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Direito Processual Penal I Busca e Apreensão Centro Universitário Fametro 7 Período Prof Dario dario.almeida@fametro.edu.br INTRODUÇÃO É o último meio de prova do CPP (arts. 239 a 250). Buscar é o movimento desencadeado pelos agentes do Estado para a investigação, descoberta e pesquisa de algo interessante para o processo penal, realizando-se em pessoas ou lugares. Apreensão é a medida assecuratória que toma algo de alguém ou de algum lugar, com a finalidade de produzir prova ou preservar direitos. *Deve-se saber separar as coisas, busca é busca e apreensão é apreensão. O normal é que venham juntas, pois a apreensão é consequência da busca, mas nada impede que haja busca sem apreensão, assim como pode haver apreensão sem busca (ex.: próprio agente do crime comparece perante a autoridade policial e exibe a arma de fogo -> não houve busca, pois houve uma exibição espontânea da arma, mas houve apreensão). https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/código-processo-penal-decreto-lei-3689-41 A busca e apreensão, pelo CPP, tem natureza de meio de prova, mas também se cuida de providência acautelatória e coercitiva. Por que acautelatória? Porque no momento em que se retém o bem, busca-se e apreende-se o bem, preservando, mantendo-o apreendido, evitando, assim, que ele desapareça, que sofra modificações. Portanto, serve como meio de preservação da prova, por isso é uma providência acautelatória. E também vai ter natureza coercitiva, porque a retenção vai independer da vontade do proprietário (o interesse público prepondera sobre o direito de propriedade). Quando se fala em busca, trabalha-se com dois sujeitos: sujeito ativo da busca, e sujeito passivo da busca. https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/código-processo-penal-decreto-lei-3689-41 Sujeito ativo das buscas é quem realizada a atividade. É o responsável pela busca. Ex.: juiz de direito, autoridade policial, promotor de justiça, policiais, agentes fazendários, oficial de justiça. Sujeito passivo na busca é o que se encontra na posse da coisa ou do ambiente em que se encontra a coisa ou pessoa. A busca e apreensão pode ocorrer antes mesmo da instauração de IP (basta que a autoridade policial se dirija ao local e apreenda o que se mostrar interessante ao processo). Pode ocorrer no curso do IP, no curso do processo e até mesmo depois do trânsito em julgado, em sede de execução penal. Portanto, não há nenhuma limitação de momento para a realização da busca e apreensão. As buscas podem ser de 2 tipos: domiciliar e pessoal. -Busca domiciliar é a procura de alguém ou de alguma coisa que se faz em domicílio alheio, ou seja, em casa de alguém. *A questão da busca domiciliar deve ser analisada a partir do art. 5º, XI, da CF: XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. *É primordial analisá-lo, porque estabelece como direito e garantia individual a inviolabilidade do domicílio. Se vai se proceder à busca no domicílio de alguém, é preciso respeitar a regra da inviolabilidade do domicílio. Portanto, a regra é que o domicílio é inviolável, mas essa regra não é absoluta, é relativa, pois comporta exceções. https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constituição-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10730672/inciso-xi-do-artigo-5-da-constituição-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988 O legislador dá tratamento diferenciado para o período do dia e o período da noite. Há diferentes regras para viola o domicílio durante o dia e durante a noite. Há dois critérios para se entender o que é dia e o que é noite: o primeiro é de aceitação muito pequena, pois coloca como critério a presença de luz natural: enquanto houver luz natural, tenho o dia, quando não houver mais luz natural, já é noite. Mas esse critério traz uma série de complicações na prática. Ex.: ocorre um eclipse solar às 14h, fica tudo escuro, ou quando o dia fica totalmente nublado -> nesses casos, se for seguir essa regra à risca, já seria noite. Então, em função disso, prefere-se e adota-se com maior aceitação um critério objetivo, que estabelece que dia é o período que vai das 6h às 18h e noite é o período que vai das 18h às 6h (toma-se como base o momento dos nascer do sol e do pôr do sol), assim evitam-se maiores discussões. *Durante o dia, pode-se ingressar no domicílio alheio nas seguintes situações: 1) Com o consentimento do morador: com o consentimento do morador, não há nenhuma objeção. Na prática, é preciso formalizar esse consentimento? Não, não há tal exigência, não há necessidade de tomar por escrito. Mas algumas cautelas podem ser bem-vindas, evitando futuros problemas, pois se encontrado algo de ilícito, a primeira tese defensiva é ausência de mandado judicial ou consentimento, o que geraria a prova ilícita. Portanto, ao obter o consentimento, é cauteloso que sempre se busque ter a presença de mais alguém, ou se sabe que o morador é uma pessoa complicada, deve-se tomar o consentimento por escrito, pois apesar de não ser obrigatório, é uma cautela a mais; 2) Em situação de flagrante delito: hipótese em que o interesse público fala mais alto, pois há a ocorrência de um flagrante, está ocorrendo a prática de um delito. Assim, não se pode permitir que o crime continue ocorrendo, deve-se fazer cessar a prática criminosa, por isso a situação de flagrante delito permite o ingresso em residência alheia. Duas questões são importantes nesse caso: a) Não se exige que o flagrante esteja ocorrendo naquele local, é preciso apenas ter uma situação de flagrante. Ex.: o agente pratica o delito e foge, mas a autoridade policial e seus agentes vão em sua perseguição -> é situação de flagrante, se o agente correr para sua residência, a autoridade policial e seus agentes podem ir lá para realizar a prisão, não é necessário que o flagrante esteja ocorrendo na residência, é preciso ter uma situação de flagrante delito; b) Situações relacionadas aos crimes permanentes: no crime permanente, a prática criminosa se estende no tempo, enquanto ocorre a situação, existe a situação de flagrante delito. Ex.: tráfico de drogas, na modalidade “guardar” -> enquanto o agente tiver as drogas em depósito, para fins de comércio, está ocorrendo a prática criminosa, portanto há situação de flagrante delito; 3) Em caso de desastre; 4) Para prestar socorro: em caso de desastre e para prestar socorro fogem ao âmbito criminal, se referem ao estado de necessidade; 5) Mediante ordem judicial: está consubstanciada no chamado mandado de busca e apreensão. Aqui, ingressa-se no domicílio alheio em cumprimento de uma ordem judicial. Em outras palavras, a autoridade judicial autoriza o ingresso naquele domicílio, independentemente de consentimento do morador. Atenção: apenas a autoridade judiciária é que pode emitir tal ordem. Da leitura do art. 241 do CPP (“Quando a própria autoridade policial ou judiciária não a realizar pessoalmente, a busca domiciliar deverá ser precedida da expedição de mandado”), depreende-se que o mandado de busca pode ser emitido tanto pela autoridade judiciária quanto pela autoridade policial, mas essa redação é anterior à CF de 1988, que suprimiu a legitimidade da autoridade policial para expedir mandado de busca e apreensão. Hoje, apenas a autoridade judiciária pode emitir ordem para ingresso em residência alheia (houve uma revogação parcial desse dispositivo). Esse artigo também estabelece que se o próprio juiz (o juiz pode ser sujeito ativo da busca, ele pode pessoalmente proceder à busca) proceder pessoalmente à busca,fica dispensada a expedição de mandado. https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10659408/artigo-241-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/código-processo-penal-decreto-lei-3689-41 Durante a noite, pode-se ingressar em residência alheia: 1) Com o consentimento do morador; 2) Em situação de flagrante delito; 3) Em caso de desastre; 4) Para prestar socorro. Então, nessas 4 hipóteses, pode-se ingressar tanto de dia quanto de noite. Já com ordem judicial, não se pode ingressar no domicílio alheio de noite. Isto é, durante a noite, não se cumpre mandado de busca e apreensão, pois a ordem judicial não autoriza o ingresso no domicílio alheio durante a noite. Mesmo havendo uma necessidade emergente, em que se sabe que o indivíduo procurado pela polícia está dentro da casa, o máximo que pode ser feito é cercar a residência para evitar fugas, e às 6h podem entrar no domicílio, mas antes disso não. Se entraram na residência antes das 18h, podem perfeitamente continuar lá, mesmo que a busca perdure até à noite, pois quando entraram ainda era dia. O ingresso na residência deve ter uma razão, uma finalidade. O que justifica o ingresso no domicílio alheio? Há uma condição de admissibilidade, em primeiro lugar, é preciso haver fundada razões (essa expressão é usada pelo próprio legislador no art. 240 como condição de admissibilidade para a busca e apreensão). Isto é, razões sérias, convincentes, não basta haver uma mera suspeita. Deve-se objetivar o que? As hipóteses que autorizam a busca domiciliar são (previstas no art. 240): prender criminosos, apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos, apreender instrumento de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos, apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim delituoso, descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa de réu, apreender pessoas vítimas de crimes (ex.: sequestro em que o sujeito está sendo mantido como refém em determinado domicílio), colher qualquer elemento de convicção, ou seja, obter qualquer elemento de prova (essa é uma norma mais aberta, de autorização mais ampla). Na alínea f desse artigo, consta “apreender cartas abertas ou não destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento de seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato” -> essa alínea não foi recepcionada pelo texto constitucional, porque se enquadraria no caso de violação do sigilo de correspondência. Portanto, não se admite o mandado busca e apreensão para apreensão de cartas, porque haveria violação do sigilo de correspondência. https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988 Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal. § 1o Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para: a) prender criminosos; b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos; c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos; d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim delituoso; e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu; f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato; g) apreender pessoas vítimas de crimes; h) colher qualquer elemento de convicção. *Esse rol é taxativo, até porque traz exceções ao direito e garantia individual. Só se pode excepcionar o direito quando expressamente previsto. O art. 243 traz os requisitos para o mandado, ou seja, o que vai conter o mandado de busca e apreensão. Art. 243. O mandado de busca deverá: I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será realizada a diligência e o nome do respectivo proprietário ou morador; ou, no caso de busca pessoal, o nome da pessoa que terá de sofrê-la ou os sinais que a identifiquem; II - mencionar o motivo e os fins da diligência; III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir. § 1o Se houver ordem de prisão, constará do próprio texto do mandado de busca. § 2o Não será permitida a apreensão de documento em poder do defensor do acusado, salvo quando constituir elemento do corpo de delito. Art. 242: a busca domiciliar pode ser determinada de ofício de pela autoridade judiciária ou a requerimento das partes. *Os arts. 245, 246, 247 e 248 disciplinam o cumprimento do mandado de busca domiciliar, nos diz como vai se proceder no cumprimento do mandado de busca domiciliar. Art. 245. As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o morador consentir que se realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando-o, em seguida, a abrir a porta. § 1o Se a própria autoridade der a busca, declarará previamente sua qualidade e o objeto da diligência. § 2o Em caso de desobediência, será arrombada a porta e forçada a entrada. § 3o Recalcitrando o morador, será permitido o emprego de força contra coisas existentes no interior da casa, para o descobrimento do que se procura. § 4o Observar-se-á o disposto nos §§ 2o e 3o, quando ausentes os moradores, devendo, neste caso, ser intimado a assistir à diligência qualquer vizinho, se houver e estiver presente. § 5o Se é determinada a pessoa ou coisa que se vai procurar, o morador será intimado a mostrá-la. § 6o Descoberta a pessoa ou coisa que se procura, será imediatamente apreendida e posta sob custódia da autoridade ou de seus agentes. § 7o Finda a diligência, os executores lavrarão auto circunstanciado, assinando-o com duas testemunhas presenciais, sem prejuízo do disposto no § 4. Art. 246. Aplicar-se-á também o disposto no artigo anterior, quando se tiver de proceder a busca em compartimento habitado ou em aposento ocupado de habitação coletiva ou em compartimento não aberto ao público, onde alguém exercer profissão ou atividade. Art. 247. Não sendo encontrada a pessoa ou coisa procurada, os motivos da diligência serão comunicados a quem tiver sofrido a busca, se o requerer. Art. 248. Em casa habitada, a busca será feita de modo que não moleste os moradores mais do que o indispensável para o êxito da diligência. Analisando esses artigos, percebe-se que a primeira providência é o executor do mandado apresentar ao morador o mandado de busca e apreensão (exibição ou leitura da ordem judicial). *Se a própria autoridade der a busca, declarará previamente sua qualidade e o objeto da diligência. *O § 4º é importante, pois a ausência do morador não impede o cumprimento do mandado. Pode arrombar a porta e entrar na residência, a única cautela é que deve se buscar um vizinho para acompanhar a diligência, e se inexistir vizinho, uma testemunha para acompanhar essa diligência. Essa é a única cautela exigida pelo legislador. *O § 7º também é importante, pois estabelece que, encerrada a busca, vai se lavrar um auto circunstanciado, ou seja, vai se descrever nesse auto tudo que ocorreu durante a diligência. . Busca pessoal: - Busca pessoal é a realizada na própria pessoa. É a feita nas vestes, nos objetos trazidos pelas pessoas (bolsas, pastas, sacolas etc) ou no próprio corpo da pessoa. Pode ser realizada de forma ocular, manual, mecânica, ou radioscópica. *A busca pessoal é na pessoa ou em objeto por ela trazido. *Ex. de busca radioscópica: mulas humanas usadas no tráfico de drogas -> visualmente não é possível ver a droga, daí surge a necessidade de se realizar um exame radioscópico. Para a busca pessoal, exige-se menos que para a busca domiciliar. Para a busca domiciliar,é preciso que hajam fundadas razões. Para a busca pessoal (§ 2º do art. 240), basta que haja fundada suspeita. Suspeita de quê? De que alguém oculte consigo arma proibida ou os objetos mencionados nas letras b a e (a letra f não foi recepcionada) e letra h do parágrafo 1º do art. 240. § 2o Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do parágrafo anterior. Para a busca pessoal, há necessidade de ordem judicial? A regra é a obrigatoriedade do mandado para a busca pessoal, mas as exceções são tão amplas que envolvem tudo. Na prática acaba se dispensando o mandado, pois as exceções passam a abranger tudo. Se há obrigatoriedade de mandado, a quem caberia expedi-lo? Pode ser expedido tanto pela autoridade judiciária quanto pela autoridade policial, nesse caso persiste a legitimidade da autoridade policial para expedição do mandado de busca pessoal. Art. 244. A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar. Na prática, não há necessidade de expedição do mandado em razão do que está estabelecido no art. 244 CPP. Ex.: às 3h da manhã, o policial vê 2 sujeitos andando em local ermo, apressadamente -> policial pode alegar que há suspeita de que tenham armas, drogas (que é corpo de delito). Ou seja, há justificativa fácil para ter procedido à busca sem existência de mandado, por isso que na prática a regra perdeu a razão de existir. Há necessidade de formalizar a busca pessoal? Na busca domiciliar tem que se lavrar o auto circunstanciado. Já na busca pessoal, não há necessidade (vale lembrar que nos Estados, no âmbito administrativo da polícia militar, há uma resolução que determina que eles registrem as buscas pessoais). Art. 249. A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento ou prejuízo da diligência. *O legislador teve preocupação com a busca em mulher, pois se exige muita cautela, uma busca minuciosa, detalhada, pois a própria formação anatômica do corpo dela permite a introdução de objetos em seu órgão genital (celular, drogas, armas etc), por isso se exige uma busca minuciosa em estabelecimento prisional. A busca deverá ser feita por outra mulher, mas isso não tem caráter absoluto, pois o legislador usa a expressão “sempre que possível”. Portanto, não sendo possível, não há nenhum impedimento para que seja procedida por um homem (nesse caso, o interesse público fala mais alto). *A busca em repartição pública é possível? Sim, é perfeitamente possível a busca em repartições pública. Inclusive, atualmente tem se tornado comum a busca em prefeituras, Assembleias Legislativas etc. Como proceder se a apreensão ocorrer em território sujeito à jurisdição alheia, como proceder? A resposta está no art. 250 do CPP. Ex.: o juiz que expediu o mandado é de Araçatuba, mas a apreensão ocorreu em Guararapes. Art. 250. A autoridade ou seus agentes poderão penetrar no território de jurisdição alheia, ainda que de outro Estado, quando, para o fim de apreensão, forem no seguimento de pessoa ou coisa, devendo apresentar-se à competente autoridade local, antes da diligência ou após, conforme a urgência desta. § 1o Entender-se-á que a autoridade ou seus agentes vão em seguimento da pessoa ou coisa, quando: a) tendo conhecimento direto de sua remoção ou transporte, a seguirem sem interrupção, embora depois a percam de vista; b) ainda que não a tenham avistado, mas sabendo, por informações fidedignas ou circunstâncias indiciárias, que está sendo removida ou transportada em determinada direção, forem ao seu encalço. § 2o Se as autoridades locais tiverem fundadas razões para duvidar da legitimidade das pessoas que, nas referidas diligências, entrarem pelos seus distritos, ou da legalidade dos mandados que apresentarem, poderão exigir as provas dessa legitimidade, mas de modo que não se frustre a diligência. https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10658566/artigo-250-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/código-processo-penal-decreto-lei-3689-41 Busca em escritório de advogado: é perfeitamente possível a busca em escritório de advogado nos seguintes casos: a) Se o advogado for partícipe ou co-autor do crime; b) Se o advogado não estiver funcionando como defensor no processo em que foi determinada a diligência; c) Se os papeis ou objetos não se encontram com o advogado em razão de sua função; d) Para apreender documentos ou objetos que constituam elementos do corpo de delito. *Com exceção da alínea d, nas alíneas anteriores uma coisa resta bem clara: o advogado perdeu a condição de advogado, se imiscuiu na prática criminosa, se tornou co-autor ou partícipe do crime, ou o escritório dele está servindo como depósito de produtos de crime, objetos de crime. Isso que vai autorizar o mandado de busca e apreensão em seu escritório.
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