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REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO • A cirurgia de revascularização do miocárdio “ponte de safena”, tem como objetivo melhorar o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco em pessoas que apresentam obstruções graves nas artérias do coração (coronárias). • É um procedimento que utiliza veias ou artérias saudáveis das pernas, dos braços ou do tórax do próprio paciente para criar um caminho alternativo para o sangue. • Essas veias e artérias são chamadas de pontes, pois redirecionam o sangue para uma área da coronária localizada após o segmento obstruído. • Assim é possível contornar o bloqueio das coronárias reestabelecendo o fluxo de sangue normal para o músculo cardíaco. • Anestesia Geral • Tempo estimado de 3 a 6h. • Na técnica tradicional o cirurgião faz um corte longo no centro do tórax e através do esterno osso localizado na parte da frente do tórax alcança o coração. • Depois de aberto o tórax, uma medicação faz com que o coração pare temporariamente de funcionar e a máquina de circulação extracorpórea (CEC) assume o controle da circulação e da oxigenação do sangue, substituindo a função do coração e dos pulmões enquanto o cirurgião implanta as pontes. • Terminada a cirurgia, o cirurgião reestabelece os batimentos cardíacos e desconecta o paciente da máquina coração-pulmão. • São colocados fios de marca passo temporários no coração para tratar quaisquer arritmias e drenos especiais são deixados temporariamente para eliminar resquícios de sangue na cavidade do tórax. • O osso do tórax é fechado com um fio de aço que permanecerá no organismo mesmo após a cicatrização da ferida. Circulação Extracorpórea (CEC) Novas técnicas cirúrgicas foram desenvolvidas para diminuir o desconforto e os riscos da cirurgia tradicional: • Cirurgia minimamente invasiva: Nessa abordagem, o cirurgião capacitado obtém acesso ao coração através de cortes pequenos entre as costelas ou um corte parcial do esterno, frequentemente com o auxilio de imagens de uma câmera que permite uma visão ampliada do coração. • Recuperação mais rápida de 15 a 20 dias. • Pacientes com dor no peito (angina) persistente apesar do tratamento com medicamentos. • Quando o tronco da coronária esquerda está gravemente obstruído. Essa artéria supre a maior parte do sangue para o coração. • As obstruções das coronárias são muito graves e extensas, particularmente se a função do coração não está normal. Normalmente, a cirurgia de revascularização é considerada nas seguintes situações • A cirurgia de revascularização do miocárdio é segura e o risco de complicações é geralmente baixo, mas depende da saúde geral do paciente antes da cirurgia e se o procedimento será programado eletivamente ou realizado em caráter de urgência. • Problemas como diabetes, insuficiência renal, enfisema, obstruções das artérias do cérebro e das pernas aumentam o risco de complicações cirúrgicas. • Possíveis complicações da cirurgia incluem: sangramento, arritmias cardíacas, AVC, infecções e disfunção dos rins. Complicações • Parar de fumar ao menos um mês antes da cirurgia, pois reduz a quantidade de secreção respiratória, reduz o risco de infecção e acelera sua recuperação no pós-operatório; • Para alguns pacientes será indicado o uso de suplementos alimentares para melhorar seu estado nutricional; • Medicamentos que afinam o sangue como aspirina e outros anticoagulantes devem ser suspensos antes da cirurgia (Anticoagulantes – Varfarina, edoxabana); • Antes da cirurgia, o banco de sangue entrará em contato para captação de doadores. A colaboração dos familiares é fundamental para garantir o adequado preparo de bolsas de sangue e outros derivados, caso sejam necessários durante o procedimento cirúrgico; • Não será possível comer ou beber qualquer coisa a partir da meia-noite do dia do procedimento; Pré-Operatório • Depois da cirurgia o paciente é levado para a UTI cardiovascular para a primeira etapa da recuperação pós-operatória • Dois ou três tubos (drenos) estarão conectados ao tórax do paciente para remover ar e sangue residuais da cirurgia. Estes são retirados pelo cirurgião em 24-48h; • O paciente será estimulado a respirar fundo e colaborar com a equipe de fisioterapeutas para evitar o acúmulo de secreção e promover a expansão adequada dos pulmões; • Uma faixa elástica será colocada ao redor do tórax para garantir a estabilidade e cicatrização adequada da ferida cirúrgica; Pós-Operatório • O paciente poderá sentar na cama com as pernas pendentes no dia seguinte à cirurgia e, após a remoção dos drenos, já será estimulado a levantar e caminhar; • Desconforto e dores no tórax são comuns após a cirurgia, por isso, analgésicos serão administrados rotineiramente • Na UTI, o paciente sempre estará ligado a um monitor cardíaco e de oxigenação, terá um acesso venoso e fará exames de RX e de sangue, diariamente; • Normalmente, após 48h, o paciente recebe alta da UTI para um apartamento, onde deve continuar o processo de recuperação. • Nessa fase, uma boa alimentação e os exercícios de fisioterapia motora e respiratória são fundamentais para acelerar sua reabilitação e retorno para casa.
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