
Variação duboisii
- Apresenta lesões ósseas, pleomórficas (irregulas), abscessos cutâneas. 
Diagnóstico
Aspectos clínicos.-
Cultura (negativa na fase aguda e positiva na disseminada), histopatologia e 
sorologia.
-
Na histopatologia o fungo é observado no interior dos macrófagos.-
Tratamento
Itraconazol (histoplasmose pulmonar aguda, terapia de manutenção).-
Anfotericina B (ataque para histoplasmose pulmonar aguda grave ou 
disseminada). Formulação lipídica é menos hepatotóxica. 
-
COCCIDIOIDOMICOSE 
Agente: Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii (mais relevante para 
américa latina). Termodimórficos. 
-
Infecção pode ser benigna com resolução espontânea em imunocompetentes 
na maioria dos casos. 
-
Vive em ambientes de clima árido e semi-árido, altas temperaturas e pouco 
chuva (nordeste do Brasil). Atinge agricultores, arqueólogos e zoologistas. 
-
Podem acometer tanto seres humanos como animais, cachorros, gado…-
Infecção por inalação. -
Característica da forma leveduriforme: forma esferular com endosporos no 
interior. 
-
Forma filamentosa com muitos artroconídios. -
- Doença dos caçadores de tatu - forte associação com essa atividade, realizada 
por homens e assistida por cachorros. 
Agente etiológico 
- Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii. 
- Forma filamentosa: colônia esbranquiçada e algodonosa, artroconídios 
hialinos. 
- Leveduras: forma característica esferular com endospóros no seu interior 
(somente in vivo). 
Manifestações clínicas
Forma pulmonar primária: 
- primeiro contato, maioria auto resolutivo, alguns progridem para 
desenvolvimento de doença pulmonar.
- Doença respiratória aguda semelhante a outras doenças como tuberculose. 
- Incubação de 3 semanas. 
Pulmonar progressiva:
- Crônica, a forma primária não se resolve e evolui. Mais de 2 meses de 
sintomas.
- Evolui da primo-infecção. Tosse e dispneia, derrame pleural. 
Disseminada:
- Lesões disseminadas na pele, pode causar meningite. 
- Gravidade e grau de disseminação depende da carga fúngica e das condições 
do hospedeiro. 
Diagnóstico
Micológico direto, histopatológico com presença de esferulas.-
Cultura - NB3. -
Sorologia disponível e extremamente importante.-
Tratamento
Fluconazol (reicidiva, fungistático não elimina totalmente).-
Itraconazol (casos mais restritos, disseminada mas sem envolvimento do 
SNC).
-
Anfotericina B para pacientes críticos. -
BLASTOMICOSE
Não endêmica do Brasil, não há casos aqui. Defasado no registro do SUS.-
- Endêmica da América do Norte. 
Agente: Blastomyces dermatitidis. Termodimórficos. -
Agente etiológico
- Forma filamentosa: hifas hialinas septadas, conidióforos curtos produzindo 
conídios ovais, botões únicos, semelhantes a pirulitos. 
- Leveduras: parede espessa e brotamento, duplamente contornadas. 
Ciclo de infecção 
Via inalatória, inala estruturas fúngicas presentes no solo, excrementos de 
animais, matéria vegetal em decomposição, etc. 
-
- Trauma também pode ocorrer, menos frequente. 
Ocorre a termoconversão no organismo humano formando leveduras 
gemulantes. 
-
- Levedura possui capa espessa que dificulta fagocitose e morte do fungo. 
Pode haver casos disseminados.-
Formas clínicas
- Amplo espectro, leve até disseminada grave.
- Sem tratamento, o prognóstico é grave quando disseminada (78% de 
letalidade) 
- Pulmonar aguda e crônica
- Cutânea de inoculação primária. 
- Cutânea de evolução crônica (mais comum, dissminada). 
- Disseminada atinge ossos. 
Diagnóstico 
- Cultura, EMD, histopatológico. 
- Sorologia não é usada por conta de reação cruzada com outras micoses. 
Tratamento
- Itraconazol e Anfotericina B. 
 
Esferula do 
coccidioides
Micoses Sistêmicas e Endêmicas II
terça-feira, 11 de outubro de 2022 15:22
Histoplasmose, blastomicose e coccidioidomicose. Micoses sistêmicas que 
não ficam restritas a um único sítio. 
-
Blastomicose não é endêmica, presente na região norte americana.-
HISTOPLASMOSE
Identificação inicial do Histoplasma capsulatum, posteriormente a descoberta 
de fungo termodimórfico, doença rara, fatal e de transmissão misteriosa. 
-
Fungo patogênico, cosmopolita e via de infecção é inalatória. Doença é 
benigna e auto resolutiva na maioria dos casos. 
-
A doença depende da carga fúngica inalada e da condição imunológicado 
hospedeiro. 
-
Agente etiológico: Histoplasma capsulatum - termodimórfico, saprófita do 
solo, endêmica das américas. 
-
Variedade duboisii presente apenas na África, células maiores e paredes mais 
espessas. 
-
- Forma filamentosa: branco acastanhado, hifas hialinas finas, septadas e 
ramificadas, conídios espiculados. 
- Forma leveduras: pequenas, ovóides e frequentemente gemulação única 
(células filha não ligada a células mãe). 
Reservatórios
Solos, úmidos e ácidos, principalmente com excretas de aves e morcegos.-
Morcegos possuem esse fungo na sua microbiota, são portadores crônicos. -
Acomete mais homens entre 30-50 anos. -
- Em ambiente tanto urbano quanto rural: escavação, demolição, 
desmatamento, construções e reformas. 
Ciclo de infecção
Inalação dos conídios espiculados no ambiente, fungo na forma filamentosa. -
O fungo alcança o sistema respiratório e geram uma resposta inflamatória 
(atraem células fagocitárias - macrófagos e neutrófilos).
-
No pulmão, ocorre o dimorfismo (espaços alveolares) em que o fungo passa 
para a forma leveduriforme na tentativa de escapar da resposta imune. 
-
Células do sistema imune podem transportar macrófago com leveduras no 
seu interior pelo sistema linfático, levando a disseminação. Atinge a 
circulação sanguínea. 
-
- Incubação de 1 a 2 semanas. 
Manifestações clínicas
Casos leves ou graves (disseminação sistêmica). -
- Gravidade e grau de disseminação depende da carga fúngica e de condições 
do hospedeiro. 
Assintomática 
- 60 a 95% dos casos. 
- Indivíduos imunocompetentes expostos a um pequeno inóculo. 
Infecção pulmonar aguda 
- Indivíduos que inalaram grande quantidade de conídios, é limitada ao trato 
respiratório. 
- Ocorre resposta inflamatória exacerbada.
- Auto resolução de 2 a 4 semanas. 
- Sintomas: febre, calafrio, dispnéia, mialgias e dor torácica. 
- Demanda tratamento, pois pode gerar quadro de insuficiência respiratória. 
Forma disseminada
Compromete fígado, baço, SNC, medula, choque séptico…-
Pessoas portadoras de HIV e pessoas imunocomprometidas, imunidade 
mediada por células pouco efetiva. 
-
- Mortalidade em 70% dos casos mesmo com tratamento. 
Lesões cutâneas bem variadas, papulas, ulcerações…-
- Pacientes HIV+/Aids: infecção disseminada rápida e frequentemente fatal. 
Variação duboisii
- Apresenta lesões ósseas, pleomórficas (irregulas), abscessos cutâneas. 
Diagnóstico
Aspectos clínicos.-
Cultura (negativa na fase aguda e positiva na disseminada), histopatologia e 
sorologia.
-
Na histopatologia o fungo é observado no interior dos macrófagos.-
Tratamento
Itraconazol (histoplasmose pulmonar aguda, terapia de manutenção).-
Anfotericina B (ataque para histoplasmose pulmonar aguda grave ou 
disseminada). Formulação lipídica é menos hepatotóxica. 
-
COCCIDIOIDOMICOSE 
Agente: Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii (mais relevante para 
américa latina). Termodimórficos. 
-
Infecção pode ser benigna com resolução espontânea em imunocompetentes 
na maioria dos casos. 
-
Vive em ambientes de clima árido e semi-árido, altas temperaturas e pouco 
chuva (nordeste do Brasil). Atinge agricultores, arqueólogos e zoologistas. 
-
Podem acometer tanto seres humanos como animais, cachorros, gado…-
Infecção por inalação. -
Característica da forma leveduriforme: forma esferular com endosporos no 
interior. 
-
Forma filamentosa com muitos artroconídios. -
- Doença dos caçadores de tatu - forte associação com essa atividade, realizada 
por homens e assistida por cachorros. 
Agente etiológico 
- Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii. 
- Forma filamentosa: colônia esbranquiçada e algodonosa, artroconídios 
hialinos. 
- Leveduras: forma característica esferular com endospóros no seu interior 
(somente in vivo). 
Manifestações clínicas
Forma pulmonar primária: 
- primeiro contato, maioria auto resolutivo, alguns progridem para 
desenvolvimento de doença pulmonar.
- Doença respiratória aguda semelhante a outras doenças como tuberculose. 
- Incubação de 3 semanas. 
Pulmonar progressiva:
- Crônica, a forma primária não se resolve e evolui. Mais de 2 meses de 
sintomas.
- Evolui da primo-infecção. Tosse e dispneia, derrame pleural. 
Disseminada:
- Lesões disseminadas na pele, pode causar meningite. 
- Gravidade e grau de disseminação depende da carga fúngica e das condições 
do hospedeiro. 
Diagnóstico
Micológico direto, histopatológico com presença de esferulas.-
Cultura - NB3. -
Sorologia disponível e extremamente importante.-
Tratamento
Fluconazol (reicidiva, fungistático não elimina totalmente).-
Itraconazol (casos mais restritos, disseminada mas sem envolvimento do 
SNC).
-
Anfotericina B para pacientes críticos. -
BLASTOMICOSE
Não endêmica do Brasil, não há casos aqui. Defasado no registro do SUS.-
- Endêmica da América do Norte. 
Agente: Blastomyces dermatitidis. Termodimórficos. -
Agente etiológico
- Forma filamentosa: hifas hialinas septadas, conidióforos curtos produzindo 
conídios ovais, botões únicos, semelhantes a pirulitos. 
- Leveduras: parede espessa e brotamento, duplamente contornadas. 
Ciclo de infecção 
Via inalatória, inala estruturas fúngicas presentes no solo, excrementos de 
animais, matéria vegetal em decomposição, etc. 
-
- Trauma também pode ocorrer, menos frequente. 
Ocorre a termoconversão no organismo humano formando leveduras 
gemulantes. 
-
- Levedura possui capa espessa que dificulta fagocitose e morte do fungo. 
Pode haver casos disseminados.-
Formas clínicas
- Amplo espectro, leve até disseminada grave.
- Sem tratamento, o prognóstico é grave quando disseminada (78% de 
letalidade) 
- Pulmonar aguda e crônica
- Cutânea de inoculação primária. 
- Cutânea de evolução crônica (mais comum, dissminada). 
- Disseminada atinge ossos. 
Diagnóstico 
- Cultura, EMD, histopatológico. 
- Sorologia não é usada por conta de reação cruzada com outras micoses. 
Tratamento
- Itraconazol e Anfotericina B. 
 
Esferula do 
coccidioides
Micoses Sistêmicas e Endêmicas II
terça-feira, 11 de outubro de 2022 15:22
Histoplasmose, blastomicose e coccidioidomicose. Micoses sistêmicas que 
não ficam restritas a um único sítio. 
-
Blastomicose não é endêmica, presente na região norte americana.-
HISTOPLASMOSE
Identificação inicial do Histoplasma capsulatum, posteriormente a descoberta 
de fungo termodimórfico, doença rara, fatal e de transmissão misteriosa. 
-
Fungo patogênico, cosmopolita e via de infecção é inalatória. Doença é 
benigna e auto resolutiva na maioria dos casos. 
-
A doença depende da carga fúngica inalada e da condição imunológica do 
hospedeiro. 
-
Agente etiológico: Histoplasma capsulatum - termodimórfico, saprófita do 
solo, endêmica das américas. 
-
Variedade duboisii presente apenas na África, células maiores e paredes mais 
espessas. 
-
- Forma filamentosa: branco acastanhado, hifas hialinas finas, septadas e 
ramificadas, conídios espiculados. 
- Forma leveduras: pequenas, ovóides e frequentemente gemulação única 
(células filha não ligada a células mãe). 
Reservatórios
Solos, úmidos e ácidos, principalmente com excretas de aves e morcegos.-
Morcegos possuem esse fungo na sua microbiota, são portadores crônicos. -
Acomete mais homens entre 30-50 anos. -
- Em ambiente tanto urbano quanto rural: escavação, demolição, 
desmatamento, construções e reformas. 
Ciclo de infecção
Inalação dos conídios espiculados no ambiente, fungo na forma filamentosa. -
O fungo alcança o sistema respiratório e geram uma resposta inflamatória 
(atraem células fagocitárias - macrófagos e neutrófilos).
-
No pulmão, ocorre o dimorfismo (espaços alveolares) em que o fungo passa 
para a forma leveduriforme na tentativa de escapar da resposta imune. 
-
Células do sistema imune podem transportar macrófago com leveduras no 
seu interior pelo sistema linfático, levando a disseminação. Atinge a 
circulação sanguínea. 
-
- Incubação de 1 a 2 semanas. 
Manifestações clínicas
Casos leves ou graves (disseminação sistêmica). -
- Gravidade e graude disseminação depende da carga fúngica e de condições 
do hospedeiro. 
Assintomática 
- 60 a 95% dos casos. 
- Indivíduos imunocompetentes expostos a um pequeno inóculo. 
Infecção pulmonar aguda 
- Indivíduos que inalaram grande quantidade de conídios, é limitada ao trato 
respiratório. 
- Ocorre resposta inflamatória exacerbada.
- Auto resolução de 2 a 4 semanas. 
- Sintomas: febre, calafrio, dispnéia, mialgias e dor torácica. 
- Demanda tratamento, pois pode gerar quadro de insuficiência respiratória. 
Forma disseminada
Compromete fígado, baço, SNC, medula, choque séptico…-
Pessoas portadoras de HIV e pessoas imunocomprometidas, imunidade 
mediada por células pouco efetiva. 
-
- Mortalidade em 70% dos casos mesmo com tratamento. 
Lesões cutâneas bem variadas, papulas, ulcerações…-
- Pacientes HIV+/Aids: infecção disseminada rápida e frequentemente fatal. 
Variação duboisii
- Apresenta lesões ósseas, pleomórficas (irregulas), abscessos cutâneas. 
Diagnóstico
Aspectos clínicos.-
Cultura (negativa na fase aguda e positiva na disseminada), histopatologia e 
sorologia.
-
Na histopatologia o fungo é observado no interior dos macrófagos.-
Tratamento
Itraconazol (histoplasmose pulmonar aguda, terapia de manutenção).-
Anfotericina B (ataque para histoplasmose pulmonar aguda grave ou 
disseminada). Formulação lipídica é menos hepatotóxica. 
-
COCCIDIOIDOMICOSE 
Agente: Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii (mais relevante para 
américa latina). Termodimórficos. 
-
Infecção pode ser benigna com resolução espontânea em imunocompetentes 
na maioria dos casos. 
-
Vive em ambientes de clima árido e semi-árido, altas temperaturas e pouco 
chuva (nordeste do Brasil). Atinge agricultores, arqueólogos e zoologistas. 
-
Podem acometer tanto seres humanos como animais, cachorros, gado…-
Infecção por inalação. -
Característica da forma leveduriforme: forma esferular com endosporos no 
interior. 
-
Forma filamentosa com muitos artroconídios. -
- Doença dos caçadores de tatu - forte associação com essa atividade, realizada 
por homens e assistida por cachorros. 
Agente etiológico 
- Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii. 
- Forma filamentosa: colônia esbranquiçada e algodonosa, artroconídios 
hialinos. 
- Leveduras: forma característica esferular com endospóros no seu interior 
(somente in vivo). 
Manifestações clínicas
Forma pulmonar primária: 
- primeiro contato, maioria auto resolutivo, alguns progridem para 
desenvolvimento de doença pulmonar.
- Doença respiratória aguda semelhante a outras doenças como tuberculose. 
- Incubação de 3 semanas. 
Pulmonar progressiva:
- Crônica, a forma primária não se resolve e evolui. Mais de 2 meses de 
sintomas.
- Evolui da primo-infecção. Tosse e dispneia, derrame pleural. 
Disseminada:
- Lesões disseminadas na pele, pode causar meningite. 
- Gravidade e grau de disseminação depende da carga fúngica e das condições 
do hospedeiro. 
Diagnóstico
Micológico direto, histopatológico com presença de esferulas.-
Cultura - NB3. -
Sorologia disponível e extremamente importante.-
Tratamento
Fluconazol (reicidiva, fungistático não elimina totalmente).-
Itraconazol (casos mais restritos, disseminada mas sem envolvimento do 
SNC).
-
Anfotericina B para pacientes críticos. -
BLASTOMICOSE
Não endêmica do Brasil, não há casos aqui. Defasado no registro do SUS.-
- Endêmica da América do Norte. 
Agente: Blastomyces dermatitidis. Termodimórficos. -
Agente etiológico
- Forma filamentosa: hifas hialinas septadas, conidióforos curtos produzindo 
conídios ovais, botões únicos, semelhantes a pirulitos. 
- Leveduras: parede espessa e brotamento, duplamente contornadas. 
Ciclo de infecção 
Via inalatória, inala estruturas fúngicas presentes no solo, excrementos de 
animais, matéria vegetal em decomposição, etc. 
-
- Trauma também pode ocorrer, menos frequente. 
Ocorre a termoconversão no organismo humano formando leveduras 
gemulantes. 
-
- Levedura possui capa espessa que dificulta fagocitose e morte do fungo. 
Pode haver casos disseminados.-
Formas clínicas
- Amplo espectro, leve até disseminada grave.
- Sem tratamento, o prognóstico é grave quando disseminada (78% de 
letalidade) 
- Pulmonar aguda e crônica
- Cutânea de inoculação primária. 
- Cutânea de evolução crônica (mais comum, dissminada). 
- Disseminada atinge ossos. 
Diagnóstico 
- Cultura, EMD, histopatológico. 
- Sorologia não é usada por conta de reação cruzada com outras micoses. 
Tratamento
- Itraconazol e Anfotericina B. 
 
Esferula do 
coccidioides
Micoses Sistêmicas e Endêmicas II
terça-feira, 11 de outubro de 2022 15:22
Histoplasmose, blastomicose e coccidioidomicose. Micoses sistêmicas que 
não ficam restritas a um único sítio. 
-
Blastomicose não é endêmica, presente na região norte americana.-
HISTOPLASMOSE
Identificação inicial do Histoplasma capsulatum, posteriormente a descoberta 
de fungo termodimórfico, doença rara, fatal e de transmissão misteriosa. 
-
Fungo patogênico, cosmopolita e via de infecção é inalatória. Doença é 
benigna e auto resolutiva na maioria dos casos. 
-
A doença depende da carga fúngica inalada e da condição imunológica do 
hospedeiro. 
-
Agente etiológico: Histoplasma capsulatum - termodimórfico, saprófita do 
solo, endêmica das américas. 
-
Variedade duboisii presente apenas na África, células maiores e paredes mais 
espessas. 
-
- Forma filamentosa: branco acastanhado, hifas hialinas finas, septadas e 
ramificadas, conídios espiculados. 
- Forma leveduras: pequenas, ovóides e frequentemente gemulação única 
(células filha não ligada a células mãe). 
Reservatórios
Solos, úmidos e ácidos, principalmente com excretas de aves e morcegos.-
Morcegos possuem esse fungo na sua microbiota, são portadores crônicos. -
Acomete mais homens entre 30-50 anos. -
- Em ambiente tanto urbano quanto rural: escavação, demolição, 
desmatamento, construções e reformas. 
Ciclo de infecção
Inalação dos conídios espiculados no ambiente, fungo na forma filamentosa. -
O fungo alcança o sistema respiratório e geram uma resposta inflamatória 
(atraem células fagocitárias - macrófagos e neutrófilos).
-
No pulmão, ocorre o dimorfismo (espaços alveolares) em que o fungo passa 
para a forma leveduriforme na tentativa de escapar da resposta imune. 
-
Células do sistema imune podem transportar macrófago com leveduras no 
seu interior pelo sistema linfático, levando a disseminação. Atinge a 
circulação sanguínea. 
-
- Incubação de 1 a 2 semanas. 
Manifestações clínicas
Casos leves ou graves (disseminação sistêmica). -
- Gravidade e grau de disseminação depende da carga fúngica e de condições 
do hospedeiro. 
Assintomática 
- 60 a 95% dos casos. 
- Indivíduos imunocompetentes expostos a um pequeno inóculo. 
Infecção pulmonar aguda 
- Indivíduos que inalaram grande quantidade de conídios, é limitada ao trato 
respiratório. 
- Ocorre resposta inflamatória exacerbada.
- Auto resolução de 2 a 4 semanas. 
- Sintomas: febre, calafrio, dispnéia, mialgias e dor torácica. 
- Demanda tratamento, pois pode gerar quadro de insuficiência respiratória. 
Forma disseminada
Compromete fígado, baço, SNC, medula, choque séptico…-
Pessoas portadoras de HIV e pessoas imunocomprometidas, imunidade 
mediada por células pouco efetiva. 
-
- Mortalidade em 70% dos casos mesmo com tratamento. 
Lesões cutâneas bem variadas, papulas, ulcerações…-
- Pacientes HIV+/Aids: infecção disseminada rápida e frequentemente fatal. 
Variação duboisii
- Apresenta lesões ósseas, pleomórficas (irregulas), abscessos cutâneas. 
Diagnóstico
Aspectos clínicos.-
Cultura (negativa na fase aguda e positiva na disseminada), histopatologia e 
sorologia.
-
Na histopatologia o fungo é observado no interior dos macrófagos.-
Tratamento
Itraconazol (histoplasmose pulmonar aguda, terapia de manutenção).-
Anfotericina B (ataque para histoplasmose pulmonar aguda grave ou 
disseminada). Formulação lipídica é menos hepatotóxica. 
-
COCCIDIOIDOMICOSE 
Agente: Coccidioides immitis e Coccidioidesposadasii (mais relevante para 
américa latina). Termodimórficos. 
-
Infecção pode ser benigna com resolução espontânea em imunocompetentes 
na maioria dos casos. 
-
Vive em ambientes de clima árido e semi-árido, altas temperaturas e pouco 
chuva (nordeste do Brasil). Atinge agricultores, arqueólogos e zoologistas. 
-
Podem acometer tanto seres humanos como animais, cachorros, gado…-
Infecção por inalação. -
Característica da forma leveduriforme: forma esferular com endosporos no 
interior. 
-
Forma filamentosa com muitos artroconídios. -
- Doença dos caçadores de tatu - forte associação com essa atividade, realizada 
por homens e assistida por cachorros. 
Agente etiológico 
- Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii. 
- Forma filamentosa: colônia esbranquiçada e algodonosa, artroconídios 
hialinos. 
- Leveduras: forma característica esferular com endospóros no seu interior 
(somente in vivo). 
Manifestações clínicas
Forma pulmonar primária: 
- primeiro contato, maioria auto resolutivo, alguns progridem para 
desenvolvimento de doença pulmonar.
- Doença respiratória aguda semelhante a outras doenças como tuberculose. 
- Incubação de 3 semanas. 
Pulmonar progressiva:
- Crônica, a forma primária não se resolve e evolui. Mais de 2 meses de 
sintomas.
- Evolui da primo-infecção. Tosse e dispneia, derrame pleural. 
Disseminada:
- Lesões disseminadas na pele, pode causar meningite. 
- Gravidade e grau de disseminação depende da carga fúngica e das condições 
do hospedeiro. 
Diagnóstico
Micológico direto, histopatológico com presença de esferulas.-
Cultura - NB3. -
Sorologia disponível e extremamente importante.-
Tratamento
Fluconazol (reicidiva, fungistático não elimina totalmente).-
Itraconazol (casos mais restritos, disseminada mas sem envolvimento do 
SNC).
-
Anfotericina B para pacientes críticos. -
BLASTOMICOSE
Não endêmica do Brasil, não há casos aqui. Defasado no registro do SUS.-
- Endêmica da América do Norte. 
Agente: Blastomyces dermatitidis. Termodimórficos. -
Agente etiológico
- Forma filamentosa: hifas hialinas septadas, conidióforos curtos produzindo 
conídios ovais, botões únicos, semelhantes a pirulitos. 
- Leveduras: parede espessa e brotamento, duplamente contornadas. 
Ciclo de infecção 
Via inalatória, inala estruturas fúngicas presentes no solo, excrementos de 
animais, matéria vegetal em decomposição, etc. 
-
- Trauma também pode ocorrer, menos frequente. 
Ocorre a termoconversão no organismo humano formando leveduras 
gemulantes. 
-
- Levedura possui capa espessa que dificulta fagocitose e morte do fungo. 
Pode haver casos disseminados.-
Formas clínicas
- Amplo espectro, leve até disseminada grave.
- Sem tratamento, o prognóstico é grave quando disseminada (78% de 
letalidade) 
- Pulmonar aguda e crônica
- Cutânea de inoculação primária. 
- Cutânea de evolução crônica (mais comum, dissminada). 
- Disseminada atinge ossos. 
Diagnóstico 
- Cultura, EMD, histopatológico. 
- Sorologia não é usada por conta de reação cruzada com outras micoses. 
Tratamento
- Itraconazol e Anfotericina B. 
 
Esferula do 
coccidioides
Micoses Sistêmicas e Endêmicas II
terça-feira, 11 de outubro de 2022 15:22
Histoplasmose, blastomicose e coccidioidomicose. Micoses sistêmicas que 
não ficam restritas a um único sítio. 
-
Blastomicose não é endêmica, presente na região norte americana.-
HISTOPLASMOSE
Identificação inicial do Histoplasma capsulatum, posteriormente a descoberta 
de fungo termodimórfico, doença rara, fatal e de transmissão misteriosa. 
-
Fungo patogênico, cosmopolita e via de infecção é inalatória. Doença é 
benigna e auto resolutiva na maioria dos casos. 
-
A doença depende da carga fúngica inalada e da condição imunológica do 
hospedeiro. 
-
Agente etiológico: Histoplasma capsulatum - termodimórfico, saprófita do 
solo, endêmica das américas. 
-
Variedade duboisii presente apenas na África, células maiores e paredes mais 
espessas. 
-
- Forma filamentosa: branco acastanhado, hifas hialinas finas, septadas e 
ramificadas, conídios espiculados. 
- Forma leveduras: pequenas, ovóides e frequentemente gemulação única 
(células filha não ligada a células mãe). 
Reservatórios
Solos, úmidos e ácidos, principalmente com excretas de aves e morcegos.-
Morcegos possuem esse fungo na sua microbiota, são portadores crônicos. -
Acomete mais homens entre 30-50 anos. -
- Em ambiente tanto urbano quanto rural: escavação, demolição, 
desmatamento, construções e reformas. 
Ciclo de infecção
Inalação dos conídios espiculados no ambiente, fungo na forma filamentosa. -
O fungo alcança o sistema respiratório e geram uma resposta inflamatória 
(atraem células fagocitárias - macrófagos e neutrófilos).
-
No pulmão, ocorre o dimorfismo (espaços alveolares) em que o fungo passa 
para a forma leveduriforme na tentativa de escapar da resposta imune. 
-
Células do sistema imune podem transportar macrófago com leveduras no 
seu interior pelo sistema linfático, levando a disseminação. Atinge a 
circulação sanguínea. 
-
- Incubação de 1 a 2 semanas. 
Manifestações clínicas
Casos leves ou graves (disseminação sistêmica). -
- Gravidade e grau de disseminação depende da carga fúngica e de condições 
do hospedeiro. 
Assintomática 
- 60 a 95% dos casos. 
- Indivíduos imunocompetentes expostos a um pequeno inóculo. 
Infecção pulmonar aguda 
- Indivíduos que inalaram grande quantidade de conídios, é limitada ao trato 
respiratório. 
- Ocorre resposta inflamatória exacerbada.
- Auto resolução de 2 a 4 semanas. 
- Sintomas: febre, calafrio, dispnéia, mialgias e dor torácica. 
- Demanda tratamento, pois pode gerar quadro de insuficiência respiratória. 
Forma disseminada
Compromete fígado, baço, SNC, medula, choque séptico…-
Pessoas portadoras de HIV e pessoas imunocomprometidas, imunidade 
mediada por células pouco efetiva. 
-
- Mortalidade em 70% dos casos mesmo com tratamento. 
Lesões cutâneas bem variadas, papulas, ulcerações…-
- Pacientes HIV+/Aids: infecção disseminada rápida e frequentemente fatal. 
Variação duboisii
- Apresenta lesões ósseas, pleomórficas (irregulas), abscessos cutâneas. 
Diagnóstico
Aspectos clínicos.-
Cultura (negativa na fase aguda e positiva na disseminada), histopatologia e 
sorologia.
-
Na histopatologia o fungo é observado no interior dos macrófagos.-
Tratamento
Itraconazol (histoplasmose pulmonar aguda, terapia de manutenção).-
Anfotericina B (ataque para histoplasmose pulmonar aguda grave ou 
disseminada). Formulação lipídica é menos hepatotóxica. 
-
COCCIDIOIDOMICOSE 
Agente: Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii (mais relevante para 
américa latina). Termodimórficos. 
-
Infecção pode ser benigna com resolução espontânea em imunocompetentes 
na maioria dos casos. 
-
Vive em ambientes de clima árido e semi-árido, altas temperaturas e pouco 
chuva (nordeste do Brasil). Atinge agricultores, arqueólogos e zoologistas. 
-
Podem acometer tanto seres humanos como animais, cachorros, gado…-
Infecção por inalação. -
Característica da forma leveduriforme: forma esferular com endosporos no 
interior. 
-
Forma filamentosa com muitos artroconídios. -
- Doença dos caçadores de tatu - forte associação com essa atividade, realizada 
por homens e assistida por cachorros. 
Agente etiológico 
- Coccidioides immitis e Coccidioides posadasii. 
- Forma filamentosa: colônia esbranquiçada e algodonosa, artroconídios 
hialinos. 
- Leveduras: forma característica esferular com endospóros no seu interior 
(somente in vivo). 
Manifestações clínicas
Forma pulmonar primária: 
- primeiro contato, maioria auto resolutivo, alguns progridem para 
desenvolvimento de doença pulmonar.
- Doença respiratória aguda semelhante a outras doenças como tuberculose. 
- Incubação de 3 semanas. 
Pulmonar progressiva:
- Crônica, a forma primária não se resolve e evolui. Mais de 2 meses de 
sintomas.
- Evolui da primo-infecção. Tosse e dispneia, derrame pleural. 
Disseminada:
- Lesões disseminadas na pele, pode causar meningite. 
- Gravidadee grau de disseminação depende da carga fúngica e das condições 
do hospedeiro. 
Diagnóstico
Micológico direto, histopatológico com presença de esferulas.-
Cultura - NB3. -
Sorologia disponível e extremamente importante.-
Tratamento
Fluconazol (reicidiva, fungistático não elimina totalmente).-
Itraconazol (casos mais restritos, disseminada mas sem envolvimento do 
SNC).
-
Anfotericina B para pacientes críticos. -
BLASTOMICOSE
Não endêmica do Brasil, não há casos aqui. Defasado no registro do SUS.-
- Endêmica da América do Norte. 
Agente: Blastomyces dermatitidis. Termodimórficos. -
Agente etiológico
- Forma filamentosa: hifas hialinas septadas, conidióforos curtos produzindo 
conídios ovais, botões únicos, semelhantes a pirulitos. 
- Leveduras: parede espessa e brotamento, duplamente contornadas. 
Ciclo de infecção 
Via inalatória, inala estruturas fúngicas presentes no solo, excrementos de 
animais, matéria vegetal em decomposição, etc. 
-
- Trauma também pode ocorrer, menos frequente. 
Ocorre a termoconversão no organismo humano formando leveduras 
gemulantes. 
-
- Levedura possui capa espessa que dificulta fagocitose e morte do fungo. 
Pode haver casos disseminados.-
Formas clínicas
- Amplo espectro, leve até disseminada grave.
- Sem tratamento, o prognóstico é grave quando disseminada (78% de 
letalidade) 
- Pulmonar aguda e crônica
- Cutânea de inoculação primária. 
- Cutânea de evolução crônica (mais comum, dissminada). 
- Disseminada atinge ossos. 
Diagnóstico 
- Cultura, EMD, histopatológico. 
- Sorologia não é usada por conta de reação cruzada com outras micoses. 
Tratamento
- Itraconazol e Anfotericina B. 
 
Esferula do 
coccidioides
Micoses Sistêmicas e Endêmicas II
terça-feira, 11 de outubro de 2022 15:22

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