Prévia do material em texto
LÍNGUA PORTUGUESA PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 2 O inteiro teor desta apostila está sujeito à proteção de direitos autorais. Copyright © 2019 Loja do Concurseiro. Todos os direitos reservados. O conteúdo desta apostila não pode ser copiado de forma diferente da referência individual comercial com todos os direitos autorais ou outras notas de propriedade retidas, e depois, não pode ser reproduzido ou de outra forma distribuído. Exceto quando expressamente autorizado, você não deve de outra forma copiar, mostrar, baixar, distribuir, modificar, reproduzir, republicar ou retransmitir qualquer informação, texto e/ou documentos contidos nesta apostila ou qualquer parte desta em qualquer meio eletrônico ou em disco rígido, ou criar qualquer trabalho derivado com base nessas imagens, texto ou documentos, sem o consentimento expresso por escrito da Loja do Concurseiro. Nenhum conteúdo aqui mencionado deve ser interpretado como a concessão de licença ou direito de qualquer patente, direito autoral ou marca comercial da Loja do Concurseiro. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 3 PROGRAMA – ÍNDICE 1. Compreensão e interpretação e inferências de texto.....................................................................p.3 2. Tipologia e gêneros textuais................................p.7 3. Variação Linguística.............................................p.24 4. O processo de comunicação e as funções da linguagem...........................................................p.26 5. Relações semântico-lexicais, como metáfora, metonímia, antonímia, sinonímia, hiperonímia, hiponímia, reiteração, comparação, redundância e outras.................................................................p.28 6. Norma ortográfica..........................................p.36 7. Morfossintaxe das classes de palavras: substantivo, adjetivo, artigo, pronome, advérbio, preposição, conjunção, interjeição, numerais e os seus respectivos empregos. Verbo.....................p.52 8. Concordância verbal e nominal......................p.72 9. Regência nominal e verbal.............................p.84 10. Coesão e Coerência textuais.........................p.90 11. Sintaxe: relações sintático-semânticas estabelecidas entre orações, períodos ou parágrafos (período simples e período composto por coordenação e subordinação)......................p.92 12. Pontuação...................................................p.109 13. Funções do “que” e do “se”.......................p.114 14. Fonética e Fonologia: som e fonema, encontros vocálicos e consonantais e dígrafos.................p.116 15. Formação de palavras.................................p.119 16. Uso da Crase...................................................p.122 17. QUESTÕES DA AOCP.......................................P.127 1. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS É muito comum, entre os candidatos a um cargo público a preocupação com a interpretação de textos. Isso acontece porque lhes faltam informações específicas a respeito desta tarefa constante em provas relacionadas a concursos públicos. Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder às questões relacionadas a textos. TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR). CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de CONTEXTO. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial. INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se INTERTEXTO. INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. Nesse processo, buscam-se: a) a ideia principal (ou básica); b) as ideias secundárias; c) o reconhecimento de palavras ou expressões que possam dar validade ao entendimento das ideias expressas no texto. LÍNGUA PORTUGUESA PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 4 ORIENTAÇÃO: Com a finalidade de auxiliar o raciocínio de quem deve responder a questões de compreensão de textos, observe o seguinte: 1) Atenha-se exclusivamente ao texto. 2) Proceda através de eliminação de hipóteses. 3) Compare o sentido das palavras; às vezes, uma palavra decide a melhor alternativa. 4) Tente encontrar o tópico frasal, ou seja, a frase que melhor sintetiza o texto. Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: 1. IDENTIFICAR – reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se termos, como os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). 2. COMPARAR – descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto. 3. COMENTAR - relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito. 4. RESUMIR – concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo. 5. PARAFRASEAR – reescrever o texto com outras palavras. ERROS DE INTERPRETAÇÃO É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes são: a) Extrapolação (viagem) Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. b) Redução É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido. c) Contradição Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, consequentemente, errando a questão. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 5 É preciso estar atento para a ideia principal de cada parágrafo, só assim se assegura um caminho que levará à compreensão do texto. Pode-se, tranquilamente, ser bem-sucedido numa interpretação de texto. Para isso, deve-se observar o seguinte: Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto; Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente; Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas; Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão; Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente; Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu; Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa, às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta; Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de lógica objetiva; Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto; Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem; O autor defende ideias e você deve percebê-las; As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as ideias estão coordenadas entre si; Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado. A interpretação não depende de cada um, mas, sim, do que está escrito. "O que está escrito, escrito está." DICA DE INTERPRETAÇÃO: comece pelas questões mais curtas; diante das opções, elimine as improváveis; muitas vezes há alternativas tão absurdas que dispensam a leitura integral do texto. Às vezes, citam dados, informações que sequer são mencionados no texto. Dicas importantes para a análise de textos: 1. Não extrapole ao que está escrito no texto. Muitas vezes, por se tratar de fatos reais, o candidato interpreta o que não está escrito. Deve-se ater somente às informações que estão relatadas. 2. Não valorize apenas uma parte do contexto. O texto deve ser considerado como um todo, não se atenha à parte dele. 3. Sublinhe as palavras-chave do enunciado, para evitar entender justamente o contrário do que está escrito. Leia duas vezes o comando da questão, para saber realmente o que se pede. Tome cuidado com algumas palavras, como: pode, deve, não, sempre, é necessário, é obrigatório, correta, incorreta, exceto, erro etc. 4. Se o comando pede a ideia principal ou tema, normalmente deve situar-se no primeiro ou no último parágrafo - introdução e conclusão. 5. Se o comando busca argumentação, deve localizar-se nos parágrafos intermediários - desenvolvimento. 6. Não levar em consideração o que o autor quis dizer, mas sim o que ele disse; escreveu. 7. Tomar cuidado com os vocábulos relatores, os que remetem a outros vocábulos do texto: pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 6 PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 7 2. TIPOLOGIA TEXTUAL A Tipologia Textual define, em linhas gerais, os seguintes tipos (básicos) de texto em prosa: 1. Descritivo 2. Narrativo 3. Dissertativo 1. Descritivo: é o texto do objeto - da impressão física, da imagem, da cor, do aroma, da beleza, da feiura, do relevo, da paisagem, da precisão quanto aos aspectos físicos. Predomina o tempo pretérito imperfeito ou mesmo o presente ( indicativo e subjuntivo). Exemplos: os aspectos físicos e tipos humanos de uma favela carioca, a obra de um sociólogo que descreve o biótipo de um determinado povo, o texto de um “folder” turístico etc. 2. Narrativo: texto utilizado para contar um caso, narrar fato(s), historiar acontecimentos, não importando se fictícios ou verídicos. Predominam neste texto os tempos pretéritos: perfeito ou imperfeito. A ação é um dos principais ingredientes da narração. O tempo é outro dos ingredientes. O autor, muitas vezes, utiliza personagens que dialogam. Exemplos: uma crônica, um caso, um conto, uma notícia de jornal, uma partida de futebol, um romance, uma parábola, uma historinha infantil etc. 3. Dissertativo: é o texto da ideia - da opinião, do ponto de vista. Privilegia o discurso indireto ( 3ª pessoa ), embora possa redigido na 1ª pessoa. Aborda, quase sempre, um tema palpitante do comportamento humano: justiça social, ética (práticas aéticas), ecologia (crimes ambientais), paz (violência urbana), democracia, liberdade, futuro do homem ( seus medos e anseios) etc. Exemplos: um editorial de jornal, um artigo do Diogo Mainardi (Veja), um texto de pensamentos filosóficos etc. Há ainda outros tipos de textos: Texto Injuntivo: qualquer texto que tenha a finalidade de instruir o leitor (interlocutor). Por esse motivo, sua estrutura se caracteriza por verbos no imperativo: ordenando ou sugerindo. a) Injuntivo-instrucional: quando a orientação não é coercitiva, não estabelece claramente uma ordem, mas uma sugestão, um conselho. Exemplos: a) o texto que predomina num livro de autoajuda; b) o manual de instruções de um eletroeletrônico; c) o manual de instruções ( programação ) sobre metas, funções etc.; d) uma ingênua receita de bolo escrita pela avó... b) Injuntivo-prescritivo: a orientação é uma imposição, uma ordem baseada em condições sine qua non. Exemplos: a) a receita de um médico (a um paciente) transmitida à enfermeira responsável; b) os artigos da Constituição ou do Código de Processo Penal; c) a norma culta da Língua Portuguesa; d) as cláusulas de um contrato; e) o edital de um concurso público... Texto expositivo: apresenta informações sobre um objeto ou fato específico, sua descrição, a enumeração de suas características. Esse deve permitir que o leitor identifique, claramente, o tema central do texto. Um fato importante é a apresentação de bastante informação, caso se trate de algo novo esse se faz imprescindível. Quando se trata de temas polêmicos a apresentação de argumentos se faz necessário para que o autor informe aos leitores sobre as possibilidades de análise do assunto. O texto expositivo deve ser abrangente, deve permitir que seja compreendido por diferentes tipos de pessoas. A fábula é uma narrativa figurada, na qual as personagens são geralmente animais que possuem características humanas. Pode ser escrita em prosa ou em verso e é sustentada sempre por uma lição de moral, constatada na conclusão da história. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 8 A fábula está presente em nosso meio há muito tempo e, desde então, é utilizada com fins educacionais. Muitos provérbios populares vieram da moral contida nesta narrativa alegórica, como por exemplo: “A pressa é inimiga da perfeição” em “A lebre e a tartaruga” e “Um amigo na hora da necessidade é um amigo de verdade” em “A cigarra e as formigas”. Portanto, sempre que redigir uma fábula lembre-se de ter um ensinamento em mente. Além disso, o diálogo deve estar presente, uma vez que trata- se de uma narrativa. Por ser exposta também oralmente, a fábula apresenta diversas versões de uma mesma história e, por este motivo, dá-se ênfase em um princípio ou outro, dependendo da intenção do escritor ou interlocutor. É um gênero textual muito versátil, pois permite diversas situações e maneiras de se explorar um assunto. É interessante, principalmente para as crianças, pois permite que elas sejam instruídas dentro de preceitos morais sem que percebam. E outra motivação que o escritor pode ter ao escolher a fábula na aula, no vestibular ou em um concurso que tenha essa modalidade de escrita como opção é que é divertida de se escrever. Pode-se utilizar da ironia, da sátira, da emoção, etc. Lembrando-se sempre de escolher personagens inanimados e/ou animais e uma moral que norteará todo o enredo. A Crônica é uma reflexão sobre o acontecido. A crônica é um gênero que tem relação com a ideia de tempo e consiste no registro de fatos do cotidiano em linguagem literária, conotativa. A origem da palavra crônica é grega, vem de chronos (tempo), é por isso que uma das características desse tipo de texto é o caráter contemporâneo. A crônica difere da notícia, e da reportagem porque, embora utilizando o jornal ou a revista como meio de comunicação, não tem por finalidade principal informar o destinatário, mas refletir sobre o acontecido. Desta finalidade resultaque, neste tipo de texto, podemos ler a visão subjetiva do cronista sobre o universo narrado. Assim, o foco narrativo situa-se invariavelmente na 1ª pessoa. Poeta do quotidiano, como alguém chamou ao cronista dos nossos dias, apresenta um discurso que se move entre a reportagem e a literatura, entre o oral e o literário, entre a narração impessoal dos acontecimentos e a força da imaginação. Diálogo e monólogo; diálogo com o leitor, monólogo com o sujeito da enunciação. A subjetividade percorre todo o discurso. A crônica não morre depressa, como acontece com a notícia, mas morre, e aqui se afasta irremediavelmente do texto literário, embora se vista, por vezes, das suas roupagens, como a metáfora, a ambiguidade, a antítese, a conotação, etc. A sua estrutura assemelha-se à de um conto, apresentando uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão. Discurso Os personagens que participam da história evidentemente falam. É o que se conhece como discurso, que pode ser: 1) Direto: O narrador apresenta a fala do personagem, integra, palavra por palavra. Geralmente se usam dois pontos e travessão. Ex.: o funcionário disse ao patrão: - Espero voltar no final do expediente. Rui perguntou ao amigo: - Posso chegar mais tarde? 2) Indireto: O narrador incorpora à sua fala a fala do personagem. O sentido é o mesmo do discurso direto, porém é utilizada uma conjunção integrante (que ou se) para fazer a ligação. Ex.: O funcionário disse ao patrão que esperava voltar no final do expediente. Rui perguntou ao amigo se poderia chegar mais tarde. Obs.: O conhecimento desse assunto é muito importante para as questões que envolvem as paráfrases. Cuidado, pois, com o sentido. Procure ver se está sendo respeitada a correlação entre os tempos verbais e entre determinados pronomes. Abaixo, outro exemplo, bem elucidativo. Minha colega me afirmou: - Estarei aqui, se você precisar de mim. Minha colega me afirmou que estaria lá se eu precisasse dela. O sentido é, rigorosamente, o mesmo. Foi necessário fazer inúmeras adaptações. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 9 3) Indireto livre É praticamente uma fusão dos dois anteriores. Percebe-se a fala do personagem, porém sem os recursos do discurso direto (dois pontos e travessão) nem do discurso indireto (conjunções que ou se). Ex.: Ele caminhava preocupado pela avenida deserta. Será que vai chover, logo hoje, com todos esses compromissos!? Exemplo prático de tipos textuais (fragmentos de Cora Coralina): “Fui criada ( e até hoje moro ) numa casa simples, mas de cômodos bem amplos e confortáveis. Um jardim colorido e aromático. Beija-flores por aqui não faltam. Tenho duas filhas. Ana, uma menina alta, meio desengonçada, mas de um brilho especial nos olhos muito pretos. Virgínia, uma menina muito magra, gestos e rosto delicados, tem uma cabeleira tão ruiva que poderia ser confundida com uma dessas atrizes do cinema americano....” Texto descritivo. “Certo dia, minhas duas filhas e eu fomos passear pelo sítio. Na margem do rio havia uma pequena canoa. O espírito de aventura falou mais alto. Entramos na canoa e, no meio do leito, notamos a água infiltrando-se. Percebi o desespero das meninas, mas tive de aparentar toda a calma e...” Texto narrativo. “A vida de uma mulher não é fácil em parte alguma deste mundo. A sociedade machista impõe-lhe regras e destinos que ela jamais pode escolher. A mulher será sempre uma escrava totalmente submissa ao marido, às tradições, aos costumes e à hipocrisia chauvinista dos...” Texto dissertativo. “Minhas receitas preferidas. Bolo de Banana. Caramelize uma forma com açúcar, corte 10 bananas no sentido do comprimento, coloque-as na forma, bata 4 ovos com uma xícara de leite, duas de farinha de trigo e uma colher de fermento. Despeje a massa na forma, polvilhe (a gosto) com canela e açúcar e leve ao forno pré-aquecido em 180ºC. Deixe...” Texto injuntivo (instrucional). “Como fazer um parto de emergência ( recado para minhas filhas e netas). Mantenha a calma. Prepare uma superfície limpa para ela se deitar. Pegue uma tesoura e três pedaços de linha de 25cm. Ferva tudo por 10 minutos. Dobre um cobertor e coloque-o sobre a futura mamãe. Lave bem as mãos e as unhas com água e sabão. Quando as contrações aumentarem...” Texto injuntivo-prescritivo. Paráfrase: é a reescritura de um texto sem alteração de sentido. Questões de interpretação com frequência se baseiam nessa técnica. Vários recursos podem ser utilizados para parafrasear um texto. 1) Emprego de sinônimos Ex.: Embora voltasse cedo, deixava os pais preocupados. Conquanto retomasse cedo, deixava os genitores preocupados. 2) Emprego de antônimos, com palavra negativa. Ex.: Ele era fraco. = Ele não era forte. 3) Utilização de termos anafóricos, isto é, que remetem a outros já citados no texto. Ex.: Paulo e Antônio já saíram. Paulo foi ao colégio; Antônio, ao cinema. Paulo e Antônio já saíram. Aquele foi ao colégio; este, ao cinema. Aquele = Paulo este = Antônio 4) Troca de termo verbal por nominal, e vice-versa. Ex.: É necessário que todos colaborem. É necessária a colaboração de todos. 5) Omissão de termos facilmente subentendidos. Ex.: Nós desejávamos uma missão 'mais delicada, mais importante. Desejávamos missão mais delicada e importante. 6) Mudança de ordem dos termos no período. Ex.: Lendo o jornal, cheguei à conclusão de que tudo aquilo seria esquecido após três ou quatro meses de investigação. Cheguei à conclusão, lendo o jornal, de que tudo aquilo, após três ou quatro meses de pesquisa, seria esquecido. 7) Mudança de voz verbal Ex.: A mulher plantou uma roseira em seu jardim. (voz ativa) Uma roseira foi plantada pela mulher em seu jardim. (voz passiva) PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 10 Obs.: Se o sujeito for indeterminado (verbo na 3a pessoa do plural), haverá duas mudanças possíveis. Ex.: Plantaram uma roseira. (voz ativa) Uma roseira foi plantada. (voz passiva analítica) Plantou-se uma roseira. (voz passiva sintética) 8) Troca de discurso Ex.: Pedro disse: - Cortarei a grama sozinho. (discurso direto) Pedro disse que cortaria a grama sozinho. (discurso indireto) 9) Troca de palavras por expressões perifrásticas (vide perífrase, no capítulo seguinte) e vice-versa Ex.: Castro Alves visitou Paris naquele ano. O poeta dos escravos visitou a cidade luz naquele ano. 10) Troca de locuções por palavras e vice-versa: Ex.: O homem da cidade não conhece a linguagem do céu. O homem urbano não conhece a linguagem celeste. Vamos então fazer um exercício. Leia o trecho abaixo e anote a alternativa em que não ocorre uma paráfrase. O homem caminha pela vida muitas vezes desnorteado, por não reconhecer no seu íntimo a importância de todos os instantes, de todas as coisas, simples ou grandiosas. a) Frequentemente sem rumo, segue o homem pela vida, por não reconhecer no seu íntimo o valor de todos os instantes, de todas as coisas, sejam simples ou grandiosas. b) Não reconhecendo em seu âmago a importância de todos os momentos, de todas as coisas, simples ou grandiosas, o homem caminha pela vida muitas vezes desnorteado. c) Como não reconhece no seu íntimo o valor de todos os momentos, de todas as coisas, sejam elas simples ou não, o homem vai pela vida frequentemente desnorteado. d) O ser humano segue, com frequência, vida afora, sem rumo, porquanto não reconhece, em seu interior, a importância de todos os instantes, de todas as coisas, simples ou grandiosas. e) O homem caminha pela vida sempre desnorteado, por não reconhecer, em seu mundo íntimo, o valor de cada momento, de cada coisa, seja ela simples ou grandiosa. Gabarito: Alternativa e) O advérbio “sempre” não significa“muitas vezes”. EXERCÍCIO DE TIPOLOGIA TEXTUAL 1. identifique o tipo de redação apresentando: (1) descrição (2) narração (3) dissertação ( ) Acreditamos firmemente que só o esforço conjunto de toda a nação brasileira conseguirá vencer os gravíssimos problemas econômicos, por todos há muitos conhecidos. Quaisquer medidas econômicas, por si sós, não são capazes de alterar a realidade, se as autoridades que elaboram não contarem com o apoio da opinião pública, em meio a uma comunidade de cidadãos conscientes. ( ) Nas proximidades deste pequeno vilarejo, existe uma chácara de beleza incalculável. Ao centro avista-se um lago de águas cristalinas. Através delas, vemos a dança rodopiante dos pequenos peixes. Em volta deste lago pairam, imponentes, árvores seculares que parecem testemunhas vivas de tantas histórias que se sucedem pelas gerações. A relva, brilhando ao sol, estende-se por todo aquele local, imprimindo à paisagem um clima de tranquilidade e aconchego. ( ) As crianças sabiam que a presença daquele cachorro vira-lata em seu apartamento seria alvo da mais rigorosa censura de sua mãe. Não tinha qualquer cabimento; um apartamento tão pequeno que mal acolhia Álvaro, Alberto e Anita, além de seus pais, ainda tinha de dar abrigo a um cãozinho! Os meninos esconderam o animal em um armário próximo ao corredor e ficaram sentados na sala à espera dos acontecimentos. No fim da tarde a mãe chegou do trabalho. Não tardou em descobrir o intruso e a expulsá-lo, sob os olhares aflitos de seus filhos. ( ) Joaquim trabalhava em um escritório que ficava no 12º andar de um edifício da Avenida Paulista. De lá avistava todos os dias a movimentação incessante dos transeuntes, os frequentes congestionamentos dos automóveis e a beleza das arrojadas construções que sucedem do outro lado da avenida. Estes prédios moderníssimos alternavam-se com majestosas mansões antigas. O presente e o passado ali se combinavam e, contemplando aquelas mansões, podia-se, por alto, imaginar o que fora, nos tempos de outrora, a paisagem desta mesma avenida, hoje tão modificada pela ação do progresso. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 11 ( ) Dizem as pessoas ligadas ao estudo da Ecologia que são incalculáveis os danos que o homem vem causando ao meio ambiente. O desmatamento de grandes extensões de terra, transformando-as em verdadeiras regiões desérticas, os efeitos nocivos da poluição e a matança indiscriminada de muitas espécies são apenas alguns aspectos a serem mencionados. Os que se preocupam com a sobrevivência e o bem-estar das futuras gerações temem que a ambição desmedida do homem acabe por tornar esta terra inabitável. ( ) O candidato à vaga de administrador entrou no escritório onde iria ser entrevistado. Ele se sentia inseguro, apesar de ter um bom currículo, mas sempre se sentia assim quando estava por ser testado. O dono da firma sentou-se com ar de extrema seriedade e começou a lhe fazer as perguntas mais variadas. Aquele interrogatório parecia interminável. Porém, toda aquela sensação desagradável dissipou-se quando ele foi informado de que o lugar era seu. Gabarito: (3), (1), (2), (1), (3), (2) EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Texto I Detector de mentira por e-mail. Cientistas norte-americanos garantem que criaram método para identificar uma mentira contada em mensagens eletrônicas (Revista Língua, nº 18, 2007 – Texto adaptado) Cientistas da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, anunciaram no fim de fevereiro, início de março, ser capazes de identificar uma mentira contada por e-mail. Analisando cinco características de textos falaciosos, identificaram “pistas” que mentirosos deixam em textos escritos. Segundo os cientistas, a margem de acerto nos testes é de 70%. Os conhecimentos podem ser condensados em um programa de computador disponível já a partir do próximo ano. Textos falsos têm, por exemplo, 28% mais palavras que textos verdadeiros, descobriram os cientistas. Mas a ocorrência de frases casuais, que possam despertar ambiguidade, é bem menor nos verdadeiros que nos mentirosos. Mais detalhadas que as verdades, mentiras são contadas por meio daquilo que os pesquisadores chamam de “expressão de sentido”, como “sentir”, “ver”, e “tocar” – usadas para criar um cenário que nunca existiu. Mentirosos desconfortáveis com a própria lorota tenderiam ainda a usar palavras com sentido negativo, como “triste”, “estressado”, “irritado”. [...] O professor Jeff Hancock, coordenador do estudo, disse que, mais que ajudar as pessoas a identificar mentirinhas privadas contadas por seus parceiros amorosos, a pesquisa pode ter diversos usos públicos. 01. A leitura global do texto nos permite inferir que o autor quer: A) chamar a atenção para uma descoberta revolucionária: a mentira por e-mail pode estar com os seus dias contados. B) mostrar que a mentira é comum nos e-mails: todos mentem porque não serão descobertos. C) enfatizar que há recursos modernos para o homem se esconder atrás de uma cortina, a da mentira eletrônica. D) lembrar de que a mentira faz parte da vida dos homens: tanto faz mentir como dizer a verdade, não há problemas. 02. No texto: “Detector de mentira por e-mail” predominam as marcas de um texto: A) narrativo. C) descritivo. B) dissertativo. D) narrativo-argumentativo. TEXTO II Não existe essa coisa de um ano sem Senna, dois anos sem Senna ... Não há calendário para a saudade. (Adriane Galisteu, no Jornal do Brasil) 03. Segundo o texto, a saudade: a) aumenta a cada ano. b) é maior no primeiro ano. c) é maior na data do falecimento. d) é constante. e) incomoda muito. 04. A segunda oração do texto tem um claro valor: a) concessivo c) causal b) temporal d) condicional e) proporcional 05. A repetição da palavra não exprime: a) dúvida c) tristeza b) convicção d) confiança e) esperança PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 12 TEXTO III Passei a vida atrás de eleitores e agora busco os leitores. (José Sarney, na Veja) 06.Deduz-se pelo texto uma mudança na vida: a)esportiva d) sentimental b)intelectual e) religiosa c) profissional 07.O autor do texto sugere estar passando de: a)escritor a político d) senador a escritor b)político a jornalista e) político a escritor c)político a romancista 08.Infere-se do texto que a atividade inicial do autor foi: a)agradável d) honesta b)duradoura e) coerente c) simples 09.O trecho que justifica a resposta ao item anterior é: a)e agora d) atrás de eleitores b)os leitores e) busco c) passei a vida 10.A expressão que não pode substituir o termo agora é: a)no momento d) neste instante b)ora e) recentemente c) presentemente TEXTO IV Os animais que eu treino não são obrigados a fazer o que vai contra a natureza deles. (Gilberto Miranda, na Folha de São Paulo, 23/2/96) 11.O sentimento que melhor define a posição do autor perante os animais é: a)fé c) solidariedade b)respeito d) amor e) tolerância 12.O autor do texto é: a)um treinador atento d) um adestrador consciente b)um adestrador frio e) um adestrador filantropo c)um treinador qualificado 13.Segundo o texto, os animais: a)são obrigados a todo tipo de treinamento. b)fazem o que não lhes permite a natureza. c)não fazem o que lhes permite a natureza. d)não são objeto de qualquer preocupação para o autor. e)são treinados dentro de determinados limites. Texto V 14. O humor provocado pela tirinha se estabelece pela leitura: (A) do primeiro quadrinho, somente. (B) do segundo quadrinho, somente. (C) do terceiro quadrinho, somente. (D) do primeiro e do terceiro quadrinhos. (E) do segundo e do terceiro quadrinhos. TEXTOVI Segunda maior produtora mundial de embalagem longa vida, a SIG Combibloc, principal divisão do grupo suíço SIG, prepara a abertura de uma fábrica no Brasil. A empresa, responsável por 1 bilhão do 1,5 bilhão de dólares de faturamento do grupo, chegou ao país há dois anos disposta a brigar com a líder global, Tetrapak, que detém cerca de 80% dos negócios nesse mercado. Os estudos para a implantação da fábrica foram recentemente concluídos e apontam para o Sul do país, pela facilidade logística junto ao Mercosul. Entre os oito atuais clientes da Combibloc na região estão a Unilever, com a marca de atomatado Malloa, no Chile, e a italiana Cirio, no Brasil. (Denise Brito, na Exame, dez./99) 15) Segundo o texto, a SIG Combibloc: a) produz menos embalagem que a Tetrapak. b) vai transferir suas fábricas brasileiras para o Sul. c) possui oito clientes no Brasil. d) vai abrir mais uma fábrica no Brasil. e) possui cliente no Brasil há dois anos, embora não esteja instalada no país. 16) Segundo o texto: a) O Mercosul não influiu na decisão de instalar uma fábrica no Sul. b) a SIG Combibloc está entrando no ramo de atomatado. c) a empresa suíça SIG ocupa o 2º lugar mundial na produção de embalagem longa vida. d) a Unilever é empresa chilena. e) a SIG Combibloc detém 2/3 do faturamento do grupo. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 13 17) Os estudos apontam para o Sul porque: a) o clima favorece a produção de embalagens longa vida. b) está próximo aos demais países que compõem o Mercosul. c) A Cirio já se encontra estabelecida ali. d) nos países do Mercosul já há clientes da Combibloc. e) o Sul é uma região desenvolvida e promissora. 18) " ... que detém cerca de 80% dos negócios nesse mercado." Das alterações feitas nessa passagem do texto, a que não mantém o sentido original é: a) a qual detém cerca de 80% dos negócios em tal mercado. b) quepossui perto de 80% dos negócios nesse mercado. c) que detém aproximadamente 80% dos negócios em tais mercados. d) a qual possui aproximadamente 80% dos negócios nesse mercado. e) a qual detém perto de 80% dos negócios nesse mercado. 19) " ... e apontam para o Sul do país ... " O trecho destacado só não pode ser entendido, no texto, como: a) e indicam o Sul do pai b) e recomendam o Sul do país c) e incluem o Sul do país d) e aconselham o Sul do país e) e sugerem o Sul do país Gabarito: 1. A, 2. A, 3. D, 4. C, 5. B, 6. C, 7. E, 8. B, 9. C, 10. E, 11. B, 12. D, 13. E, 14. E, 15. E, 16.E, 17.B, 18.C, 19.C. Téc. Lab./CASAN/AOCP/2016 “Estamos Enlouquecendo Nossas Crianças! Estímulos Demais... Concentração de Menos” 31 Maio 2015 em Bem-Estar, filhos Vivemos tempos frenéticos. A cada década que passa o modo de vida de 10 anos atrás parece ficar mais distante: 10 anos viraram 30, e logo teremos a sensação de ter se passado 50 anos a cada 5. E o mundo infantil foi atingido em cheio por essas mudanças: já não se educa (ou brinca, alimenta, veste, entretêm, cuida, consola, protege, ampara e satisfaz) crianças como antigamente! O iPad, por exemplo, já é companheiro imprescindível nas refeições de milhares de crianças. Em muitas casas a(s) TV(s) fica(m) ligada(s) o tempo todo na programação infantil – naqueles canais cujo volume aumenta consideravelmente durante os comerciais – mesmo quando elas estão comendo com o iPad à mesa. Muitas e muitas crianças têm atividades extracurriculares pelo menos três vezes por semana, algumas somam mais de 50 horas semanais de atividades, entre escola, cursos, esportes e reforços escolares. Existe em quase todas as casas uma profusão de brinquedos, aparelhos, recursos e pessoas disponíveis o tempo todo para garantir que a criança “aprenda coisas” e não “morra de tédio”. As pré- escolas têm o mesmo método de ensino dos cursos pré-vestibulares. Tudo está sendo feito para que, no final, possamos ocupar, aproveitar, espremer, sugar, potencializar, otimizar e, finalmente, capitalizar todo o tempo disponível para impor às nossas crianças uma preparação praticamente militar, visando seu “sucesso”. O ar nas casas onde essa preocupação é latente chega a ser denso, tamanha a pressão que as crianças sofrem por desenvolver uma boa competitividade. Porém, o excesso de estímulos sonoros, visuais, físicos e informativos impedem que a criança organize seus pensamentos e atitudes, de verdade: fica tudo muito confuso e nebuloso, e as próprias informações se misturam fazendo com que a criança mal saiba descrever o que acabou de ouvir, ver ou fazer. Além disso, aptidões que devem ser estimuladas estão sendo deixadas de lado: Crianças não sabem conversar. Não olham nos olhos de seus interlocutores. Não conseguem focar em uma brincadeira ou atividade de cada vez (na verdade a maioria sequer sabe brincar sem a orientação de um adulto!). Não conseguem ler um livro, por menor que seja. Não aceitam regras. Não sabem o que é autoridade. Pior e principalmente: não sabem esperar. Todas essas qualidades são fundamentais na construção de um ser humano íntegro, independente e pleno, e devem ser aprendidas em casa, em suas rotinas. Precisamos pausar. Parar e olhar em volta. Colocar a mão na consciência, tirá-la um pouco da carteira, do telefone e do volante: estamos enlouquecendo nossas crianças, e as estamos impedindo de entender e saber lidar com seus tempos, seus desejos, suas qualidades e talentos. Estamos roubando o tempo precioso que nossos filhos tanto precisam para processar a quantidade enorme de informações e estímulos que nós e o mundo estamos lhes dando. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 14 Calma, gente. Muita calma. Não corramos para cima da criança com um iPad na mão a cada vez que ela reclama ou achamos que ela está sofrendo de “tédio”. Não obriguemos a babá a ter um repertório mágico, que nem mesmo palhaços profissionais têm, para manter a criança entretida o tempo todo. O “tédio” nada mais é que a oportunidade de estarmos em contato conosco, de estimular o pensamento, a fantasia e a concentração. Sugiro que leiamos todos, pais ou não, “O Ócio Criativo” de Domenico di Masi, para que entendamos a importância do uso consciente do nosso tempo. E já que resvalamos o assunto para a leitura: nossas crianças não lêem mais. Muitos livros infantis estão disponíveis para tablets e iPads, cuja resposta é imediata ao menor estímulo e descaracteriza a principal função do livro: parar para ler, para fazer a mente respirar, aprender a juntar uma palavra com outra, paulatinamente formando frases e sentenças, e, finalmente, concluir um raciocínio ou uma estória. Cerquem suas crianças de livros e leiam com elas, por amor. Deixem que se esparramem em almofadas e façam sua imaginação voar! (Fonte: http://www.saudecuriosa.com.br/estamos- enlouquecendo-nossas-criancas-estimulos-demais- concentracao-de-menos/) QUESTÃO 01 Qual é a ideia central defendida pelo texto “Estamos Enlouquecendo Nossas Crianças! Estímulos Demais... Concentração de Menos”? (A) O texto defende a ideia de que o iPad e a programação infantil incessante são ótimos estímulos sensoriais para educar as crianças na atualidade. (B) O texto defende a ideia de que as crianças da atualidade precisam ocupar todo o seu tempo livre com atividades extracurriculares, visando o sucesso no futuro. (C) O texto defende a ideia de que as crianças da atualidade recebem muitos estímulos sensoriais, mas pouca atenção e tempo suficiente para aprender a lidar com tanto estímulo. (D) O texto defende a ideia de que as crianças da atualidade precisam de mais atividades extracurriculares e brinquedos porque se sentem muito entediadas. (E) O texto defende a ideia de que os pais da atualidade estimulam cada vez mais a imaginação de suas crianças. QUESTÃO 02 De acordo com o texto, o que o excesso de estímulos sensoriais ocasionanas crianças? (A) Esse excesso de estímulos faz que a criança seja mais obediente e respeite mais as regras impostas pelos adultos. (B) Esse excesso de estímulos faz que a criança se prepare para o futuro de forma mais eficiente. (C) Esse excesso de estímulos faz que a criança tenha mais facilidade em organizar seu pensamento e suas atitudes. (D) Esse excesso de estímulos faz que a criança tenha dificuldades em organizar seu pensamento e sua conduta. (E) Esse excesso de estímulos faz que a criança tenha mais imaginação e saiba aproveitar melhor o seu tempo. QUESTÃO 03 Qual é o gênero textual que mais se adequa ao texto “Estamos Enlouquecendo Nossas Crianças! Estímulos Demais... Concentração de Menos”? (A) Relatório Científico. (B) Artigo de opinião. (C) Debate. (D) Charge. (E) Carta. QUESTÃO 04 O texto se apresenta, quase integralmente, na primeira pessoa do plural. Quem seria o “nós” ao qual o texto se refere? (A) Seria todas as crianças da atualidade. (B) Seria os pais e/ou cuidadores das crianças. (C) Seria somente os professores e/ou educadores das crianças. (D) Seria as pessoas que comercializam produtos infantis. (E) Seria apenas crianças que usam iPads. QUESTÃO 05 Nas frases: “Vivemos tempos frenéticos”, “Precisamos pausar”, entre outras, podemos observar qual figura de linguagem? (A) Silepse de pessoa. (B) Perífrase. (C) Elipse. (D) Pleonasmo. (E) Eufemismo. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 15 QUESTÃO 06 Observe o pronome “essa” destacado no quinto parágrafo do texto e assinale a alternativa que melhor descreve o emprego desse pronome no contexto mencionado. (A) O pronome “essa” retoma algo antes mencionado no texto. (B) O pronome “essa” alude a uma situação distante no espaço. (C) O pronome “essa” designa o tempo passado em que se coloca a pessoa que fala. (D) O pronome “essa” designa o tempo futuro em que se coloca a pessoa que fala. (E) O pronome “essa” denota algo que ainda será mencionado no texto. QUESTÃO 07 Assinale a alternativa correta em relação à sintaxe da oração: “Muitas e muitas crianças têm atividades extra-curriculares pelo menos três vezes por semana”. (A) O sintagma “três vezes por semana” é o predicativo do sujeito da oração. (B) O sujeito da oração é o sintagma “atividades extracurriculares”. (C) O sintagma “Muitas e muitas crianças” é o predicado da oração. (D) O sintagma “têm atividades extra-curriculares pelo menos três vezes por semana” é o predicado da oração. (E) O predicado da oração é nominal. QUESTÃO 08 Observe o excerto: “Não obriguemos a babá a ter um repertório mágico, que nem mesmo palhaços profissionais têm, para manter a criança entretida o tempo todo.” A oração destacada é classificada como (A) uma oração subordinada substantiva subjetiva. (B) uma oração subordinada substantiva objetiva direta. (C) uma oração subordinada substantiva objetiva indireta. (D) uma oração subordinada adjetiva restritiva. (E) uma oração subordinada adjetiva explicativa. QUESTÃO 09 Observe a oração “Não corramos para cima da criança com um iPad na mão (...)”. O verbo “correr”, nesse contexto, é (A) um verbo intransitivo. (B) um verbo transitivo direto. (C) um verbo transitivo indireto. (D) um verbo de ligação. (E) um verbo bitransitivo. QUESTÃO 10 No sintagma “uma boa competitividade”, a concordância nominal se dá porque (A) temos uma preposição seguida de dois substantivos femininos singulares. (B) temos uma preposição, um advérbio e um substantivo masculino singular. (C) temos um artigo definido feminino singular, um adjetivo feminino singular e um substantivo masculino singular. (D) temos um artigo definido feminino singular, um adjetivo feminino singular e um substantivo feminino singular. (E) temos um artigo indefinido feminino singular, um adjetivo feminino singular e um substantivo feminino singular. Gabarito: 1. C , 2. D, 3.B, 4.B, 5.C, 6.A, 7.D, 8.E, 9.A, 10.E Analista Administrativo/EBSERH/AOCP/2015 A doçura como virtude Rosely Sayao Muita gente já observou e comentou a respeito do clima tenso e até violento dos comentários na internet. Um xinga de cá, outro devolve num tom acima de lá. Um texto opinativo suscita desafetos e serve de motivo para ataques a quem o escreveu. Uma posição política não partidária dificilmente passa ilesa, e assim por diante. Acontece que esse clima duro, agressivo e hostil que encontramos na rede tem se manifestado também nos relacionamentos interpessoais na realidade. Em muitas empresas, funcionários reclamam da maneira áspera com que são tratados por colegas e chefes, e também dos gritos que ouvem quando cometem alguma falha ou deslize. Nunca se soube de tantos gritos, palavrões e choros em ambientes organizacionais. Nos relacionamentos impessoais, que ocorrem nos espaços públicos entre pessoas que não se conhecem, acontece a mesma coisa. O trânsito, talvez, seja o exemplo mais didático sobre tal clima. Até parece que motoristas e pedestres são inimigos entre si e uns dos outros e, em estado de guerra, andam sempre armados e prontos para rebater o que consideram desaforo. Uma única barbeiragem ou indecisão é suficiente para provocar uma saraivada de impropérios. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 16 Os relacionamentos pessoais e afetivos também têm sofrido dessa dureza na convivência: amigos se destratam por motivos banais e demoram para perdoar uns aos outros; casais, quando enfrentam conflitos e desavenças, perdem o controle de seus impulsos e usam tom e palavras que provocam intenso sofrimentos a ambos. E nas famílias ,claro, isso se repete. Muitas mães e pais, que vivem declarando amor incondicional aos filhos, quando precisam usar a firmeza para dar uma bronca, chamar a atenção ou mesmo cobrar algo deles, perdem a delicadeza e se tornam demasiadamente ásperos. Entre as crianças percebemos com clareza o resultado dessas lições que elas têm aprendido com os adultos: à medida que crescem, cresce também a hostilidade que manifestam a seus pares na convivência. Tem faltado doçura nos relacionamentos interpessoais e no trato com as crianças. A doçura é uma virtude. Ela, portanto, pode – e deve – ser ensinada. Não é grande, porém, o número de pais que se ocupam com os ensinamentos de virtudes a seus filhos. Muitas, hoje, são confundidas com fraqueza e, por esse motivo, muitos pais hesitam em ensiná-las aos filhos. A própria doçura é uma delas! Já ouvi um pai reclamar com o filho de pouco mais de nove anos por ele não ter respondido em tom agressivo a uma provocação de um colega, dizendo: “Você tem sangue de barata!”. É possível ensinar o que for preciso aos filhos com doçura. Mesmo em situações estressantes – quando os filhos desobedecem, transgridem, agridem, desrespeitam, fazem manha, birra e tudo o mais que eles sabem muito bem fazer – é possível ter e manter a calma, o que possibilita que o que for preciso ser dito seja feito com suavidade e doçura. Mesmo os pais que se identificam como “muito chatos” com os filhos ou bem rigorosos na educação que praticam podem manifestar ternura em seus atos. As reclamações sobre os estilos dos relacionamentos nesse mundo são tantas, que muitos pais tentam proteger seus filhos, colocandoos em verdadeiras “redomas” que, no entanto, se arrebentam quando os filhos chegam à adolescência. Talvez seja mais efetivo se esforçarem, com o uso e o ensinamento das virtudes – hoje, da doçura em especial – para que essa realidade mude. Adaptado de http://www1.folha.uol.com.br/colunas/roselysayao/20 15/02/1590810- QUESTÃO 01 De acordo com o texto, é correto afirmar que (A) os ambientes organizacionais não são afetados pela agressividade comum na internet. (B) o clima hostil e agressivo encontrado no mundo virtual está se estendendo para os relacionamentos interpessoais domundo real. (C) em situações estressantes com os filhos é impossível os pais manterem a calma e agirem com suavidade. (D) o clima hostil e agressivo dos relacionamentos interpessoais limita-se ao mundo virtual, à rede. (E) os relacionamentos familiares são os únicos que não foram atingidos pela aspereza e agressividade comuns na rede. QUESTÃO 02 No excerto “Um texto opinativo suscita desafetos e serve de motivo para ataques a quem o escreveu.”, o termo destacado significa (A) apresentar. (B) resgatar. (C) selecionar. (D) provocar. (E) enfatizar. QUESTÃO 03 Em “Ela, portanto, pode – e deve – ser ensinada.”, o termo destacado expressa (A) adversidade. (B) explicação. (C) alternância. (D) conclusão. (E) finalidade. QUESTÃO 04 Em “Já ouvi um pai reclamar com o filho de pouco mais de nove anos por ele não ter respondido em tom agressivo a uma provocação de um colega, dizendo: “Você tem sangue de barata!”.”, as aspas, no trecho destacado, foram utilizadas para realçar (A) uma citação direta. (B) um estrangeirismo. (C) ironicamente a expressão. (D) um neologismo. (E) o título de uma obra. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 17 QUESTÃO 05 Em “Muitas mães e pais, que vivem declarando amor incondicional aos filhos,...”, o termo destacado pode ser substituído, sem que haja prejuízo semântico ou sintático, por (A) dos quais. (B) quem. (C) eles. (D) nos quais. (E) os quais. QUESTÃO 06 Em “Muitas, hoje, são confundidas com fraqueza...”, as vírgulas foram utilizadas para (A) separar termos de mesmo valor sintático. (B) separar uma oração temporal antecipada. (C) separar um termo que denota tempo e que está antecipado e intercalado. (D) separar um termo que se refere a lugar e que está antecipado e intercalado. (E) isolar vocativo. QUESTÃO 07 Em “O trânsito, talvez, seja o exemplo mais didático sobre tal clima.”, o termo destacado expressa (A) afirmação. (B) dúvida. (C) intensidade. (D) localização espacial. (E) negação. QUESTÃO 08 Em “Não é grande, porém, o número de pais que se ocupam com os ensinamentos de virtudes a seus filhos.”, o termo destacado pode ser substituído, sem que haja prejuízo semântico ou sintático, por (A) logo. (B) pois. (C) assim. (D) entretanto. (E) portanto. QUESTÃO 09 Em “A doçura é uma virtude.”, o termo destacado é (A) predicativo do sujeito. (B) sujeito da oração. (C) objeto direto. (D) objeto indireto. (E) complemento nominal. QUESTÃO 10 Assinale a alternativa correta quanto à acentuação dos pares. (A) Política – politicágem. (B) Partidário – partído. (C) Própria – propriedáde. (D) Família – familiár. (E) Único – unívoco. Gabarito: 1.B, 2.D, 3.D, 4.A, 5.E, 6.C, 7.B, 8.D, 9.A, 10.E Assistente Administrativo – AOCP - EBSERH/HUJB – UFCG - 2016 EXIGÊNCIAS DA VIDA MODERNA Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro. E uma banana pelo potássio. E também uma laranja pela vitamina C. Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes. Todos os dias, deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que consome o dobro do tempo. Todos os dias, deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão). Cada dia uma Aspirina, previne infarto. Uma taça de vinho tinto também. Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso. Um copo de cerveja, para… não lembro bem para o que, mas faz bem. O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber. Todos os dias, deve-se comer fibra. Muita, muitíssima fibra. Fibra suficiente para fazer um pulôver. Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente. E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada. Só para comer, serão cerca de cinco horas do dia… E não se esqueça de escovar os dentes depois de comer. Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax. Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia. Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco comendo são vinte e uma. Sobram três, desde que você não pegue trânsito. As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia. Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma). E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando eu estiver viajando. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 18 Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as informações. [...] Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha um bichinho de estimação. Na minha conta são 29 horas por dia. A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo! Por exemplo, tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os dentes. Chame os amigos junto com os seus pais. Beba o vinho, coma a maçã e a banana junto com a sua mulher… na sua cama. Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésio. [...]. Adaptado de: <http:www.refletirpararefletir.com.br/4- cronicas-de-luis-fernando-verissimo>. Acesso em: 17 out. 2016. 1. Em relação ao texto, assinale a alternativa correta. (A) O texto permite ao leitor refletir sobre a forma como as pessoas se comportam diante dos afazeres do dia a dia e o que elas priorizam. Assim, o objetivo do autor é transmitir ensinamentos para que possamos selecionar táticas e cronometrar o tempo, a fim de cumprir todas as nossas atividades. (B) Na construção do texto, o autor não dialoga com o interlocutor. Desse modo, esse autor expõe suas experiências diárias como se elas fossem comuns a todas as pessoas. (C) O texto expressa uma crítica velada à mídia, a qual nos impõe necessidades como se elas fossem imprescindíveis para o desenvolvimento da nossa rotina. Nesse sentido, o autor expõe que devemos seguir a nossa rotina sem nos preocupar com as atividades diárias que nos são impostas. (D) O autor, de forma irônica, evidencia a intensa rotina de atividades com as quais as pessoas têm que lidar diariamente. Isso se denota, por exemplo, nas seguintes recomendações: comer determinadas frutas todos os dias; ingerir uma xícara de chá verde sem açúcar; beber ao menos dois litros de água, etc. (E) O principal objetivo do texto é mostrar como, na vida moderna, as pessoas estão criando atividades para completar o tempo livre. Assim, os indivíduos preocupam-se mais com a alimentação, por exemplo, organizando uma rotina diária, a fim de praticar todas as atividades necessárias a uma vida saudável. 2. Considerando o texto, assinale a alternativa que apresenta uma figura de estilo presente em “Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora [...]”. (A) Eufemismo. (D) Prosopopeia. (B) Ironia. (E) Silepse. (C) Sinestesia. 3. A respeito da pontuação empregada nos excertos do texto, assinale a alternativa correta. (A) Em “Um copo de cerveja, para… não lembro bem para o que [...]”, as reticências foram empregadas para realçar o que foi exposto anteriormente. (B) Em “Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora [...]”, a vírgula foi utilizada para isolar uma oração subordinada adverbial final. (C) Em“[...] você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis refeições [...]”, a vírgula foi empregada para separar elementos de mesma função sintática. (D) Em “[...] porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente [...]”, os dois-pontos foram utilizados para anunciar uma enumeração. (E) Em “Por exemplo, tomar banho frio com a boca aberta [...]”, a vírgula foi utilizada para isolar o adjunto adverbial. 4. Referente ao excerto “Todos os dias, deve-se comer fibra. Muita, muitíssima fibra.”, assinale a alternativa correta. (A) A palavra “muitíssima” é um adjetivo empregado no grau superlativo absoluto. Esse emprego justifica-se pelo fato de o autor enfatizar a necessidade que as pessoas têm de ingerir fibras. (B) A expressão “todos os dias” funciona como oração subordinada adverbial temporal. (C) Caso fosse feita a seguinte substituição “Todos os dias, é necessário comer fibra. Muita, muitíssima fibra.”, ocorreria prejuízo semântico no excerto. (D) A expressão “todos os dias” funciona como adjunto adnominal e tem o sentido de algo que ocorre rotineiramente. (E) A palavra “muitíssima” é um advérbio de intensidade utilizado pelo autor para enfatizar o consumo de fibra. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 19 5. Assinale a alternativa correta em relação à classificação das orações. (A) Em “Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso.”, há uma oração subordinada substantiva objetiva indireta. (B) Em “Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésio.”, há uma oração subordinada adverbial final. (C) Em “Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as informações.”, o termo em destaque introduz uma oração subordinada adverbial causal. (D) Em “As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia.”, o termo em destaque foi utilizado para introduzir uma oração subordinada substantiva subjetiva. (E) Em “[...] enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax.”, o excerto em destaque evidencia uma oração subordinada adverbial temporal. 6. Assinale a alternativa em que o termo em destaque NÃO pertence à mesma classe gramatical que o termo destacado em “Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã [...]”. (A) “E uriná-los, o que consome o dobro do tempo.”. (B) “[...] e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésio.”. (C) “[...] todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora [...]”. (D) “E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada”. (E) “O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo [...]”. 7. Assinale a alternativa correta. (A) Em “Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã [...]” há duas orações, sendo que, na primeira, o sujeito está elíptico e, na segunda, é o termo “você”. (B) Em “Ainda bem que somos crescidinhos”, o termo em destaque funciona como objeto direto do verbo “ser”. (C) No excerto “[...] assim você toma água e escova os dentes.”, há duas orações sindéticas ligadas pela conjunção “e”, todavia os dois verbos possuem funções sintáticas distintas. (D) Em “Chame os amigos junto com os seus pais.”, a expressão em destaque funciona como objeto direto e o sujeito, que está elíptico, é “você”. (E) No excerto “E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta [...]”, há um período composto por subordinação e o sujeito das orações é o mesmo. 8. Em relação à classificação dos verbos destacados no excerto “Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésio.”, assinale a alternativa correta. (A) O verbo “somos” está na primeira pessoa do plural, no presente do modo indicativo e é um verbo anômalo. O verbo “sobrarem” está na terceira pessoa do plural, no futuro do presente do modo subjuntivo e pertence à primeira conjugação. (B) O verbo “somos” está na primeira pessoa do plural, no presente do modo subjuntivo e é um verbo anômalo. O verbo “sobrarem” está na terceira pessoa do plural, no futuro do presente do modo subjuntivo e pertence à primeira conjugação. (C) O verbo “somos” está na primeira pessoa do plural, no presente do modo indicativo e é um verbo anômalo. O verbo “sobrarem” está na terceira pessoa do plural, no futuro do presente do modo subjuntivo e pertence à segunda conjugação. (D) O verbo “somos” está na primeira pessoa do plural, no presente do modo indicativo e é um verbo defectivo. O verbo “sobrarem” está na terceira pessoa do plural, no futuro do presente do modo subjuntivo e pertence à primeira conjugação. (E) O verbo “somos” está na primeira pessoa do plural, no presente do modo indicativo e é um verbo defectivo. O verbo “sobrarem” está na terceira pessoa do plural, no futuro do presente do modo subjuntivo e pertence à terceira conjugação. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 20 9. Assinale a alternativa correta. (A) Em “E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada.”, o excerto poderia ser reescrito, sem comprometer as regras gramaticais, da seguinte forma: “E nunca esqueça-se de mastigar [...]”. (B) Em “E uriná-los, o que consome o dobro do tempo.”, o pronome “los” retoma “ao menos dois litros de água”, mas seu uso está inadequado no excerto, pois a colocação correta seria “E os urinar, o que consome o dobro do tempo”. (C) Em “E não se esqueça de escovar os dentes depois de comer.”, a colocação do pronome está inadequada, pois, da forma como o excerto está, a pronúncia soa estranha. (D) Em “[...] o que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando eu estiver viajando”, o excerto poderia ser reescrito, sem comprometer as regras gramaticais, da seguinte forma: “[...] o que faz-me pensar em quem [...]”. (E) Em “A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo!”, justifica-se a próclise, pois o pronome relativo “que” é atrativo. 10. Considerando as regras de regência, assinale a alternativa correta. (A) Em “Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.”, há uma inadequação, pois faltou o acento indicativo de crase em “à diabetes”. (B) No excerto “[...] mas que aos bilhões, ajudam a digestão [...]”, há uma inadequação, pois faltou o acento indicativo de crase em “à digestão”. (C) Em “[...] e enquanto tiver dentes, passar fio dental [...]”, há uma inadequação, pois faltou a preposição exigida pela regência do verbo passar. (D) No trecho “As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia”, há uma inadequação, pois o verbo assistir, nesse caso, exige a preposição “a”. (E) Em “[...] dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma”, há uma inadequação, pois faltou o acento indicativo de crase em “à meia hora”. 1.D, 2.B, 3.C, 4.A, 5.E, 6.B, 7.D, 8.A, 9.E, 10.D ANALISTA ADMINISTRATIVO – CONTABILIDADE - EBSERH/HUJB – UFCG – AOCP - 2017 SOMOS OS MAIORES INIMIGOS DE NOSSA POSSIBILIDADE DE PENSAR Contardo Calligaris Um ano atrás, decidi seguir os conselhos de meu filho e abri uma conta no Facebook. A conta é no nome da cachorra pointer que foi minha grande companheira nos anos 1970 e funciona assim: ninguém sabe que é minha conta, não tenho amigos, não posto nada e não converso com ninguém. Uso o Face apenas para selecionar um “feed” de notícias, que são minha primeira leitura rápida de cada dia. Meu plano era acordar e verificar imediatamente os editoriais e as chamadas dos jornais, sites, blogs que escolhi e, claro, percorrer a opinião de meus colunistas preferidos, nos EUA e na Europa. Alguns links eu abriria, mas sem usurpar excessivamente o tempo dedicado à leitura do jornal, que acontece depois, enquanto tomo meu café. Tudo ótimo,no melhor dos mundos. Até o dia em que me dei conta do seguinte: sem que esta fosse minha intenção, eu tinha selecionado só a mídia que pensa como eu – ou quase. Meu dia começava excessivamente feliz, com a sensação de que eu vivia (até que enfim) na paz de um consenso universal. Mesmo na minha juventude, eu nunca tinha conhecido um tamanho sentimento de unanimidade. Naquela época, eu lia “L’Unità” e, a cada dia, identificava-me com o editorial. Não havia propriamente colunistas: a linguagem usada no jornal inteiro já continha e propunha uma visão do mundo. Ora, junto com “L’Unità” eu sempre lia mais um jornal – o “Corriere della Sera”, se eu estivesse em Milão, o “Journal de Genève”, em Genebra, e o “Le Monde”, em Paris. Nesses segundos jornais, eu verificava os fatos (não dava para acreditar nem mesmo no lado da gente) e assim esbarrava nos colunistas – em geral laicos e independentes, sem posições partidárias ou religiosas definidas. Em sua grande maioria, eles não escreviam para convencer o leitor: preferiam levantar dúvidas, inclusive neles mesmos. E era isso que eu apreciava. Hoje, os colunistas desse tipo ainda existem, embora sejam poucos. Eles estão mais na imprensa tradicional; na internet, duvidar não é uma boa ideia, porque é preciso criar e alimentar os consensos do “feed” do Face. O “feed” do Face, elogiado por muitos por ser uma espécie de jornal sob medida, transforma-se, para cada um, numa voz única, um jornal que apresenta apenas uma visão, piorado por uma falsa sensação de pluralidade (produzida pelo número de links). PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 21 A gente se queixa que a mídia estaria difundindo uma versão única e parcial de fatos e ideias, mas a realidade é pior: não são os conglomerados, somos nós que, ao confeccionar um jornal de nossas notícias preferidas, criamos nosso próprio isolamento e vivemos nele. Como sempre acontece, somos nossos piores censores, os maiores inimigos de nossa possibilidade de pensar. De um lado, o leitor do “feed” não se informa para saber o que aconteceu e decidir o que pensar, ele se informa para fazer grupo, para fazer parte de um consenso. Do outro, o comentarista escreve, sobretudo para ser integrado nesses consensos e para se tornar seu porta-voz. O resultado é uma escrita extrema, em que os escritores competem por leitores tanto mais polarizados que eles conseguiram excluir de seu “jornal” as notícias e as ideias com as quais eles poderiam não concordar: leitores à procura de quem pensa como eles. Claro, que não é um caso de ignorância completa, mas a internet potencializa a vontade de se perder na opinião do grupo e de não pensar por conta própria. Essa vontade é a mesma que tínhamos no meu tempo de juventude – se não cresceu. O que temos, na verdade, é uma paixão pelo consenso. Entre consensos opostos, obviamente, não há diálogo nem argumentos, só ódio. Em suma, provavelmente, o resultado último da informação à la carte (que a internet e o “feed” facilitam) será a polarização e o tribalismo. Eu mesmo me surpreendo: em geral, acho chatérrimos os profetas do apocalipse, que estão com medo de que o mundo se torne líquido ou coisa que valha. Mas, por uma vez, a contemporaneidade me deixa, digamos, pensativo. Texto adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/ 2016/09/1817706-somos-os-maiores-inimigos-de-nossa- possibilidade-de-pensar.shtml 1. A partir da leitura do texto, é correto afirmar que (A) o autor relata como ter criado um perfil no Facebook para a sua cachorra da juventude possibilitou que ele tivesse acesso às mais variadas informações, cuja qualidade se compara a dos textos que ele lia na década de 1970 em jornais como o L’Unità”, o “Corriere della Sera” de Milão, o “Journal de Genève” de Genebra e o “Le Monde” de Paris. (B) o autor argumenta sobre como a seleção de informações no feed de notícias do Facebook pode ser direcionada, a partir dos gostos do dono do perfil, para apresentar apenas textos que corroborem com a opinião previamente estabelecida nesse leitor, assim, essa forma de acesso à informação prejudicaria a diversidade informativa recebida, uma vez que reduz a apresentação dos dados a apenas um ponto de vista, sem imparcialidade. (C) o autor explica como a seleção diária de informações apresentadas pelo feed de notícias do Facebook é eficiente para que o leitor se mantenha informado acerca dos mais variados fatos e como essa seleção proporciona, ao leitor, começar o dia excessivamente feliz antes de proceder com a leitura dos jornais impressos que não apresentam, na atualidade, a riqueza de possibilidade dos links apresentados pelo Facebook. (D) o autor coloca em discussão uma comparação entre o acesso à informação na década de 1970 e o acesso à informação na contemporaneidade. Ele defende como o Facebook se tornou uma ferramenta aliada para as pessoas que têm como hábito antigo a leitura matinal dos jornais impressos. Para o autor, apesar da seleção parcial de informações, o feed de notícias é importante, pois proporciona acesso rápido e sempre atualizado dos fatos. (E) o autor explica como, há um ano, seguindo o conselho de seu filho, fez um perfil no Facebook e passou a ter acesso a informações do mundo todo pelo feed de notícias da rede social. Ele relata como acorda e verifica, imediatamente, os editoriais, as chamadas dos jornais e de seus colunistas preferidos e como, desde então, passou a viver no melhor dos mundos, pois identificou que o posicionamento crítico de toda mídia é imparcial. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 22 2. Referente à expressão “vivia na paz de um consenso universal”, em relação ao contexto em que ela aparece no texto, é correto afirmar que (A) expressa o saudosismo do autor do texto ao se referir a sua juventude, quando acompanhava as notícias do mundo em diversos jornais, de nacionalidades europeias diferentes e posicionamento político e religioso indefinidos. (B) expressa a sensação de paz sentida pelo autor por ter um perfil no Facebook, mas não divulgar seu perfil para ninguém, não ter amigos, não postar nada e não conversar com ninguém. (C) expressa como o autor vivia, na Europa da década de 1970, juntamente com sua grande companheira, uma cachorra pointer a quem ele homenageou recentemente criando um perfil no Facebook. (D) expressa como o dia do autor do texto começa excessivamente feliz e ele se sente no melhor dos mundos quando se dedica à leitura do jornal enquanto toma café. (E) expressa como a leitura de informações direcionadas, no Facebook, especificamente para o autor do texto fazia com que ele tivesse a ilusão de que todas as mídias concordavam com a opinião dele. 3. Em relação às afirmações apresentadas a seguir, considerando para tanto a leitura do texto, assinale apenas a alternativa completamente correta. (A) No excerto “Naquela época, eu lia “L’Unità” e, a cada dia, identificava-me com o editorial.”, a expressão “naquela época” se refere à fase em que o autor do texto lia as notícias no feed do Facebook. (B) No excerto “Eles estão mais na imprensa tradicional [...]”, o pronome “eles” poderia ser substituído, sem prejuízos para o sentido expresso no texto, por “Os leitores”. (C) No excerto “[...] somos nós que, ao confeccionar um jornal de nossas notícias preferidas, criamos nosso próprio isolamento e vivemos nele.”, o termo “nele” se refere a “jornal”. (D) No excerto “Nesses segundos jornais, eu verificava os fatos [...]”, a expressão “nesses segundos jornais” se refere ao segundo jornal que o autor do texto lia diariamente, durante a sua juventude, juntamente com a leitura do “L’Unità”. (E) No excerto “Essa vontade é a mesma que tínhamos no meu tempo de juventude [...]”, a expressão “essa vontade” se refere à vontade que o autor tinha, na juventude, dese manter imparcialmente bem informado. 4. Em relação às palavras “cachorra”, “companheira”, “excessivamente” e “apocalipse”, retiradas do texto, assinale a alternativa que apresenta a correta divisão silábica de todas elas. (A) ca.chor.ra; com.pa.nhei.ra; ex.ces.si.va.men.te e a.po.ca.lip.se. (B) ca.cho.rra; com.pa.nhei.ra; ex.ces.si.va.men.te e a.po.ca.li.pse. (C) ca.chor.ra; com.pan.hei.ra; e.xce.ssi.va.men.te e a.po.ca.lip.se. (D) ca.chor.ra; com.pa.nhei.ra; ex.ce.ssi.va.men.te e a.po.ca.li.pse. (E) ca.cho.rra; com.pa.nhei.ra; ex.ce.ssi.va.men.te e a.po.ca.li.pse. 5. A respeito das palavras destacadas nos excertos “Um ano atrás, decidi seguir os conselhos de meu filho e abri uma conta no Facebook.” e “Claro, que não é um caso de ignorância completa [...]”, é correto afirmar que (A) há encontro consonantal em filho e conta, dígrafo em claro e seguir e ditongo crescente em meu. (B) há dígrafo em filho, claro e seguir, ditongo crescente em meu e encontro consonantal em conta. (C) há dígrafo em seguir, filho e conta, ditongo decrescente em meu e encontro consonantal em claro. (D) há dígrafo em filho e claro, ditongo em seguir e meu e encontro consonantal em conta. (E) há hiato em meu e seguir, dígrafo em filho e encontro consonantal em conta e claro. 6. Em relação aos termos que compõem o excerto “A conta é no nome da cachorra pointer que foi minha grande companheira durante minha juventude nos anos 1970 e funciona assim: ninguém sabe que é minha conta, não tenho amigos, não posto nada e não converso com ninguém.”, é correto afirmar que (A) o primeiro “que” classifica-se como pronome relativo e o segundo “que” é uma conjunção integrante. (B) o primeiro e o segundo pronome “minha” são possessivos e referem-se à palavra “cachorra”, concordando com ela, e o terceiro pronome “minha” concorda com o feminino da palavra “conta”. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 23 (C) a palavra “funciona” concorda com o feminino da expressão “a conta” que inicia o excerto em questão. (D) a palavra “assim” é invariável, pois trata-se de um advérbio de intensidade. (E) tanto o primeiro quanto o segundo “que” funcionam como conjunção integrante. 7. Em relação ao excerto “Alguns links eu abriria, mas sem usurpar excessivamente o tempo dedicado à leitura do jornal, que acontece depois, enquanto tomo meu café.”, assinale a alternativa correta. (A) O verbo “abriria” é intransitivo e possui sujeito simples cujo núcleo se encontra no pronome “eu”. (B) O vocábulo “excessivamente” caracteriza-se por modificar a intensidade do substantivo “o tempo”. (C) A palavra “enquanto” introduz uma oração subordinada adverbial proporcional. (D) A conjunção adversativa “mas” funciona, nesse caso, como conjunção aditiva e poderia, sem prejuízos sintáticos e semânticos, ser substituída pela conjunção “e”. (E) O “que” tem função anafórica e retoma “leitura do jornal”, funcionando como sujeito. 8. Referente aos excertos “Uso o Face apenas para selecionar um “feed” de notícias[...]” e “O resultado é uma escrita extrema[...]”, assinale a alternativa correta. (A) Tanto no primeiro quanto no segundo excerto há verbo transitivo direto. (B) No primeiro excerto, o “para” introduz uma noção de finalidade e, no segundo excerto, identificase sujeito simples. (C) No primeiro excerto, há verbo transitivo indireto e, no segundo excerto, há predicativo do sujeito. (D) Tanto no primeiro quanto no segundo excerto há indeterminação de sujeito. (E) No primeiro excerto, o “para” introduz uma noção de modo e, no segundo excerto, há verbo de ligação. 9. Em relação às afirmações a seguir, assinale a alternativa correta. (A) No excerto “Meu plano era acordar e verificar imediatamente os editoriais e as chamadas dos jornais[...]”, o termo “meu” introduz uma noção de posse e o termo “imediatamente” é um advérbio que se formou a partir de um processo de derivação prefixal. (B) No excerto “Em sua grande maioria, eles não escreviam para convencer o leitor: preferiam levantar dúvidas, inclusive neles mesmos.”, o termo “para” introduz uma noção de finalidade e “eles” pertence à classe das preposições. (C) No excerto “Mesmo na minha juventude, eu nunca tinha conhecido um tamanho sentimento de unanimidade.”, o termo “mesmo” introduz uma noção de condição e tanto a palavra “tamanho” quanto a palavra “juventude” têm dígrafo. (D) No excerto “Hoje, os colunistas desse tipo ainda existem, embora sejam poucos.”, o “embora” introduz uma noção de concessão e o verbo “existem” concorda com o núcleo do sujeito “colunistas”. (E) No excerto “[...] a internet potencializa a vontade de se perder na opinião do grupo e de não pensar por conta própria.”, a conjunção aditiva “e” coordena dois complementos nominais que especificam o substantivo “vontade” e o verbo “potencializa” é bitransitivo. 10. Referente ao trecho “Eu mesmo me surpreendo: em geral, acho chatérrimos os profetas do apocalipse, que estão com medo de que o mundo se torne líquido ou coisa que valha.”, é correto afirmar que (A) a palavra “surpreendo” possui tanto encontro consonantal quanto dígrafo e “profetas” está flexionada no feminino plural. (B) a palavra “mesmo” é invariável e tanto a palavra “apocalipse” quanto a palavra “profetas” possuem dígrafo. (C) a expressão “em geral” pode ser substituída, sem prejuízo de valor para a compreensão do texto, pela palavra “geralmente” e as palavras “chatérrimos” e “líquido” têm acentuação justificada pela mesma regra. (D) o verbo “acho” é transitivo direto e o verbo “surpreendo” está na forma nominal do particípio passado. (E) tanto a expressão “me surpreendo” como a expressão “se torne” são reflexivas, ou seja, o sujeito pratica e, ao mesmo tempo, sofre a ação e o sujeito do verbo “estão” é “chatérrimos”. 1.B, 2.E, 3.D, 4.A, 5.C, 6.A, 7.E, 8.B, 9.D, 10.C PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 24 3. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA Mensagem é o que uma pessoa transmite à outra na forma de linguagem. A comunicação ocorre quando, ao emitirmos uma mensagem, nos fazemos compreender por uma pessoa e modificamos seu comportamento. Linguagem é a representação do pensamento por meio de sinais que permitem a comunicação e a interação entre as pessoas. Código é o conjunto de sinais convencionados socialmente para a transmissão de mensagens. Língua é um tipo de código formado por palavras e leis combinatórias por meio do qual as pessoas se comunicam e interagem entre si. Variedades linguísticas são as variações que uma língua apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada. Norma Culta é a língua padrão, a variedade linguística de maior prestígio social. Norma Popular são todas as variedades linguísticas diferentes da língua padrão. Gíria é quase sempre criada por um grupo social, como o dos fãs de rap, de heavy metal, o dos que praticam certas lutas, como capoeira, jiu-jítsu, etc. Quando ligada a profissões, a gíria é chamada de jargão. É o caso do jargão dos jornalistas, dos médicos, dos dentistas e de outras profissões. Graus de formalismo São muitos os tipos de registro quanto ao formalismo. Conheça alguns deles: Formal: linguagem cuidada, na variedade culta e padrão. É o caso da escrita dos bons jornais e revistas. Coloquial: aparece no diálogo entre duas pessoas. Sem planejamento prévio, caracteriza-se por construções gramaticais soltas, repetições frequentes, frases curtas, conectivos simples, etc. Informal: é o caso de correspondência entre membros de uma família ou amigos íntimos e caracteriza-se pelo uso de abreviações, ortografia simplificada, construções simples. Existem basicamente duas modalidades de língua: 1) a línguade modalidade culta, língua culta ou língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por base a norma culta, forma linguística utilizada pelo segmento mais culto e influente de uma sociedade. Constitui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comunicação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colaborando na educação, e não o contrário; 2) a língua de modalidade popular; língua popular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais diversas, tem o seu limite na gíria e no calão. Ex.: Estou preocupado. (norma culta) Tô preocupado. (língua popular) Tô grilado. (gíria, limite da língua popular) PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 25 EXERCÍCIOS 1. Considerando as diferenças entre língua oral e língua escrita, assinale a opção que representa uma inadequação da linguagem usada ao contexto: a) "o carro bateu e capotô, mas num deu pra vê direito" - um pedestre que assistiu ao acidente comenta com o outro que vai passando. b) "E ai, ô meu! Como vai essa força?" - um jovem que fala para um amigo. c) "Só um instante, por favor. Eu gostaria de fazer uma observação" - alguém comenta em uma reunião de trabalho. d) "Venho manifestar meu interesse em candidatar- me ao cargo de Secretária Executiva desta conceituada empresa" - alguém que escreve uma carta candidatando-se a um emprego. e) "Porque se a gente não resolve as coisas como têm que ser, a gente corre o risco de termos, num futuro próximo, muito pouca comida nos lares brasileiros"- um professor universitário em um congresso internacional. 2. Relacione as colunas, após a leitura dos textos: ( a ) língua culta ( b ) língua coloquial ( c ) regionalismo ( d ) língua inculta ( e ) gíria ( f ) língua técnica ( ) 1. Descobri um mocó para enrustir a grana. ( ) 2. “A âncora cambial, complicada por natureza, hospeda uma bomba-relógio: o regime de conversão voluntária de preços e salários pela correção diária do câmbio, vulgo Unidade de Conta (UC). Que também poderia ser Unidade de Câmbio (UC)” . (Joelmir Beting. O Estado de S. Paulo 27/11/93) ( ) 3. “- Aquele cabeludo ali, professora, também ajuda? - Aquele? É o iaque, um boi da Ásia Central. Aquele serve de montaria e de burro de carga. Do pelo se fazem perucas bacaninhas. E a carne, dizem que é gostosa. - Mas se serve de montaria, como é que a gente vai comer ele?” (Carlos Drummond de Andrade) ( ) 4. “Os casais vão se juntando, nas arribadas. Braçada de pau roliço de dedo-de-deus e palma de coqueiro, isso chega demais para o rancho da vereda. E toca a nascer mais cabocladinha gazeta neste mundão abençoado. E tudo tal e qual: carinha chupada, barbinha vasqueira, faquinha na cintura. E pitando, e cuspindo de esguicho. E guardando dia santo.” (Mário Palmério) ( ) 5. “Concluamos, pois. O estrangeirismo é um fenômeno natural, que revela a existência de uma certa mentalidade comum. Os povos que dependem economicamente e intelectualmente de outros não podem deixar de adotar, com os produtos e idéias vindas de fora, certas formas de linguagem que lhes não são próprias.” (M. Rodrigues Lapa) ( ) 6. Como vamu pará desse tipo? Os cabra anda atrás da gente e num acha nada. As usina derruba as casa e a gente tomamu a estrada. ( ) 7. “Várias são as fontes de coerência de um texto. Uma das principais é a adequação do texto à sua macroestrutura.” (Antônio Suarez Abreu) ( ) 8. “Quando um hôme do sertão, passando vê uma frô, não apanha a fulô com a mão!... Apára e, despois, siguindo, Leva a frô no pensamento E o arôma no coração!” (Catulo da Paixão Cearense) Gabarito: 1. E, 2. 1(e), 2(f), 3(b), 4(c), 5(a), 6(d), 7(f), 8(c) PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 26 4. O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO E AS FUNÇÕES DA LINGUAGEM ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO 1. emissor - emite, codifica a mensagem 2. receptor - recebe, decodifica a mensagem 3. referente – (assunto) contexto relacionado a emissor e receptor 4. mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor 5. código - conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem 6. canal - meio pelo qual circula a mensagem Obs.: as atitudes e reações dos comunicantes são também referentes e exercem influência sobre a comunicação FUNÇÕES DA LINGUAGEM 1. Função emotiva (ou expressiva) Centralizada no emissor, revelando sua opinião e emoção. Nela prevalece a 1ª pessoa do singular, interjeições e exclamações. É linguagem de biografias, memórias, poesias líricas e cartas de amor “Eu sei que vou te amar, por toda minha vida vou te amar... “Ando meio desligado, eu nem sinto os meus pés no chão...” 2. Função apelativa (ou conativa) Centraliza-se no receptor; o emissor procura influenciar o comportamento do receptor. É comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. Usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor. Leia O LIBERAL, o Jornal da Amazônia! Compre Batom, compre Batom, seu filho merece Batom! 3. Função referencial (ou denotativa) Centralizada no referente, quando o emissor procura oferecer informações da realidade. Objetiva, direta, denotativa, prevalecendo a 3ª pessoa do singular. Linguagem usada nas notícias de jornal e livros científicos. “A imprudência e a má conservação das rodovias estão matando cada vez mais” “É necessário investir em educação para acabar com a violência.” 4. Função poética Centralizada na mensagem, revelando recursos imaginativos criados pelo emissor. Afetiva, sugestiva, conotativa, ela é metafórica. Valorizam- se as palavras, suas combinações. É a linguagem figurada apresentada em obras literárias, letras de música, em algumas propagandas etc. A solidão e uma canoa. Navega o corpo e a alma voa. A vida vem em ondas como o mar. 5. Função metalinguística Centralizada no código, usando a linguagem para falar dela mesma. A poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. Principalmente os dicionários são repositórios de metalinguagem. “A língua portuguesa é um código” “MUVUCA é uma reunião de pessoas alegres para uma comemoração.” 6. Função fática Centralizada no canal, tendo como objetivo prolongar ou não o contato com o receptor, ou testar a eficiência do canal. Linguagem das falas telefônicas, saudações e similares. Percebe? Estou falando. Como é? Fala mais alto! Obs.: Em um mesmo texto podem aparecer várias funções da linguagem. O importante é saber qual a função predominante no texto, para então defini-lo. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 27 EXERCÍCIOS 1. Reconheça a função de linguagem predominante nos atos ou nas situações de comunicação a seguir: a) "o hábito de caminhar é saudável e não apresenta contraindicação. É considerado pelos médicos como um dos melhores exercícios aeróbicos que se pode fazer. Além disso, não exige equipamento sofisticado ou matrícula em academias de ginástica." Folha de São Paulo b) Alô, alô marciano, Aqui quem fala é da terra... (Rita Lee) c) "Deus, ó Deus, onde estás que não respondes? Em que mundo, em que estrela tu te escondes Embuçado nos céus? Castro Alves d) O petróleo está em tudo. Escovas de dentes, maquiagens, roupas, calçados, artigos esportivos, discos, fitas de áudio, brinquedos, eletrodomésticos, remédios, fertilizantes, tintas, pneus, adesivos, impermeabilizantes, equipamentos cirúrgicos,tecidos sintéticos, óleo combustível, gasolina, gás de cozinha, lubrificantes. Praticamente tudo o que você utiliza no seu dia a dia tem petróleo em sua composição. A lista é quase infinita. Mas estamos trabalhando duro para ampliá-la ainda mais. Porque descobrir, transportar, refinar e comercializar petróleo é a nossa missão para tornar a sua vida cada vez mais confortável. 2. Em relação às funções da linguagem, qual é as diferença entre os três textos abaixo: a) "Amor. [do latim amore]. S.m. 1. Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa (...)" Aurélio Buarque de Holanda Ferreira b) "Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer." Camões c) "Os gregos viram no Amor sobretudo uma força unitiva e organizadora e estenderam-na sobre o fundamento do Amor sexual, da concórdia política e da amizade.” Nicola Abbaquano 3. Indique a função de linguagem que prevalece nos textos abaixo: a) "É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão." (Constituição da República Federativa do Brasil, art. 227) b) Touro 21/04 a 20/05 É possível que surja algum tipo de tensão entre você e a pessoa com a qual convive. Trata-se de uma tensão necessária e oportuna para que ambos consigam, juntos, aprimorar o relacionamento e se livrar de mal- entendidos. Dialogue, expresse suas dúvidas e evitará problemas. Gabarito: 1. a) referencial, b) fática, c) conativa, d) conativa. 2. a) metalinguística, b) poética, c) referencial. 3. a) referencial, b) conativa PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 28 5. RELAÇÕES SEMÂNTICO-LEXICAIS, COMO METÁFORA, METONÍMIA, ANTONÍMIA, SINONÍMIA, HIPERONÍMIA, HIPONÍMIA, REITERAÇÃO, COMPARAÇÃO, REDUNDÂNCIA E OUTRAS. SEMÂNTICA DENOTAÇÃO: o sentido literal, real das palavras. CONOTAÇÃO: sentido figurado das palavras. Fenômenos Semânticos 1. POLISSEMIA (Polys, do grego, significa “muito”) é a capacidade que uma palavra tem de assumir diferentes significações ou sentido. a) O sol é uma estrela de quinta grandeza. b) Clarissa é a estrela de sua turma. c) Fernanda Montenegro é uma estrela nacional. d) Não desanime, meu filho, confie em sua estrela. 2. SINÔNIMOS São palavras que apresentam, entre si, o mesmo significado. triste = melancólico. resgatar = recuperar maciço = compacto ratificar = confirmar 3. ANTÔNIMOS São palavras que apresentam, entre si, sentidos contrários. bom x mau bem x mal condenar x absolver 4. HOMÔNIMOS São palavras iguais na forma e diferentes na significação. Há três tipos de homônimos: 4.1. HOMÔNIMOS HOMÓFONOS Têm o mesmo som e grafias diferentes. sessão (reunião), seção (repartição) e cessão (ato de ceder); concerto (harmonia) e conserto (remendo). 4.2. HOMÔNIMOS HOMÓGRAFOS Têm a mesma grafia e sons diferentes. almoço (refeição) e almoço (verbo almoçar); sede (vontade de beber) e sede (residência). 4.3. HOMÔNIMOS PERFEITOS Têm a mesma grafia e o mesmo som. cedo (advérbio) e cedo (verbo ceder); meio (numeral), meio (adjetivo) e meio (substantivo). 5. PARÔNIMOS São palavras de significação diferente, mas de forma parecida: retificar e ratificar; emergir e imergir. 6. AMBIGUIDADE Ocorre a ambiguidade quando o leitor vacila diante de mais de uma possibilidade de entendimento do que foi expresso. Uma série de causas estruturais pode causar ambiguidade. a) Pedro e Paulo vão desquitar-se. (Mau uso da coordenação) b) O aluno enjoado saiu da sala. (Má colocação de palavra) c) João encontrou Maria e lhe disse que sua prima estava doente. (Mau uso de possessivos) Eis uma lista com alguns homônimos e parônimos: acender = atear fogo ascender = subir amoral = indiferente à moral imoral = contra a moral, libertino, devasso apreçar = marcar o preço apressar = acelerar arrear = pôr arreios arriar = abaixar bucho = estômago de ruminantes buxo = arbusto ornamental caçar = abater a caça cassar = anular cela = aposento sela = arreio censo = recenseamento senso = juízo cessão = ato de doar seção ou secção = corte, divisão sessão = reunião chá = bebida xá = título de soberano no Oriente chalé = casa campestre xale = cobertura para os ombros cheque = ordem de pagamento xeque = lance do jogo de xadrez, contratempo comprimento = extensão cumprimento = saudação concertar = harmonizar, combinar consertar = remendar, reparar conjetura = suposição, hipótese conjuntura = situação, circunstância coser = costurar cozer = cozinhar deferir = conceder diferir = adiar descrição = representação PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 29 discrição = ato de ser discreto descriminar = inocentar discriminar = diferençar, distinguir despensa = compartimento dispensa = desobrigação despercebido = sem atenção, desatento desapercebido = desprevenido discente = relativo a alunos docente = relativo a professores emergir = vir à tona imergir = mergulhar eminente = nobre, alto, excelente iminente = prestes a acontecer esperto = ativo, inteligente, vivo experto = perito, entendido espiar = olhar sorrateiramente expiar = sofrer pena ou castigo estada = permanência de pessoa estadia = permanência de veículo flagrante = evidente fragrante = aromático fuzil = carabina fusível = resistência de fusibilidade calibrada incerto = duvidoso inserto = inserido, incluso incipiente = iniciante insipiente = ignorante indefesso = incansável indefeso = sem defesa infligir = aplicar pena ou castigo infringir = transgredir, violar, desrespeitar intemerato = puro, íntegro, incorrupto intimorato = destemido, valente, corajoso intercessão = súplica, rogo interse(c)ção= ponto de encontro de duas linhas laço = laçada lasso = cansado, frouxo ratificar = confirmar retificar = corrigir soar = produzir som suar = transpirar sortir = abastecer surtir = originar sustar = suspender suster = sustentar tacha = brocha, pequeno prego taxa = tributo tachar = censurar, notar defeito em taxar = estabelecer o preço vultoso = volumoso vultuoso = atacado de vultuosidade (congestão na face) EXERCÍCIOS 1. Ao seguinte trecho: “Festejar ter que pagar pedágio / sem ter estradas para caminhar / Comemorar ter filho e mulher / Sem ter pão para dar de comer / Sem poder ter de levantar cedo / Para o emprego que não há...”, o verbo ter, nas suas várias ocorrências e contextos, A) adquire significados diferentes. Trata-se de um caso de polissemia. B) possui o mesmo significado. Trata-se de um caso de homonímia. C) sugere significados diversos para uma mesma mensagem. Trata-se de um caso de ambiguidade. D) estabelece relação de semelhança nos seus significados. Trata-se de um caso de sinonímia. 2. Nas seguintes passagens do texto: “... dá as pistas que vão envolvendo o leitor.” e “E é um conhecimento vão.”, os vocábulos grifados têm, rigorosamente, a mesma forma fônica, o que aparenta se tratar de uma única palavra. Mas, ao primeiro exame, pode-se observar que, dentro dos seus respectivos contextos, não têm o mesmo sentido e pertencem a classes gramaticais diferentes. É um caso de: (A) sinonímia. (B) homonímia (C) antonímia (D) polissemia 3. “Vai ser uma expectativa nervosa para quem gosta de futebol e, habitualmente, andar de avião.” O sentido do verbo andar, na frase acima , depende do contexto , isto é , da soma da relação entre as palavras, formada dentro desse conjunto. Nessa situação, o verboandar apresenta a propriedade semântica da: A) sinonímia. B) polissemia C) ambiguidade D) paronímia Gabarito: 1.a, 2.b, 3.b PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 30 EXERCÍCIOS COM PALAVRAS E EXPRESSÕES CONCORRENTES E DUVIDOSAS ONDE =com verbos que exigem preposição EM; AONDE = com verbos que exigem preposição A; DONDE = com verbos que exigem preposição DE. AO ENCONTRO DE = “a favor de, no mesmo sentido” DE ENCONTRO A = “oposição, contra, colisão” PORQUÊS – quatro são os porquês: porque: conjunção, causa ou explicação. = pois: porquê: substantivo, aceita pluralização. Vem acompanhado de artigo, numeral, pronome. por que: preposição + pronome relativo; pode ser trocado fielmente por pelo qual (e variações): por que: preposição + pronome interrogativo; pode-se pospor a palavra motivo, se vier no final por quê. SE NÃO=conj. condicional + adv. de negação; = caso não: SENÃO = a não ser, = do contrário,= defeito, erro. HÁ = tempo decorrido. = (Faz ...que) A = preposição, ideia de futuro, distância (daqui a) ACERCA DE = “sobre, em relação a”: A CERCA DE = preposição “a” + “aproximadamente” HÁ CERCA DE = existe aproximadamente ou faz aproximadamente (tempo decorrido). AFIM = igual, adjetivo que indica afinidade. A FIM DE = para, locução prepositiva, indica finalidade. EM VEZ DE = “no lugar de” (diferentes e opostos) AO INVÉS DE = “ao contrário de” (oposição, antíteses) 01. Complete com as palavras indicadas nos parênteses: (acerca de / a cerca de / há cerca de / cerca de) ___________ uma hora chegaste. ___________ duas pessoas na sala Falávamos ___________ política ___________ duas pessoas demos os ingressos. ___________ duas pessoas compareceram à reunião. (afim / a fim de ) Nossas ideias são ___________ Estudamos ___________ passar. Estou ___________ ti. (ao encontro de/ de encontro a) Suas ideias sempre vão ___________ minhas, por isso brigamos tanto. Genoveva foi ___________ namorado. O caminhão foi ___________ muro. ( a princípio/ em princípio) ____________, o casamento é para sempre. ____________ , no casamento tudo são flores. (em vez de / ao invés de) ____________ almoçar, jantou. ____________ subir, desceu. (há uma hora / a uma hora) ____________ saíste. Daqui ____________ sairás. (onde/ aonde/ donde) ____________está você agora? ____________ você veio? _____________ você vai? ____________ você foi morar? (por que/ por quê/ porque/ porquê) Não sei ____________ você não veio. Esse é o caminho ____________ sempre passo. Você não veio ____________ estava cansado? Não conheço esse ____________. Ele não veio, não sei ____________. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 31 (Se não / Senão) Corra, ____________ perderá condução. Você perderá a condução, ____________ correr. Não fez nada ____________ dormir. Seu único ____________ é o egoísmo. EXERCÍCIOS 1. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente. a) palidez - francezes - pretencioso b) fuzível - beleza - rigoroso c) holandezes - fuzarca - pesquisa d) quisesse - rapides - talentoso e) catequizar - burguês – análise 2. assinale a alternativa com palavras corretamente escritas: a) Espero que vocês viajem bem; b) A poetiza escreveu belos versos; c) A lage daquela casa não é muito resistente; d) Não visitei minha tia que está com cachumba; e) O ladrão passou só três meses no xadrês. 3. assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente escritas: a) Aonde você estava? b) Brigamos porque suas ideias vão ao encontro das minhas. c) Você não veio por que estava dormindo? d) Estudas tanto afim de ter uma vida melhor e) Ele me perguntou, não sei por quê, se você viria. 4. assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente escritas: a) “Ninguém vem ao Pai senão por mim” (JC) b) Não se sabe porque o Brasil investe pouco em educação. c) Ao invés de estudar, foi pra farra. d) Onde você pensa que vai? e) Distribuí informativos acerca de cem pessoas. 5. Preencha as lacunas com há ou a e, a seguir, assinale a sequência obtida: Daqui _____ três anos atingirei a maioridade. De São Paulo _____ Belo Horizonte _____ uma distância de 600 km. _____ seis meses que não vejo o Juliano. Estou te esperando _____ horas! O sino soará daqui _____ cinco minutos. a) há – a – há –a – há – a b) a – a – há – há – há – a c) a – há – há – a – a – há d) a – a – há – há – a – a e) a – a – a – há – há – a 6. Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamente aplicada: a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes. b) A justiça infligiu a pena merecida aos desordeiros. c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche. d) Devemos ser fiéis ao cumprimento do dever. e) A cessão de terras compete ao Estado. 7. Complete as lacunas usando mal / mau / mas / mais: Pedro e João _____ entraram em casa, perceberam que as coisas não estavam bem, pois sua irmã caçula escolhera uma _____ momento para comunicar aos pais que iria viajar de férias; _____ seu irmão deixou os pais _____ sossegados afirmando que ela iria com as primas. a) mau – mal – mais – mas b) mal – mal – mais – mais c) mal – mau – mas – mais d) mal – mau – mas – mas e) mau – mau – mas – mais 8. Qual é a incorreta? a) Quero saber o porquê desta briga. b) Ainda saberás porque saí do país c) Estudamos sem saber por quê d) Rápida foi a crise por que passou 9. Indique a alternativa correta: a) O ladrão foi apanhado em flagrante. b) Ponto é a intercessão de duas linhas. c) As despesas de mudança serão vultuosas. d) Foi uma violenta coalizão de carros. e) O artigo incerto no jornal foi aplaudido. 10. Assinale a alternativa em que a frase esteja gramaticalmente correta: a) Foi graças à interseção do Diretor que consegui renovar a matrícula. b) Entre os índios, a pior ofensa era ser tachado de covarde. c) Li, na sessão policial do matutino, que “o criminoso cozera o desafeto a faca”. d) Apresentadas aquelas provas concludentes, o réu foi absorto. e) A falsificação de minha rúbrica não convenceu a ninguém. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 32 11. Assinale a frase em que há erro de grafia: a) Passou despercebido, para não ser um empecilho a mais. b) Mais uma vez queimou o fusível. c) Todos têm chegado atrasados, ultimamente. d) Deu apenas dez reais ao cabelereiro. e) É necessário descriminar melhor as despesas. 12. O _________ do deputado foi _________. a) mandado – caçado d) mandato – caçado b) mandado – cassado e) mandato – cascado c) mandato – cassado 13. Das palavras viajens – gorgeta – maisena – chícara: a) apenas uma está escrita corretamente; b) apenas duas estão escritas corretamente; c) três estão escritas corretamente; d) todas estão escritas corretamente; e) nenhuma está escrita corretamente. 14. ______ uma semana eles ______ que nós deveríamos ______ nossa inscrição. a) acerca de, propuseram, ratificar; b) há cerca de, proporam, ratificar; c) a cerca de, proporam, ratificar; d) acerca de, propuseram, retificar; e) há cerca de, propuseram, ratificar. 15. Qual alternativa substitui as palavras abaixo: Passou-me sem atenção que a sua intenção era estabelecer uma diferença entre os ignorantes e os valentes. a) desapercebido - descriminar - incipientes - intemeratos. b) despercebido - discriminar - insipientes - intimoratos. c) despercebido - discriminar - insipientes - intemeratos. d) desapercebido - descriminar - insipientes - intemeratos. e) despercebido - discriminar - incipientes - intimoratos. 16. O apaixonado rapaz ficou extático diante da beleza da noiva. A palavra destacada é sinônima de: a) imóvel c) firme b) admirado d) semrespirar e) indiferente 17. Indique a alternativa errada: a) As pessoas mal-educadas, sempre se dão mal com os outros. b) Os meus ensinamentos foram mal interpretados. c) Vivi maus momentos, naquela época. d) Temos que esclarecer os mau-entendidos. e) Os homens maus sempre prejudicam os bons. 18. Trate de arrumar o aparelho que você quebrou e costurar a roupa que você rasgou, do contrário não saíra de casa nesse final de semana. Substitua as palavras destacadas por: a) concertar, coser e se não. b) consertar, coser e senão. c) consertar, cozer e senão. d) concertar, cozer e senão. e) consertar, coser e se não. 19. Marque a alternativa que preenche corretamente as lacunas: Da mesma forma que os italianos _____ para o Brasil no século passado, hoje os brasileiros _____ para a Europa e para o Japão, à busca de uma vida melhor; internamente, os nordestinos _____ para o Sul, pelo mesmo motivo. a) imigraram - emigram - migram b) migraram - imigram - emigram c) emigraram - migram - imigram. d) emigraram - imigram - migram. e) imigraram - migram - emigram. 20. Há erro de grafia em: a) Cláudia trabalha na seção de roupas. b) Hoje haverá uma sessão na Câmara de Vereadores. c) O prefeito resolveu fazer a cessão de seus bens à creche. d) Voto na 48ª sessão, da 191ª zona eleitoral. e) Ontem, fui ao cinema na sessão das dez. Gabarito há cerca de há uma hora há cerca de a uma hora acerca de a cerca de onde cerca de donde ou de onde aonde afins onde a fim de a fim de por que por que de encontro às porque ao encontro do porquê de encontro ao por quê em princípio Senão a princípio Se não Senão em vez de Senão ao invés de ou em vez de 1.E, 2.A, 3.E, 4.A, 5.B, 6.C, 7.C, 8.B, 9.A, 10.B, 11.D, 12.C, 13.A (Maisena), 14.E, 15.B, 16.B, 17.D, 18.B, 19.A, 20.D. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 33 FIGURAS DE LINGUAGEM 1. Comparação: consiste na comparação entre dois elementos por meio de suas características comuns. Normalmente se emprega uma conjunção comparativa (como, tal qual, assim como, etc.): "E na minh'alma o nome iluminou-se/ como um vitral ao sol..." (Florbela Espanca) 2. Metáfora: consiste no emprego de uma palavra fora de seu sentido próprio, tendo como base uma comparação subentendida, já que a conjunção comparativa não aparece claramente: "Em praias de indiferença/ navega o meu coração." (Cecília Meireles) 3. Catacrese: é a utilização de um termo fora de seu sentido próprio por não haver uma palavra apropriada para expressar o que se pretende: A orelha do livro. 4. Metonímia (ou Sinédoque): consiste na substituição de um termo por outro com o qual existe uma relação de contiguidade: Li Machado de Assis. 5. Perífrase (ou Antonomásia): é o emprego de uma expressão que identifica coisa ou pessoa, salientando suas qualidades ou um fato notável pelo qual são conhecidas: O país do futebol acredita em seus filhos. (Brasil) FIGURAS DE PENSAMENTO 1. Antítese: consiste no emprego de palavras ou expressões de sentidos opostos, para realçar o contraste de ideias: "Alegre do dia entristecido” G.M.G. 2. Eufemismo: consiste na suavização da linguagem, evitando-se o emprego de palavras ou expressões desagradáveis: "Era uma estrela divina/ Que ao firmamento voou!" (morreu) (Álvares de Azevedo) 3. Ironia: consiste em se dizer o contrário do que se pensa, normalmente com intenção sarcástica: "Moça linda bem tratada,/ Três séculos de família,/ Burra como uma porta;/ Um amor." (Mário de Andrade) 4. Hipérbole: caracteriza-se pelo exagero da linguagem, para intensificar uma ideia: "Farei que amor a todos avivente,/ pintando mil segredos delicados." (Camões) 5. Prosopopeia (ou Personificação): consiste na atribuição de características humanas a seres inanimados ou irracionais. É também chamada de animização: "O mar jaz; gemem em segredo as ventos/ Em Eolo cativos." (F.P.) FIGURAS DE CONSTRUÇÃO (OU DE SINTAXE) 1. Hipérbato: trata-se de uma inversão mais complexa que a anástrofe, porque a alteração na ordem dos termos da oração é mais acentuada: "Vendo o triste pastor que com enganos/ lhe fora assi negada a sua pastora," (Camões) Ordem direta: O triste pastor vendo que a sua pastora lhe fora negada assi com enganos. 2. Elipse: É a omissão de uma ou mais palavras, sem que se comprometa o sentido da frase: (Eu) Posso pegar a minha moedinha de volta? 3. Zeugma: é a omissão de uma ou mais palavras já expressas anteriormente na frase: "Uma parte de mim/ é multidão:/ outra parte, (é) estranheza/ e solidão." (Ferreira Gullar) 4. Pleonasmo: consiste na repetição de um termo, para realçar seu sentido: "Nas tardes da fazenda há muito azul demais." (Vinícius de Moraes) Há casos em que a repetição desnecessária cria um pleonasmo vicioso, caracterizando um vicio de linguagem: Os alunos entraram para dentro da sala rapidamente. 5. Silepse: consiste na concordância feita com um termo que está subentendido, e não com o que aparece claro na oração. Há três tipos de silepse: de gênero, de número e de pessoa. silepse de gênero: Vossa Reverendíssima parece apreensivo com os relatos da pesquisa. (sacerdote). silepse de número: A turma da faculdade organizou uma festa e me convidaram para paraninfo. (Os alunos) silepse de pessoa: Toda a equipe comemoramos o sucesso das vendas. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 34 EXERCÍCIOS Classifique as figuras de linguagem: 1. Sua vida é um mar de lama. 2. Sua vida é suja como lama. 3. Que vida limpa! Parece um lamaçal. 4. Sua vida não é das mais limpas. 5. Na sombra, frio; no sol, arrepio. 6. Abraçou-o com um abraço fraterno. 7. O vento sussurrava fino. 8. Ele é um pé de chumbo. 9. Faz a barba com gilete. 10. Do riso pode nascer o choro. 11. Falara mil palavras ao mesmo tempo. 12. Pelo olho da porta, viu todo o movimento. 13. Vossa Reverendíssima está constipado? (Martins Pena) 14. Marcela juntava-as todas dentro de uma caixinha de ferro, cuja chave ninguém nunca jamais soube onde ficava. (Machado de Assis) 15. Porque afinal este mundo, tal como está, se eu gosto dele um bocadinho, é no momento mesmo em que penso largá-lo. (Anibal Machado) 16. Um velho como ele, que a qualquer momento pode juntar os pés, não tem como mentir. (Adonias Filho) 17. Seus muitos desertos são atravessados pelas serpentes dos oleodutos. (Renato Kloss) 18. Nos trechos: “... nem um dos autores nacionais ou nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major.” “... o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja” encontramos, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem: a) prosopopeia e hipérbole b) perífrase e hipérbole c) metonímia e prosopopeia d) hipérbole e metonímia e) metonímia e eufemismo 19. (CETAP) “Só em teoria podemos falar no sentido “verdadeiro” das palavras. Na prática, um vocábulo terá o significado que os falantes de uma determinada época atribuírem a ele – é simples e trágico assim.” Os dois primeiros períodos do texto apresentam palavras de sentido antitético, assinale a alternativa em que isto ocorre: a) Palavras e vocábulos. b) Verdadeiro e simples. c) Teoria e prática. d) Época e teoria. e) Significado e vocábulo. 20. (CETAP) Figura de linguagem presente no trecho “O exemplo que trago, do conto Uma Noite, fala mais que qualquer dicionário”: a) Metáfora. d) Prosopopeia. b) Silepse. e) Ironia. c) Metonímia. 21. (CETAP) A figura de linguagem presente em “Durante séculos, a Inglaterra dominou os mares...” é: a) Metáfora. d) Metonímia. b) Silepse. e) Ironia. c) Antítese. 22. (CETAP) Identifique a alternativa em que há identificação CORRETA da figura de linguagem. A) “Homens e mulheres criticam o comportamentodos cônjuges”. (Silepse) B) “Orgulhosa do seu Freud de bolso”. (Metonímia) C) “Que dizer, resolveu falar mal do marido”. (Ironia) D) “Até ai, tudo bem”. (Prosopopeia) E) “Além do mais, cônjuges são escolhas” (Antítese) PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 35 23. (CETAP) A figura de linguagem presente no fragmento em: “- Estranho! Não ouço nem um pio de pássaro, um latido!”, estabelece uma relação: A) metafórica D) Prosopoaica. B) metonímica E) antitética. C) Siléptica. 24. Nas frases: “Vivemos tempos frenéticos”, “Precisamos pausar”, entre outras, podemos observar qual figura de linguagem? (A) Silepse de pessoa. (D) Pleonasmo. (B) Perífrase. (E) Eufemismo. (C) Elipse. 25. (2016 – AOCP – Pref. Juiz de Fora/MG – Agente de Atendimento ao Público) No trecho “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.”, a expressão destacada, no contexto em que está inserida, remete à figura de linguagem (A) hipérbole. (D) antítese. (B) personificação. (E) sinestesia. (C) metáfora. 26. (2016 – AOCP – Pref. De Juazeiro/BA – Agente de Tributos) Assinale a alternativa que apresenta a figura de linguagem chamada metáfora. (A) “[...] o cérebro instintivo, sem que você perceba, também está a todo o vapor.” (B) “Ter medo não é ruim.” (C) “É o instinto que nos permite reagir rapidamente a ameaças [...]” (D) “E vai avisar as outras pessoas.” (E) “É uma reação instintiva.” 27. (2016 – AOCP – SERCOMTEL – Analista) No trecho “É inevitável que a gente cometa equívocos quando a vida vira um tango.”, a expressão em destaque evidencia que o autor do texto utilizou qual figura de linguagem? (A) Paradoxo. (D) Hipérbole. (B) Personificação. (E) Metáfora. (C) Figurativa. 28. (2015 – AOCP – EBSERH/MA – TEC. LAB.) Em “Descobrimos que esse processo não é gradual, mas, repentino.”, ocorre a figura de estilo denominada (A) hipérbole. (D) elipse. (B) metáfora. (E) ironia. (C) eufemismo. 29. (2015 – AOCP – PREF. JABOATÃO DOS GUARARAPES – ASSIST. SAÚDE) Em “Meu pai tem oitocentas cabeças de gado!” há uma figura de linguagem que faz com que a compreensão do interlocutor (Chico Bento) fique comprometida. Qual é essa figura de linguagem? (A) Hipérbole. (D) Elipse. (B) Metonímia. (E) Eufemismo. (C) Pleonasmo. 30. (2015 – AOCP – EBSERH/NACIONAL – TEC. CITOPATOLOGIA) Em “Lutava contra um câncer na cabeça há dois.”, ocorre a omissão de dois termos da oração. Essa omissão, que é uma figura de estilo, denomina-se (A) metáfora. (D) hipérbole. (B) elipse. (E) eufemismo (C) comparação. 31. (2015 – AOCP – EBSERH/GO – ADV.) Dentre as figuras de estilo listadas a seguir, em “Embora simples, a pergunta não é trivial”, ocorre (A) metáfora. (D) elipse. (B) comparação. (E) onomatopeia. (C) hipérbole. 32. (2015 – AOCP – EBSERH/NACIONAL – ANALISTA) Em “Estar no interior de uma relação verdadeira é como estar na água do mar. Às vezes você nada, outras vezes você bóia...”, existem duas figuras de linguagem. São elas: (A) sinédoque e hipérbole. (B) onomatopeia e hipérbole. (C) comparação e metáfora. (D) anacoluto e silepse. (E) hipérbole e comparação. 33. (2014 – AOCP - IBC – ADM. DE EDIFÍCIOS - NÍVEL MÉDIO) Em “... morreremos flechados como um São Sebastião varado de ferros pontudos.”, ocorre (A) a figura de linguagem denominada hipérbole. (B) a figura de pensamento denominada antítese. (C) a figura de linguagem denominada comparação. (D) a figura de pensamento denominada eufemismo. (E) a figura de linguagem denominada onomatopeia. Gabarito: 1. metáfora, 2. comparação, 3. ironia, 4. eufemismo, 5. antítese, 6. pleonasmo, 7. prosopopeia, 8. metonímia, 9. metonímia, 10. antítese, 11. hipérbole, 12. catacrese, 13. silepse de gênero, 14. pleonasmo, 15. antítese, 16. eufemismo, 17. metáfora, 18. c), 19.c), 20.d), 21.d), 22.b), 23.b), 24.c), 25.c), 26.a), 27.e), 28.d), 29.b), 30.b), 31.d), 32.c), 33.c). PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 36 6. NORMA ORTOGRÁFICA ORTOGRAFIA OFICIAL (NOVA ORTOGRAFIA) Ortografia é o sistema correto de representar na escrita os fonemas e as formas da língua. Ela trata da representação escrita dos sons que formam os vocábulos, por meio dos símbolos denominados letras. Uso do S 1. Nas palavras derivadas de uma primitiva em que já existe S: pesquisa pesquisador, pesquisado casa casinha, casebre, casarão camisa camisinha, camisola, camisolão análise analisar, analista, analisando 2. Nos sufixos: -ês, -esa (na indicação de título de nobreza, origem, nacionalidade) marquês marquesa; burguês burguesa; camponês camponesa; milanês milanesa -ense (indicador de procedência, origem) santanense, manuaense, paranaense -isa (indicador feminino de profissão, ocupação) diaconisa, sacerdotisa, papisa, profetisa -oso, -osa (indicadores de adjetivos, formadores de estado pleno, abundância) manhoso, carinhoso, horrorosa, suntuosa 3. Após ditongos: Cleusa, causa, náusea, maisena 4. Na conjugação dos verbos pôr (e derivados) e querer: repus, repusera, repusesse, pus, pusera, pusesse, quis, quisera, quisesse, quiséssemos Uso do Z 1. Nas palavras derivadas de uma primitiva em que já existe Z : raiz enraizar baliza abalizado, balizador, balizado rapaz rapazola, rapazinho, rapazote 2. Nas terminações –ez, -eza, formadores de substantivos abstratos derivados de adjetivos: real realeza grande grandeza cru crueza certo certeza 3. Nas terminações –izar (formador de verbos) e – ização (formador de substantivos) canal canalizar canalização humano humanizar humanização atual atualizar atualização global globalizar globalização Uso do X 1. Depois de ditongo: ameixa, baixo, caixa, feixe, paixão 2. Depois da sílaba inicial en-: enxaqueca, enxadrista, enxame, enxuto Fazem exceção: encher e derivados; enchova; e palavras iniciadas com ch que ganharam prefixo em-, como enchouriçar (em + chouriço + ar). 3. Depois da sílaba inicial me -: mexerica, mexicano, mexilhão, mexer Exceção: mecha (substantivo) e derivados escrevem-se com ch. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 37 4. Em palavras de origem africana e indígena: abacaxi, capixaba, macaxeira, morubixaba, pixaim, xará, xinxim, xique-xique 5. Palavras aportuguesadas do inglês trocam o sh original por x: xampu (de shampoo), xerife (de sheriff) Escrevem-se com x: almoxarife, bexiga, bruxa, capixaba, caxemira, caxumba, coaxar, coxo, elixir, enxada, engraxate, enxurrada, esdrúxulo, faxina, lagartixa, laxante, lixa, luxo, maxixe, mexer, mexerico, morubixaba, muxoxo, orixá, Oxalá, praxe, pixaim, puxar, relaxar, rixa, taxa (impostos, tributo), vexame, xale, xampu, xarope, xavante, xaxim, xereta, xerife, xícara, xingar. Escrevem-se com ch : apetrecho, archote, bochecha, boliche, crochê, cachaça, cachimbo, chá, chamariz, chamego, chafariz, cartucheira, charco, cheque, chimarrão, chimpanzé, chuchu, chucrute, chumaço, chutar, cacho, cochicho, cocho, colcha, colchão, comichão, coqueluche, fachada, ficha, flecha, galocha, inchar, macho, machado, machucar, mancha, nicho, pachorra, pichar, pechincha, piche, rachar, recheio, salsicha, sanduíche, tacha (prego), tacheiro, tacho, tocha. Uso do E e do I 1. Todos os verbos terminados em –uir, -air, -oer escrevem-se com a letra i na segunda e terceira pessoas do singular do presente do indicativo. contribuir contribuis, contribui cair cais, cai doer dói influir influis, influi sair sais, sai roer róis, rói 2. Todos os verbos terminados em –ir escrevem-se com a letra e na segunda e terceira pessoas do presente do indicativo. acudir acodes, acode fugir foges, foge decidir decides, decide 3.Todos os verbos terminados em –uar ou em –oar escrevem-se com a letra e na primeira, segunda e terceira pessoas do presente do subjuntivo. perdoar perdoe, perdoes, perdoe atuar atue, atues, atue caçoar caçoe, caçoes, caçoe jejuar jejue, jejues, jejue 4. Prefixos ante- e anti- ante – (prefixo) significa “antes” (indica posição anterior) antecâmara, antemão, antepasto, anteontem, antebraço antediluviano, antever anti - (prefixo) significa “contra” (indica posição contrária) antiacadêmico, antialcoólico, anticoncepcional, anticlerical antídoto, antiaéreo, anticonjugal, antifascista 5. Prefixos em /en e im/in: emporcalhar engraxar empossar entorpecer imputar incomodar impugnar infalível 6. Prefixos des e dis: desgarrar discernir desinfetar dispensar desmedido dislexia PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 38 Escrevem-se com e: Abaeté, acareação, acreano, aldeola, alheado, antecipar, antedatar, anteprojeto, área (medida de uma superfície), barbárie, cadeado, candeeiro, caranguejo, cardeal, cereal, cumeada, cumeeira, decreto, deferido, deferir, descortino, descrição (exposição), descriminar (absolver de crime), despensa (lugar para guardar mantimentos), destilação, emergir, emigrar, eminência, eminente, empecilho, encabular, enteado, engolir, enxada, estropear, falsear, geada, grandessíssimo, himeneu, inquerição, lêndea, lenimento, meada, memoridade, mestiço, mexerica, murmúreo, níveo, óleo, parêntese, passeata, peão, petróleo, quase, quepe, recheado, reencanar, revalidar, róseo, senão, sequer, seringa, subentender, terráqueo, vadear, violáceo, vítreo. Escrevem-se com i: aborígine, adiantar, adiante, adivinho, amiúde, anticristo, ária (cantiga), azuis, camoniano, casimira, corrimão, crânio, crioulo, dentifrício, diante, diferido, discente (que aprende), discrição (que é discreto), disparate, dispêndio, dispensa (licença), imbuia, imigração, iminente, invés (contrário), miúdo, pardieiro, pátio, pião, privilegiado, privilegiar, recriação, (ato de recriar), réstia, siar, vadiar, vadiação Uso do O e do U Às vezes se confundem usos do u e do o na grafia de algumas palavras. Compare as listas abaixo: com O com U Abolir acudir Boteco bueiro botequim burburinho comprido cumprido (de cumprir) comprimento (extensão) cumprimento (saudação) Cortiça cúpula Cobrir curtume Engolir embutir explodir entupir Focinho escapulir Goela jabuti lombriga jabuticaba mágoa lóbulo mochila mucama moleque pirulito Névoa rebuliço Nódoa suar (transpirar) Poleiro supetão Polenta tábua sortir (abastecer) tabuleiro Sotaque tabuleta Zoeira trégua Uso de C, Ç, S, SS, SC, XC 1. Nos vocábulos de origem árabe, tupi e africana, usam-se c e ç : açaí, araçá, araçoia, caiçara, caçula, cacimba, canguçu, criciúma, Ceci. Iguaçu, Juçara, miçanga, Moçoró, muçum, muçurana, paçoca, Paraguaçu, Turiaçu 2. Depois de ditongos, grafam-se c e ç : beiço, caução, coice, feição, foice, louça, refeição, traição 3. Nos substantivos e adjetivos derivados de verbos terminados em –nder e –ndir usa-se s: pretender pretensão pender pensão, pênsil tender tensão, tenso ascender ascensão, ascensor expandir expansão, expansivo fundir fusão difundir difusão confundir confusão, confuso suspender suspensão, suspensório PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 39 4. Nos substantivos derivados de verbos terminados em –der, -dir, -tir e –mir usa-se s (depois de n ou r) ou ss : aceder acesso regredir regressão, regresso repercutir repercussão descomprimir descompressão ascender ascensão interceder intercessão agredir agressão admitir admissão reprimir repressão compreender compreensão 5. Por razões etimológicas usa-se entre vogais sc e xc: apascentar, ascender (subir), convalescer, crescer, descente (que desce), discernir, efervescente, enrubescer, fascínio, florescer, incandescer, intumescer, lascivo, miscelânea, nascer, néscio, obsceno, oscilar, piscina, prescindir, recrudescer, rescindir, suscitar, tumescer, vísceras, excelência, excêntrico, exceto, excesso, exceder OBSERVE AS SEGUINTES GRAFIAS Escrevem-se com s : aliás, alisar, análise, após, asa, atrás, atraso, através, aviso, bisar, brasa, casulo, catalisar, cisão, colisão, cós, crase, crise, despesa, detrás, deusa, diálise, empresa, fase, fusão, gás, gasolina, gasômetro, groselha, hesitante, hidrólise, ileso, inclusive, infusão, invés, jus, lapiseira, lisonjeiro, lisura, mariposa, marselhês, mês, mosaico, nasal, obséquio, obus, paisagem, pêsames, rasura, revés, síntese, sinusite, surpresa, tosar, três, uso, usina, visar. Escrevem-se com z : abalizar, aduzir, ajuizar, alcaçuz, alcoolizar, algoz, amizade, anarquizar, apaziguar, aprazível, aprendiz, arborizar, arroz, assaz, atriz, atroz, audaz, azar, azia, baliza, bazar, bizarro, buzina, cafuzo, capaz, capuz, capuz, carbonizar, cartaz, chafariz, coriza, cruz, cuscuz, delicadeza, deslize, desprezo, eficaz, enfezado, esvaziar, falaz, feroz, fertilizar, fugaz, gaze, giz, gentileza, horizonte, impureza, jaez, jazigo, lambuzar, lazer, lhaneza, luz, magazine, meretriz, morbidez, nariz, nudez, obstetriz, ozônio, palidez, perspicaz, petiz, pobreza, prazer, prazo, profetizar, rapaz, rezar, rodízio, sagaz, sazonal, talvez, tenaz, tez, trapézio, trezentos, vazio, veloz, verniz, voraz, xadrez Uso do G 1. Nas palavras terminadas em –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio. adágio, colégio, litígio, relógio, refúgio 2. Nas palavras terminadas em –gem. ferrugem, selvagem, massagem, mixagem 3. Nas palavras derivadas de outras, já grafadas com g. tingir tingido tingimento fingir fingido fingimento Escrevem-se com g : abordagem, algibeira, algemar, angélico, aterragem, auge, cingir, constrangir, doge, estrangeiro, falange, ferrugem, gengibre, gengiva, gergelim, geringonça, giba, gibi, gíria, herege, impingem, logístico, margear, megera, monge, mugido, ogiva, pungente, rabugento, regurgitar, tangerina, tigela, vagem, vertigem, viagem (subst.) Uso do J 1. Nas palavras de origem tupi (indígena) e africana: biju (variante de beiju), canjarana, canjica, jabuticaba, jacaré, jenipapo, jerimum, jiboia, jirau, pajé. (Exceção: Sergipe.) 2. Nos verbos terminados em –jar ou –jear: arranjar, despejar, sujar, viajar, ultrajar, granjear, gorjear, lisonjear 3. Nas palavras derivadas de outras já grafadas com j: granja granjeiro lisonja lisonjeiro laje lajeado majestade majestoso Escrevem-se com j : ajeitar, alforje, berinjela, cafajeste, canjerê, canjica, cerejeira, desajeitar, enjeitar, gorjear, gorjeta, granjear, hoje, intrujice, jeca, jeito, jejum, jenipapo, jérsei, jiboia, jiló, jiu-jítsu, laje, laranjeira, lisonjeiro, majestade, majestoso, manjedoura, manjericão, ojeriza, pajé, pajem, pegajoso, sarjeta, sabujice, traje, trejeito, ultraje, varejo, varejista, viaje, viagem (do verbo viajar) PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 40 RESUMO DOS PRINCIPAIS CASOS ORTOGRÁFICOS Escreve-se com S 01) as palavras derivadas de verbos terminados em - nder e –ndir: pretender = pretensão, ascender = ascensão. 02) as palavras terminadas em -oso e -osa, com exceção de gozo: gostosa, glamorosa, raivoso. 03) as palavras terminadas em -ase, -ese, -ise e -ose, com exceção de gaze e deslize: fase, crase, tese, osmose. 04) palavras femininas terminadas em –isa: poetisa, Marisa. 05) As formas dos verbos pôr, querer e usar:• pus, quis, usei. Escreve-se com Ç ou S? Após ditongo, escreve-se com -ç-, quando houver som de /cê/, e escreve-se com -s-, quando houver som de /zê/. • eleição • traição • Neusa • coisa Escreve-se com S ou Z? 01 a) com -s- aspalavras terminadas em -ês e -esa que indicarem nacionalidades, títulos ou feminino. • português • norueguesa • marquês • duquesa b) com -z- as palavras terminadas em -ez e -eza, substantivos abstratos que provêm de adjetivos. • embriaguez • limpeza • lucidez • nobreza 02) a) Escreve-se com -s- os verbos terminados em -isar, quando a palavra primitiva já possuir o –IS + VOGAL-. • análise = analisar • pesquisa = pesquisar • paralisia = paralisar b) Escreve-se com -z- os verbos terminados em -izar, quando a palavra primitiva não possuir -s- nem –IS + VOGAL-. • economia = economizar • terror = aterrorizar • catequese = catequizar • síntese = sintetizar 03) a) Escreve-se com -s- os diminutivos terminados em -sinho e -sito, se a palavra primitiva já possuir -s- no final. • casinha • asinha • portuguesinho • camponesinha b) Escreve-se com -z- os diminutivos terminados em - zinho e -zito, quando a palavra primitiva não possuir -s- no final. • mulherzinha • arvorezinha • alemãozinho • aviãozinho Verbos terminados em UIR e OER Terão as 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo escritas com -i-: tu possuis, ele possui, tu constróis, ele constrói EXERCÍCIOS 1. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente. a) palidez - francezes - pretencioso b) fuzível - beleza - rigoroso c) holandezes - fuzarca - pesquisa d) quisesse - rapides - talentoso e) catequizar - burguês – análise 2. (ES ou EZ – ESA ou EZA) acid___, marqu_____, arid___, campon___, cort___, estupid___, lucid___, mesquinh___, montanh___, milan___, nud___, palid___, pequen___ (pequeno), pequin___ (cão). 3. (S ou Z) agili___ar, ali___ar, ameni___ar, bati___ar, canali___ar, carboni___ar, catali___ar, catequi___ar, capitali___ar, coti___ar, desli___ar, fiscali___ar, fri___ar, humani___ar, parali___ar. Gabarito Ortografia: 1.e, 2. acidEZ, marquÊS, aridEZ, camponÊS, cortÊS, estupidEZ,lucidEZ, mesquinhEZ, montanhÊS, milanÊS, nudEZ, palidEZ, pequenEZ(pequeno), pequinÊS(cão). 3. agiliZar, aliSar, ameniZar, batiZar, canaliZar, carboniZar, cataliSar, catequiZar, capitaliZar, cotiZar, desliZar, fiscaliZar, friSar, humaniZar, paraliSar. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 41 ALGUNS USOS ORTOGRÁFICOS ESPECIAIS PORQUE /PORQUÊ/POR QUE/POR QUÊ PORQUE É usado introduzindo: - Explicação. Ex.: Não reclames, porque é pior. - Causa. Ex.: Faltou à aula porque estava doente. PORQUÊ: É usado como substantivo; é sinônimo de motivo, razão. Ex.: Não sei o porquê disso. POR QUE (separado e sem acento) É usado: Como um equivalente a pelo qual / pela qual / pelos quais / pelas quais. Ignoro o motivo por que ele se demitiu. (pelo qual). Eis as causas por que não venceremos. (pelas quais). Estranhei a forma por que o estudante reagiu. (pela qual). em interrogações diretas, onde o que equivale a qual motivo. Por que regressamos? (Por qual motivo regressamos ?) Por que não vieram os computadores ? (Por qual motivo não vieram ?) em interrogações indiretas, onde o que equivale a qual razão ou qual motivo. Perguntei-lhe por que faltara à aula. (por qual motivo). Não sabemos por que ele faleceu. (por qual razão). Como um equivalente a motivo pelo qual ou razão pela qual. Não há por que chorar. (motivo pelo qual). Viajamos sem roteiro: eis por que nos atrasamos. (a razão pela qual). POR QUÊ: É usado ao final da frase interrogativa ou quando estiver sozinho. Ex.: Você fez isso, por quê? Por quê? ONDE E AONDE A tendência no português atual é considerar a seguinte distinção: aonde indica a ideia de movimento ou aproximação (com verbos que exigem a preposição “A”), opondo-se a donde que exprime afastamento (com verbos eu exigem a preposição “DE”). Costuma referir-se a verbos de movimento. Aonde você vai? Aonde querem chegar com essas atitudes? Aonde devo dirigir-me para obter esclarecimentos? Não sei aonde ir. Donde você veio? Onde indica o lugar em que se está ou em que se passa algum fato. Normalmente refere-se a verbos que exprimem estado ou permanência, ou seja, verbos que exigem a preposição “EM”. Onde você está? Onde você vai ficar nas próximas férias? Não sei onde começar a procurar. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 42 MAIS e MAS Mas é uma conjunção adversativa, equivalendo a porém, contudo, entretanto. Não conseguiu, mas tentou. Mais é pronome ou advérbio de intensidade, opondo-se normalmente a menos. Ele foi quem mais tentou, ainda assim não conseguiu. É um dos países mais miseráveis do planeta. NA MEDIDA EM QUE E À MEDIDA QUE Na medida em que exprime relação de causa e equivale a “porque”, “já que”, “uma vez que”. Na medida em que os projetos foram abandonados, a população carente ficou entregue à própria sorte. À medida que indica proporção, desenvolvimento simultâneo e gradual. Equivale a “à proporção que”. A ansiedade aumentava à medida que o prazo ia chegando ao fim. MAL E MAU Mal pode ser advérbio ou substantivo. Como advérbio significa “irregularmente”, “erradamente”, “de forma inconveniente ou desagradável”. Opõe-se a bem. Era previsível que ele se comportaria mal. Era evidente que ele estava mal-intencionado porque suas opiniões haviam repercutido mal na reunião anterior. Como substantivo, mal pode significar “doença”, “moléstia”, em alguns casos significa “aquilo que é prejudicial ou nocivo”. A febre amarela é um mal que atormenta as populações pobres. O mal é que não se toma nenhuma atitude definitiva. O substantivo mal também pode designar um conceito moral, ligado à ideia de maldade, nesse sentido a palavra também opõe-se a bem. Há uma frase de que a visão da realidade nos faz muitas vezes duvidar: “O mal não compensa” Mau é adjetivo. Significa “ruim”, “de má índole”, “de má qualidade”. Opõe-se a bom e apresenta a forma feminina má. Não é mau sujeito. Trata-se de um mau administrador. Tem um coração mau. A PAR e AO PAR A par tem o sentido de “bem-informado”, “ciente”. Mantenha-me a par de tudo o que acontecer. É importante manter-se a par das decisões parlamentares. Ao par é uma expressão usada para indicar relação de equivalência ou igualdade entre valores financeiros (geralmente em operações cambiais): As moedas fortes mantém o câmbio praticamente ao par. AO ENCONTRO DE E DE ENCONTRO A Ao encontro de indica “ser favorável a”, aproximar- se de”. Ainda bem que sua posição vai ao encontro da minha. Quando a viu foi ao seu encontro e abraçou-a. De encontro a indica oposição, choque, colisão. Veja. Suas opiniões sempre vieram de encontro às minhas, pertencemos a mundos diferentes. O caminhão foi de encontro ao muro, derrubando- o. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 43 A E HÁ NA EXPRESSÃO DE TEMPO O verbo haver é usado em expressões que indicam tempo já transcorrido: Tais fatos aconteceram há dez anos. Nesse sentido, equivale ao verbo fazer: Tudo aconteceu faz dez anos. A preposição a surge em expressões em que a substituição pelo verbo fazer é impossível: O lançamento do satélite ocorrerá daqui a duas semanas. Eles partirão daqui a duas horas. ACERCA DE E HÁ CERCA DE Acerca de significa “sobre”, “a respeito de”: Haverá uma palestra acerca das consequências das queimadas. Há cerca de indica um período aproximado de tempo já transcorrido ou equivale ao verbo existir + aproximadamente: Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos. Há cerca de dez pessoas te procurando AFIM E A FIM Afim é um adjetivo que significa “igual”, “semelhante”. Relaciona-se com a ideia de afinidade: Tiveramideias afins durante o trabalho. São espíritos afins. A fim surge na locução a fim de, que significa “para” e indica ideia de finalidade: Trouxe algumas flores a fim de nos agradar. DEMAIS E DE MAIS Demais pode ser advérbio de intensidade, com o sentido de “muito”, aparece intensificando verbos, adjetivos ou outros advérbios: Aborreceram-nos demais: isso nos deixou indignados demais. Estou até bem demais. Demais também pode ser pronome indefinido, equivalendo a “outros”, “restantes”: Não coma todo o pudim. Deixe um pouco para os demais. De mais opõe-se a de menos. Refere-se sempre a um substantivo ou pronome: Não vejo nada de mais em sua atitude. O concurso foi suspenso porque surgiram candidatos de mais. SENÃO E SE NÃO Senão equivale a “caso contrário” ou “a não ser”: É bom que colabore, senão não haverá como ajuda-lo. Se não surge em orações condicionais. Equivale a “caso não”: Se não houver aula, iremos ao cinema. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 44 NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO Resumão com as principais mudanças: Alfabeto Nova Regra: O alfabeto agora é formado por 26 letras • Regra Antiga: O 'k', 'w' e 'y' não eram consideradas letras do nosso alfabeto. • Como é: Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estrangeiras e seus derivados. Exemplos: km, watt, Byron, byroniano Trema Nova Regra: Não existe mais o trema em língua portuguesa. Apenas em casos de nomes próprios e seus derivados, por exemplo: Müller, mülleriano • Regra Antiga: agüentar, conseqüência, cinqüenta, qüinqüênio, freqüência, freqüente, eloqüência, eloqüente, argüição, delinqüir, pingüim, tranqüilo, linguiça • Como é: aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência, frequente, eloquência, eloquente, arguição, delinquir, pinguim, tranquilo, linguiça. Acentuação Nova Regra: Ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxítonas • Regra Antiga: assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, Coréia, hebréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico, paranoico • Como é: assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, Coreia, hebreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico. Observações: • nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis. • o acento no ditongo aberto 'eu' continua: chapéu, véu, céu. Nova Regra: O hiato 'oo' não é mais acentuado • Regra Antiga: enjôo, vôo, corôo, perdôo, côo, môo, abençôo. • Como é: enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abençoo. Nova Regra: O hiato 'ee' não é mais acentuado • Regra Antiga: crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem. • Como é: creem, deem, leem, veem, descreem, releem. Nova Regra: Não existe mais o acento diferencial em palavras homógrafas • Regra Antiga: pára (verbo), péla (substantivo e verbo), pêlo (subst.), pêra (subst.), péra (subst.), pólo (subst.) • Como é: para (verbo), pela (substantivo e verbo), pelo (subst.), pera (subst.), pera (substantivo), polo (subst.) Observação: • o acento diferencial ainda permanece no verbo 'poder' (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo - 'pôde') e no verbo 'pôr' para diferenciar da preposição 'por' PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 45 • Nova Regra: Não se acentua mais a letra 'u' nas formas verbais com o “u” pronunciado de forma átona e tônica, quando precedido de 'g' ou 'q' e antes de 'e' ou 'i' (gue, que, gui, qui) • Regra Antiga: argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, enxagüemos. • Como é: argui, apazigue, averigue, enxague, ensaguemos. Nova Regra: Não se acentua mais 'i' e 'u' tônicos em paroxítonas quando precedidos de ditongo • Regra Antiga: baiúca, boiúna, cheiínho, saiínha, feiúra, feiúme • Como é: baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha, feiura, feiume Hífen 1. Nova Regra: O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por 'r' ou 's', sendo que essas devem ser dobradas • Regra Antiga: ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, arqui-romântico, arqui-rivalidade, auto-regulamentação, auto-sugestão, contra-senso, contra-regra, contra-senha, extra-regimento, extra- sístole, extra-seco, infra-som, ultra-sonografia, semi- real, semi-sintético, supra-renal. • Como é: antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial, antirrugas, arquirromântico, arquirrivalidade, autorregulamentação, contrassenha, extrarregimento, extrassístole, extrasseco, infrassom, inrarrenal, ultrarromântico, ultrassonografia, suprarrenal. Observação: • em prefixos terminados por 'r', permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper- realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter- racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente. 2. Nova Regra: O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por outra vogal • Regra Antiga: auto-afirmação, auto-ajuda, auto- aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, auto- instrução, contra-exemplo, contra-indicação, contra- ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo- imperialista, semi-aberto, semi-árido, semi-automático, semi-embriagado, semi-obscuridade, supra-ocular. • Como é: autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, contraexemplo, contraindicação, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiautomático, semiárido, semiembriagado, semiobscuridade, supraocular, ultraelevado. Observações: • esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo, antiamericano, socioeconômico etc. • esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por 'h': anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo etc. 3. Nova Regra: Agora utiliza-se hífen quando a palavra é formada por um prefixo (ou falso prefixo) terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal. • Regra Antiga: antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário, antiimperialista, arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus, microorgânico • Como é: anti-ibérico, anti-inflamatório, anti- inflacionário, anti-imperialista, arqui-inimigo, arqui- irmandade, micro-ondas, micro-ônibus, micro-orgânico Observações: • esta regra foi alterada por conta da regra anterior: prefixo termina com vogal + palavra inicia com vogal PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 46 diferente = não tem hífen; prefixo termina com vogal + palavra inicia com mesma vogal = com hífen • uma exceção é o prefixo 'co'. Mesmo se a outra palavra inicia-se com a vogal 'o', NÃO se utiliza hífen. 4. Nova Regra: Não usamos mais hífen em compostos que, pelo uso, perdeu-se a noção de composição • Regra Antiga: manda-chuva, pára-quedas, pára- quedista, pára-lama, pára-brisa, pára-choque, pára- vento • Como Será: mandachuva, paraquedas, paraquedista, paralama, parabrisa, parachoque, paravento Observação: • o uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e constitui unidade sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente- coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi etc. O uso do hífen permanece • Em palavras formadas por prefixos 'ex', 'vice', 'soto': ex-marido, vice-presidente, soto-mestre • Em palavras formadas por prefixos 'circum'e 'pan' + palavras iniciadas em vogal, M ou N: pan-americano, circum-navegação • Em palavras formadas com prefixos 'pré', 'pró' e 'pós' + palavras que tem significado próprio: pré-natal, pró- desarmamento, pós-graduação • Em palavras formadas pelas palavras 'além', 'aquém', 'recém', 'sem': além-mar, além-fronteiras, aquém- oceano, recém-nascidos, recém-casados, sem-número, sem-teto Não existe mais hífen • Em locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais): cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, sala de jantar, cartão de visita, cor de vinho, à vontade, abaixo de, acerca de etc. • Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de- rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-deus-dará, à queima-roupa. Consoantes não pronunciadas 5. Fora do Brasil foram eliminadas as consoantes não pronunciadas: ação, didático, ótimo, batismo em vez de acção, didáctico, óptimo, baptismo Grafia Dupla 6. De forma a contemplar as diferenças fonéticas existentes, aceitam-se duplas grafias em algumas palavras: 7. • António/Antônio, facto/fato, secção/seção. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 47 ACENTUAÇÃO GRÁFICA PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 48 REGRA GERAL 1. Acentuam-se monossílabos tônicos terminados em: A(S), E(S), O(S) Pá, fé, só, três, trás, nós, vês... 2. Acentuam-se oxítonas terminadas em: A(S), E(S), O(S), EM(ENS) Vatapá, café, cipó, alguém, parabéns, cajás, marajás, Bené, chulé, mantém, refém... 3. Acentuam-se paroxítonas terminadas em: I(S), U(S), R, X, N, L, ESSE, UM(UNS), Ã(S), DITONGO Júri, lápis, ônus, vírus, cadáver, tórax, hífen, móvel, bíceps, álbum, álbuns, órfã(s), história, móveis, órgão... NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO: ôo perde o acento, fica oo Antes ---------------------------------agora Vôo Voo Enjôo Enjoo Obs.: paroxítonas com a mesma terminação das oxítonas (a, e, o, em, ens) não são acentuadas. Mala, vara, pente, mestre, item, homem, hifens, homens, nuvens, jovens... 4. Acentuam-se todas as proparoxítonas Mágico, fósforo, paralelepípedo, antítese... REGRAS ESPECIAIS 5. Acentuam-se I e U na 2ª vogal do hiato, quando sozinhas (ou + S) na sílaba; não seguidas de NH. Graúdo, saída, açaí, Itaú, saúde, constituído, Janaína, juízes, Luíza... NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO: I e U perdem o acento se paroxítonas, depois de ditongo: Antes ---------------------------------agora Baiúca baiuca Bocaiúva bocaiuva boiúna boiuna feiúra feiura 6. Acentuam-se ditongos abertos ÉI, ÉU e ÓI se vierem no final da palavra (seguido ou não de S): Coronéis, chapéu, corrói, dói, anéis, fiéis, troféu, herói (o ditongo vem no final, mantêm o acento) NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO: éi, éu, ói perdem o acento se forem paroxítonas: Todos os eia(s) e oia(s) perderam o acento Antes ---------------------------------agora Idéia ideia Estréia estreia paralisar48 assembleia jibóia jiboia Tróia Troia Jóia Joia 7. Grupos QUE, QUI, GUE, GUI, O U recebia: Trema se fosse pronunciado de forma átona: tranqüilo48. Acento agudo se pronunciado de forma tônica: apazigúe. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 49 NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO: Hoje o U pronunciado desses grupos perdeu o trema e o acento agudo, mas a pronúncia continua a mesma: Antes ---------------------------------agora freqüentes frequentes cinqüenta cinquenta tranqüilo tranquilo averigúe averigue apazigúe apazigue 8. Acento diferencial: era usado para diferenciar a classe das palavras: PÁRA (v.) ≠ PARA (prep.) PÔR (v.) ≠ POR (prep.) NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO: hoje caíram os acentos diferenciais, só permaneceram os acentos de pôr(verbo) e de pôde (passado). Antes ---------------------------------agora Pára (verbo) para (verbo) Pêra (subst.) pera (subst.) Pelo (subst.) pelo (subst.) Pólo (subst.) polo (subst.) 9. Os verbos crer, dar, ler, ver (e verbos derivados) dobram o “E” no plural: Na 3ª pessoa do sing. Na 3ª pessoa do plural Ê EE Ele lê/vê – eles leem/veem NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO: êem perde o acento, fica eem: Antes ---------------------------------agora lêem leem vêem veem dêem deem crêem creem 10. Acentuam-se os verbos ter e vir ( e todos os verbos derivados) na 3ª pessoa do plural. Na 3ª pessoa do sing. Na 3ª pessoa do plural E Ê Ele vem/tem – eles vêm/têm Ele retém – eles retêm Muitos verbos produzem formas oxítonas ou monossilábicas que devem ser acentuadas. Observe: Cortar + a = cortá-la Pôs + os = pô-los Fazer + o = fazê-lo Fez + o = fê-lo Sinais diacríticos: sinais gráficos com os quais se distingue a modulação das vogais ou a pronúncia de certas palavras, para evitar confusões com outras. transito – trânsito ate – até veiculo – veículo secretaria – secretária sabia – sábia – sabiá... PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 50 EXERCÍCIOS 1. (TRE-ES) "Aí" é acentuada pelo mesmo motivo de: a) aquí b) dá c) é d) baú e) porém 2. (CETAP) Com o novo acordo da língua portuguesa, houve a eliminação do sinal de diérese intitulado trema. Indique a alternativa em que há palavra afetada por esta regra: A) Aguento. B) Intelectual. C) Incubação. D) Veludo. E) Colóquio. 3. (ESAF) Em todas as alternativas as palavras foram acentuadas corretamente, exceto em: a) Eles têm muita coisa a dizer. b) Estude os dois primeiros ítens do programa. c) Afinal, o que contém este embrulho? d) Foi agradável ouvir aquele orador. e) Por favor, deem-lhe uma nova chance. 4. (ADM. POSTAL CORREIOS) Assinale a opção em que os vocábulos não obedecem à mesma regra de acentuação gráfica: a) anéis - herói - escarcéu b) concluído - saúde - atribuí-lo c) amá-lo - fazê-lo - repô-lo d) consequência - mágoa - homogêneo e) cáqui - ninguém - amável 5. (UEG) Indique o par em que o acento gráfico não tem a mesma função: a) círculo - líquido b) notícia - proprietário c) têm–intervêm d) água – pôde e) difíceis - amáveis 6. (ESPCEX) Assinale a alternativa cujas palavras estão corretas quanto à acentuação (segundo o novo acordo ortográfico): a) Luis, apôio, nódoa, próton, chapéuzinho b) gratuíto, eu apoio, ítem, pêras, álbuns c) sanduíche, averigúe, refém, puni-lo, amável d) âmago, ônus, amá-lo-íeis, itens, biquíni e) biquini, juíz, áureo, joquei, eles mantém 7. (FUVEST) Assinale a alternativa em que todas as palavras estejam corretamente acentuadas (segundo o novo acordo ortográfico): a) Tietê, órgão, chapéuzinho, estrêla, advérbio b) fluido, geleia, Tatuí, armazém, caráter c) saúde, melância, gratuíto, amendoím, fluído d) inglês, cipó, cafèzinho, útil, réu e) canôa, heroismo, creem, Sergípe, bambú 8. (TRE-MT) A alternativa em que as duas palavras acentuadas não seguem a mesma regra de acentuação é: a) ninguém - também b) dólar - pôr c) eficiência - próprio d) escrúpulos – síntese e) heróis – papéis 9. (TRE-MT) Segue a mesma regra de acentuação de país a palavra: a) saúde b) aliás c) táxi d) grêmios e) heróis 10. (LICEU) Acentue as palavras abaixo e encontre a alternativaque corresponda, respectivamente, a róseo, tímida e encontrará: a) Nobel, interim, papeis b) condor, avaro, alguém c) ruim, filantropo, condor d) pudico, palida, mister e) levedo, libido, ruim 11. Assinale o único vocábulo cujo critério de acentuação gráfica é o mesmo que determinou o emprego do acento em "idéia", e que segundo o novo acordo ortográfico, assim como ideia, perdeu o acento: a) história b) difíceis c) jóia d) família e) fidéli 12. (MACK) Assinale a única alternativa em que nenhuma palavra é acentuada graficamente: a) bonus, tenis, aquele, virus b) repolho, cavalo, onix, grau c) juiz, saudade, assim, flores d) levedo, caracter, condor, ontem e) caju, virus, niquel, ecloga PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 51 13. (TRE-RJ) A alternativa que apresenta erro quanto à acentuação em um dos vocábulos é: a) lápis - júri b) bônus - hífen c) ânsia - série d) raízes – amável e) Anhangabaú - bambú 14. (BB) Leva acento: a) pêso b) pôde c) êste d) tôda e) cêdo 15. (OSEC) O plural (segundo o novo acordo ortográfico) de tem, dê, vê; é, respectivamente: a) têm, dêem, vêm b) tem, dêem, vêem c) têm, deem, veem d) têem, dêem, vêm e) têem, dêem, vêem 16. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que os vocábulos obedecem à mesma regra de acentuação gráfica: a) pés, hóspedes b) sulfúrea, distância c) fosforescência, provém d) últimos, terrível e) satânico, porém 17. (PUC) Na palavra consequência o acento gráfico se justifica em função de ser: a) proparoxítona terminada em ditongo decrescente b) paroxítona terminada em ditongo crescente c) paroxítona terminada em ditongo decrescente d) proparoxítona terminada em ditongo e) paroxítona terminada em ditongo nasal 18. (OBJETIVO) Segundo o novo acordo ortográfico, os grupos gue, gui, que, qui em que o U é pronunciado perderam o trema, ou seja, não são mais acentuados, mas, como se pode usar esse acento até 2012, em que par só uma das palavras poderia receber o trema? a) cinqüenta, agüentar b) qüinqüênio, eloqüente c) tranqüilo, lingüística d) ungüento, freqüente e) lingüiça, güerra 19. (VIÇOSA) Todas as palavras abaixo obedecem à mesma regra de acentuação, exceto: a) já b) nós c) pés d) dói e) há 20. Há erro de acentuação em: a) O repórter havia afirmado que a canoa da República andava órfã. b) Ontem você não pode vir por água no fogo e souberam disso através dos colegas. c) Rui vem de ônibus, lê o jornal e sempre procura saber o nome dos partidos que retêm o uso do poder. d) Ainda não soube do porquê de sua desistência do voo de ontem. e) “Deus te abençoe” era o grito de para que acalmava a meninada na hora de dormir. Gabarito: 1.D, 2.A, 3.B, 4.E, 5.D, 6.D, 7.B, 8.B, 9.A, 10.D, 11.C, 12.C, 13.E, 14.B, 15.C, 16.B, 17.B, 18.E, 19.D, 20.B. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 52 7. MORFOSSINTAXE DAS CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO, ADJETIVO, ARTIGO, PRONOME, ADVÉRBIO, PREPOSIÇÃO, CONJUNÇÃO, INTERJEIÇÃO, NUMERAIS E OS SEUS RESPECTIVOS EMPREGOS. VERBO. MORFOLOGIA SUBSTANTIVO é a palavra variável em gênero, número e grau que dá nome aos seres em geral. CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS Quanto ao elemento que designa, o substantivo classifica-se em: 1. comum - designa genericamente qualquer elemento da espécie: rio, país, menino, aluno. 2. próprio - designa especificamente um determinado elemento (é sempre grafado com inicial maiúscula): Tocantins, Brasil, Gustavo, Gabriela. 3. concreto - designa os seres (de existência real ou não) propriamente ditos: coisas, pessoas, animais, lugares, casa, cadeira, caneta, fada, bruxa, saci. 4. abstrato - designa ações, estados ou qualidades, tomados como seres: trabalho, corrida, estudo, altura, largura, beleza. Via de regra, são derivados de verbos ou adjetivos: trabalhar > trabalho correr > corrida alto > altura belo > beleza Substantivo coletivo Coletivo é o substantivo comum que, mesmo no singular, designa um grupo de seres da mesma espécie, como, por exemplo: acervo: conjunto de obras artísticas código - conjunto de leis constelação: conjunto de estrelas conciliábulo - conjunto de feiticeiros (em assembleia secreta) enxame – conjunto de abelhas enxoval – conjunto de roupas fauna - conjunto de animais de uma região flora: conjunto de vegetais de uma região réstia – conjunto de alho, de cebola rol - conjunto de nomes panapaná - conjunto de borboletas pinacoteca - conjunto de quadros em exposição vocabulário: conjunto de palavras de uma língua Flexão de gênero 1. Substantivos biformes São aqueles que apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino: masculino feminino aluno aluna cavaleiro amazona 2. Substantivos uniformes São os que apresentam uma única forma, tanto para o masculino como para o feminino. Subdividem-se em: a) epicenos - são os substantivos uniformes que designam alguns animais: onça, jacaré, foca. Caso se queira especificar o sexo do animal, devem- se, acrescentar as palavras macho ou fêmea. a onça macho, a onça fêmea (o substantivo onça será sempre feminino) b) comuns de dois gêneros - são os substantivos uniformes que designam pessoas. Neste caso, a diferenciação de gênero é feita pelo artigo ou outro determinante qualquer: o artista, a artista; o estudante, a estudante; este dentista, aquela dentista; jornalista recém-formado, jornalista recém- formada. c) sobrecomuns - são substantivos uniformes que designam pessoas. Neste caso, o gênero é fixo (sempre masculino ou sempre feminino) e os artigos e outros determinantes permanecem invariáveis: a criança, o cônjuge, a pessoa, a criatura. Mudança de sentido com mudança de gênero Há substantivos idênticos na forma, porém de gêneros diferentes e significados diferentes. Veja alguns exemplos: substantivo masculino Significado o cabeça o chefe, o líder o capital o dinheiro, os bens o rádio aparelho receptor o lotação Veículo substantivo feminino Significado a cabeça parte do corpo a capital cidade principal a rádio estação transmissora a lotação Capacidade PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 53 Flexão de número Quanto ao número, o substantivo pode ser singular ou plural. Há, no entanto, alguns substantivos que só aparecem no plural, como: os afazeres, as fezes, os parabéns, as núpcias, os pêsames, os óculos, as férias, os víveres. 1. Plural dos substantivos compostos Não é fácil sistematizar o plural dos substantivos compostos, uma vez que ocorrem muitas oscilações, mesmo no padrão culto da língua. Cumpre, no entanto, observar as seguintes regras: a) Os substantivos compostos ligados sem hífen formam o plural como se fossem substantivos simples. aguardente aguardentes passatempo passatempos vaivém vaivéns b) Nos compostos formados de palavras repetidas (ou muito semelhantes), só o segundo elemento varia. teco-teco teco-tecos reco-reco reco-recos tico-tico tico-ticos pingue-pongue pingue-pongues c) Nos compostos formados por dois substantivos, se o segundo elemento limita ou determina o primeiro, indicando tipo ou finalidade, a variação ocorre somente no primeiro elemento. banana-maçã bananas-macã salário-família salários-família peixe-espada peixes-espada caneta-tinteiro canetas-tinteiro manga-rosa mangas-rosa samba-enredo sambas-enredo e) Nos compostos formados de verbo seguido de substantivo no plural, ambos os elementos ficam invariáveis. o saca-rolhas os saca-rolhas o tira-dúvidas os tira-dúvidas a) Para os demais substantivos compostos, convém observar o seguinte: só devem ir para o plural os substantivos, os adjetivos e os numerais. quinta-feira quintas-feiras boa-vida boas-vidas primeiro-ministro primeiros-ministros cachorro-quente cachorros-quentesobra-prima obras-primas guarda-civil guardas-civis Os verbos e os advérbios, assim como os prefixos que entram na formação dos substantivos compostos (co-, ex-, vice-, etc.) não variam. guarda-comida guarda-comidas ex-aluno ex-alunos co-autor co-autores vira-lata vira-latas É importante ressaltar que alguns substantivos originalmente aumentativos ou diminutivos, não mais dão ideia de aumento ou diminuição. São, por isso mesmo, chamados de aumentativos e diminutivos formais. É o que ocorre em palavras como: cigarrilha, folhinha (calendário), cartão, portão, caldeirão. Há casos, também, em que os sufixos aumentativos e diminutivos são utilizados com valor afetivo (paizinho, amorzinho) ou pejorativo (livreco, gentinha). PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 54 ADJETIVO Observe os exemplos mulher cruel poema melancólico coração duro pobre moça apaixonada Os termos destacados referem-se aos substantivos com a função de atribuir-lhes uma característica, ou seja, uma qualidade, um estado, um modo de ser. As palavras que exercem essa função são chamadas de adjetivos. Portanto: Adjetivo é a palavra variável em gênero, número e grau que caracteriza o substantivo, indicando-lhe qualidade, estado, modo de ser ou aspecto. CLASSIFICAÇÃO DOS ADJETIVOS 1. simples – quando apresentam um único radical: dia ensolarado, comida italiana 2. composto – quando apresentam mais de um radical: acordo nipo-lusitano, programa sociocultural 3. primitivos – quando não provêm de outra palavra da língua portuguesa: gravata amarela, inimigo leal 4. derivados – quando provêm de outra palavra da língua portuguesa: gravata amarelada, inimigo desleal, homem brasileiro LOCUÇÃO ADJETIVA Locução adjetiva é a expressão formada de preposição + substantivo (ou advérbio), com valor de adjetivo. dia de chuva (= dia chuvoso) pneu de trás (= pneu traseiro) atitudes de anjo (= atitudes angelicais) menino do Brasil (= menino brasileiro) Em alguns casos, a locução adjetiva não apresenta um adjetivo correspondente, mas nem por isso deixa de ser uma locução adjetiva. É o que ocorre com: discurso sem pé nem cabeça piano de cauda São expressões caracterizando um substantivo. Adjetivos pátrios Adjetivos pátrios são aqueles que se referem a países, continentes, cidades, regiões, etc., exprimindo a nacionalidade ou a origem do ser: amazonense (relativo ao Estado do Amazonas ou à região amazônica) buenairense ou portenho (relativo a Buenos Aires, capital da Argentina) Flexão do adjetivo O adjetivo apresenta flexão de gênero e número, concordando com o substantivo a que estiver se referindo. Os substantivos empregados como adjetivos ficam invariáveis. blusa vinho / blusas vinho mulher monstro / mulheres monstro camisa rosa / camisas rosa homem aranha / homens aranha Adjetivos compostos 1. Como regra geral, nos adjetivos compostos somente o último elemento varia, tanto em gênero quanto em número. acordos luso-franco-brasileiros camisas verde-claras 2. Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invariável. camisas verde-abacate sapatos marrom-café 3. Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis. blusas azul-marinho camisas azul-celeste 4. No adjetivo composto surdo-mudo, ambos os elementos variam menino surdo-mudo meninos surdos-mudos menina surda-muda meninas surdas-mudas PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 55 Esta casa é tão arejada quanto aquela. tão + adjetivo + quanto (ou como) Esta casa é mais arejada (do) que aquela. mais + adjetivo + (do) que Esta casa é menos arejada (do) que aquela. menos + adjetivo + (do) que Flexão de grau O adjetivo apresenta-se no grau comparativo quando a qualidade que ele expressa está em comparação com a de outros seres, e no grau superlativo quando essa qualidade se apresenta em grau elevado. Grau comparativo O comparativo pode ser: 1. de igualdade – a qualidade expressa pelo adjetivo aparece com a mesma intensidade nos elementos que se comparam. O comparativo e igualdade apresenta, geralmente, a seguinte forma: 2. de superioridade – a qualidade expressa pelo adjetivo aparece mais intensificada no primeiro elemento da relação de comparação. O comparativo de superioridade apresenta, geralmente, a seguinte forma: 3. de inferioridade – a qualidade expressa pelo adjetivo aparece menos intensificada no primeiro elemento da relação de comparação. O comparativo de inferioridade apresenta, geralmente, a seguinte forma: Comparativos sintéticos Normalmente, o grau comparativo é obtido pelo processo analítico. Há, no entanto, alguns adjetivos que formam o comparativo de superioridade pelo processo sintético. Comparativo de superioridade adjetivo analítico sintético bom mais bom melhor mau mais mau pior grande mais grande maior pequeno mais pequeno menor Nesses casos, deve-se preferir a forma sintética na comparação entre dois seres. Só se deve usar a forma analítica quando se comparam duas qualidades do mesmo ser. Esta sala é mais grande que arejada. (comparação de duas qualidades do mesmo ser) As formas mais pequeno e menor podem ser usadas indiferentemente, mas na linguagem moderna tem- se dado preferência à forma sintética. Esta sala é menor que a outra. ou Esta sala é mais pequena que a outra. Grau superlativo O superlativo pode ser: 1. absoluto – a qualidade atribuída pelo adjetivo não é expressa em relação a outros elementos. Este exercício é muito fácil. (superlativo absoluto analítico) Este exercício é facílimo. (superlativo absoluto sintético) O superlativo absoluto sintético é feito pelo acréscimo dos sufixos superlativos: -íssimo, ílimo, ou –érrimo. 2. relativo – a qualidade atribuída pelo adjetivo é expressa em relação a outros elementos. Este exercício é o mais fácil do capítulo. (superlativo relativo de superioridade) Este exercício é o menos fácil do capítulo. (superlativo relativo de inferioridade) PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 56 NUMERAL Toda e qualquer palavra que dá ideia de número. Tipos de numeral: a) Cardinais - indicam quantidade. Ex.: um, dois, três b) Ordinais - indicam ordem, posição dos seres. Ex.: primeiro, segundo, terceiro c) Multiplicativos - indicam multiplicação. Ex.: duplo, triplo, quádruplo d) Fracionários - indicam divisão. Ex.: meio, terço Podem ser considerados numerais: a) as palavras par, novena, dezena, década, dúzia, centena, grosa, milheiro, etc. Essas palavras são chamadas numerais coletivos. b) o zero c) as palavras ambos e ambas Leitura e escrita dos numerais. a) Deve-se intercalar a conjunção e entre as unidades, as dezenas e as centenas. Ex.: 39 = trinta e nove 258 = duzentos e cinquenta e oito b) Não se deve empregar a conjunção e entre o milhar e a centena: Ex.: 1985 = mil novecentos e oitenta e cinco Observação: Deve intercalar a conjunção e: - se a centena começar por zero. Ex.: 4.089 = quatro mil e oitenta e nove - se a centena terminar por dois zeros Ex.: 3500 = três mil e quinhentos c) Em numerais mais extensos, deve-se empregar a conjunção e entre os elementos de uma mesma ordem de unidade e deve-se omiti-la quando se passar de uma ordem a outra. Ex.: 582.476 = quinhentos e oitenta e dois mil quatrocentos e setenta e seis. 26.395.576 = vinte e seis milhões, trezentos e noventa e cinco mil quinhentos e setenta e seis. EMPREGO DOS NUMERAIS 1. Emprega-se o ordinal até décimo e daí em diante o cardinal, sempre que o número vier depois de substantivo na designação depapas e soberanos, séculos e partes em que se divide uma obra: Ex.: Paulo VI (sexto) Século IX (nono) Capítulo XXIII (vinte e três) 2. Emprega-se o cardinal de dez em diante, na numeração de artigos, leis, decretos, portarias e outros textos legais: Ex.: artigo 9º (nono) decreto 12 (doze) lei 75 (setenta e cinco) PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 57 ARTIGO É a palavra variável que precede o substantivo, podendo determiná-lo ou indeterminá-lo, além de indicar-lhe o gênero e o número. Ex.: Os livros sumiram. Podemos encontrar dois tipos de artigos: Singular Plural Masc . Fem. Masc. Fem. Definidos O a os As Indefinidos Um uma uns Umas Emprego do Artigo 1. Toda palavra precedida de artigo torna-se um substantivo. Ex.: Eu não sei o porquê de tanto nervosismo. Coloque os pingos em todos os is. Recebi um sim como resposta. 2. Antes de nomes próprios de lugares, nem sempre é possível colocar o artigo. Ex.:Brasília fica no planalto central do Brasil. No entanto, dizemos: O Japão é um país de Primeiro Mundo. A China construiu a grande muralha. "O Rio de Janeiro continua lindo..." 3. Desacompanhados de substantivo, o, a, os, as podem ter valor de pronome demonstrativo. Nesse caso, significam aquele (s), aquela (s), aquilo. Ex.: Li todas as redações, menos a que está sobre a mesa da cozinha. aquela Pronome demonstrativo Atenção: Não confunda um (artigo) com um (numeral). Pode-se dizer que um (a) será numeral quando estiver em oposição a outro numeral ou estiver após o substantivo. VERBO É a palavra variável que exprime ação, estado, mudança de estado e fenômeno, situando-se no tempo. Ex.: O garoto corre muito. Sou poeta. O ouro virou terra. Chove muito aqui. FLEXÃO DO VERBO 1 - NÚMERO E PESSOA 1ª pessoa do singular 2ª pessoa do singular 3ª pessoa do singular 1ª pessoa do plural 2ª pessoa do plural 3ª pessoa do plural 2 - CONJUGAÇÃO Três são as conjugações em português: 1ª conjugação: ar Ex.: andar, lavar, cortar. 2ª conjugação: er Ex.: vender, saber, ler. 3ª conjugação: ir Ex.: dormir, reunir, sair. Comprei duas salas e você uma. numeral numeral Moro na casa um. numeral Vi um cachorro no jardim. artigo indefinido Comprei uma moto naquela loja. artigo indefinido PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 58 3 - FORMAS NOMINAIS Existem três formas verbais que não apresentam flexão de tempo e modo, perdendo, desta forma, as características exclusivas do verbo. Como desempenham funções próprias dos nomes (substantivo, adjetivo e advérbio), são denominadas formas nominais. São elas: infinitivo, particípio e gerúndio. 4- LOCUÇÃO VERBAL É formada de um verbo auxiliar seguido de um verbo principal. Ex.: Vamos sair hoje cedo. Fiquei a observar tudo, Podemos ter sido aprovados. 5 - VOZ Ativa: sujeito pratica a ação. Ex.: O carroceiro disse um palavrão. Passiva: sujeito sofre a ação. Ex.: Um palavrão foi dito pelo carroceiro. (analítica) Vende-se uma casa. (sintética) Reflexiva: sujeito pratica e sofre a ação. Ex.: O carroceiro machucou-se. Os noivos se olharam. EMPREGO DOS MODOS E TEMPOS VERBAIS MODO INDICATIVO (modo da certeza) 1. presente – exprime um fato que ocorre no momento em que se fala: Vejo um pássaro na janela. O presente do indicativo também é usado para: a) exprimir uma verdade científica, um axioma: A Terra é redonda. b) exprimir uma ação habitual: Aos domingos não saio de casa. c) dar atualidade a fatos ocorridos no passado: Cabral chega ao Brasil em 1500. d) indicar fato futuro bastante próximo, quando se tem certeza de que ele ocorrerá: Amanhã faço os exercícios. 2. pretérito perfeito – exprime um fato já concluído anteriormente ao momento em que se fala. Ontem eu reguei as plantas do jardim. 3. pretérito imperfeito – exprime um fato anterior ao momento em que se fala, mas não o toma como concluído, acabado. Revela, pois, o fato em seu curso, em sua duração. Ele falava muito durante as aulas. 4. pretérito mais-que-perfeito – indica um fato passado que já foi concluído, em relação a outro fato também passado. Quando você resolveu o problema, eu já o resolvera. Na linguagem atual tem-se usado com mais frequência o pretérito mais-que-perfeito composto. Quando você resolveu o problema, eu já o tinha resolvido. 5. futuro do presente – exprime um fato posterior ao momento em que se fala, tido como certo. Amanhã chegarão os meus pais. 6. futuro do pretérito – exprime um fato futuro tomado em relação a um fato passado. Ontem você me disse que viria à escola. O futuro do pretérito também pode ser usado para indicar incerteza, dúvida. Seriam mais ou menos dez horas quando ele chegou. MODO SUBJUNTIVO O subjuntivo apresenta o fato de modo incerto, impreciso, duvidoso. Normalmente é empregado em orações que dependem de outras (subordinadas). Viajaríamos se fizesse calor. 1. Presente – é empregado nas orações subordinadas para expressar fatos presentes ou futuros. É justo que eles fiquem. (presente) Desejo que todos compareçam. (futuro) PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 59 2. pretérito imperfeito – indica uma ação passada, presente ou futura em relação ao verbo da oração principal. Se neste momento eu tivesse coragem, contaria a verdade. (presente) Mesmo que saísse antes, não teria chegado a tempo. (passado) Ficaria feliz se ele fosse à minha casa. (futuro) 3. futuro – é empregado em orações subordinadas para indicar eventualidade no futuro. Farei o trabalho se tiver tempo. MODO IMPERATIVO O imperativo exprime uma atitude de ordem, solicitação, convite ou conselho. É empregado em orações absolutas, principais ou coordenadas. Como o imperativo pode exprimir várias atitudes do falante, a entoação da frase será fundamental para veicular a ideia pretendida. No imperativo, o falante sempre se dirige a um interlocutor; por isso, esse modo verbal só possui as formas que admitem um interlocutor (segundas e terceiras pessoas; primeira pessoa do plural). Prestem atenção! (ordem) Empreste-me o livro, por favor. (solicitação) Venha à festa do meu aniversário. Será lá em casa. (convite) Não guarde rancor, pode lhe dar uma gastrite. (conselho) PRONOME É a palavra que substitui ou determina o nome. De acordo com essas funções, o pronome pode ser classificado em pronome substantivo ou pronome adjetivo. PRONOME SUBSTANTIVO - É aquele que substitui o substantivo. Ex.: A casa é tua? Ele foi embora. PRONOME ADJETIVO - É aquele que acompanha o substantivo, determinando-o. Ex.: Meu irmão viajou e levou minha mochila. Os pronomes classificam-se em: PESSOAIS, POSSESSIVOS, DEMONSTRATIVOS, INDEFINIDOS, INTERROGATIVOS E RELATIVOS. 1. PRONOMES PESSOAIS Substituem as três pessoas gramaticais RETOS OBLÍQUOS eu tu ele, ela nós vós eles, elas me, mim, comigo te, ti, contigo se, lhe, o, a, si, consigo, ele, ela nos, conosco vos, convosco se, lhes, os, as, si, consigo, eles, elas OS PRONOMES OBLÍQUOS PODEM SER: ÁTONOS: ME, TE, SE, NOS, VOS, O, A, OS, AS, LHE, LHES E TÔNICOS: MIM, COMIGO, TI, CONTIGO, SI, CONSIGO, ELE(A)(S), NÓS, VÓS (precedidos de preposição) PRONOME OBLÍQUO REFLEXIVO- É o pronome oblíquo da mesma pessoa do pronome reto, significando a mim mesmo, a ti mesmo, etc. Ex.: Eu me vesti rapidamente. PRONOME OBLÍQUO RECÍPROCO - É representado pelos pronomes nos, vos, se, quando traduzem a ideia de um ou outro, reciprocamente.Ex.: Nós nos cumprimentamos. Eles se abraçaram. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 60 EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS 1. Os pronomes oblíquos O, A, OS, AS, podem assumir as seguintes formas: a) LO, LOS, LA, LAS, depois de verbos terminados em r, s, z Ex.: Os habitantes da aldeia resolveram matá-lo Fizemo-lo sair. Meu filho brincava. Fi-lo estudar. b) NO, NOS, NA, NAS, depois de verbos terminados em ditongo nasal (am, em, ão, õe) Ex.: Ouçam-na. Peguem-no. Eles não vendem o produto. Dão-no aos pobres. Eles não têm certeza dessas resoluções. Supõe-nas. 2. As formas tônicas dos pronomes oblíquos sempre vêm precedidas de preposição. Ex.: Não houve nada entre mim e ti. Obs.: Se houver um verbo acompanhando o pronome, este será pessoal do caso reto. Ex.: Empreste o livro para eu ler. Disseram que é para tu viajares. 3. As formas conosco e convosco serão substituídas por com nós e com vós se vierem seguidas de numeral ou de palavra como: todos, outros, mesmos, próprios, ambos. Ex.: Deixaram o recado com nós mesmos. Falei também com vós todos. 4. A forma consigo só se utiliza quando o sujeito da frase for uma 3ª pessoa e o pronome referir-se a esse mesmo sujeito. Ex.: Ela trazia a prova consigo. 5. Se a palavra até tiver o valor de mesmo, também, inclusive, usa-se a forma reta do pronome. Ex.: Até eu tive problemas com essa empresa. 6. Os pronomes oblíquos podem ser usados como possessivos. Ex.: Não lhe entendo a intenção. 7. Os pronomes O(S), A(S) são usados como OBJETO DIRETO e o pronome LHE(S) como OBJETO INDIRETO. Ex.: Isto o compromete. Isto lhe convém. Os pronomes pessoais do caso reto de 3ª pessoa (na função de complemento) podem contrair-se com as preposições de ou em. Ex.: Ninguém cuida de melhorar a sorte dele. Quando esses pronomes exercem a função de sujeitos, essa contração não deve haver. Ex.: É capaz de ele não poder chegar. Na linguagem coloquial, o pronome nós é frequentemente substituído por a gente. O verbo deverá ficar na 3ª pessoa do singular. Ex.: É verdade que a gente está só. PRONOMES DE TRATAMENTO Você v. tratamento familiar Vossa Alteza V.A príncipes , duques Vossa Eminência V.Em.ª Cardeais Vossa Excelência V.Ex.ª altas autoridades Vossa Magnificência V.Mag.ª Reitores Vossa Majestade V.M. reis, imperadores Vossa Meritíssima juízes de direito Vossa Onipotência Deus Vossa Reverendíssima V.Rev.ª Sacerdotes Vossa Senhoria V.S.ª altas autoridades Vossa Santidade V.S. papa Emprega-se vossa quando 2ª pessoa, isto é, em relação a com quem falamos. Emprega-se sua quando 3ª pessoa, isto é, em relação à de quem falamos. 2. PRONOMES POSSESSIVOS Indicam aquilo que pertence a cada uma das pessoas gramaticais. 1ª: meu(s), minha(s), nosso(s), nossa(s) 2ª: teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s) 3ª: seu(s), sua(s) 8. Esses pronomes nem sempre indicam posse. Podem indicar afetividade, cortesia, cálculo aproximado, valor indefinido. Ex.: Meu caro amigo. Não se incomode, meu filho. Ana, com seus três anos, não era nenhum anjo. Ela tem lá suas manias. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 61 9. Os pronomes seu(s), sua(s) podem referir-se à 2ª e à 3ª pessoas. Por isso, seu emprego pode gerar ambiguidade. Ex.: Ele saiu com sua namorada. 10. A forma seu não é um possessivo quando resultar da alteração fonética da palavra senhor: Ex.: Muito obrigado, seu Eduardo. 3. PRONOMES DEMONSTRATIVOS São pronomes que situam o ser no espaço e no tempo, tomando como ponto de referência as três pessoas gramaticais. Variáveis Invariáveis este(s), esta(s) esse(s), essa(s) aquele(s), aquela(s) isto isso aquilo 11. As palavras o, a , os, as, mesmo, próprio, semelhante e tal podem ser pronomes demonstrativos. Ex.: Hoje o que vejo é muita violência. Eles viram tal grandeza. Nunca ouvi semelhante besteira. 12. Este(s), esta(s), isto, indicam o tempo presente em relação ao falante. Ex.: Esta noite está bonita. 13. Esse(s), essa(s), isso indicam o tempo passado ou o futuro pouco distante. Ex.: Procurei Frederico essa noite. 14. Aquele(s), aquela(s), aquilo indicam tempo muito distante em relação ao falante. Ex.: Naquele tempo não havia noite. 15. Para situar o que já foi anteriormente expresso: esse(s), essa(s), isso. Ex.: Encontramos várias soluções. Essas soluções são boas. 16. Para situar o que vai ser expresso, utiliza-se este(s), esta(s), isto. Ex.: O fato é este: estamos sem dinheiro. 17. O pronome este retoma o elemento anterior mais próximo e aquele retoma o mais distante. Ex.: Jogarão hoje Japão e Brasil, este com um futebol mais criativo e aquele com um mais calculado. 4. PRONOMES INDEFINIDOS Referem-se à 3ª pessoa gramatical de modo vago, indeterminado. Variáveis Invariáveis algum(a), alguns, algumas nenhum(a), nenhuns, nenhumas bastante, bastantes todo(s), toda(s) outro(s), outra(s) muito(s), muita(s) pouco(s), pouca(s) certo(s), certa(s) vário(s), vária(s) tanto(s), tanta(s) quanto(s), quanta(s) qualquer, quaisquer alguém ninguém tudo outrem nada cada algo quem menos mais 5. PRONOMES INTERROGATIVOS São aqueles empregados na formulação de perguntas. Ex..: Quem chegou? Os pronomes interrogativos são que, quem, quanto e qual. 6. PRONOMES RELATIVOS Referem-se a termos já expressos e, ao mesmo tempo, introduzem uma oração dependente. Ex.: Esta é a pessoa que eu amo. Variáveis Invariáveis o qual, a qual, os quais, as quais cujo(s), cuja(s) quanto(s), quanta(s) que quem onde PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 62 ADVÉRBIO É a palavra invariável que modifica o verbo, o adjetivo e o próprio advérbio. Ex.: Ela canta bem. Minha amiga é muito bonita. Ela canta muito bem. LOCUÇÃO ADVERBIAL É o conjunto de duas ou mais palavras com valor de advérbio. Ex.: às vezes, a pé, ao vivo etc. TIPOS DE ADVÉRBIO: a) AFIRMAÇÃO sim, deveras, certamente, realmente, etc. b) DÚVIDA talvez, decerto, acaso, provavelmente, possivelmente, etc. c) INTENSIDADE muito, pouco, menos, etc. d) LUGAR aqui, ali, cá, lá, atrás, longe, abaixo, dentro, fora, etc. e) MODO bem, mal, assim, depressa, etc. f) NEGAÇÃO não. g) TEMPO hoje, amanhã, ontem, logo, depois, agora, sempre, nunca, cedo, tarde, etc. Grau comparativo a) de igualdade - Forma-se o comparativo de igualdade antepondo-se tão ao advérbio e pospondo como ou quanto. Ele chegou tão cedo quanto o colega. Falava tão bem como o pai. b) de superioridade - Forma-se o comparativo de superioridade antepondo-se mais ao advérbio e pospondo que ou do que. Ele chegou mais cedo que (do que) o colega. Os advérbios bem e mal admitem também o grau comparativo de superioridade irregular, expresso respectivamente pelas formas melhor e pior. Na corrida dos cem metros, Pedro se saiu melhor que (do que) eu. Em Matemática, Carla está pior que (do que) eu. c) de inferioridade -Forma-se o comparativo de inferioridade antepondo-se menos ao advérbio e pospondo que ou do que. Ele caminhava menos apressadamente que (do que) o colega. Grau superlativo O superlativo pode ser: a) sintético - a alteração de grau é feita pelo acréscimo de um sufixo ao advérbio: Cheguei cedíssimo. b) analítico - a alteração de grau é feita com o auxílio de outro advérbio, no caso, um advérbio de intensidade: Cheguei muito cedo. Emprego dos advérbios 1. Quando se coordenam vários advérbios terminados em -mente, pode-se usar esse sufixo apenas no último: Estava dormindo calma, tranquila e sossegadamente. 2. Antes de particípios não se devem usar as formas irregulares do comparativo de superioridade (melhor, pior), e simas formas analíticas (mais bem, mais mal): Aquelas alunas estavam mais bem preparadas que as outras. Esta roupa parece mais mal acabada que aquela. 3. na linguagem popular, é comum o advérbio receber sufixo diminutivo. Nesses casos, o sufixo não adquire valor propriamente diminutivo, e sim superlativo: Ele chegou cedinho. (muito cedo) Moro pertinho de você. (bem perto) 4. Ainda na linguagem popular, é comum a repetição do advérbio a fim de intensificá-lo: Devo chegar cedo, cedo. Parto logo, logo. Palavras denotativas Certas palavras que se assemelham a advérbios não pertencem, segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, a nenhuma classe de palavras. São simplesmente chamadas palavras denotativas e podem indicar, entre outros aspectos: a) inclusão (até, inclusive, também): Ele também foi. b) exclusão (apenas, salvo, menos, exceto): Todos, exceto eu, foram à festa. c) explicação (isto é, por exemplo, a saber, ou seja): Ele, por exemplo, não pôde comparecer. d) retificação (aliás, ou melhor): Amanhã, aliás, depois de amanhã iremos à festa. e) realce (cá, lá, é que): Sei lá o que ele quer! f) situação (afinal, agora, então): Afinal, quem está aí? g) designação (eis): Eis o verdadeiro culpado de tudo. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 63 PREPOSIÇÃO É a palavra invariável que liga duas outras palavras entre si, estabelecendo entre elas certas relações. Ex.: “Casa de ferreiro, espeto de pau” A preposição de, no ditado popular, indica posse. A primeira palavra, que reclama a outra, chama-se regente; a segunda, reclamada pela antecedente, denomina-se palavra regida. No lugar da palavra regida podemos ter uma oração. Ex.: Saiu para trabalhar Tinha poucas esperanças de que o salvassem As preposições podem indicar relação de: tempo, lugar, modo, meio, companhia, inclusão, exclusão, limite, origem, finalidade, etc. CLASSIFICAÇÃO DAS PREPOSIÇÕES As preposições podem ser essenciais e acidentais. As preposições essenciais são aquelas que sempre foram preposições: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. Exigem os pronomes pessoais nas formas oblíquas (sem mim, de ti, entre mim e ti, etc.) As preposições acidentais são aquelas que passaram a ser preposições, depois de exercerem na língua outras funções: afora ou fora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, menos, salvante, salvo, segundo, tirante, visto, etc. Exigem os pronomes pessoais nas formas retas (afora eu, menos tu, salvo eu e tu, etc.) LOCUÇÃO PREPOSITIVA O conjunto de duas ou mais palavras com valor de preposição recebe o nome de locução prepositiva. Ex.: a fim de, além de, antes de, depois de, ao invés de, em que pese a, à custa de, em via de, à volta com, defronte de, a par de, através de, etc. Como se vê, toda locução prepositiva termina por preposição. CONJUNÇÃO Conjunções são palavras invariáveis que unem termos de uma oração ou unem orações. As conjunções podem relacionar termos de mesmo valor sintático ou orações sintaticamente equivalentes - as chamadas orações coordenadas - ou podem relacionar uma oração com outra que nela desempenha função sintática - respectivamente, uma oração principal e uma oração subordinada. Ex.: Nossa realidade social é precária e nefasta. A situação social do país é precária, mas ainda existem aqueles que só buscam privilégios pessoais. Não se pode deixar de perceber que a situação social do país é precária. São chamados locuções conjuntivas os conjuntos de palavras que atuam como conjunções. Essas locuções geralmente terminam em que: visto que, desde que, ainda que, por mais que, à medida que, à proporção que, etc. Os mesmos critérios de classificação aplicados às conjunções simples são aplicados às locuções conjuntivas. CLASSIFICAÇÃO As conjunções são primeiramente classificadas em coordenativas e subordinativas, de acordo com o tipo de relação que estabelecem. As conjunções coordenativas ligam termos ou orações sintaticamente equivalentes. As conjunções subordinativas ligam uma oração a outra que nela desempenha função sintática; em outras palavras, ligam uma oração principal a uma oração que lhe é subordinada. De acordo com o sentido das relações que estabelecem, as conjunções coordenativas são classificadas em: a) Aditivas (exprimem adição, soma): e, nem, não só... mas também, etc.; b) Adversativas (exprimem oposição, contraste): mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante, etc.; c) Alternativas (exprimem alternância ou exclusão): ou, ou... ou..., ora..., ora, já... já, etc; d) Conclusivas (exprimem conclusão): logo, portanto, por conseguinte, pois (posposto ao verbo), etc.; PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 64 e) Explicativas (exprimem explicação): pois (anteposto ao verbo), que, porque, porquanto. Já as conjunções subordinativas são classificadas em: a) Integrantes (introduzem orações subordinadas substantivas): que, se, como; b) Causais (exprimem causa): porque, como, uma vez que, visto que, já que, etc.; c) Concessivas (exprimem concessão): embora, ainda que, mesmo que, conquanto, apesar de quê, etc.; d) Condicionais (exprimem condição ou hipótese): se, caso, desde que, contanto que, etc.; e) Conformativas (exprimem conformidade): conforme, consoante, segundo, como, etc.; f) Comparativas (estabelecem comparação): como, mais... (do) que, menos... (do) que, etc.; g) Consecutivas (exprimem consequência): que, de sorte que, de forma que, etc.; h) Finais (exprimem finalidade): para que, a fim de que, que, porque, etc.; i) Proporcionais (estabelecem proporção): à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais..., menos..., etc.; j) Temporais (indicam tempo): quando, enquanto, antes que, depois que, desde que, logo que, assim que, etc. INTERJEIÇÃO Interjeições são palavras invariáveis que exprimem emoções, sensações, estados de espírito, ou que procuram agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar determinados comportamentos sem que se faça uso de estruturas linguísticas mais elaboradas. Observe: Ah! pode exprimir prazer, deslumbramento, decepção; Psiu! pode indicar que se está querendo atrair a atenção do interlocutor ou que se quer que ele faça silêncio. Em alguns casos, há um conjunto de palavras que atua como uma interjeição: são as locuções interjectivas, como Valha-me Deus! ou Macacos me mordam! PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 65 V A R IÁ V EI S IN V A R IÁ V EI S V A R IÁ V E IS RESUMÃO DO EMPREGO DE CLASSES DE PALAVRAS MORFOSSINTAXE 1. Substantivo: palavra nuclear 2. Adjetivo 3. Artigo PALAVRAS ADJETIVAS 4. Numeral referem-se a substantivo e concordam com ele 5. Pronome Refere-se ao sujeito|=| 6. Verbo Se incompleto, pede complemento |OD, OI, AP| verbo 7. Advérbio refere-se a adjetivo (modificando) advérbio. não concorda 8. Preposição: liga termos, introduz orações reduzidas. a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. 9. Conjunção: liga orações. As coordenativas (e, nem, ou...) também ligam termos. 10. Interjeição: exprime sentimento repentino, indica saudação, apelo. Ai! Oh! Oi. Bom dia! Pelo amor da vaca preta! FIXAÇÃO DAS CLASSES DE PALAVRAS Classifique morfologicamente os termos grifados. 1. Os meus dois primos chatos estão aqui. 2. Mário joga mal. 3. Mário joga muito mal. 4. Maria estava meio cansada. 5. Maria comprou meio melão. 6.Vou para casa. 7. Maria disse que você viria. 8. Ufa! Acabou. 9. Eu os mandei cortarem-me o cabelo. 10. Nada acontece por aqui.. 11. O que aconteceu aqui foi triste. 12. Quem você convidou? MORFOLOGIA 1. Substantivo: designa, nomeia seres em geral (casa). 2. Adjetivo: caracteriza substantivo (homem feliz) 3. Artigo: especifica ou generaliza substantivo. 4. Numeral: indica quantidade, ordem. (dois, cinquenta) 5. Pronome: substitui ou modifica substantivo. 6. Verbo: situa um acontecimento no tempo. (cantar) 7. Advérbio: modifica verbo, adjetivo, outro advérbio. 8. Preposição: Relaciona um termo a outro. (lata de óleo) 9. Conjunção: introduz oração, ligando-a à outra. 10. Interjeição: exprime sentimento repentino. Ai! Oh! PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 66 Locuções: a. Locução adjetiva (preposição + substantivo = adjetivo): pessoas da cidade (=urbanas) b. Locução adverbial (preposição + substantivo = advérbio): vens da cidade (lugar) c. Locução verbal (dois ou mais verbos = uma só ação): Ele havia sido atacado (ação: atacar) d. Locução prepositiva (inicia e termina com preposição): daqui a, a partir de, a beira de, acerca de, apesar de... e. Locução conjuntiva (termina com “que”): desde que, logo que, à medida que, contanto que, apesar de que... f. Locução interjetiva (= interjeição) Pelo amor da vaca preta! Função das classes gramaticais (dos nomes) Substantivo (e pronome substantivo) – funciona como núcleo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, agente da passiva, complemento nominal, aposto, vocativo e, às vezes, do predicativo. Adjetivo (e pronome adjetivo) – funciona como adjunto adnominal e predicativo Advérbio – funciona com adjunto adverbial. PRONOME Pessoal Reto (sujeito)(eu, tu, ele, nós, vós, eles) Oblíquo(complemento)(me, mim, te, ti, o, lhe...) de Tratamento (você, V. S., V. Exª.) Possessivo (meu, teu, seu, nosso, vosso, seu) Me = meu, te = teu, lhe = dele = seu... Indefinido (ninguém, nada, tudo, muito...) Demonstrativo (isto, isso, aquilo...) Interrogativo (que, quem, por que, onde...) Aparece em perguntas que exigem respostas específicas Relativo (cujo, que/quem=o qual, onde = no qual) Introduz orações subordinadas adjetivas Substitui termos antecedentes. Exerce função sintática Flexão Nominal - USO DE PRONOME PESSOAL DO CASO RETO DO CASO OBLÍQUO eu me mim comigo tu te ti contigo ele(a) o/a lhe se si consigo nós nos conosco vós vos convosco eles(as) os/as lhes se si consigo 1. O pronome pessoal do caso reto funciona como sujeito. 2. O pronome pessoal oblíquo funciona como complemento. 3. O pronome pessoal do caso reto pode funcionar como complemento se preposicionado, o de 3ª pessoa contrai-se com as preposições de ou em, mas nesse caso funciona como oblíquo. 4. Quando esse pronome exerce a função de sujeito, essa contração não deve haver. 5. Os pronomes oblíquos o, a, os, as, podem assumir as seguintes formas: lo(s), la(s) depois de verbos terminados em r, s, z no(s), na(s) depois de verbos terminados em ditongo nasal (am, em, ão, õe): 6. As formas tônicas dos pronomes oblíquos (mim, ti, si, ele) sempre vêm precedidas de preposição. Obs.: Se houver um verbo acompanhando o pronome, este será pessoal do caso reto (porque terá função de sujeito). 7. As formas conosco e convosco serão substituídas por com nós e com vós se vierem seguidas de numeral ou de palavra como: todos, outros, mesmos, próprios, ambos. 8. A forma consigo só se utiliza quando o sujeito da frase for 3ª pessoa e o pronome referir-se a esse mesmo sujeito. 9. Os pronomes oblíquos podem ser usados como possessivos. Não lhe entendo a intenção. Não entendo sua intenção 10. Os pronomes o(s), a(s) são usados como objeto direto e o pronome lhe(s) como objeto indireto PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 67 EXERCÍCIOS 1. Corrija, se for necessário, as frases abaixo: a) Eu odeio ela. b) Eu gosto dela. c) É hora dela partir. 2. Substitua pelo pronome adequado as repetições. a) Tenho uma sombrinha, mas vou deixar a sombrinha aqui. b) Ontem pediste um presente; hoje, trouxemos o presente. c) Era para entregar o relatório, mas fiz o relatório só hoje. d) A menina está atrapalhando o assalto, amarrem a menina. 3. Complete as lacunas com o pronome adequado. a) O livro é para _______________. (eu/mim) b) O livro é para _________ ler. (eu/mim) c) Entre ______e ______ não existe mais nada (eu/mim/tu/ti) USO DE PRONOMES DEMONSTRATIVOS 1. As palavras o, a, os, as, mesmo, próprio, semelhante e tal podem ser pronomes demonstrativos. 2. Este(a) indica o tempo presente em relação ao falante. 3. Esse(a) indica o tempo pouco distante. 4. Aquele(a) indica tempo distante em relação ao falante. 5. Este(a)(s), isto indicam que um objeto está perto da pessoa que fala (1ª pessoa). 6. Esse(a)(s), isso indicam que um objeto está perto da pessoa com quem se fala (2ª pessoa). 7. Aquele(a), aquilo indicam que o objeto está perto da pessoa de quem se fala (3ª pessoa), ou seja, longe da pessoa que fala. 8. Para situar o que já foi expresso: esse(a), isso. 9. Para situar o que vai ser expresso, utiliza-se este(a), isto. 10. Em uma enumeração, o pronome este retoma o elemento anterior mais próximo e aquele retoma o mais distante. EXERCÍCIOS 1. Use o pronome demonstrativo adequado nas. a) __________noite está bonita.(agora) b) __________noite dormi mal. (ontem) c) ________ noite foi terrível. (semana passada) d) _________caneta em minha mão é de quem? e) _________pasta em sua mesa é minha. f) _________bolsa da Genoveva é linda. g) Ontem houve uma discussão na Assembleia Legislativa. ____________ fato atrasou a votação. h) ___________ evento marcará o ano: os jogos olímpicos. i) Jogarão hoje Alemanha e Brasil, _________ com um futebol mais criativo e ___________ com um mais calculado. 2. Preencha as lacunas das frases abaixo: a. _______________carro que dirijo não é meu b. _______________teu fascínio é que me apaixona c. ______cadeiras que usamos são confortáveis, mas __________do Teatro Nacional são bem melhores d. _____que vês lá em alto-mar é a tempestade, o ciclone e. De todos os livros que li _ ____aqui foi o mais complicado f. Paula, de quem é _ ____ moto que o teu irmão dirige? g. Os tipos de predicado são _ ______: nominal, verbal e verbo-nominal h. Sei que vou alcançar meus objetivos e __está bem próximo i. Ao observar o juiz e o bandeirinha, percebi que _ ____ confirmou o sinal que ____lhe fizera, e anulou o nosso gol PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 68 3. Assinale a opção que completa adequadamente as lacunas da frase seguinte: Os pesquisadores e o Governo frequentemente assumem posições distintas ante os problemas nacionais: __________ se preocupam com a fundamentação científica, enquanto __________ se guia mais pelos interesses políticos. a) aqueles / este; b) esses / aquele; c) estes / esse; d) estes / aquele; e) aqueles / aquele 4. (IBGE) Assinale o par de frases em que as palavras sublinhadas são substantivo e pronome, respectivamente: a) A imigração tornou-se necessária. / Pratique o bem. b) Ela é responsável. / Havia muito movimento na praça. c) Fale tudo o que precisa. / O consumo de drogas é condenável. d) Pessoas inconformadas lutaram. / Pesca-se muito em Angra. e) Os prejudicados não tinham o direito de reclamar. / Não entendi o que você disse. 5. (TTN) Observe as palavras grifadas da seguinte frase: "Encaminhamos a V. Senhoria cópia autêntica do Edital nº 19/82." Elas são, respectivamente: a) verbo, substantivo, substantivo b) verbo,substantivo, advérbio c) verbo, substantivo, adjetivo d) pronome, adjetivo, substantivo e) pronome, adjetivo, adjetivo 6. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que a locução grifada tem valor adjetivo: a) "Comprei móveis e objetos que entrei a utilizar com receio." b) "Azevedo Gondim compôs sobre ela dois artigos." c) "Pediu-me com voz baixa cinquenta mil réis." d) "Expliquei em resumo a prensa, o dínamo, as serras..." e) "Abri o olho para que vizinhos sem escrúpulos não se apoderassem do que era delas." 7. (UF-MG) As expressões sublinhadas correspondem a um adjetivo, exceto em: a) João Fanhoso anda amanhecendo sem entusiasmo. b) Demorava-se de propósito naquele complicado banho. c) Os bichos da terra fugiam em desabalada carreira. d) Noite fechada sobre aqueles ermos perdidos da caatinga sem fim. e) E ainda me vem com essa conversa de homem da roça. 8. (UM-SP) Na frase "As negociações estariam meio abertas só depois de meio período de trabalho", as palavras destacadas são, respectivamente: a) adjetivo, adjetivo b) advérbio, advérbio c) advérbio, adjetivo d) numeral, adjetivo e) numeral, advérbio 9. (UN-UBERLÂNDIA) Das frase seguintes, uma contém uma locução adjetiva. Marque-a: a) Esta é a torneira de água quente. b) Comprei uma lâmpada vermelha. c) O piano dela é alemão. d) Esta boneca é muito feia. e) Ela é uma mulher corajosa. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 69 10. (UNIFOR-CE) Na frase: "Passaram dois homens a discutir, um a gesticular e o outro com a cara vermelha", o termo a está empregado, sucessivamente, como: a) artigo, preposição preposição b) pronome, preposição, artigo c) preposição, preposição, artigo d) preposição, pronome, preposição e) preposição, artigo, preposição 11. Assinale a frase em que "meio" funciona como advérbio: a) Só quero meio quilo. b) Achei-o meio triste. c) Descobri o meio de acertar. d) Parou no meio da rua. e) Comprou um metro e meio. 12. (UEPG-PR) Na oração: "Certos amigos não chegaram a ser jamais amigos certos", o termo destacado é sucessivamente: a) adjetivo e pronome b) pronome adjetivo e adjetivo c) pronome substantivo e pronome adjetivo d) pronome adjetivo e pronome indefinido e) adjetivo anteposto e adjetivo posposto 13. (FESP) Assinale a alternativa correspondente à classe gramatical da palavra a, respectivamente: Esta gravata é a que recebi; Estou disposto a tudo; Fiquei contente com a nota; Comprei-a logo que a vi. a) artigo - artigo - preposição - preposição b) preposição - artigo - pronome demonstrativo - artigo c) pron. demonstrativo - preposição - artigo – pron. pessoal d) pronome pessoal - preposição - artigo - pronome pessoal e) nenhuma das alternativas 14. (CETRO) Assinale a alternativa que apresenta a classificação morfológica correta da palavra que: (A) ... e lhes ensinariam que há uma enorme diferença entre eles e os peixinhos dos outros tubarões. (conjunção comparativa) (B) Cada peixinho que na guerra matasse alguns outros, inimigos, (pronome relativo) (C) ... mas silenciam em línguas diferentes, e por isso não podem se entender que silenciam em outra língua, (pronome demonstrativo) (D) belos quadros, que representavam os dentes dos tubarões em cores soberbas, e suas goelas como jardins onde se brinca deliciosamente. (conjunção integrante) (E) e a música seria tão bela, que a seus acordes todos os peixinhos, (pronome relativo) Gabarito: morfologia: 1. os: artigo, meus:pronome, dois: numeral, primos: substantivo, chatos:adjetivo, estão:verbo, 2. advérbio modificando o verbo joga, 3. advérbio modificando o advérbio mal, 4. advérbio modificando o adjetivo cansada, 5. numeral, 6. preposição: liga termos, 7. conjunção: liga orações, 8. interjeição, 9. eu: pronome pessoal reto, os: pronome pessoal oblíquo, me = meu: pronome possessivo, 10. nada: pronome indefinido, 11. o= aquilo: pronome demonstrativo, que = pronome relativo, 12. quem: pronome interrogativo; você: pronome de tratamento. Uso de pronome pessoal: 1. a) Eu A odeio, b) Eu gosto DELA, c) É horaDE ELA partir. 2.a) ...vou deixá-LA em casa, b) ...trouxemo-LO, c) ...fi-LO somente hoje, d) ...amarrem-NA. 3. a) mim, b) eu, c) mim e ti. Uso de pronome demonstrativo: 1. a) esta, b) essa, c) aquela, d) esta, e) essa, f) aquela, g) esse, h) este, i ) este, aquela. 2. a) este, b) esse, c) estas/aquelas, d) aquilo (=lá), e) este (=aqui), f) aquela (do teu irmão = dele), g) estes, h) isso, i) aquele/este. 3.Alternativa a) aqueles / este; 4. e, 5. c, 6. e, 7. b, 8. c, 9. a, 10.c, 11. b, 12. b, 13. C, 14.B PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 70 COLOCAÇÃO PRONOMINAL 1. Próclise: Colocação do pronome antes do verbo. Ela te iludiu. 2. Mesóclise: É a colocação do pronome no meio do verbo. Ajudar—te—ia se pudesse. 3. Ênclise: Colocação do pronome depois do verbo. Vendem—se casas. CASOS OBRIGATÓRIOS DE PRÓCLISE 1. Partícula atrativa na frente do verbo. a) Pronome demonstrativo: Isto, isso, aquilo... b) Pronome indefinido: Tudo, nada, alguém... c) Pronome relativo: O qual, cujo, onde, que... d) Palavra negativa: não, nunca, jamais... e) Conjunção Subordinativa: que, se, quando... f) Advérbio ou locução adverbial: ali, hoje... 2. EM+GERÚNDIO(-NDO): Verbo no gerúndio antecedido da preposição em. Em se tratando de diversão, prefiro o Vôlei. 3. Nas frases INTERROGATIVAS / EXCLAMATIVAS / OPTATIVAS. A senhora me chamou? A terra se abalou! Deus te ajude. Frase Optativa: Aquela que expressa desejo espiritual ao próximo. Seja de cunho positivo ou negativo. CASOS OBRIGATÓRIOS DE MESÓCLISE 1. Com verbo no FUTURO DO PRESENTE ou DO PRETÉRITO, desde que não haja Partícula Atrativa na frente do verbo. Dar-te-ei o bolo. Eu te darei o bolo. CASOS OBRIGATÓRIOS DE ÊNCLISE 1. Usaremos a ênclise quando não for possível nem o uso da Próclise, nem o da mesóclise. Compram-se apartamentos. Cale-se, por favor. 2. Não se inicia frase com o pronome oblíquo. Me dê o livro. (errado) Dê-me o livro (correto) USO DO PRONOME COM LOCUÇÕES VERBAIS VERBO AUXILIAR +INFINITIVO: Qualquer colocação pode Eu te quero paquerar. Eu quero te paquerar. Eu quero-te paquerar. Eu quero paquerar—te. VERBO AUXILIAR+GERÚNDIO: Qualquer colocação pode. Eu te estou ajudando. Eu estou te ajudando. Eu estou-te ajudando. Eu estou ajudando-te. VERBO AUXILIAR + PARTICÍPIO: Só não pode depois do particípio (ADO/IDO) Eu te tenho namorado. Eu tenho-te namorado. Eu tenho te namorado. Eu tenho namorado-te (Forma incorreta). SE HOUVER PARTÍCULA ATRATIVA, NÃO OCORRERÁ ÊNCLISE NO VERBO AUXILIAR. Não te tenho namorado ou Não tenho te namorado. Nunca: Não tenho-te namorado ou Não tenho namorado-te EXERCÍCIOS 1. Numa das frases abaixo, a colocação do pronome pessoal átono não obedece às normas vigentes. Assinale-a: a) Ter-lhe-ia falado a meu respeito? b) Tenho prevenido-o várias vezes. c) Quem nos dará as razões? d) Nunca nos diriam a verdade. e) Haviam-no procurado por toda a parte. 2. Indique a frase em que o pronome está colocado de acordo com o padrão culto. a) Nunca soubemos quem roubava-nos nas medidas. b) Pouco se sabe sobre esse caso. c) Que Deus acompanhe-te por toda parte. d) Agora, se ajeite e durma tranquilo. e) Contaria-me tudo, se eu quisesse. 3. Entre eles e ________ existe um compromisso que só_______ se __________ ao sacrifício. a) eu - se cumprirá - dispusermo-nos b) mim - cumprir-se-á - nos dispuser-mos c) mim - se cumprirá - nos dispusermos d) eu - cumprir-se-á - dispursermo-nos e) eu - se cumprirá - dispuser-mo-nos PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 71 4. (CESGRANRIO) Indique a estrutura verbal que contraria a norma culta: a) Ter-me-ão elogiado.b) Tinha-se lembrado. c) Teria-me lembrado. d) Temo-nos esquecido. e) Tenho-me alegrado. 5. Em todas as alternativas, o pronome átono destacado pode, segundo as regras da norma culta, ocupar pelo menos mais uma outra posição na frase, exceto: a) Uma aluna telefonou-me bem cedo. b) Quem me indicará o caminho? c) Ele disse que pretendia se formar antes de começar a trabalhar. d) A garota foi-se distanciando das outras crianças, pois queria ficar sozinha. e) Aparentemente, a criança estava se sentindo um pouco melhor. 6. O emprego e a colocação dos pronomes estão corretos em: a) Lhe envio amanhã os livros e as fitas; trate-lhes com carinho. b) Ela havia negado-me um favor, e agora quer que eu a retribua? c) Acompanhe aquele rapaz, siga-lhe todos os passos, não o perca de vista. d) Entrei na casa, a examinei bem e não notei-lhe nenhum defeito. e) Deu o carro para pintarem-no, pediu o orçamento e lhe achou muito caro. 7. (BB) Colocação incorreta: a) Preciso que venhas ver-me. b) Procure não desapontá-lo. c) O certo é fazê-los sair. d) Sempre negaram-me tudo. e) As espécies se atraem. 8. (TFT-MA) "O individualismo não a alcança." A colocação do pronome átono está em desacordo com a norma culta da língua, na seguinte alteração da passagem acima: a) O individualismo não a consegue alcançar. b) O individualismo não está alcançando-a. c) O individualismo não a teria alcançado. d) O individualismo não tem alcançado-a. e) O individualismo não pode alcançá-la. 9. Os pronomes oblíquos átonos podem ocupar três posições na oração em relação ao verbo: antes, no meio e depois. Das alternativas abaixo, aponte aquela que obedece à norma culta da língua. A) Ninguém chamar-te-ia para a convenção, uma vez que você jamais demonstrou interesse por ela. B) Em contando-me todos os fatos acontecidos durante a reunião, poderei compreendê-lo melhor. C) Todas as situações que foram-me apresentadas, merecem um maior estudo. D) Ainda que me considerem um amigo, não concordo com suas ideias. 10. (AOCP) “Constatou-se que a área perto da antena do celular sofreu um aumento de 7% em consumo de glicose em relação ao escaneamento anterior, se tornando um pouco mais ativa. ”Considere as regras gramaticais da língua padrão culta e assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma a respeito da colocação pronominal e do verbo que se encontra em destaque. (A) O pronome está em posição de mesóclise. (B) O pronome está em posição de ênclise. (C) Por estar após a vírgula e iniciando a oração, o pronome deveria estar após o verbo. (D) O verbo, por estar no gerúndio, jamais poderia iniciar a oração. (E) Esse uso é facultativo na língua escrita. 11. (AOCP) Em “Hoje, me sinto melhor e mais saudável.”, na expressão em destaque, (A) o pronome “me” tem função de sujeito e, por isso, encontra-se antes do verbo. (B) o pronome “me” é um pronome do caso reto. (C) o verbo tem um sujeito desinencial, está elíptico. (D) para se adequar à norma padrão da língua, o pronome “me” deveria ser substituído pelo pronome “se”. (E) de acordo como a norma padrão da língua, a colocação do pronome “me” nessa posição de mesóclise está adequada. Gabarito: 1.B, 2.B, 3.C, 4.C, 5.B, 6.C, 7.D, 8.D, 9.D, 10.C, 11.C. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 72 PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 73 8. CONCORDÂNCIA VERBAL CONCORDÂNCIA VERBAL - verbo deve flexionar-se (variar de forma) para se ajustar ao sujeito da oração. VERBOS IMPESSOAIS: não têm sujeito, ficam sempre na 3ª p. do singular São eles: 1. Verbo HAVER = como sinônimo de "existir" ou "acontecer", e indicando tempo decorrido. Observações 1ª) O verbo existir (ou acontecer, ou ocorrer), diferentemente do verbo haver, tem sujeito e, obviamente, concorda com ele. Ex: Aconteceram muitos acidentes. 2ª) O verbo haver, quando usado com sentido diferente de "existir, acontecer". tem sujeito, com o qual, evidentemente, concorda. Ex.: Eles hão de pagar o que devem. 2. Verbo FAZER = na indicação de tempo transcorrido de outra ação verbal (ou a transcorrer). Nesses casos, como ele não tem sujeito, fica na 3ª pessoa do singular. Ex.: Faz cinco anos que parei de estudar. Nas locuções verbais, os verbos haver/fazer, como todo verbo impessoal, transmitem o singular para o auxiliar Ex.: Deve haver muitos acidentes nos feriados. Deve fazer muitos anos que ele não vê os pais. SUJEITO SIMPLES 3. Regra geral: O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número (singular/plural) e pessoa ( 1ª,2ª, 3ª). 4. Sujeito Oracional: o verbo que tem sujeito oracional fica no singular VTD + pronome SE (SUJEITO PASSIVO): se o conjunto verbo + se admite a transformação em locução verbal (dois verbos), o verbo concorda com o sujeito, que está na frase. Veja: Divulgaram-se os planos. Os planos foram divulgados. sujeito sujeito locução verbal Compare essas duas construções e observe que: 1°) elas são equivalentes quanto ao sentido; 2º) em ambas o sujeito é o mesmo; 3°) em ambas o verbo concorda com o sujeito. Obs.: Nesse caso, o se funciona como pronome apassivador. V.LIG/V.INT./VTI + SE (SUJEITO INDETERMINADO) Se o conjunto verbo + se não admite a transformação em locução verbal, o sujeito é indeterminado e o verbo fica na 3ª pessoa do singular: Veja: Não se confiava nos planos. "Nos planos não eram confiados." 3ª pessoa não é o sujeito construção inexistente do singular (é obj. indireto) no idioma Observações: 1ª) convém lembrar que o núcleo do sujeito nunca é regido por preposição. 2ª) Na maioria dos casos, o que impossibilita a transformação é a presença de uma preposição exigida pelo verbo (no exemplo: confiar em). Obs.: Nesse caso, o se funciona como índice de indeterminação do sujeito. Concordância dos verbos ter e vir EM ÊM Ele tem/vem eles têm/vêm verbos derivados: conter/convir ÉM ÊM Ele contém/convém – eles contêm/convêm PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 74 Verifique a concordância, corrigindo as incorreções a) Houveram muitos acidentes. b) Fazem cinco anos que você foi embora. c) O número de inscritos em concursos aumentaram. d) Inúmeros problemas econômicos têm havido nos EUA. e) Havia chegado muitas pessoas à festa. f) Fez-se ontem à noite todos os trabalhos pendentes. g) Precisam-se de políticos honestos. 5. A MAIOR PARTE DE, GRANDE NÚMERO DE, UMA PORÇÃO DE etc. + determinante Com esse tipo de expressão há duas concordâncias corretas: com o núcleo do sujeito (indicativo de parte) ou com o determinante Ex.: A maioria dos alunos está gorda. A maioria dos alunos estão gordos. 6. MAIS DE, MENOS DE, CERCA DE, PERTO DE + numeral: o verbo concorda com o numeral. Ex.: Mais de uma aluno faltou. Cerca de dez pessoas te procuraram Observação: se a expressão mais de um for sujeito de um verbo que indica reciprocidade, o verbo vai para o plural. Ex.: Mais de um deputado se agrediram. 7. Pronomes de tratamento: o verbo fica na 3ª pessoa. Ex: Vossa Senhoria passeava com seu cachorro? 8. Nome próprio que só tem plural Se o nome próprio apresenta artigo o verbo assume o número (singular ou plural) do artigo. Se o nome próprio não apresenta artigo verbo no singular Verifique a concordância, corrigindo as incorreções h) A maioria dos alunos faltaram. i) Mais de um aluno participaram do simulado. j) Menos de duas pessoas chegou à estação k) Vossa Excelência saireis com vosso carro? l)EUA _____ uma grande potência. m) O EUA _____ uma grande potência. n) Os EUA _____ uma grande potência. 9. Pronomes relativos QUE e QUEM Relativo que o verbo concorda com o antecedente desse pronome. Ex.: Não confio nas pessoas que chegaram. Relativo quem o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular (concordância recomendável) ou concordar com o antecedente. Ex.: Fui eu quem fez o bolo ou Fui eu quem fiz o bolo. Foram eles quem fez o bolo ou Foram eles quem fizeram o bolo. Verifique a concordância, corrigindo as incorreções o) Maria não gosta dos rapazes que chegou. p) Foram eles quem participou daquele nobre projeto. SUJEITO COMPOSTO 10. Sujeito composto antes do verbo- verbo no plural. Ex.: A chuva e o vento impediram a festa Obs.: Quando o sujeito composto está resumido por um aposto (pronome indefinido: tudo, nada, ninguém, alguém, todos...) o verbo concorda com esse pronome. Ex.: A Genoveva, a Esmeguilina, a Giguifrida, ninguém veio. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 75 11. Sujeito composto depois do verbo o verbo pode concordar apenas com o primeiro núcleo ou ir para o plural. Ex.: Sumiu a caneta e o papel ou Sumiram a caneta e o papel. Verifique a concordância, corrigindo as incorreções q) Maria e Rita cai_______ do cavalo. r) Cai_________ do cavalo Maria e Rita. s) As carteiras, o armário, a mesa, tudo queim______. Concordância do verbo SER: o verbo ser pode, às vezes, concordar com o sujeito e, às vezes, com o predicativo. 1. Quando o sujeito e o predicativo são nomes de coisas(e não pessoas), o verbo ser pode concordar com o sujeito ou com o predicativo, indiferentemente. 2. Quando o sujeito ou o predicativo designam pessoas: a concordância é feita com a palavra que designa pessoa. 3. Quando o sujeito ou o predicativo são pronomes pessoais do caso reto: a concordância é feita obrigatoriamente com o pronome pessoal do caso reto. 4. Quando o sujeito ou o predicativo são pronomes indefinidos: a concordância é feita com o substantivo. 5. Verbo SER indicando horas, distâncias e datas Na indicação de horas e distâncias, o verbo ser concorda com a expressão numérica. Na indicação de datas, o verbo ser concorda com a palavra dia(s), que pode estar expressa ou subentendida na frase. Ex.: Hoje é 10 de janeiro ou Hoje são 10 de janeiro. 6. Expressões É MUITO, É POUCO, É DEMAIS: Nessas expressões, que indicam quantidade (preço, peso, medida etc.), o verbo ser fica sempre no singular. EXERCÍCIOS 1. (BB) Verbo deve ir para o plural: a) Organizou-se em grupos de quatro. b) Atendeu-se a todos os clientes. c) Faltava um banco e uma cadeira. d) Pintou-se as paredes de verde. e) Já faz mais de dez anos que o vi. 2. (BB) Verbo certo no singular: a) Procurou-se as mesmas pessoas b) Registrou-se os processos c) Respondeu-se aos questionários d) Ouviu-se os últimos comentários e) Somou-se as parcelas 3. Assinale a alternativa correta: a) Apesar da greve, diretores, professores, funcionários, ninguém foram demitidos. b) José chegou ileso, embora houvessem muitas ciladas. c) Fomos nós que resolvemos aquela questão. d) Ele referiu-se aos artigos 37 e 38 que ampara sua petição. 4. (MACK) Assinale a incorreta: a) Dois reais é pouco para esse fim. b) Nem tudo são sempre tristezas. c) Quem fez isso foram vocês. d) Era muito árdua a tarefa que os mantinham juntos. e) Vós ainda tendes paciência? 5. (EPCAR) Não está correta a frase: a) Vai fazer cinco anos que ele se diplomou. b) Vossa Excelência deveis aceitar o meu convite. c) Há muitos anos deveriam existir ali várias árvores. d) Na mocidade tudo são flores. e) Deve haver muitos jovens nesta casa. 6. (SANTA CASA) Suponho que ....... meios para que se ....... os cálculos de modo mais simples. a) devem haver - realize b) devem haver - realizem c) deve haverem - realize d) deve haver - realizem e) deve haver - realize PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 76 7. O verbo está no plural porque o sujeito é composto em: a. À autora e à maioria das pessoas não interessam as vantagens da morte. b. Os sentimentos de gratidão e de amor só conseguem ser eternos enquanto duram. c. Amigos e amigas, não me chamem de inesquecível. d. Pedaços de dor e de saudade cobrem a minha alma esbagaçada. e. Limpos estão os meus olhos e o meu coração. 8. (FRANCISCANAS-SP) Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal: a) Sou eu que primeiro saio. b) É cinco horas da tarde. c) Da cidade à praia é dois quilômetros. d) Dois metros de tecido são pouco para o terno. e) Nenhuma das anteriores está correta. 9. (UF-SC) Assinale o item que apresenta erro de concordância: a. Prepararam-se as tarefas conforme havia sido combinado. b. Deve haver pessoas interessadas na discussão do problema. c. Fazem cem anos que Memórias Póstumas de Brás Cubas teve sua primeira edição. d. Devem existir razões para ele retirar-se do grupo. e. Um e outro descendiam de famílias ilustres. 10. (CESGRANRIO) Assinale o item que não apresenta erro de concordância: a) Ainda resta cerca de vinte alunos. b) Haviam inúmeros assistentes na reunião. c) Tu e ele saireis juntos. d) Foi eu quem paguei as suas dívidas. e) Há de existir professores esforçados. 12. (UM-SP) Assinale a oração em que o verbo não concorda em número e pessoa com o sujeito, ferindo os princípios da concordância: a) Faltam ainda alguns passos seguros para a aquisição de uma vida pacífica. b) Existem criações sensatas. c) As desilusões que a perturbam hoje já passaram alguns dias comigo. d) De sinceras intenções, as pessoas estão saturadas. e) Suas palavras só contém valores supérfluos. 12. Todos os enunciados abaixo admitem outra concordância verbal, exceto: a) A maior parte dos interessados compareceu à reunião. b) Perto de cem funcionários aderiram à greve. c) A maioria deles eram judeus. d) Somos nós quem vamos decidir a questão. e) Chegaram ao escritório o advogado e quatro estagiários. 1. Apenas a forma singular entre parênteses preenche corretamente a lacuna do enunciado em: a) Uma porção de fatos novos _______________ após a reunião. (aconteceu/aconteceram). b) Por volta de vinte alunos ________________ presente à solenidade. (esteve/estiveram). c) Quais dentre nós _____________ preparados para o vestibular? (estão/estamos). d) Já _________________ ser uma e quinze quando terminou o comentado inquérito. (devia/deviam). e) _____________________ duas horas para o início da esperada competição. (faltava/faltavam). 2. Marque a alternativa correta quanto à concordância verbal. a) Por ser domingo, haviam muitos torcedores no estádio. b) Apesar de ser segunda-feira, havia comparecido muitos torcedores. c) Foi-se, por analogia, verificando as convenções comuns aos dois países. d) Segundo o ministro, há de haver em breve sensíveis alterações no sistema bancário. e) Inúmeros casos têm havido em que se tem resolvido os problemas entre os próprios envolvidos. 3. A frase cuja concordância verbal está de acordo com as normas gramaticais é: a) Se houvesse mais homens honestos, não existiriam tantas brigas por justiça. b) Filmes, novelas, boas conversas, nada o tiravam da apatia. c) É precaríssima as condições do prédio. d) Não veio daí os males sofridos pela sociedade brasileira. e) Houveram dificuldades para eu assumir o cargo. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 77 4. Qual a frase com erro de concordância? a) Para o grego antigo a origem de tudo se deu com o caos. b) Do caos, massa informe, nasceu a terra, ordenadora e mãe de todos os seres. c) Com a terra tem-se assim o chão, a firmeza de que o homem precisava para seu equilíbrio.d) Ela mesma cria um ser semelhante que a protege: o céu. e) Do céu estrelado, em amplexo com a terra, é que nascerá todos os seres viventes. 17. (CETAP) No texto, consta o seguinte fragmento: “Passaram-se mais dezoito dias, depois desse colóquio”. Considerando as regras de concordância verbal em português, indique a alternativa em que o sujeito se apresenta com estrutura similar à do fragmento: A) “Os pintinhos acudiam pressurosos...” B) “ – Como se houvesse tal coisa.” C) “Houve momento de silêncio entre as duas galináceas!” D) “Há três dias e três noites...” E) “Então, havia mesmo vida naquelas cascas brancas.” 18. (CETAP) Justifica a concordância verbal em: "...num desses matutinos que se empenham na publicidade do crime,..." (6º parágrafo do Texto) a seguinte afirmativa: A) O verbo da oração adjetiva concorda com o antecedente do pronome relativo. B) O verbo concorda com a expressão partitiva da oração anterior. C) O núcleo do sujeito é um substantivo coletivo. D) O sujeito é uma expressão indicativa de quantidade aproximada. E) O sujeito posposto, publicidade, leva o verbo ao plural. 19. (CETAP) Marque a alternativa em que o verbo impessoal NÃO vai ao plural: A) “O cheirinho passou a estimular cães”. B) “O resultado foi satisfatório”. C) “Dias depois o bar reabriu com sistema antirruído”. D) “Não é civilizado”. E) “...houve sugestões radicais”. 20. (CETAP) NÃO obedeceu à norma culta a frase: a) Faz anos que a Astrologia rege o destino dos homens. b) Existem mais de seis planetas no universo. c) Deve haver pessoas tristes. d) Analisaram-se os dicionários em busca do significado correto. e) Bastante estudiosos se preocupam em zelar pelo idioma. 21. (CETAP) Assinale a alternativa em que o sujeito é formado por um coletivo e tem o verbo concordando com ele. A) “Uma comissão foi até a outra esquina tentar uma convivência pacífica”. B) “Alguém argumentou”. C) “Os empregados do barzinho se recusaram”. D) “...o bar reabriu com sistema antirruído”. E) “Os cachorrinhos voltaram alegres aos seus lugares preferidos”. 22. (CETAP) Houve pluralização do verbo em: "todos nós, homens e mulheres, botamos nos ombros cruzes de vários tamanhos...". A) por inadequação de concordância nominal. B) por falha de concordância verbal. C) para concordar com homens e mulheres. D) para concordar com o sujeito "todos nós". E) para concordar com o objeto "cruzes". 23. (CETAP) NÃO ocorreu o emprego de verbo impessoal em: A) “Há um ano, seis amigos, sem muita grana, alugaram...” B) “...já havia três pessoas instaladas...” C) “Faz dois anos que os inquilinos estão lá.” D) “Todos haviam pago antecipadamente”. E) “Havia dois ventiladores, um no quarto, outro na sala”. 24. (CETAP) O verbo com o pronome “se” apassivado foi empregado corretamente em: A) Analisaram-se os contratos de locação. B) Alugou-se uns flats em Ipanema. C) Contestou-se os carnavalescos. D) Precisava-se de pessoas honestas para assinar contratos. E) Ferraram-se o locatário com aluguel de temporada. 25. É mister que se ................. os reajustes do aluguel e se ................. os prazos para o pagamento, a fim de que, no futuro, não ................... mal-entendidos. a) façam fixem surja b) façam fixe surja c) façam fixem surjam d) faça fixe surja e) faça fixe surjam PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 78 26. .............................. as compensações espirituais e não lhe .............................. os trabalhos; por isso, não ................... meios de convencê-lo a abandonar aquela tarefa áspera. a) Bastavam-lhe importavam poderia haver b) Bastava-lhe importava poderia haver c) Bastava-lhe importava poderiam haver d) Bastava-lhe importavam poderiam haver e) Bastavam-lhe importavam poderiam haver 27. Na Ilha de Nanja, não .................. histórias em quadrinhos: ............... de simples pescadores. a) se lêem trata-se b) se lê trata-se c) se lêem tratam-se d) se lêem se tratam e) lê-se tratam-se 28. Na Ilha de Nanja não ............... Árvores de Natal; se .............., provavelmente ................. também muitos brinquedos. a) têm houvessem existiria b) tem houvessem existiria c) há houvesse existiriam d) há houvesse existiria e) há houvessem existiriam 29. As crianças não sabem que........... pistolas e que........ armas nucleares; se soubessem,...... de chorar. a) existem pode haver haveria b) existe podem haver haveriam c) existem podem haver haveriam d) existe pode haver haveria e) existem pode haver haveriam 30. Elas .................. disseram que ................. tu que ............. . a) mesmo seria iria b) mesmas serias irias c) mesmas seria irias d) mesmo serias irias e) mesmo serias iria 31. ................ várias semanas que não se realizam torneios; ............... motivos suficientes para tal procedimento. a) Faz deve haver b) Fazem deve haver c) Fazem devem haver d) Faz devem de haver e) Faz devem haverem 32. ................... muitas das qualidades que se .................. para esta tarefa; portanto, não seremos nós quem .................. esta escolha. a) Faltam-lhe exigem fará b) Falta-lhe exige fará c) Falta-lhe exige faremos d) Falta-lhe exigem faremos e) Faltam-lhe exige fará 33. Talvez não ................... receber-me; entre ................. e ela .............. abismos intransponíveis. a) quizesse mim havia b) quisesse mim havia c) quizesse eu haviam d) quisesse mim haviam e) quisesse eu haviam 34. Saiu daqui .................... uma hora, pois ............... diversas providências a tomar. Estará de volta daqui .................. meia hora. a) há havia há b) a havia a c) há havia a d) há haviam há e) a haviam a 35. Que ................... ou não existido os deuses mitológicos, pouco importa; já ................ séculos que a arte os ................ vivos. a) houvesse faz mantêm b) houvesse fazem mantém c) houvessem faz mantêm d) houvessem fazem mantém e) houvessem faz mantém 36. Embora não ................ palavras que ................. minha alegria, tentarei dizer o que sinto. a) exista traduzam b) exista traduza c) existam traduzam d) existam traduza e) exista traduzem 37. Os Estados Unidos ................. grandes universidades de .............. fama e mérito. a) possuem reputada b) possui reputado c) possui reputados d) possuem reputado e) possui reputada PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 79 38. Tudo isso ............... mentiras; e não ....................... pessoas que o conhecem ................. muitos anos e que podem dizer a verdade! a) é faltam fazem b) é falta faz c) são faltam faz d) são falta faz e) é falta fazem 39. Quando ................ seis horas no campanário, alguém sempre .............. acender as luzes. a) bate veem b) bate vêem c) bate vém d) batem vem e) batem vêm 40. Já ................ muitos anos que se ................ da cidade o pai e o filho, mas a todos ainda ................... sua cordial simpatia a) fazia fora lembravam b) fazia foram lembravam c) fazia foram lembrava d) faziam foram lembravam e) faziam fora lembrava 41. Quando se ................. de situações como estas, onde se .............. rápidas medidas, não .............. tantos embaraços. a) trata exige devem haver b) tratam exigem devem haver c) tratam exige deve haver d) trata exigem devemhaver e) trata exigem deve haver 42. No mundo ................ diariamente 8.000 periódicos e ........... 250 milhões de revistas a cada quinze dias. a) publicam-se distribui-se b) publicam-se distribue-se c) publica-se distribui-se d) publicam-se distribuem-se e) publica-se distribue-se 43. ................. , em 1939, as transmissões regulares entre Nova Iorque e Chicago, mas quase não .............. aparelhos. Atualmente, ............ 400 televisores para cada mil habitantes. a) Iniciaram-se haviam existem b) Iniciou-se havia existem c) Iniciou-se haviam existe d) Iniciou-se havia existe e) Iniciaram-se havia existem 44. ................... onze horas ou ............. talvez doze, quando bateu à minha porta. a) Eram deviam ser b) Era devia ser c) Era deviam ser d) Eram devia ser e) Eram deviam serem GABARITO DE CONCORDÂNCIA VERBAL A alegria da mãe é/são as conquistas do filho. (quando o verbo SER liga coisas (alegria/conquistas) pode concordar tanto como sujeito quanto com o predicativo) A preocupação da avó são os netos. (quando o verbo SER liga coisa (preocupação) à pessoa (netos), concorda necessariamente com a pessoa). O responsável pela obra sou eu. (quando o verbo SER liga pessoa (responsável) à pronome pessoal do caso reto (eu), concorda necessariamente com o pronome pessoal) Tudo são flores. (Quando o verbo SER liga pronome indefinido(tudo) a substantivo (flores), concorda necessariamente com o substantivo) são dez horas. (quando o verbo SER indica tempo não tem sujeito, mas ele concorda com a expressão numérica Daqui a Mosqueiro são 70 Km. (quando o verbo SER indica distância não tem sujeito, mas ele concorda com a expressão numérica) Hoje é/são 3 de fevereiro. (quando o verbo SER indica DATA, refere-se a apalavra DIA, que está implícita no enunciado; então, pode-se pressupor que a palavras esteja antes (DIA) 10 ou depois 10 (DIAS) da expressão numérica, admitindo, assim, dupla concordância Cinco quilos de carne é pouco para o churrasco. (quando o verbo SER tem sujeito que indica quantidade, fica necessariamente no singular, nesse caso vem sempre acompanhado de advérbio de intensidade (muito, menos, bastante, demais...) Gabarito das frases de fixação de concordância a) Houve muitos acidentes. (verbo haver fica no singular quando = ACONTECER) b) Faz cinco anos que você foi embora. (o verbo fazer, indicando tempo, fica no singular) c) O número de inscritos em concursos aumentou. (o verbo concorda com o núcleo do sujeito – que não vem precedido de preposição) d) Inúmeros problemas econômicos tem havido nos EUA. (o verbo auxiliar (o 1º) fica no singular quando o principal (o último) é verbo haver = EXISTIR) PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 80 e) Haviam chegado muitas pessoas à festa. (o verbo auxiliar (o 1º) concorda sempre com o núcleo do sujeito quando o principal (o último) não é verbo haver = EXISTIR, nem fazer = TEMPO) f) Fizeram-se ontem à noite todos os trabalhos pendentes. = ontem à noite todos os trabalhos pendentes foram feitos. (VTD + SE não tem OD (objeto direto), tem SUJEITO PASSIVO, com quem o verbo concorda) g) Precisa-se de políticos honestos. (VTI + SE + COMPLEMENTO, não tem sujeito expresso, tem SUJEITO INDETERMINADO, por isso o verbo fica no singular) h) A maioria dos alunos faltou. (o verbo concorda como núcleo do sujeito – que não vem precedido de preposição: maioria) Ou A maioria dos alunos faltaram. (há um caso especial em que o verbo concorda com o termo preposicionado que acompanha o núcleo do sujeito, quando o núcleo indica PARTE, como é o caso de maioria, que indica uma PARTE dos alunos, então o verbo pode concordar com alunos) i) Mais de um aluno participou do simulado. (Quando o sujeito contém a expressão MAIS DE + NUMERAL, o verbo concorda como numeral) j) Menos de duas pessoas chegaram à estação. (Quando o sujeito contém a expressão MENOS DE + NUMERAL, o verbo concorda como numeral) k) Vossa Excelência sairá com seu carro? (Quando o sujeito é pronome de tratamento a concordância é feita em 3ª pessoa) l) EUA é uma grande potência. (com sujeito: nome próprio no plural, o verbo concorda com o artigo, na ausência de artigo o verbo fica no singular) m) O EUA é uma grande potência. n) Os EUA são uma grande potência. o) Maria não gosta dos rapazes que chegaram. (o verbo chegar tem como sujeito o pronome QUE (= O QUAL), mas concorda com o substantivo antecedente desse pronome: rapazes) Atenção: não importa que o antecedente esteja com preposição, este é um caso em que o verbo não concorda com o sujeito, e quem não pode ter preposição é o sujeito. p) Foram eles quem participou... (o verbo participar tem como sujeito o pronome QUEM – de 3ª pessoa do singular – e com ele concorda) ou Foram eles quem participaram. (o verbo participar tem como sujeito o pronome QUEM (= O QUAL), pode concordar como QUEM, mas também pode concordar com o antecedente desse pronome: eles) q) Maria e Rita caíram do cavalo. (com sujeito composto, o verbo vai para o plural) r) Caíram do cavalo Maria e Rita ou Caiu do cavalo Maria e Rita. (com sujeito composto depois do verbo, o verbo pode ir para o plural ou pode concordar com o 1º núcleo do sujeito) s) As carteiras, o armário, a mesa, tudo queimou (quando o sujeito é composto por uma enumeração e seguido de aposto resumitivo (pronome indefinido) o verbo concorda com o aposto) Gabarito dos exercícios do concordância: 1.D, 2.C, 3.C, 4. D, 5. B, 6. D, 7. E, 8. A, 9. C, 10. C, 11. E, 12. B) Perto de cem funcionários aderiram à greve. (com expressões como “mais de”, “menos de”, “perto de”, o verbo concorda como numeral.) Justificativa das demais: a) A maior parte dos interessados compareceu/ compareceram (núcleo do sujeito indica parte). c) A maioria deles eram judeus/era judia. (núcleo do sujeito indica parte), d) Somos nós quem vamos decidir/vai decidir.(com sujeito pronome relativo quem, pode-se concordar com o sujeito quem ou com o antecedente)., e) Chegaram/chegou ...o advogado e quatro estagiários.(sujeito composto depois do verbo), 13. D) Já devia ser uma e quinze quando..., Justificativa das demais: a) Uma porção de fatos novos aconteceu/aconteceram.(núcleo do sujeito indica parte), b) Por volta de vinte alunos estiveram. (com expressões como “mais de”, “menos de”, “perto de”, o verbo concorda como numeral.), c) Quais dentre nós estão/estamos preparados, e) faltava/faltavam duas horas... 14.D, 15. A, 16. E, 17.A, 18.A, 19.E, 20. E, 21.A, 22.D, 23.D, 24.A, 25.C, 26.A, 27. A, 28.C, 29.E, 30.B, 31.A, 32.A, 33.B, 34.C, 35.E, 36.C, 37.A, 38.C, 39.D, 40.C, 41.E, 42.D, 43.E, 44.A PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 81 CONCORDÂNCIA NOMINAL CONCORDÂNCIA NOMINAL - toda palavra variável referente ao substantivo deve se flexionar (alterar a forma) para se adaptar a ele. 1. Regra geral: Toda palavra variável que se refere ao substantivo concorda com ele em gênero (masculino/feminino) e número (singular/plural). As nossas duas amigas italianas nos visitarão em dezembro Artigo pronome numeral substantivo adjetivo 2. MEIO, MUITO, BASTANTE, CARO, BARATO e MESMO a. Quando se referem a substantivo, concordam com ele. b. Quando se referem a adjetivo, verbo ou advérbio, funcionam como advérbio; por isso, são invariáveis. 3. ANEXO, OBRIGADO, QUITE, EXTRA. Concordam com o substantivo a que se referem. Observação: A expressão em anexo é invariável. 4. SÓ: essa palavra estabelece concordância assim: vai para o plural quando equivale a sozinhos ou sozinhas. Fica no singular quando equivale a apenas/somente. Observação: A expressão a sós é invariável: Eu fiquei a sós. 5. V. SER + ADJ. É BOM, É PROIBIDO e É NECESSÁRIO a)Se o substantivo é precedido de artigo ou pronome, o adjetivo concorda com o substantivo. b) Se o substantivo não é precedido de artigo ou pronome, o adjetivo não varia. 6. Substantivo adjetivado: fica invariável. 7. Adjetivo composto: flexiona apenas o último elemento: base jurídico-normativa, reunião luso- brasileira Exceção: surdo-mudo (surda-muda, surdas-mudas, surdos-mudos), azul-celeste e azul-marinho (invariáveis). 8. Nas formações o mais possível, o menos possível: Possível concorda com o artigo. 9. Substantivo + adjetivos Artigo e substantivo no plural + adjetivos no singular. Ou Artigo e substantivo no singular + adjetivos no singular (2° adjetivo com artigo). As cores vermelha e amarela. Ou A cor vermelha e a amarela 10. Concordância do adjetivo com vários substantivos a. Quando o adjetivo vem após substantivos Se for adj. adn., concorda com mais próximo ou com todos. Só usa terno e carro novo ou Só usa terno e carro novos Se for predicativo, concorda com todos. O terno e o carro são novos b. Quando o adjetivo vem antes de vários substantivos. Se for adjunto adnominal, só concorda com o 1º substantivo. Ele tem boas ideias e planos Se predicativo, concorda com o 1º ou com todos os subst. Está vazia a casa e o quintal. Ou Estão vazios a casa e o quintal. FRASE PARA FIXAÇÃO DA CONCORDÂNCIA NOMINAL 1. Você estudou bastant________ leis. 2. Vocês estavam bastant________ cansadas. 3. Ela estava mei________ triste. 4. Compramos mei________ melancia. 5. Elas ficaram muit________ alegres. 6. Elas escreveram muit________ cartas. 7. Ela mesm________ fez o bolo. 8. Ela fez mesm________ o bolo. 9. A bolsa estava car_______. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 82 10. A bolsa custou car_______. 11. Elas disseram: - Muit_______ obrigad________. 12. Às cartas vão anex__________ os documentos. 13. As fotografias vão em anex__________. 14. Gastamos men____ água. 15. Os soldados estavam alert_____. 16. É proibid______ entrada. 17. É proibid__________ a entrada. 18. Comprei sapatos laranjas. 19. Comprei camisas verd____ - clar_____. 20. Tenho olhos verd____ - esmerald____. 21. Comprei pães o mais claros possív___. 22. Comprei carro e moto nov________. 23. Comprei nov________ moto e carro. EXERCÍCIOS 1. (CESGRANRIO) Há erro de concordância em: a) atos e coisas más b) dificuldades e obstáculo intransponível c) cercas e trilhos abandonados d) fazendas e engenho prósperas e) serraria e estábulo conservados 2. (MACK) Indique a alternativa em que há erro: a) Os fatos falam por si sós. b) A casa estava meio desleixada. c) Os livros estão custando cada vez mais caro. d) Seus apartes eram sempre o mais pertinentes possíveis. e) Era a mim mesma que ele se referia, disse a moça. 3. "Noites pesadas de cheiros e calores amontoados...". Aponte a opção em que, substituídos os substantivos destacados acima, fica incorreta a concordância de "amontoado". a) nuvens e brisas amontoadas b) odores e brisas amontoadas c) nuvens e morros amontoados d) morros e nuvens amontoados e) brisas e odores amontoadas 4. Assinale a frase gramaticalmente correta. a) A praia estava meia deserta porque chovera muito. b) Bastante alunos fizeram suas matrículas ontem. c) Sobraram lugares no ônibus, viajaram menas pessoas. d) Não pude comprar a cal porque estava sem dinheiro. e) Tomei dois meio copos de vinho. 5. Concordância nominal é a dependência que o artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo mantêm com o substantivo referido, em gênero e número. Diante do exposto, aponte a única alternativa em que há a correta concordância. a) Aqui sempre foi proibido a colocação de cartazes políticos. b) Parece-me que são livros e frutos saborosos. c) Sós viajaram pai e filha. d) Nunca encontrei meio medidas para suas atitudes. 6. (MED-ITAJUBÁ) Em todas as frases a concordância nominal se fez corretamente, exceto em: a) Os soldados, agora, estão todos alerta. b) Ela possuía bastante recursos para viajar. c) As roupas das moças eram as mais belas possíveis. d) Rosa recebeu o livro e disse: "Muito obrigada". e) Sairei de São Paulo hoje, ao meio-dia e meia. 7. Marque a alternativa correta. a) Encaminhamos-lhes anexo as listas solicitadas. b) Os soldados continuam alertas. c) Ele nos contava casos os mais estranhos possível. d) Os convivas chegaram aos quinze para as quatro. e) As blusas cinzas eram, sem dúvida, as mais disputadas. 8. Indique a alternativa incorreta. a) Ele sempre trazia o bolso e as mãos cheios de dinheiro. b) Aquele aluno não está quite com a mensalidade. c) Eles compraram calças marrom-escuras. d) Escolheste tempo e hora maus. e) O estudante queria saber a respeito dos raios ultravioletas. 9. A concordância nominal está incorreta, exceto em: a) No cemitério havia bastantes sepulturas. b) Tratava-se de excessivos orgulho e vaidade. c) O poder da propaganda é discutível, haja visto a acentuada queda de consumo nos últimos meses. d) É necessário, para melhor aprendermos, a paciência. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 83 10. (CETAP) Há perfeito emprego da norma culta em relação à concordância nominal na alternativa a) A educação no Brasil não custa barata. b) Vi bastante professoras compromissadas. c) Faça reclamações por escritos contra professores omissos. d) Os discentes dizem muito obrigados aos mestres. e) Não estão incluso dedicação e carinho no salário do professor? 11. (UE-MARINGÁ) Assinale a alternativa em que a concordância nominal está correta: a) Seguem anexas as certidões solicitadas. b) As portas estavam meias abertas. c) Os tratados lusos-brasileiros foram assinados. d) Todos estavam presentes, menas as pessoas que deveriam estar. e) Vossa Excelência deve estar preocupado, Senhor Ministro, pois não conseguiu a aprovação dos tratados financeiros-comerciais. 12. Assinale a alternativa com concordância nominal CORRETA. a) A anulação deste dispositivo do orçamento é considerada um dos recursos para a abertura de crédito suplementar. b) Segundo informações confiáveis, fica proibido, por prazo indeterminado, a formação de novos consórcios. c) Com a Constituição de 1988, a organização política- administrativa do Brasil não sofreu quaisquer alterações. d) Chegou-se à conclusão de que, para combater o tráfico de drogas, seria necessário a intervenção do exército. 13. Que frase não apresenta concordância nominal? a) Escolheram má hora e lugar para a manifestação. b) A criança vestia uma blusa verde-clara. c) Estou quites com meus compromissos. d) Seguem anexos os bilhetes aéreos. e) A justiça declarou culpados o réu e a ré. 14. Qual a alternativa cuja concordância nominal está correta? a) Nem uma nem outra maneiras me agradam. b) Há uma e outra frutas podres. c) Guardou bastante moedas de prata. d) Cerveja é boa para a saúde. e) Não apareceu no terceiro e no quarto dia. Gabarito: 1. bastantes leis, 2. bastante cansadas, 3. meio tristes, 4. meia melancia, 5. muito alegres, 6.muitas cartas, 7. mesma fez, 8. fezmesmo, 9. estavacara, 10. custoucaro, 11. Elas disseram: - Muitoobrigadas, 12. anexos os documentos, 13. emanexo, 14. menos, 15. estavamalerta, 16. É proibido entrada, 17. É proibida a entrada, 18. Sapatos laranja, 19. camisasverde-claras, 20. olhosverde-esmeralda,21. o mais claros possível,22. carro e moto nova/novos, 23. Comprei nova moto e carro. Exercícios 1. D) correção: fazendas e engenhos prósperos, 2. D) correção: o mais pertinentes possível, 3. E) brisa e odores amontoados, 4. D) correção: a) meio, b) bastantes, c) menos, e) meios, 5. B) correção: a) foi proibida a colocação..., c) só, d) meias, 6. B) correção: ...bastantes recursos..., 7. D) Os convivas chegaram aos quinze (minutos – masculino) para as quatro(horas– feminino). Correção: a) anexas as listas , b) Os soldados continuam alerta (invariável), c) casos os mais estranhos possíveis(concorda com o artigo), e) As blusas cinza (substantivo adjetivado – invariável), 8. E) raios ultravioleta. (substantivo adjetivado – invariável), 9. A) bastantes sepulturas. (bastante está se referindo ao substantivo sepultura, por isso concorda com ele), Correção: b) excessivo orgulho e vaidade. (adjetivo antes de dois substantivos concorda só com o primeiro), c) haja vista (invariável), d) É necessária... a paciência. O adjetivo da expressão “é necessário” concorda com o substantivo se ele estiver determinado com artigo. 10. D) 11. A) Correção: b) meio abertas, c) luso-brasileiros, d) menos, e) financeiro-comerciais, 12. A) Correção: b) fica proibida... a formação..., c) político- administrativa, d) seria necessária a intervenção, 13. correção: quite (eu), 14. E) Correção: a) outra maneira, b) uma e outra fruta podres, c) Cerveja é bom... PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 84 9. REGÊNCIA A Regência trata das relações entre o termo regente (exigente) e seu subordinado (termo regido – exigido). Quando o termo regente é um verbo, há regência verbal. Os amigos necessitavam de apoio Regente regido Quando o termo regente é um nome, há regência nominal Eles eram fiéis aos amigos Regente regido Para verificar a regência do verbo ou do nome, basta repeti-los para saber que preposição eles exigem. Regência de alguns verbos I. Verbos cujo uso popular está em desacordo com a norma culta Chegar & ir: exigem a preposição A , e não EM. Custar = ser difícil – VTI –c/ preposição A. Implicar =acarretar – VTD – s/preposição. Obedecer – VTI – c/preposição A. Preferir - VTDI – um s/outro com preposição A. O verbo preferir não admite termo intensivo, nem a palavra antes. 1. Chegamos na sala. 2. Fomos na feira. 3. Imóvel sito à feira. 4. Os convidados custaram a chegar. 5. Seu atraso implicará em sua demissão. 6. Obedeça a sinalização. 7. Prefiro muito mais estudar do que trabalhar. II. Verbos que apresentam mais de uma regência. aspirar a) =inspirar, sorver – VTD – s/ preposição. b) = almejar, pretender – VTI – c/ preposição A. assistir: 6. =dar assistência – VTD – de preferência s/ 84rep.. Também se admitem, no entanto, as construções assistir ao paciente, assistir ao trabalhador. 7. =ver, presenciar- VTI – c/ preposição A. Esse filme? Assisti-lhe. Deve-se dizer: Assisti a ele. 8. =caber, pertencer – VTI – c/ preposição A. visar a) =mirar, dar visto – VTD – s/ preposição c) =almejar, ter em vista – VTI – c/ preposição. Esse cargo? Viso-lhe. Deve-se dizer: Viso a ele. esquecer – lembrar a) não-pronominais– VTD – s/ preposição. b) pronominais– VTI – c/ preposição DE. informar: - VTDI – s/ preposição e c/ preposição. Admite duas construções. (=avisar, certificar, notificar, prevenir, cientificar). pagar – perdoar: - VTDI – com coisa, s/preposição. Com pessoa, c/preposição A. 8. Ela aspirou _____ o aroma das flores. 9. A funcionária aspirava _____o cargo de chefia. 10. Uma junta médica assistiu _____o paciente. 11. Assisti _____um filme. 12. O caçador visou ______ o alvo. 13. O professor visou ______ o caderno. 14. Visamos ____ uma vaga na PRF. 15. Ele esqueceu______ o caderno. 16. Ele se esqueceu _______ o caderno. 17. Paguei _____ o médico. 18. Perdoei _____ os erros do meu irmão. 19. Informei _____ o aluno _____ a nota. 20. Informei _____ o aluno _____ a nota. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 85 Observações finais VTI (exceto o verbo obedecer) não admite voz passiva. 21. O filme foi assistido pelos alunos. Os alunos assistiram Ao filme. Não se deve dar um único complemento a verbos de regências diferentes. 22. Entrou e saiu da sala. Entrou na sala e saiu dela. o, a, os, as = O.D., enquanto lhe, lhes = O.I. Convide o amigo. Convide-o. Obedeça ao amigo. Obedeça-lhe. 23. Eu lhe amo. Eu o amo. Com pronome relativo, a preposição desloca-se para antes do pronome. Esta é a faculdade a que aspiro. Este é o autor a cuja obra me refiro. PRONOME RELATIVO – RESUMO Introduz oração subordinada adjetiva; Substitui na oração subordinada o termo citado na oração principal; Tem a função que o termo citado exerceria; Dependendo da função, vem precedido de preposição. Que= coisa/pessoa/lugar. 2X O qual = coisa/pessoa/lugar. Os verbos fazem Quem = pessoa referência Onde = lugar ao mesmo substantivo Cujo = coisa/pessoa/lugar introduz ideia de posse (=dele(a)) 1x Os verbos fazem referência a substantivos diferentes. O menino que se jogou no rio morreu. O menino cujo pai se jogou no rio está triste. O menino de que você gosta sumiu. A moça com a qual você conversava chegou. O menino de cujo pai você gosta está aí. Os rapazes a cujas tias te referiste querem te pegar. REGÊNCIA NOMINAL Muitos nomes (substantivos e adjetivos) admitem mais de uma regência e, assim como ocorre com certos verbos, o sentido de uma frase pode ser modificado com a simples troca da preposição que acompanha o termo regente. Para orientá-lo, apresentamos a seguir uma breve relação de substantivos e adjetivos com suas regências mais usuais e alguns exercícios que complementarão esta unidade. 01. acostumado (a, com) 39. fecundo (de, em) 02. afável (a, com, para com) 40. fértil (de, em) 03. aflito (com, por) 41. fiel (a, em, para com) 04. alheio (a, de) 42. gosto (a, de, em, para, por) 05. amor (a, para com, por) 43. habituado (a, com) 06. ansioso (de, para, por) 44. horror (a, de, por) 07. antipatia (a, com, contra, por) 45. hostil (a, contra, para com) 08. apegado (a) 46. idêntico (a, em) 09. apto (a, para) 47. imune (a, de) 10. assíduo (a, em) 48. inclinação (a, por, para) 11. atenção (a, com, para, para com, sobre) 49. ingrato (a, com, para, para com) 12. atencioso (a, com, para com) 50. insensível (a) 13. atento (a, em) 51. intransigente (com, em) 14. aversão (a, para, por) 52. inveja (a, de) 15. avesso (a) 53. medo (a, de) 16. bom (a, com, de, em, para, para com) 54. nocivo (a) 17. capacidade (de, para) 55. obediência, obediente (a) 18. capaz (de) 56. ódio (a, contra, entre, para com) 19. cego (a, para, por) 57. ojeriza (a, com, contra, por) 20. compaixão (de, para, para com, por) 58. orgulhoso (com, de, em, por) 21. comum (a, entre) 59. peculiar (a, de) 22. confiança (com, em) 60. predileção (para com, por) 23. conforme (a, com) 61. preferência (por, sobre) PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 86 24. consideração (a, acerca de, a respeito de, de, sobre, com, por) 62. preferível (a) 25. contente (com, em, de, por) 63. pronto (a, em, para) 26. contrário (a) 64. próprio (a, de, para) 27. cruel (com, para, para com) 65. próximo (a, de) 28. curioso (de, por) 66. relacionado (com) 29. desejoso (de) 67. respeito (a, de, para com, por) 30. desprezo (a, de, para, para com, por) 68. satisfeito (com, de, em, por) 31. devoto (a, de) 69. simpatia (com, para com, por) 32. digno (de) 70. surdo (a) 33. empenho (de, em, por) 71. suspeito (a, de) 34. equivalente (a, de) 72. último (a, de, em) 35. estima (a, de, por) 73. união (a, com, de, entre) 36. fácil (a, de, em, para) 74. único (a, entre) 37. fanático (de, por) 75. vazio (de) 38. farto (de, em) 76. vizinho (a, com, de) EXERCÍCIOS 1. Uso Cotidiano Diverso da Norma a. As testemunhas não assistiram _______(o/ao) confronto, pois só chegaram ______(no/ao) localdepois da confusão. b. Tal atitude implicará_____(em multa/multa) prevista em lei. c. Ele é residente e domiciliado___(na/à) Rua das Flores, 100. d. Aspiramos ______ uma vida melhor (a/ ø) e. O indiciado pagou primeiro ______(o/ao) vizinho e em seguida ______(o/ao) supermercado. f. O enfermeiro assistiu _______(o/ao) doente. g. A mulher não perdoou _______(o/ao) marido, disse que jamais _______(o/lhe) perdoaria. h. Ele se lembrou _____ que precisava de você (de/ ø) i. _______(Custei/Custou-me) entender o exercício. j. Preferiu a condenação ____(do que/a/à) confessar os erros. k. Com o rigor na prova, visavam___(a/ø)) uma seleção rigorosa. l. Eles eram ___________(em cinco/cinco). m. Esse trabalho visa ______(o/ao) respeito à lei e ao direito. n. O embrulho foi entregue ______(em/à/a) domicílio. 2. Um só Complemento para Verbos de Regência Distinta Corrija as frases. a) Ninguém será levado e mantido na prisão sem motivos. __________________________________________ b) Ouvimos e gostamos da ideia. __________________________________________ 3. Verbo com mais de uma regência, mas com o mesmo sentido a) Afirmou que não se lembrava _______________ da briga. (o porquê/do porquê ) b) Quanto aos candidatos, já _______________ informaram ontem a classificação. (os/lhes) c) Ocorreu, paralela à festa, a explosão _______________ o avisamos. (que/de que) d) Avise _______________ alunos da obrigatoriedade da identificação. (aos/os) 4. Pronomes Pessoais Átonos a) A cultura indígena não separava homem, natureza e deuses, adorando-__________dentro de um mesmo valor. (os/lhes) b) Quanto ao credor, o réu deve _______________ dentro do prazo estipulado. (pagá-lo/pagar-lhe) c) A intenção era de ______ ___. (obedecê- lo/obedecer-lhe) 5. Pronomes Relativos(Corrija as frases) a) As ideias que discordamos podem revelar outras verdades. __________________________________________ b) Poucas eram suas palavras que podemos acreditar. _________________________________________ 6. Limites para a Voz Passiva(Corrija as frases) a) O cargo foi visado por muitos. _________________________________________ b) O jogo foi assistido por mil pessoas. __________________________________________ PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 87 EXERCÍCIOS 1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta a regência verbal incorreta, de acordo com a norma culta da língua: a) Os sertanejos aspiram a uma vida mais confortável. b) Obedeceu rigorosamente ao horário de trabalho do corte de cana. c) O rapaz presenciou o trabalho dos canavieiros. d) O fazendeiro agrediu-lhe sem necessidade. e) Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas, ao lucro pretendido. 2. (IBGE) Assinale a opção que contém os pronomes relativos, regidos ou não de preposição, que completam corretamente as frase abaixo: Os navios negreiros, ....... donos eram traficantes, foram revistados. Ninguém conhecia o traficante ....... o fazendeiro negociava. a) nos quais / que b) cujos / com quem c) que / cujo d) de cujos / com quem e) cujos / de quem 3. (IBGE) Assinale a opção em que as duas frases se completam corretamente com o pronome lhe: a) Não ..... amo mais. / O filho não ..... obedecia. b) Espero-..... há anos. / Eu já ..... conheço bem. c) Nós ..... queremos muito bem. / Nunca ..... perdoarei, João. d) Ainda não ..... encontrei trabalhando, rapaz. / Desejou-..... felicidades. e) Sempre ..... vejo no mesmo lugar. / Chamou-..... de tolo. 4. (IBGE) Assinale a opção em que todos os adjetivos devem ser seguidos pela mesma preposição: a) ávido / bom / inconsequente b) indigno / odioso / perito c) leal / limpo / oneroso d) orgulhoso / rico / sedento e) oposto / pálido / sábio 5. (UF-FLUMINENSE) Assinale a frase em que está usado indevidamente um dos pronomes seguintes: o, lhe. a) Não lhe agrada semelhante providência? b) A resposta do professor não o satisfez. c) Ajudá-lo-ei a preparar as aulas. d) O poeta assistiu-a nas horas amargas, com extrema dedicação. e) Vou visitar-lhe na próxima semana. 6. (BB) Regência imprópria: a) Não o via desde o ano passado. b) Fomos à cidade pela manhã. c) Informou ao cliente que o aviso chegara. d) Respondeu à carta no mesmo dia. e) Avisamos-lhe de que o cheque foi pago. 7. (BB) Alternativa correta: a) Precisei de que fosses comigo. b) Avisei-lhe da mudança de horário. c) Imcumbiu-me para realizar o negócio. d) Recusei-me em fazer os exames. e) Convenceu-se nos erros cometidos. 8. (EPCAR) O que devidamente empregado só não seria regido de preposição na opção: a) O cargo ....... aspiro depende de concurso. b) Eis a razão ....... não compareci. c) Rui é o orador ....... mais admiro. d) O jovem ....... te referiste foi reprovado. e) Ali está o abrigo ....... necessitamos. 9. (UNIFIC) Os encargos ....... nos obrigaram são aqueles ....... o diretor se referia. a) de que – que d) cujos – cujo b) a cujos – cujos e) a que – a que c) por que – que 9. (FTM-ARACAJU) As mulheres da noite ....... o poeta faz alusão ajudam a colorir Aracaju, ....... coração bate de noite, no silêncio. A alternativa que completa corretamente as lacunas da frase acima é: a) as quais / de cujo d) às quais / cujo b) a que / no qual e) que / em cujo c) de que / o qual 11. (SANTA CASA) É tal a simplicidade ....... se reveste a redação desse documento, que ele não comporta as formalidades ....... demais. a) que – os d) em que – nos b) de que – aos e) a que – dos c) com que – para os 12. (PUC-RS) Diferentes são os tratamentos ....... se pode submeter o texto literário. Sempre se deve aspirar, no entanto, ....... objetividade científica, fugindo ....... subjetivismo. a) à que, a, do d) a que, a, do b) que, a, ao e) a que, à, ao c) à que, à, ao PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 88 13. (PUC-RS) Alguns demonstram verdadeira aversão ..... exames, porque nunca se empenharam o suficiente ..... utilização do tempo ..... dispunham para o estudo. a) com – pela – de que d) com – na – que b) por – com – que e) a – na – de que c) a – na – que 14. (BB) “Ele não ..... viu”. Não cabe na frase: a) nos d) te b) lhe e) o c) me 15. (BB) Emprego indevido de o: a) O irmão o abraçou. D) O irmão o obedeceu. b) O irmão o encontrou. E) O irmão o ouviu. c) O irmão o atendeu. 16. (UF-RS) Isso ..... autorizava ..... tomar a iniciativa. a) o – à d) o – a b) lhe – de e) lhe – a c) o – de 17. (CESESP-PE) “... trepado numa rede afavelada cujas varandas serviam-lhe de divisórias do casebre”. Em qual das alternativas o uso de cujo não está conforme a norma culta? a) Tenho um amigo cujos filhos vivem na Europa. b) Rico é o livro cujas páginas há lições de vida. c) Naquela sociedade, havia um mito cuja memória não se apagava. d) Eis o poeta cujo valor exaltamos. e) Afirmam-se muitos fatos de cuja veracidade se deve desconfiar. 10. (CESGRANRIO) Assinale a opção cuja lacuna não pode ser preenchida pela preposição entre parênteses: a. uma companheira desta, ..... cuja figura os mais velhos se comoviam. (com) b. uma companheira desta, ..... cuja figura já nos referimos anteriormente. (a) c. uma companheira desta, ..... cuja figura havia um ar de grande dama decadente. (em) d. uma companheira desta, ..... cuja figura andara todo o regimento apaixonado. (por) e. uma companheira desta, ..... cuja figura as crianças se assustavam. (de) 19. (UF-PR) Assinale a alternativa que substitui corretamente as palavras sublinhadas: 1. Assistimos à inauguração da piscina. 2. O governo assiste os flagelados. 3. Ele aspirava a uma posição de maior destaque. 4. Ele aspirava o aroma das flores. 5. O aluno obedece aos mestres. a) lhe, os, a ela, a ele, lhes b) a ela, os, a ela, o, lhec) a ela, os, a, a ele, os d) a ela, a eles, lhe, lhe, lhes e) lhe, a eles, a ela, o, lhes 20. (CESGRANRIO) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da seguinte frase: Toda comunidade, ..... aspirações e necessidades devem vincular-se os temas da pesquisa científica, possui uma cultura própria, ..... precisa ser preservada. a) cujas / de que d) cuja / que b) a cujas / que e) a cujas / de que c) cujas / pela qual 21. (FUVEST) Assinale a alternativa gramaticalmente correta: a) Não tenham dúvidas que ele vencerá. b) O escravo ama e obedece o seu senhor. c) Prefiro estudar do que trabalhar. d) O livro que te referes é célebre. e) Se lhe disserem que não o respeito, enganam-no. 22. (UF-UBERLÂNDIA) Assinale o período em que foi empregado o pronome relativo inadequado: a) O livro a que eu me refiro é Tarde da Noite. b) Ele é uma pessoa de cuja honestidade ninguém duvida. c) O livro em cujos dados nos apoiamos é este. d) A pessoa perante a qual comparecemos foi muito agradável. e) O moço de cujo lhe falei ontem é este. 23. (PUC) Assinale a alternativa que preencha corretamente as lacunas abaixo: 1. Veja bem estes olhos ....... se tem ouvido falar. 2. Veja bem estes olhos ....... se dedicaram muitos versos. 3. Veja bem estes olhos ....... brilho fala o poeta. 4. Veja bem estes olhos ....... se extraem confissões e promessas. a) de que – a que – sobre o qual – dos quais b) que – que – sobre o qual – que c) sobre os quais – que – de que – de onde d) dos quais – aos quais – sobre cujo – dos quais e) em quais – aos quais – a cujo – que PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 89 24. (SANTA CASA) São excelentes técnicos, ....... colaboração não podemos prescindir. a) cuja d) de que a b) de cuja e) dos quais a c) que a 25. (FUVEST) Indique a alternativa correta: a) Preferia brincar do que trabalhar. b) Preferia mais brincar a trabalhar. c) Preferia brincar a trabalhar. d) Preferia brincar à trabalhar. 26. (cesgranrio) Observe a frase. Ficou-nos a lembrança _______ a água do açude era sadia e doce. A frase se completa corretamente com (A) que. (B) a que. © com que. (D) de que. (E) em que. 27. (cesgranrio) Assinale a opção em que há uso INADEQUADO da regência verbal, segundo a norma culta da língua. (A) É interessante a obra de Freyre com a qual a de Sérgio Buarque compõe uma dupla magistral. (B) É necessário ler estes livros nos quais nos vemos caracterizados. © Chico Buarque, por quem os brasileiros têm grande admiração, é filho de Sérgio Buarque. (D) É tão bom escritor que não vejo alguém de quem ele possa se comparar. (E) Valoriza-se, sobretudo, aquele livro sob cujas leis as pessoas traçam suas vidas. 28. (cesgranrio) O drama ________ estavam assistindo era incompatível __________ manifestações de alegria que ouviam ao longe. Assinale a opção que preenche, de forma correta, as lacunas acima, completando o significado do trecho. (A) de que – com as (B) a que – com as © à que – as (D) que – às (E) que – as 29. Assinale a alternativa em que a frase está gramaticalmente CORRETA. A) Muitos homens aspiram mulheres que os respeitem. B) Falar mal do parceiro desagrada Rosa Avelar. C) Um comentário desabonador implica uma reação igual e contraria. D) Em tempo de falta de discrição, é preferível, milhões de vezes, calar do que falar. E) Os estranhos assistem às cenas da vida privada dos outros mesmo não lhes conhecendo. Gabarito Exercícios 1. a) ao – ao, b) multa, c) na, d) a – a – à, e) ao – o, f) o/ao, g) ao – lhe, h) custou-me, i) a, j) a, k) cinco, l) ao, m) em. 2. a) Ninguém será levado à prisão e mantido nela sem motivo. b) Ouvimos a ideia e gostamos dela. 3. a) do porquê, b) lhes, c) de que, d) os. 4. a) os, b) pagar-lhe, c) obedecer-lhe 5. a) As ideias de que discordamos..., b) Poucas eram suas palavras em que podemos acreditar. 6. a) Muitos visavam ao cargo. B) Mil pessoas assistiram ao jogo. Exercícios: 1. D, 2. B, 3. C, 4. D, 5. E, 6. E, 7. A, 8. C, 9. E, 10. D, 11. C, 12. E, 13. E, 14. B, 15.D, 16.D, 17.B.,18.E, 19.B, 20.B, 21.E, 22.E, 23.A, 24.B, 25.C, 26.D, 27.D, 28.B, 29.C. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 90 10. COESÃO E COERÊNCIA. CONECTORES I) Coesão e coerência o texto é um conjunto harmônico de elementos, associados entre si por processos de coordenação ou subordinação. Os fonemas (sons da fala), representados graficamente pelas letras, se unem constituindo as palavras. Estas, por sua vez, ligam-se para formar as orações, que passam a se agrupar constituindo os períodos. A reunião de períodos dá origem aos parágrafos. Estes também se unem, e temos então o conjunto final, que é o texto. No meio de tudo isso, há certos elementos que permitem que o texto seja inteligível, com suas partes devidamente relacionadas. Se a ligação entre as partes do texto não for bem feita, o sentido lógico será prejudicado. Observe atentamente o trecho seguinte. Levantamos muito cedo. Fazia frio e a água havia congelado nas torneiras. Até os animais, acostumados com baixas temperaturas, permaneciam, preguiçosamente, em suas tocas. Apesar disso, deixamos de fazer nossa caminhada matinal com as crianças. O trecho é composto por vários períodos, agrupados em dois segmentos distintos. No primeiro, fala-se do frio intenso e suas consequências; no segundo, a decisão de não fazer a caminhada matinal. O que aparece para fazer a ligação entre esses dois segmentos? A locução apesar disso. Ora, esse termo tem valor concessivo, liga duas coisas contraditórias, opostas; mas o que segue a ele é uma consequência do frio que fazia naquela manhã. Dessa forma, no lugar de apesar disso, deveríamos usar por isso, por causa disso, em virtude disso etc. Conclui-se o seguinte: as partes do texto não estavam devidamente ligadas. Diz-se então que faltou coesão textual. Consequentemente, o trecho ficou sem coerência, isto é, sem sentido lógico. Resumindo, podemos dizer que a coesão é a ligação, a união entre partes de um texto; coerência é o sentido lógico, o nexo. II) Elementos conectores Qualquer vínculo estabelecido entre as palavras, as orações, os períodos ou os parágrafos podemos chamar de coesão. Toda palavra ou expressão que se refere a coisas passadas no texto, ou mesmo às que ainda virão, são elementos conectores. Os termos a que eles se referem podem ser chamados de referentes. Eis os conectores mais importantes: 1) Pronomes pessoais, retos ou oblíquos Ex.: Meu filho está na escola. Ele tem uma prova hoje. Ele = meu filho (referente) Carlos trouxe o memorando e o entregou ao chefe. o = memorando (referente) 2) Pronomes possessivos Ex.: Pedro, chegou a sua maior oportunidade. Sua = Pedro (de Pedro) 3) Pronomes demonstrativos Os demonstrativos estão entre os mais importantes conectores da língua portuguesa. Frequentemente se criam questões de interpretação ou compreensão com base em seu emprego. Veja os casos seguintes. a) O filho está demorando, e isso preocupa a mãe. Isso = O filho está demorando. b) Isto preocupa a mãe: o filho está demorando. Isto = o filho está demorando. Isso (esse, esses, essa, essas) é usado para fazer referência a coisas ou fatos já citados no texto. Isto (este, estes, esta, estas) refere-se a coisas ou fatos que ainda serão citados no texto. c) O homem e a mulher estavam sorrindo. Aquele porque foi promovido; esta por ter recebido um presente. Aquele = homem esta = mulher PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 91 Temos aqui uma situação especial de coesão: evitar a repetição de termos por meio do emprego de este (estes, esta, estas) e aquele (aqueles, aquela, aquelas). Não se usa, aqui, o pronome esse (esses, essa, essas). Com relação ao exemplo, a palavraaquele refere-se ao termo mais afastado (homem), enquanto esta, ao mais próximo (mulher). 4) Pronomes indefinidos Ex.: Naquela época, os homens, as mulheres, as crianças, todos acreditavam na vitória. todos = homens, mulheres, crianças 5) Pronomes relativos Ex.: Havia ali pessoas que me ajudavam. (que= as quais) que = pessoas No caso do pronome relativo, o seu referente costuma ser chamado de antecedente. 6) Pronomes interrogativos Ex.: Quem será responsabilizado? O rapaz do almoxarifado, por não ter conferido os materiais. Quem = rapaz do almoxarifado 7) Substantivos Ex.: José e Helena chegaram de férias. Crianças ainda, não entendem o que aconteceu com o professor. Crianças = José e Helena 8) Advérbios Ex.: A faculdade ensinou-o a viver. Lá se tornou um homem. Lá = faculdade 9) Preposições: ligam palavras dentro de uma mesma oração. Em casos excepcionais, ligam duas orações. Elas não possuem referentes no texto, simplesmente estabelecem vínculos. Ex.: Preciso de ajuda. Morreu de frio. Nas duas frases, a preposição liga um verbo a um substantivo. Na primeira, em que introduz um objeto indireto (complemento verbal com preposição exigida pelo verbo), ela é destituída de significado. Diz-se que tem apenas valor relacional. Na segunda, em que introduz adjunto adverbial, ela possui valor semântico ou nocional, uma vez que a expressão que ela inicia tem um valor de causa. Veja, a seguir, os principais valores semânticos das preposições. • De causa: Perdemos tudo com a seca. • De matéria: Trouxe copos de papel. • De assunto: Falavam de politica. • De fim ou finalidade: Vivia para o estudo. • De meio: Falaram por telefone. • De instrumento: Feriu-se com a tesoura. • De condição: Ele não vive sem feijão. • De posse: Achei o livro de André. • De modo: Agiu com tranquilidade. • De tempo: Retomaram de manhã. • De companhia: Passeou com a irmã. • De afirmação: Irei com certeza. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 92 TE R M O S Q U E SE R EF ER EM A N O M E TE R M O S Q U E SE R EF ER EM A V ER B O Termos da oração e suas funções morfossintáticas. MORFOSSINTAXE 1. Substantivo: palavra nuclear 2. Artigo 3. Numeral PALAVRAS ADJETIVAS 4. Adjetivo referem-se a substantivo e concordam com ele 5. Pronome Refere-se ao sujeito|=| 6. Verbo Se incompleto, pede complemento |OD, OI, AP| verbo 7. Advérbio refere-se a adjetivo (modificando) advérbio. não concorda 8. Preposição: liga termos, introduz orações reduzidas. a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. 9. Conjunção: liga orações. As coordenativas (e, nem, ou...) também ligam termos 10. Interjeição: exprime sentimento repentino, indica saudação, apelo. Ai! Oh! Oi. Bom dia! Pelo amor da vaca preta! 11. SINTAXE: RELAÇÕES SINTÁTICO-SEMÂNTICAS ESTABELECIDAS ENTRE ORAÇÕES, PERÍODOS OU PARÁGRAFOS (PERÍODO SIMPLES E PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO). SINTAXE DA ORAÇÃO 1. SUJEITO(substantivo) termo essencial 2. OBJETO DIRETO (substantivo) completa sentido de VTD sem preposição, não ocorre na voz passiva. (O.D. se transforma em sujeito na VOZ PASSIVA) 3. OBJETO INDIRETO (substantivo) completa VTI c/ preposição. 4. AGENTE DA PASSIVA (substantivo) completa locução verbal, pratica a ação na voz passiva, é introduzido por preposição por ou de. 5. ADJUNTO ADVERBIAL (advérbio – sem preposição - ou locução adverbial – com preposição) indica circunstância de tempo, modo, lugar, instrumento... 6. ADJUNTO ADNOMINAL artigo, numeral, pronome, adjetivo ou locução adjetiva, juntos do nome. Indicam característica própria. (=É) 7. PREDICATIVO (adjetivo) DO SUJEITO é separado do nome por verbo ou vírgula, indica uma característica não-própria. (=ESTAVA) DO OBJETO fica junto do nome, mas fica implícita a expressão “como sendo” e indica característica atribuída ao objeto pelo sujeito. 8. APOSTO substantivo esclarece um termo anteriormente citado, geralmente com pontuação. 9. COMPLEMENTO NOMINAL (substantivo) completa o sentido de um nome incompleto que exige esse complemento preposicionado (regência nominal). 10. VOCATIVO (substantivo) chamamento, indica com quem se fala, vem separado por vírgula. V A R IÁ V EI S IN V A R IÁ V EI S PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 93 V A R IÁ V E IS N Ã O -E X P R E S S O TERMOS DA ORAÇÃO SUJEITOÉ o termo ao qual o verbo se refere e com que deve concordar. Tipos de sujeito Inexistente: com verbos impessoais. simples: um único núcleo. Núcleo: palavra fundamental (sem preposição) Uma grande mesa de mármore sumiu. composto: mais de um núcleo. O pai da noiva e o noivo choravam. Oculto/elíptico/desinencial Fomos à feira. (nós) Desce daí. (tu) indeterminado: Verbo na 3ª pessoa do plural, sem sujeito expresso ou subentendido. (Tocaram a campainha) Verbo na 3ª pessoa do singular (menos o VTD/VTDI) com o índice de indeterminação do sujeito SE. (Vive-se pouco. Aqui se trabalha.) Classifique os sujeitos 1. Três homens estranhos havia na rua de casa. 2. Aconteceu ontem à noite um incidente estranho. 3. Choveu granizo. 4. Ligaram para ti 5. Elegeu-se político corrupto. 6. Votou-se em político corrupto. 7. Quem fez o exercício? 8. Bebe logo o remédio. 9. É necessário fazer o exercício. 10. Maria não gosta do rapaz que chegou. EXERCÍCIOS 1. “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heroico o brado retumbante...” O sujeito da afirmação com que se inicia o Hino Nacional é: a) indeterminado b) um povo heroico c) as margens plácidas do Ipiranga d) do Ipiranga e) o brado retumbante 2. A oração “Não faltam interessados em patrocinar o sonho da eternidade.” apresenta um sujeito: (A) oculto. (B) indeterminado. (C) inexistente. (D) claro (“interessados”). (E) expresso (“o sonho da eternidade”). 3. Assinale a opção em que a oração NÃO tem sujeito. (A) “Em três décadas, haverá tantos idosos quantos jovens.” (B) “Dessa questão tratam agora a ONU, demógrafos e economistas [...] social.” (C) “Ninguém quer a morte, só saúde e sorte,” (D) “Incerto é o momento...” (E) “...em que a chamada vida ativa já se transformou para a maioria em tempo livre,” 4. Na expressão “faz calor”, o verbo está empregado impessoalmente. Assinale a opção em que o verbo sublinhado também está empregado impessoalmente: a) A chuva caiu a noite inteira, sem parar. b) Existe muita polêmica sobre o assunto. c) Não entrou porque havia esquecido a chave em casa. d) Deve haver muita gente na praia hoje. e) Choveram perguntas de todos os lados do auditório. Gabarito: 1. Oração sem sujeito, 2. Sujeito Simples, 3. Sujeito Simples, 4. Suj. Indeterminado, 5. Sujeito Passivo/Simples, 6. Suj. Indeterminado, 7. Sujeito Simples (Quem), 8. Suj. oculto (tu), 9. Suj. Oracional, 10. Sujeito simples (QUE). Exercícios: 1.C, 2.D, 3.A, 4.D. E X P R E S S O PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 94 TERMOS QUE SE REFEREM A VERBO 1. OBJETO DIRETO: complemento verbal sem preposição. Poucas pessoas já leram esse livro. VTD OD O objeto direto caracteriza-se pelo seguinte: Frase com OD pode ser transposta para a voz passiva. Eu aplaudi o cantor. (voz ativa) VTD OD =O cantor foi aplaudido por mim. (v. passiva) SUJEITO O OD da voz ativa torna-se o sujeito da voz passiva. Objeto direto preposicionado: a preposição, no entanto, não é exigida pelo verbo e pode até ser eliminada. A notícia surpreendeu a todos. SUJEITO VTD OD PREP. 2. OBJETO INDIRETO: é o complemento verbal que, obrigatoriamente, vem iniciado por uma preposição. Muitos já desconfiavam de você. V.T.I. OBJ. IND. 3. AGENTE DA PASSIVA: pratica a ação verbal na voz passiva, corresponde ao sujeito da ativa e sempre se inicia pela preposição POR/PELO e DE. Muitas árvores foram destruídas pelo vento. suj paciente ag. da passiva 4. ADJUNTO ADVERBIAL: termo que se relaciona ao verbo para acrescentar uma circunstância qualquer (tempo, modo, negação, causa, lugar, dúvida etc.). Talvez ele não vá à cidade hoje. adj. adv. adj. adv. adj. adv. adj. adv. de dúvida de negação de lugar de tempo TERMOS QUE SE REFEREM A NOME 1. ADJUNTO ADNOMINAL: se relaciona a um nome (substantivo) para detalhar melhor esse nome. Pode ser artigo, numeral, pronome ou adjetivo. Pequenos flocos de espuma boiavam. adj. adn. nome adj, adn. 2. PREDICATIVO: (adjetivo) termo que expressa uma característica, um estado, um modo de ser do nome. O predicativo relaciona-se ao nome sempre através de um verbo de ligação (expresso ou subtendido). O predicativo pode ser: Predicativo do sujeito: quando a característica é atribuída ao sujeito da oração. Os jogadores estavam nervosos. suj. v. lig. predicat. do suj. Predicativo do objeto: quando a característica é atribuída ao objeto da oração. Ninguém considerou certa sua atitude. suj. v.t.d. predicat. do obj. obj. dir. Observe que o verbo de ligação está subtendido: Ninguém considerou (como sendo) certa sua atitude. 3. COMPLEMENTO NOMINAL: relaciona-se a nomes de sentido incompleto a fim de completá-los. Assemelha-se ao objeto indireto, mas o objeto indireto inicia-se por uma preposição e completa o sentido de verbos, enquanto o complemento nominal completa o sentido de nomes. A população ficou revoltada com as mudanças. nome incomp. (adjetivo) compl. nom. 4. APOSTO: explica melhor um termo anteriormente citado, esclarecendo-lhe o sentido. Explicativo: O veículo, um caminhão velho e torto, desapareceu. Denominativo A professora Genoveva chegou. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 95 VOCATIVO O vocativo é um termo usado para chamar a atenção da pessoa com quem se fala. O vocativo não pertence nem ao sujeito, nem ao predicado da oração. A vida, meu pai, está triste agora. suj. vocativo predicado CLASSIFICAÇÃO DO PREDICADO A classificação do predicado depende do tipo de verbo que ele contém. 1. VERBAL: sem predicativo. Núcleo: verbo (de ação) O homem partiu cedo. 2. NOMINAL: com verbo de ligação. Núcleo: predicativo do sujeito. O homem estava furioso. 3. VERBO-NOMINAL: com verbo intransitivo ou transitivo + predicativo. Núcleos: verbo e predicativo. O homem partiu furioso. Achei minha cidade diferente DICAS Os pronomes átonos me, te, nos, vos e lhe que assumem valor possessivo (=meu, teu, nosso, vosso, seu), classificam-se, em tais situações, como adjuntos adnominais. Corte-me o cabelo (=meu) Analisei-lhe a questão (=sua) PRONOMES OBLÍQUOS COMO OBJETOS O, A, OS, AS sempre OD. Todos O criticaram. OD VTD LHE, LHESsempre OI. Sempre LHE obedeço. OI VTI ME, TE, SE, NOS, VOS a classificação depende do verbo. Eu TE conheço. Eu TE obedeço. OD VTD OI VTI Termo preposicionado referindo-se a nome pode ser: ADJUNTO ADNOMINAL ou COMPLEMENTO NOMINAL Para distinguir um do outro: Analise o nome ao qual o termo preposicionado se refere: Se o nome for substantivo concreto, o termo preposicionado é Adjunto Adnominal. Ruas de terra Se o nome for adjetivo ou advérbio, o termo preposicionado é Complemento Nominal. Ele é rico de coceira Moro perto da igreja Se o nome for um substantivo abstrato que indicar uma ação, se o termo preposicionado PRATICAR a ação expressa pelo nome, é Adjunto Adnominal; se RECEBER a ação, é Complemento Nominal A conquista do atleta Adjunto adnominal – pratica a ação do nome “conquista” A conquista da medalha Complemento nominal – recebe a ação do nome “conquista” PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 96 VOZES DO VERBO VOZ ATIVA: sujeito pratica a ação do verbo. Maria pintou o quarto. VOZ PASSIVA: sujeito sofre a ação do verbo. Só V.T.D. Maria foi agredida pelo noivo. Comeu-se o bolo VOZ REFLEXIVA: sujeito pratica e sofre a ação do verbo. Maria se pintou. Os noivos se beijaram. A VOZ PASSIVA PODE SER: 1. Analítica (Verbal): com locução verbal v. SER + v. principal no particípio (-ADO/-IDO). Sujeito sofre a ação; o agente da passiva pratica. O texto será corrigido por um professor. OU 2. Sintética (Pronominal): com pronome apassivador V.T.D.+ SE (pron. apassivador). Perdeu-se a oportunidade. (= A oportunidade foi perdida) TRANSFORMAÇÃO DE VOZ VERBAL Como passar da voz ativa para a passiva Lembre-se: só passa para a voz passiva VTD. 1º. Transforme o Objeto Direto em sujeito da passiva; 2º. Transforme o verbo da oração em locução verbal, acrescentando verbo auxiliar SER antes do principal (no particípio: –ADO/-IDO), sempre respeitando o mesmo tempo utilizado na ativa; 3º. Transforme o sujeito em agente da passiva, introduzido por preposição (POR/DE). Fixação Transformação para a passiva das frases abaixo. A menina colheu a flor. (voz ativa) = A flor foi colhida pela menina. (voz passiva) A menina havia colhido a flor. (voz ativa) = A flor havia sido colhida pela menina. (voz passiva) Como passar da voz passiva para a ativa 1º. Transforme o agente da passiva em sujeito; 2º. Transforme a locução verbal em VTD, retirando o verbo auxiliar SER, sempre respeitando o mesmo tempo utilizado na passiva. 3º. Transforme o sujeito em OD da ativa. Obs.: se não houver agente da passiva, o verbo (na passagem para a ativa) ficará na 3ª pessoa do plural, indicando indeterminação do sujeito. Fixação Transformação para a ativa das frases abaixo. O cão fora atropelado pelo guarda. (voz passiva) = O guarda atropelara o cão. (voz ativa) A carta tinha sido entregue. (voz passiva) = Tinham entregado a carta. (voz ativa) Exemplos da transformação de vozes verbais Colheram as flores. (voz ativa) O.D. = Colheram-se as flores. (voz passiva sintética) SUJEITO = As flores foram colhidas. (voz passiva analítica) SUJEITO PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 97 ( )O cão por que fui atacado morreu ( ) Ladrão é o que ele é ( ) O beco por que passas fede. ( )Preencha a vaga aque estás apto ( ) A moça cujo pai morreu fugiu ( ) O menino que caiu no rio morreu ( ) O menino que conheci morreu ( )O menino de que te falei morreu PRONOME RELATIVO - RESUMO 1. Introduz oração subordinada adjetiva; 2. Substitui na oração subordinada o termo citado na oração principal; 3. Tem a função que o termo citado exerceria; 4. Dependendo da função, vem precedido de preposição. Substituem: Que= coisa/pessoa/lugar O qual = coisa/pessoa/lugar. Quem = pessoa Onde = lugar Cujo = coisa/pessoa/lugar introduz ideia de posse (=dele(a)) Relaciona dois substantivos, indicando posse (=dele) em relação ao substantivo antecedente. O menino que se jogou no rio morreu. O menino cujo pai se jogou no rio está triste. FUNÇÃO SINTÁTICA DO PRONOME RELATIVO Além de indicar a subordinação, o pronome relativo por meio do qual se inicia a oração adjetiva exerce uma função sintática na oração a que pertence. Os pronomes relativos desempenham as seguintes funções: 1. sujeito: As cartas que estão na gaveta são para você. 2. objeto direto: Aqui está o livro que você me emprestou. 3. objeto indireto: As musicas de que gosto são muitas. 4. predicativo: “Reduze-me ao pó que fui” (Cecília Meireles). 5. complemento nominal: O projeto com o qual ficou entusiasmado não foi aprovado pela diretoria. 6. adjunto adnominal: O homem cuja moto comprei fugiu. 7. adjunto adverbial: A cidade onde nasci é muito tranquila. 8. agente da passiva: O colega por que fui enganada sumiu. EXERCÍCIOS 1. Relacione as duas colunas, indicando qual a função sintática do pronome relativo. ( 1 ) sujeito ( 2 ) obj. direto ( 3 )obj. indireto ( 4 ) agente da passiva ( 5 ) adj. adverbial ( 6 ) adj. adnominal ( 7 ) predicativo ( 8 ) comp. Nominal Gabarito: 4/7/5/8/6/1/2/3. Classifique os verbos abaixo 1. João estava triste. 2. João estava em casa. 3. João estava dormindo. 4. Moro em Belém. 5. Ele não comeu o bolo. 6. Preciso de ajuda. Gabarito: 1. V. de ligação, 2. V. intransitivo, 3. V. auxiliar, 4. V. intransitivo, 5. VTD, 6. VTI. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 98 EXERCÍCIOS 1. Em todos os enunciados abaixo, os termos sublinhados foram corretamente analisados, EXCETO: a) Não existe outro trabalho para mim? (= sujeito) b) Faltava-lhe ali um complemento. (= objeto direto) c) Os alunos, sonolentos, saíram da sala cedo. (= predicativo do sujeito) d) A situação a que ele se referiu foi triste. (= obj. indireto) e) Ele não compreende a nós. (= obj. direto prep.) 2. Somente é objeto indireto o termo sublinhado em: a) Sabe-se que Judas traiu a Cristo. b) Não ofendemos a ninguém. c) Eles nunca me entenderam. d) Ele cumpriu com o seu dever. e) Tal atitude não me convém. 3. Sabendo-se que o PREDICATIVO é um termo da oração que, por meio de um verbo, exprime qualificação ou caracterização do SUJEITO ou do OBJETO, identifique a oração que não apresenta predicativo do Sujeito ou do Objeto: a) Os alunos receberam entusiasmados as notas das provas. b) O juiz julgou desonesto o procedimento do réu. c) Os funcionários sonolentos não conseguiram trabalhar. d) Eles sempre me consideraram um bom professor. e) Os marinheiros, eufóricos, partiram para o mar. 4. Em todas as orações abaixo, as pressões sublinhadas desempenham a função de complemento nominal, EXCETO: a) A obediência ao estatuto deve ser observada. b) A invenção da bomba atômica foi bastante celebrada. c) O interesse do aluno por Física é evidente. d) A resposta do aluno foi bastante agressiva. e) A conclusão do trabalho exigiu significativo esforço 5. Em todas as orações abaixo, o LHE é adjunto adnominal, EXCETO: a) Uma ideia súbita LHE entrou no cérebro. b) Todos LHE elogiaram o trabalho. c) Era-LHE agradável presentear a esposa. d) Quando LHE morreu o marido, deixou-se estar em casa. e) Os filhos não LHE seguiram os passos. 6. Todos os termos abaixo sublinhados desempenham a função de complemento nominal, EXCETO: a) O amor ao próximo é aconselhável aos governantes b) A crença dos índios em Tupã é belíssima. c) Ela sempre foi capaz de tudo. d) A predileção do avô pelo neto caçula é evidente. e) A colocação do cartaz foi trabalhosa. 7. Todos os pronomes átonos destacados abaixo desempenham a função de adjunto adnominal, EXCETO: a) Era-me fácil estudar alemão. b) O médico tomou-nos o pulso. c) Todos me criticaram a inusitada atitude. d) Fazia tudo para saciar-me a curiosidade. e) A cobra picou-me o calcanhar. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 99 8. É nominal o predicado de todas as frases abaixo, EXCETO: a) O tronco virou canoa. b) A farmácia era perto da faculdade. c) O estudante fez-se doutor. d) Os meninos permaneciam imóveis. e) Eles saíram prejudicados com a queda do dólar. 9. (FTM-ARACAJU) Das expressões sublinhadas abaixo, com as ideias de tempo ou lugar, a única que tem a função sintática do adjunto adverbial é: a) "Já ouvi os poetas de Aracaju" b) "atravessar os subúrbios escuros e sujos" c) "passar a noite de inverno debaixo da ponte" d) "Queria agora caminhar com os ladrões pela noite" e) "sentindo no coração as pancadas dos pés das mulheres da noite" 10. (ETF-SP) Na oração "Esperei-o até tarde", o pronome o tem a mesma função sintática do termo grifado na frase: a) "Estamos confiantes em você" b) "É amado pelos pais" c)"Não me perguntaram nada" d) "Acompanharam o menino" e) "Emprestei-lhe o carro" 11. A função sintática do Que em "Que existe entre o meu desejo" é: a) objeto direto b) adjunto adverbial c) objeto indireto d) sujeito e) predicativo do sujeito 12. Na frase A loja ficou repleta de clientes, o termo destacado é: A) objeto direto B) objeto indireto C) agente da passiva D) complemento verbal E) complemento nominal 13. (CETRO) O termo grifado, no trecho abaixo, tem a função sintática de: O sociólogo José Pastore, especialista em relações do trabalho, cita o crescimento econômico sustentado, uma educação de boa qualidade e a modernização da legislação trabalhista como três fatores fundamentais para reverter o quadro de desemprego. "Se tivermos essas três coisas, podemos ter perspectivas de dias melhores pela frente. Mas é preciso fazer os três", diz. (A) Objeto direto (B) aposto (C) sujeito (D) vocativo (E) adjunto adnominal 14. (CETRO)Assinale a alternativa incorreta quanto à sintaxe do termo grifado no período: (A) O presidente da Bolsa de Tóquio, Takuo Tsurushima, pediu demissão nesta terça-feira.(objeto direto) (B) O erro provocou o caos no mercado de Tóquio.(adjunto adverbial) (C) A saída de Tsurushima já era esperada. (núcleo do sujeito) (D) O operador se equivocou em uma operação vinculada à entrada na Bolsa de uma pequena empresa. (adjunto adverbial) (E) Ao invés de vender uma ação da J-Com por 610 mil ienes, ele colocou 610 mil ações da J-Com a um iene a unidade. (núcleo do objeto direto) 15. (CETRO)Assinale a alternativa que possua, na mesma ordem, dois verbos com a mesma transitividade dos grifados na oração: Um jogador que confunde o entrevistador, pois não corresponde à expectativa... (A) O rapaz agrediu o chefe, porque não tinha argumentos de defesa. (B) Embora gostasse de praia, preferiu o campo. (C) Jorge conversou com a filha e resolveu as mágoas. (D) A atriz conquistou a plateia que necessitava daquele humor. (E) O acidente provocou mortes e atrapalhou o trânsito. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 100 16. (CETRO)“Seu coração é um barco de velas içadas...” O verbo destacado no verso é (A) intransitivo. (B) transitivo diretoe indireto. (C) transitivo indireto. (D) transitivo direto. (E) de ligação. 17. (CETRO)Assinale a alternativa que justifica corretamente a análise do verbo analisado na questão anterior (verbo ser, presente do modo indicativo). (A) O verbo é intransitivo porque não vem acompanhado de objeto. (B) O verbo é transitivo direto e indireto porque vem acompanhado de dois objetos: barco e velas. (C) O verbo é transitivo indireto porque vem acompanhado da preposição “um”. (D) O verbo é transitivo direto porque vem acompanhado do substantivo comum: um barco, que por sua vez, faz uma afirmação acerca do sujeito(seu coração). (E) O verbo é de ligação porque está ligando o sujeito “seu coração” a um predicativo “um barco de velas içadas”, que qualifica o sujeito. 18. (UM-SP) Apesar de vistosa, a construção acelerada daquele edifício deixou-nos insatisfeitos novamente. Os termos em destaque no período são, respectivamente: a) adjunto adnominal, objeto indireto, adjunto adverbial b) complemento nominal, objeto direto, adjunto adverbial c) adjunto adnominal, objeto direto, predicativo do objeto d) complemento nominal, objeto direto, predicativo do objeto e) adjunto adnominal, objeto indireto, adjunto adnominal 19. (FMU) Em: Tinha grande amor à humanidade / As ruas foram lavadas pela chuva / Ele é rico em virtudes. Os termos destacados são, respectivamente: a) objeto indireto, agente da passiva, objeto indireto b) complemento nominal, objeto indireto, complemento nominal c) objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva d) complemento nominal, agente da passiva, complemento nominal 20. (UF-UBERLÂNDIA) "Ele observou-a e achou aquele gesto feio, grosseiro, masculinizado." Os termos sublinhados são: a) predicativos do objeto b) predicativos do sujeito c) adjuntos adnominais d) objetos diretos e) adjuntos adverbiais de modo 21. (UF-MG) Em todas as alternativas, o termo em negrito exerce a função de sujeito, exceto em: a) Quem sabe de que será capaz essa mulher? b) Raramente se entrevê o céu nesse aglomerado de edifícios. c) Amanheceu um dia lindo, e por isso foram às piscinas. d) Era somente uma velha, jogada num catre de solteiros. e) É preciso que haja muita compreensão contigo. 22. (EPCAR) A partícula apassivadora está exemplificada em: a) Fala-se muito nesta casa. b) Grita-se nas ruas.. c) Ouviu-se um belo discurso. d) Ria-se de seu próprio retrato. e) Precisa-se de um dicionário 23. Assinale a opção em que o pronome “lhe” não tem o mesmo sentido que em: “O tempo arrebata-lhe a garganta” (v.10). A) Afagou-lhe os cabelos com amor. B) A luz sempre lhe afugenta o sono. C) O marido sempre lhe nega a resposta. D) Ajeitou-lhe o colar e saiu mansamente. Gabarito: 1.b, 2.e, 3.c, 4. d, 5.c, 6.b, 7.a, 8.b, 9.d, 10. d, 11.d, 12.e, 13.e, 14.d, 15.d, 16.e, 17.e, 18. d, 19.d, 20.a, 21.d, 22.c, 23.c. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 101 PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 102 PERÍODO COMPOSTO ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBORDINAÇÃO A oração subordinada exerce uma função sintática da principal. Lucra | quem investir já. (a 2ª oração é sujeito da 1ª) SUBORDINADA SUBSTANTIVA Pode ser substituída pela palavra ISSO. Disse que viria . (=Disse isso) Introduzida por conjunção integrante Pode ser: 1. OR. SUB. SUBS. SUBJETIVA (ISSO = sujeito) 2. OR. SUB. SUBS. OBJETIVA DIRETA (ISSO = OD) 3. OR. SUB. SUBS. OBJET. INDIRETA (ISSO = OI) c/ prep. 4. OR. SUB. SUBS. COMPLETIVA NOMINAL (ISSO = CN) c/ prep. 5. OR. SUB. SUBS. PREDICATIVA (suj + VL(ser) + ISSO = PS) 6. OR. SUB. SUBS. APOSITIVA (ISSO = aposto) c/ pontuação SUBORDINADA ADJETIVA Iniciada por pronome relativo - o(a) qual, os(as) quais e sinônimos: que, quem, onde, cujo, quanto e como. 1. Restritiva - restringe o substantivo. Sem vírgula. (=somente) Cria duas leituras QUE É... e QUE NÃO É... Sofre menos a mãe que só tem um filho. (Há a mãe que só tem um filho e há a mãe que NÃO tem só um filho) 2. Explicativa - não restringe o substantivo. Com vírgula. (=TODOS) Tem uma única leitura (um único referente). Minha mãe, que não me esperava, ficou emocionada. (É uma mãe em particular) SUBORDINADA ADVERBIAL 1. CAUSAL: Expressa o que origina o fato da oração principal. 2. CONSECUTIVA: Expressa a consequência, o resultado de fato relatado pela oração principal, ou o que acontece a seguir. 3. CONDICIONAL: Expressa a condição para que o fato da oração principal aconteça. 4. CONCESSIVA: Expressa o que poderia impedir ou modificar o fato da oração principal, sem que o faça. 5. COMPARATIVA: Há dois elementos em confronto, a oração comparativa revela o segundo elemento desse conjunto. 6. CONFORMATIVA: O fato da oração principal realiza- se de conformidade com o que expressa a oração Conformativa. 7. FINAL: Expressa o objetivo, a finalidade daquilo que ocorre na oração principal. 8. PROPORCIONAL: Expressa a dimensão entre os fatos. 9. TEMPORAL: Expressa o momento em que acontece ou começa a acontecer o fato da oração principal. REDUZIDA: Oração subordinada com verbo em forma nominal. Sem conectivo. a) De infinitivo - substantiva, adjetiva ou adverbial. Eu era o único homem a sorrir. (adjetiva restritiva) b) De gerúndio - adjetiva ou adverbial. Chegando à cidade, receberás a carta. (adverbial temporal) c) De particípio – adjetiva e adverbial. Concedido o aumento, voltaremos. (adverbial condicional) PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 103 CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS São as que iniciam as orações subordinadas. Podem ser: 1) Integrantes: são as únicas desprovidas de valor semântico; iniciam orações que completam o sentido da outra; tais orações são chamadas de subordinadas substantivas (= ISSO). São apenas duas: que e se Ex.: É bom que o problema seja logo resolvido. Veja se ele já chegou. Obs.: As palavras que e se, nos exemplos acima, iniciam orações que funcionam, respectivamente, como sujeito e objeto direto da oração principal. 2) Causais: iniciam orações que indicam a causa do que está expresso na oração principal. Principais conjunções: porque, pois, que, porquanto, já que, uma vez que, como, visto que, visto como. Ex.: O gato miou porque pisei seu rabo. Estava feliz pois encontrou a bola. Triste que estava, não quis passear. Já que me pediram, vou continuar. Visto que vai chover, sairemos agora mesmo. Como fazia frio, pegou o agasalho. 3) Condicionais: introduzem orações que estabelecem uma condição para que ocorra o que está expresso na oração principal. Principais conjunções: se, caso, desde que, a menos que, salvo se, sem que, contanto que, dado que, uma vez que. Ex.: Explicarei a situação, se isso for importante para todos. Caso me solicitem, escreverei uma nova carta. Você será aprovado, desde. que se esforce mais. Sem que digas a verdade, não poderemos prosseguir. Contanto que todos participem da reunião, os projetos serão apresentados. Uma vez que ele tente, poderá alcançar o objetivo. 4) Concessivas: começam orações com valor de concessão, isto é, ideia contrária à da oração principal. Principais conjunções: embora, ainda que, mesmo que, conquanto, posto que, se bem que, por mais que, suposto que, apesar de que, sem que, que, nem que. Ex: Embora gritasse, não foi atendido. Perderia a condução mesmo que acordasse cedo. Conquanto estivesse com dores, esperou pacientemente. Posto que me tenham convidado bastante, não quis participar. Por mais que tentem explicar, o caso continua confuso. Sem que tenha grandes virtudes, é adorado por todos. Doente que estivesse, participaria da maratona.5) Comparativas: introduzem orações com valor de comparação. Principais conjunções: como, (do) que, qual, quanto, feito, que nem. Ex.: Ele sempre foi ágil como o pai. Maria estuda mais que a irmã. (ou do que) Nada o entristecia tanto quanto o sofrimento de seu povo. Estava parado feito uma estátua. Rastejávamos que nem serpentes. Ele agiu tal qual eu lhe pedira. Observações a) Geralmente o verbo da oração comparativa é o mesmo da principal e fica subentendido. É o que ocorre nos cinco primeiros exemplos. b) As conjunções feito e que nem são de emprego coloquial. 6) Conformativas: principiam orações com valor de acordo em relação à principal. Principais conjunções: conforme, segundo, consoante, como. Ex.: Fiz tudo conforme me solicitaram. Segundo nos contaram, o jogo foi anulado. Pedro tomou uma decisão consoante determinava a sua consciência. Carlos é inteligente como os pais sempre afirmaram. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 104 7) Consecutivas: iniciam orações com valor de consequência. Principais conjunções: que (depois de tão, tal, tanto, tamanho, claros ou ocultos), de sorte que, de maneira que, de modo que, de forma que. Ex.: Falou tão alto que acordou o vizinho. Gritava que era uma barbaridade. (Gritava tanto ... ) Eu lhe expliquei tudo, de modo que não há motivos para discussão. 8) Proporcionais: começam orações que estabelecem uma proporção. Principais conjunções: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto (em correlações do tipo quanto mais ... mais, quanto menos ... menos, quanto mais ... menos, quanto menos ... mais, quanto maior...maior, quanto menor...menor). Ex.: Seremos todos felizes à proporção que amarmos. À medida que o tempo passava, crescia a nossa expectativa. O ar se tornava rarefeito ao passo que subíamos a montanha. Quanto mais nos preocuparmos, mais ficaremos nervosos. Quanto menos estudamos, menos progredimos. Quanto maior for o preparo, maior será a oportunidade. 9) Finais: introduzem orações com valor de finalidade. Principais conjunções: para que, a fim de que, que, porque. Ex. : Fechou a porta para que os animais não entrassem. Trarei minhas anotações a fim de que você me ajude. Faço votos que sejas feliz. (= para que) Esforcei-me porque tudo desse certo. (= para que) 10) Temporais: introduzem orações com valor de tempo. Principais conjunções: quando, assim que, logo que, antes que, depois que, mal, apenas, que, desde que, enquanto. Ex.: Cheguei quando eles estavam saindo. Assim que anoiteceu, fomos para casa. Mal a casa foi reformada, a família se mudou. Hoje, que não tenho tempo, chegaram as propostas. Estávamos lá desde que ele começou a lecionar. Enquanto o filho estudava, a mãe fazia comida. Observações finais a) Apesar de e em que pese a são locuções prepositivas com valor de concessão. Ligam palavras dentro de uma mesma oração ou introduzem orações reduzidas de infinitivo. Ex.: Apesar do aviso de perigo, ele resolveu escalar a montanha. Apesar de ventar muito, fomos para a pracinha. Em que pese a vários pedidos do gerente, o caixa não fez serão. Em que pese a ter treinado bem, foi colocado na reserva. b) Algumas conjunções coordenativas às vezes ligam palavras dentro de uma mesma oração. Ex. Carlos e Rodrigo são irmãos. Não encontrei Sérgio nem Regina. Comprarei uma casa ou um apartamento. ORAÇÕES COORDENADAS São independentes, não exercem função sintática umas em relação às outras. Podem ser: a) ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS: sem conjunção b) ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS: com conjunção 1. Aditivas: Estabelecem soma, adição de ideias. 2. Conclusivas: Estabelecem ideia de conclusão. 3. Adversativas: Estabelecem ideia oposta, contrária à apresentada na oração anterior. 4. Explicativas: Estabelecem uma justificativa ou explicação. 5. Alternativas: Estabelecem ideia de alternância ou escolha. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 105 LOCUÇÕES E CONJUNÇÕES COORDENATIVAS Conjunções coordenativas São as que iniciam orações coordenadas. Podem ser: 1) Aditivas: estabelecem uma adição, somam coisas ou orações de mesmo valor. Principais conjunções: e, nem, (não só) mas também, (não só) como também, senão também, como, bem como, quanto, tampouco. Ex. : Fechou a porta e foi tomar café. Não trabalha nem estuda. Tanto lê como escreve. Não só pintava, mas também fazia versos. 2) Adversativas: estabelecem ideias opostas, contrastantes. Principais conjunções: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante, senão, que. Ex.: Correu muito, mas não se cansou. As árvores cresceram, porém não estão bonitas. Falou alto, todavia ninguém escutou. Peça isso a outra pessoa, que não a mim. Obs.: Às vezes, a palavra e, normalmente aditiva, assume valor adversativo. Ex.: Fiz muito esforço e nada consegui, (mas nada consegui) 3) Conclusivas: estabelecem conclusões a partir do que foi dito inicialmente. Principais conjunções: logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do verbo), por isso, então, assim, em vista disso. Ex.: Chegou muito cedo, logo não perdeu o início do espetáculo. É bastante cuidadoso; consegue, pois, bons resultados. Estava desanimado, por conseguinte deixou a empresa. 4) Alternativas: ligam ideias que se alternam ou mesmo se excluem. Principais conjunções: ou, ou ... ou, ora ... ora, já .. .já, quer...quer, seja... seja. Ex.: Faça sua parte, ou procure outro emprego. Ora narrava, ora comentava. "Já atravessa as florestas, já chega aos campos do Ipu. " (J.A.) 5) Explicativas: justificam o que se diz na 1ª oração. Principais conjunções: porque, pois, que, porquanto. Ex.: Chorou muito, porque os olhos estão inchados. Choveu durante a madrugada, pois o chão está alagado. Volte logo, que vai chover. Era uma criança estudiosa, porquanto tirava boas notas. Obs.: Depois de imperativo, elas só podem ser coordenativas explicativas, como no terceiro exemplo. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 106 CONJUNÇÕES COM MAIS DE UM VALOR Mas pode ser: a)Coordenativa adversativa (=porém) b)Coordenativa aditiva (seguida de também; equivale a como) E pode ser: a)Coordenativa aditiva b)Coordenativa adversativa (= mas) c) Coordenativa conclusiva. (=portanto) Pois pode ser: a)Coordenativa explicativa/causal (=porque) b) Coordenativa conclusiva (=portanto) Porque pode ser: a)Coordenativa explicativa/causal b)Subordinativa final(= para que) Uma Vez Que pode ser: a)Subordinativa causal (= porque) b)Subordinativa condicional (=se = caso) Como pode ser: a)Coordenativa aditiva (= e) b)Subordinativa causal(= Porque) c)Subordinativa comparativa (=tal qual) d) Subordinativa conformativa (=conforme) Se pode ser: a)Subordinativa condicional (= caso) b) Subordinativa integrante (oração = ISSO) Desde Que pode ser: a) Subordinada condicional(=se = caso) b)Subordinativa temporal (=momento) Sem Que pode ser: a)Subordinativa condicional(=se = caso) b)Subordinativa concessiva (=embora) Quanto pode ser: a)Coordenativa aditiva b)Subordinativa comparativa c) Subordinativa proporcional Porquanto é sempre igual a Porque Conquanto é sempre igual a Embora EXERCÍCIOS 1. Classifique as orações: a) Ficou sozinho para que pudesse refletir melhor. b) Enquanto a mulher trabalha, o marido lava a roupa. c) Tão nervoso estávamos, que não ouvimos a absolvição. d) Ainda que falte luz, continuaremos o trabalho. e) Como era Domingo, ninguém apareceu. f) Desde que ele concorde, indicaremos o seu nome. g) Segundo decidiu a assembleia, o capital será aumentado. h) Assim como a flor desabrocha, a mulher chega aos trinta. i) À medida queestudava, aprendia. j) Na medida em que estudei, aprendi. 2. (1) coordenativa aditiva (2) coordenativa conclusiva (3) coordenativa adversativa ( ) Genoveva estava doente e foi trabalhar. ( ) Mário comeu muito e passou mal. ( ) Maria saiu ontem à noite e se divertiu muito. ( ) Ele não só espancou a mulher, mas agrediu os filhos. ( ) Maria gosta muito de Genovevo, mas não quer vê-lo hoje. 3. Classifique as conjunções abaixo, usando o código: (1) Coordenativa aditiva (2) Subordinativa causal (3) Subordinativa comparativa (4) Subordinativa conformativa (5) Subordinativa integrante (pron. interrogativo) ( ) Como Maria estava doente, não foi trabalhar. ( ) Como combinamos, viajaremos amanhã. ( ) Como um asno tu agiste. ( ) Como tu agiste, não sei dizer ( ) Tanto lê como escreve. 4. Classifique as conjunções abaixo, usando o código: (1) Subordinativa condicional (2) Subordinativa integrante (3) Subordinativa temporal (4) Subordinativa concessiva ( ) Se Maria vem, não sei. ( ) Se Maria não vier, não sei o que vou fazer. ( ) Desde que casaste, sumiste. ( ) Desde que corras, pegarás a carona. ( ) Sem que tivesse estudado, passou. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 107 ( ) Sem que estudes, não passarás. 5. "O homem que cala e ouve não dissipa o que sabe e aprende o que ignora." (Marquês de Maricá: Máximas) Separando por barras (/) as orações desse período, teremos: a) O homem que cala / e ouve / não dissipa o que sabe / e aprende o que ignora . b) O homem / que cala e ouve / não dissipa / o que sabe e aprende / o que ignora. c) O homem que / cala e ouve / não dissipa o que sabe / e aprende o que ignora. d) O homem que cala e ouve / não dissipa o que sabe / e aprende o que ignora. e) O homem / que cala / e ouve / não dissipa o / que sabe / e aprende o / que ignora. 6. "É da história do mundo que (1) as elites nunca introduziram mudanças que(2) favorecessem a sociedade como um todo. Estaríamos nos enganando se achássemos que(3) estas lideranças empresariais teriam motivação para fazer a distribuição de rendas que(4) uma nação equilibrada precisa ter." O vocábulo que se classifica como conjunção integrante e como pronome relativo. Assinale a alternativa correta. a) 1. pronome relativo, 2. conjunção integrante, 3. pronome relativo, 4. conjunção integrante; b) 1. conjunção integrante, 2. pronome relativo, 3. pronome relativo, 4. conjunção integrante c) 1. pronome relativo, 2. pronome relativo, 3. conjunção integrante, 4. conjunção integrante d) 1. conjunção integrante, 2. pronome relativo, 3. conjunção integrante, 4. pronome relativo. e) 1. pronome relativo , 2. conjunção integrante, 3. conjunção integrante, 4. pronome relativo. 7. Assinale o período que contém oração coordenada sindética conclusiva. a) Fiquem calmos, pois o perigo já passou. b) Meu time venceu; está, portanto, classificado. c) Na festa, as pessoas não comiam nem bebiam. d) O atleta esforçou-se, mas não venceu a competição. 8. (CETAP) Somente em uma das estruturas o que é pronome relativo, identifique-a: A) "O que somos mesmo,...". B) "Eu digo que é filho de nossa agitação...". C) "Que pena". D) Lya Luft fala que viramos robôs. E) Fala-se que os deuses são culpados. 9. A alternativa que preenche a lacuna do período “Haveria protestos ______ que o diretor saísse.” para que a segunda oração se classifique em subordinada adverbial temporal é: a) para c) ainda que b) logo d) a menos 10. Observe: 1. “Todo dia o sol levanta, e a gente canta ao sol de todo dia.” 2. “Deve haver alegria dentro do peito ou nas ondas do ar.” 3. “Uma parte de mim pesa, pondera, mas a outra parte delira.” Nos textos acima, as orações coordenadas em destaque classificam-se, respectivamente, em a) aditiva, alternativa, adversativa. b) aditiva, adversativa, alternativa. c) adversativa, alternativa, adversativa. d) adversativa, adversativa, alternativa. 11. Assinale a alternativa em que a oração subordinada adverbial destacada está incorretamente classificada. a) À medida que os convidados chegavam, a festa se animava. (proporcional) b) Ela escreve tão bem quanto fala. (comparativa) c) Só venderei a casa se me ofereceram um bom dinheiro. (condicional) d) Quando você quiser, iremos ao teatro. (causal) 12. Assinale a alternativa em que as conjunções completam, correta e respectivamente, as frases seguintes de acordo com o que se pede entre parênteses. Não quis ir à festa, _______ fiquei sozinha. (conclusão) Você irá comigo ________ ficará em casa? (alternância) Todos deveriam sair, _____ a maioria não quis. (adversidade) a) porém, ora, logo c) contudo, pois, portanto b) portanto, ou, mas d) logo, ou, porquanto 13. (CETAP) Em: “O homem cuja orelha cresceu”, o vocábulo cuja dá ideia de: A) adição. D) posse. B) conclusão. E) tempo. C) lugar. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 108 14. Em “Se eu quiser falar com Deus / Tenho que ficar a sós...”, a conjunção destacada estabelece, entre as ideias relacionadas, o sentido de a) tempo. b) condição. c) conformidade. d) concessão. 15. Em “Ele assistiu ao jogo; sabe, pois, o resultado da partida.”, a oração coordenada sindética destacada classifica-se em a) aditiva. b) conclusiva. c) explicativa. d) adversativa. 16. Marque a alternativa cuja oração em destaque desempenha a mesma função sintática da seguinte oração destacada: “O Brasil é o país onde a natureza é abundante”. a) A natureza no Brasil é tão exuberante que encanta pessoas do mundo inteiro. b) Queremos que haja as mesmas oportunidades para todos. c) Muitas pessoas não conhecem onde fica a sede do governo. d) É desenvolvido o país cujas leis são rigorosamente respeitadas. 17. No texto “Era uma vez um homem tão covarde tão covarde, tão covarde que chegava cedo porque tinha medo de chegar tarde.”, a oração destacada classifica-se como subordinada adverbial a) temporal. b) causal. c) consecutiva. d) concessiva. 18. (CETAP) Em: "Quanto mais compromissados, mais estressados. . .", estabeleceu-se uma relação de: A) adição. B) proporcionalidade. C) causa D) tempo. E) fim. 19. “Isso tem sua lógica, na medida em que essas sociedades se preocupam também com os custos, mas se acostumaram a lidar com dados sobre os quais quase nada é debatido por parte de nossos mandatários da esfera política.” (L.47-50) Assinale a alternativa que poderia substituir a estrutura grifada, sem incorrer em alteração semântica. (A) à proporção que (D) conforme (B) já que (E) ao ponto em que (C) à medida que 20. No enunciado “a população afro-descendente, que ainda vive muito pior que os brancos e mesmo outras minorias”, os elementos destacados classificam-se, respectivamente, como (A) pronome relativo e conjunção integrante. (B) pronome relativo e conjunção comparativa. (C) conjunção integrante e conjunção comparativa. (D) conjunção integrante e conjunção consecutiva. 21. (CETAP) Em: "Creio que foi Manuel Bandeira", o termo em negrito é: A) preposição. B) pronome relativo. C) pronome interrogativo. D) conjunção integrante. E) interjeição. 22. (CETAP) Pode-se substituir em: “Sou, portanto, um menino excluído”, o termo “portanto” pelo que consta na seguinte alternativa: A) por conseguinte. B) mas. C) no entanto. D) em vez disso. E) aliás. Gabarito 1. Classifique as orações: a) (oração subordinada adverbial final) b) (oração subordinada adverbial temporal) c) (oração subordinada adverbial consecutiva) d) (oração subordinada adverbial concessiva) e) (oração subordinada adverbial causal) f) (oração subordinada adverbial condicional) g) (oração subordinada adverbial conformativa) h) (oração subordinada adverbial comparativa)i) (oração subordinada adverbial proporcional) j) (oração subordinada adverbial causal) 2. 3-2-1-1-3, 3. 2-4-3-5-1, 4. 2-1-3-1-4-1, 5.E, 6.D, 7.B, 8.A, 9.B, 10.A, 11.D, 12.B, 13.D, 14.B, 15.B, 16.D, 17.C, 18.B, 19.B, 20.B, 21.D, 22.A. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 109 12. PONTUAÇÃO Observação: Não se admite, no interior de orações, o uso da vírgula para separar o sujeito do predicado verbal, o verbo do seu complemento, o núcleo substantivo de um adjunto adnominal ou de um complemento nominal. Usa-se a vírgula no interior de orações para: 1. separar termos coordenados, que compõem uma enumeração, termos com mesma função sintática. Tivera pai, mãe, marido, dois filhos. Todos tinham morrido. Nota: Não se deve usar vírgula, no entanto, se constituintes sintáticos idênticos vêm relacionados pelas conjunções "e", "nem" e "ou" (a menos que essas conjunções estejam repetidas). 2. isolar o aposto. Vitória, capital do Espírito Santo, é uma ilha. 3. isolar o vocativo. Saci, Seu Pedrinho, é uma coisa que eu juro que existe. 4. indicar adjunto adverbial deslocado. No Brasil, os corruptos ficam soltos. 5. indicar que complementos nominais ou verbais foram deslocados para o início da oração. De sua terra natal, ele sente saudades. 6. Indicar predicativo do sujeito deslocado (antes do verbo) Cansado, o homem seguia sua jornada. 7. indicar conjunções intercaladas: A ferida foi tratada. É preciso, porém, cuidar dela. 8. isolar nomes de lugares, quando se transcrevem datas. Campinas, 18 de dezembro de 1997. 9. intercalar expressões explicativas, como "em suma", "isto é", "ou seja", "vale dizer", "a propósito". Viajarei amanhã, ou seja, domingo. 10. indicar que uma palavra foi suprimida (elipse/zeugma). A terra é redonda; meu pai, quadrado. (A vírgula está indicando a supressão do verbo "é".) PONTUAÇÃO ENTRE ORAÇÕES Usa-se a vírgula entre orações para: 5. separar oração subordinada substantiva (=ISSO) apositiva da oração principal. Maria só quer uma coisa: que você volte logo. 6. separar a oração subordinada adverbial deslocada (antes ou no meio da principal); Caso a subordinada adverbial venha depois da principal, a virgula será facultativa. Logo que o filho nasceu, o pai correu para a maternidade. O pai correu para a maternidade(,) logo que o filho nasceu. 7. separar a oração subordinada adjetiva explicativa da oração principal. As frutas, que estavam maduras, caíram no chão. 8. separar orações coordenadas assindéticas. Cheguei, peguei o livro, voltei correndo para o colégio. 9. separar orações coordenadas sindéticas. Há os que se esforçam muito, porém nunca são premiados. Observação: Não se usa a vírgula para separar orações coordenadas sindéticas ligadas pela conjunção e, exceto quando os sujeitos forem diferentes ou quando essa conjunção aparecer repetida: Elas sairão de férias, e eu tomarei conta da casa. "Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua." Olavo Bilac 10. para separar orações intercaladas. E o ladrão, perguntei eu, foi condenado ou não? Outros sinais de pontuação 11. ponto-e-vírgula - Emprega-se principalmente para: separar partes de períodos que já apresentam divisões assinaladas por vírgulas. A terra é redonda; meu pai, quadrado. separar os itens de enunciados enumerativos. Compramos três filhotes: o primeiro, macho, de capa preta; o segundo, também macho, predominantemente marrom; o terceiro, uma fêmea, brincalhona e de olhinhos carentes. separar orações coordenadas extensas. Cheguei a supor que fosse uma cilada; mas adverti logo que havia outros meios de capturar-me. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 110 12. Dois-pontos - Usam-se os dois-pontos: antes de uma citação ou fala de alguém. Disse-me: "A senhora gosta de uma pessoa...". para indicar o início de uma enumeração. Há três modos de enriquecer com facilidade: herdando uma fortuna, ganhando na loteria, ou casando-se com um rico! para introduzir um esclarecimento ou explicação a respeito de algo previamente mencionado. Só quero uma coisa: paz 13. Aspas - As aspas costumam ser utilizadas para: indicar uma citação. Celso Luft afirma que "pontuar bem é ter visão clara da estrutura do pensamento e da frase.” indicar estrangeirismos, neologismos, gírias. Tem gente que passa horas e horas "surfando" na Internet. indicar ironia. Hoje o Ricardo, aquele "gênio", interrompeu várias vezes a aula com mais um de seus comentários absurdos. 14. Reticências - as reticências são empregadas para: indicar hesitação, interrupção, a suspensão de um pensamento que fica a cargo de o leitor completar. Se forem capazes de adivinhar qual foi minha ideia... indicar que determinado trecho de um texto citado foi suprimido. Nesse caso, as reticências devem vir entre parênteses. Veja o exemplo: A língua compreende uma organização de sons vocais específicos, ou fonemas (... ), com que se constroem as formas linguísticas. J. M. Camara Jr. Dicionário de Linguística e Gramática 15. Parênteses- utilizam-se os parênteses para intercalar observações, explicações ou comentários acessórios. Era um restaurante francês (tão francês que ficava na França) e perto da nossa mesa almoçava, sozinho, um homem ruivo. Luís Fernando Veríssimo 16. Travessão - o travessão é utilizado: para indicar o discurso direto. O Que Dizem - Você sabe como funciona um computador? - Em tese, sei. - Verdade? - Não. Na verdade, não sei nem como funciona televisão. Luís Fernando Veríssimo para isolar palavras ou enunciados intercalados. Nesse caso, usa-se o travessão duplo. Naquele dia - uma segunda-feira do mês de maio, deixei-me estar alguns instantes na Rua da Princesa, a ver onde iria brincar a manhã. EXERCÍCIOS 1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta erro de pontuação: a) Sem reforma social, as desigualdades entre as cidades brasileiras, crescerão sempre... b) No Brasil, a diferença social é motivo de constante preocupação. c) O candidato que chegou atrasado fez um ótimo teste no IBGE. d) Tenho esperanças, pois a situação econômica não demora a mudar. e) Ainda não houve tempo, mas, em breve, as providências serão tomadas. 2. (TTN) Das redações abaixo, assinale a que não está pontuada corretamente: a) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o resultado do concurso. b) Em fila, os candidatos, aguardavam, ansiosos, o resultado do concurso. c) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o resultado do concurso. d) Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado do concurso, em fila. e) Os candidatos aguardavam ansiosos, em fila, o resultado do concurso. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 111 3. Assinale a alternativa com pontuação correta: a) Hoje, eu daria o mesmo conselho, menos doutrina e, mais análise. b) Hoje eu daria o mesmo conselho: menos doutrina e mais análise. c) Hoje, eu, daria o mesmo conselho, menos doutrina e mais análise. d) Hoje eu daria o mesmo conselho menos doutrina e mais análise. e) Hoje eu, daria o mesmo conselho: menos doutrina, e, mais análise. 4. Assinale a alternativa com pontuação correta: a) Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. b) Cada qual, tem o ar que Deus, lhe deu. c) Cada qual, tem o ar, que Deus lhe deu. d) Cada qual tem o ar, que Deus, lhe deu. e) Cada qual tem, o ar que Deus lhe deu. 5. A pontuação está correta em: a) É esta creio eu, a fita que por motivos políticos, foi censurada. b) É esta, creio eu, a fita, que por motivos políticos, foi censurada. c) É esta creio eu, a fita, que, por motivos políticos, foi censurada. d) É esta, creio eu, a fita que, por motivos políticos, foi censurada. e) É esta, creio eu, a fita que, pormotivos políticos foi censurada. 6. Há erro, por falta ou uso indevido de vírgula, em: a) Teus feitos, grande e imortal Ayrton Senna, jamais serão esquecidos. b) Um cientista moderno chegou à conclusão de que a vida, na Terra existe por um triz. c) A mulher aceita o homem por amor ao casamento, e o homem aceita o casamento por amor à mulher. d) Vencemos; não fique, pois, tão triste. e) Estou convencido de que a disparada da inflação guarda relação com a perda de confiança da sociedade nos governantes e nas instituições. 7. Considere o texto seguinte e as afirmações subsequentes: "Noel Rosa, não sei por que razão, evitava o ponto do samba — o Café Nice — e preferia a Lapa, onde vivia o pessoal da madrugada." I- Na frase, os travessões poderiam ser substituídos por vírgulas ou parênteses, sem prejuízo contextual da mesma. II- Os travessões desempenham aqui a mesma função que exercem num diálogo escrito. III- No caso específico desta frase, os travessões poderiam ser simplesmente abolidos, sem que isso resultasse em erro. Quais estão corretas? a) Apenas I. d) Apenas II o III. b) Apenas II. e) I, II o III. c) Apenas I e III. 8. Assinale a alternativa em que falta um sinal de pontuação. a) Aquela mãe só se preocupa com uma coisa: o futuro dos filhos. b) Ela só gostava de autores antigos, tais como: Mozart, Chopin e Verdi. c) Castro Alves (lamentavelmente, viveu pouco) é o criador imortal dos poemas "Navio Negreiro" e "Vozes da África". d) Da sacada, descortinava-se tudo o rio, a montanha e o vale. e) Não, amigo meu — eu conheço meus amigos — não faria isso. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 112 9. Assinale a alternativa em que o período está incorretamente pontuado. a) Juliane, no início da tarde de ontem, encontrou, sua velha amiga. b) Juliane, ontem, encontrou sua velha amiga e conversaram bastante. c) Juliane encontrou sua velha amiga; não conseguiu, porém, conversar com ela. d) Juliane, moça simples e educada, encontrou ontem sua velha amiga. 10. Observe: “Alguns jovens trabalham, estudam; outros, entretanto, só vivem à custa dos pais.”. A frase acima poderia ser redigida de modo diferente, sem desobedecer à regra da pontuação em: a) Alguns jovens, trabalham. Estudam. Outros, entretanto, só vivem à custa dos pais. b) Alguns jovens trabalham, estudam. Outros entretanto só vivem à custa dos pais. c) Alguns jovens trabalham estudam. Outros, entretanto, só vivem à custa dos pais. d) Alguns jovens trabalham, estudam. Outros, entretanto, só vivem à custa dos pais. 11. Coloque V (verdadeiro) e F (falso) para as afirmações feitas quanto às frases abaixo, utilizadas em duas propagandas de duas marcas de cervejas nacionais. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. I. “Desce redondo.” II. “Desce, redondo.” ( ) Em I, redondo imprime uma circunstância de modo ao verbo, e não é necessário o uso da vírgula nesse caso. ( ) Em II, a presença da vírgula permite que se classifique redondo como vocativo. ( ) Em II, redondo é sujeito posposto ao verbo, por isso deve vir separado por vírgula. a) V - F - F c) V -V - F b) F - V - V d) F - F – V 12. (cesgranrio) Assinale a opção que apresenta mudança de pontuação adequada para o início do primeiro parágrafo do texto. (A) O livro Moda & Guerra de Dominique Veillon, traz uma análise da vida cotidiana, especificamente dos hábitos de vestimenta na França, durante a Segunda Guerra Mundial. (B) O livro Moda & Guerra, de Dominique Veillon, traz uma análise da vida cotidiana, especificamente dos hábitos de vestimenta, na França, durante a Segunda Guerra Mundial. (C) O livro Moda & Guerra, de Dominique Veillon traz uma análise da vida cotidiana. Especificamente, dos hábitos de vestimenta na França durante a Segunda Guerra Mundial. (D) O livro Moda & Guerra, de Dominique Veillon, traz uma análise, da vida cotidiana, especificamente dos hábitos de vestimenta, na França durante a Segunda Guerra Mundial. (E) O livro Moda & Guerra de Dominique Veillon, traz uma análise da vida cotidiana, especificamente dos hábitos de vestimenta na França durante a Segunda Guerra Mundial. 13. Assinale a opção em que foram corretamente empregados os sinais de pontuação, sem prejuízo da informação original contida no seguinte trecho do texto: “Surpreso, o garoto procura o lugar de onde vem o comando” (l.5-6). A O garoto surpreso procura o lugar de onde vem o comando. B O garoto, surpreso, procura o lugar de onde vem o comando. C O garoto procura surpreso, o lugar de onde vem o comando. D O garoto procura o lugar, surpreso de onde vem o comando. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 113 14. “A zeugma consiste na supressão de um termo já expresso anteriormente e deve ser assinalada por vírgula.” William Roberto Cereja Pode-se afirmar que ocorre um desrespeito à regra antes transcrita em: A) “Não, não aguento mais.” B) “Minha amiga, você é vítima de uma crença absurda.” C) “... – replicou a outra, enquanto descobria mais uma minhoca gorda na terra úmida.” D) “ – Uééé ! – fez a outra, entre pensativa e incrédula.” E) “Uma era empírica-analítica, a outra intuitiva- metafísica.” 15. As abelhas são 3 mil; borboletas e lagartas, 1.800. Em uma única árvore da Amazônia já foram encontradas 95 espécies de formigas – 10 a menos do que em toda a Alemanha. (2o parágrafo) Considere as afirmativas seguintes sobre os sinais de pontuação empregados no segmento transcrito. I. O ponto-e-vírgula pode ser substituído por dois- pontos, sem alteração do sentido original. II. A vírgula assinala a ausência do verbo na frase, cuja repetição é desnecessária, por ser o mesmo da frase anterior. III. Uma vírgula pode ser empregada em substituição ao travessão, sem alterar o sentido original. Está correto o que se afirma em (A) I, apenas. (C) I e II, apenas. (B) III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. 16. Está correto o emprego do ponto-e-vírgula em: a) Solteiro, foi um menino turbulento; casado, era um moço alegre; viúvo, tornara-se um macambúzio. b) Solteiro; foi um menino turbulento, casado; era um moço alegre, viúvo; tornara-se um macambúzio. c) Solteiro, foi um menino; turbulento, casado; era um moço alegre viúvo, tornara-se um macambúzio. d) Solteiro foi um menino turbulento, casado era um moço alegre, viúvo; tornara-se um macambúzio. e) Solteiro, foi um menino turbulento, casado; era um moço alegre, viúvo; tornara-se um macambúzio. 17. I Os alunos que chegaram atrasados não fizeram a prova. Os alunos, que chegaram atrasados, não fizeram a prova. II Hoje sairei mais tarde, disse-me o vendedor, porque preciso terminar o gráfico. Hoje sairei mais tarde - disse-me o vendedor - porque preciso terminar um gráfico. III O rapaz comprou o relógio; não poderia, porém, pagá-lo à vista. O rapaz comprou o relógio, mas não poderia pagá- lo à vista. Observe o emprego dos sinais de pontuação nos conjuntos acima. É correto afirmar que há alteração de sentido a) em I. b) em III. c) em II e III. d) em II. e) em I e III. 18. (AOCP) Em “Se passasse para 21, cairia 12%”, a vírgula foi empregada para separar (A) aposto. (B) orações coordenadas. (C) oração adverbial e oração principal. (D) termos de mesmo valor sintático. (E) data. Gabarito: 1.A, 2.B, 3.B, 4.A, 5.D, 6.B, 7.A, 8.D, 9.A, 10.D, 11.C, 12.B, 13.B 14.E, 15.D, 16.A, 17.A, 18.C. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 114 13. FUNÇÕES DO “QUÊ” E DO “SE” FUNÇÕES DO “QUÊ” 1. SUBSTANTIVO: antecedido por artigo, pronome adjetivo ou numeral, é sempre acentuada (quê). Ex. A decisão do tribunal teve um quê de corrupção. 2. PRONOME ADJETIVO: aparece antes de substantivos,apenas modificando-o . Ex. Que mulher linda!! 3. ADVÉRBIO: intensifica adjetivos e advérbios. Pode ser substituído por quão ou muito; é usado em frases exclamativas. Ex. Que linda essa garota! 4. PREPOSIÇÃO: equivale à preposição de em locuções verbais que tenham, como auxiliares, ter ou haver. Ex. Temos que estudar bastante. Tive que trazer tudo. 5. INTERJEIÇÃO: exprime emoção, estado de espírito; é sempre exclamativa e acentuada (quê). Ex. Quê?! Você não viajou?? 6. PARTÍCULA EXPLETIVA OU DE REALCE: empregado para realce ou ênfase; sua retirada não altera o sentido da frase. Pode ser usado com o verbo ser, na locução é que. Ex. Nós é que precisamos de ajuda. Eles que o procuraram. 7. PRONOME INTERROGATIVO: empregado em frases interrogativas. Ex. Vocês farão o quê? 8. PRONOME INDEFINIDO: aparece antes de substantivos em frases geralmente exclamativas. Pode ser substituído por quanto(s), quanta(s). Ex. Que sujeira!! 9. PRONOME RELATIVO: aparece após substantivos, podendo ser substituído por o(a) qual, os(as) quais. Ex. É belíssima a garota que (= a qual) me apresentaste. 10. CONJUNÇÃO COORDENATIVA ADITIVA: inicia oração coordenada sindética aditiva; (=e). Ex. Estudava que estudava, mas não assimilava a matéria. 11. CONJUNÇÃO COORDENATIVA EXPLICATIVA: inicia oração coordenada sindética explicativa. (=pois ou porque) Ex. Venha até aqui, que precisamos conversar. 12. CONJUNÇÃO COORDENATIVA ADVERSATIVA: inicia oração coordenada sindética adversativa. Indica oposição, ressalva, apresentando valor equivalente a mas. Ex. Outra pessoa, que não eu, deveria cumprir essa tarefa. 13. CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA INTEGRANTE: inicia oração subordinada substantiva (=ISSO). Ex. Julgo que sua ascensão foi rápida. Julgo ISSO 14. CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA CONSECUTIVA: inicia oração subordinada adverbial consecutiva; aparece, em geral, nas expressões tão... que, tanto... que, tamanho... que e tal... que. Ex. Esforçou-se tanto, que desmaiou. 15. CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA COMPARATIVA: inicia oração subordinada adverbial comparativa; aparece nas expressões mais... que, menos... que. Ex. Ele é mais chato que o tio. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 115 FUNÇÕES DO SE 1. CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA CONDICIONAL (= CASO) Se não chover, partiremos à tarde. 2. CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA INTEGRANTE (ORAÇÃO=ISSO) Ninguém sabe se ele venceu a partida 3. PRONOME REFLEXIVO (=A SI MESMO) Sujeito pratica e sofre a ação O lenhador machucou-se com a foice. (=machucou a si mesmo) 4. PRONOME REFLEXIVO RECÍPROCO (= UM AO OUTRO) Ação mútua Pai e filho abraçaram-se emocionados. (=abraçaram um ao outro) 5. PARTE INTEGRANTE DO VERBO Com verbos pronominais. Arrepender-se, apaixonar- se, referir-se, suicidar-se. Os atletas queixaram-se do tratamento recebido. 6. PARTÍCULA EXPLETIVA (OU DE REALCE) Usada para enfatizar a ação verbal. com V.I.: ir-se. Lá se vai mais um caminhão de verduras. 7. PRONOME APASSIVADOR (VTD + SE) Usado para indicar que o sujeito recebe a ação verbal. A frase pode passar para a voz passiva analítica . Reformam-se móveis. = (Móveis são reformados) 8. ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO Indetermina o sujeito da oração. Esse tipo de oração não admite a passagem para a voz passiva analítica e o verbo estará sempre na 3ª pessoa do singular. Vive-se bem naquele país. Precisava-se de mais funcionários. EXERCÍCIOS 01. Classifique as funções do SE: a) Maria não disse se você viria b) Maria viria se você viesse. c) Mário se suicidou. d) Mário se matou. e) Os deputados se ofenderam. f) Lá se vai o caminhão. g) Aprendeu-se a matéria. h) Trata-se de questões complicadas. 02. O SE não é conjunção subordinativa integrante: a) “ Se subiu, ninguém sabe, ninguém viu” b) Ela se feria de propósito c) Se vai ou fica, todos querem saber d) Saberia me dizer se ela já se foi e) Perguntaram-me se sabíamos ler 03. “Bem desventurado seria ele, se tivesse que ganhar o pão com o que aprendera nos cursinhos”: a) pronome pessoal oblíquo b) conjunção condicional c) pronome relativo d) objeto direto e) objeto indireto 04. Assinale a frase na qual o se não é pronome apassivador nem índice de indeterminação do sujeito: a) Estudou-se o assunto b) Ela se cortou ontem c) Falou-se muito sobre aquela festa d) Aos inimigos não se perdoa 05. Aponte a alternativa na qual o “se” é índice de indeterminação do sujeito. a) Trabalha-se dia e noite b) Pedro atirou-se no trabalho c) Maria se faz de boba d) Todos se julgam espertos e) Consertam-se relógios digitais Gabarito: 1. a) 2, b) 1, c) 5, d) 3, e) 4 f) 6, g) 7, h) 8; 2.B, 3.B, 4.B, 5.A PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 116 14. FONÉTICA E FONOLOGIA Informações básicas: A base da sílaba é a vogal, ou seja, não há sílaba sem vogal, nem com mais de uma. Ditongo: é o encontro de uma vogal e de uma semivogal ou vice-versa na mesma sílaba. Os ditongos podem ser: orais ou nasais, crescentes ou decrescentes. Ditongos orais: quando a vogal e a semivogal são orais. Exemplo: pai - fui - partiu Ditongos nasais: quando a vogal e a semivogal são nasais. Exemplo: mãe - muito - quando Ditongos crescentes: quando constituído por uma semivogal e uma vogal na mesma sílaba, isto é, quando a semivogal antecede a vogal. Exemplo: lírio - história Ditongos decrescentes: quando formados por uma vogal e uma semivogal, isto é, a vogal antecede a semivogal. Exemplo: pai - mau Tritongos: é o encontro de uma vogal entre duas semivogais na mesma sílaba. Tritongos orais: quais - averiguei - enxaguei Tritongos nasais: enxáguam - saguão - deságuem Hiatos: é o encontro de duas vogais em sílabas diferentes: Exemplo: voo (vo - o) - saúde (sa - ú - de) ENCONTRO CONSONANTAL É o encontro de duas ou mais consoantes na mesma sílaba ou em sílabas diferentes Exemplo: su-bli-me DÍGRAFO É o grupo de duas letras que representam um só fonema. Os dígrafos podem ser consonantais ou vocálicos. Dígrafos consonantais: CH, LH, NH, RR, SS, SC, SÇ. XC, XS, QU, GU. Dígrafos vocálicos: AM ou AN, EM ou EN, IM ou IN, OM ou ON, UM ou UN. EXERCÍCIOS 1. As palavras “quilômetros”, “corrente” e “quando” apresentam, respectivamente, quantos fonemas? (A) dez, seis, cinco. (B) dez, sete, seis. (C) dez, sete, cinco. (D) onze, sete, seis. (E) onze, oito, seis. 2. Assinale a alternativa cujas palavras apresentam dígrafos vocálicos. (A) Pessoas, empreendimento, água. (B) Previdência, corrente, equipamentos. (C) Europeia, água, hidrogênio. (D) Europeia, Previdência, hidrogênio. (E) água, europeia, hidrogênio. 3. No excerto “[...] decidimos que o bom rendimento escolar da criança é pré-requisito fundamental para um futuro profissional promissor”, é correto afirmar que a palavra destacada (A) apresenta um encontro consonantal e um dígrafo. (B) apresenta dois encontros consonantais. (C) apresenta dois dígrafos. (D) apresenta a seguinte separação silábica, pro/ mi/ssor. (E) pertence a uma classe de palavras invariáveis 4. Assinale a alternativa em que as palavras apresentam, respectivamente, dígrafo, encontro vocálico e encontro consonantal. (A) Nessa, leite, provoca. (B) Explica, esse, pais. (C) Dentista, acrescenta, leite. (D) Provoca, leite, nessa. (E) Leite, nessa, pais. 5. Assinale a alternativa correta referente aos encontros das letras e dos sons que ocorrem na língua portuguesa. (A) Na palavra “pesquisa” há, respectivamente, um encontro consonantal e um ditongo. (B) Em “crescente” há, respectivamente, três encontros consonantais: “cr”, “sc” e “nt”. (C) Há dígrafo na palavra “negro”. (D) Há dígrafo na palavra“empreender”. (E) Há dígrafo na palavra “igualdade”. Gabarito: 1.A, 2.B, 3.A, 4.A, 5.D. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 117 DIVISÃO SILÁBICA Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as seguintes normas: a) Não se separam os ditongos e tritongos. Exemplos: foi-ce, a-ve-ri-guou b) Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. Exemplos: cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa c) Não se separam os encontros consonantais que iniciam sílaba. Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co d) Separam-se as vogais dos hiatos. Exemplos: ca-a-tin-ga, fi-el, sa-ú-de e) Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc. Exemplos: car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex- ce-len-te f) Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas, excetuando-se aqueles em que a segunda consoante é l ou r. Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-brir, a-pli-car Translineação Translineação é a mudança, na escrita, de uma linha para outra, ficando parte da palavra no final da linha superior e parte no início da linha inferior. Regras para a translineação: a) Não se deve deixar apenas uma letra pertencente a uma palavra no início ou no final de linha. Por exemplo: em translineações são inadequadas as separações: "pesso-a", "a-í", samambai-a", "a-meixa", "e-tíope", "ortografi-a". b) Não se deve, em final ou início de linha, quando a separação for efetuada, deixar formar-se palavra estranha ao contexto. Por exemplo: em translineações são inadequadas as separações: "presi-dente", "samam- baia", "quero-sene", "fa-lavam", "para-guaia". c) Na translineação de palavras com hífen, se a partição coincide com o fim de um dos elementos, não se deve repetir o hífen na linha seguinte. Por exemplo: pombo- e não pombo- correio -correio. Mas há autores que consideram as duas formas acima como corretas. Exercícios 1) Assinale a alternativa em que há erro de separação silábica: a) joi-a, co-mé-dia, cres-ce-mos b) de-sa-jus-ta-do, sa-guão, sec-ção c) mne-mô-ni-ca, trans-al-pi-no, ra-i-nha d) su-pers-ti-ção, e-gíp-cio, res-sur-gir e) su-ben-ten-der, gra-tui-to, ab-di-ca-ção 2) A alternativa em que há um erro de divisão silábica: a) cai-ar, joi-a, gló-ria b) Sa-a-ra, tê-nue, á-gua c) sé-rie, ma-io, bi-sa-vô d) co-lap-so, par-tiu, fri-ís-si-mo e) sub-le-var, subs-cre-ver, pror-ro-gar 3) A alternativa em que há um erro de divisão silábicaé: a) in-te-rur-ba-no, su-bes-ti-mar b) lí-rio, subs-tân-cia, c) a-lhe-io, ex-ce-ção d) du-as, tê-nue e) cor-re-ri-a, só-bria 4) A alternativa em que há um erro de divisão silábica é: a) en-sai-ar, al-ca-tei-a, ví-treo b) an-ta, prê-mio, tá-bua c) lap-so, frei-o, su-pe-ra-ti-vo d) sub-ins-pe-tor, sub-de-le-gar e) re-crei-o, fri-o, áu-rea 5) A separação das palavras subinspetor, abscissa, fortuito e sublinhar está correta em : a) sub-ins-pe-tor, abs-cis-sa, for-tui-to, su-bli-nhar b) su-bins-pe-tor, abs-cis-sa, for-tui-to, sub-li- nhar c) sub-ins-pe-tor, ab-scis-sa, for-tui-to, su-bli- nhar d) su-bins-pe-tor, abs-cis-sa, for-tui-to, su-bli-nhar e) su-bins-pe-tor, abs-ci-ssa, for-tu-i-to, sub-li-nhar PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 118 6) Indique a alternativa em que há erro de partição silábica: a) a-do-les-cen-te, p-neu-má-ti-co, ab-di-car b) ét-ni-co, ra-iz, ins-cre-ver, c) pers-pi-caz, fri-ís-si-mo, tran-sa-ma-zô-nia d) bis-ne-to, in-te-res-ta-du-al e) rai-as, ar-roi-os, ca-iu 7) Assinale a alternativa correta: a) trans-a-tlân-ti-co, fi-el, sub-ro-gar b) bis-a-vô, du-e-lo, fo-ga-réu c) sub-lin-gual, bis-ne-to, de-ses-pe-rar d) des-li-gar, sub-ju-gar, sub-scre-ver e) cis-an-di-no, es-pé-cie, a-teu 8) Assinale a opção em que a divisão de sílaba não está corretamente feita: a) a-bai-xa-do b) si-me-tria c) es-fi-a-pa-da d) ba-i-nhas e) ca-a-tin-ga 9) Aponte o único conjunto onde há erro de divisão silábica: a) flui-do, sa-guão, dig-no b) cir-cuns-cre-ver, trans-cen-den-tal, tran-sal-pi-no c) con-vic-ção, tung-stê-nio, rit-mo d) ins-tru-ir, an-te-pas-sa-do, se-cre-ta-ri-a e) co-o-pe-rar, dis-tân-cia, bi-sa-vô 10) Assinalar a alternativa em que todas as palavras estão separadas corretamente: a) Mas-si-nis-sa, i-gu-al, miú-da b) Cons-truir, igual, cri-ei c) Cri-ei, as-pec-to, mi-ú-da d) Me-da-lhões, pás-sa-ros, es-ta-çõ-es 11) De acordo com a separação silábica, qual o grupo de palavras abaixo que está totalmente correto? a) as-as-ssi-na-da, chei-ro, ma-de-i-ra b) pers-pi-caz, felds-pa-to, des-cer c) avi-so, mi-nha, in-fân-cia d) per-spi-caz, em-pa-pa-da, pa-i-nei-ra e) extra-or-di-ná-rio, ve-lha, fel-ds-pa-to 12) Dadas as palavras: 1) Dis-en-te-ri-a 2) Trans-por-te 3) Sub-es-ti-mar constatamos que a separação silábica está certa: a) apenas em 1. b) apenas em 2. c) apenas em 3. d) em todas as palavras. e) em duas palavras. 13) Assinale a alternativa em que a palavra não tem suas sílabas separadas corretamente: a) ni-i-lis-mo b) oc-ci-pi-tal c) in-te-lec-ção d) se-cre-ta-ria e) côns-cio 14) A letra em que todas as palavras apresentam separação silábica correta é: a) ex-ci-tar, me-ia, trans-por-te b) rit-mo, am-bí-guo, ex-ce-len-te c) pro-fes-sor, ins-tru-ção, a-vi-ã-o d) dig-no, cre-sci-men-to, eu-ro-pe-u e) ab-rup-to, sub-li-nhar, sub-li-me 15) Aponte onde há erro de divisão silábica: a) cir-cui-to, sa-guão, dig-ni-da-de. b) cir-cuns-pec-to, trans-cen-der, dis-tan-ci-ar. c) con-vic-to, tungs-tê-nio, rit-mo d) ins-tru-í-do, pas-sa-ri-nho, ar-ma-ri-a. e) co-o-pe-ra-ti-va, , trans-al-pi-no, bi-sa-vô. 16) Assinale a sequência em que todas as palavras estão partidas corretamente: a) trans-a-tlân-ti-co, fi-el, sub-ro-gar b) bis-a-vô, du-e-lo, fo-ga-réu c) sub-lin-gual, bis-ne-to, de-ses-pe-rar d) des-li-gar, sub-ju-gar, sub-scre-ver e) cis-an-di-no, es-pé-cie, a-teu. 17) Assinale a letra certa, quanto à divisão silábica: a) assa-ssi-na-do c) caó-ti-co b) a-brup-to d) fi-lo-so-fi-a e) si-gno Gabarito: 1.C, 2.C, 3.C, 4.D, 5.B, 6.A, 7.C, 8.B, 9.C, 10.C, 11.B, 12.B, 13.D, 14.B, 15.E, 16.C, 17.D. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 119 15. FORMAÇÃO DE PALAVRAS As palavras podem ser divididas em vários segmentos. Gat-o gat-a gat-inh-o gat-inh-a-s MORFEMAS: são unidades mínimas significativas. a) Radical – é o elemento estrutural básico da palavra, que contém seu significado e não apresenta variação. Livro, livreiro, livraria, livresco As palavras que possuem um mesmo radical chamam-se palavras cognatas. b) Afixos (=não-fixos) juntam-se ao radical, formando novas palavras. Antes do radical: prefixo; depois: sufixo. des união, ole oso, in solú vel prefixo sufixo prefixo sufixo c) Desinências indicam as flexões dos nomes e dos verbos. As desinências nominais caracterizam as variações de gênero (masc. E fem.) e número (s/p) dos nomes. moç a / s radical desinência desinência de gênero de número As desinências verbais indicam as variações de pessoa (1ª, 2ª e 3ª), de número (s/p), de tempo (presente, passado e futuro) e de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo) dos verbos. lut á 119ique- radical desinência desinência modo-temporal número-pessoal (pretérito imp. Indicativo) (1ª pessoa plural) d) Vogal temática vem após o radical, indicando a qual conjugação pertence o verbo. Lutávamos a 1ª conjugação vence e 2ª conjugação mentimos i 3ª conjugação Nem sempre essa vogal aparece (palavras atemáticas). Observe: and o beb ia divid o radicaldesinência radical desinência radical desinência Existem, também, as vogais temáticas nominais, que formam os temas nominais, todos com –a, -e, -o átonos finais. Observe: cam a brev e sust o radical vogal radical vogal radical vogal temática temática temática e) tema é a união do radical com a vogal temática. Não havendo vogal temática, o tema coincidirá com o radical. Pedr a - pedra vend e mos – vende radical vogal tema radical vogal tema temática temática nominal nominal f) vogais e consoantes de ligação unem dois elementos mórficos, para desfazer sons desagradáveis e facilitar a pronúncia. Não são morfemas, pois não possuem significado algum. gasômetro horticultor vogal de ligação vogal de ligação PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS As palavras são formadas por meio de dois processos básicos: derivação e composição. 1. Derivação Por esse processo forma-se uma nova palavra (derivada), a partir de uma palavra já existente (primitiva), acrescentando-se prefixo e/ou sufixo. Veja os tipos de derivação que podem ocorrer: a) derivação prefixal (ou prefixação) Acrescenta-se um prefixo a uma palavra primitiva ou a um radical. pós-graduação coordenação manter prefixo prefixo prefixo b) derivação sufixal (ou sufixação) Acréscimo de um sufixo ao radical ou a uma palavra primitiva. Universidade horário amável sufixo sufixo sufixo c) derivação parassintética (ou parassíntese) Acréscimo simultâneo de um prefixo e de um sufixo a um mesmo radical. Nesse processo, se tirarmos o prefixo ou o sufixo, não restará uma palavra com sentido completo. a manh ecer em pobr ecer a froux ar prefixo sufixo prefixo sufixo prefixo sufixo PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 120 d) derivação prefixal e sufixal Acrescenta-se um prefixo e um sufixo a um mesmo radical, sem que isso ocorra ao mesmo tempo, ou seja, sem o prefixo ou sem o sufixo, a palavra já tem sentido completo. Envolvido ocupado des envolv ido des ocup ado prefixo sufixo prefixo sufixo e) derivação regressiva Supressão de elementos de uma palavra primitiva. Também chamada derivação deverbal, pois se substitui a terminação de um verbo por uma das vogais temáticas nominais –a, -e ou –o, dando origem a substantivos deverbais ou nomes de ação. Ocorre a partir de verbos que expressam ação. Verbos derivados regressivos comprar compra resgatar resgate debater debate Atenção Se o nome representa objeto ou substância e não exprime ação, então ele será a palavra primitiva e o verbo será a palavra derivada. Fumo fumar (derivada) alimento alimentar (derivada) f) derivação imprópria Esse processo se realiza quando a palavra passa a representar (ter o valor de) outra classe gramatical, que não aquela a que pertence, sem que se altere a sua forma. Alguns brasileiros recebem um salário-família substantivo com função de adjetivo 2. Composição Por meio desse processo se unem duas ou mais palavras ou radicais, para a formação de uma palavra composta, com nova significação. Há dois tipos: a) composição por justaposição As palavras juntam-se sem nenhuma alteração fonética e gráfica, ou seja, não mudam na pronúncia nem na escrita, podendo ser ligadas, ou não, por hífen. Cavalo-marinho paramédico pé-de-atleta girassol bumba-meu-boi b) composição por aglutinação As palavras fundem-se, com alteração ou perda de alguns de seus elementos fonéticos. Pontiagudo (ponte + agudo) embora (em + boa + hora) Hibridismo É a formação de novas palavras a partir da união de radicais de idiomas diferentes. Por exemplo: automóvel, sociologia, sambódromo, burocracia. Onomatopeia Consiste em criar palavras, tentando imitar sons da natureza. Por exemplo: zunzum, cricri, Tique-taque, pingue-pongue. Abreviação Vocabular Consiste na eliminação de um segmento da palavra, a fim de se obter uma forma mais curta. Por exemplo: de extraordinário forma-se extra; de telefone, fone; de fotografia, foto; de cinematografia, cinema ou cine. Siglas As siglas são formadas pela combinação das letras iniciais de uma sequência de palavras que constitui um nome: Por exemplo: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística); IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano). Neologismo semântico Forma-se uma palavra por neologismo semântico, quando se dá um novo significado, somado ao que já existe. Por exemplo, a palavra legal significa dentro da lei; a esse significado somamos outro: pessoa boa, pessoa legal. Empréstimo linguístico É o aportuguesamento de palavras estrangeiras; se a grafia da palavra não se modifica, ela deve ser escrita entre aspas. Por exemplo: estresse, estande, futebol, bife, “show”, xampu, “shopping center”. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 121 EXERCÍCIOS 1- Tendo em vista o processo de formação de palavra, todos os vocábulos abaixo são parassintéticos, exceto: a) entardecer; b) despedaçar; c) emudecer; d) esfarelar; e) negociar. 2- É exemplo de palavra formada por derivação parassintética: a) pernalta; b) passatempo; c) pontiagudo; d) vidraceiro; e) anoitecer. 3- Todas as palavras abaixo são formadas por derivação, exceto: a) esburacar; b) pontiagudo; c) rouparia; d) ilegível; e) dissílabo. 4- “Achava natural que as gentilezas da esposa chegassem a cativar um homem”. Os elementos constitutivos da forma verbal grifada estão analisados corretamente, exceto: a) CHEG – radical; b) A – vogal temática; c) CHEGA – tema; d) SSE – sufixo formador de verbo; e) M – desinência número-pessoal. 5- O elemento mórfico sublinhado não é desinência de gênero, que marca o feminino, em: a) tristonha; b) mestra; c) telefonema; d) perdedoras; e) loba. 6- A afirmativa a respeito do processo de formação de palavras não está correta em: a) Choro e castigo originaram-se de chorar e castigar, através de derivação regressiva; b) Esvoaçar é formada por derivação sufixal; c) O amanhã não pode ver ninguém bem. – a palavra sublinhada surgiu por derivação imprópria; d) Petróleo e hidrelétrico são formadas através de composição por aglutinação; e) Pólio, extra e moto são obtidas por redução. 7- O processo de formação de palavras é o mesmo em: a) desfazer, remexer, a desocupação; b) dureza, carpinteiro, o trabalho; c) enterrado, desalmado, entortada; d) machado, arredondado, estragado; e) estragar, o olho, o sustento. 8- O processo de formação da palavra amaciar está corretamente indicado em: a) parassíntese; b) sufixação; c) prefixação; d) aglutinação; e) justaposição. 9- O processo de formação de palavras está indicado corretamente em: a) Barbeado: derivação prefixal e sufixal; b) Desconexo: derivação prefixal; c) Enrijecer: derivação sufixal; d) Passatempo: composição por aglutinação; e) Pernilongo: composição por justaposição. 10- Apenas um dos itens abaixo contém palavra que não é formada por prefixação. Assinale-o: a) anômalo e analfabeto; b) átono e acéfalo; c) ateu e anarquia; d) anônimo e anêmico; e) anidro e alma. 11- Com relação ao seguinte poema, é CORRETO afirmar que: Neologismo “Beijo pouco, falo menos ainda. / Mas invento palavras / Que traduzem a ternura mais funda /E mais cotidiana. / Inventei, por exemplo, o verbo teadorar. / Intransitivo: / Teadoro, Teodora.” (Manuel Bandeira) a) o verbo “teadorar” e o substantivo próprio “Teodora” são palavras cognatas, pois possuem o mesmo radical; b) as classes das palavras que compõem a estrutura do vocábulo “teadorar” são pronome e verbo; c) o verbo “teadorar”, por se tratar de um neologismo, não possui morfemas; d) a vogal temática dos verbos “beijo”, “falo”, “invento” e “teadoro” é a mesma, ou seja, “o”. Gabarito: 1- E, 2- E, 3- B, 4- D, 5- C, 6- B, 7- C, 8- A, 9- B, 10- E, 11- B. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 122 16. CRASE É a fusão de dois sons idênticos. O acento indicador da crase é o acento grave (`) O ACENTO GRAVE DEVE SER USADO: a) Diante de palavras femininas definidas. Ex.: Ele foi à aula. b) Em locuções femininas. Ex.: Saímos às escondidas. c) Quando vierem subentendidas as expressões moda, moda de, maneira de. Ex.: Eles comeram tutu à mineira. d) Diante de nomes de cidades que aceitem o artigo feminino. Ex.: Vamos à Itália. e) Nas indicações de número de horas. Ex.: Saímos às 10 horas. f) Diante das palavras casa, terra e distância quando estiverem determinada. Ex.: Vamos à casa de Fábio. Ex.: Voltarei à terra de nossos antepassados. Ex.: Fiquei à distância de dois metros. g) Diante dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo. Ex.: Ele dirigiu-se àquele lugar. NÃO PODEMOS USAR ACENTO GRAVE: a) Diante de palavras masculinas. Ex.: Vende-se a prazo. Caminhamos a pé. b) Diante de verbo. Ex.: Começou a chover. Chegaram a falar. c) Diante de pronomes pessoais. Ex.: Obedeceu a mim. Disse a ele. d) Diante de pronomes de tratamento. Ex.: Faço a V.S.ª este pedido. Exceções: Senhora, Senhorita e Dona e) Diante de palavras de sentido indefinido. Ex.: Matéria referente a pesquisas. f) Com expressões formadas por palavras repetidas. Ex.: Ele ficou face a face diante do medo. g) Diante de artigo indefinido, pronome indefinido e pronomes demonstrativos esta e essa. Ex.: Dirigiu-se a uma pessoa. CASOS FACULTATIVOS: a) Diante de pronomes possessivos femininos. Ex.: Ele fez referência a (à) sua irmã. b) Depois da preposição até. Ex.: Ele foi até a (à) janela. c) Diante de nomes próprios femininos de pessoa. Ex.: Escrevi a (à) Cristina. Fixação – Crase a) Fui a festa b) Referi-me aquele rapaz c) Vire a direita Estávamos a beira de um ataque de nervos. A medida que estudava, aprendia. d) Comi bacalhau a Gomes de Sá e) Cheguei a Belém. Fui a França. Voltei a Belém do Pará. f) Cheguei a uma hora g) Cheguei a casa de Genoveva. Voltei a terra de meus pais. Estávamos a distância de dois metros. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 123 Crase proibida a) Andávamos a pé. b) Começou a chover. c) Referi-me a ela. d) Dirigi-me a V. S.// Dirigi-me a Senhora. e) Estávamos frente a frente. f) Entreguei a cada pessoa presente o convite. g) Referi-me a pessoas ausentes. Crase facultativa Escrevi a / a Rita. Fui até a / a praia. Referi-me a / a sua prima. Dicas: Obs.: a locução (adverbial, prepositiva e conjuntiva) é introduzida por preposição, se feminina é marcada com o acento indicativo de crase para evitar ambigüidade com o sujeito e com o objeto direto. Diante de nome de lugar Voltar + lugar = de, crase pra quê? (s/art.) = da, crase há!!!!! (c/ art.) Nome de lugar determinado tem artigo, logo há crase. Obs.: Diante do pronome relativo que normalmente não há crase, uma vez que esse pronome repele o artigo. Porém, ocorrerá crase antes do pronome relativo que quando antes aparecer o pronome demonstrativo a ou as (= aquela, aquelas). Lê-se: A AQUELA QUE = À QUE A cena a que assisti me surpreendeu. Esta cena é semelhante a que me surpreendeu. EXERCÍCIOS 1. (FMU) Assinale a alternativa em que não deve haver crase: a) O sonho de todo astronauta é voltar a Terra. b) As vezes, as verdades são duras de se ouvir. c) Enriqueço, a medida que trabalho. d) Filiei-me a entidade, sem querer. e) O sonho de todo marinheiro é voltar a terra. 2. (FGV) ..... tarde, acampadas já ..... horas, as tropas verificaram ..... perdas sofridas. a) Há - a - às b) À - há - as c) À - a - às d) Há - à - as e) A - há - as 3. (BB) Dizer ....... toda gente o que pensava ....... respeito das coisas era sua maior ambição, mas não ....... confessava sequer ....... sua melhor amiga. a) a, à, a, à b) à, à, a, a c) a, a, a, a d) a, à, à, à e) à, a, a, a 4. (BB) Estarei ....... frente do prédio, ....... poucos metros daqui; chegue, exatamente ....... uma hora. a) à, há, à b) a, à, à c) à, a, à d) à, a, a e) à, há, a 5. (BB) Quando for ....... Bahia, quero visitar ....... igreja do Bonfim e assistir ....... uma missa para dar cumprimento ....... promessa que fiz. a) a, a, à, à b) à, à, a, a c) a, à, a, à d) à, a, a, à e) a, a, a, a 6. (BB) Qual das alternativas completa corretamente os espaços vazios? "E entre o sono e o medo, ouviu como se fosse de verdade o apito de um trem igual ....... que ouvia em Limoeiro." (José Lins do Rego) "Habituara-se ....... boa vida, tendo de tudo, regalada." (J. Amado) PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 124 "Os adultos são gente crescida que vive sempre dizendo pra gente fazer isso e não fazer ....... ." (M. Fernandes) a) àquele, aquela, aquilo b) àquele, àquela, àquilo c) àquele, àquela, aquilo d) aquele, àquela, aquilo e) aquele, aquela, aquilo 7. (UF SANTA MARIA-RS) Assinale a alternativa que completa, corretamente, as lacunas da frase inicial: Nesta oportunidade, volto ....... referir-me ....... problemas já expostos .......... Vossa Senhoria ....... alguns dias. a) à, àqueles, a, há b) a, àqueles, a, há c) a, aqueles, à, a d) à, àqueles, a, a e) a, aqueles, à, há 8. (UF-PR) Quais as formas que completam, pela ordem, as lacunas das frases seguintes? Daqui ..... pouco vai começar o exame; Compareci ..... cerimônia de posse do novo governador; Não tendo podido ir ..... faculdade hoje, prometo assistir ..... todas as aulas amanhã. a) à, a, a, à b) há, na, à, a c) a, há, na, à d) a, na, à, à e) a, à, à, a 9. Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas do texto abaixo. Existe uma ideia ____ ser explorada e colocada ____ disposição dos alunos que chegam defasados ____ escola, sem preparo para ____ provas. a) à, à, a, as b) a, à, à, as c) à, a, à, às d) a, a, a, às 10. Quanto ao acento indicador de crase, coloque (1) uso obrigatório, (2) uso facultativo e (3) sem ocorrência. A seguir, assinale a alternativa com a sequência correta. ( ) Todos se referiam a invasão dos tubarões. ( ) Saíram os dois correndo as gargalhadas. ( ) Convido-vos agora a voltar aos vossos lugares. ( ) Fui até a loja, mas não estava aberta. a) 1, 3, 3, 1 b) 3, 2, 2 ,3 c) 2, 3 ,1, 1 d) 1, 1, 3 ,2 11. Assinale a alternativa em que o segmento destacado está incorreto quanto ao acento indicador da crase: “Às sete horas, o calor era insuportável. Às moscas denunciavam a sujeira do local. À medida que o tempo passava, a situação tornava-se insuportável. Às vezes, temos a impressão de que somos sufocados pelo ambiente.”. a) “Às sete horas...” b) “Às moscas...” c) “À medida que...” d) “Às vezes...” 12. Em qual alternativa o uso do acento grave indicativo da crase é obrigatório nas duas frases? a) I. Disse a Maria o segredo. II. Ficamos a olhar o que o garoto fazia. b) I. Fez tudo as escondidas. II. Tudo aconteceu a distância de cem metros. c) I. Voltarei a casa mais cedo hoje. II. Voltarei a casa de meus paismais cedo hoje. d) I. Mandarei o livro a Dona Teresa assim que puder. II. Entreguei o dinheiro a uma senhora que passou. 13. (cesgranrio) Na estrada cheia de sol, um convite: Para completar o cartaz corretamente, a sequência é (A) A – À – A. (B) A – À – À. (C) À – A – À. (D) À – À – A. (E) À – À – À. 14. (cesgranrio) Preenche-se a lacuna corretamente com à na opção: (A) morrem .... cada ano. (B) fomenta .... noção. (C) associados.... miséria. (D) estimulam .... nação. (E) levarem .... sério. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 125 15. (cesgranrio) Assinale a frase em que há uso INADEQUADO do acento grave, indicativo da crase. (A) O piazinho chegou à cidade rapidamente. (B) Foi, às pressas, contar o que tinha visto. (C) Todos ficaram à beira da estrada para ouvi-lo. (D) Então ele deu todas as informações àquelas pessoas espantadas. (E) A multidão quase mata o motorista à porretadas. 16. (cesgranrio) Assinale a única frase em que o a deve receber acento indicativo de crase. (A) Dedicava-se a crônica semanal com prazer. (B) Pegou um lápis e pôs-se a trabalhar. (C) Leu o texto de ponta a ponta. (D) A crônica fazia referência a pessoas comuns. (E) Algumas vezes dirigia-se a seu computador. 17. (cesgranrio) Assinale a opção em que está correto o uso do acento indicativo da crase. (A) Atribui-se à Sérgio Buarque uma visão otimista do Brasil. (B) O autor refere-se, no texto, à uma monumental desigualdade. (C) O Brasil passou a ser entendido à partir desses estudos. (D) O povo brasileiro é dado à festas folclóricas. (E) Muitos universitários recorrem às pesquisas destes dois autores. 18. (cesgranrio) Indique a opção que apresenta um ERRO no uso do acento indicativo da crase. (A) Os documentos pertencem àquele cientista brasileiro. (B) Os poluentes nos rios causam danos às regiões em volta. (C) Todos gostariam de assistir à novelas em TVs de alta definição. (O) Novas tecnologias podem ser muito úteis à humanidade. (E) Na palestra, o professor se referiu à nova tecnologia. 19. “’É um atentado às liberdades constitucionais!’”(L.3- 4) Na frase acima, utilizou-se corretamente o acento grave para indicar a crase. Assinale a alternativa em que isso não tenha ocorrido. (A) O evento vai da segunda à sexta. (B) Fomos à Bahia. (C) Ela sempre sai às pressas. (D) Sempre pedimos filé à Osvaldo Aranha. (E) Nós nos enfrentamos cara à cara. 20. Em à tarde (L.54-55), à Grécia (L.57) e às quatro horas da tarde (L.62-63), utilizou-se corretamente o acento indicativo da crase. Assinale a alternativa em que isso não tenha ocorrido. (A) Dirigimo-nos a Fortaleza dos nossos antepassados. (B) Eles se referiram às horas que passamos juntos. (C) Sempre nos falamos à noite. (D) Eles se encontraram à uma hora da manhã. (E) A ida à Itália fez bem aos noivos. 21. O uso do sinal indicador da crase é facultativo em: a) ''castigo duro à nossa reverência''; b) ''reverência pagã à figura de Papai Noel''; c) ''ato de se empanturrar à mesa''; d) ''damos à mercadoria um valor''; ''estamos inclinados à simplicidade da manjedoura'' 22. Está correto o emprego do sinal de crase em: (A) Quem recorre às escolas de jornalismo deve saber que terá acesso apenas às informações básicas acerca da profissão. (B) Não dá para ensinar jornalismo à todo aquele que se dispõe à fazer o curso. (C) Ocorrendo à falta de talento, um diplomado não terá acesso à nenhum órgão da imprensa. (D) Instituindo-se à obrigatoriedade do diploma, muitos profissionais competentes poderão ficar à ver navios. (E) Deve-se à essa obrigatoriedade o fato de que muita gente se obrigou a frequentar às faculdades de comunicação. 23. A ciência produz resultados passo ...... passo, como se fosse um quebra-cabeça ...... ser devidamente montado, para chegar-se ...... confirmação de uma hipótese qualquer. As lacunas da frase acima estão corretamente preenchidas, respectivamente, por (A) à - à – a (B) a - a – à (C) a - à - à (D) à - à – à (E) a - a - a PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 126 24. O exame apurado das contas destinava-se ...... verificação de erros ou desvios na aplicação das verbas, tanto em relação ...... despesas ordinárias, quanto ...... eventuais situações de emergência, durante o semestre. As lacunas da frase acima serão corretamente preenchidas,respectivamente, por (A) à - às – a (B) à - as – a (C) à - as - à (D) a - às – à (E) a - as – a 25. A necessidade ou não do sinal de crase está inteiramente observada na frase: (A) Deve-se à luta das feministas o respeito aos direitos que cabem também às outras parcelas de injustiçados que integram a nossa sociedade. (B) Encontra-se a disposição dos interessados a nova edição do Código Civil, à qual, aliás, já se fizeram objeções à torto e à direito. (C) À vista do que dispõe o novo código, não caberá à ninguém a condição "natural" de cabeça de casal, à qual, até então, se reservava para o homem. (D) Pode ser que à curto prazo o novo código esteja obsoleto em vários pontos, à exemplo do que ocorreu com o antigo. (E) Não se impute à uma mulher a culpa de não ter lutado por seus direitos; todas as pressões sociais sempre a conduziram àquela "virtuosa" resignação. 26. No apogeu da exploração de diamantes, no então arraial do Tijuco, o português João Fernandes era o responsável pelo envio das pedras ...... Coroa, obrigando a sociedade da época ...... estender seus tapetes ...... uma ex-escrava, que se tornou sua mulher. As lacunas da frase acima serão corretamente preenchidas por (A) a - à – a (B) a - a – à (C) à - a - à (D) à - a – a (E) à - à - a 27. Ambientalistas que passaram ...... lutar pelo controle do desmatamento na Amazônia são vistos como inimigos ...... serem neutralizados, originando-se daí os assassinatos relacionados ...... luta pela posse da terra. As lacunas da frase acima serão corretamente preenchidas por (A) à - à – a (B) à - a – a (C) a - à – à (D) a - a – à (E) a - à - a 28. Atente para as seguintes frases: I. À qualquer hora estamos dispostos a assistir à cenas de guerra. II. Àquela hora da noite, ainda estávamos atentos à transmissão das cenas da guerra. III. Daqui a uma hora esse canal passará a transmitir a comunicação que o Presidente fará à Nação. Quanto à necessidade de usar-se o sinal de crase, está inteiramente correto o que se lê em (A) I, II e III. (B) I e II, somente. (C) I e III, somente. (D) II, somente. (E) II e III, somente. 29. A preocupação com as condições do trabalho assalariado levou ...... elaboração de leis que se destinavam ...... preservar os direitos dos trabalhadores e o respeito ...... essa mão-de-obra. (A) a - a – a (B) à - a – a (C) à - à – a (D) à - à - à (E) a - a – à 30. (AOCP) Em “Ingressos estão à venda”, (A) o acento empregado em “à” é denominado “agudo”. (B) a crase se justifica pela junção de duas vogais com a mesma função. (C) o acento se justifica por se apresentar em uma locução adverbial de base feminina. (D) a crase se justifica tendo em vista a fusão da preposição “a” exigida pelo verbo e do artigo feminino “a” antes de “venda”. (E) a crase foi empregada inadequadamente. Gabarito: 1. E, 2. B, 3. C, 4. C, 5. D, 6. C, 7. B, 8. E, 9. B, 10. D, 11. B, 12. B, 13. D, 14. C, 15. E, 16. A, 17. E, 18. C, 19. E, 20. A, 21. A, 22. A, 23. B, 24. A, 25. A, 26. D, 27. D, 28. D, 29. B, 30.C. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 127 QUESTÕES DA AOCP semântica 1. (Enfermeiro/AOCP/2015) Em “É uma piração...”, são sinônimos do termo destacado, EXCETO (A) maluquice. (B) lucidez. (C) doidice. (D) loucura. (E) doideira 2. (Enfermeiro/AOCP/2015) “Desastre Iminente” é aquele que (A) está acontecendo. (B) ameaça acontecer em breve. (C) já aconteceu. (D) acontecerá em um futuro muito distante. (E) tem data e tempo, exatamente marcados,para acontecer. 3. (AOCP) No trecho “Às vezes quebramos a cara e magoamos os outros”, a expressão em destaque expressa (A) tempo. (B) modo. (C) intensidade. (D) lugar. (E) dúvida. Ortografia 4. (Enfermeiro/AOCP/2015) Assinale a alternativa correta em relação à ortografia dos pares. (A) Sólida – solidez. (B) Detonar – detonasão. (C) Iminente – iminênscia. (D) Intensão – intensional. (E) Ansiedade – ansiozo. Fonologia 5. (AOCP) Na palavra “filho”, há um dígrafo. Assinale a alternativa cuja palavra também apresenta dígrafo. (A) Cérebro. (B) Estranho. (C) Medo. (D) Reação. (E) Cobra. 6. (AOCP) Assinale a alternativa em que as palavras apresentam, respectivamente, dígrafo, encontro vocálico e encontro consonantal. (A) Nessa, leite, provoca. (B) Explica, esse, pais. (C) Dentista, acrescenta, leite. (D) Provoca, leite, nessa. (E) Leite, nessa, pais. 7. (AOCP) As palavras “sueco”, “jeito” e “quão” apresentam, respectivamente, (A) um ditongo, um ditongo e um tritongo. (B) um hiato, um ditongo e um tritongo. (C) um hiato, um hiato e um tritongo. (D) um hiato, um ditongo e um ditongo. (E) um ditongo, um hiato e um ditongo Acentuação gráfica 8. (AOCP) Em relação à acentuação das palavras utilizadas no texto, assinale a alternativa correta. (A) A palavra “influencia” foi grafada de maneira incorreta, pois é uma paroxítona terminada em ditongo e, por isso, deveria receber o acento. (B) A palavra “ruídos” recebe acento porque se trata de um hiato que está sozinho em uma sílaba. (C) A palavra “frequência” deve receber acento porque toda proparoxítona é acentuada. (D) A palavra “clássica” recebe acento porque toda paroxítona deve ser acentuada. (E) A palavra “possível” recebe acento porque é uma proparoxítona terminada em “L”. 9. (AOCP) Em “Quando a gente acha que encontrou o equilíbrio, há um giro inesperado.”, o termo em destaque recebe acento pela mesma regra que o vocábulo (A) terrível. (B) destrói. (C) espírito. (D) carência. (E) difíceis. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 128 Morfologia 10. (AOCP) Em “As mentes corruptas podem ser influenciadas pelo poder – o sujeito passa a se achar menos condenável que os outros por ser poderoso [...]”, a palavra “menos” (A) pertence a uma classe de palavras invariável. (B) está flexionada no gênero masculino. (C) pertence à classe dos adjetivos. (D) está flexionada em gênero e número. (E) pertence a uma classe de palavras variável. 11. (AOCP) No excerto “Ainda não foram descobertas formas de retardar o envelhecimento”, os termos em destaque classificam-se, morfologicamente, respectivamente, como (A) advérbio circunstancial, adjetivo, verbo e substantivo. (B) advérbio de negação, adjetivo, verbo e substantivo. (C) advérbio de negação, verbo, adjetivo e substantivo. (D) advérbio de negação, verbo, substantivo e substantivo. (E) advérbio de negação, substantivo, verbo e substantivo. 12. (AOCP) "Não se trata de o Brasil se curvar a um consenso. As questões internacionais não são discutidas dessa maneira, com esse tipo de pressão. Cada país tem que pensar com sua própria cabeça", afirmou Amorim. "Nossos objetivos são idênticos. A questão é saber qual é o melhor caminho para se chegar lá". Os três elementos destacados acima são, respectivamente, (A) conjunção, pronome, conjunção. (B) conjunção, conjunção, conjunção. (C) pronome, pronome, conjunção. (D) conjunção, conjunção pronome. (E) pronome, pronome, pronome. 13. (AOCP) Em relação aos verbos destacados no excerto “Eles chamam de idade biológica um conjunto de fatores usados para determinar quantos anos alguém realmente tem.”, assinale a alternativa correta. (A) O verbo “chamam” pertence à primeira conjugação, está na terceira pessoa do plural, do modo indicativo. O verbo “usados” pertence à primeira conjugação e está no particípio. O verbo “determinar”, pertencente à primeira conjugação, encontra-se no infinitivo. Por fim, o verbo “tem”, pertencente à segunda conjugação, está na terceira pessoa do singular, no modo indicativo. (B) O verbo “chamam” pertence à segunda conjugação, está na primeira pessoa do plural, do modo indicativo. O verbo “usados” pertence à primeira conjugação e está no particípio. O verbo “determinar”, pertencente à primeira conjugação, encontra-se no infinitivo. Por fim, o verbo “tem”, pertencente à segunda conjugação, está na primeira pessoa do singular, no modo indicativo. (C) O verbo “chamam” pertence à primeira conjugação, está na terceira pessoa do plural, do modo indicativo. O verbo “usados” pertence à primeira conjugação e está no gerúndio. O verbo “determinar”, pertencente à primeira conjugação, encontra-se no infinitivo. Por fim, o verbo “tem”, pertencente à segunda conjugação, está na primeira pessoa do plural, no modo indicativo. (D) O verbo “chamam” pertence à primeira conjugação, está na terceira pessoa do plural, do modo subjuntivo. O verbo “usados” pertence à segunda conjugação e está no particípio. O verbo “determinar”, pertencente à primeira conjugação, encontra-se no infinitivo. Por fim, o verbo “tem”, pertencente à segunda conjugação, está na terceira pessoa do singular, no modo indicativo. (E) O verbo “chamam” pertence à primeira conjugação, está na terceira pessoa do plural, do modo indicativo. O verbo “usados” pertence à primeira conjugação e está no particípio. O verbo “determinar”, pertencente à primeira conjugação, encontra-se no gerúndio. Por fim, o verbo “tem”, pertencente à terceira conjugação, está na primeira pessoa do singular, no modo indicativo. 14. (AOCP) No trecho “A maioria de nós precisa ser amada novamente antes de conceder a quem nos deixou o direito de ser feliz”, o uso do elemento destacado justifica-se por (A) ser um pronome oblíquo, que sempre deve acompanhar a palavra “quem”. (B) ser um artigo definido feminino, já que está determinando o pronome “quem”. (C) ser uma preposição, exigida pela regência do verbo “conceder”. (D) ser um artigo definido feminino, que determina o substantivo “quem”. (E) ser uma preposição, exigida pela regência do verbo “deixou”. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 129 sintaxe 15. (AOCP) No período “Pegar a estrada com os filhos pequenos revelou-se uma delícia insuspeitada.”, a oração em destaque tem função de (A) complemento nominal. (B) objeto direto. (C) sujeito. (D) objeto indireto. (E) aposto. 16. (AOCP) Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao que se afirma das formas verbais destacadas. (A) “As escovas não duram.” (verbo intransitivo) (B) “...escovação não será eficaz.” (verbo de ligação) (C) “...quem não escova bem ou escova pouco desenvolve gengivite...” (verbo transitivo direto) (D) “...as bactérias [...] entram na corrente sanguínea...” (verbo transitivo indireto) (E) “...manter a boca sempre sadia...” (verbo transitivo direto) 17. (AOCP) Observe a oração “Não corramos para cima da criança com um iPad na mão (...)”. O verbo “correr”, nesse contexto, é (A) um verbo intransitivo. (B) um verbo transitivo direto. (C) um verbo transitivo indireto. (D) um verbo de ligação. (E) um verbo bitransitivo. 18. (Enfermeiro/AOCP/2015) Em “... uma boa história para contar aos amigos.”, a expressão destacada é (A) adjunto adverbial. (B) objeto direto. (C) predicativo do objeto. (D) objeto indireto. (E) agente da passiva. 19. (AOCP) “O museu de Los Angeles era o único na época. Foi criado por Simon Wiesenthal...’” Qual é a função sintática da expressão em destaque no excerto acima? (A) Sujeito composto, pois os dois nomes indicam duas pessoas. (B) Sujeito oculto, pois está implícito. (C) Agente da passiva, que indica o sujeito que criou o museu de Los Angeles. (D) Adjunto adverbial indicando lugar. (E) Sujeito indeterminado, poisninguém o conhece 20. (Enfermeiro/AOCP/2015) Sonha que vai ser abandonada.” é um período (A) que apresenta sujeito simples. (B) que apresenta sujeito composto. (C) sem sujeito. (D) que apresenta sujeito indeterminado. (E) em que o sujeito está oculto. 21. (AOCP) Em relação ao trecho “A corrupção é uma atitude que resulta de um cálculo no qual pesam dois principais fatores: a importância que se dá às normas sociais e o risco de ser pego.”, é correto afirmar que (A) os dois-pontos marcam a pausa antes da introdução de justificativas. (B) “uma atitude” é um objeto direto. (C) “dá” possui um sujeito oculto. (D) em “correto” há um encontro vocálico. (E) “às” introduz um complemento de objeto indireto. 22. (AOCP) No trecho “e que parece tê-lo trocado por uma vida melhor”, o pronome em destaque desempenha a função sintática de (A) sujeito. (B) objeto direto. (C) complemento nominal. (D) objeto indireto. (E) vocativo. 23. (AOCP) Em “a outra pessoa é só um espelho”, a expressão em destaque classifica-se, sintaticamente, como (A) aposto. (B) adjunto adnominal. (C) adjetivo. (D) predicativo do sujeito. (E) substantivo. Funções do SE 24. (AOCP) No excerto, “Cientificamente, pode-se descobrir o ritmo de envelhecimento de um indivíduo [...]”, o termo em destaque é classificado como (A) partícula apassivadora. (B) partícula integrante do verbo. (C) conjunção subordinativa condicional. (D) palavra expletiva ou de realce. (E) índice de indeterminação do sujeito PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 130 25. (AOCP) Em “Não se sabe se o sujeito está fazendo ironia”, os termos em destaque são classificados, pela regra gramatical, respectivamente, como (A) índice de indeterminação do sujeito e conjunção condicional. (B) partícula apassivadora e conjunção integrante. (C) partícula apassivadora e conjunção condicional. (D) pronome reflexivo e conjunção temporal. (E) índice de indeterminação do sujeito e partícula de realce. Colocação pronominal 26. (AOCP) “Constatou-se que a área perto da antena do celular sofreu um aumento de 7% em consumo de glicose em relação ao escaneamento anterior, se tornando um pouco mais ativa. ”Considere as regras gramaticais da língua padrão culta e assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma a respeito da colocação pronominal e do verbo que se encontra em destaque. (A) O pronome está em posição de mesóclise. (B) O pronome está em posição de ênclise. (C) Por estar após a vírgula e iniciando a oração, o pronome deveria estar após o verbo. (D) O verbo, por estar no gerúndio, jamais poderia iniciar a oração. (E) Esse uso é facultativo na língua escrita. 27. (AOCP) Assinale a alternativa correta a respeito da colocação pronominal dos excertos retirados do texto. (A) Em “Você acorda, escova os dentes, se veste, sai para a rua.”, a colocação do pronome em destaque está correta, uma vez que, depois de vírgula, a próclise é obrigatória. (B) Em “pode estar pensando em demiti-lo”, a colocação do pronome em destaque está errada, pois, no caso de verbos no presente, a mesóclise é obrigatória. (C) Em “certamente já se sentiu incomodado por algum tipo de medo”, a colocação do pronome em destaque está correta, uma vez que, depois de advérbios, a próclise é obrigatória. (D) Em “Ele se tornou o maior problema psicológico do nosso tempo”, a colocação do pronome em destaque está errada, pois, por haver um pronome pessoal antes do verbo, a mesóclise é obrigatória. (E) Em “Os dois são interligados, se comunicam”, a colocação do pronome em destaque está errada, pois, depois de vírgula, a mesóclise é obrigatória. 28. (AOCP) No que se refere às regras de colocação pronominal, assinale a alternativa em que NÃO é permitida a mudança do posicionamento do pronome oblíquo em destaque para depois do verbo. (A) “um deles me veio aos lábios”. (B) “mas me parece discutível”. (C) “Nossa carência nos empurra na direção dos outros”. (D) “a gente se sente em relação”. (E) “Isso nos solta das garras do rancor” 29. (AOCP) Em “Hoje, me sinto melhor e mais saudável.”, na expressão em destaque, (A) o pronome “me” tem função de sujeito e, por isso, encontra-se antes do verbo. (B) o pronome “me” é um pronome do caso reto. (C) o verbo tem um sujeito desinencial, está elíptico. (D) para se adequar à norma padrão da língua, o pronome “me” deveria ser substituído pelo pronome “se”. (E) de acordo como a norma padrão da língua, a colocação do pronome “me” nessa posição de mesóclise está adequada. Pontuação 30. (AOCP) Em “Se passasse para 21, cairia 12%”, a vírgula foi empregada para separar (A) aposto. (B) orações coordenadas. (C) oração adverbial e oração principal. (D) termos de mesmo valor sintático. (E) data. 31. (AOCP) Em “Ontem, vi uma foto de Gisele Bündchen desfilando em Paris...", a vírgula presente no fragmento do texto (A) é obrigatória, pois separa advérbio de tempo que está antecipado (B) é obrigatória, pois separa advérbio de tempo que, independente da posição, deve estar separado por vírgula. (C) é facultativa, pois está separando um termo que tem a mesma função do termo posposto a ele. (D) é obrigatória, pois, no período, separa orações coordenadas assindéticas. (E) é facultativa, pois separa advérbio de tempo que está antecipado, mas que é de curta extensão. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 131 32. (AOCP) Em “Ao longo da História, não faltam exemplos em que ela possa ser aplicada.”, a vírgula foi empregada para (A) separar oração adverbial. (B) indicar zeugma, uma figura de linguagem que consiste na omissão de um elemento da oração. (C) separar adjunto adverbial. (D) isolar o aposto. (E) isolar as palavras de cunho explicativo. 33. (AOCP) Assinale a alternativa INCORRETA quanto à justificativa para o emprego da(s) vírgula(s). (A) “Esses cuidados, se bem feitos, não tomam mais do que cinco minutos.” (separa oração subordinada adverbial condicional intercalada) (B) “Quando ela vai escovar a parte de fora dos dentes, ela pode inclinar a escova...” (separa oração subordinada adverbial temporal anteposta à principal) (C) “Bastam alguns minutos por dia para manter os dentes saudáveis, e os cuidados podem começar cedo.” (separa oração introduzida pela conjunção "e" com valor de adversidade) (D) “A avaliação foi boa, mas ainda pode melhorar.” (separa oração coordenada adversativa da oração coordenada assindética) (E) “As escovas podem ser coloridas, grandes, pequenas, com formatos que chamam a atenção.” (separa termos de uma mesma função sintática) Concordância 34. (AOCP) Em “... a integração entre atletas paralímpicos e o público na Lagoa Rodrigo de Freitas marcou a celebração da data de um ano para as Paralimpíadas Rio 2016”, o verbo em destaque (A) está no singular para concordar com “a integração”. (B) está no singular para concordar com “o público”. (C) deveria estar no plural para concordar com o sujeito “atletas paralímpicos e o público na Lagoa Rodrigo de Freitas”. (D) está no plural para concordar com “atletas paralímpicos e o público na Lagoa Rodrigo de Freitas”. (E) está no singular para concordar com o sujeito posposto “a celebração”. 35. (AOCP) Em “A maioria dos outros experimentou o primeiro cigarro antes dos 26”, o verbo em destaque (A) deveria estar no plural para concordar com o sujeito “outros”. (B) está no plural por concordar com “outros”. (C) deveria estar no singular para concordar com “maioria”, mas não está. (D) está no singular por concordar com “maioria”. (E) está conjugado no tempo presente do indicativo 36. (AOCP) Em “Os níveis de ansiedade foram mensurados através da obtenção das medidas de frequência cardíaca e saturação de oxigênio [...]”, se quiséssemos passar o verbo destacadopara o singular, como ficaria a escrita do excerto para que a concordância fosse mantida? (A) “Os níveis de ansiedade foi mensurado através da obtenção das medidas de frequência cardíaca e saturação de oxigênio”. (B) “O nível de ansiedade foi mensurado através da obtenção das medidas de frequência cardíaca e saturação de oxigênio”. (C) “O nível de ansiedade foi mensurados através da obtenção das medidas de frequência cardíaca e saturação de oxigênio”. (D) “Os níveis de ansiedade foi mensurados através da obtenção das medidas de frequência cardíaca e saturação de oxigênio”. (E) “O nível de ansiedade foram mensurados através da obtenção das medidas de frequência cardíaca e saturação de oxigênio” 37. (Enfermeiro/AOCP/2015) Sobre a oração “Alguns a têm mais forte...”, é correto afirmar que (A) não há sujeito na oração. (B) não existe concordância entre o verbo “têm” e o sujeito da oração, porque “ter” é um verbo impessoal. (C) o acento no verbo “têm” é marca de singular. (D) “Alguns” é um termo acessório da oração. (E) o verbo “têm” apresenta acento diferencial de plural para concordar com “Alguns”. 38. (Enfermeiro/AOCP/2015) Em relação à concordância verbal, assinale a alternativa correta. (A) Fazem três meses que não a vejo. (B) Havia muitas manifestações favoráveis ao movimento. (C) Fazem quatro anos que entrei na faculdade. (D) Haviam milhares de pessoas no comício. (E) É quarenta minutos de viagem de Jaboatão a Recife. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA - LEI 5.810/94 132 39. (AOCP) “Para a nutricionista Valéria Soares, dificuldades no emprego, além da relação difícil com colegas de trabalho e chefia têm relação com o desencadeamento do estresse...”, o verbo em destaque (A) encontra-se no plural por concordar com o sujeito “colegas de trabalho e chefia”. (B) está no singular por concordar com o sujeito “chefia”. (C) concorda com o sujeito “a nutricionista Valéria Soares”. (D) está no pretérito perfeito. (E) está no presente do indicativo. 40. (AOCP) sintagma “uma boa competitividade”, a concordância nominal se dá porque (A) temos uma preposição seguida de dois substantivos femininos singulares. (B) temos uma preposição, um advérbio e um substantivo masculino singular. (C) temos um artigo definido feminino singular, um adjetivo feminino singular e um substantivo masculino singular. (D) temos um artigo definido feminino singular, um adjetivo feminino singular e um substantivo feminino singular. (E) temos um artigo indefinido feminino singular, um adjetivo feminino singular e um substantivo feminino singular. Período composto 41. (Enfermeiro/AOCP/2015) Em “a pessoa em questão não sente nada relevante por nós, mas preferimos acreditar que ela tem ‘medo de amar’.”, o termo destacado NÃO pode ser substituído por (A) contudo. (B) porém. (C) portanto. (D) entretanto. (E) todavia 42. (Enfermeiro/AOCP/2015) Em “Esse sentimento é ainda mais forte quando tudo vai bem...”, a oração destacada estabelece, no período, uma relação de (A) finalidade. (B) causa. (C) tempo. (D) consequência. (E) concessão. 43. (AOCP) No excerto “A seleção das crianças, que deveriam ter de quatro a seis anos [...]”, o termo em destaque introduz uma oração (A) subordinada substantiva objetiva direta. (B) coordenada conclusiva. (C) subordinada adjetiva restritiva. (D) subordinada adjetiva explicativa. (E) subordinada adverbial causal. 44. (AOCP) Assinale a alternativa correta em relação às expressões ou aos termos destacados. (A) Em “[...] apesar de terem nascido no mesmo ano [...]”, a expressão em destaque inicia uma oração coordenada adversativa. (B) Em “[...] afirmam que a idade biológica [...]”, o termo em destaque inicia uma oração subordinada substantiva objetiva direta. (C) Em “[...] Para saber tudo isso, só é necessária uma amostra de sangue.”, o termo em destaque inicia uma oração subordinada substantiva apositiva. (D) Em “[...] como Alzheimer e câncer.”, o termo em destaque inicia uma oração subordinada adverbial conformativa. (E) Em “[...] apesar de terem nascido no mesmo ano [...]”, a expressão em destaque inicia uma oração subordinada adverbial conclusiva. 45. (AOCP) Em “É inevitável que a gente cometa equívocos quando a vida vira um tango”, a conjunção destacada exprime uma ideia de (A) adição. (D) tempo. (B) conclusão. (E) condição. (C) explicação. 46. (AOCP) No trecho “Hoje tomei café da manhã num lugar em que Carlos Gardel costumava encontrar seus parceiros musicais por volta de 1912.”, a expressão em destaque pode ser substituída, sem prejuízo semântico, pelo pronome relativo (A) cujo. (B) onde. (C) aonde. (D) na qual. (E) quando. 47. (AOCP) Em “No outro dia, contentes e acompanhados, quase torcemos para que seja feliz.”, a oração em destaque é classificada como (A) oração subordinada substantiva objetiva indireta. (B) oração subordinada substantiva subjetiva. (C) oração coordenada sindética explicativa. (D) oração subordinada adverbial causal. (E) oração subordinada adverbial final. PM-TO LÍNGUA PORTUGUESA 133 48. (AOCP) Em “Ela, portanto, pode – e deve – ser ensinada.”, o termo destacado expressa (A) adversidade. (B) explicação. (C) alternância. (D) conclusão. (E) finalidade. 49. (AOCP) “...o aposentado Élcio Bonasorte não só recuperou os dentes como conseguiu controlar o diabetes descompensado.” O fragmento tem seu sentido estruturado com base em uma relação de (A) adição. (B) comparação. (C) explicação. (D) consecução. (E) finalidade. 50. (AOCP) “O equivalente a um grão de ervilha é o suficiente, já que a parte importante da limpeza é o uso adequado da escova.” A expressão já que estabelece, entre as orações do período acima, uma relação de (A) consecução. (B) concessão. (C) causa. (D) tempo. (E) proporção. 51. (AOCP) Observe o excerto: “Não obriguemos a babá a ter um repertório mágico, que nem mesmo palhaços profissionais têm, para manter a criança entretida o tempo todo.” A oração destacada é classificada como (A) uma oração subordinada substantiva subjetiva. (B) uma oração subordinada substantiva objetiva direta. (C) uma oração subordinada substantiva objetiva indireta. (D) uma oração subordinada adjetiva restritiva. (E) uma oração subordinada adjetiva explicativa. 52. (AOCP) Em “Meu ceticismo diz que a intolerância sempre existirá.”, a expressão em destaque NÃO (A) complementa o nome “ceticismo”. (B) é introduzida pela conjunção “que”. (C) é uma oração que complementa o sentido de sua antecedente. (D) exerce função de objeto direto, pois complementa o sentido do verbo “dizer”. (E) está subordinada à oração “Meu ceticismo diz”. Funções do QUE 53. (AOCP) Assinale a alternativa cujo “que” NÃO tem a função de retomar o termo antecedente. (A) “O cronômetro que marca o tempo...”. (B) “...roda de confraternização que reuniu atletas brasileiros e estrangeiros”. (C) “...e nós daremos todo o apoio que for preciso”. (D) “Andrew Parsons lembrou que o 7 de setembro também marca o início da venda de ingressos”. (E) “...os primeiros Jogos da América do Sul, no ano que vem”. 54. (Enfermeiro/AOCP/2015) Assinale a alternativa em que o termo destacado é um pronome relativo. (A) “Sonha que vai ser abandonada.”. (B) “É uma ficção que protege a nossa autoestima.”. (C) “... a pessoa conclui [...] que é melhor chutar logo o pau da barraca...”. (D) “Percebe que o Fulano não vai sumir de uma hora para outra.” (E) “Isso não quer dizer que as coisas não mudem...”. 55. (AOCP) Na frase: “A pessoa que tem medo de usina nuclear, mas adora ir à praia se expor à radiação solar [...]”, o termo em destaque é um pronome relativo. Assinale a alternativa na qual o “que” em destaque também tem função de pronome relativo. (A) “[...] sentimos dez