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TCC AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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VINHEDO – SP 
2021 
 
 
 
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
CURSO DE PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
A IMPORTANCIA DO AFETO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
CLARIANA NOVAES BEVILACQUA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VINHEDO – SP 
2021 
 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
 
 
 
CLARIANA NOVAES BEVILACQUA 
 
 
 
 
 
AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
A IMPORTANCIA DO AFETO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado 
como requisito parcial para a obtenção do título de 
Graduação – Licenciatura em Pedagogia pela 
Universidade Paulista, Polo Vinhedo/SP 
Orientação: Profa. Dra. Talita Dias Miranda e 
Silva 
 
VINHEDO – SP 
2021 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
Novaes Bevilacqua, Clariana. 
....Afetividade na Educação Infantil : A Importância do Afeto no Pro-
cesso de Ensino e Aprendizagem / Clariana Novaes Bevilacqua. - 
2021. 
....40 f. 
 
....Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) apresentado ao 
curso de Pedagogia da Universidade Paulista, Vinhedo, 2021. 
 
....Orientador: Prof. Talita Dias Miranda e Silva. 
 
....1. Afeto. 2. Afetividade. 3. Educação Infantil. 4. Primeira Infância. 
I. Dias Miranda e Silva, Talita (orientador). II. Título. 
Elaborada de forma automática pelo sistema da UNIP com as informações fornecidas pelo(a) autor(a). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VINHEDO – SP 
2021 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Ao concluir esse trabalho quero agradecer a todos os profissionais que levam 
amor para dentro das salas de aula com entusiasmo e esperança, e em especial aos 
ensinamentos do mestre brasileiro de amor solidariedade e educação Paulo Freire, 
minha inspiração para carreira. 
Agradeço também aquele que fez com que eu me apaixonasse pelo desenvol-
vimento humano, o que me incentiva todos os dias através de seu carinho. Ao amor 
da minha vida, meu filho Matheus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VINHEDO – SP 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Educação não transforma o mundo. Educação 
muda as pessoas. Pessoas transformam o 
mundo.” 
Paulo Freire 
 
 
 
 
VINHEDO – SP 
2021 
 
RESUMO 
Este trabalho de Conclusão de Curso apresenta uma pesquisa a respeito da 
importância da afetividade para uma educação infantil de qualidade, onde as 
crianças possam desfrutar do aprendizado e de questões relacionadas com o papel 
do afeto no desenvolvimento da educação infantil. Muitas são as contribuições da 
relação afetiva para o processo de aprendizagem. O ambiente escolar será o 
primeiro socializador fora do círculo familiar da criança, e oferecer todas as 
condições necessárias para que ela se sinta segura e protegida é essencial, 
juntamente com uma parceria entre família e escola para que os alunos sintam-se a 
vontade – já que é na escola que a criança começa a criar sua identidade e 
personalidade, com o auxílio do professor e equipe escolar; por isso é preciso 
oferecer oportunidades afetivas para o desenvolvimento e aprendizagem. Essas 
oportunidades devem ser oferecidas para todos. Foram colocados os pontos mais 
importantes a serem adotados pelos envolvidos no método do ensino, como escola, 
professores e família, contribuindo para o sucesso das crianças. Assim apresentam-
se três capítulos fundamentados em pesquisa bibliográfica, a fim de esclarecer a 
importância da afetividade em sala de aula, mostrando quais os aspectos 
educacionais ela apresenta e qual a necessidade de sua presença no ambiente 
escolar. Dessa forma, é esperado que haja entendimento sobre seus reflexos na 
educação infantil. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Afeto, Afetividade, Educação Infantil, Primeira Infância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VINHEDO – SP 
2021 
 
ABSTRACT 
 
This Course Conclusion paper presents research on the importance of affectivity 
for quality early childhood education, where children can enjoy learning and issues 
related to the role of affection in the development of early childhood education. There 
are many contributions of the affective relationship to the learning process. The 
school environment will be the first socializer outside the child's family circle and 
offering all the necessary conditions for them to feel safe and protected is essential, 
together with a partnership between family and school so that students feel at ease - 
since it is at school that the child begins to create his identity and personality, with the 
help of the teacher and school staff; therefore, it is necessary to offer affective 
opportunities for development and learning. These opportunities must be offered to 
everyone. The most important points to be adopted by the obedient in the teaching 
method were transmitted, such as school, teachers and family, contributing to the 
children's success. Thus, three chapters based on bibliographic research are 
presented, in order to clarify the importance of affectivity in the classroom, showing 
what educational aspects it presents and what the need for its presence in the school 
environment. Thus, it is expected that there will be an understanding of its effects on 
early childhood education. 
 
KEYWORDS: Affection, Affectivity, Early Childhood Education. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VINHEDO – SP 
2021 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO............................................................................................................. 9 
1. CAPITULO I - SOBRE AFETIVIDADE E APRENDIZAGEM……………………….11 
1.1 - CONCEITO DE AFETIVIDADE……………………………………………………. 12 
CONCEPÇÃO DE AFETIVIDADE NOS SÉCULOS XVII E XVIII…………...………...15 
AFETIVIDADE NOS DIAS DE HOJE.........................................................................17 
1.2 - AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL………………………………….…….20 
1.3 - AFETIVIDADE E COGNIÇÃO………………………………………………………25 
1.4 - FAMÍLIA E ESCOLA NA VIDA DA CRIANÇA……….……………….…………….29 
2. CAPITULO II – MÉTODO...................................................................................... 32 
3. CAPITULO III - ANÁLISE E DISCUSSÃO............................................................ 33 
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................... 35 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................... 38 
 
 
 
9 
VINHEDO – SP 
2021 
 
INTRODUÇÃO 
O desenvolvimento humano está diretamente ligado à nossa imersão no 
mundo social que se dá nos primeiros anos de vida. A forma como aprendemos e o 
que aprendemos nessa fase, nossas primeiras experiências escolares e sociais são 
fundamentais para o desenvolvimento futuro de nossas habilidades, percepções, 
construção de identidade e convívio social. 
Em creches e pré-escolas todos os dias temos oportunidade de trabalharmos 
com interações, sensações e condições que contribuem para o desenvolvimento das 
crianças. 
Os estudos referentes a primeira infância tem proporcionado os mais 
significativos avanços para a compreenção quanto à influência de acontecimentos 
infantis no comportamento e no ajustamento (ou desajustamento) de crianças 
maiores, adolescentes e adultos. Há concordância entre os estudiosos e a psicologia 
do desenvolviento, que a ligação afetiva inicial influenciará o desenvolvimento do 
feto desde sua concepção. Ligação essa que se intensifica após o nascimento, com 
a convivencia do bebê com seus pais e familiares. 
Muito acontece durante o primeiro ano de vida do ser humano, principalmente 
porque o desenvolvimeto emocional começa muito cedo e é essencial à saúde 
mental da criança. 
Não se pode separar afetividade de cognição, pois ambas caminham juntas. 
Segundo Wallon (1979), a personalidade é formada por duas funções básicas:inteligencia e afetividade. A inteligencia ou conhecimento está ligada ao mundo 
físico, à contrução do objeto. Já a afetividade está ligada às sensibilidades internas e 
orientada à contrução da pessoa. Assim, a afetividade assume papel anterior à 
inteligencia, no sentido de que assume função essencial no desenvolvimento 
humano, definindo os interesses e as necessidades individuais. De acordo com 
Saltini (1999), além do conhecimento de conteúdos e técnicas, as escolas deveriam 
entender de seres humanos e de amor, posto que, lidar com sonhos, fantasias, 
símbolos, afetos e dores contribuem para o desenvolvimento integral do ser 
humano. Segundo Vygotsky, o desenvolvimento cognitivo do aluno se dá por meio 
da interação social, ou seja, de sua interação com outros indivíduos e com o meio. 
10 
VINHEDO – SP 
2021 
 
Assim, tendo a afetividade um papel de extrema relevância, inseparável do 
desenvolvimento físico, cognitivo e intelectual, desejo investigar sua importância no 
processo de aprendizagem na Educação Infantil. Buscarei suporte principalmente 
nas teorias e contribuições de Wallon, Vygotsky, e Saltini, tendo como base também 
a minha prática de Estágio em uma escola pública de Educação Infantil no município 
de Louveira, estado de São Paulo. As reflexões aqui apresentadas são um recorte 
do cotidiano escolar vivenciado na prática de estágio docente. 
Aponto o problema que guiou minha pesquisa: Qual a importância da 
afetividade no processo de aprendizagem das crianças de Educação Infantil? 
Suponho que somente num ambiente onde há interação social, vínculos, 
consciência afetiva e amor, a criança consegue se desenvolver de forma plena. 
Espero dessa forma, lançar um olhar acerca do trabalho pedagógico dos 
educadores de Educação Infantil quanto à importâcia da relação educador-criança 
para o processo de desenvolvimento afetivo, visto que a entrada da criança em uma 
creche ou pré-escola representa um marco que causa certa ruptura da relação da 
criança com os pais em seu lar. 
Apresento minha investigação dividida em três capítulos, sendo que o primeiro 
trará a fundamentação teórica da pesquisa, o segundo o método e o terceiro análise 
e discussão. 
Finalizando, aponto minhas considerações finais concordando com o resultado 
da pesquisa bibliográfica. 
 
 
 
 
 
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VINHEDO – SP 
2021 
 
CAPÍTULO I – SOBRE AFETIVIDADE E APRENDIZAGEM 
Quanto maior o afeto maior a aprendizagem? 
A criança deve se sentir acolhida pela escola como um todo. O aluno deve se 
apaixonar pelo método de ensino do professor e pelo dia a dia escolar, 
desenvolvendo auto-estima através do aprendizado. A educação infantil deve ser 
tratada com destreza, preparando suas emoções para um longo caminho a ser 
percorrido. Cada aluno tratado com afeto é preparado para um futuro melhor, 
fazendo com que tenhamos resultados positivos para referências futuras. 
Podemos afirmar que crianças são potencialmente curiosas. Sempre estão 
atentas a tudo que está acontecendo ao seu redor, notando cada detalhe através do 
seu ambiente e tendo contato com o outro vão desenvolvendo suas capacidades 
afetivas, assim como seu pensamento, raciocínio e linguagem. Esse papel deve ser 
desempenhado em parceria escola e família, onde veremos mais no item 1.4. 
Atos simples como quando o professor nomeia objetos, organiza a sala e 
expressa sentimentos, estão cooperando para que as crianças compreendam o 
meio em que vivem e a cultura a qual estão sendo inseridas. Nesse ponto entra o 
papel da psicologia da educação. Jean Piaget (1896-1980) afirma que: 
 
[...] a pedagogia moderna não saiu de forma alguma da psicologia da criança, da 
mesma maneira que os progressos da técnica industrial surgiram, passo a passo, das 
descobertas das ciências exatas. Foram muito mais o espírito geral das pesquisas 
psicológicas e, muitas vezes também, os próprios métodos de observação que, 
passando do campo da ciência para ao da experimentação, vivificaram a pedagogia. 
(PIAGET, 1985, p. 148). 
 
Em tese que o afeto é muito importante na atividade de ensinar, onde somos 
movidos pelo desejo e pela paixão nas relações de ensino e aprendizagem, é 
possível reconhecer e prever as qualidades afetivas que venham facilitar esse 
processo. 
Há quem acredite que para ser afetivo é preciso abraçar e beijar os alunos. 
Algumas crianças chegam a passar 12 horas por dia na escola e ficar todo esse 
tempo sem receber um abraço; não é bom, mas essa não é a única forma de 
demonstrar afeto. Promover uma roda de conversa no início da aula e ouvir com 
atenção os alunos contarem o que fizeram em casa, sentar ao lado deles enquanto 
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VINHEDO – SP 
2021 
 
desenham e perguntar a respeito, contar uma história, acompanhar as brincadeiras 
e observar o que estão falando entre si são formas pelas quais o professor pode 
demonstrar carinho, atenção e cuidado. 
É importante lembrar que por mais que o vínculo afetivo entre educadores e 
educandos seja essencial, ele deve estar centrado na aprendizagem. “A criança 
precisa entender que estar com seu professor não é como estar com sua mãe, seu 
pai, irmãos, tios”, afirma Maria Cristina Mantovanini, doutora em Psicologia da 
Educação pela Universidade de São Paulo e psicanalista membro associada da 
Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. Segundo ela, o elo precisa ser 
desenvolvido entre eles. “O professor respeita a criança, leva desafios adequados 
para sua faixa etária, não impõe disciplina pelo medo, proporciona momentos 
agradáveis em sala de aula e ensina coisas interessantes”. 
No que diz respeito a contatos físicos, o limite é em relação ao respeito à 
criança, e na abertura que ela da ao professor. “Há crianças que são mais afetivas, 
chegam na escola e já correm para abraçar o professor. Outras não gostam disso, 
ficam bravas e até esfgregam o rosto depois de receber um beijo. É preciso observar 
e respeitar cada comportamento e criar diferentes modos de demonstrar que se 
importa com cada um. Alguns pais também não gostam dessa proximidade entre 
seu filho e o professor. As famílias têm modos diferentes de expressar sentimentos e 
essa questão também deve ser levada em conta pela escola. 
 
1.1 – CONCEITO DE AFETIVIDADE 
 
 A concepção de afeto é bastante ampla. Para se falar dela, é necessária uma in-
cursão aos domínios da História, Filosofia, Psicanálise e, também, da Literatura. Se-
gue uma breve análise das variadas concepções de afeto através do tempo. 
 Segundo o Minidicionário Luft (2010, p. 37), afetividade é a “qualidade de afetiv[o], 
sentiment[o]; afeição profunda, o objeto dessa afeição, zelo, cuidado”. A palavra afe-
to vem do latim affectur (afetar, tocar) e é o elemento básico da afetividade. Ainda de 
acordo com o Dicionário de Filosofia de Nicola Abbagnano, a palavra afetividade de-
signa o conjunto de atos como bondade, inclinação, devoção, proteção, apego, gra-
tidão. Em resumo, pode ser caracterizada sob a preocupação de uma pessoa por 
outra, tendo apreço por ela, cuidando dela, e ela corresponde positivamente aos 
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VINHEDO – SP 
2021 
 
cuidados ou a preocupação. Segundo Abbagnano (1998, p.53): “Afeição é usada fi-
losoficamente em sua maior extensão e generalidade, porquanto designa todo esta-
do, condição ou qualidade que consiste em sofrer uma ação sendo influenciado ou 
modificado por ela.” 
 Dantas (1990, p.10) conceitua afetividade da seguinte maneira: “afetividade de-
signa [...] os processos psíquicos que acompanham as manifestações orgânicas da 
emoção. A afetividade pode bem ser conceituada como uma das formas de amor”. 
Almeida e Mahoney (2007, p.17) definem afetividade da seguinte maneira: “capaci-
dade, disposição do ser humano de ser afetado pelo mundo externo e interno por 
meio de sensações ligadas a tonalidades agradáveis ou desagradáveis.” 
No Dicionário Técnico de Psicologia (1996), afetividade é um termo utilizado para 
designaros afetos, bem como os sentimentos ligeiros, enquanto o afeto é definido 
como a emoção humana associada a ideias. Desta forma, podemos relacionar o as-
pecto afetivo diretamente com as relações sociais. De acordo com Engelmann 
(1978, p.130,131): 
 
 [...] parece mais adequado entender o afetivo como uma qualidade das relações huma-
 nas e das experiências que elas evocam (...). São as relações sociais, com efeito, as que 
 marcam a vida humana, conferindo ao conjunto da realidade que forma seu contexto 
 (coisas, lugares, situações etc.) um sentido afetivo. 
 
 Na filosofia, o afeto faz parte das reflexões de praticamente todos os filósofos, 
desde a antiguidade até os nossos dias. Entende-se como afeto as relações não 
dominadas pela regência monopólica da paixão. Desta forma, define-se afeto como 
tradutor de bondade, carinho, proteção, apego, gratidão etc., tomando por análise o 
termo afecção, que para os filósofos era o resultado de uma ação decorrente de um 
efeito sobre a mente. 
 As afecções são o corpo sendo afetado pelo mundo. O que pode um corpo? Pode 
afetar e ser afetado! As afecções são este encontro pontual de um corpo com outro. 
Somos corpos que se relacionam com outros corpos, quando sofremos suas afec-
ções, quando somos afetados pelos outros corpos, sofremos uma alteração, uma 
passagem, nossa potência aumenta ou diminui. Destas afecções, ocorrem os afetos, 
uma experiência vivida, é uma transição. Estabeleceu-se, assim, uma diferença en-
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VINHEDO – SP 
2021 
 
tre a afecção externa advinda de ocorrências exteriores e a afecção interna que se 
procede de aspectos íntimos. De acordo com Kant, a sensibilidade é a aptidão de 
receber as afeições segundo a maneira como os objetos nos estimulam, e a sensa-
ção é o efeito de um elemento sobre nossa faculdade representativa ao sermos en-
volvidos por ele. Portanto, ainda para Kant, o sujeito recebe influência do objeto, se-
ja ele de qual procedência for. 
 Por outro lado, Spinoza nos revela que a exultação não é meramente inativa. 
Como próprio Spinoza ressalta, é uma ação por causa de algumas afecções e pai-
xão, nas demais ocorrências. 
 A descrição do termo afecção, ao longo da história da Filosofia, obedece, princi-
palmente, aos seguintes aspectos: em alguns casos ele é visto como se assinalasse 
uma afecção inferior e até uma pura sensação; em outros, é tido como se declaras-
se a multiplicidade de uma emoção intencional. Nos dois sentidos, contudo, há um 
fundamento de unificação, pois, mesmo entendida como algo intencional, a afecção 
se limita à esfera do “minimamente intencional”, de tal forma que a afetividade tange 
sempre à sensibilidade, ou pelo menos, o denominado sentimento inferior. No entan-
to, a afecção é definida constantemente como uma transformação da sensibilidade 
que pode receber influências de aspectos externos e que também pode correspon-
der a um estado antecedente ao ânimo afetado. Na primeira eventualidade, a afec-
ção é denominada passiva; na segunda, ativa. 
 Ao fazermos uma breve análise destas concepções filosóficas, podemos dizer 
que elas permanecem vivas até os dias atuais, muitas vezes em situações cotidia-
nas, quando ouvimos frases semelhantes a: "Não aja com o coração", "Seja mais 
racional", entre outras. 
 Durante muitas décadas as teorias psicológicas, por influência evidente da filoso-
fia, de onde surgiram, estudaram separadamente os processos cognitivos e afetivos. 
Devido à dificuldade em estudar estes aspectos de forma integrada, tal separação 
parece conduzir a uma concepção distorcida da realidade, com reflexos no modelo 
educacional vigente. Os estudiosos e filósofos, ao centrarem seus estudos apenas 
nos comportamentos externos dos sujeitos - e, em suas teorias relacionadas à su-
posta dicotomia entre razão e emoção -, relegaram a um segundo plano experiên-
cias mais subjetivas, como a das emoções, ao passo que privilegiam os aspectos 
15 
VINHEDO – SP 
2021 
 
afetivos e/ou inconscientes nas explicações dos pensamentos humanos, dedicando 
um papel secundário aos aspectos cognitivos. 
 É comum, ainda hoje, no ambiente escolar, que os educadores trabalhem o pro-
cesso de aprendizagem dividindo a criança em duas metades: a cognitiva e a afeti-
va. É importante afirmar que este é um dos maiores enganos existentes na maioria 
das propostas educacionais da atualidade. O trabalho nesses moldes faz com que a 
práxis pedagógica seja fria, desprovida de sentimentos e pautada tão somente no 
ensino das atividades escolares. Segundo esta teoria advinda da Filosofia, acredita-
se que apenas o pensamento resulta em ações racionais e inteligentes, privilegiando 
o pensamento científico e lógico-matemático. Já os sentimentos são desnecessá-
rios, não resultam em nenhuma espécie de conhecimento e podem provocar atitu-
des irracionais. Edgar Morin (2000, p.23), conceitua a razão da seguinte forma: 
 
 A racionalidade é a melhor proteção contra o erro e a ilusão. Por um lado, existe a racio-
 nalidade construtiva que elabora teorias coerentes, verificando o caráter lógico da orga-
 nização teórica, a compatibilidade entre as ideias que compõem a teoria, a concordância 
 entre suas asserções e os dados empíricos aos quais se aplica [...] Mas a racionalidade 
 traz também em seu seio uma possibilidade de erro e ilusão quando se perverte [...] A 
 racionalização se crê racional porque constitui um sistema lógico perfeito, fundamentado 
 na dedução ou na indução, mas fundamenta-se em bases mutiladas ou falsas e nega-se 
 à contestação de argumentos e à verificação empírica. 
 
CONCEPÇÃO DE AFETIVIDADE NOS SÉCULOS XVII E XVIII 
 Vimos, de acordo com as concepções de afetividade descritas anteriormente, que 
a afetividade é uma temática histórica. Partindo deste princípio, é importante conhe-
cer algumas reflexões de teóricos que mencionaram em suas discussões a questão 
da afetividade. Entre estes teóricos que abordam a questão da afetividade, Come-
nius e Rousseau têm um papel de destaque. Comenius (2002, p. 85) refere-se ao 
cérebro na idade infantil como uma esponja, pronto a receber e absorver a mais di-
versa gama de estímulos, aprendendo rapidamente as informações às quais ele é 
exposto. Logo, o que é absorvido na primeira idade torna-se importante para o resto 
da vida do homem. Comenius deixava clara a importância de o homem aprender os 
fundamentos de uma sociedade, para dela usufruir de forma adequada sob juízos 
satisfatórios. Isto de uma forma que não causasse danos ou traumas no indivíduo. 
16 
VINHEDO – SP 
2021 
 
 De acordo com Comenius, a escola precisava sofrer uma mudança total, em uma 
nova metodologia que consistiria na capacidade humana inata de aprender todas as 
coisas. Comenius via a escola como uma instituição enfadonha, severa e que impu-
nha a disciplina através de agressões. Desta forma, ele pregava que o homem nun-
ca pode deixar de sentir o anseio pelo conhecimento e pela sabedoria. Comenius 
afirmava que é dever do educador trabalhar a mente humana de forma que os ho-
mens recebam uma educação satisfatória (LOPES, 2003, p.98). Ainda segundo ele, 
para que isso acontecesse, seria necessário "um pequeníssimo estímulo e [uma] 
sábia orientação" (COMENIUS, 2002, p.113). 
 Enquanto Comenius, no século XVIII, fala da necessidade de uma educação em 
que o professor tenha o papel de ensinar e não de maltratar seus alunos, Rousseau 
concebia o indivíduo como um ser integral, não fragmentado, e via na infância várias 
fases de desenvolvimento, estando o cognitivo entre eles. Segundo Pissara (2005, 
p.22), Rousseau "sistematizou toda uma concepção de educação, depois chamada 
de Escola Nova e que reúne vários pedagogos dos séculos XIX e XX". É no século 
XVIII que se pode observar, inclusive, uma mudança civilizatória concernente às 
emoções, visto que se verificava, anteriormente, uma suavização dos hábitos men-
tais ligadosà afetividade. 
 De acordo com Rousseau, a criança deveria viver cada fase da infância plena-
mente, porque, segundo ele, até os 12 anos o ser humano é apenas emoção e cor-
po, estando a razão ainda em formação. Segundo ele, o indivíduo viveria em liber-
dade, não desenfreada, mas no sentido de uma dependência em relação à oposição 
suscitada pelos adultos. Rousseau afirmava que o verdadeiro objetivo da educação 
era ensinar a criança a exercer a liberdade. O aluno somente entraria na sociedade, 
quando a tendência para a socialização nele surgisse naturalmente após o desen-
volvimento da razão; conforme enseja Rousseau: "Viver é o que eu desejo ensinar-
lhe. Quando sair das minhas mãos, ele não será magistrado, soldado ou sacerdote, 
ele será, antes de tudo, um homem" (ROUSSEAU apud GADOTTI, 2006, p. 137). 
 Rousseau era totalmente contrário à atitude impositiva de professores, ministran-
do aulas severamente, pois isso contribuiria para a formação de homens rigorosos e 
rudes. Acreditava, ao contrário, que os professores devessem se divertir com seus 
alunos, propondo atividades que os motivassem e incentivassem sua curiosidade. 
Rousseau (1994, p.23) chega a afirmar que “o aluno deve sobretudo ser amado [...]”. 
17 
VINHEDO – SP 
2021 
 
 O professor deveria trabalhar de forma não só com que os seus alunos se sentis-
sem melhor ali do que em qualquer outro lugar, mas também fazendo com que o 
aluno descobrisse a aprendizagem e o interesse por si só. Rousseau 
(apud CERIZARA, 1990, p.108) afirmava que a observação é fundamental para que 
o professor conheça as características de seus alunos e saiba trabalhá-las correta-
mente: “Nada é predeterminado, tudo é construído numa tentativa pedagógica de 
harmonizar a especificidade da criança com as influências do meio, com as genera-
lidades do desenvolvimento humano.” 
 Rousseau encarava a infância como essencial à formação do indivíduo. Assim, 
segundo ele, seria preciso levar em conta as características pessoais de cada crian-
ça. Rousseau afirma, ainda, que um bom professor observa seus alunos, a fim de 
identificar as suas peculiaridades, necessidades e trabalhá-las. Cerizara (1990, 
p.108) complementa esta ideia, quando ressalta a importância do que o professor 
observa a este respeito, “[...] numa tentativa pedagógica de harmonizar a especifici-
dade da criança com as influências do meio, com as generalidades do desenvolvi-
mento humano” (1990, p.108). 
 De acordo com Cerizara (1990, p.166), a educação deve ter como objetivo o en-
caminhamento do indivíduo, de forma que ele esteja preparado para viver em uma 
nova sociedade, enfrentando a realidade e utilizando sensatamente tanto a razão 
quanto o sentimento, sempre respeitando seu próximo. Visto que o professor é uma 
das figuras mais importantes da vida do indivíduo, pois é com ele que a criança tem 
suas primeiras noções de independência e autonomia, seria ele o principal agente 
desta transformação. 
 
AFETIVIDADE NOS DIAS DE HOJE 
 
 Quando falamos em afetividade e aprendizagem é inegável a importância de Hen-
ri Wallon. Ele, com seus estudos, contribuiu grandemente para o reconhecimento da 
importância da afetividade na vida da criança. Wallon afirma, em suma, que a ex-
pressão emocional, o comportamento e a aprendizagem do ser humano são interde-
pendentes. Mahoney e Almeida (2004, p.14) afirmam, a este respeito: “Em outras 
palavras, o desenvolvimento da criança se constitui no encontro, no entrelaçamento 
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de suas condições orgânicas e de suas condições de existência cotidiana, encrava-
da numa dada sociedade, numa dada cultura, numa dada época”. 
 Assim, percebemos que a teoria de Henri Wallon tinha, entre outros objetivos, va-
lorizar a interação entre indivíduo e meio social, bem como aprofundar a compreen-
são sobre o papel da afetividade na vida psíquica e no processo de ensino-
aprendizagem. 
 Para o educador e médico francês (1954, p. 288): a afetividade é um domínio fun-
cional, cujo desenvolvimento depende da ação de dois fatores: o orgânico e o social. 
Entre esses dois fatores existe uma relação recíproca que impede qualquer tipo de 
determinação no desenvolvimento humano, tanto que a constituição biológica da cri-
ança ao nascer não será a lei única de seu destino. Os seus efeitos podem ser am-
plamente transformados pelas circunstâncias sociais da sua existencia onde a esco-
lha individual está presente. 
Nesse conceito, pode-se dizer que a afetividade constitui uma propriedade 
funcional tão importante para a vida social e emocional de um ser humano que 
demonstra a revelação de carinho ou cuidado que se pode ter com alguém íntimo e 
querido, permitindo assim demonstrar sentimentos e emoções a outro ser, criando 
um laço entre os seres humanos para representar a amizade, o amor e a 
compreensão. 
 A base da teoria de Wallon era a integração afetivo-cognitivo-motora, o que pos-
sibilita uma reconceituação no papel de afetividade na vida psíquica e como esta in-
terfere no processo ensino-aprendizagem. Wallon nos explica que a relação entre a 
personalidade e a emoção é fundamental para o desenvolvimento psicomotor, e que 
o papel da emoção é muito importante no desenvolvimento infantil. A teoria walloni-
ana se embasa na integração afetiva – cognitiva – motora – pessoa. Porém princi-
palmente ao que se denomina conjunto funcional afetividade. Segundo Almeida e 
Mahoney (2007, p.17, p.18), participam os seguintes aspectos do chamado “conjun-
to funcional afetividade”: emoção, sentimento e paixão. Estes três resultam de fato-
res orgânicos e sociais, que correspondem, respectivamente, à ativação fisiológica, 
à ativação representacional e do autocontrole, tendo os seguintes significados: 
 Emoção: é o recurso de ligação entre o mundo físico e cultural. Compõe sistemas 
de atitudes percebidas pela expressão corporal, de forma que são estabelecidos pa-
drões para a alegria, o medo, a tristeza, a raiva etc. A emoção estimula o desenvol-
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vimento cognitivo e incentiva mudanças que tendem a uma diminuição deste senti-
mento. 
 Sentimento: é a expressão representacional da afetividade, não implicando em 
relações diretas como na emoção. O sentimento tende a reprimir, a impor controles 
que quebrem a potência da emoção. O indivíduo adulto tem mais facilidades em ex-
pressá-lo, através da observação, das expressões nas horas oportunas, da tradução 
de seus motivos e circunstâncias. 
 Paixão: revela o aparecimento do autocontrole como condição para dominar uma 
situação. Para isso, configura a situação, o comportamento, de forma a atender às 
necessidades afetivas. 
Nas idéias de Wallon (1954, p.42), “a afetividade seria a primeira forma de 
interação com o meio ambiente e a motivação primeira do movimento [...]. As 
emoções são, também, a base do desenvolvimento do terceiro campo funcional, as 
inteligências”. Wallon baseou as suas ideias em quatro elementos básicos que se 
comunicam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteligêcia e a formação do 
eu como pessoa. 
Para Wallon (1986) “As emoções tem um papel predominante no 
desenvolvimento da pessoa. É por meio delas que o aluno exterioriza seus desejos 
e suas vontades [...]”. Vygotsky (1934, p. 120), delimeou um trajeto histórico sobre o 
tema afetividade afirmando que: 
O desenvolvimento pessoal seria operado em dois níveis: o desenvolvimento 
real ou efetivo e o afetivo referente as conquistas realizadas, e o desenvolvimento 
potencial ou proximal relacionado as capacidades a serem contruídas [...] os 
processos pelos quais o afeto e o intelecto se desenvolvem e estão inteiramente 
enraízados em suas inter-relações e influências mútuas. 
Vygotsky busca esclarecer a mudança das primeiras emoções básicas, para os 
experimentos emocionais superiores, de maneira especial no que se refere à 
questão de os adultos apresentarem uma vida emocional maisapurada do que as 
crianças. Na teoria de Vygotsky emoções nunca deixarão de existir, mas se 
modificam, distanciando-se da sua origem biológica e tornando-se como elemento 
histórico cultural. 
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Sendo assim, os autores Wallon e Vygotsky destacam a íntima relação entre 
afeto e cognição, utilizando suas ideias catalogadas no que diz respeito ao papel 
das emoções, na concepção do caráter e da personalidade. 
Buscando definir o conceito de afetividade, no ponto de vista da pedagogia, 
seguimos com as ideias de Gabriel Chalita (2004, p. 33) que nos mostra: “[...] 
afetividade é ter afeto no preparo, afeto na vida e na criação. Afeto na compreensão 
dos problemas que afligem os pequenos [...]" 
Concluindo as definições de afetividade, é possível abranger a importância dos 
vínculos na vida da criança, um ser que está em pleno desenvolvimento. Observa-se 
que a educação da criança primeiramente começa com a família e depois passa 
para a escola, mostrando que a afetividade sempre estará ligada a educação, seja 
ela na família ou no ambiente escolar. 
 
1.2 – AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
Hoje a educação é a área que mais exige atenção, havendo uma concentração 
maior de preocupação por parte das instituições de ensino, onde a constituição 
garante que é direito de todas as crianças irem à escola e receber acolhimento 
pedagógico de qualidade desde o primeiro ano escolar. Entretando enquanto a 
criança se desenvolve, ela tem no adulto sua referência de aprendizado e 
amadurecimento; sendo assim cabem aos adultos desenvolverem na criança seus 
traços de personalidade passando todo seu aprendizado e conhecimento como um 
ser social do bem, bem como dar atenção, respeito, carinho, dignidade, amor e 
afeto. A educação infantil é considerada o complemento da educação básica, sendo 
o responsável por oferecer a formação e a socialização da criança fora do ambiente 
familiar em seus primeiros passos dados para sua formação, utilizando como base 
de aprendizagem, que será transferida pelo professor em oferecer as condições 
básicas e necessárias para que se sinta protegida e segura no ambiente escolar. 
Lisboa (1998 p. 63), posiciona-se a respeito desse assunto dizendo que: 
 
[...] as creches e escolas são de grande importância para desenvolvimento cognitivo e 
emocional das crianças [...]. Nesses locais, elas têm de aprender a brincar com as 
outras, respeitarem limites, controlar a agressividade, relacionar-se com o adulto e 
aprender sobre si mesma e seus amigos, tarefa estas de natureza emocional [...] 
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fundamental para as crianças menores de seis anos é que elas sintam importantes, 
livres e queridas. Lisboa (1998 p. 63). 
 
Na educação infantil a aprendizagem está imensamente ligada a vida afetiva 
da criança, cabe a escola não enfraquecer essa vida afetiva, mas contribuir para o 
fortalecimento e ampliação do ambiente sócio afetivo na formação dos pequenos 
estudantes. Nesse seguimento, as instituições de Educação Infantil, agregando as 
funções de educar e cuidar, se compromentendo em auxiliar para o melhor 
desenvolvimento integral da criança no seu aspecto intelectual, físico, social e 
afetivo, vindo a complementar o ser da criança, inserindo a capacidade de aprender 
a conviver consigo mesma, e com seus semelhantes, no ambiente em que vive de 
forma articulada e gradual. 
O ato de educar e o de cuidar na educação das crianças de 0 a 6 anos 
podendo ser incluso como um momento único e sequencial que está recomendado 
pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases Nacional 9394/96) onde regulmenta a educação 
de modo geral, que a educação infantil determina como a primeira etapa da 
educação básica. 
Segundo a LDB 9394/96, no artigo 29, preconiza-se que: 
 
A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o 
desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, 
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da 
comunidade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
 
Podemos assegurar que a educação infantil tem como objetivo cooperar para a 
formação integral da criança de maneira lúdica e afetiva, com a inclusão da 
educação infantil na educação básica, obtendo primeira etapa e o reconhecimento 
que a educação iniciar-se nos primeiros anos de vida é essencial para a realização 
de sua finalidade, assegurada também pelo art. 22, ainda da LDB que diz: “A 
educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a 
formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios 
para progredir no trabalho e nos estudos posteriores.” 
A escola de educação infantil é fundamental para a vida dos pequenos, é neste 
ambiente que as crianças se abrangem nas relações morais e éticas que compõe a 
sociedade na qual estão inseridas. É no momento dessa fase que acontece a 
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formação de hábitos, costumes e valores que constroem os alicerces da 
personalidade, que precisam estar baseadas na afetividade. 
Segundo Wallon (1979), na pré-escola: Cabe o papel de preparar a 
emancipação da criança e reduzir a influência exclusiva da família e promover o seu 
encontro com outra criança da mesma idade. 
Nas ideias de Wallon, posso dizer que compete a escola expandir e gerar um 
espaço sócio afetivo e saudável para as crianças, gerando uma socialização de 
forma ampliada do convívio dos pequenos. Sua Teoria da Afetividade, nos serve 
para questionar qualquer forma de ensino que não leve em consideração a 
compleição afetiva, social e política da educação, onde “todas as crianças, sejam 
quais forem suas origens familiares, sociais, étnicas, tem direito igual ao 
desenvolvimento máximo que sua personalidade comporta. Elas não devem ter 
outra limitação além de suas aptidões” (LAKOMY, 2003 p. 60). 
A aprendizagem, portanto, deve ser imbuída de interações sociais, trocas e 
formação de vínculos, intermediados pela compreensão do papel da afetividade e 
suas implicações. Isso pressupõe uma educação orientada para o desenvolvimento 
afetivo, social e intelectual de forma integrada, capaz de gerar processos que, criem 
mecanismos de compreensão, aceitação, negação, assimilação, defesa ou 
administração das sensações e sentimentos desencadeados. 
Para Wallon, professores e alunos são mutuamente afetados no processo de 
formação, onde desenvolvimento cognitivo é, também, ampliação dos afetos e da 
capacidade de expressar sentimentos. O desafio do afeto é compartilhado entre 
todos os sujeitos, no ambiente escolar. 
Em tempos tão desafiadores, acalenta saber que a manifestação da afetividade 
forja a inteligência. E que a inteligência é expressão de seres afetivos. As 
contribuições de Wallon nos mantém mobilizados pela generosidade de nossas 
disposições afetivas; conteúdo indispensável que nos humaniza. 
O Ministério da Educação e a Secretaria de ensino Fundamental em 1988, 
publicou o Referencial Nacional Curricular para a Educação Infantil, mostrando um 
avanço na busca de metas para a educação das crianças nas creches, pré-escolas 
e instituições semelhantes. Onde a leitura é obrigatória de forma direta ou indireta, 
estando ligado ao primeiro passo da Educação Básica, uma vez que se trata de um 
documento que expressa com nitidez os princípios da Educação Infantil, que 
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precisam estar ligados aos aspectos afetivos. A afetividade desses princípios com as 
diversas áreas do desenvolvimento infantil pode ser melhor compreendida 
aproveitando uma leitura mais detalhada dos Parâmetros Curriculares Nacionais 
para a Educação Infantil. 
Para Wallon (1995), a criança na pré-escola; [...] atribui a emoção como os 
sentimentos, desejos e manifestações da vida afetiva, demostra os sentimentos 
como um papel fundamental no processo de desenolvimento humano. Essas 
emoções para Wallon, tem um papelprincipal para o desenvolvimento do ser 
humano. É através delas que a criança mostra suas vontades e desejos, destacando 
que a afetividade é um dos elementos fundamentais para o desenvolver do ser 
humano. Assim podemos perceber que a afetividade e a cognição são essenciais. 
Piaget diz que não existe estados afetivos sem elementos cognitivos, assim como 
não existem, comportamentos puramente cognitivos. 
Na esfera da educação infantil, é preciso existir a inter-relação do professor 
com os seus alunos em grupo, e com cada um em particular a cada momento, 
utilizando o tempo, na sala, nos corredores ou nos passeios escolares, com a função 
desse vínculo afetivo que se tem a interação com os objetos e contruindo um 
conhecimento bastante envolvente. 
Segundo afirma Saltini (1997,p. 89) “essa inter-relação é o fio condutor, o 
suporte afetivo do conhecimento.” O referido autor complementa: “Neste caso, o 
educador serve de continente para a criança”. Poderíamos dizer portanto que: O 
continente é o espaço onde podemos depositar nossas pequenas construções e 
onde elas tomam um sentido, um peso e um respeito, enfim, onde elas são 
acolhidas e valorizadas, tal qual um útero acolhe um embrião. (SALTINI, 1977, p. 
89). 
Entretanto não restam dúvidas de que se torna indispensável o aspecto de um 
professor que tenha a plena convicção de sua importância, não apenas como um 
mero conhecedor da realidade atual, mas sim como um influente transformador, 
tendo uma visão sócio crítica da realidade, acolhendo assim seu aluno. 
Assim quando a criança vai para seu primeiro dia de aula, ela precisa ser muito 
bem recepcionada, pois é nesse momento que um pequeno rompimento do seu 
ambiente familiar para iniciar uma nova etapa, deverá ser agradável, para que exista 
um reforço da situação. Quando a criança percebe que o professor gosta dela, e 
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exibe algumas qualidades como: dedicação, vontade de ajudar, atitude democrática, 
e principalmente paciência, facilita a aprendizagem. Ao notar os gostos da criança o 
professor aproveita ao máximo suas capacidades e a estimula para o ensino. Ao 
oposto, utilizando autoritarismo, inimizade e desinteresse que pode levar o aluno a 
perder a motivação e a vontade de aprender, já que estes sentimentos são 
consequência de antipatia por parte dos alunos, que por fim agregarão ao professor 
a disciplina, tendo assim pontos totalmente negativos para ambos. 
Em um comentário de Chardelli (2002) a todo momento, a escola recebe 
crianças com auto estima baixa, tristeza, dificuldades em aprender ou em se 
entrosar com os coleguinhas e as rotulamos de complicadas, sem limites ou sem 
educação e não nos colocamos diante delas a seu favor, não compactuamos e nem 
nos aliamos a elas, não as tocamos e muito menos conseguimos entender o 
verdadeiro motivo que as deixou assim. A escola facilita o papel da educação nos 
tempos atuais, que seria construir pessoas plenas, priorizando o ser e não o ter, 
levando o aluno a ser crítico e construir seu caminho. Saltini também comenta a 
questão da manutenção da serenidade por parte do educador e da criança. Assim 
explica o autor: 
 
A serenidade e a paciência do educador mesmo em situações difíceis fazem parte da 
paz que a criança necessita. Observar a ansiedade, a perda de controle e a 
instabilidade de humor, vai assegurar à criança ser o continente de seus próprios 
conflitos e raivas, sem explodir, elaborando-os sozinha ou em conjunto com o 
educador. A serenidade faz parte do conjunto de sensações e percepções que 
garantem a elaboração de nossas raivas e conflitos. “Ela conduz ao conhecimento do 
si mesmo, tanto do educador quando da criança”. (SALTINI, 1997, p. 91). 
 
 Também ao entender Saltini (1997,p. 90), é preciso 
 
[...] encorajar a criança a descobrir e inventar, sem ensinar ou dar conceitos prontos. 
A resposta pronta só deve ser dada quando a pergunta da criança focaliza um ato 
social arbitrário (funções do objeto cotidiano). Manter-se atento à série de 
descobertas que as crianças vão fazendo, dando-lhes o máximo de possibilidades 
para isso. Dar atenção a cada uma delas, encorajando-as a construir e a se conhecer. 
Dar maior incentivo à pergunta que à resposta. Sempre buscando no grupo a 
resposta o professor procurará sistematizar e coordenar as ideias emergentes. A 
relação que se estabelece com o grupo como um todo e a pessoal com cada criança 
é diferenciada em todos os seus aspectos quantitativos e cognitivos respeitando-se a 
maturidade de seu pensamento e a individualidade. [...] 
 
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Assim quando ocorrem explosões de raiva, o educador precisa ter bastante 
habilidade, para quando for necessário manter uma conversa com a criança, em que 
se possa mostrar o que está acontecendo, utilizando o silêncio e o corpo, para 
abraçar quando ela assim o aceitar, e compartilhar com os outros alunos, os 
sentimentos que estão sendo demonstrados. 
O papel da afetividade na educação infantil seria como uma fonte de energia na 
cognição, aproveitaria para o funcionamento no desenvolver da criança. Podendo 
dizer que a afetividade na educação infantil coopera para o sucesso na ação de 
ensino-aprendizagem, onde a afetividade e a cognição são aspectos paralelos, onde 
estão ligados, e influenciam pela socialização, através da escola, família e 
sociedade, pois é muito importante para a formação de pessoas felizes. Idealizando 
a afetividade como um reconhecimento construído através das vivencias, que 
configura como dever da escola, do professor e da família, a tarefa de despertar na 
criança as potencialidades do coração. 
 
1.3 - AFETIVIDADE E COGNIÇÃO 
 
 Ao contemplar a educação formal, iniciada na Educação Infantil, que principia a 
vivência escolar e introduz o conhecimento curricular estruturado, conhecimento es-
se intimamente ligado à afetividade, como afirma a autora Ellen White: “A educação 
formal desperta para o conhecimento de mundo, contudo, ao observar a fonte e ob-
jetivo da verdadeira educação” (WHITE, Educação, 2008). É possível perceber a ne-
cessidade de ideias mais amplas e de cunho elevado, conforme afirma a autora no 
livro Educação: “A verdadeira educação significa mais do que avançar em certo cur-
so de estudos. É muito mais do que a preparação para a vida presente. Tem em vis-
ta o ser todo, durante toda a vida. É o desenvolvimento harmonioso das faculdades 
físicas, intelectuais e espirituais. (WHITE, Educação, 2008, p. 5).” 
 Para White, a criança (como qualquer ser humano) desenvolve-se integralmente, 
com todos os aspectos que a compõem. É improvável, portanto, afirmar que exista 
dificuldade de aprendizagem puramente cognitiva ou afetiva. O que ocorre em geral 
é o direcionamento afetivo positivo ou negativo no sistema de construção de conhe-
cimentos ligados a certos conteúdos. 
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 Henri Wallon fundamentou sua pesquisa sobre a psicogênese da pessoa comple-
ta, considerada em seus aspectos afetivo, cognitivo e motor. Estudando a afetivida-
de e as emoções no decorrer do desenvolvimento, conseguiu identificar as primeiras 
manifestações afetivas do ser humano e suas principais características. 
 Como outros estudiosos, Wallon valorizou a afetividade e a cognição no desen-
volvimento do ser humano, reforçando a importância delas. Assim, a atuação peda-
gógica no contexto escolar pode se apropriar da investigação sobre a relação da cri-
ança com o conhecimento. Se existem sentimentos que conduzem ao compreender 
melhor ou não cada eixo e seus objetivos de aprendizagem, deve haver constante 
análise docente, com o intuito de despertar interesses nas crianças, que mobilizem 
os pequenos para o aprender. Para tanto, é necessário conhecer como se processa 
o pensamento infantil, suas fases e seu desenvolvimento. 
O cognitivo remete à aquisição de conhecimento (cognição), envolvendo 
fatores diversos como o pensamento, alinguagem, a percepção, a memória e o 
raciocínio, que fazem parte do desenvolvimento intelectual. Mas a cognição é mais 
do que simplesmente a aquisição de sapiência, é uma forma de ser e de se 
modificar internamente. São processo e produto pelo qual os homens influenciam-se 
mútua e reciprocamente entre si e atuam no contexto social em que atuam, gerando 
uma memória que tem como material a informação do meio em que o sujeito vive. A 
afetividade relaciona-se com o sentimento, e está envolvida em todos os 
acontecimentos de vida humana. Relaciona-se com as emoções que o sujeito 
experimenta em relação a si e a outros seres e objetos. As pessoas criam laços 
afetivos com elas mesmas, com os outros e com seres irracionais, uma vez que os 
animais também são afetivos. Neste sentido, a afetividade tem um papel essencial, 
na construção do intelecto do homem, porque está presente em toda a existência, 
sempre articulada ao processo cognitivo. A Psicologia define a afetividade como 
eficácia individual de experienciar o conjunto de acontecimentos afetivos, tais como: 
emoções, paixões, e sentimentos como dor, alegria, tristeza ou raiva. É preciso olhar 
para a prática pedagógica, vendo o sujeito como um ser intelectual e afetivo, capaz 
de reconhecer a afetividade como parte que lhe complementa num movimento que 
implica saberes, conhecimento sobre si e sobre o outro. 
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Wallon entende que o homem é resultado de influências sociais e fisiológicas, 
sendo os dois aspectos — orgânico e social — fundamentais para o desenvolvimen-
to e especialmente dependentes do contexto sociocultural. 
Assim como Piaget, Wallon divide o desenvolvimento em cinco estágios que de-
vem ser levados em conta, em suas especificidades, no processo de aprendizagem, 
sendo eles: 
1º estágio — Impulsivo-Emocional (0 a 1 ano): predominantemente afetivo, onde o 
sujeito se expressa por meio de movimentos corporais, do contato corporal e do to-
que. O aprendizado demanda uma presença e uma qualidade de troca corporal in-
tensa, que passa pelo tato, pelo toque e pela segurança do embalo. É a partir da fu-
são com o outro que a criança interage com o meio ambiente, participa, se familiari-
za e aprende sobre o mundo que a cerca. 
2º estágio — Sensório-Motor e Projetivo (1 a 3 anos): neste estágio, se estabele-
ce uma relação intensa com os objetos através do contato e se inicia a indagação 
persistente sobre o que eles são, seus nomes e como funcionam. O processo de 
ensino-aprendizagem nesta fase solicita disposição do educador em oferecer situa-
ções e espaços diversificados para que os alunos possam entrar em contato com 
diversos objetos e vivências, facilitando o processo de diferenciação em relação a 
cada um deles. 
3º estágio — Personalismo (3 a 6 anos): a criança começa a se descobrir diferen-
te das outras e dos adultos. A diferenciação se dá entre a criança e o outro. Neste 
estágio, é importante que ela entre em contato com atividades que possibilitem o 
exercício da escolha e com crianças de outras idades. O importante neste estágio é 
reconhecer e respeitar as diferenças que começam a surgir, inclusive valorizando e 
dando oportunidade de expressão a estas diferenças. 
4º estágio — Categorial (6 a 11 anos): aqui ocorre a diferenciação mais intensa e 
nítida entre o eu e o outro, o que fornece a estabilidade necessária para a explora-
ção das diferenças e semelhanças entre objetos, imagens, conceitos e ideias. Nesta 
fase, é importante tanto levar em consideração o que o aluno já sabe como diagnos-
ticar o que ele precisa saber para dominar certas ideias. A descoberta do mundo de-
penderá das experiências a que terá acesso e que favoreçam ou não o desenvolvi-
mento de sentimentos e valores que auxiliem a continuidade e ampliação destas 
descobertas. 
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5º estágio — Puberdade e Adolescência (11 anos em diante): a partir dos 11 
anos, se delimita, de maneira mais clara e precisa, o reconhecimento da singulari-
dade e autonomia do sujeito, com valores e sentimentos próprios, mediante ações 
de confronto e autoafirmação. O processo ensino-aprendizagem deve primar pela 
criação de espaços e construção de vivências que permitam a expressão e discus-
são das diferenças e das descobertas, levando em consideração a necessidade de 
afirmação de relações solidárias, baseadas no respeito mútuo. 
Na hipótese de Jean Piaget, o desenvolver intelectual é considerado por ter dois 
elementos: o cognitivo e o afetivo. Colateral ao desenvolvimento cognitivo está o de-
senvolvimento afetivo. Afeto inclui desejos, sentimentos, tendências, intereses, valo-
res e emoções de um modo geral. 
O conceito de cognitivo é uma expressão que está relacionada com o processo 
de aquisição de conhecimento (cognição). A cognição envolve fatores diversos como 
o pensamento, a linguagem, a percepção, a memória, raciocínio etc., que fazem par-
te do desevolvimento intelectual. A psicologia cognitiva está ligada aos estudos dos 
processos mentais que influenciam o comportamento de cada indivíduo e o desen-
volvimento cognitivo (intelectual). Ainda falando de Piaget, para ele a atividade inte-
lectual está ligada ao funcionamento do próprio organismo, ao desenvolvimento bio-
lógico de cada pessoa, já o conceito de afetividade é um termo que deriva da pala-
vra afeto, designa a qualidade que abrange todos os fenômenos afetivos. No âmbito 
da psicologia, afetividade é a capacidade individual de experimentar o conjunto de 
fenômenos afetivos (tendências, emções, paixões, sentimentos). A afetividade con-
siste na força exercida por esses fenômenos no caráter de um indivíduo. Tem um 
papel crucial no processo de aprendizagem do ser humano, porque está presente 
em todas as áreas da vida, influenciando profundamente o crescimento cognitivo. A 
afetividade potencia o ser humano a revelar os seus sentimentos em relação a ou-
tros seres e objetos. Graças à afetividade, as pessoas conseguem criar laços de 
amizade entre elas e até mesmo com animais irracionais, isto porque os animais ta-
mém são capazes de demonstrar afetividade uns com os outros e com os seres hu-
manos. As relações e laços criados pela afetividade não são baseados somente em 
sentimentos, mas também em atitudes. 
 
 
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1.4 – FAMÍLIA E ESCOLA NA VIDA DA CRIANÇA 
 
 O convívio familiar tem que estar estruturado e unido por laços afetivos, com 
muito zelo, respeito, segurança e amor. Segundo Chalita (2001, p. 23), “A família 
tem como função primordial a proteção, tendo sobretudo, potencialidades para dar 
apoio emocional para a resolução de problemas e conflitos [...]” 
Posso dizer que a família tem o papel primordial de delinear o emocional da 
criança, e ir preparando ela para os primeiros anos escolares, pois o ciclo familiar 
em que está inserida é o seu primeiro método de aprendizagem. O papel da família 
está vinculado aos cuidados e a proteção, e também a dar todo apoio e auxílio no 
método de escolrização, para que as crianças venham ser capazes de construir 
vínculos afetivos para beneficiamento e evolução. 
O professor que atua na área infantil tem que estar consciente da sua função e 
o seu valor nesse método, juntamente com o apoio dos pais. Sendo assim os 
docentes tem papel muito importante pelo encorajamento ao crescimento e 
desenvolvimento integral dos pequenos. Para conviver com crianças na educação 
infantil, o professor precisa estar compassivo aos seus sentimentos, pois precisa ser 
capaz de poder lidar com circunstâncias que exijam compreensão, paciência e 
técnica, utilizando capacidades para momentos inesperados que solicitam ter 
habilidade e criatividade, entretanto, deve sempre utilizar seu conhecimento e a sua 
sociabilidade unidas a aspectos afetivos, para o apoio do aluno e o conforto dos 
familiares. 
Nos segmentos das ideias de Chalita, o docente de educação infantilprecisa 
ter: 
 
[...] luz própria e caminhar com pés próprios. Não é possível que ele pregue a 
autonomia sem ser autônomo; que fale de liberdade sem experimentar a conquista da 
independência que é saber, que ele queira que seu aluno seja feliz, sem demonstrar 
afeto. E para que possa transmitir afeto é preciso que sinta afeto, que viva o afeto. 
Ninguém dá o que não tem. 
 
O amor e o afeto tornam-se ferramentas indispensáveis para o ensino e 
valorização da criança para a educação. Acredito em um ensino mais sensível, que 
abrace uma pedagogia da dedicação utilizando o amor como base, para que venha 
entusiasmar as famílias e as escolas, onde beneficie seus novos conhecimentos, 
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entre desafios e realizações, através do amor levando o professor e os pequenos a 
se desenvolverem por meio da afetividade. 
 Segundo Ivan Capelatto (2016, p. 59): 
 
[...] a escola, na verdade, é o quintal da casa. A escola não complementa a educação, 
a escola dá a educação formal, mas tem de manter as mesmas características de 
casa. Pensemos no significado de uma professora de maternal para uma criança. Ela 
tem de ter características de mãe, tem de cuidar maternalmente, tem de fazer uma 
maternagem, senão, torna-se extremamente árida e a criança vai começar a 
desobedecer, a agredir a escola, porque sente que tudoo que não é afeto tem de ser 
destruído. 
 
 
 No conceito de Augusto Cury (2003, p. 72): “Ser um mestre inesquecível é formar 
seres humanos que farão a diferença no mundo”. Um professor que planta uma se-
mente no seu aluno e que marca esse aluno, fará com que ele leve consigo para o 
resto da sua vida, tomando–o como exemplo o seu mestre e passando adiante em 
diversas situações, mostrando tudo aquilo que ele absorveu lá atras. E é nesse 
segmento que o professor deve se basear, dando o melhor de si, se entregando, e 
cada vez mais plantando as melhores sementes em seus alunos para que eles sir-
vam de alicerces para as novas gerações. 
 Segundo o disposto na Constituição Federal, 
 
 A educação é um direito de todos, bem como dever do Estado e da própria família, de -
 vendo ser promovida e incentivada com a colaboração de toda a sociedade, para o de -
 senvolvimento pleno da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualifi-
 cação para o trabalho (CF, art. 205). 
 
 Sendo que é competência privativa da União legislar sobre diretrizes e bases da 
Educação Nacional, consoante o disposto no artigo 22, XXIV, do texto constitucional. 
 Observando a definição de que a educação, “[...] é um direito de todos e dever do 
Estado e da Família” (BRASIL, 1988), vê-se que a Lei Maior procura registrar em 
seu texto, a garantia de que as instituições ligadas ao ato educacional – poder públi-
co (União, Estado e Municípios) e a família – têm a corresponsabilidade social de 
inserir e cuidar da educação de seus membros. 
 A família não é o único canal pelo qual se pode tratar a questão da socialização, 
mas é, sem dúvida, um âmbito privilegiado, uma vez que este tende a ser o primeiro 
grupo responsável pela tarefa socializadora. A família constitui uma das mediações 
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entre o homem e a sociedade. A família não só interioriza aspectos ideológicos do-
minantes na sociedade, como projeta, ainda, em outros grupos os modelos de rela-
ção criados e recriados dentro do próprio grupo. (CARVALHO, M.B., 2006, p.90). 
 Compreende-se que, o papel a ser exercido pela escola, ultrapassa o ensino pe-
dagógico presencial da sala de aula, e o da família, vai muito além do simples sus-
tento (alimentação, moradia, vestuário etc.) para com os filhos que a frequentam. 
 Diante de tais defesas, a análise da ligação entre as instituições, escola e família, 
paralelamente às diferenciações existentes entre elas, ou seja, os pontos relevantes 
considerados as peculiaridades e as transformações histórico-sociais, abrem espaço 
para questões a respeito de qual seria a real e atual relação existente entre elas, 
bem como estaria se dando tal relacionamento na contemporaneidade. 
 A família é o principal espaço de referência, proteção e socialização dos indiví-
duos, independente da forma como se apresenta na sociedade. Ela exerce uma 
grande força na formação de valores culturais, éticos, morais e espirituais, que vêm 
sendo transmitidos de geração em geração. 
 Tais valores vivenciados no ambiente familiar contribuem significativamente para 
a formação do caráter da criança, para a sua socialização e para o aprendizado es-
colar. Na sociedade atual, é cada vez mais significativa a participação dos pais na 
formação e na educação de seus filhos. 
 
 
 
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CAPÍTULO II – MÉTODO 
Na procura de envolver o tema: a importâciada afetividade para uma educação 
infantil de qualidade, mencionei no decorrer desse texto os principais teóricos 
clássicos da educação, destacando a importância na metodologia de ensino e 
aprendizagem. Wallon, Vygotsky e Piaget, destacam em suas hipóteses a relação 
entre o afeto e a cognição, no que se pronuncia o papel das emoções para o 
desenvolvimento e construção da criança. 
Essas abordagens formam um conjunto de temas que irão contribuir na 
valorização da afetividade, que sempre deve estar vinculada à educação infantil, 
através do afeto e das emoções na vida dos pequeninos, em especial diferenciando 
o papel do professor de educação infantil. 
Sendo asism, o atual trabalho tem como objetivo buscar as principais obras 
educacionais e pedagógicas, citações teóricas a respeito do tema no processo de 
desenvolvimento e aprendizagem infantil, selecionando contribuições positivas da 
relação afetiva entre professor e aluno para o processo de aprendizagem escolar. 
Essa pesquisa teve por etapas o desenvolvimento do tema a partir de meu 
estágio em educação infantil realizado nos anos de 2018 a 2020, pesquisas na 
internet, seguidas de leitura para o embasamento teórico, e criação do texto para o 
trabalho, biblioteca online UNIP, e também o download em sites de acervo de livros 
gratuitos. Teve em média três meses de realização. 
 
 
 
 
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CAPÍTULO III – ANÁLISE E DISCUSSÃO 
A análise estudada teve como proposta elucidar e aprofundar o tema afetivida-
de, acerca de fundamentos teóricos. Pode-se observar no trabalho a verdadeira 
afirmativa feita pelo suíço Jean Piaget, que não há estados afetivos puros, sem ele-
mentos cognitivos, e que também não há atividade intelectual sem afetos que a de-
sencadeiem. 
Tanto na Teoria de Piaget – Construtivismo, no Sócio-interacionismo de 
Vygotsky como na Teoria de Wallon, as interações – com objetos, pessoas, com o 
meio -, são imprescindíveis para o desenvolvimento do ser humano. Se a inteligên-
cia se desenvolve é porque a criança e o adulto têm necessidade, isto é, interesse 
em conhecer certos objetos e assim refletir sobre eles. 
Para Piaget, “a inteligência humana somente se desenvolve no indivíduo em 
função de interações sociais que são, em geral, demasiadamente negligenciadas” 
(LA TAILLE, 1992 p.11). 
Para Vygotsky, “a história da sociedade e o desenvolvimento humano cami-
nham juntos’, sendo o conhecimento internalizado e transformado pela criança atra-
vés da sua interação ou trocas sociais com as pessoas que a rodeiam. (LAKOMY, 
2003 p.38). 
Para esses autores, assim como para Wallon, a afetividade é elemento intrín-
seco do processo de desenvolvimento, mais especificamente da aprendizagem, o 
que acontece não só na escola, mas na família, na rua, nos momentos de diversão. 
O ser humano é movido pela afetividade, tanto na sua forma positiva quanto na 
negativa, ou seja, um elogio lhe afeta positivamente, enquanto uma reprimenda ou 
crítica lhe afeta negativamente, sendo que, nos dois casos, a afetividade opera co-
mo elemento de desenvolvimento no sentido de criar mecanismos de compreensão, 
aceitação, defesa ouadministração das sensações desencadeadas. 
Constata-se que o conhecimento e as estruturas cognitivas estabelecem senti-
do entre si. Outro aspecto da relação entre as dimensões afetivas e intelectuais é o 
fato de o desenvolvimento de uma depender da outra. 
Diante da análise apresentada pode-se afirmar que as hipóteses e objetivos 
propostos no início do trabalho foram alcançados. Por um lado, pode-se observar a 
riqueza de investigações acerca do tema elucidado pelos teóricos, que buscam in-
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cessantemente ressaltar o papel preponderante e o reconhecimento da afetividade 
na área da Educação Infantil. 
Os objetivos norteadores do trabalho mantiveram-se em plena expressão. Por 
outro lado, deve-se reconhecer que a dimensão afetiva também recebe influência 
dos avanços da inteligência e da sofisticação para a ampliação e investigação de 
seus estudos. A construção dos conhecimentos, apontados pelos teóricos, pressu-
põem um sujeito ativo, que participa de maneira intensa e reflexiva, que possuem 
condições afetivas e cognitivas para representar suas formas de expressões em ati-
vidades, com amplo conhecimento em sala de aula, assim verificadas pelos profes-
sores. 
O ser humano constrói sua inteligência, sua identidade, seus valores, seus afe-
tos pela interação estabelecida com seus pais, com seus professores, e com a cultu-
ra que permeia seu entorno, na própria realidade cotidiana em que vive, seja por 
gestos ou diálogo. 
O levantamento bibliográfico realizado aponta para caminhos que visam a reso-
lução de conflitos e aprendizagem emocional, ressaltam com clareza que a afetivi-
dade e a cognição estão mutuamente envolvidas. Ao realizar este trabalho espero 
ter contribuído de forma significativa para os estudos posteriores, sobre as relações 
entre afetividade e desenvolvimento cognitivo com crianças da Educação Infantil. 
Mas principalmente espero ter reacendido o interesse pela investigação da afetivi-
dade, tal como a proposta do trabalho, e que futuramente possa contribuir de forma 
significativa para a ampliação e desenvolvimento de novos projetos a respeito do 
desenvolvimento afetivo-cognitivo dos indivíduos. 
Concluo que a afetividade existente em todos nós deve ser valorizada e inseri-
da em nossas ações do cotidiano, para que possamos aprender a agir e interferir 
com razão e emoção, ponderosamente em nossas atitudes mais simples e rotinei-
ras, buscando assim, um preenchimento completo das nossas necessidades vitais, 
procurando cada vez mais ser um ser consciente e completo em nossas ações. 
 
 
 
 
 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O afeto é um dos principais fatores que contribuem para o aperfeiçoamento do 
método de ensino aprendizagem. Assim, o tema “ A importância da afetividade para 
uma educação infantil de qualidade” apresenta extrema importância na área 
educacional, considerando que a afetividade impulsiona a aptidão de aumentar o 
conhecimento voltado para conhecer e o aprender, de forma que os vínculos afetivos 
e aprendizados vão estabelecer as trocas a partir das interações entre o meio e o 
sujeito. 
 Então, que caminhos poderiam ser percorridos com vistas a propiciar um me-
lhor desenvolvimento cognitivo e afetivo? Uma melhor aprendizagem? Trocas entre 
os educadores são fundamentais. Aqui considero educadores todos os agentes en-
volvidos no processo de ensino–aprendizagem no qual a criança é personagem 
principal, e que envolve amplamente a cognição e a afetividade, com participação 
ativa dos pais, responsáveis, professores ou outros que participem da vivência infan-
til. Assegurar que todos estejam inteirados das ações praticadas é garantir condi-
ções de melhor desenvolvimento para o educando. 
 Para potencializar esse desenvolvimento, cotidianamente, faz-se necessário 
problematizar situações nas quais a criança seja capaz de buscar soluções por si. 
Isso implica criar, manter e fomentar a comunicação para que os pequenos possam 
progredir em suas descobertas, a ponto de se aproximar da atividade de forma afeti-
va e aprender com ela o conhecimento (SILVEIRA, 2001). 
 Ainda é preciso compreender que conhecer é tarefa complexa, implica apren-
der, sim, mas não determina o correto e o incorreto; esses conceitos serão formados 
a partir do que a criança vive, mediante sua afetividade e cognição. “[…] a afetivida-
de está presente em qualquer atividade, por isso deve-se considerar o cognitivo e o 
afetivo” (DOLLE CAMARGO, 1997) sempre. 
 Questionamentos, brincadeiras, atividades dialogadas são boas possibilidades 
para a motivação e o envolvimento das crianças na Educação Infantil. Policiar-se pa-
ra não fornecer respostas prontas antes de haver tentativas dos pequenos é algo a 
ser aprendido também. Muitas vezes, enquanto educadores, reproduzimos o que 
vivenciamos enquanto alunos, e não se propicia tempo para que os educandos se 
envolvam com as problematizações e elaborem suas respostas. 
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 Na verdade, seja criança ou adulto, todos necessitam do elo entre a cognição e a 
afetividade em suas aprendizagens, portanto, busquemos propiciar mais situações 
que envolvam os sentimentos e as emoções. Desse modo, haverá melhor desenvol-
vimento da cognição e, consequentemente, melhor aprendizagem. 
 Compreendemos que o sentido da aprendizagem é exclusivo e particular na vida 
de cada ser humano, por isso, o desenvolver-se da aprendizagem é um processo 
continuado, e a afetividade é desempenho indispensável na formação da criança, 
uma vez que um ensino que deixe de abordar o sentimento (aspectos afetivos) em 
uma sala de aula e na família pode gerar danos incontáveis no desenvolver cognitivo 
da criança. 
 Não menos importante, é estabelecer um laço entre escola e família para a evolu-
ção da criança, é preciso que a criança sinta na escola um lugar onde ela encontre 
apoio, carinho, incentivo e que usem métodos para desenvolver habilidades, senti-
mentos e capacidades. Quede pequeno contrua um caminho para o saber, e que os 
pais em casa deem sequência ao trabalho feito na escola, é fundamental o apoio de 
todos fazendo com que a criança se sinta mais segura para expandir sua autoestima 
e suas habilidades adiquiridas ao decorrer do tempo. 
 Sendo assim, a criança consegue ter um desenvolvimento saudável e adequado 
dentro do espaço escolar, e consequentemente no sicial. É importante que haja um 
contato de relações interpessoais positivas, com aceitação, possibilitando assim o 
sucesso dos objetivos educativos. 
 No papel de educadores, precisamos estar atentos ao fato de que enquanto não 
dermos atenção ao fator afetivo na relação professor-aluno, podemos correr o risco 
de estarmos só atuando com a construção do real, do conhecimento, deixando de 
lado o trabalho da coordenação do próprio sujeito, que abrange valores e o seu pró-
prio caráter, primordial para o desenvolvimento integral. 
 Portanto, a família e o professor, como educadores que são, precisam entender 
que tem uma grande missão, que é formar um ser humano, e isso tão somente ocor-
rerá como fruto do amor e da afetividade que será responsável por fazer brotar um 
verdadeiro ser humano no mundo. O afeto e o amor são a solução para uma educa-
ção melhor, acreditamos em uma educação mais humana, vindo a adotar uma pe-
dagogia do amor, da paciencia e da compreensão, tendo a competência de influen-
ciar nossas próprias vidas, as famílias, as escolas e, especialmente nas salas de au-
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la; abrindo caminhos para novos horizontes, conhecimentos, desafios e conquistas, 
um trabalho realizado em uma fonrte parceria entre família e escola, voltado total-
mente para o afeto, que tenha como objetivo o desenvolvimento integral da criança a 
partir dos laços trabalhados na afetividade. 
A afetividade para uma educação infantil de qualidade tem como alvo contribuir 
para o desenvolvimentointegral da criança, de forma afetiva e lúdica, entendendo 
que a integração entre afetividade e cognição é essencial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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