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Paper- Afetividade e aprendizagem (PRONTO)

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2
Relação aprendizagem e afetividade
 Amanda Gabrielly da Silva Bremm, Janaina Jardim Ferri da Silva, Lisiane Gonçalves Carvalho, Maristela de Mello Barbosa¹
Deise Batista da Silva²
RESUMO 
Sabemos que é na escola que o aluno passa uma boa parte no seu dia, portanto a escola tem um papel muito importante na vida de seus alunos onde se aprende a conviver com outras pessoas com pensamentos diferentes do seu, com personalidades diferentes da suas, com opiniões diferentes sendo assim a afetividade é fundamental nas relações humanas e muito importante no processo de ensino aprendizagem onde está presente em todo o desenvolvimento do aluno favorecendo a aprendizagem mediante o desenvolvimento de uma boa relação entre aluno e professor; o professor deve ter o compromisso de não apenas transmitir seu conhecimento e teorias mas buscar dialogar e entender mais o aluno estabelecendo assim uma relação de troca e empatia, baseada no afeto e no dialogo onde esta relação trará benefícios não só para os alunos mas também para o professor e visto que tudo isso está relacionado diretamente com o contexto social-cultural. Com o proposito discutir e construir uma proposta de mudança na qual a afetividade e o conhecimento possam contribuir para a construção de seres humanos mais felizes este artigo que é fruto de uma pesquisa bibliográfica busca analisar através de vários autores e destacar a importância do afeto nas relações interpessoais e sua contribuição no aprendizado em sala de aula favorecendo assim maior êxito no ensino.
Palavras-chave: Afeto. Relação professor-aluno. Ambiente escolar.
1. INTRODUÇÃO
	
		Falar sobre afetividade como fator do fazer pedagógico é dar sentido às formas diferentes de atividades e como realizar as mesmas. Nos momentos de aprendizagem, a afetividade vem como um compromisso do professor em ajudar seu aluno e criar diferentes formas para que aconteça um aprendizado efetivo e significativo. Esse comprometimento é um ato afetivo com o aluno e com respeito a sua profissão. Isto faz refletir que, apesar de todas as dificuldades, podemos encontrar brechas para desenvolver na prática aquilo que acreditamos. As práticas dos professores e sua dedicação aos alunos revelam, além de comprometimento, afeto.
Para Wallon (1979), duas funções básicas constituem a personalidade: afetividade e inteligência. A afetividade está relacionada às sensibilidades internas e se orienta em direção ao mundo social e para a construção da pessoa; a inteligência, por sua vez, vincula-se às sensibilidades externas e está voltada para o mundo físico, para a construção do objeto. As relações sujeito e objeto do conhecimento a afetividade se fazem presentes na mediação sutil que incentiva a empatia, a curiosidade, capaz de fazer a criança avançar em suas hipóteses no processo de desenvolvimento e aprendizagem. Nesse sentido razão e emoção não se dissociam, visto que uma não acontece sem a outra.
A afetividade no desenvolvimento humano, especialmente na Educação, acredita que a criança é capaz de se tornar uma pessoa mais autônoma na hora de resolver problemas em sua vida e ser socialmente participativa interagindo com a sociedade. Nas situações do dia a dia de conflitos, a professora pode ajudar ampliando as possibilidades do aluno de negociação com o outro. Uma convivência que gira em torno do respeito, uma relação afetiva positiva entre o professor e o aluno ajuda no processo de desenvolvimento e aprendizagem do mesmo.
No contexto escolar, a interação entre aluno e professor favorece o desenvolvimento e o aprendizado. Pequenos gestos como um sorriso, uma atenção e uma atitude respeitosa são fundamentais quando o educador investe no afeto na relação professor aluno, pois são combustíveis imprescindíveis para a adaptação do aluno bem como a segurança, o conhecimento e o desenvolvimento. A afetividade é importante para que o profissional seja considerado um bom professor e principalmente para que o aluno se sinta importante e seja valorizado.
O trabalho está dividido em Seções. Onde na Seção 2 foi realizada a fundamentação teórica do trabalho. Na Seção 3 encontra-se a metodologia do trabalho. Na Seção 4, os resultados e discussões da pesquisa e na Seção 5 encontra-se a conclusão do trabalho. E para finalizar as referências nas quais o trabalho foi elaborado e embasado.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Afetividade 
De acordo com o Dicionário Didático de Língua Portuguesa (2011, p. 34) afetividade “é um conjunto de emoções e de afetos de uma pessoa” onde o mesmo dicionário conceitua afeto como um “sentimento de amor, de carinho e de consideração”. Ferreira e Acioly-Régnier (2010), complementam essa definição:
Afetividade é o domínio funcional que apresenta diferentes manifestações que irão se complexificando ao longo do desenvolvimento e que emergem de uma base eminentemente orgânica até alcançarem relações dinâmicas com cognição, como pode ser vistos nos sentimentos (FERREIRA e ACIOLY-RÉGNIER, p. 26).
Para Kieckhoefel (2011), afetividade é algo que está ligado diretamente com o domínio das emoções e dos sentimentos que estas emoções estão envolvidas e a forma como nos expressamos e nos dirigimos aos outros e como lidamos como os nossos sentimentos. Já para Ribeiro (2010, p. 2), a afetividade “é impulsionada pela expressão dos sentimentos e das emoções e pode desenvolver-se por meio da formação”, a afetividade é fundamental no processo educativo, pois cria um clima favorável a construção do conhecimento das pessoas que estão em formação.
Santos e Santos (2019) complementam que graças a afetividade que as pessoas criam laços afetivos e esses laços são criados por sentimentos e atitudes, ou seja, para que nossos relacionamentos com os outros prospere é necessário que muitas das nossas atitudes e sentimentos sejam bem cultivados.
Segundo Costa (2017), a afetividade no desenvolvimento humano e na educação, nos faz acreditar que a criança é capaz de se tornar uma pessoa mais autônoma nas resoluções de problemas em sua vida tornando-se uma pessoa participativa ao interagir com o meio que a cerca. 
Para Chalita (2004, p.11) “o ato de educar não pode ser visto apenas como depositar informações nem transmitir conhecimentos”, educar só ocorre se existir afeto e amor, pois quando o professor demonstra carinho aos alunos, os mesmos se sentem acolhidos pelo professor e se tornam automaticamente mais compromissados com as aulas propostas pelos seu professor, eles se tornam mais interessados em estudar.
2.2 A afetividade entre o professor e o aluno
É na escola que o aluno passa uma boa parte no seu dia, portanto a escola tem um papel muito importante na vida de seus alunos. É na escola que aluno aprende a conviver com outras pessoas com pensamentos diferentes do seu, com personalidades diferentes da suas, com opiniões diferentes, etc. Na escola que o aluno constrói muitas relações baseadas no afeto e quando o assunto é afetividade este tem um papel essencial na vida dos alunos não só para relações pessoais, mas também no seu processo de ensino-aprendizagem (SANTOS e SANTOS, 2019). 
De acordo com Silva (2017) a afetividade favorece a aprendizagem se o professor e o aluno desenvolverem uma boa relação, o professor deve ter o compromisso de não apenas transmitir seu conhecimento, mas buscar dialogar e entender mais o aluno estabelecendo assim uma relação de troca, baseada no afeto e no dialogo onde esta relação trará benefícios não só para os alunos mas também para o professor.
Segundo Souza (2018, p. 78), compreende-se como afeto “os sentimentos que estão intrínsecos em cada sujeito e de forma diferente”, pois a afetividade é fundamental nas relações humanas e muito importante no processo de ensino aprendizagem onde está presente em todo o desenvolvimento do aluno. Cada aluno traz consigo uma bagagem de histórias e com ela vem problemas de comportamento, de aprendizagem, problemas familiares entre muitas outras coisas, e cabe ao professor estabelecer uma boa relação com aluno pautada no afeto, na atenção, no respeitoe no diálogo, onde o aluno se sinta seguro para muitas vezes apresentar seus problemas e o professor possa entendê-lo (MOREIRA E JÚNIOR, 2017).
Para Freire (1987), a aprendizagem só ocorrerá se tanto professor quanto o aluno estiverem comprometidos, e para isso acontecer ambos tem que terem consciência de que todos nós somos dotados de necessidades, emoções e sentimentos, onde cada um deve mostrar responsabilidade, afetividade e respeito pelo que fazem e aprendem, pois nessa relação não há apenas um que ensine e outro que aprenda ambos trocam seus saberes. Freire (1987) complementa:
O educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando que, ao ser educado, também educa. Ambos, assim, se tornam sujeitos do processo em que crescem juntos e em que os “argumentos de autoridade” já, não valem. Em que, para ser-se, funcionalmente, autoridade, se necessita de estar sendo com as liberdades e não contra elas. Já agora ninguém educa ninguém, como ninguém tampouco se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo (FREIRE, 1987. p. 44). 
A relação entre professor e aluno depende muito da empatia que ocorre nessa relação, pois o processo de ensino e aprendizagem é um processo que envolve muito a interação humana e o as manifestações de aprender e de afetividade são características importantes que reflete muito nos resultados dessa relação em que aprendizagem pode ter bons resultados ou péssimos resultados (KIECKHOEFEL, 2011).
De acordo com Costa (2017, p.11), “o campo afetivo e a afetividade se constroem e são decorrentes das relações que uma criança estabelece” onde estas relações vão se construindo ao longo do tempo e deixando sinais afetivos que seriam os sentimentos que vão sendo movidos, vão sendo agidos e interagidos no mundo tanto de forma positiva quanto de forma negativa. 
2.3 Afetividade e as contribuições de alguns autores
Uma das grandes contribuições de Wallon é de que ele trouxe um conceito diferente sobre emoção, sentimentos e paixão, trazendo todas essas manifestações em apenas uma: a afetividade. A teoria Walloniana traz o orgânico na formação da pessoa, onde mostrar que também esta afetividade vai se transformando ao longo do tempo no convívio social, esse convívio vai cada vez mais se moldando e tornando essas manifestações cada vez mais sociais, fazendo com que haja uma laço entre o meio social e o corpo (FERREIRA E ACIOLY-RÉGNIER, 2010).
Gratiot-Alfandéry (2010), completa que para Wallon a afetividade é central na construção do conhecimento e da pessoa, pois para Wallon nos dois primeiros anos de vida as crianças não possuem maturidade orgânica então não conseguem suprir suas necessidades sozinhos aí ele já depende das outras pessoas para poder sobreviver, mostrando como a emotividade é o combustível para um adulto atender suas necessidades.
Para Wallon a afetividade é um dos aspectos centrais para o desenvolvimento de uma criança, onde a interação e o estímulo são a base para uma aprendizagem bem estruturada, cabe salientar que todos os seres humanos reagem a estímulos e isso influencia por toda sua vida, pois cada pessoa reage diferente diante de diversas situações, por isso a afetividade é tão importante, pois é a partir dela que se constroem a compreensão (SANTOS e SANTOS, 2019).
A afetividade segundo Wallon está relacionada aos estados de bem-estar e mal-estar de cada indivíduo, quando os motivos que provocam o bem e o mal-estar estão ligados as sensibilidades interoceptivas, proprioceptivas e exteroceptivas é uma etapa onde a afetividade é orgânica. Agora se os motivos que provocam o bem e o mal-estar são íntero, próprio e externo a afetividade é moral (ALMEIDA, 2008).
De acordo com Galvão (1995), Wallon estabelece uma distinção entre emoção e afetividade, onde as emoções são manifestações de estados subjetivos, mas com componentes orgânicos, e todas essas emoções influenciam em tudo que acontece na vida do indivíduo e acabam influenciando nas relações em sala de aula, por isso que deve-se levar em consideração todo o aspecto emocional do aluno, pois muitas vezes as dificuldades de aprendizagem que ele apresenta são por ter uma carga muito grande de problemas emocionais. 
Na figura 1, há uma demonstração da indissociação entre esses os conceitos usados por Wallon: afetividade, movimento e inteligência, onde Gratiot-Alfandéry (2010), explica que esses três termos tem relações entre si, pois como já dito anteriormente, desde que o indivíduo nasce ele já estabelece uma relação de emotividade com quem convive, pois a criança nos seus primeiros anos de vida depende de um adulto pra atender suas necessidades, por exemplo, quando um bebê está com fome ele automaticamente vai chorar e logo a pessoa que é sua responsável, a pessoa que se preocupa com essa criança, a pessoa que tem um laço afetivo com esse bebê ,vai dá-lo de comer. E indissociado a isso vem as funções motoras que vão além das tarefas de executar as ações pensadas pelo individuo, o ato motor está totalmente ligado a afetividade, através de gestos faciais, agitação corporais e gestos, onde estas atividades motoras produzem estados emocionais. Com o passar do tempo quanto mais a criança souber se expressar por meios de palavras menos atividades motoras desordenadas irá reproduzir. O movimento infantil é promotor do desenvolvimento da criança e cabe ao professor se atentar a essas mudanças e manifestações da criança, pois é através dela que ele conseguirá compreender e manejar o processo de aprendizagem dela. 
Figura 1 – Esquema da indissociabilidade entre afetividade, movimento e inteligência segundo Henri Wallon.
Fonte:https://www.editora2b.com.br/blog/teoria-de-wallon-como-e-cobrada-em-concursos
	De acordo com Neto (2012) a teoria Piagetiana diz que a afetividade é vista como uma espécie de energia que motiva o indivíduo para realizar suas ações, um exemplo disso é quando há uma atividade em aula onde envolva pensar, debater, buscar repostas para certas situações, e essa atividade envolve o aluno e o professor havendo uma trocar de conhecimento entre eles, onde existe um fator que faz com que o aluno busque respostas para as situação-problema, onde esse fator motivacional pode ser conceituado como afetividade.
	Segundo Moreira e Júnior (2017) Piaget considera que o desenvolvimento intelectual possui dois componentes principais: afetivo e cognitivo, onde esse dois componentes são inseparáveis, pois toda ação do pensamento comporta um aspecto cognitivo que é representado pelas estruturas mentais, e um aspecto afetivo que é representado por uma energética, que é a afetividade, que constitui um aspecto indissociável da inteligência, pois ela é o que impulsiona o indivíduo a realizar as atividades propostas.
	Já Paulo Freire afirma que não há educação sem amor, e a afetividade tem a ver com amor, ele acredita que as práticas educativas quando são diversificadas contribuem para uma boa relação dos sujeitos envolvidos e do objeto de estudo, escutar o aluno tem muito a ver com afeto nas relações entre o aluno e o professor, ou seja, ser professor não é exercer uma coisa só mas sim em várias aliadas entre si para atuar no ambiente escolar, de um lado o professor que é humano afetuoso, bondoso e cuidadoso e do outro lado o professor profissional que precisa ter responsabilidades ao trabalhar seus conteúdos curriculares , se um professor conseguir juntar esses dois lados ele transforma a aprendizagem real e significativa, pois Freire defende a educação humanizadora (SANTOS E SANTOS, 2019).
	Souza (2018) diz que a teoria de Vygotsky valoriza as interações sociais, onde a criança começa aprender alguns valores primeiramente na família, logo em seguida aprende mais alguns na escola que começa a frequentar e depois nos meios sociais ao qual convive, nesse processo o adulto é visto como o mediador do conhecimento, e é nesse processo de mediação que ocorre a afetividade, onde nesses lugares que a criança convive e a forma como é tratada pelos adultos é que teráum bom ou ruim desenvolvimento.
	Silva (2017, p. 6068) afirma que para Vygotsky “as características tipicamente humanas resultam da interação dialética do homem com seu meio sócio-cultural, numa ação de transformações recíprocas”, pois para ele desde o nascimento, os indivíduos estão em constantes interações com os adultos, e estes incorporam as suas relações e a sua cultura, sendo esse início do processo compartilhados entre pessoas e no decorrer do tempo na medida que estes indivíduos crescem passam a executar de dentro esses processos. Para Vygotsky a afetividade e a emoção atuam como elementos básicos, pois é através das interações com os indivíduos mais experientes do meio que convive, que a criança constrói suas funções mentais superiores e com a presença desses adultos a criança cria mais segurança tanto emocional quanto física e faz com que ela explore o seu ambiente e consiga aprender. 
3. METODOLOGIA
 	Foi utilizado como instrumento de pesquisa a abordagem qualitativa, através da pesquisa bibliográfica desenvolvida a partir de artigos disponíveis na internet e em livros de autores diversos. As teorias desses autores contribuíram efetivamente para a realização do presente trabalho por abordarem a dimensão humana, contextualizando o aluno em seu meio a partir da valorização de suas potencialidades e resgate de sua autoestima, além de enfatizar a importância das relações sociais e afetivas. Ao abordar a afetividade na relação professor-aluno, a pesquisa se propôs a refletir sobre a importância dos aspectos afetivos durante a construção do processo de ensino-aprendizagem e na formação do indivíduo, estabelecendo a existência de uma relação entre os aspectos afetivos e cognitivos.
	 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Relacionar as práticas educacionais realizadas com afetividade ao comprometimento do educador que proporciona assim um desenvolvimento cognitivo efetivo dos educandos. A afetividade é um sentimento comum nas relações humanas, sentimento esse que dá motivação desde as ações mais corriqueiras até as mais complexas. Sabe-se que o ser humano não se arrisca em aventuras pelas quais não acredita que ao final dará certo. Assim como todas as relações humanas têm por princípio este “impulso”, o afeto, a relação professor-aluno, para ser contemplada com a conquista da aprendizagem efetiva, também requer este fundamental fator, a presença da afetividade. 
O sentimento de autoestima ou baixa estima é fruto das relações de fracasso ou êxito nas relações entre professor-aluno. Afetividade é prática pedagógica, no pensar nas condições de ensino, o que ensinar e suas relevâncias, sua clareza, e como organizar os conteúdos, as atividades para favorecer a interação do educando com o mesmo, o que fazer em sala de sua, pensar como avaliar a qualidade da mediação. Percebemos que um dos grandes desafios teóricos quando começamos a estudar a questão afetiva é entender as razões pelas quais esse conceito permanece historicamente nas relações entre ensino e aprendizagem. 
5. CONCLUSÃO
Avaliando os aspectos essenciais do ato de aprender e refletindo sobre a relação que existe entre afetividade e aprendizagem, o afeto é visto aqui como um comprometimento pessoal do educador e profissional, muito além da amizade e do carinho. O educador deve prezar pelo seu fazer docente, realizando de forma eficaz, demonstrando respeito pelo educando como um ser de infinita capacidade. O professor deve se apresentar como um mediador que busca em seus afazeres empregar toda a afetividade que o moveu a exercer tal função social, a partir de suas crenças, optar por buscar e criar meios para que não fique nenhum de seus alunos sem esse essencial cuidado que levará ao desenvolvimento das suas várias aptidões.
Há possibilidade de aprendizado diante do como o aluno se sente, da atitude, comportamento do professor e da escola, de seus colegas, do contexto que estiver inserido. Na vida afetiva os conhecimentos se constroem a partir das relações que as pessoas estabelecem e essas relações dão a noção para o sujeito de quem ele é. O compromisso professor-aluno norteado por práticas efetivas leva a um desenvolvimento cognitivo mais efetivo por parte do aluno, pois compreende como as relações afetivas em sala de aula influenciam no processo ensino/aprendizagem e por consequente no desenvolvimento cognitivo de forma positiva, como se dá a influência afetiva nos processos cognitivos na relação das vivências em sala de aula, na convivência professor/aluno, demostrando a influência na relação aluno/conteúdo a serem aprendidos. 
Podemos afirmar baseado em nossas pesquisas que o processo de ensino-aprendizagem precisa favorecer os conhecimentos prévios do aluno e suas múltiplas vivências, e o afeto proporciona não somente um ambiente agradável para professor e aluno, mas sim uma educação humanizadora voltada para a transformação, centrada na solidariedade. E que é de grande importância uma formação afetiva efetiva para os profissionais que atuam no campo da educação. 
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Ana Rita Silva. Afetividade no desenvolvimento da criança. Contribuições de Henri Wallon. Revista da Faculdade de Educação da UFG: Inter Ação. v.33. n.2. p.343-357. Dez 2008. Disponível em: << https://www.revistas.ufg.br/interacao/article/view/5271 >> Acessado em: 17 Mai 2021.
CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. 17ºed. São Paulo: Editora Gente. 2004.
COSTA. Gisele Ferreira da. O afeto que educa. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF. 2017. Disponível em: <<https://www.ufjf.br/pedagogia/files/2017/12/O-AFETO-QUE-EDUCA.pdf >> Acessado em: 14 Mai 2021.
DICIONÁRIO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA. 2° ed. São Paulo. Edições SM, 2011.
FERREIRA, Aurino Lima; ACIOLY-RÉGNIER, Nadja Maria. Contribuições de Henri Wallon à relação cognição e afetividade na educação. Revista Educar. n.36. p.21-38. Curitiba. 2010. Disponível em << http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602010000100003 >> Acessado em: 14 Mai 2021.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17º ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1987. 
GALVÃO, Izabel. Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. 4º ed. Petrópolis-RJ: Editora Vozes. 1995.
GRATIOT-ALFANDÉRY, Hélène. Henri Wallon. Recife: Fundação Joaquim Nabuco. Editora Massangana. 2010.
KIECKHOEFEL, Josiane Cardozo. As relações afetivas entre professor e aluno. X Congresso Nacional de Educação – EDUCERE. I Seminário Internacional de Representações Sociais, Subjetividade e Educação – SIRSSE. Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCP. Curitiba 7 a 10 Nov 2011. Disponível em: << https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2011/5202_2668.pdf >> Acessado em: 14 Mai 2021.
MOREIRA, Beatriz Buzzo; JÚNIOR, Renato Cézar Silvério. A importância da afetividade na aprendizagem. Cadernos de Educação: Ensino e Sociedade. v.4. n.1. p. 199-213. Bebedouro SP. 2017. Disponível em << https://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/cadernodeeducacao/sumario/50/26042017193303.pdf >> Acessado em: 14 Mai 2021.
NETO, Giuseppe Bruno. Uma breve visão sobre a afetividade nas teorias de Wallon, Vygotsky e Piaget. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo. 2012 Disponível em << https://www.mackenzie.br/fileadmin/OLD/47/Graduacao/CCBS/Cursos/Ciencias_Biologicas/1o_2012/Biblioteca_TCC_Lic/2012/1o_SEM.12/GIUSEPPE_BRUNO_NETO.pdf >> Acessado em: 18 Mai 2021.
RIBEIRO, Marinalva Lopes. A afetividade na relação educativa. Estudos de Psicologia. v. 27. n.3. p. 403-412. Campinas. Jul-Set. 2010. Disponível em << http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-166X2010000300012 >> Acessado em: 14 Mai 2021.
SANTOS, Josiane dos; SANTOS, Rosita da Silva. Afetividade e aprendizagem: uma relação entre professor e aluno a partir de Paulo Freire e Henri Wallon. Trabalho de Conclusão de Curso. Unijuí. 2019. Disponível em: << https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/handle/123456789/6531 >> Acessado em 14 Mai 2021.
SILVA, AyllaMonise Ferreira da. A importância da afetividade no contexto educacional. XIII Congresso Nacional de Educação – EDUCERE. IV Seminário Internacional de Representações Sociais, Subjetividade e Educação – SIRSSE. VI Seminário Internacional sobre Profissionalização Docente (SIPD/CÁTEDRA UNESCO).2017. Disponível em << https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/27420_14147.pdf >> Acessado em: 14 Mai 2021.
SOUZA, Léa Barbosa de. A influência da afetividade na aprendizagem significativa: uma abordagem na educação infantil. Afluente: Revista de Letras e Linguística. v.3. n.7. p.77-93. Jan/abr. UFMA/Campus III. 2018. Disponível em << http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/afluente/article/view/9148 >> Acessado em: 14 Mai 2021.
WALLON, Henry (1973/1975). A psicologia genética. Trad. Ana Ra. In. Psicologia e educação da infância. Lisboa: Estampa (coletânea).
1 Acadêmicas do curso de Licenciatura em Psicopedagogia.
2 Tutora externa do curso de Licenciatura em Psicopedagogia.
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Psicopedagogia (0912LPS/5) – Prática Interdisciplinar: Psicopedagogia e bases neurais da aprendizagem - 15/06/2021

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