Buscar

AULA 8 - PLANOS-GUIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

BÁRBARA MOURELHE – ODONTOLOGIA UFPE 
 
PLANOS E COROAS-GUIA 
O desenho é a representação gráfica da armação metálica 
previamente planejada mentalmente. Pode ser considerado 
como um projeto de construção das PPRs. Após o preparo de 
boca específico, obtêm-se dois modelos. O primeiro, 
denominado "modelo de trabalho", será utilizado para a 
confecção da armação metálica. O segundo modelo, cópia do 
primeiro, será utilizado para a confecção do desenho da 
estrutura metálica. 
Durante o delineamento do modelo de estudo, devemos 
identificar a necessidade de recompor as superfícies axiais dos 
dentes pilares para obter uma trajetória única de inserção e 
remoção das próteses parciais removíveis. Por isso, para a 
confecção da PPR realizar o preparo dos dentes pilares. 
OBJETIVOS DO PREPARO DOS DENTES PILARES 
• Transmitir corretamente as forças mastigatórias; 
• Proporcionar uma única trajetória de inserção e remoção 
da PPR; 
• Obtenção de retenção adequada das próteses; 
• Estabilidade dos dentes de suporte; 
• Longevidade do trabalho reabilitador. 
A trajetória de inserção deve ser transferida para ambos 
modelos, assim como os dois devem ser delineados. Todas as 
informações necessárias ao técnico de laboratório a respeito de 
detalhes do planejamento devem estar contidas no desenho. 
Desta forma, ele deve ser o mais preciso possível. Os elementos 
constituintes da PPR devem ter forma, volume e posição 
exatos. Com o desenho nestas condições, pode-se almejar do 
técnico, um trabalho mais delicado e preciso. 
FATORES DETERMINANTES NA TRAJETÓRIA DE 
INSERÇÃO E REMOÇÃO DAS PRÓTESES 
• Planos-guia; 
• Áreas retentivas; 
• Interferências (ósseas, mucosas ou dentárias); 
• Estética (espaços anteriores). 
 
PLANOS GUIA: Guiam a prótese a sua inserção e retirada, 
dando uma superfície de contato friccional, resultando em 
maior estabilidade da prótese e do dente. 
OBSERVAÇÃO 
Toda retenção mecânica realizada por retentores à grampo 
gera componentes horizontais de força. O elemento 
constituinte capaz de neutralizar estes esforços deletérios é o 
braço de reciprocidade. Para que esta função seja 
perfeitamente realizada, é necessário que o braço de 
reciprocidade seja rígido e aplicado sobre um plano guia. 
PLANOS GUIA 
São definidos como paredes axiais dos dentes pilares, planas e 
paralelas entre si e à trajetória de inserção/remoção 
determinada. 
 
Os planos-guia são assim denominados, pois guiam a prótese 
durante o movimento de assentamento e remoção da prótese, 
provendo superfícies de contato friccional, resultando em 
maior estabilidade. 
. 
As superfícies proximais dos dentes pilares precisam ser 
paralelas entre si e paralelas ao eixo de inserção para uma boa 
trajetória de inserção e remoção da prótese. 
FUNÇÕES DOS PLANOS-GUIA 
• Individualizar a trajetória de inserção e remoção da 
prótese; 
• Permitir a obtenção de reciprocidade efetiva (grampo de 
oposição neutralizando a ação de cargas laterais sobre o 
dente; 
• Eliminar impacção de alimentos nos dentes suportes 
(reduz o ângulo morto); 
• Funciona também como um auxiliar na retenção; 
• Prover retenção friccional e, por conseguinte, estabilidade; 
BÁRBARA MOURELHE – ODONTOLOGIA UFPE 
 
• Minimizar o movimento de alavanca nos casos de 
extremidade livre uni ou bilateral, auxiliando na retenção 
indireta. 
IDENTIFICANDO OS PLANOS-GUIA 
• Paredes axiais dos dentes pilares adjacentes ao espaço 
protético 
• 2 a 4 mm de altura 
• Ponta analisadora toca totalmente a proximal do dente na 
região médio-incisal/oclusal 
 
OBSERVAÇÃO 
O plano guia é uma região de 2 a 4 mm de extensão, nas faces 
proximais dos dentes pilares 
 
AUSÊNCIA DE PLANOS-GUIA 
Para encontrar o eixo de inserção mais favorável, ou seja, 
encontrar uma posição vantajosa com maior número de 
planos-guia e menor desgaste dos dentes pilares, devemos 
fazer: 
1. Movimentação leve e guiada e modificar a posição do 
modelo anteroposterior/póstero-anterior 
2. Desgastes controlados 
OBSERVAÇÃO 
Dentes muito inclinados com necessidade de desgastes 
excessivos, devemos modificar o eixo novamente. 
 
PREPAROS PARA PLANOS-GUIA 
Levar o modelo ao delineador e restabelecer o posicionamento 
dele de acordo com a trajetória de inserção que foi 
previamente definida. 
• Desgaste mínimo – limitado ao esmalte 
• Posicionar o modelo anatômico na mesa analisadora 
• Desgaste inicia no modelo (minicut cilíndrica em peça reta 
acoplada ao delineador, paralelo à trajetória de inserção) 
COMO TRANSFERIR OS PREPAROS PLANEJADOS NO 
DELINEADOR PARA A BOCA 
COROAS-GUIA 
• Guia de transferência dos planos-guia do modelo de gesso 
para o elemento dentário do paciente 
• Confeccionado em resina acrílica vermelha 
autopolimerizável 
 
• Envolver 1/3 da face vestibular ou lingual do elemento 
dentário 
• Altura de 3 a 5 mm 
• Pode se estender até metade do dente adjacente 
• Convexa 
• Não ultrapassar o equador protético (para não ficar em 
área retentiva) 
PREPAROS PARA PLANOS-GUIA 
• Desgaste do modelo com a faca de corte na extremidade 
acoplada ao delineador 
• Movimentos lentos até que seja perceptível a formação do 
plano guia 
• Avaliar o plano guia com a faca de corte até o desgaste ser 
suficiente, de forma a encontrar o paralelismo. 
BÁRBARA MOURELHE – ODONTOLOGIA UFPE 
 
ETAPAS PARA CONFECÇÃO 
TÉCNICA COM FACA DE CORTE NA EXTREMIDADE 
1. Isolar o modelo e a faca de corte na extremidade 
2. Posicionar a faca de corte na superfície axial desgastada e 
fixar à haste móvel para servir de anteparo no 
posicionamento da resina 
 
3. Construir o guia de transferência pela técnica de Nylon 
4. Se várias regiões forem necessárias para confecção de 
coroas guias, enumere cada uma delas 
 
 
 
 
5. Aspecto final da guia de transferência 
 
OBSERVAÇÃO 
É necessário manter visível a região desgastada. Isso será 
possível através do posicionamento da faca de corte na 
parede axial desgastada. 
TRANSFERÊNCIA DE PLANOS-GUIA PARA BOCA 
• A Guia de transferência é responsável por guiar o 
paralelismo 
• Guia cimentado em boca com cimento provisório 
• Ponta diamantada troncocônica ou cilíndrica de 
extremidade arredondada em alta rotação, paralela à guia 
de transferência 
 
• Desgaste de estrutura dentária que passa do guia de 
transferência em movimento vestíbulo-lingual até que a 
superfície do dente esteja paralela à a guia de transferência 
de transferência 
• Apoiar na estrutura dentária e desgastar até encostar no 
guia. 
ÁREAS RETENTIVAS 
Região localizada abaixo do equador protético, ao qual se 
localiza/posiciona a ponta ativa dos grampos de retenção. As 
áreas retentivas são identificadas com as pontas calibradoras. 
 
• Abaixo do equador protético: área retentiva 
• Acima do equador protético: área expulsiva 
IMPORTÂNCIA DE ÁREAS RETENTIVAS 
• Impedem o deslocamento cérvico-oclusal das próteses 
parciais removíveis 
• Um dos fatores determinantes na trajetória de inserção e 
remoção da PPR 
IDENTIFICANDO ÁREAS RETENTIVAS 
Para identificar se existe área retentiva no ponto onde 
precisamos que a ponta ativa do braço de retenção se localize, 
pegamos a ponta calibradora e encostamos no dente, de forma 
que as hastes horizontal e vertical estejam encostadas no dente 
numa distância em torno de 1mm da margem gengival. 
 
BÁRBARA MOURELHE – ODONTOLOGIA UFPE 
 
• O triângulo formado entre o dente, a haste vertical e a 
haste horizontal significa que naquele ponto temos 0,25 
mm de retenção no ponto onde a haste horizontal da 
ponta calibradora toca no dente. 
• Neste ponto, devemos fazer uma marcação com grafite 
para determinar que naquele ponto existe retenção, 
sendo o local de escolha para a ponta ativa do grampo 
terminar. 
• Quando a retenção é excessiva (>25mm), a haste vertical 
toca no dente, mas a horizontal não toca. Para modificar 
isso, podemos fazer movimentações na mesa porta 
modelo.• Quando a haste horizontal toca no modelo, mas a vertical 
não toca, temos ausência de retenção (<25mm). Se 
colocarmos o grampo de retenção nessa condição, ele não 
terá função, uma vez que não existe retenção. 
AUSÊNCIA OU EXCESSO DE ÁREAS RETENTI VAS 
• Modificar a posição do modelo – trajetória de inserção 
(látero-lateral) 
• Modificar por acréscimo (restaurações em resina 
composta) ou decréscimo (desgastes mínimos) do 
contorno dental. 
 
AUSÊNCIA DE ÁREAS RETENTIVAS 
 
• Várias técnicas foram propostas 
• Confecção de canaletas e retenções no local da ponta 
ativa do grampo (não conservador) 
• Ponta ativa do grampo sobre esmalte ou resina 
composta 
• Resina composta sofre pouca abrasão pela remoção e 
inserção da PPR, pelos grampos de retenção 
• Acréscimos de resina composta 
TÉCNICA DE ACRÉSCIMO DE RESINA COMPOSTA 
1. Executa-se enceramento da área retentiva, com cera para 
enceramento, diretamente no modelo anatômico, 
promovendo contorno adequado, que deve ser conferido 
com disco calibrador de 0,25mm, devidamente 
posicionado no delineador, paralelo à trajetória de 
inserção. 
 
CONFECÇÃO DO GUIA DE TRANSFERÊNCIA – COM 
RESINA FOTOPOLIMERIZÁVEL 
• Confecção do guia de transferência para transferir a área 
retentiva construída 
• Isola-se o dente pilar e os adjacentes com isolante para 
gesso 
• Confeccionar a matriz individual sobre o dente pilar com 
resina fotopolimerizável transparente indicada para 
restaurações provisórias. 
CONFECÇÃO DO GUIA DE TRANSFERÊNCIA – COM 
RESINA ACRÍLICA AUTOPOLIMERIZÁVEL TRANSPARENTE 
• Resina acrílica autopolimerizável transparente (pode 
causar aquecimento da cera e derrete-la) 
• Desvantagem do material – aquecimento na reação 
de polimerização – derreter cera do enceramento. 
• Aplicar uma camada de resina acrílica incolor 
autopolimerizável, utilizando a técnica de Nylon 
• O guia de transferência deve ser confeccionado 
estendendo-se às superfícies vestibular e incisal do 
dente pilar; pode também incluir metade da incisal 
do adjacente. 
 
• Excessos de resina acrílica podem ser removidos com 
broca maxicut e peça reta 
BÁRBARA MOURELHE – ODONTOLOGIA UFPE 
 
• O guia deve estar estável no dente 
• Remover o enceramento do guia 
TRANSFERÊNCIA PARA A BOCA DO PACIENTE 
1. Profilaxia, seleção de cor e isolamento absoluto 
2. Prova do guia de transferência 
3. Condicionamento ácido + adesivo + fotopolimerização 
 
4. Isolamento interno da guia de transferência 
5. Acomodação de uma porção da resina composta no guia, 
onde o enceramento formou uma região côncava 
 
6. Posicionamento do conjunto no dente e fotopolimerização 
(o guia deve estar totalmente adaptado para realizar a 
fotopolimerização). É importante que a resina seja 
transparente para que a luz do led a atravesse. 
 
7. Acabamento e polimento – remover excessos de resina 
composta e deixar a superfície regular (utilizar pontas 
diamantadas finas, discos, borrachas e pastas de 
polimento) 
 
 
FATORES DETERMINANTES NO SUCESSO DO 
TRATAMENTO COM PPR 
• Correto diagnóstico e planejamento 
• Exame clínico e radiográfico 
• Delineamento de modelos de estudo 
• Preparo adequado dos dentes pilares 
• Desenho adequado da PPR 
• Moldagem funcional 
CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE PLANEJAMENTO 
• Irritação nos tecidos 
• Efeito de torque nos dentes 
• Cáries 
• Interferência na fala 
• Mobilidade e possível perda do dente pilar 
PROBLEMAS RELACIONADOS À FALTA DE 
PLANEJAMENTO DA PPR 
1. AUSÊNCIA DE RETENÇÃO 
• Falta de retenção 
• Maior movimentação da prótese 
• Deslocamento cérvico-oclusal 
 
2. EXCESSO DE RETENÇÃO 
• Campo de ação do grampo de retenção maior que do 
grampo de oposição 
• Perda do princípio da reciprocidade 
• Forças excessivas laterais não conseguem ser 
neutralizadas pelo grampo de oposição 
• Flexão exagerada no grampo 
• Dano ao periodonto 
• Mobilidade e migração do dente pilar, ou fadiga do 
metal 
• Deformação permanente ou fratura 
 
3. AUSÊNCIA DE PLANOS-GUIA 
• Ausência de uma trajetória de inserção 
• Falta de estabilidade e retenção 
• Impactação alimentar nas proximais