Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Fitotecnia: Soja e Milho Implantação da soja, tratos culturais, colheita e pós-colheita da cultura da soja Msc. Flávia Luciane Bidóia • Unidade de Ensino: 2 • Competência da Unidade: Conhecer os diversos aspectos que influenciam no planejamento e na implantação da cultura da soja e as técnicas para manejar e conduzir essa cultura • Resumo: Como conduzir e manejar a cultura até a colheita, processamento e comercialização • Palavras-chave: pragas, doenças, manejo, pós-colheita • Título da Tele aula: Aspectos de manejo, colheita e pós-colheita • Tele aula nº: 02 Introdução - Época de plantio e cultivares, adubação e sistemas de irrigação, preparo do solo, densidade de plantas e espaçamento, manejo de fitossanitário da cultura da soja - Colheita, época e ponto de colheita - Rendimento e produção - Beneficiamento e subprodutos da soja pós-colheita: armazenamento e transporte dos grãos de soja Tratos culturais, pragas e doenças da cultura da soja Tratos culturais, pragas e doenças da cultura da soja 1- Condições edafoclimáticas - Fotoperíodo - Temperatura - Umidade Refletem: estatura de plântulas, ciclo e potencial produtivo - Grande variabilidade de genótipos - Sensibilidade ao fotoperíodo/temperatura 2- Semeadura - Atraso: redução de 30-50% produtividade de grãos - Antecipada: redução de 70% Como definir melhor época?? “A época de semeadura ideal é aquela que coincide com o fotoperíodo que permite o melhor desenvolvimento da cultura, junto ao menor risco climático referente ao estresse hídrico” 1 2 3 4 5 6 2 3- Escolha dos genótipo - Características morfológicas - Ciclo - Zoneamento climático - Resistência #Mais de 500 tipos de genótipos no mercado Instituições pesquisa MAPA 4- Sistema de Plantio - Rotação - Plantio de inverno - Milho 2° safra - Milho safrinha: ciclo precoce da soja - Plantio de inverno: ciclo semiprecoce/ tardio 5- Sementes - Vigor - Procedência - Convencional - Transgênica - 1° geração: Roundup Ready RR - 2° geração: RR2 - 3° geração: Intacta 2 Xtend 6- Calagem/Adubação - Macro/micronutrientes - Curva de absorção: fósforo – potássio – enxofre - Nitrogênio – inoculação de N atmosférico 7- Sistema de Irrigação - 450-800 mm de água durante o ciclo - Considerar: o tipo solo, a declividade do terreno, os espaçamentos e a densidade de plantas - Pivô central - Aspersão convencional - Gotejamento 7 8 9 10 11 12 3 8- Manejo do solo “O manejo do solo consiste em um conjunto de operações realizadas com objetivos de propiciar condições favoráveis à semeadura, ao desenvolvimento e à produção das plantas cultivadas por tempo ilimitado” - Convencional - Cultivo mínimo - Plantio direto 8- Arranjo espacial das plantas - Plasticidade: - É a capacidade de se adequar a diferentes condições edafoclimáticas e de manejo, por meio de modificações na morfologia da planta, como número de ramos, altura de planta, entre outros, e nos componentes do rendimento, como número de vagens e de grãos - Clima, ano, época de semeadura, cultivar, fertilidade o solo: altura da planta, fechamento de entrelinhas e acamamento 9- Espaçamento - 40/50 cm entrelinhas - Espaçamento menores que 40 cm: - Sombreamento - Maior controle de plantas daninhas - Maior captação de energia luminosa - Dificuldades: realizar operações de cultivo entre fileiras Tratos culturais, pragas e doenças da cultura da mandioca 10- Pragas - Percevejos - Lagartas - Mosca branca Lagartas Lagarta-da-Soja: Anticarsia gemmatalis Lagarta-Falsa-Medideira: Chrysodexis includens Broca-das-Axilas: Epinotia aporema Lagarta-das-Maçãs: Heliothis virescens Lagarta Elasmo: Elasmopalpus lignosellus Helicoverpa: Helicoverpa armigera Lagarta do Cartucho: Spodoptera frugiperda 13 14 15 16 17 18 4 Danos causados por lagartas - Alimentam-se de plântulas, provocando a morte - Diminuir o estande - Alimentam-se de folhas e vagens, provocando queda na capacidade de produção. Percevejos - Percevejo marrom: Euschistus heros - Percevejo verde-pequeno: Piezodorus guildinii - Percevejo barriga-verde: Dichelops furcatus Euschistus heros Piezodorus guildinii Dichelops furcatus Danos causados por percevejos - Produtividade e qualidade - Provoca abortamento - Limitação de crescimento e enrugamento - Propagação de fungos - Qualidade de sementes - Mudanças em teores de proteína e óleo - Disfunções fisiológicas - Soja louca 11- Doenças - Ferrugem da soja - DFC - Antracnose - Mancha alvo 12- Plantas daninhas O reconhecimento prévio das invasoras predominantes é condição básica para a escolha adequada do produto, que resultará no controle mais eficiente das invasoras. - Competição por luz solar, água e nutrientes - Interferem na operação de colheita 19 20 21 22 23 24 5 Tratos culturais, pragas e doenças da cultura da soja Situação-problema 1 1- Um produtor do Paraná vem apresentando problemas na produção da soja em sua propriedade Características: - Clima é tropical: estação chuvosa e outra seca, temperatura média anual de 20 °C, precipitação média de 1360 mm, umidade relativa do ar média de 70% - Solo: latossolo - Fotoperíodo entre 12 e 14 horas. Questionamentos: É observada no local a presença de muitas plantas daninhas, condicionadas à ausência de métodos de controle. - Quais são os principais herbicidas usados na dessecação pré-semeadura da soja? - Em plantio direto, a dessecação deve ser realizada quantos dias antes da semeadura da cultura da soja? Considerações: - Os métodos utilizados para controlar as plantas daninhas na soja, que são o preventivo, o mecânico, o químico e o cultural - Glifosato, 2,4D e herbicidas de ação de contato como o diquat, amônio glufosinato e saflufenacil também são usados, principalmente em dessecação sequencial ao glifosato. - A dessecação deve iniciar no mínimo de 15 a 20 dias antes da semeadura. Na presença de algumas espécies de braquiária, é necessário período de 30 a 40 dias Questionamento Questionamento Que cuidados devem ser tomados quando se usa 2,4-D na dessecação pré-semeadura da soja? 25 26 27 28 29 30 6 Manejo adotado para colheita da soja Colheita da soja - R8: 95% das vagens coloração marrom/cinza - Senescência: plantas se aproximam da maturação, as folhas tornam-se amarelas, as vagens secam e as sementes perdem umidade rapidamente - Colheita: 13/15% de umidade - Manual/semimecanizada/mecanizada Colheita mecanizada Equipamento: - Corte - Recolhimento - Trilha - Separação - Limpeza Flávia Bidóia Flávia Bidóia Flávia Bidóia 31 32 33 34 35 36 7 Flávia Bidóia Diante das diversas formas de perdas que ocorrem antes e durante a colheita, temos que: • 80% a 85% estão associados à imperícia na regulação e calibragem da plataforma de corte das colhedoras • 12% podem ocorrer pelos mecanismos internos, como trilha, separação e limpeza • 3% por deiscência natural Para auxiliar o produto rural, a Embrapa elaborou uma metodologia a partir do uso do “copo medidor de perdas” Práticas adequadas para evitar perdas na colheita - Terrenos com índices superiores a 4% prejudicam e dificultam a utilização de colhedoras - Época de semeadura: em momento incorreto: plantas com baixo porte, coincidir colheita com épocas chuvosas, plantas menores, com inserção de vagens muito baixa, suscetíveis ao acamamento - Lavoura com 60% de plantas acamadas pode gerar até 15% de perdas de grãos - Presença de plantas daninhas: elas mantêm a umidade elevada nos grãos, dificultando o manuseio da colhedora, influenciando na velocidade do cilindro de trilha e embuchando os implementos - Presença de plantas daninhas pode aumentar o percentual de impurezas, reduzindo a qualidade dos grãos Flávia Bidóia 37 38 39 40 41 42 8 Flávia Bidóia Dessecação química - Aplicação herbicidas - Objetivos: - uniformizar a área da soja, - controlar plantas daninhas e - antecipar a colheita - Momento inapropriado: reduçãona qualidade dos grãos Flávia Bidóia Fatores que interferem no cultivo da soja - Fatores ambientais - Ocorrência de chuvas na maturação fisiológica - Temperaturas elevadas: grãos com aparência e peso comprometidos - Chuvas: atolamento e embuchamento de máquinas - Fatores econômicos - Preço dos grãos - Instabilidade econômica internacional Pós-colheita, armazenamento e beneficiamento da soja Pós-colheita, armazenamento e beneficiamento Aspectos de rendimento e produção, beneficiamento e subprodutos, armazenamento e transporte dos grãos de soja 43 44 45 46 47 48 9 Aspectos de rendimento e produção da soja - Componentes primários: número de plantas por área; número de vagens por planta; número de grãos por vagem e peso do grão - Manejo: época de semeadura, genótipos, condições edafoclimáticas, manejo e tratos culturais - Equação: rendimento e produção da soja Equação de rendimento e produção da soja Componentes primários - O número de plantas por área é o que possibilita maior facilidade de ajuste, por meio do manejo da densidade e do espaçamento entre plantas - O número de vagens por planta ou área é o componente que mais influencia quando se deseja aumentar o rendimento de grãos - Isso se explica devido à variabilidade desse componente, ou seja, à grande plasticidade fenotípica que a soja possui - A quantidade de vagens é condicionada à quantidade de flores produzidas e polinizadas durante o período reprodutivo da cultura - A planta precisa estar com a sanidade em perfeita condições, bem nutrida, livre de pragas, doenças e plantas daninhas para produzir adequadamente - O número de grãos por vagem comumente não apresenta variações em uma lavoura em resposta ao tipo de manejo, sendo influenciado apenas pelos diferentes genótipos que podem ser utilizados - A massa ou o tamanho do grão demonstra valor distintivo de cada genótipo, ou seja, grãos maiores ou menores. Porém, essas características podem variar dependendo das condições ambientais e de manejo as quais a cultura é submetida Componentes secundários - Podem ser os atributos morfológicos e anatômicos das plantas, como o número de nós, a quantidade de ramificações e as características fisiológicas, como taxa fotossintética - Contudo, esses componentes secundários do rendimento poderão exercer efeitos sobre os componentes primários, podendo afetar indiretamente o rendimento de grãos e a produção 49 50 51 52 53 54 10 Armazenamento da soja - Os teores de umidade ideal para a colheita da soja variam entre 14 a 18% - Armazenamento: umidade gira em média de 11 e 14%, dependendo da quantidade de grãos, das variações edafoclimáticas e do tempo de armazenamento - Processo de secagem: secadores tipo torre e fluxo contínuo Mecanismos de armazenamento - O volume de grãos armazenados forma um ecossistema, - elementos abióticos: impurezas e o ar - Elementos bióticos: são organismos, como os grãos, insetos, ácaros, fungos e roedores - Técnicas de conservação de grãos baseiam-se no manuseio dos fatores intrínsecos e extrínsecos dos grãos, objetivando a qualidades dos produtos armazenados Transporte - Rodovias, ferrovias, hidrovias ou portos - O transporte rodoviário é o mais usado no Brasil: escoamento de 67% da produção - Deveria atuar levando os produtos a pequenas distâncias, aos terminais ferroviários e/ou hidroviários, porém estes correspondem por apenas 28% e 5%, respectivamente, do total da soja transportada no país “Para se ter uma noção da realidade da precariedade do transporte da produção de soja, os sojicultores de Sorriso e Campo Novo do Parecis (MT) estão localizados a cerca de 2.000 km dos principais portos de exportação. Durante o trajeto para escoar sua produção, eles pagam de frete entre 29% a 34% do preço recebido pelo produto” Manejo adotado para colheita da soja 55 56 57 58 59 60 11 Situação-problema 2 2- Um produtor de soja possui uma lavoura de 15 hectares e deseja saber qual seria o rendimento de sua lavoura. Para isso, ele observou que sua lavoura possuía, em média, 25 plantas por metro quadrado, 26 vagens por planta, com três grãos em cada vagem, e que o peso de um grão de soja varia em torno de 0,00017 quilos. Questionamentos: Com essas informações: - Qual seria o regimento de grãos esperado para essa lavoura? - Qual é a produção e a produtividade esperada? Considerações: - O rendimento de grãos desse produtor será de 0,3315Kg.m-2 - Para calcularmos a produtividade em Kg.ha-1, basta multiplicar esse valor por 10.000, ou seja, a produtividade esperada para esse produtor é de 3315 Kg.ha-1 - Para mensurar a produção total da propriedade, devemos multiplicar o valor da produtividade pela área da lavoura - Com isso, temos: 3315 x 15 = 49.725 kg, ou 49,725 toneladas - Para tomar como referência, a produtividade média nacional na safra de 2017/18 foi de 3333 Kg.ha-1 Questionamento Questionamento Quais são as diferenças operacionais de cada tipo de colhedora, de acordo com o sistema de trilha? 61 62 63 64 65 66 12 Encerramento... 67
Compartilhar